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E D I Ç Ã O A N O 2 8 S E T E M B R O N O V O V A R E J O. C O M. B R N O V O V A R E J O I M P R E S S O CAPA

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Academic year: 2022

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CAPA

E D I Ç Ã O 3 3 7 | A N O 2 8 | S E T E M B R O | N O V O V A R E J O . C O M . B R | N O V O V A R E J O I M P R E S S O

(2)

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PELEGRINO

E D I TO R I A L

Claudio Milan claudio@novomeio.com.br

Por essa o “seu” Almeida não esperava

Minha primeira concepção de varejo foi o armazém do “seu” Almeida. A loji- nha, que ficava próxima a uma oficina mecânica, fazia parte do universo en- cantado da Vila Sésamo, série de televisão produzida em sua versão nacio- nal pela TV Cultura de São Paulo e que ainda hoje ocupa lugar especial na memória afetiva de muitos brasileiros – eventualmente até nas lembranças de alguns de nossos leitores.

As lojas de bairro que eu frequentava quase diariamente na condição de acompanhante passivo da minha mãe ou minha avó há quase 50 anos em nada se diferenciavam do empreendimento do “seu” Almeida, que, por sua vez, também guardava enormes semelhanças com os empórios que mo- tivaram a fundação, em 1649, da Companhia Geral do Comércio do Brasil.

Os conceitos, processos e até, em parte, a tecnologia que davam susten- tação aos varejos da metade do século 17 não sofreram de lá até a déca- da de 70 do século 20 as mesmas impactantes transformações impostas à atividade nos últimos 15 ou 20 anos. Avançamos em duas décadas mais do que os armazéns de cada um dos Almeidas brasileiros evoluíram em 300 anos. Vitrine digital, display commerce, gôndola infinita, beacon, app, lo- cker, Messenger, mídias sociais, chatbot, e-commerce, omnichannel, e- -social, danfe, startup e tantos outros neologismos que fazem parte do dia a dia dos empresários varejistas hoje soariam como um idioma extrater- restre aos ouvidos do simpático e calvo comerciante interpretado pelo ator Manoel Inocêncio na saudosa série de televisão.

Mas você, caro leitor, tem uma vantagem em relação aos valentes gestores das lojas da década de 70 do século passado: acesso privilegiado a um con- teúdo consistente sobre as últimas tendências do setor varejista brasileiro e internacional. Não apenas todos os dias via internet, mas também men- salmente nas páginas deste Novo Varejo. Aqui nos ocupamos de forma qua- se obsessiva a apurar o estado da arte em inovação tecnológica e gestão para contar as novidades pra você em primeira mão.

É exatamente isso que fazemos nesta edição. Mais uma vez acompanha- mos o fórum LIDE, que reúne anualmente as principais lideranças do varejo brasileiro para debater e apresentar o que existe de mais novo e impactan- te no setor. Este ano, a evolução mais comentada foi a expansão da multi- canalidade para o conceito de ecossistema no varejo, que demanda ainda mais parceria, relacionamento e cooperação com fornecedores em todas as pontas do negócio para atender com eficiência as demandas do cliente.

Outra tendência apurada pela reportagem é a crescente importância das lojas físicas de bairro. Os clientes interagindo e criando laços com gerentes e funcionários dos estabelecimentos que estão ao redor. Quem sabe tra- zendo de volta um calor humano que vivenciamos num passado não muito distante e que mesmo a mais apurada inovação tecnológica não pode tirar de nós. Sim, é a volta triunfante do “seu” Almeida nos braços do povo! Por essa ele não esperava.

Ano 28 - #337 Setembro de 2021

Tiragem desta edição: 15 mil exemplares Distribuição Nacional Via Correios

Novo Varejo é uma publicação mensal da Editora Novo Meio Ltda dirigida aos varejistas de autopeças. Tem como objetivo divulgar notícias, opiniões e informações que contribuam para o desenvolvimento do setor.

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H Á 1 0 0 E D I Ç Õ E S

Fórum de lideranças do varejo promovido pelo LIDE aponta tendência de desenvolvimento dos ecossistemas em substituição ao conceito simplificado da multicanalidade.

Diretor do Itaú Unibanco, Rodnei Bernardino anuncia entrada da instituição no mercado de autopeças com e-commerce para concessionárias.

Mais um player de peso chega ao setor.

Na série de reportagens com as mulheres do aftermarket trazemos nesta edição um perfil de Fabiana Pelegrini, executiva que assumiu a gestão da empresa fundada por seu pai em Minas Gerais.

