RENATO LOPES
C O MP O RTAMENT O DE P R O G E NIES D O CA F E EI R O D E M INAS GERAIS
arabica L.) NAS SUL, SUDOESTE E ALTO
Dissertação apresentada à Universidade Federal de Lavras, como parte exigências do programa de Agronomia, área de concentração para a obtenção do de “Mestre”.
Orientador
Dr. Guimarães Mendes
MINAS GERAIS - BRASIL
A
Deus pela vida,
epor mais conquista.
À Universidade Federal
deLavras e
aoDepartamento de Agricultura, pela oportunidade de realização do curso de Mestrado em
À
deAperfeiçoamento
dePessoal de Nivel Superior CAPES, pela da bolsa de estudos.
professor
eorientador, Antônio Nazareno Mendes, pelo apoio, disponibilidade, paciência e pelos grandes
transmitidos durante a deste trabalho. Sinto-me premiado, com uma excelente profissional.
Ao
Batista pelas
prestadas,
Ao
professor
eGuimarães, pelo apoio
eque
engrandecem
estetrabalho.
Ao
professor Samuel Pereira de Carvalho, pelo apoio, crítica
evaliosas
Aos
Magno
AntônioRamalho e Maria Helena pela amizade
eA minha
namorada, Regina pelo apoio, compreensão nos momentos e bons momentos vivenciados juntos.
Aos amigos Carlos E. V. Raposo,
aoFernando, Welington, e R. Carvalho pela
e prestadas.
professores e funcionários do Departamento de Agricultura,
aosfuncionários do setor de cafeicultura.
Aos
funcionários
daBiblioteca da pelo atendimento
edispensada.
A
todos queestiveram presentes
e quede
algumamaneira,
para
o destetrabalho.
meus pais, João Lopes
eMaria Silvia Ramalho Lopes;
Aos
Silvia Renata,
eque amor, carinho
ededicação
caminhos
da minha e abriram
asportas do
iluminando
a minhavida corn
amais brilhante que puderam
encontrar: o
estudo....
ABSTRACT ...
1 .
AO. ... 1
2 . ... 2.1 . de arabica no Brasil ... 03
2.2
. Estudo da de L ...
.Estrutura das características das flores. frutos
e sementesdo cafeeiro ... 04
2.4 . Fisiologia da produção
e entreeres ... 06
2.5 Melhoramento do cafeeiro ... 08
2.6 Características das principais cultivares de C . arabica ... 2.6.1 Cultivar Mundo Novo 2.6.2 Vermelho e Amarelo ... 1 1 - Cultivar ...
132.6.4 Cultivares Rubi e ...
152.7 - de de progênies de cafeeiros ... 16
2.8 .
xambientes T7 2.9 - Análise conjunta de experimentos e
xambientes
193 MATERIAL E 22 . Material ... 22
3.2
. Delineamento
edetalhes
dasparcelas experimentais ...
243.3 . Condução
dosexperimentos ... 25
3.4
.avaliados ...
25de ...
253.4.2 -Vigor ... 26
3.5
.Análises ... 26
. RESULTADOS E ... 33
4.1 Produção
de grãos... 37
4.2 Vigor ... 43
5 Ao ... 49
6 . ...
LOPES, Renato Ramalho Comportamento de Progênies da Cafeeiro arabica L.)
nasSul,
Sudoeste eAlto de Minas
Gerais. Lavras: Mestrado em
Com
ode
aprodução
sacasde
e vigor em notas de I
aEO para 36 progênies de de café {C.
arabicaL.)
emSul,
Sudoeste e Altode Minas Gerais, Brasil, em experimentais da Universidade
Federal de
L a m s ,de Sebastião do
Paraíso
ePatrocínio, conduziu-se presente trabalho. O
experimentofoi instalado em 1993,
osistema manejo usualmente empregado em cada utilizado o delineamento em balanceado
6 x6,
6plantas por parcela em livre crescimento, nos
x1 e x 1 Foram consideradas, na quatro e vigor
entreI995
a1998.
As realizadas por de colheita
eme e análise conjunta dos
experimentos.Verificou-se
umaboa precisão experimental para colheitas
agrupadasem e vigor Observou-se uma
entreprogênies, de
para
a deAmarelo
apara
aprogênie de Amarelo H-2077-2-5-62. As progênies de e Vermelho), Rubi e mostraram-se mais produtivas quando progênies de Mundo Novo
eMerece
destaquesuperior de pelo teste de médias de
Scotte
representado pelas de H-2077-2-5-62,
1189, H-2077-2-5-15, Rubi Camaí Amarelo H-
Vermelho H-2037-2-5-99 e
144. Em termos de vigor
asprogênies que
sedestacaram neste trabalho mostraram-se produtivas,
o queC de grande interesse.
