Estes Protocolos foram elaborados e atualizados graças ao esforço das Pessoas que trabalharam no
SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA DA CIDADE DE SÃO PAULO, desde 1951, quando se iniciou o atendimento de urgência no município.
Agradecemos a população da cidade de São Paulo.
É permitida a reprodução total ou parcial deste documento, exceto para fins comerciais, desde que
citada a fonte.
JOSÉ SERRA
Prefeito
MARIA CRISTINA CURY
Secretário da Saúde
CARLOS ALBERTO GUGLIELMI EID
Diretor do SAMU-192
PEDRO SÉRGIO DOS SANTOS LUCILIA NÓBREGA CATANZANO
SAMUEL OMETTO
Coordenação Administrativa de Urgências e Emergências
TÂNIA MARIA VARGAS ESCOBAR AZEVEDO LÍRIA YOSHIOKA
Núcleo de Educação em Urgências
Equipe Técnica de Revisão ANA CRISTINA NOGUEIRA ANTÔNIO SÉRGIO RODRIGUES
FÁBIO SOARES DOS SANTOS
LÍGIA MARIA CARVALHO DE AZEVEDO SOARES LUCILIA NOBREGA CATANZANO
MARIA CECILIA C. LAMARDO E SILVA MARIA JALVA DE MORAIS
SAMUEL OMETTO
TÂNIA MARIA VARGAS ESCOBAR AZEVEDO
Junho de 2005
PROTOCOLO
NÚMERO ASSUNTO
1 Papel e responsabilidades da equipe de APH 2 Regras Gerais de Atendimento à Vítima pelo SBV
3 Biossegurança
4 Constatação de Óbito no Local da Ocorrência 5 Atendimento a Pacientes Especiais.
6 Solicitação de Apoio do Suporte Intermediário e Avançado de Vida
7 Sistematização da passagem de caso para a Central de Regulação Médica 8 Avaliação Primária. (Vítima inconsciente que não sofreu traumatismo) 9 Avaliação Primária. (Vítima de trauma ou situação ignorada)
10 Avaliação Secundária - Paciente Traumático 11 Avaliação Secundária - Paciente Clínico 12 Parada respiratória (Adulto criança e bebê).
13 Parada Cardiorrespiratória adulto RCP (reanimação cardiopulmonar) com 1 ou 2 profissionais de APH
14 Parada Cardiorrespiratória Criança
15 Parada Cardiorrespiratória Bebê RCP (reanimação cardiopulmonar) 16 Obstrução de Vias Aéreas – Adulto
17 Obstrução de Vias Aéreas – Criança e Bebê 18 Avaliação da cinemática do trauma
19 Hemorragia Externa e Suspeita de Hemorragia Interna
20 Choque
21 Ferimentos
22 Queimaduras
23 Hipotermia
24 Trauma de Extremidades 25 Trauma Raqui Medular 26 Trauma na gestante
27 Atendimento Global ao Politraumatizado 28 Dor Torácica
29 Crise Hipertensiva
30 Convulsão
31 Acidente Vascular Cerebral 32 Problemas Respiratórios
33 Dor abdominal – Abdome agudo 34 Intoxicação Aguda
35 Acidentes com animais peçonhentos 36 Urgências Psiquiátricas
37 Parto iminente 38 Parto: Apresentações
39 Limpeza de superfície da ambulância na presença de matéria orgânica 40 Procedimento de limpeza concorrente de Ambulância
41 Procedimento de limpeza terminal semanal programada de ambulância
PROTOCOLO Nº 01 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO
Papel e responsabilidades da equipe de APH Página 01/02
Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 05 – Junho de 2005
Manter a pontualidade e assiduidade no cumprimento da escala de trabalho.
Permanecer em PRONTIDÃO durante todo o plantão, atendendo os chamados com presteza.
I-Na base operacional
• Apresentar-se uniformizado.
• Realizar chek list de materiais e equipamentos no inicio e saída de cada plantão.
• Garantir a limpeza da AM e dos equipamentos
• Providenciar a reposição de materiais de consumo.
• Zelar pela ordem da base operacional
• Zelar e contribuir para a harmonia das relações interpessoais durante o horário de plantão.
II -Na cena do atendimento
1. Garantir a segurança da equipe do SAMU dos circundantes e da vítima.
2. Apresentar-se como profissional do SAMU
3. Avaliar a vítima e realizar as intervenções que forem necessárias para a manutenção da vida.
4. Utilizar EPI durante todo o atendimento.
5. Manter o controle da situação, estabelecendo prioridades.
6. Entrar em contato com a central de regulação médica, passar o caso e seguir as orientações determinadas pelo médico regulador.