08 16

Na edição 237 a reportagem do Novo Varejo perguntou o que os líderes das principais entidades do mercado diriam ao presidente da República

A edição 237 do Novo Varejo foi lan- çada em meio ao período eleitoral de 2014. O resultado ainda estava indefi- nido, mas o mercado de manutenção de veículos tinha demandas bem cla- ras, que precisariam ser observadas com atenção não apenas pelo próxi-

mo governante, mas também pelos legisladores brasileiros.

O aftermarket automotivo indepen- dente carecia – e ainda carece – de força para organizar movimentos le- gítimos nos bastidores do poder que capazes de encurtar os caminhos

para o atendimento de suas neces- sidades. No entanto, se estivessem frente a frente com o futuro presi- dente da República, o que as lide- ranças do mercado diriam a ele?

Convidamos os responsáveis pelas principais entidades de representa- ção do setor automotivo a responder esta pergunta. Os temas levantados na ocasião são perfeitamente ade- quados ao ambiente de negócios que vivenciamos hoje: legislação tributá- ria, legislação trabalhista, importa- ção de produtos, inspeção veicular e certificações de qualidade.

A implementação de uma política in- dustrial realista que contemplasse todos os aspectos da indústria de au- topeças instalada no Brasil foi cita- da como fundamental para todos os segmentos do mercado como uma alavanca para novos investimentos.

Para o varejo, surgia como demanda a redução da carga tributária do país, a criação de mais linhas de crédito para os empresários do setor e a im- plantação dos programas de inspe- ção ambiental e implantar a inspeção técnica veicular para fiscalizar itens de segurança.

Redução de carga tributária e desoneração da folha são prioridades do setor

Estudo trimestral realizado pela GIPA mostra o impacto do desabastecimento de autopeças nas oficinas mecânicas brasileiras.

30 20 Home office teve forte expansão ao

longo da pandemia. Agora, situação volta a se normalizar e modelo híbrido vai ganhando força, o que é bom para a

reposição automotiva. 40

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REAL

O 9º Fórum LIDE de Varejo e Marke- ting teve como principal destaque o cenário de expansão da lógica de ecossistemas de negócios no país (veja na página 30).

Dentro deste conceito, empresas que outrora eram caracterizadas por um único núcleo de produtos e serviços passam a expandir seus portfólios com a criação de braços em novos segmentos.

A tendência não tem, no entanto, sido adotada apenas por varejistas que – como o Magalu – passaram, recente- mente, a oferecer serviços financeiros e até mesmo de entretenimento.

O caminho em direção ao modelo de ecossistemas parece cada vez mais ser uma via de mão dupla. Instituições tradicionalmente conhecidas pelos serviços financeiros têm intensifica-

do seus esforços de aproximação com o setor de comércio e serviços – a par- tir do qual buscam conseguir uma rela- ção mais íntima e direta com consumi- dores de diversos perfis.

Um dos bancos mais ativos neste mo- vimento tem sido o Itaú que, depois de se popularizar com iniciativas como as bicicletas compartilhadas na cidade de São Paulo (SP), está realizando movi- mentos sequenciais para se consolidar como um player da mobilidade urbana.

A última ação da instituição neste sen- tido foi o anúncio de sua entrada no mercado de autopeças a partir da cria- ção de um e-commerce voltado para concessionárias.

Como configuração, o projeto – já em fase de implementação – prevê a for- mação de parcerias com concessioná- rias de veículos de todo o país de modo

E N T R E V I S T A

Lucas Torres jornalismo@novomeio.com.br Fotos: Divulgação / Arquivo Novo Meio

Itaú anuncia entrada no mercado de autopeças com e-commerce para concessionárias

Instituição bancária já vinha se aproximando do setor de mobilidade

a permiti-las vender qualquer item dis- ponível nos seus estoques em uma pla- taforma digital que será desenvolvida especialmente para cada revendedora.

Além disso, ao aderir à parceria, as con- cessionárias irão disponibilizar de for- ma automática seus estoques de peças nos principais marketplaces do Brasil.

Assim, o Itaú espera que o projeto per- mita que as concessionárias brasi- leiras possam ir além da venda digital de veículos – se valendo da usabilida- de intuitiva e de um sistema de geren- ciamento de dados que realiza toda a gestão do inventário, oferta, venda e faturamento de peças para superar os primeiros gargalos de uma possível fal- ta de expertise e experiência.

Em entrevista exclusiva ao Novo Vare- jo, o diretor do Itaú Unibanco, Rodnei Bernardino de Souza, contou detalhes do projeto e discutiu o interesse da ins- tituição financeira no mercado de mo- bilidade urbana em geral.

Novo Varejo - Como funcionará o marketplace de autopeças do Itaú?

Quem é o público-alvo deste novo braço de negócios da empresa?