*
ComitêOrientador: Nazareno
GuimarãesMendes (Orientador)
Rubens José Guimarães
ABSTRACT
LOPES, Renato Behavior
o fprogenies of tree L.) in the regions South, Southwest and
of
Minas Gerais. L a m s :
1999.(Dissertation - Master
mscience).*
With
aview
tocoffee production in bags of and vegetative vigor to 10 scores for 36 of coffee C. arabica in three regions:
South,West and
of Minas Gerais, in experimental areas
atthe
of L a m s , of of do
and Patrocinio, present was T h e experiment was
set
1993, by the management system usually employed in each growing region. T h e design utilized being in balanced 6 x
6lattice design, 6 plants per and in the analysis were considered harvests and vegetative vigor
1995and 1998, The analyses were
carriedout by harvest groupings in biennium 199511996 and and joint analysis of the experiments. A good experimental precision
w a sverified with harvests grouped into biennium and vegetative vigor. design utilized in the analysis was in randomized blocks. A wide variation was observed among
progenies, for the progeny of
Amarelo
tofor
theof Amarelo H-
The progenies of (Amarelo e Rubi and proved more as
comparedthe progenies of Mundo Novo
to be stood out, the superior progenies identified by
Scottand means
test, stoodfor by the progenies of Amarelo H -
Vermelho H-2077-2-5-15, Rubi
Amarelo Vermelho H-2077-2-5-99 and
Vermelho H-2077-2-5-144 . In terms of vegetative vigor, the progenies, which
outin this work, of what was
theyequally more productive, which is
o fgreat interest.
*Guidance Committee: Mendes -
(Adviser) Jose Guimarães
foi
aintrodução a Alguns anos primeiros plantios
Minas Gerais,
Aprodutor e exporta que contribuiu p en construção de
A
ou mas
naturais foram en Estado de São
que
foi
se pouco
(Carvalho e Vermelho, por possuir
mesmo O material existente produtiva.
Cercavariabilidade
getapresen
dos mais acontecimentos na vida econômica do Brasil
lesementes
ede cafeeiros no norte do País,
emcafeeiro difundiu-se para
aregião sudeste, iniciando-se no Estado do de Janeiro e, posteriormente, ern São Paulo
onde
encontrousolos e clima mais à sua expandiu-se rapidamente,
oBrasil maior mundial, com grande repercussão
ecultural,
ara rápida
de quese
grandes cidades, além da expansão da rede
e, mais tarde, para
odesenvolvimento industrial
do cafeeiro no Brasil
sedeu da variedade
om expansão da muitos e
Assim, em encontrou-se ern no um cafeeiro de frutas denominado de dai levado para muitas localidades, não teve sucesso por produtivo, em de
ter seoriginado da cultivar Arábica
1993). mesmo aconteceu com
avariedade
rada na Bahia ern 1870, merecendo
atençãodos cafeicultores
grandes, porém com As
3
foram
atéentão realizadas com material pouco selecionado selecionado pelos agricultores.
no preocupado com a produtividade
epara diversificar o no Brasil, introduziu sementes da variedade muito de 50 diferentes foram encontradas, aumentando
ano Pais, Algumas aproveitadas
fontes de resistência a varias pragas e de
cafeeiro, alem de outros caracteres de interesse agronômico. melhoramento do cafeeiro propriamente dito ern 1927 com urn plano de pesquisa estabelecido Instituto Agronômico de Campinas, iniciando minucioso estudo biológico e do cafeeiro, ern que obtiveram grandes avanços para
acafeicultura,
O Estado de Minas Gerais atualmente o maior de café do Brasil, cerca de 50% de
todaa nacional. Coordena ainda urn dos mais completos Programas de Pesquisa corn cafeeiro do Pais,
sendouma das linhas o Melhoramento Genético, que
teveinicio em sob
acoordenação da Empresa de
deMinas Gerais
num de técnica com Instituto Agronômico de Campinas e
queconta com
aparceria
dasUniversidades Federais de Lavras
eViçosa Desde o início da década
de1970, iniciou-se o intercâmbio de material
coma
queproporcionou considerável enriquecimento do gemoplasma existente para a continuidade do programa
noEstado. Graças de progênies em segregants de
cultivares introduzidas do foi a e em
escala comercial de linhagens corn elevado potencial de produção, excelente
vigor e outras de interesse.
