Biosíntese de aminoácidos
Departamento de Biomedicina da Faculdade de Medicina do Porto
ruifonte@med.up.pt
No metabolismo, algumas das moléculas dos aminoácidos livres sofrem alterações irreversíveis (como desaminações e oxidações) deixando de ser capazes de se ligar aos respetivos tRNAs. O seu azoto perde-se maioritariamente na forma de ureia e amónio.
Para substituir o azoto perdido é necessário ingerir aminoácidos, mas não necessariamente as mesmas moléculas.
AAs
10 kg de proteínas endógenas
300 g/dia 300 g/dia
glicose
Grupo azotado de um qualquer AA
Aminoácidos nutricionalmente dispensáveis
Aminoácidos nutricionalmente indispensáveis
Aminoácidos
nutricionalmente semi- indispensáveis
ureia e amónio
CO2
3
glutamato
α-aminoácido (alanina, aspartato, 3-fosfoserina, serina, tirosina,
α-AAs ramificados) α-cetoácido aceitador
(piruvato, oxalacetato, 3-fosfo-hidroxipiruvato, hidroxipiruvato, p-hidroxifenilpiruvato, α-cetoácidos ramificados)
α-cetoglutarato As transamínasescatalisam reações que são, geralmente, fisiologicamente reversíveis, em que um dos substratos é (quase)sempre o glutamatoque é dador do grupo amina a α-oxoácidos (ácidos com grupo carbonilo no carbono α)formando-se osα-aminoácidos correspondentes.
As transamínases da alanina, aspartato e fosfoserina estão envolvidas, respetivamente, na síntese da alanina, aspartato e serina.
Na ação da transamínase da glicina o dador do grupo amina não é o glutamato mas sim a alanina
e o α-oxoácido aceitador (glioxilato) contém um grupo aldeído e não um grupo cetónico.
alanina piruvato
glioxilato glicina
4
No decurso do seu catabolismo todos os aminoácidos perdem os seus grupos azotados.
Em muitos casos a perda do grupo amina envolve a transferência do grupo amina do aminoácido (ou de um intermediário dele derivado) para o α-cetoglutarato, via transamínases.
Valina Isoleucina Leucina Tirosina Serina
cisteína-sulfinato α-aminoadipato Alanina Aspartato
α-ceto-isovalerato α-ceto-β-metilvalerato α-ceto-isocaproato p-hidroxifenilpiruvato 3-hidroxipiruvato sulfinil-piruvato α-cetoadipato piruvato oxalacetato
α -cetoglutarato glutamato
oxalacetato piruvato
3-fosfohidroxipiruvato semialdeído do glutamato Aspartato
Alanina 3-fosfoserina Ornitina
glicose TRANSAMÍNASES
TRANSAMÍNASES
Serina Arginina
CO
2Por ação de duastransamínasesque atuem sequencialmente muitos aminoácidos podem (via α-cetoglutarato/glutamato)
ceder o seu grupo amina a α-oxoácidos que podem formar-se a partir da glicose originando aminoácidos nutricionalmente dispensáveis.
5
Noutros casos, em reações de desaminação ou desamidação, os aminoácidos perdem os átomos de azoto na forma de amónio que, via ação catalítica da desidrogénase do glutamato, pode ser incorporado no α-cetoglutarato gerando glutamato.
glicina metionina histidina treonina glutamina asparagina
α -cetoglutarato glutamato
oxalacetato piruvato
3-fosfohidroxipiruvato semialdeído do glutamato Aspartato
Alanina 3-fosfoserina Ornitina
glicose TRANSAMÍNASES
Serina Arginina
CO
2O grupo amina do glutamato que se formou por ação da desidrogénase do glutamato pode ser transferido (por ação de transamínases) para α- oxoácidos que podem formar-se a partir da glicose originando aminoácidos nutricionalmente dispensáveis..
