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33º Congresso Brasileiro de Pesquisas Cafeeiras

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Academic year: 2022

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AVALIAÇÃO DA CULTIVAR SAÍRA AO PARASITISMO DO NEMATÓIDE Meloidogyne exigua Goeldi, 1987 E DA FERRUGEM, Hemileia vastatrix.

A.L.A. Garcia – Engº Agrº Fundação Procafé e J.B. Matiello – Engº Agrº MAPA/Fundação Procafé.

Os nematóides causam prejuízos em cafezais no Brasil, cujos danos são variáveis em função do nematóide e do tipo de solo como é o caso de áreas arenosas ou argilo-arenosas, que favorecem a disseminação dos parasitas. O Meloidogyne exigua Goeldi, 1987, apesar de não ser a mais agressiva dentre as espécies de nematóides das galhas, provavelmente é a que causa mais danos a cafeicultura nacional. Esta consideração advém de sua disseminação generalizada nos cafezais e uma ampla distribuição geográfica, ocorrendo nas principais regiões cafeeiras do país ( Campos & Villain, 2005).

O M. exigua parasita o sistema radicular do cafeeiro, ao qual causa disturbios fisiológicos e anatômicos, caracterizados pela formação de galhas arredondadas nas raízes. Essa espécie chegou a causar perdas na produtividade da ordem de 45% em cafezais do noroeste do estado do Rio de Janeiro (Barbosa et al., 2004b)

Diversas são as práticas de manejo para o controle deste nematóide, tais como a rotação de cultura e o uso de nematicidas. Entretanto, a que tem se mostrado mais adequada é o uso de cultivares resistentes. As fontes de resistência já conhecidas são as espécies C. canephora, C. congensis, C.

liberica e C. dewevrei, e dentro da espécie C. arabica, algumas cultivares como a Catucaí Vermelho 785/15, IAPAR 59, 166-13, Acauã e Piatã, também apresentam resistência.

No programa de melhoramento genético da Fundação Procafé o HK 29/74, um cruzamento entre Catuaí Amarelo IAC 86 e Catindú, e autofecundado por seis gerações originou a cultivar Saíra.

Este material possui características de porte baixo, alto vigor com boa produção, e plantas resistentes à ferrugem. A reação de resistência do material à ferrugem é caracterizada como do tipo horizontal, com níveis de infecção sempre baixos. Esta resistência se deve ao fator SH3, presente no Catindú, desenvolvido na Índia. Este material genético não foi caracterizado para a resistência ou suscetibilidade ao M. exigua.

Este trabalho teve como objetivo caracterizar o comportamento da cultivar Saíra em relação ao parasitismo do nematóide M. exigua.

O ensaio foi conduzido na sede da Fundação Procafé, Varginha, MG. As mudas foram

originadas de um campo da cultivar Saíra com seis anos, de duas plantas caracterizadas como imunes ao ataque de ferrugem. Foi preparado um inóculo com ovos de M. exigua, extraído de raízes de cafeeiro infestadas com o nematóide, pelo método de Hussey e Barker (1973). Foram inoculadas 20 mudas no estádio de desenvolvimento do 3º par de folhas da cultivar Saíra. A cultivar Mundo Novo IAC 376/4, considerada altamente suscetível ao parasitismo do nematóide foi utilizada como testemunha. A

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avaliação das mudas foi realizada 90 dias após a inoculação, onde as raízes foram lavadas em água correntes e secas ao ar com auxílio de filtro de papel, para a avaliação pelo método de análise visual de presença de galhas.

Resultados e Conclusões

Após a remoção da terra nas raízes com auxílio de água, verificou-se a presença de galhas no sistema radicular de todas as mudas das cultivares Saíra e Mundo Novo. Deste modo a cultivar Saíra é caracterizada como suscetível ao parasitismo do nematóide Meloidogyne exígua.

Observações das mudas no viveiro da cultivar Saíra sem tratamento com fungicida, indicaram ausência de infecção pela ferrugem e cercóspora quando comparadas à cultivar Mundo Novo que teve alto índice de desfolha e ataque intenso de cercóspora e ferrugem. Isso indica que a seleção efetuada foi eficiente na manutenção da resistência à ferrugem, mesmo sob efeito de pressão de inóculo de variadas raças do fungo H. vastatrix presentes na FEX- Varginha. A condição de falta de stress pela ferrugem, provocou também, maior infestação de cercosporiose.

Referências

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