O objetivo do presente trabalho foi avaliar comportamento de 36 progênies consideradas elites pelo Programa de Melhoramento do Cafeeiro ern Minas Gerais, selecionadas em cafeeiros das cultivares ‘Rubi’, Vermelho’, Amarelo’,
e‘Mundo Novo?, em
trêsregiões Lavras (Sul de Minas), São Sebastião do
(Oeste de Minas) e Patrocinio
(Altodurante dois e I
2
-
deL. utilizado no Brasil
A espécie arabica L. 6
amais no Brasil e produz pelo menos 80% do colhido anualmente no Pais. Desde
a suaem 1727, poucas foram trabalhadas, as quais extremamente
do ponto de Inicialmente plantios se à variedade Arábica, produtiva, sendo introduzidas em 1859
aBourbon Vermelho e, em 1896,
a variedadeA maioria das variedades
que seseguiram por
oucruzamentos tipos originais, segundo
(1980).Cerca de foram
detectadase
descritas como variedadesbotânicas. Nesse material destacam-se
os Caturra,Bourbon, Erecta, Bernardo,
San
Cera, Goiaba, dentre outros. Além
destespara caracteres foram identificados outros
comportamento fisiológico diferenciado como resistência à
aos
aobicho-mineiro, e h
não existe em nenhum País urn banco de gemoplasma completo para pesquisas
epara conhecimento
eda variabilidade disponível no nas
atuais coleções, a
espécieC. arabica L. bem representada, não ocorrendo
mesmo com
asdemais espécies menos conhecidas. banco
degemoplasma
mantido de do Instituto Agronômico de Campinas, de
contar corn representantes de todas
asvariedades
descritas,encerra valioso
material coletado na provável de origem ou de diversificação do cafeeiro (Carvalho, Filho e
1991).2.2 Estado da
dearabica L.
A origem
deC. arabica L., e de distribuição geográfica distinta, sendo analisada por investigadores (Carvalho e
Carvalho
etal.,
1984).A tern
sidoconsiderada um do tipo
segmental e as investigações
baseadasdistribuição geográfica, compatibilidade
estudosDNA e
dadostendem
aindicar C.
comodas espécies envolvidas na sua origem.
Divergências ocorrem entre os autores em relação à segunda
que
pode ser C. C. C. C.
C. C. C. C. resinosa, C. ou outras
(Carvalho
etal., 1984).
As
pesquisas sobre a evolução ressentem-se da falta de urn banco de
contendoas conhecidas
dee
asde gêneros afins.
já haviam
descritocomo pertencentes
aogênero de que, além de esclarecer
das espécies, contribuem
demodo significativo para aproveitamento de espécies silvestres no plano geral de melhoramento de C.
arabica (Carvalho
e2.3
das características das
Rores,frutos
esementes do cafeeiro
Na espécie C, arabica L. as no geral se na axila das folhas
dosramos laterais plagiotrópicos e, muito raramente,
nosramos ponteiros ou Nas
deos
4
das começam
aser induzidos aproximadamente dias antes da antese,
quemorre inicio da chuvosa, em fins do inverno
e principios da 1984).
A formada por um provido de dois
pares de e estipulas corn uma cinco flores
terminais. Estas possuem urn
curto,ovário provido de duas lojas, cada qual no geral com um longo corn
doislobos sépalas reduzidas
acorola
curtacinco lobos); com filete curto ligados ao terço inferior da antera
e aotubo da corola e enxertos anteras localizadas
na altura doslobos do estilo,
que Esta estrutura
a Aantese se dá nas
primeiras da e
adas anteras algumas horas
depois. Ern dias chuvosos, pode das
1984).
Verificou-se
que aC. arabica L.
6e
na natureza multiplica-se predominantemente por corn
taxade fecundação cruzada entre 7
a15% em média de 10% (Carvalho
e1949;
Carvalho,
1988).As
espécies C. C. C. C C
C. C. e demais espécies estudadas
são,
aocontrário, autoincompatíveis e
semultiplicam na natureza exclusivamente por cruzada (Carvalho, 1988).
sobre a biologia da reprodução fundamentais para
aestratégia de melhoramento e para a e planejamento das
e artificiais para as análises genéticas.
dos botões florais em C. L.,
quedeve
serrealizada a
dois diasantes da e da coleta das para realizar cruzamentos, com um dia de antecedência. Essas flores
úmidas em
emplacas de Petri, identificadas e
os podem ser realizados mesmo dia ou a dois dias após
aabertura das flores (Carvalho
eA do ocorre
dentrode 24 horas após
ainício da divisão das células do dá-se 20
a 25dias,
ae, inicio da do aproximadamente 60 dias depois da (Mendes,
1941 eMendes,
1958) citadopor Carvalho
etal.,
1991. Em C.
arabicaL. o desenvolvimento dos frutos e
dassementes em Campinas, leva
cercade 210
a250
dias(Carvalho al.,
Cada
ovário duas on apenas semente e d a í
anecessidade de se e urn elevado de flores para se obter quantidade suficiente de
sementesde determinado cruzamento.