NH4+
NADPH NADP
+desidrogénase do glutamato
(operando no sentido em que se forma glutamato)
reações de desaminação ou de desamidação
…
glicose
piruvato 3-fosfo- glicerato
α-cetoglutarato
alanina
glicina glioxilato
aspartato
asparagina
glutamato glutamina
metionina cisteína
colina
arginina oxalacetato
ornitina
Ciclo da ureia Ciclo de Krebs
Semialdeído do glutamato
O esqueleto carbonado dos aminoácidos nutricionalmente dispensáveis deriva de intermediários da glicólise ou do ciclo de Krebs. Podem ser sintetizados a partir de glicose…
prolina
glicolato
T T
T
T T
T
serina 3-fosfo-
glicerato
3-fosfo- hidroxi- piruvato
3-fosfo- serina
7
Através da ação catalítica de variadas enzimas, os aminoácidos podem libertar o azoto do seu grupo amina (ou de outros grupos azotados) na forma de amónio (NH4+). A maior parte desse amónio (azoto inorgânico) acaba por perder-se na urina incorporado na ureia, mas uma parte do amónio (azoto inorgânico) pode ser incorporado nos aminoácidos.
α-cetoglutarato
AAs CO2 NH4+
Ciclo de Krebs
NH4+
glutamato
glutamina
NADPH NADP+ ADP + Pi
desidrogénase
do glutamato* sintétase da glutamina
α-AA
transamínases α-cetoácidoA incorporação de azoto inorgânico em aminoácidos ocorre por ação da
desidrogénase do glutamato(no sentido em que ocorre a síntese de glutamato [5C;1N]) ou da sintétase da glutamina (síntese de glutamina [5C;2N]).
A síntese do glutamato também pode ocorrer por ação de várias transamínases.
*
Na ação da desidrogénase do glutamato a reação é fisiologicamente reversível mas, no meio interno, quando evolui no sentido glutamato →α-cetoglutarato o oxidante é o NAD+.ATP
8
aspartato
oxalacetato
fumarato Ciclo da ureia
T
citrato isocitrato
α-cetoglutarato
succinil-CoA NADH
succinato QH2 malato
ATP NADH + CO2
NADH + CO2
Krebs
CO2
piruvato ATP
NADH NAD+ + CoA ADP
acetil-CoA
cínase do piruvato
GDP + CO2 GTP fosfoenolpiruvato
PEPCK
glicose
CoA
No ciclo da ureia, o aspartato reage com a citrulina (sintétase do arginino-succinato) originando arginino-succinato.
Nesta via metabólica o azoto do aspartato incorpora-se na ureia e o esqueleto carbonato sai como fumarato [4C] que é intermediário do ciclo de Krebs e que, neste ciclo, regenera o oxalacetato que é precursor do aspartato.
T
A síntese de alanina [3C;1N] e de aspartato [4C;1N]
é o resultado da transferência do grupo amina do glutamato para os α-cetoácidos correspondentes: o piruvato(produto da glicólise) e o oxalacetato (intermediário do ciclo de Krebs que se forma via carboxilação do piruvato).ATP + CO2
ADP + Pi
carboxílase do piruvato
alanina
aspartato
oxalacetato
fumarato Ciclo da ureia
T
citrato isocitrato
α-cetoglutarato
succinil-CoA NADH
succinato QH2 malato
ATP NADH + CO2
NADH + CO2
Krebs
CO2
piruvato ATP
NADH NAD+ + CoA ADP
acetil-CoA cínase
do piruvato
GDP + CO2 GTP fosfoenolpiruvato
PEPCK glicose
CoA ATP + CO2
ADP + Pi
carboxílase do piruvato
asparagina
A asparaginacontém (tal como a glutamina) um grupo amida.
sintétase da asparagina glutamina + ATP
glutamato + AMP + PPi
A asparagina [4C;2N] forma-se a partir do aspartato [4C;1N]
e o dador de azoto para a síntese da asparagina é a glutamina. A reação é catalisada pela sintétase da asparagina:nesta reação o ATP origina AMP + PPi e a glutamina origina glutamato.
10
O
ciclo da alanina
envolve os músculos e o fígado e, para além de corresponder
(1) a reciclagem de glicose, (2) também tem um papel no transporte de azoto dos músculos para o fígado.