III -Durante o transporte da vítima até o hospital:
• Transportar o paciente para o hospital determinado pela central de regulação médica
• Realizar o transporte rápido e seguro.
• Manter observação e cuidados constantes do paciente.
• Preencher a ficha de APH em duas vias.
IV - No Hospital
• Informar à equipe da Unidade de Emergência do Hospital sobre : tipo de ocorrência, traumática, clinica, psiquiátrica, condições da vítima e os procedimentos realizados.
• Arrolar os pertences e entregar ao responsável.
• Deixar a 2ª via da ficha de APH no hospital.
V - Durante o regresso para a base:
• Comunicar-se com a central de regulação médicas, colocando-se a disposição para novos e eventuais chamados.
• Transmitir ao rádio operador os dados referentes ao atendimento.
VI - Conduta Pessoal.
• Controlar hábitos pessoais, linguagem e atitudes durante o atendimento.
• Apoiar, orientar e acalmar parentes e acompanhantes da vítima.
• Seguir os princípios éticos da profissão.
Compete adicionalmente ao Condutor do Veiculo de Urgência:
Verificar antes do deslocamento da viatura:
• Nível do óleo do motor e Km da troca
• Nível e estado da água do radiador
• Fluido de freio
• Tensão da correia do motor
• estado geral da bateria
• possíveis vazamentos
• presença de fumaça anormal no sistema de escapamento
• fixação e estado do escapamento
PROTOCOLO Nº 01 – SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO
Papel e responsabilidades da equipe de APH Página 02/02
Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 05 – Junho de 2005
• ruídos anormais
• eventuais peças soltas em geral
• fixação e estado dos pára-choques
• funcionamento dos limpadores de pára-brisa
• sistemas elétricos, luminosos e sonoros
• calibragem e estado de conservação dos pneus e estepe
• existência de triângulo de sinalização, macaco e chave de rodas
• arranhões e amassados na cabine e carroceria
• limpeza geral externa da viatura
• nível do combustível
• marcador de temperatura do motor
• ajuste do banco e cinto de segurança
• ajuste dos espelhos retrovisores
• ficha de abastecimento de combustível e Registro Individual de Viatura (RIV)
• estado, carga e fixação do extintor de incêndio
• guia da cidade
• relatórios de trabalho
• lanterna portátil
• sistema de radio e comunicação Durante o deslocamento de check up verificar:
• Ruídos anormais
• Eventuais peças soltas em geral
• Estado dos freios
• Funcionamento do rádio operacional e dos HT (Hand talk) 3. Compete aos integrantes da Unidade de Suporte Básico de Vida:
Inspecionar os seguintes equipamentos da viatura:
• Maca de rodas
• Prancha longa com três tirantes
• Pressão do cilindro fixo de oxigênio
• Pressão do cilindro portátil de oxigênio
• Vazamentos nos sistemas de oxigênio
• Sistema de aspiração de secreções
Verificar os estoques mínimos de materiais e medicamentos conforme o preconizado para a ambulância de suporte básico de vida.
Executar todos os procedimentos de suporte básico de vida em equipe.
PROTOCOLO Nº 02 - SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO
Regras Gerais de Atendimento Página 01/01
Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 05 – junho de 2005
• Atenda ao despacho da Central de Regulação com prontidão.
• Estabeleça a melhor e mais segura rota para o local da ocorrência.
• Assegure a segurança da equipe e da vítima na cena.
• Acalme a vítima e circundantes.
• Inicie o atendimento, determinando riscos iminentes à vida.
• Passe informações sobre o estado do paciente ao médico regulador.
• Não cause danos adicionais.
• Transporte o paciente com segurança e rapidez.
• O acompanhante, quando houver, deverá ir no banco da frente, ao lado do motorista, salvo as
situações especiais.
PROTOCOLO Nº 03 –SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO
BIOSSEGURANÇA Página 01/01
Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 05 – junho de 2005
Durante o Atendimento
1- Certifique-se que a cena está segura.
2- Use EPI.
3- Proteja-se de sujidade e respingos biológicos, mantendo fechados o uniforme e o calçado.
4- Evite acidentes provocados pela utilização de calçados inadequados ao serviço, assim como a permanência/contato com material contaminado na ambulância (cortantes ou não).