Rodnei Bernardino - Com esta par- ceria todas as concessionárias bra- sileiras poderão ir além da venda de veículos e disponibilizar de for- ma automática seus estoques de peças nos principais marketplaces do Brasil, bem como também criar seus próprios e-commerces de pe- ças automotivas. A plataforma pos- sui usabilidade intuitiva e um sis- tema de gerenciamento de dados que realiza toda a gestão do inven- tário, oferta, venda e faturamento de peças. Além disso, o Itaú inte- grará este sistema de marketplace

de peças automotivas no iupp e no iCarros, de modo que todos os pro- dutos também estejam disponíveis para compra tanto para clientes do Itaú quanto para não clientes inte- ressados. Ao se tornarem canais de venda nesta parceria, o iupp e o iCarros aumentarão o alcance de distribuição das peças para os con- cessionários e ampliarão o leque de produtos disponíveis em suas pra- teleiras de e-commerce.

NV - O fato do mercado de seminovos e usados ter aquecido nos últimos meses, muito por conta dos proble- mas enfrentados pelas montadoras na aquisição de insumos para produ- ção dos veículos e pela natural queda da demanda, influenciou na iniciati- va? Ou foi um caminho natural do Itaú que já havia se inserido no segmento com o iCarros?

RB - Este foi um processo natural para o Itaú, dado que esta iniciati- va vem ampliar de forma importan- te a proposta de valor do iCarros, que hoje está fortemente inserido na jor- nada de compra e venda de veículos.

Entendemos que o segmento de au- topeças possui alta relevância e um grande potencial de crescimento.

Além disso, o impulsionamento de soluções de e-commerce se mostra como uma boa alternativa para aten- der às necessidades dos clientes no momento (tanto o comprador como o vendedor). Nosso primeiro passo é ampliar a presença nesse merca- do, que demonstra diversas oportu- nidades de negócios. A parceria com a novavarejo.com, que já possui uma expertise para o formato de negócio em que atuaremos, é o marco da ex- pansão do banco no segmento.

Executivo destaca importância do tema ‘mobilidade’ para a instituição

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NV - Vocês destacam a iniciativa como um ‘primeiro movimento do banco vol- tado para o segmento de autopeças’.

Neste contexto, o Itaú contempla am- pliar a participação no nicho?

RB - O mercado de autopeças é, sem dúvidas, repleto de oportunidades que ainda podem ser exploradas.

No momento, contudo, estamos focados nessa iniciativa que marca nossa estreia no setor, de modo que possamos oferecer o melhor serviço para esse público.

NV - Como se dará a articulação do Itaú com os outros players do After- market Automotivo para a criação do marketplace? Vocês chegaram a montar uma rede junto aos fabrican- tes, distribuidores e até mesmo os varejistas de autopeças?

RB - Nos integramos à plataforma Mob1.One, da novovarejo.com, que é

composta por produtos de tecnolo- gia e de serviços dedicados exclusiva- mente ao varejo eletrônico de peças automotivas e já conta com mais de 50 mil autopeças catalogadas das princi- pais marcas do setor. Além disso, as concessionárias interessadas em inte- grar o marketplace terão suporte total para oferecer e anunciar os seus pro- dutos online.

NV - O Itaú tem um histórico longo de envolvimento na pauta da mobili- dade. Exemplo disso é a iniciativa do banco com as bicicletas comparti- lhadas na cidade de São Paulo. O que faz da pauta atrativa para vocês?

RB - Consideramos a mobilidade um dos mais importantes temas para a so- ciedade e para a economia e que vem atravessando fortes transformações guiadas pelo comportamento dos con- sumidores e viabilizadas pela tecno-

E N T R E V I S T A

logia. O Itaú, como empresa que atua com os conceitos de ecossistema e inovação colaborativa, quer continu- ar na vanguarda e seguir liderando a transformação dentro do cenário bra- sileiro de mobilidade. Por meio de so- luções como as bikes compartilhadas, do recente anúncio do VEC (Veículos Elétricos Compartilhados) e do lança- mento da plataforma de conteúdo so- bre mobilidade WTW Play em parceria com a Welcome Tomorrow – que acon- teceu nesta semana –, nosso objetivo é protagonizar e ampliar as discussões sobre o tema, engajar mais as pessoas para a causa, compartilhar boas práti- cas e, assim, ser parte ativa neste mo- vimento que está transformando a for- ma como as pessoas se locomovem no Brasil e no mundo.

NV - Existe alguma possibilidade do marketplace passar a disponibilizar

peças para a compra direta por par- te de oficinas mecânicas e pessoas físicas ou a ideia do Itaú é se manter como um intermediário voltado para o nicho das concessionárias?

RB - No momento, as vendas de au- topeças serão feitas exclusivamente pelas concessionárias. Clientes e não clientes do banco têm a opção de com- pra por meio da integração dos anún- cios no iCarros, iupp e outros dos prin- cipais marketplaces do Brasil.

