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XIII SIMPEP – Bauru, SP, Brasil, 6 a 8 de Novembro de 2006

A influência da remuneração variável no desempenho das empresas

Elizabeth Krauter (USP – Bolsista de Doutorado do CNPq) ekrauter@usp.br

Resumo: O objetivo deste estudo é verificar a influência da remuneração variável no desempenho das empresas. Optou-se por empresas que implantaram planos de participação nos resultados. Como indicadores de desempenho foram avaliados os seguintes direcionadores de valor: crescimento nas vendas, investimento em capital de giro, investimento em capital fixo, margem de lucro operacional, alíquota de imposto de renda, custo de capital próprio, custo de capital de terceiros, produtividade, satisfação do cliente, qualidade do produto ou serviço, treinamento dos funcionários, satisfação dos funcionários, inovação de produto, inovação de processo, participação de mercado e segurança dos funcionários. As 79 empresas da amostra eram de médio e de grande porte, do setor indústria, localizadas no Estado de São Paulo. A análise dos dados apontou uma influência favorável no desempenho dos direcionadores de valor, sendo a produtividade o direcionador mais favoravelmente influenciado.

Palavras-chave: Remuneração variável; Planos de participação nos resultados;

Direcionadores de valor; Produtividade.

1. Introdução

A globaliza ção e o aparec imento de novas tecnologias aumentou a demanda por melhores pr áticas de gestão. A função de operações busca tornar a empresa mais competitiva, atrav és de aumentos de produtividade e qualidade, necessitando de empregados envolvidos e motivados para atingir seus objetivos. A remunera ção variável tem sido um importante instrumento de incentivo ao vincular parcela da remunera ção dos empregados ao alcance de metas.

O objetivo deste trabalho é verificar a influência da remuneração variável no desempenho das empresas.

A modalidade de remunera ção variável mais utilizada pelas empresas no Brasil é o plano de participa ção nos lucros ou resultados, regulamentado pela Lei 10.101 de 19/12/2000.

A literatura faz uma distin ção entre planos de participação nos lucros e plan os de participa ção nos resultados. No primeiro, a remunera ção é extraída do lucro gerado pela empresa no per íodo. No segundo, a remuneração depende do alcance de metas de desempenho. No Brasil, a legisla ção não faz distinção, e na prática, encontram -se empresas que estabelecem metas ligadas tanto a medidas de lucratividade quanto a medidas de desempenho operacional. Esse trabalho n ão fará distinção entre os dois tipos de planos e utilizará a expressão plano de participa ção nos resultados.

Os direcionadores de valor s ão indicadores -chave de desempenho, constru ídos a partir da estrat égia competitiva. Os direcionadores podem ser de dois tipos: financeiros e não - financeiros. Os direcionadores financeiros avaliados neste trabalho s ão: crescimento nas vendas, investimento em capital de giro, investimento em capital fixo, margem de lucro operacional, al íquota de imposto de renda, custo de capital próprio e custo de capital de terceiros. E os direcionadores n ão -financeiros s ão: produtividade, satisfação do cliente, qualidade do produto ou servi ço, treinamento dos funcionários, satisfação dos funcionários, inova ção de produto, inovação de processo, participação de mercado e segurança dos funcion ários.

A import ância desse estudo está em ampliar o conhecimento sobre o te ma e em

fornecer subs ídios para as empresas aperfeiçoarem seus sistemas de gestão.

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O trabalho est á dividido em quatro seções, além desta de introdução. A primeira seção apresenta uma revis ão da literatura; a segunda expõe a metodologia utilizada; a apresen ta ção e a an álise dos dados estão dispostas na terceira seção; e a última seção conclui com as considera ções finais.

2. Revisão da literatura 2.1 Remuneração variável

Um sistema de remunera ção bem concebido e bem executado é uma vantagem competitiva sustent ável para a empresa (MORIN; JARRELL, 2001). Pesquisas demonstram que a remunera ção tem influência no desempenho das empresas (LOW; KALAFUT, 2003).