A sementeconstituída por verdadeiro, dentro qual se insere o embrião corn dois
pequenos
eeixo (Carvalho, Nas
comerciais as sementes em média 30
a60 dias para iniciar
aAs
diferenças nas de de cafeeiros o resultado dos diferentes fatores de ambiente em sucessivos anos sobre
aplanta com
seusvários determinantes da (Sera,
1987).Segundo Cannel (1 citado por
Sera9871, os fatores que controlam
são que
afetam o da área folias disponível para da l u z
ea
taxade aproveitamento do por unidade de foliar e distribuição da
secaentre sementes
e asoutras do arbusto. Um cafeeiro eficiente aquele que produz extensa, bem iluminada, possui alta
taxade liquida, produz muitas sementes e armazena grande quantidade de ano após ano. É vantajoso que os ramos na parte superior planta sejam mais eretos
e que6
arbustos tenham formas mais Estas produzem urna
copaem que a maioria das folhas sombra e
que asradiações do calor sejam dispersas sobre da folhagem.
Segundo Sera
oaumento do número de cafeeiros por hectare diminui
aprodução de
grãospor cafeeiro porque aumenta
omútuo
ediminui
aporcentagem de com flores, número de
por nó
enúmero de flores A taxa de pegamento de frutos varia de
20a de acordo diversos fatores de ambiente e o tamanho
daflotada. Assim mesmo,
ocafeeiro capaz de muito mais do
que
épossível pelo levando
Esta provoca das folhas, e
e,
conseqüência,
ado ano seguinte é reduzida. Assim, tem origem urna acentuada de produção e ciclo bienal de
de café. conhecimento do processo da produção ajuda a compreender
eselecionar melhor para este
vigor 6 uma
dasmais
relacionadas
aEm experimento corn cultivares
eseus híbridos, Carvalho, Filho, (1959)
quevirias progênies mais
mais vigorosas, reforçando acerto da
de de de alta produção aliada a born
O
aspectode um ano reflete
ode produção do ano seguinte. Esta foi por
outrostrabalhos {Carvalho
eCarvalho,
1979 eCarvalho
etal., Os coeficientes de estimados entre vigor e
aprodução foram de r - para as progênies de Mundo Novo
er
=-
para
asde (Carvalho, e 1979).
característica vegetativa, que apresenta
com
aprodução,
oporte da planta, expresso pela e diâmetro da copa,
verificando-se
queexistem diversos caracteres correlacionados com
aprodução
vigor vegetativa, de
tronco,de copa, diâmetro de copa,
quantidade de raizes, dos plagiotrópicos e
arquitetura da planta com forma mais (Carvalho
eRocha, Carvalho e
As
existentes indicam que as primeiras lavouras do Brasil foram formadas e cultivadas por mais de urn corn descendentes de
umcafeeiro primitivo importado, denominado Café Nacional Crioulo arabica L. 1, segundo Carvalho (1 967).
Preocupado com
aprodutividade dos cafezais e para diversificar o material existente, ern
1859governo brasileiro importou da Ilha de Bourbon, boje denominada Reunião,
sementesda variedade como Bourbon {C.
arabica L.), que
seexpandiu por
quase todas asregiões
deBrasil.
Sendo
acapacidade produtiva desses cafeeiros maior que a variedade Arábica esses deveriam ser cultivados maiores no que
serefere
e
tratosculturais 1949).
Em 1927 urn plano de pelo Instituto Agronômico de Campinas organizado em duas
ade Café e de Genética. Em 1933 iniciou-se um plana de biológicos e do cafeeiro, com ao melhoramento
genético,visando
àseleção de mais produtivas.
Esse programa teve
etem
atéhoje resultado em cultivares notáveis como o Bourbon Vermelho, Bourbon Amarelo, Mundo Nova, com
até147% e 240% superiores à variedade primeiro material amplamente cultivado no Brasil (Fonseca, Araújo e 1977).
8
2.6
das principais
deC L.
- Mundo Nova
A cultivar Mundo Novo, de acordo com Carvalho e
resultou de cruzamento natural entre cultivares Bourbon e Sumatra. Esta
novacultivar, devido ao elevado vigor
eprodutividade, grande interesse
e
vem sendo amplamente estudada ern diversas regiões ecologicamente distintas Brasil e exterior, apresentando bom comportamento.
Foi notada grande variabilidade na forma e altura da planta, na e, principalmente, na produtividade, visto
tratar-sede
heterogêneo, resultante de entre cultivares distintas (Carvalho e 1952).
A5
individuais de plantas receberam os números
cujocontrole realizado pelo Instituto Agronômico de Campinas nas suas principais Experimentais 1986).