NV - Quando a plataforma já estará disponível para os clientes? Existe alguma previsão?

RB - As concessionárias já podem pro- curar pelo time comercial do Itaú para desenvolver suas soluções e disponi- bilizar os produtos para seus clientes, contando em breve com os canais adi- cionais de venda do iupp e iCarros.

10

Iniciativa ampliará proposta de valor do iCarros, conta Rodnei Bernardino

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Pesquisas MAPA e ONDA - análise comparativa – VIES

As pesquisas MAPA e ONDA, reali- zadas pelo After.Lab – unidade de pesquisa e inteligência de merca- do do Grupo Novo Meio – de forma ininterrupta desde abril de 2020 tornaram-se a referência para os agentes comerciais no mercado de reposição automotiva para compa- rar seu desempenho semanal num cenário de tamanhas incertezas como as provocadas pela pandemia do  COVID-19.

Funcionando como um verdadeiro benchmark do setor, os dados co- letados nas pesquisas são o retrato fidedigno da realidade do varejo de autopeças que, semanalmente, com- partilham conosco muito mais dos que números, mas o relato do am- biente de negócios com seus altos e baixos, conquistas, desafios, enfim um mercado dinâmico e complexo.

Nesta edição apresentamos o com- parativo entre julho de 2020 e julho

É interessante observar a linha tracejada preta no gráfico, que re- presenta as médias de vendas por região, desconsiderando as varia- ções positivas e negativas. De um modo geral a tendência observada em 2020 foi de uma variação positi- va entre as cinco semanas do mês.

Lembrando que valores positivos são aqueles que estão acima do va- lor ZERO no eixo horizontal.

Utilizando o mesmo gráfico, vemos a

Pesquisa VIES apura forte percepção de alta nos preços na comparação entre julho de 2021 com o mesmo mês do ano passado

de 2021, no estudo intitulado VIES.

Importante ressaltar que a metodo- logia de coleta de dados é sempre comparativa e retroativa, ou seja, os entrevistados reportam o desempe- nho da semana que se encerra com o da semana anterior, um termôme- tro preciso sobre a “temperatura” do mercado em quatro dimensões: (1) vendas, (2) compras, (3) abasteci- mento e (4) variação nos preços.

O mês de julho mostrou-se bastante apropriado a esta comparação já que pudemos comparar as tendências nas cinco semanas de cada mês.

O mês de julho de 2020 começou numa quarta-feira, e em 2021 come- çou numa quinta-feira, permitindo assim avaliar o reflexo da última se- mana do mês de junho em cada ano.

Nos gráficos a seguir apresentamos a comparação em cada uma das di- mensões (vendas, compras, abas- tecimento e variação de preços) por

seguir o desempenho comparativo da dimensão COMPRA nos anos de 2020 e 2021. A forma de leitura é a mesma descrita para a dimensão VENDAS, novamente com destaque para um padrão diferente entre as duas linhas de tendência (preta) apresentadas.

Além disso, chama a atenção que a queda nas compras, no comparativo médio entre as semanas do ano de 2021, mostra uma tendência mais es- tável que no ano de 2020.

V I E S

Marcelo Gabriel: jornalismo@novomeio.com.br

região, sendo que os valores apresen- tados ao lado de cada dimensão estão representados em percentual.

As barras verticais em vermelho mos- tram a média (o círculo vermelho em cada barra vertical) os limites superior

e inferior (baseados no desvio-padrão).

Assim, a região Nordeste (NE) foi a que apresentou a menor variação semanal nas vendas em 2020, enquanto no ano de 2021 as maiores variações semanais foram observadas na região Norte  (N).

Ainda que chamem a atenção, tais variações são esperadas no decorrer das semanas em função da própria dinâmica do mercado e, com raríssi- mas exceções notamos uma variação

média acima de 5% (sem considerar os limites inferior e superior do des- vio-padrão).

Mas duas outras dimensões são as que mais merecem destaque nessa

análise: nível de abastecimento e va- riação de preços.

Consideramos como nível de abasteci- mento a facilidade/dificuldade em en- contrar peças, considerando 100% da cotação, e as respostas também são expressas em percentual, conforme gráfico apresentado a seguir.

Se em 2020 a variação no abasteci- mento era próxima de zero, devemos sim considerar que em julho estáva- mos vivendo um período de grande ins- tabilidade em função das medidas res- tritivas de funcionamento de oficinas e lojas de autopeças que não foram uni- formes dentro do Brasil, e essa medida serve justamente para estabelecer os níveis de referência de uma situação nunca vista no mercado de reposição.

Mas são os dados de 2021 que mere- cem uma atenção especial.

