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EFEITOS DE DOSES E FORMULAÇÕES DE FUNGICIDAS CUPRICOS NO CONTROLE DA FERRUGEM DO CAFEEIRO NA ZONA DA MATA DE MINAS.

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Academic year: 2022

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EFEITOS DE DOSES E FORMULAÇÕES DE FUNGICIDAS CUPRICOS NO CONTROLE DA  FERRUGEM DO CAFEEIRO NA ZONA DA MATA DE MINAS. 

J.B.  Matiello,  Eng.  Agr.  MAPA/Procafé,  M.L.  Carvalho,  Eng.  Agr.  Faz  L  e  S,  e  U.V.  Barros,  Eng.  Agr.  Central  Campo. 

 

Os fungicidas a base de cobre são tradicionais  no controle da ferrugem do cafeeiro e sua  eficiência  está  ligada  à  sua  dose  e  formulação.    Esses  produtos  apresentam,  paralelamente,  proteção  contra  cercosporiose,  efeito  tônico‐nutricional  e  são  importantes  no  manejo  da  resistência do fungo H. Vastatrix aos demais fungicidas. 

Existem  no  mercado  variadas  formulações  de  fungicidas  cupricos,  sólidas  ou  líquidas,  para uso isolado ou combinado com outros sais, usados na correção das deficiências de micro‐

nutrientes em cafeeiros. 

O  presente  trabalho  objetivou  estudar  3  formulações  de  fungicidas  cúpricos,  em  combinações com sais, visando o controle da ferrugem, comparando 2 doses de cobre metálico. 

Foi conduzido um ensaio no ciclo agrícola 2007/08, em São Domingos das Dores, zona da  Mata  de  Minas  Gerais,  a  700  m  de  altitude.  O  ensaio  foi  instalado  em  blocos  ao  acaso,  com  8  tratamentos e 4 repetições e parcelas de 6 plantas. A lavoura é de catuai vermelho 81, com 15  anos,  espaçamento  de  3  x  1,5  m,  carga  pendente  de  60  scs/ha.  Foram  usadas  3  aplicaçõe,  em  janeiro, fevereiro e março de 2008, empregando‐se pulverizador costal manual e volume de 400 l  de calda por hectare. Os tratamentos ensaiados estão discriminados no quadro 1. 

Foram  avaliadas  a  infecção  pela  ferrugem  através  de  amostragens,  ,  em  60  folhas,  ao  acaso,  por  parcela  e    a  desfolha  em  24  ramos  ao  acaso  por  parcela  Os  dados  de  percentagem  foram transformados em arc sem raiz quadrada da percentagem para análise estatística, sendo as  médias comparadas pelo teste de Tkey a 5%. 

 

Resultados e conclusões: 

Os  resultados  das  2  amostragens  de  infecção  pela  ferrugem  e  de  desfolha  estão  resumidos no quadro 1. 

 

Quadro 1: Infecção e desfolha em cafeeiros pela ferrugem  sob diferentes formulações e doses de fungicidas cupricos no  controle da doença,  S. D. das Dres‐MG, 2008. 

(2)

Tratamentos  % de infecção  ( maio/08 ) 

% de infecção  ( junho/08 ) 

% de desfolha  ( junho/08 ) 

1‐ Kocide(35%cu), 600g cu metalico./ha  27,1 ab  40,0ab  19,7 a 

2‐ Kocide, 900 g de cu metálico/ha  12,7 a  30,6 a  18,3 a 

3‐ Oxicl. de cobre 50%, 600 g de cu metal./ha  36,0 b   53,3 c  18,1 a 

4‐ Oxicl. de cobre 50%, 900 g de cu metal./ha  30,0 b  41,6 ab  17,6 a 

5‐  Supera (45%cu), 600 g cu metal. /ha  30,3 b  41,2 ab  26,2 b 

6‐ Supera , 900 g cu metal./ha  25,7 ab  35,6 a  21,3 a 

7‐ Kocide, 600 g,cu ,  mais 4 kg de multisais/ha   30,1 b  45,7ab  19,5 a  

8‐ Testemunha  45,3 c  57,3 c  39,6 c 

   

Verifica‐se, pelos dados do quadro 1, que em maio/08 a ferrugem evoluiu nas plantas da  testemunha, atingindo 45% das folhas,, com diferenças significativas em relão aos tratados com  cobre, que ficaram com 12 a 36% de infecção, ficando as doses maiores de cobre metálico com  ligeira superioridade em relação à dose menor.  

 Em  junho  a  doença  evoluiu  mais,  inclusive  nos  tratamentos  com  fungicidas  cupricos,  devido à perda do efeito residual da última aplicação, feita em março, e diante da permanência de  condições  adequadas  para  a  doença.  O  efeito  de  dose  ficou  mais  evidente,  principalmente  com  oxicloreto de cobre. 

O diferencial  de doses de cobre para desfolha foi pequeno,  ficando menos nítido do que  para a infecção. 

Quanto  às  formulações    não  foi  possível  observar  diferenças  marcantes  de  eficiência,  havendo apenas ligeira superioridade, na redução da infecção, pelo Kocide, seguido pelo Supera e  pelo oxicloreto de cobre. 

A  adição  de  mistura  de  sais  (multisais)  não  afetou  o  comportamento/eficiência  do  fungicida cuprico. 

       

(3)

Concluiu­se que: 

a)Os  fungicidas  cupricos,  em  todas  formulações,  apresentam  melhor  eficiência  no  controle  da  ferrugem    em  doses  mais  elevadas,  efeito  esse  mais  pronunciado  quanto  maior o período após o término das  aplicações. 

b)As  formulações  de  cobre  apresentam  comportamento  apenas    ligeiramente  diferenciado entre elas com relação ao controle. 

c) o uso de sais em mistura não afeta a eficiência fungicida do cobre .  

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