Em ensaio de seleções regionais, ern Campinas, Carvalho, e verificaram que as melhores progênies de Mundo Novo chegaram a
queas melhores seleções de Bourbon
95% mais que as melhores de Bourbon Vermelho e 124% mais que as
da cultivar Arábica, destacando-se as progênies e de Mundo
Ratificando em
Carvalho e Rocha e Carvalho e (1952) verificaram
que asprogênies de Mundo Novo se apresentavam mais produtivas do
quede
Bourbon Amarelo e indicaram e como
asmais
promissoras.
Filho e Carvalho, e ern Monte Alegre
doSul, verificaram a cultivar Mundo Novo significativamente mais produtiva do que outras nove cultivam comerciais.
Analisando a de progênies de Mundo Novo, por um periodo de 33 anos, Carvalho, e (1979) puderam constatar
alongevidade
das progênies
eapresentando-se
como
asmais produtivas no periodo de 1947 a 1979. anteriores foram também sobre
a acentuadavariação dentro
eentre progênies, possibilitando a de cafeeiros produtivos e sem o defeito dos frutos com lojas sem
eracomum na original.
Devido
aoelevado vigor aliado
àgrande produtividade, as
deMundo Novo vêm sendo utilizadas em com
cultivares de C.
etambém, ern Das
já conseguidas, de interesse econômico,
destacam-seas cultivares Amarelo e Vermelho (Carvalho
e972) e
1974).
A excepcional adaptação das de
MundoNovo, nas mais diversas condições de ambiente e a sua boa capacidade de combinação
evidenciam interesse da pesquisa para
aobtenção de novas dessa cultivar Carvalho,
19743.As
progênies de Mundo N
OVO, quando adultas, com 12
a 14anos,
podem alcançar uma altura média de
a3,6
ediâmetro de
(a 50cm
dosolo) de m
a M),sendo o
sistemaradicular bem
desenvolvido.
Acor dos brotos pode verde claro bronze; os ramos
secundários são abundantes. O médio de dias, que vai
afertilização até a nas condições de Campinas, de 224 dias. O peso
médio do fruto maduro em média, de 1,2 segundo
- Vermelho
eAmarelo
Segundo Martins (1 constatou-se, corn aumento da variabilidade genética, tanto pela de materiais como Bourbon e Sumatra como pelo de
materiaisoriginados no Brasil
como Amarelo de o e o Bourbon Amarelo,
que
alguns materiais se revelaram de grande interesse para melhoramento.
Aslinhagens de Mundo Novo,
quejá na
de 1940se destacavam pelo excelente vigor e produtividade de
grãos,de boa adaptação nas regiões do País, porém apresentavam altura elevada, o
quedificultava
acolheita e a aplicação dos
tratosculturais demandados cafeeiro. Dos
queporte baixo existentes no gemoplasma disponível, optou-se pelos
encontradosna cultivar Caturra que C também adaptada de cultivo no Brasil e apresenta elevada capacidade de produção, embora não tenha grande rusticidade
1986).
Assim,
em 1949,realizaram-se na Seção de Genética do Agronômico de Campinas, corn objetivo de
setransferência para o Mundo Novo dos alelos do Caturra, que
porte baixo plantas. utilizados, para fim, cafeeiros selecionados da
cultivar
Caturrae do Mundo Novo e o
resultante recebeu
anumeração H-2077. Assim, as plantas selecionadas na designadas por H-2.077-2-5-24, H-2077-2-544, H-2077-2-5-81, H-
e H-2077-2-5-144 frutos vermelhos e
as deH-2077-2-5-62, H H 2077-2-5-30, H 7,
H-2077-2-5-74, H-2077-2-12-1 13 e H-2077-2-5-28, frutos amarelos. O estudo de
outras geraçõesveio confirmar
aboa produção
dessas queforam então para cultivo comercial pelo Instituto Agronômico de Campinas,
como cultivares Vermelho e
Adenominação
significa em guarani
Segundo
acultivar chega a produzir cerca de 45% a mais
doque
asmelhores de Caturra, na
CostaRica Num experimento realizado por Martins comparando-se
asprogênies de Amarelo e de tendo como as cultivares
CaturraAmarelo e Mundo observou-se que todas as progênies de Amarelo
ede
Vermelho analisadas mostraram variabilidade anual de semelhante, da mesma forma
que astestemunhas.
Aprogênie de
mais produtiva, sendo
que asprogênies
deVermelho e Amarela tiveram semelhantes, podendo ser conjuntamente em urn bloco de produtividade média comparável Mundo Novo.