Já comentamos em outras oportunida- des sobre a escassez de produtos a nível global, seja em função das medidas to- madas ao redor do mundo sobre fecha-

mento de empresas por um lado, e por outro lado pela retomada econômica da China, grande consumidor de matéria prima e que vem apresentando cresci- mento do seu PIB de forma constante.

No primeiro trimestre de 2020, o PIB chinês caiu 6,8%, sendo que já no se- gundo trimestre apresentou um cres- cimento positivo de 3,2%, subindo no terceiro trimestre para 4,9% e fechou o quarto trimestre com crescimento positivo de 6,5%.

Já nos dois primeiros trimestres de 2021 o crescimento foi de 18,3% e de 7,9% respectivamente, abandonando os efeitos da pandemia. Mas o outro lado da moeda é que esse crescimen- to, associado com as oscilações em cada país, levou à falta generalizada de componentes na indústria automotiva, motivando montadoras brasileiras a interromper as suas linhas de monta- gem por falta de peças. Ainda veremos alguns bons meses para que voltemos a alguma normalidade.

E a última dimensão, variação de preços, está diretamente relacio- nada com os princípios da micro- economia que avaliam a dinâmica da oferta e da demanda. Épocas de escassez de oferta e aumento na demanda, como se verificou no mercado de reposição, bem como a depreciação do real frente às moe- das de livre conversão (como dólar ou euro), expõem nosso setor a uma situação de variação de preços bas- tante aguda, como apresentado no próximo gráfico.

Se no mês de julho de 2020 as va- riações de preço foram quase insig- nificantes (média de 0,71%), o que se vivenciou no mesmo período em 2021 foi uma média de 6,99% de va- riação de preço, semana a semana, sempre retroativo em relação às se- manas  anteriores.

Com isso finalizamos esta apresenta- ção sobre o VIÉS das pesquisas MAPA e ONDA, realizadas pelo After.Lab desde abril de 2020. Cabe ressaltar que os períodos avaliados apresenta- ram realidades distintas em relação à pandemia e às práticas comerciais possíveis em cada momento.

Se em 2020 vivenciávamos os mo- mentos de maior indecisão quanto ao dia seguinte nos negócios, em 2021, já sob a égide do chamado “novo nor- mal”, vivemos sob as dificuldades geradas pelas quebras na cadeia de suprimentos global e da depreciação cambial, com impactos diretos nas interações comerciais.

A boa notícia, dentro desse cenário, é que o mercado de reposição é um segmento que sempre se mostrou resistente a crises, prosperando mesmo no meio do caos.

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Então assine o Dossiê After.Lab-Varejo de Autopeças, um relatório analítico comentado que traz o resultado das pesquisas MAPA e ONDA do mês e o comparativo VIES, que avalia as movimentações anuais no mês de referência. O Dossiê After.Lab-Varejo de Autopeças é disponibilizado em formato impresso e em vídeo, exclusivo para assinantes.

Para saber como assinar fale com marketing@novomeio.com.br

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COBRA

COBRA

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O ano de 2020 foi atípico e imprevisível para os negócios em todos os setores da economia. Os impactos resultantes da pandemia da covid-19 repercutiram e continuam repercutindo fortemente no ambiente de negócios, inclusive no mer- cado de reposição. Dois deles são parti- cularmente significativos: a inflação e a falta de peças, tanto para as montadoras quanto no mercado de reposição.

Mas é fato que estamos vivendo um período de reacomodação e, para os mais otimistas, retomada. Com o obje- tivo de medir o nível de atividade neste processo de recuperação econômica a GIPA está realizando em quatro ciclos trimestrais o estudo Aftermarket Pul- se 2021. Trata-se de uma ferramenta global desenvolvida pela empresa de inteligência de mercado para fornecer

R E P O S I Ç Ã O

Metade das oficinas mecânicas sofreu com falta de peças no segundo trimestre

Dado faz parte do estudo Aftermarket Pulse 2021 - Onda 2/4. No primeiro semestre, o levantamento havia apurado desabastecimento em 65% dos estabelecimentos de reparação automotiva

uma visão geral atualizada da situação do aftermarket em cada país.

Os resultados a seguir foram obtidos no segundo ciclo de apurações, re- ferente ao período de abril, maio e ju- nho de 2021. Até o final do ano, outras duas medições serão feitas. Neste se- gundo estudo, foram ouvidos por te- lefone nas cinco regiões do Brasil 421 proprietários, gerentes ou gerentes de

pós-vendas de empresas de manuten- ção de veículos, sendo 51 concessioná- rias, 265 oficinas independente, 53 lo- jas de pneus e 52 funilarias.

Acompanhe na sequência a evolução

da atividade da reparação automotiva a

partir da comparação entre o primeiro e

o segundo semestre de 2021. Os gráfi-

cos trazem também a interpretação da

GIPA para os indicadores apurados.