Fígado
2 alanina glicose
4 ATP + 2 GTP + 2 NADH 4 ADP + 2 GDP + 2 NAD+
Músculos
2 alanina glicose
2 ATP + 2 NADH 2 ADP + 2 NAD+
ureia
2 piruvato
2 glutamato
2 α-ceto- glutarato 2 glutamato
2 α-ceto- glutarato
2 piruvato
As moléculas de alanina que estão presentes no plasma sanguíneo contêm cerca de 10% do azoto aminoacídico plasmático.
A alanina é maioritariamente libertada pelos músculos sendo aí formada a partir de glicose. A glicose (via glicólise) forma piruvato que é aceitador do grupo amina do glutamato na ação da transamínase da alanina. O grupo amina cedido diretamente pelo glutamato provém indiretamente por todos os aminoácidos.
T T
transamínase da alanina transamínase
da alanina
GLICÓLISE GLICONEOGÉNESE
N
A alanina plasmática é maioritariamente captada no fígado onde o seu esqueleto carbonado pode ser oxidado a CO2ou levar à formação de glicose(via piruvato →
fosfoenolpiruvato → glicose) enquanto o azoto do grupo amina é transferido para o α- cetoglutarato (transamínase da alanina). O grupo amina do glutamato formado vai acabar contribuindo para a formação de ureia no fígado.
11
A serina [3C,1N,1OH]
forma-se a partir de um intermediário da glicólise (e da gliconeogénese): o 3-fosfoglicerato.glicose
piruvato 3-fosfoglicerato
2-fosfoglicerato
fosfoenolpiruvato
3-fosfo-hidroxipiruvato
3-fosfoserina
serina NAD+
NADH
glutamato α-cetoglutarato
transamínase
fosfátase desidrogénase
Pi H2O
glicina
H4-folato N5 N10
H H
H4-folato N5 N10
CH2
hidroximetiltransférase da serina homocisteína
cistationina
cisteína
NH4++ α-cetobutirato resíduos de seleno-cisteína
de proteínas
seleno-cisteinil-tRNASec Síntese proteica
(ribossomas)
12
Ainterconversão da serina [3C;1N;1OH] em glicina [2C;1N] (e vice-versa) envolve a hidroximetiltransférase da serina. A serina tem mais um carbono que a glicina e na conversão serina →glicina ocorre a formação do N5,N10-metileno-H4-folato.
hidroximetiltransférase da serina serina
glicina
H4-folato N5 N10
H H
colina
betaína dimetil-glicina
sarcosina
O2 H2O2
NAD+ NADH homocisteína
metionina betaína-homocisteína metil-transférase
H4-folato N5 N10
H H
H4-folato N5 N10
CH2
H4-folato N5 N10
CH2
glicolato glioxilato
alanina
piruvato A glicina também se
pode formar a partir do glicolatovia glioxilato.
A glicina também se pode formar a partir da colinaem reações em que ocorre formação de metionina (metilação da homocisteína pela betaína) e
de N5,N10-metileno-H4-folato (metilação do H4-folato pela dimetil-glicinae pela sarcosina).
transamínase
O2
H2O2 Na conversão inversa forma-se H4-folato.
13
O glutamato [5C;1N] pode originar quer a prolina [5C;1N] quer a arginina [6C;4N]
e, em ambos os casos, forma-se primeiro o semialdeído do glutamato (via redução do glutamato pelo NADPH). Também por redução dependente do NADPH o semialdeído do glutamato origina prolina.Numa reação de transaminação atípica forma-se a ornitina que é precursora da arginina via enzimas “do ciclo da ureia”. As enzimas do ciclo da ureia para além do seu papel na síntese da ureia também contribuem para a síntese endógena de arginina.
glutamato Semialdeído do glutamato
prolina
ornitina
arginina
glutamato α-cetoglutarato
NADP+ NADPH NADP+ NADPH
transamínase da ornitina
Ciclo da ureia
citrulina
Arginino- succinato
ATP
ADP+Pi transcarbamílase
da ornitina
sintétase do arginino- succinato líase do arginino-
succinato
carbamil-fosfato
aspartato + ATP AMP + PPi Pi
fumarato
ureia H2O
14
A tirosina [9C;1N;1OH] forma-se a partir da fenilalanina [9C;1N] por ação da
hidroxílase da fenilalanina.Na reação de hidroxilação da fenilalanina a tetrahidrobiopterina funciona como co- redutor.