Ade Amarelo, utilizada como testemunha, apresentou a menor média de
Resultados semelhantes foram obtidos por e
(1 976) e Carvalho, e
aocompararem de
progenies de com as de Caturra. Atribuindo-se Mundo Novo um relativo igual
aa progênie
maisprodutiva, de Amarelo, 67,03% superior
etodas as demais progênies de Amarelo e de Vermelho apresentaram relativos
a100%. O comportamento da de Mundo Novo não foi o usual pois
essacultivar,
quefoi selecionada na região
ern geral tem semelhantes do
(Carvalho, e Por apresentar porte maior,
asua
produção mais reduzida, em menor
utilizado no experimento, como discutido autores. A
de das e coeficiente de obtido
para cada progênie
semostraram a produção e foram indicativos de variabilidade dentro das progênies,
aser de
genética ambiental.
Aprogênie de Amarelo
12
apresentou urn coeficiente de
variaçãopara
dee de Mundo
Novo de
As linhagens
dee de Amarelo, hoje
amplamente utilizadas plantios comerciais, alto vigor
podendo atingir uma altura de 2.0 a
comdiâmetro de copa de 1,7
apara Vermelho e 1.8 a 2 . h para Amarelo. Os
são curtos, abundantes ramificações
secundárias.peso médio
dofruto varia
entre aVárias foram as
tentativasde transferência
dede genes de
interesse da pata arabica L.,
grandes nos trabalhos de e isto deveu-se, provavelmente,
ao nivel diferente de
Aarabica L.
e
asegundo
citado por
e Costa(1
Mendes corn sementes de
corn conseguiu desta espécie. Ern 1950, foi efetuado um corn a cultivar Bourbon Vermelho, da espécie
seguido de vários para C.
principalmente com plantas da cultivar Mundo Novo. conjunto destas virias populações
deu-se adenominação de que em guarani significa bonança objetivo deste programa foi a obtenção de uma
cultivar de L. resistente do cafeeiro,
causada pelo fungo
etNotadamente, o efeito da sobre a e os
custos do controle químico aumentam
amedida em que aumenta
aseveridade da
uso de cultivares C a
quepermite obter produtividades elevadas sem controle químico, como
e Zapata,
citadospor Alvarenga et al. urna
vezque controle da indicado
comomedida
a curtoe médio prazos, que atenuam
osprejuízos na de
grãos e Mdo cafeeiro.
Avaliando diversas em progênies da cultivar Costa (1978) relação
àincidência de
ferrugem,plantas resistentes
emoderadamente evidenciando graus diferenciados de resistência ao agente da ferrugem do cafeeiro. Sera., Filho e Guerreira
comparando progênies de com as melhores plantas de Mundo e mostraram elevadas associadas a graus de resistência
aferrugem. Dessa forma,
asplantas
devaliosas para
acafeicultura brasileira, por mostrarem diferentes graus de resistência à
incidência da devido
dosde C
pela resistência a H. do tipo horizontal,
Costa
1978;e
eet al.,
Quanto
àresistência ao agente da exibida pelas plantas de pode-se desde cafeeiros imunes
atéaqueles corn apenas um leve ataque, onde as pústulas e a mínimas e outros corn pouco maior (Costa, 1978).
Acultivar é também
provável fonte de
aose
CostaE
981; e
Costa e ao(Carvalho,
e E
A altura
média das plantas, corn oito anos de idade, varia de a 2,9
e
o diâmetro
am
dosolo
dea 2,4 m. Pode-se que e o diâmetro das plantas da cultivar
sãosemelhantes
aosda cultivar Mundo Novo. O sistema radicular das plantas novas
émuito desenvolvido,
esta provavelmente herdada do cafeeiro Robusta, utilizado no primeiro
14
e Lima,
Osapresentam vermelha quando maduros. médio de do tipo chato, de gramas e
aporcentagem de sementes do tipo chato
emde
SO%,
ado moca de
e ade concha praticamente nula.
Aelevada porcentagem de
grãosdeve-se
aofato de se de material resultante
de(Carvalho e
2.6.4
Cultivares Rubi e
Segundo Mendes e Guimarães as progênies de muito produtivas, mas podem apresentar, após elevadas produções, vigor
caracterizadoseca de ramos produtivos. objetivo de diversificar as características da cultivar e selecionar plantas
maisvigorosas, precoces
ecorn maior de
dosfrutos,
se a cultivar Rubi, através de sucessivos de progênies selecionadas de corn plantas de Mundo Novo. produtivo de algumas progênies de Rubi chega a ser superior
atécomparado com algumas linhagens de numa avaliação de colheitas
Carvalho
e Costa, 1993). Ascom
e têmsido
indicadaspara plantios comercias.
experimentosavaliados com
estasseleções têm resultado em rendimento
a 15%superior testemunhas de (Mendes
eGuimarães, 1996).