(10)

SCHADEK

Independentemente do porte ou do segmento, há uma característica que une todos os varejistas: a busca por aumentar as vendas. Afinal, esse é o objetivo principal de qualquer negócio.

Vender mais significa ter receitas me- lhores e, consequentemente, aumen- tar a rentabilidade de toda a operação.

Parece simples, mas elaborar uma es- tratégia de vendas é uma das tarefas mais complexas dos empreendedores.

Isso porque, num cenário de transfor- mação digital e intensa competitivi- dade, é essencial contar com os me- lhores dados em mãos para tomar as melhores decisões. Mas como as equi- pes de marketing e de vendas podem aproveitar a inteligência de dados para impulsionar as conversões? Confira:

1 - Estabelecimento de indicadores reais

O primeiro passo para aumentar as vendas é saber, justamente, quantas transações a empresa consegue fazer por dia, semana e mês. Somente com essa percepção é possível entender se o desempenho está adequado, ou não, aos objetivos do negócio e quais me- tas são plausíveis de serem atingidas a curto, médio e longo prazo. A inteli- gência de dados possibilita a criação de indicadores reais, uma vez que é derivada do cruzamento de diferentes informações, como total de vendas e fluxo de consumidores.

2 - Conhecimento aprofundado do público

Com os canais digitais é possível ob- ter algumas informações valiosas so- bre potenciais consumidores, desde questões mais básicas como cadas-

A R T I G O

Por que a inteligência de dados é uma parceira de vendas das equipes de marketing?

tro até possíveis interesses a partir da navegação. Mas esses dados contam apenas parte da história. Uma pessoa pode estar procurando determinado produto no computador de um colega.

É preciso, portanto, validá-los dentro das lojas sempre que possível. Como?

Monitorando os passos das pessoas no local, avaliando vitrines e produtos que normalmente atraem mais atenção.

Assim, é possível criar campanhas di- recionadas para estimular o portfólio.

3 - Avaliação de desempenho da loja

Vender mais não significa ter conhe- cimento apenas de seu público-alvo.

Pelo contrário, é essencial descobrir o desempenho da própria loja para es- tabelecer as melhores estratégias. O índice de conversão e o total de tran- sações, citado no primeiro tópico, é apenas um das análises inteligentes que precisam ser feitas. Os profissio- nais e gestores precisam ter na ponta da língua outras situações, como os pontos mais “quentes” do local, ou seja, as áreas mais visitadas, o trajeto nor- malmente feito pelos consumidores e até o tempo que cada pessoa leva para observar vitrines e gôndolas.

4 - Criação de novos produtos e serviços

Sim, a inteligência de dados pode de- finir até mesmo a necessidade de reformular o portfólio de produtos e serviços se for o caso. A partir do cru- zamento de diferentes informações dos consumidores, do mercado em si e das lojas, é possível avaliar se os itens oferecidos pela empresa correspon- dem àquilo que as pessoas esperam e

o segmento oferece. Em muitos casos, basta atualizar o catálogo de produtos e/ou fazer uma campanha de divulga- ção em cima dele para impactar positi- vamente as vendas de um negócio.

5 - Tomada de decisão mais rápida

Por fim, em um cenário de intensa competitividade a partir da transfor- mação digital, as melhores estratégias

de vendas são as planejadas e execu- tadas de forma rápida e eficiente. Não há mais espaço para hesitação: quem vacilar e esperar para tomar medidas ficará para trás da concorrência. En- tretanto, decisões rápidas sempre representam risco. Para minimizá-lo, é essencial contar com dados inteli- gentes que possibilitam, até mesmo, eventual correção de rota na estraté- gia caso algo dê errado.

“Conheço as tuas obras: não és nem frio nem quente. Oxalá fosses frio ou quente! Mas, como és morno, nem frio nem quente, vou vomitar-te.”

Apocalipse 3, 15-16

Ricardo Fiovaranti é CEO da FX Data Intelligence, empresa especialista em visão computacional dirigida por IA, fornecendo insights estratégicos para o varejo.

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S É R I E

Lucas Torres jornalismo@novomeio.com.br Fotos: Shutterstock e Divulgação

Fabiana Pelegrini dá segmento ao legado familiar na gerencia do grupo fundado pelo pai

Filha de João Pelegrini passou por empresas como a Vale e a Gafisa antes de assumir posto de liderança na empresa do triângulo mineiro

O ingresso de lideranças femininas nas segundas e terceiras gerações de empresas do aftermarket brasi- leiro parece ser um indicativo con- sistente do aumento do interesse das mulheres pelo setor automotivo.

Assim como Alceni Liston, pro- tagonista da série ‘Mulheres do Aftermarket’ no mês de agosto – que assumiu os negócios de seu pai para ficar à frente da Unipeças Auto- peças de Curitiba (PR) –, a persona- gem desta edição também seguiu o legado do pai para escolher a reposi- ção como seu nicho de atuação.