A remunera ção variável é uma tendência moderna nas relações capital/trabalho (XAVIER et al. , 1999), facilitando a parceria empregado/empresa (SCHUSTER;

ZINGHEIM, 1992). O objetivo é melhorar o desempenho dos negócios (BELCHER, 1996) e tornar a empresa mais competitiva (MARTINS; BARBOSA, 2001), colocando parcela do pagamento dos empregados dependente do alcance de metas e objetivos (XAVIER et al. , 1999).

A possibilidade de vincular a remunera ção e o resultado efetivamente realizado é uma das principais raz ões que levam as empresas a adotarem a remuneração variável (XAVIER et al. , 1999).

O programa de remunera ção vari ável precisa levar em consideração as estratégias, a estrutura, os valores, os processos e as pessoas. O programa precisa ser flex ível, ter mobilidade para se ajustar às circunstâncias dinâmicas do ambiente (XAVIER et al. , 1999).

Muitas empresas adotam planos que foram implantados com sucesso em outras empresas, sem levar em considera ção as estratégias e as características próprias de cada empresa.

Indicadores v álidos para uma empresa podem não ser para outra.

Existem v árias alternativas de remuneração vari ável. A modalidade mais utilizada pelas empresas no Brasil é o plano de participação nos lucros ou resultados. A participação nos lucros é o pagamento feito pela empresa aos seus funcionários referentes “a distribuição do resultado positivo obtido pela empresa ” (MARTINS, 2000, p. 49).

Os planos de participa ção nos lucros são baseados em uma medida de retorno ou de lucro, e podem ter v ários formatos. A empresa pode pagar: uma porcentagem fixa de seus lucros cont ábeis após impostos; uma porcentagem do lu cro que exceder uma medida de retorno; uma porcentagem do lucro que exceder o lucro or çado (BERGER; BERGER, 2000).

J á os planos de participação nos resultados atrelam uma parcela da remuneração dos empregados ao alcance de metas de desempenho organizacional ou de equipes (BERGER;

BERGER, 2000; GOMEZ-MEJIA et al. , 2000). Esses programas s ão baseados em aumentos sobre desempenho hist órico (GOMEZ -MEJIA et al. , 2000), envolvem uma medida de desempenho e o c álculo de um bônus (BELCHER, 1996).

A participa ção nos lucros ou resultados no Brasil surgiu na Constitui ção Federal de 1946. Embora os textos constitucionais de 1946 a 1969 tenham feito refer ência à participação dos trabalhadores nos lucros das empresas, a participa ção não foi regulamentada. A regulamenta ção foi estabelecida de modo mais efetivo atrav és da Medida Provisória nº 794 de 29/12/1994.

Ap ós a edição sucessiva de várias Medidas Provisórias, a Lei 10.101 de 19/12/2000

regulamentou os programas de participa ção nos lucros ou resultados. As diretrizes bá sicas

fixadas foram (SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL):

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 A participa ção nos lucros ou resultados será objeto de negociação entre a empresa e uma comiss ão composta de empregados e um representante do sindicato;

 O instrumento do acordo dever á ser arquivado na e ntidade sindical dos trabalhadores;

 Poder ão ser utilizados índices de produtividade, qualidade ou lucratividade;

 As regras dever ão ser claras e objetivas;

 Os valores distribu ídos ficarão isentos de encargos trabalhistas e previdenciários;

 N ão se aplicará a o programa o princ ípio de habitualidade;

 As empresas poder ão deduzir como despesa operacional as participações distribuídas;

 A periodicidade do pagamento n ão poderá ser inferior a um semestre;

 A participa ção recebida pelos empregados será tributada na font e, e ser á responsabilidade da empresa sua reten ção e recolhimento;

 Para resolver os impasses surgidos nas negocia ções, as partes poderão utilizar a medi ção ou a arbitragem de ofertas finais.