As
progênies
deRubi
eassemelham-se de quanto
aoporte e à altura
deplanta
ediâmetro médio de copa
aos seteanos de idade. Apresentam um elevado vigor abundante
secundária e ramos produtivos apresentam-se mais abertos do que na
permitindo uma maior no interior da planta. ainda
brotos bronze
sendo estacaracterística como urn marcador
genético para
sediferenciar as cultivares Rubi e da
quepossui brotos verdes.
ao que
foi
descritopara
acultivar Rubi ern relação arquitetura, secundárias e uniformidade de dos
tais considerações
secultivar que apenas difere
doRubi em relação cor de
quei amarela.
2.7 de
deprogênie
decafeeiros
O melhoramento genético de qualquer cultura envolve fases
distintas.
Aprimeira
decom
e a
segundadessa via Na fase inicial
do melhoramento do cafeeiro no Brasil dificuldades em termos
devariabilidade, uma vez que o material introduzido apresentava urna base genética muito estreita (Carvalho, 1981). Porem, com
aocorrência de mutações e
ade
novascultivares, ampliou-se a base
genéticado cafeeiro, aumentando-se
apara
osmelhoristas atuarem
A
segunda etapa do melhoramento a que exige maior habilidade e conhecimento científico. No processo de usadas
todos eles envolvendo a avaliação
dasprogênies nos locais de durante alguns (Carvalho e 1952; Almeida
eCarvalho, Nessas avaliações, grande influência da bienalidade de
do cafeeiro, que interfere no processo de seleção (Carvalho e dos problemas usuais relacionados variação de ambiente,
outrasEssa bienalidade contribui para aumentar a entre e anos de produção e, evidentemente, reduz a eficiência do processo seletivo. Para maior da aplicada
aocafeeiro é também fundamental
a de alternativasvenham reduzir
tempodedicado
a cadaciclo
16
seletivo, o que
seconstitui na seleção antecipada, base em menor número de (Sera,
2.8 - Enteração x ambientes
Num sentido amplo, entende-se por ambiente todos os fatores e
que
influem na expressão do
eAs de ambiente que contribuem para as
ospodem ser agrupadas, segundo
ecitados por Mendes em
duas asaber:
asprevisíveis
e asNa primeira, incluem-se
a5de ambiente
queocorrem de região para dentro da de distribuição da cultura. Enquadram-se ai
asgerais de clima e solo e aquelas que flutuam de maneira do dia,
ograu de e Também incluem-se, neste fatores de ambiente sob controle do
homem,
astais
COMO ade semeadura
ecolheita,
asdoses e fórmulas de os métodos de colheita, dentre outros.
As variações compreendem, por exemplo,
asclimáticas, no de uma mesma como
ae distribuição de chuvas,
asde
e outrasque não podem ser previstas corn
1970)
citado por
eBarriga, (1
importante
amagnitude tipo
xlocais, x
anosou mesmo outras. Esse conhecimento orienta planejamento
eestrategias
domelhoramento e
nade
além de ser na
questãoda fenotipica das cultivares uma
Diversos trabalhos mostram que, sob
adenominação de ambientes em que avaliados, incluídas
viriasmodalidades.
Apesar da diversidade de estatísticos empregados para a
análise
dasde
comambientes,
todosern o fato
de pressuporem dos efeitos que os e
Barriga, 1992).
Se tomado exemplo um caráter como produtividade de
a
ser 6 função do
doambiente
eda
por ambientes. Esse componente ocorre, porque desempenho des 6 consistente ambientes, isto reflete diferentes sensibilidades
dosmudanças do ambiente. Ramalho, Santos
e(1993)
que a
xambientes é assunto
que mais tem despertado a atenção de melhoristas de
A xambientes
semdúvida nenhuma, o principal do do exigindo
que serealize urn maior de dos
seusmateriais para maior segurança na ou na
de
cultivares.
Segundo Ramalho, Santos e considerando-se urn número maior de ambienta e de cultivares, a de complexa quase sempre indica
aexistência de cultivares especificamente adaptadas
aambientes particulares, bem
comode
outroscom mais ampla, nem sempre com alto potencial produtivo. Isso impede que a de
possa
serfeita de maneira
acarretandomaiores dificuldades e exigindo a
adoçãode medidas
quecontrolem os efeitos
dessapara
entãoproceder recomendação mais segura.