Filha de João Pelegrini – persona- gem com presença constante no Novo Varejo desde a década de 90 do século passado – Fabiana Pelegri- ni ingressou no grupo familiar sedia- do na cidade de Uberlândia (MG) em 2012 e hoje é uma de suas principais lideranças ocupando a posição de gerente comercial.

Nos dois casos, porém, embora te- nha servido como fonte de inspira- ção em um momento inicial tanto para Fabiana quanto para Alceni, os laços sanguíneos estiveram longe de ser a principal carta de apresentação destas líderes empresariais.

Tal como Liston, Pelegrini também cursou e se formou em engenha- ria antes de assumir posição no ne- gócio. Fabiana experimentou, ainda, posições importantes no mundo cor- porativo – fora dos domínios dos ‘Pe- legrini’, atuando em empresas gigan- tes como a Vale e a Gafisa.

Sobre a importância do legado fami- liar como pontapé inicial e o gradual aumento do interesse de mulheres por áreas técnicas do setor automo- tivo, a reportagem do Novo Varejo conversou com Fabiana Pelegrini.

Novo Varejo - Como filha de uma re- ferência do Aftermarket Automoti- vo, você foi incentivada desde cedo a

gostar e se envolver com os assuntos do mercado?

Fabiana Pelegrini - Desde muito nova acompanho meus pais nessa jornada do empreendedorismo, indo pra em- presa com eles, ouvindo em casa as- suntos relacionados a estoque, fis- cal, financeiro, funcionários, sobre os desafios e celebrando junto as conquistas. Sempre admirei e sou- be que gostaria de, também, ter meu próprio negócio e eles sempre incen- tivaram a mim e às minhas irmãs a estudar nas melhores escolas, esco- lher nossas graduações e trilhar nos- sos próprios caminhos. Estar traba- lhando hoje nos negócios da família é uma escolha nossa, depois de já ter vivido outras experiências de mer- cado tanto no segmento automotivo como em outros como mineração e construção civil.

NV - Em seu relacionamento com co- laboradores, fornecedores e clientes

como você tem percebido o cresci- mento das mulheres no mercado?

FP - Tenho ótimo relacionamento e receptividade com colaboradores, fornecedores e clientes. Apesar de sermos poucas mulheres no merca- do automotivo, as que se propõem a trabalhar neste setor são prepara- das, competentes e muito cobradas por elas mesmas e pelos pares. Para aquelas que gostam das áreas técni- cas e não têm medo de grandes de- safios, é um mercado muito bom.

NV - Você já foi alvo de algum pre- conceito ligado a gênero no trato com pessoas do setor?

FP - Sim. A pessoa que emite algu-

ma posição preconceituosa, seja ela

pelo sexo ou pela sua idade, na gran-

de maioria dos casos acaba mudan-

do de opinião e de posicionamen-

to depois de entender que você tem

tanto ou mais conhecimento que ela

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S É R I E

sobre aquele produto. Após esta per- cepção e este respeito adquirido, a pessoa muda totalmente a postura e o preconceito deixa de existir. Sem- pre comento com nossos colabora- dores a importância de fazermos e falarmos o correto, a importância da qualificação e da seriedade de nú- meros e informações técnicas que passamos ao mercado. Somos espe- cialistas e corretos no que fazemos.

NV - Como você tem visto a evolução da temática da equidade de gênero no setor automotivo e na sociedade em geral nos últimos anos?

FP - Eu cursei engenharia, que tem poucas mulheres, e vejo que muitas deixam de ir pra este ou outros seg- mentos técnicos por falta de apoio ou medo do mercado de trabalho.

Acredito que este tema deveria ser mais debatido e incentivado, em es- pecial entre mulheres.

NV - Você acredita que precisamos de políticas afirmativas que incentivem as mulheres a explorarem áreas ma- joritariamente masculinas, bem como exercerem posições de liderança?

FP - É muito importante que tenha- mos mais núcleos, eventos, pales- tras e debates com este tema tanto para mulheres quanto para homens, em especial, para o público que está escolhendo o seu curso superior e que está cursando faculdades para mostrar exemplos práticos de mu- lheres que são destaques na área au- tomotiva, para que se inspirem e ve- jam que tem muito mercado para grandes mulheres que se especia- lizam e buscam ser excelentes no que elas se propõem a fazer. Acre- dito que políticas afirmativas podem aumentar o preconceito e a segrega- ção, por isso a minha vertente é re- almente voltada para a conscienti- zação dos jovens e uma mudança cultural e comportamental de forma gradual e constante.