A regeneração da tetrahidrobiopterina (THBP) depende da ação da redútase da dihidrobiopterina; nesta reação o NADPH é o agente redutor.
THBP DHBP
fenilalanina tirosina
O2 H2O
hidroxílase da fenilalanina
NADP+ NADPH
redútase da dihidrobiopterina
É costume classificar a tirosina como um aminoácido semi-essencial(ou semi-indispensável) porque se pode formar endogenamente a partir da fenilalanina que é um aminoácido essencial (ou indispensável).
Quando, como acontece na fenilcetonúria, a hidroxílase da fenilalanina está em deficit, a tirosina passa a ser um aminoácido nutricionalmente indispensável.
15
Na biossíntese da cisteína [3C;1N;1S],
o enxofre provém da metionina enquanto os carbonos provêm da serina. A formação da cisteína é um processo complexo porque se entrecruza com a complexa via metabólica de degradação da metionina.metionina
S-adenosil-metionina
homocisteína S-adenosil-homocisteína
ATP Pi+PPi adenosiltransférase da
metionina
metiltransférases Aceitador de metilo
Aceitador metilado H2O adenosina
É útil dividir a via de degradação da metionina em duas metades: “a via de transmetilação” que leva à formação de homocisteína e a “via de trans-sulfuração” que permite formar a cisteína.
Embora a metionina seja um aminoácido essencial há uma enzima que se designa por síntase da metionina. A “salvação” da metionina a partir de homocisteína pode ocorrer por ação da síntase da metionina ou da metil-transférase da betaína-homocisteína.
síntase da metionina
H4-folato N5 N10
H H
betaína dimetil-glicina
metil- transférase da
betaína- homocisteína
H4-folato N5 N10
CH3
N5-metil-H4-Folato
16
Na “via de trans-sulfuração”,a homocisteína transfere o enxofre para a serina. No processo intervém a síntase da cistationina; a cistationina cinde-se libertando cisteína.
metionina
homocisteína
cistationina
serina síntase da
cistationina
cisteína líase da cistationina
NH4+ α-cetobutirato
CO2
NAD+ NADH CoA
propionil-CoA D-metil- malonil-CoA
L-metil- malonil-CoA
Ciclo de Krebs
succinil-CoA
Na ação da líase da cistationina para além de cisteína forma- se amónio e α-cetobutirato; o α-cetobutirato é degradado levando à formação succinil-CoA.
H2O
Na cisteína que se forma endogenamente os carbonos provêm da serina, mas o enxofre provém da metionina. Porque a metionina é um aminoácido essencial é costume classificar a cisteínacomo semi-essencial (ou semi-indispensável).
17
serina
tRNASec
seril-tRNASec ATP
AMP + PPi
ATP
AMP + Pi seleneto
seleno- fosfato
selenocisteinil-tRNASec Pi
sintétase do seleno-fosfato
Algumas proteínas (como, por exemplo, a redútase do glutatião, a redútase da tioredoxina e a sintétase do seleno-fosfato) contêm resíduos de selenocisteína [3C;1N;1Se]. A selenocisteína é incorporada nessas proteínas aquando da síntese proteica. Previamente, forma-se o respetivo aminoacil-tRNA (selenocisteinil-tRNASec) a partir de seril-tRNASec.
O codão correspondente ao anticodão do tRNASecé normalmente um codão de terminação (UGA) mas, em determinados RNA mensageiros contendo sequências específicas este codão liga-se ao anticodão do selenocisteinil-tRNASec.