Nem sempre
aindica diferença na adaptabilidade dos materiais. Pode-se,
porexemplo, detectar-se devido fato dos dados
se ajustarem ao modelo matemático adotado na análise
(Chaves,e
18
Ramalho (E
977)cita que a análise conjunta de experimentos é de
grandeinteresse para os melhoristas de As estimativas de genéticos, baseadas ern experimentos conduzidos em um ambiente, são superestimadas. Isto devido
aofato de que, além
docomponente genético, há
ocomponente da
xambientes, envolvido nestas estimativas. autor cita ainda em certos
casoso erro das estimativas realizadas base em apenas um ambiente 'de
quasemostrando que aquelas baseadas ern experimentos conduzidos ern dois mais ambientes são mais
processo tradicional de investigar
as xambientes
éde conjunta, isto análise de grupos de experimentos. Pot meio análise,
amagnitude das
Cavaliada pela dos efeitos de
x locais, xanos,
xanos x locais
e outros,conforme o do melhorista
Bartholo
e(1 985) mencionam
quea empregada na
de
de Amarelo, Vermelho e Mundo em
Minas Gerais envolve a de experimentos nas Zona da Mata, e Alto de Minas Gerais, usualmente ern pelo menos um local em cada região Em cada experimento são avaliadas no
vinte e cinco progênies de uma dada cultivar, uma ou duas progênies testemunhas, ern alguns experimentos, de outra cultivar recomendada para Estado.
e (1977) citam que delineamento experimental mais
usado
é
ode blocos casualizados e, em alguns casos, de balanceado
5x5,empregado na de progênies de cafeeiros.
Aparcela
experimental C constituída por quatro a seis covas corn uma planta
cada,no
para
aregião e adotando-se as práticas de manejo
recomendadas para
ada aval ao nivel
de plantas individuais ou de
totais potparcela, os caracteres: produção em quilogramas de café
cereja,porcentagem de frutos corn lojas vazias (frutos
“chochos”) e vigor avaliado de escore de notas de urn a dez:
nota urn, plantas e
comvigor
e
nota
dezplantas corn excelente desenvolvimento após
cadacolheita.
O de
outraquestão ser considerada, pois
que quanto maior for
este,maior a precisão
doexperimento e, conseqüentemente, mais eficiente será a seleção de progênies.
Contudo,o aumento indiscriminado
donúmero de acarreta maior área experimental, para um número
deprogênies, com reflexos no de
do experimento. Mais ainda, para urna experimental, o aumento no de pode limitar
número deprogênies
aavaliar.
Torna-se necessário, então, uma
dode progênies e do de combinados
comurn tamanho ideal de parcela, visando explorar o de variabilidade
s e mprejudicar a precisão das
O número de focais para
aavaliação de progênies
COM afinalidade de
ser e a l i z a r a e recomendação para uma dada região produtora ou para o Estado da magnitude da x locais. Existem evidências
de que asprogênies das cultivares e Mundo Novo variam quanto sensibilidade
aosefeitos de ambiente, quando locais considerados; algumas progênies da cultivar Vermelho têm
semostrado mais promissoras nas várias regiões de Minas Gerais, como as
oriundas das e
progênies, contudo, parecem apresentar alguma de adaptação,
coma
ascorn de Amarelo,
queexibem
boas
apenasna região Sul de Minas
eas com prefixo
20
cultivar Mundo Novo, muito produtivas nas regiões Sul
deMinas e
Alto com baixos rendimentos na Zona da Mata e
3.1 Material
material utilizado nos experimentos compreende 35 progênies das
cultivares Amarelo, Mundo Novo, Rubi e
e mais uma progênie considerada elite pelo Programa de Melhoramento Genético do Cafeeiro conduzido
noEstado de Minas Gerais, pelo Sistema Estadual de Pesquisa
pela Essas progênies foram selecionadas em Fazendas Experimentais da Gerais,
apartir
dematerial
introduzido do ou de cruzamentos e realizados no Estada de Minas
Os experimentos foram instalados em regiões produtoras
doEstado de Minas Gerais: Sul, Sudoeste c respectivamente em Lavras,
Sebastião do Paraíso e Patrocinio.
A 36 progênies é apresentada Tabela I .
OsC, M encontrados nas de Mundo indicam
asExperimentais do onde
aslinhagens foram originalmente selecionadas
Campinas, M: e Estado de Paulo) e prefixo
da progênie de refere-se à Experimental
deprefixo H, encontrado na5 progênies de
ede indica
aorigem híbrida
dessascultivares
(Almeidae Carvalho, 1986).
Asde Rubi
eselecionadas nas Fazendas Experimentais da e na
Federal: de receberam o
22
TABELA Relação de progênies das cultivares de arabica a d i a d a s nos experimentos instalados em Lavras,
Sãodo Paraíso e Patrocinio Lavras, 1999.
de Cultivar Progênie
2 3
6 7 8 9
H-21-342 H-2944
1 15
H-2077-2-5 H-2077-2-5-30 H-2077-2-544
H-2077-2-517
H-2077-2-5-5 H-26377-2-562 H-2077-2-5-72 H-2077-2-5-81 H-2077-2-5-99 H-2077-2-5-27 H-2077-2-546H-2077-2-5-144 1189 1192 Material
19-2