2.2 Direcionadores de valor

Os direcionadores de valor s ão indic adores-chave de desempenho, constru ídos a partir da estrat égia competitiva, com o objetivo de criar valor para os acionistas (RAPPAPORT, 2001; BLACK et al. , 2001; YOUNG; O ’BYRNE, 2003; HERRERO, 2005).

Os direcionadores podem ser de dois tipos: financeiros e n ão -financeiros. Os financeiros s ão dados históricos, que avaliam o desempenho depois de o fato ter ocorrido. Por isso, s ão considerados indicadores de ocorrência (lagging indicators) (YOUNG; O ’BYRNE, 2003).

Black et al. (2001) identificaram sete direcionadores financeiros:

 Crescimento nas vendas: pode ser dividido em pequenos direcionadores, de modo que se possa observar os impactos em mudan ças de preço, volume e mix de produto;

 Investimento em capital de giro: é o investimento líquido em contas a receb er, estoque, contas a pagar, necess ários para o crescimento nas vendas;

 Investimento em capital fixo: é a diferença entre os desembolsos de capital para aquisi ção de ativo fixo, e a despesa de depreciação;

 Margem de lucro operacional: é o quociente entre l ucro operacional antes de impostos e juros, e vendas;

 Al íquota de imposto de renda: são os impostos sobre o lucro operacional;

 Custo de capital: é influenciado pelas expectativas de mercado e pela estrutura financeira da empresa. É importante para a fixaçã o de taxas de retorno m ínimas.

Investimentos com retornos maiores que o custo de capital criam valor para o acionista;

 Per íodo de vantagem competitiva: é a quantidade de anos que os investimentos geram taxas de retorno maiores que o custo de capital (RAPPAPORT, 2001).

Segundo Ittner et al. (1997), a utiliza ção de medidas financeiras para avaliar desempenho n ão é suficiente para motivar os administradores a agirem de acordo com os interesses dos propriet ários.

As empresas necessitam de indicadores que tenham a capacidade de prever a cria ção

de valor, que indiquem o valor que est á sendo criado ou destruído, antes de os fatos

ocorrerem. Esses indicadores, conhecidos como indicadores de tend ência (leadind indicators) ,

s ão os direcionadores não -financeiros (YOUNG; O ’BYRNE, 2003).

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Young e O ’Byrne (2003), com base nesse trabalho de Ittner et al. (1997), apresentam os seguintes direcionadores n ão -financeiros: satisfa ção do cliente, objetivos estratégicos não financeiros, qualidade do produto ou servi ço, segurança do empregado, produtividade, participa ção de mercado, satisfação do empregado, treinamento do empregado e inovação.

Com o objetivo de maximizar a cria ção de valor no longo prazo, as empresas precisam utilizar direcionadores financeiros e n ão -financeiros, e a defini ção dos direcionadores precisa estar atrelada à estratégia da empresa (YOUNG; O’BYRNE, 2003).

3. Metodologia

A pesquisa é bibliográfica e descritiva. A revisão da literatura está inserida na pesquisa bibliogr áfica. E a pesquisa é descritiva, pois o objetivo do estudo é verificar a influência da remunera ção variável no desempenho das empresas.

O m étodo quantitativo foi o escolhido. O universo é formado por empresas que implantaram planos de participa ção nos resultados, sediadas no Estado de São Paul o. Adotou- se a amostragem n ão probabilística e optou -se pela amostragem por acessibilidade, onde a sele ção é feita pela facilidade de acesso aos respondentes.

A partir de um banco de dados da Federa ção das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), foram selecionadas 800 empresas industriais de m édio e de grande porte e de diversas áreas de atuação.

Para determinar o porte das empresas foi utilizado o conceito do Servi ço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) com base no número de emprega dos.

Segundo este conceito, uma empresa industrial é classificada como de médio porte se possui de 100 a 499 empregados, e de grande porte, se possui mais de 500 empregados.

O instrumento de coleta de dados foi um question ário enviado pelo correio ao respons ável pela gestão das empresas. Junto com o questionário foi enviado um envelope postado para a devolu ção do questionário preenchido.