5’-RNAm
3’-RNAm AGU
Síntese de algumas
(poucas) proteínas 18
Cerca de ¼ das proteínas de um adulto é colagénio e o colagénio contêm resíduos aminoacídicos para os quais não existem os tRNA correspondentes: a hidroxiprolina [5C;1N;1OH] e a
hidroxilisina [6C;2N;1OH].
A hidroxilação de muitos dos resíduos de prolina e de alguns dos resíduos de lisina da cadeia polipeptídica ocorre no interior do retículo endoplasmático rugoso dos fibroblastos quando a cadeia (designada de pró-colagénio) está ainda a ser formada nos ribossomas associados ao retículo endoplasmático.
Síntese proteica Hidroxilação de resíduos de prolina e lisina da molécula de pró-colagénio.
Formação da tripla hélice secreção
As enzimas envolvidas são as hidroxílases da prolina e da lisina.
glutamato succinato + CO2
O
2 glutamatosuccinato + CO2
O
2hidroxílase da prolina hidroxílase da lisina
O ascorbato é um cofator destas hidroxílases. Oascorbatoimpede a oxidação de iões Fe2+que fazem parte da estrutura destas enzimas e são essenciais à sua atividade catalítica. Na ausência de ascorbato não ocorrem as hidroxilações pertinentes e o colagénio é anormal (escorbuto).
Algumas proteínas ligantes do ião Ca2+(como a protrombina e outros fatores da coagulação) contêm alguns resíduos de carboxiglutamato. A formação dos resíduos de carboxiglutamato ocorre após a tradução da proteína e envolve enzimas que têm como cofatores a vitamina K.
resíduo de carboxiglutamato resíduo de glutamato
Vit. K (forma de hidroquinona) Vit. K (forma de epóxido)
Vit. K (forma de quinona) CO2
O
2epoxídase da vitamina K
redútase da vit. K sensível à varfarina redútase da vit. K
sensível à varfarina
redútase da vit. K insensível à varfarina
Quando há défice de vitamina K ou intoxicação com varfarina não se formam os resíduos de carboxiglutamato em proteínas da coagulação e podem ocorrer hemorragias. Quando há
intoxicação com varfarina, o antídoto é a administração de altas doses de vitamina K. 20
Uma modificação pós tradução frequente é a metilação que pode ocorrer em resíduos de lisina, histidina e outros aminoácidos de proteínas. Estas metilações são catalisadas por metil- transférasesem que o dador de metilo é a S-adenosil-metionina que no processo se converte em S-adenosil-homocisteína (via da transmetilação da metionina).
S-adenosil-metionina metionina
homocisteína S-adenosil-homocisteína
ATP Pi+PPi
adenosiltransférase da metionina
metil- transférases
H2O adenosina resíduo de lisina
resíduo de trimetil-lisina
resíduo de histidina
resíduo de metil- histidina
21
Bibliografia
Murray, R. K., Granner, D. K., Mayes, P. A. & Rodwell, V. W. (2012) Harper's Illustrated Biochemistry, 29th edn, Lange, New York.
Stipanuk, M. H. & Caudill, M. A. (2013) Biochemical, Physiological, Molecular Aspects of Human Nutrition, 3rd edn, Sunders, Elsevier., USA.
Nelson, D. L. & Cox, M. M. (2013) Lehninger Principles of Biochemistry, sixth edition edn, W. H. Freeman and Company, New York
Levesque, C. L. & Ball, R. O. (2013) Protein and amino acid requirements in Biochemical, physiological and molecular aspects of human nutrition (Stipanuk, M. H. & Caudill, M. A., eds) pp. 331-356, Elsevier, St. Louis.
Wu, G., Bazer, F. W., Davis, T. A., Kim, S. W., Li, P., Marc Rhoads, J., Carey Satterfield, M., Smith, S. B., Spencer, T. E. & Yin, Y. (2009) Arginine metabolism and nutrition in growth, health and disease, Amino Acids. 37, 153-68.
Kopple, J. D. & Swendseid, M. E. (1975) Evidence that histidine is an essential amino acid in normal and chronically uremic man, J Clin Invest. 55, 881-91.