5- Mantenha protegidos seus próprios ferimentos com curativos oclusivos.
6- Caso ocorram respingos biológicos acidentais lave o local com sabão e água corrente ou soro fisiológico imediatamente.
7- Caso algum membro da equipe sofra acidente de trabalho durante o atendimento seguir o protocolo
específico.
PROTOCOLO Nº 04 –SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO
Constatação de óbito no Local do Chamado Página 01/01
Nível: S.B.V. Em vigor desde Jan/96 Rev. Nº 05 – junho de 2005
1. Em princípio a equipe de Suporte Básico de Vida não deve considerar a vítima com ausência de respiração e pulso como em óbito.
2. Inicie imediatamente as manobras de reanimação ao constatar uma parada cardio respiratória.
• A equipe não iniciará as manobras de reanimação somente nos seguintes casos:
Decapitação, carbonização, seccionamento ou esmagamento de segmentos corpóreos vitais (cabeça e tronco)
Presença de sinais tardios de morte como rigidez cadavérica, manchas hipostáticas (livor mortis) e putrefação.
3. Uma vez iniciadas, as manobras de RCP só poderão ser interrompidas nas seguintes situações:
• Retorno dos movimentos respiratórios e pulsação.
• Quando a vítima for entregue aos cuidados de um médico.
4. No caso de óbito evidente em domicilio a equipe do SBV deve orientar a família a realizar um Boletim de Ocorrência (BO) na Delegacia de Policia mais próxima do local.
ATENÇÃO:
Cuidados Legais com o Local da Ocorrência
Locais onde ocorreram acidentes, agressões interpessoais ou auto infringidas com vítimas em parada cardio respiratória podem ser classificados como local de ocorrência de crime. Por exigência legal o local de crime, não deve ser alterado a não ser que seja absolutamente necessário.
Entre as causas que justificam a alteração de possível local de crime estão:
Necessidade de socorro imediato às vítimas Risco de vida para a(s) vítima(s)
Risco de vida para a equipe
Risco de vida para outras pessoas ou risco de novos acidentes Impossibilidade física de acesso à(s) vítima(s)
Impossibilidade de outra forma de atendimento
Em ocorrências que envolvam lesões corporais provocadas por agressão, a preocupação inicial deve ser com a segurança da equipe e posteriormente com o atendimento à vítima. Nessas situações o apoio da Policia Militar deve ser solicitado através da Central de Regulação.
ATENÇÃO:
Rigor Mortis (Rigidez cadavérica) Se inicia 1 a 6 horas após a morte, começando pelos músculos da mastigação.
Livor Mortis (Manchas hipostáticas). Se manifesta 1,30 horas a 2 horas após a morte.
Midriase – não deve ser considerada, isoladamente, sinal de morte óbvia. Manifesta-se 30s após
a PCR e pode ser reversível.
PROTOCOLO Nº 05 - SAMU 192 DA CIDADE DE SÃO PAULO
Atendimento a Pacientes Portadores de Necessidades Especiais. Página 01/03 Nível: S.B.V. Em vigor desde Junho de 05 Rev. Nº
1-PACIENTE COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA:
• Fale olhando diretamente para seus olhos para que ela possa ler seus lábios.
• Utilize a escrita, se necessário.
• Aja com paciência.
• Explique ao paciente todo procedimento feito.
2.
PACIENTE COM DEFICIÊNCIA VISUAL• Descreva o que estiver fazendo.
• Permita que um familiar ou pessoa próxima acompanhe.
• Mantenha contato físico constante.
• Aja com paciência
3- PACIENTE COM DEFICIT DE DESENVOLVIMENTO MENTAL •
• Use palavras simples de fácil entendimento.
• Mantenha comunicação constante
• Explique de forma simples o que estiver fazendo.
• Aja com paciência.
• Transmita segurança.
• Dê tempo para que a vítima responda suas perguntas.
5. PACIENTE IDOSO
• Trate com respeito especial.
• Permita que um familiar ou pessoa próxima acompanhe o idoso
• Respeite suas limitações, angústias, medos e pudor.
• Aja com paciência 6. PACIENTE PEDIÁTRICO
• Permita que os pais acompanhem a criança.
• Permita que a criança leve um objeto de estimação desde que a faça ficar tranqüila.
• Aja com paciência.
SITUAÇÕES ESPECIAIS
PACIENTE COM MENOS DE 18 ANOS.
•