A coleta de dados foi realizada no segundo semestre de 2003 e utilizou-se o programa estat ístico SPSS – Statistical Package for the Social Sciences – vers ão 10.0 for Windows, para tabula ção dos dados. Foram utilizados: a distribuição de freqüência e o teste qui - quadrado.

4. Apresentação e análise dos dados

O question ário estava dividido em dois blocos. O primeiro bloco pro curava caracterizar o respondente, e determinar: o porte, a localiza ção e a área de atuação da empresa. E o segundo bloco procurava verificar a influ ência da implantação dos planos de participa ção nos resultados no desempenho dos direcionadores de valor.

Das 79 empresas da amostra, 43 (54,4%) s ão de médio porte e 36 (45,6%) são de grande porte. 33 (41,8%) empresas est ão localizadas na cidade de São Paulo, 29 (36,7%) na Grande S ão Paulo e 17 (21,5%) no interior do Estado de São Paulo.

9 (11,4%) das empresas s ão do setor químico/petroquímico, 9 (11,4%) do setor farmac êutico, 8 (10,1%) do setor veículos/autopeças, e as demais, de várias outras áreas de atua ção. Quanto ao respondente, 66 (83,5%) ocupam cargos de liderança e o tempo médio na empresa é de 14 anos.

O segundo bloco do question ário apresentava uma listagem dos direcionadores de

valor e solicitava ao respondente que indicasse a influ ência que a implantação dos planos de

participa ção nos resultados teve no desempenho de cada um dos direcionadores, de ac ordo

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(melhorou) moderadamente; 3 – n ão teve influência; 4 – diminuiu (piorou) moderadamente; 5 – diminuiu (piorou) expressivamente.

Os direcionadores financeiros listados eram: crescimento nas vendas, investimento em capital de giro, investimento em capital fixo, margem de lucro operacional, al íquota de imposto de renda, custo de capital pr óprio e custo de capital de terceiros. E os não -financeiros eram: produtividade, satisfa ção do cliente, qualidade do produto ou serviço, treinamento dos funcion ários, satisfação dos funcionários, inovação de produto, inovação de processo, participa ção de mercado e segurança dos funcionários.

A tabela 1 mostra a influ ência no desempenh o dos direcionadores com a implanta ção dos planos de participa ção nos resultados. A coluna aumentou (melhorou) apresenta a soma das respostas: aumentou (melhorou) significativamente e aumentou (melhorou) moderadamente; e a coluna diminuiu (piorou) apresenta a soma das respostas: diminuiu (piorou) moderadamente e diminuiu (piorou) expressivamente.

Para 49,4% dos respondentes, o direcionador crescimento nas vendas n ão sofreu influ ência e para 45,6% houve um aumento no desempenho desse direcionador, com a implanta ção dos planos.

O investimento em capital de giro e o investimento em capital fixo n ão sofreram influ ência para 72,2% e 81% dos respondentes, respectivamente.

O desempenho do direcionador margem de lucro operacional aumentou para 51,9%

dos respondentes, n ão sofreu influência para 31,6% e diminuiu para 16,5%.

A al íquota de imposto de renda, o custo de capital próprio e o custo de capital de terceiros n ão sofreram influência para 84,8%, 84,8% e 78,5% dos respondentes, respectivamente.

Portanto, a margem de lucro operacional foi o direcionador financeiro mais favoravelmente influenciado com a implanta ção dos planos de participação nos resultados. Os demais direcionadores financeiros n ão sofreram influência significativa em seu desempenho, segundo os respondentes.

Dos direcionadores n ão -financeiros, produtividade melhorou para 84,8%. J á satisfação do cliente melhorou para 60,8% e n ão sofreu influência para 34,2% dos respondentes.

Qualidade do produto ou servi ço melhorou para 68,4%. Treinamento dos funcionár ios aumentou para 58,2% e n ão teve influência significativa para 39,2% dos respondentes.

