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33º Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras

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Academic year: 2022

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COMPORTAMENTO DA FERRUGEM E DA PHOMA DO CAFEEIRO EM DUAS CONDIÇÕES CLIMÁTICAS DIFERENTES NO SUL DE MINAS GERAIS, EM VARGINHA E CARMO DE MINAS.

L B. Japiassú – Engº Agrº Fundação Procafé, AW. R. Garcia e JB Matiello – Engos. Agr os. MAPA/PROCAFÉ, RA.

Ferreira – Tec. Agr. MAPA/PROCAFÉ – Varginha, MG.

A ferrugem e a Phoma/Ascochyta são as principais doenças da cultura cafeeira, variando sua importância conforme as condições climáticas de cada região. A ferrugem tem se mostrado mais severa em regiões de temperatura mais elevada e a Phoma nas áreas mais frias e úmidas.

Desde 1998 vem sendo realizado em Varginha o acompanhamento mensal do índice de infecção de ferrugem e phoma em lavouras selecionadas na Fazenda Experimental de Varginha a 940m de altitude. Desde abril de 2006 este levantamento vem sendo realizado também em uma região mais alta a 1080m, em Carmo de Minas sob maior efeito da serra da Mantiqueira.

O presente trabalho apresenta o comportamento da ferrugem e da phoma nestas duas localidades no ano agrícola de 2006/07 e sua correlação com os dados climáticos observados para a temperatura e a umidade foliar. Para tanto foram coletadas folhas de talhões onde não foi realizado controle fitossanitário em lavouras com carga pendente alta e baixa nas duas localidades durante todos os meses do ciclo agrícola 2006/07. Os dados climáticos foram registrados por estações meteorológicas automáticas.

Resultados e Conclusões

Na figura 1 estão colocados os dados de temperatura média e umidade foliar (molhamento) nas duas localidades comparadas (Varginha e Carmo de Minas).

Nos gráficos 2 e 3 estão dispostas as curvas de evolução da ferrugem e da Phoma nessas mesmas áreas, observa-se que a ferrugem do cafeeiro na região de Varginha apresentou índices de infecção de até 50%, mais elevados e precoces quando comparados à região de Carmo de Minas, fato explicado pela temperatura média mais elevada na região de Varginha.

Em relação à Phoma/Ascochyta, a região de Carmo de Minas apresentou picos de infecção de 8% em novembro e maio, maiores do que em Varginha, estes picos estiveram associados a períodos de chuvas e/ou temperaturas mais frias, as quais levam a maior duração do molhamento foliar (figura 1).

33º Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras

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Figura 1: Temperatura média (ºC) e molhamento foliar (%) em Varginha e Carmo de Minas no período de setembro de 2006 a agosto de 2007. Varginha, MG. 2007.

Figura 2: Infecção média da ferrugem em Varginha e Carmo de Minas no período de setembro de 2006 a julho de 2007. Varginha, MG. 2007.

Figura 3: Infecção média da phoma em Varginha e Carmo de Minas no período de setembro de 2006 a julho de 2007. Varginha, MG. 2007.

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Conclui-se que:

O diferencial climático que condiciona maior severidade da ferrugem e menor da Phoma em Varginha, em comparação a Carmo de Minas, evidencia a necessidade de adoção do controle das doenças com maior cuidado para aquela mais problemática em cada região.

A Phoma em Carmo de Minas apresenta dois picos distintos de infecção, um no início das chuvas e outro no final, a severidade da doença nesta região faz com que ela seja considerada uma doença principal devendo ser monitorada constantemente e controlada com produtos específicos.

A ferrugem apresenta o início de infecção para as duas localidades em outubro/novembro, porém, em Varginha a curva de infecção é mais severa devendo o seu controle ser realizado com produtos específicos com dosagens e parcelamentos maiores, já em Carmo de Minas o seu controle pode ser realizado com produtos menos específicos e ou protetores desde que seja realizado um monitoramento constante do nível de infecção na lavoura.

O boletim de Avisos Fitossanitários da Fundação Procafé, que mensalmente divulga as condições climáticas e a evolução dessas doenças (conforme mostrado neste trabalho), associado ao monitoramento feito pelo cafeicultor permitem o controle mais racional e econômico das doenças.

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