Para 82,3%, o direcionador satisfa ção dos funcionários aumentou. Inovação de produto n ão teve influência para 68,4% e aumentou para 31,6% dos respondentes. Inovação de processo aumentou para 58,2% e n ão teve influência para 38%.

Participa ção de mercado não teve influência para 62%, enquanto que o direcionador seguran ça dos funcionários aumentou para 54,4% e não teve influência para 45,6% dos respondentes.

Resumindo, os direcionadores n ão -financeiros que tiveram o desempenho mais favoravelmente influenciado com a implanta ção dos planos de participação nos resultados foram: produtividade, satisfa ção dos funcionários, qualidade do produto ou serviço e satisfa ção do cliente . A produtividade foi o direcionador que sofreu a maior influ ência de todos os direcionadores avaliados nesse trabalho.

O teste estat ístico qui -quadrado foi utilizado e os resultados mostraram que existe uma rela ção estatisticamente significante entre plan os de participa ção nos resultados e direcionadores de valor.

TABELA 1 – Influência no desempenho dos direcionadores com a implantação dos planos de participação nos

resultados

(6)

Direcionadores

Aumentou (melhorou)

Não teve influência

Diminuiu (piorou)

N % N % N %

Crescimento nas vendas 36 45,6 39 49,4 4 5,1

Investimento em capital de giro 18 22,8 57 72,2 4 5,1

Investimento em capital fixo 12 15,2 64 81,0 3 3,8

Margem de lucro operacional 41 51,9 25 31,6 13 16,5

Al íquota de imposto de rend a 3 3,8 67 84,8 9 11,4

Custo de capital próprio 9 11,4 67 84,8 3 3,8

Custo de capital de terceiros 7 8,9 62 78,5 10 12,7

Produtividade 67 84,8 7 8,9 5 6,3

Satisfa ção do cliente 48 60,8 27 34,2 4 5,1

Qualidade do produto ou servi ço 54 68,4 22 27,8 3 3,8

Treinamento dos funcionários 46 58,2 31 39,2 2 2,5

Satisfação dos funcionários 65 82,3 11 13,9 3 3,8

Inovação de produto 25 31,6 54 68,4  

Inova ção de processo 46 58,2 30 38,0 3 3,8

Participa ção de merca do 27 34,2 49 62,0 3 3,8

Segurança dos funcionários 43 54,4 36 45,6  

Fonte: Elaborado pela autora com base nos dados coletados na pesquisa de campo.

5. Considerações finais

Esse estudo procurou verificar a influ ência da remuneração variável no d esempenho das empresas. A partir de uma amostra de 79 empresas de m édio e de grande porte, do setor ind ústria, de diversas áreas de atuação, localizadas no Estado de São Paulo, procurou -se verificar a influ ência da implantação dos planos de participação no s resultados no desempenho dos direcionadores de valor.

A an álise dos dados coletados na pesquisa de campo permitiu identificar uma influ ência favorável tanto nos direcionadores financeiros quanto nos não -financeiros. Os direcionadores n ão -financeiros foram mais favoravelmente influenciados que os financeiros.

A margem de lucro operacional foi o direcionador financeiro mais favoravelmente influenciado. Dos direcionadores n ão -financeiros, os mais influenciados foram:

produtividade, satisfa ção dos funcionário s, qualidade do produto ou servi ço e satisfação do cliente.

A an álise mostrou, também, que a produtividade foi o direcionador mais favoravelmente influenciado de todos os direcionadores avaliados nesse estudo.

Outras pesquisas podem ser realizadas a partir desses dados, tais como:

 Ampliar a pesquisa, incluindo empresas de outros Estados do Brasil;

 Ampliar a pesquisa, incluindo empresas dos setores com ércio e serviço;

 Verificar a influ ência da estratégia competitiva no desempenho dos direcionadores de valor em empresas que implantaram planos de participa ção nos resultados.

6. Referências Bibliográficas

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Value-Based Management: a practical guide to implementation.

Referências

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