Fabiana conta que trabalhar nos negócios da família foi uma escolha pessoal

P U B L I E D I T O R I A L

Nakata lança nova série de videocast com Luciano Pires sobre

produtividade e resultados para o profissional da cadeia automotiva

Com a experiência acumulada de anos como gestor em companhias do setor automotivo e também como consultor, Luciano Pires, estreia em mais uma participação no canal do YouTube Nakata. Desta vez, ele pro- tagoniza a série videocast Provo- cação, voltada aos profissionais de vendas de autopeças que tem como objetivo criar mecanismos para des- pertar percepções que levem a no- vas formas de encarar os desafios de bom atendimento no balcão e no te- lemarketing e que ajudam a dar uma perspectiva diferente para a carreira de vendas no setor. É uma motivação para o profissional de vendas sair da zona de conforto e descobrir meios que fazem refletir e agir diante dos problemas e objeções dos clientes.

Em seis vídeos curtos com duração de até 7 minutos, o consultor explica, de forma simples, porém provocati- va, como é possível sair da procras- tinação e se tornar mais produtivo, promovendo o autoconhecimento e fazendo o vendedor se mover e enten- der as diversas formas de encantar e superar as expectativas do cliente.

De forma prática e com linguagem muito acessível, Pires oferece dicas em seis episódios, dando o passo a passo de como sair da situação que paralisa diante de um problema, pos- tergando e deixando-o de lado. Para mudar essa situação, ele começa fa- zendo analogia com dor de dente e ir ao dentista para dizer que a pessoa só resolve tomar atitude e sair do ócio quando a dor fica insuportável e a única saída é partir para o tra- tamento dentário mesmo que gere desconforto e incômodo. Levando para o lado profissional, o consultor, escritor e palestrante conta que para a pessoa mudar a crise que ela en- frenta deve ser maior que a dor para solucionar o problema.

Além do videocast Nakata Provoca- ção, Pires também tem outras séries que desenvolveu para a empresa no canal do YouTube nos últimos anos, como a série “Dicas de Crescimento pessoal” e “Dicas de Gestão e Negó- cios”, todas disponíveis na plataforma.

A iniciativa de produzir de conteúdos como estes para os vendedores de autopeças do Brasil é reconhecer a

importância do profissional de vendas no setor, que, na verdade, é o maior elo de ligação entre a indústria e as oficinas ou donos do carro e respon- sável por uma venda cada vez mais consultiva diante da pluralidade de tipos de carros, peças e aplicações existentes hoje em dia.

Levar informações relevantes para o conhecimento de peças, funciona- mento, venda agregada e bom atendi- mento são a melhor forma para desen- volver melhores habilidades e assim,

reconhecer e incentivar o profissional de vendas a evoluir tecnicamente e de forma hábil em sua profissão.

O vendedor tem ainda à sua disposição podcasts, como a série Feras da Venda no Spotify, artigos e E-books no Blog da Nakata e uma página 100% dedica- da aos seus interesses no Instagram, que reúne e apresenta diariamente todos os conteúdos para o profissio- nal de vendas de autopeças se manter atualizado e com incentivos para se autodesenvolver na profissão.

Consultor especialista no setor automotivo, Luciano Pires, oferece dicas para ajudar profissionais a melhorarem performance nas vendas, com

objetividade, e destacarem o que é altamente prioritário.

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M E R C A D O

RPR inaugura filial em São Luís

A RPR chega a mais uma capital do Nordeste. A distribuidora de motope- ças acaba de inaugurar sua filial em São Luís, no Maranhão.

A força de uma das marcas mais tradi- cionais do segmento de motopeças já está presente no mercado maranhen- se, com grande variedade de produtos.

O portfólio da RPR para o segmento de motopeças oferece as melhores mar- cas para motor, suspensão, freio, em-

breagem, ignição, rolamento, elétrica, iluminação, segurança e pneus. Tudo com a qualidade e os benefícios que somente as marcas mais reconheci- das podem oferecer.

A nova filial da RPR chega para abas- tecer os estoques dos clientes da re- gião com mais qualidade e agilidade, com uma equipe de profissionais su- per especializada.

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Pellegrino celebra 80 anos de história

Em 1941 nasceu a Pellegrino, hoje uma das mais completas e tradicionais distribui- doras do país, com atuação nos segmen- tos de peças de reposição para veículos pesados, leves, motos e acessórios.

O jovem Dante Pellegrino sonhava abrir sua própria importadora de autopeças e nem mesmo a Segunda Guerra Mundial minou seu instinto empreendedor. Ape- sar da crise de abastecimento que asso- lava o país durante a guerra, em outubro de 1941 Dante inaugurou a Pellegrino Dis- tribuidora em uma pequena garagem na Avenida Rebouças, em São Paulo.

Com o passar dos anos, a expansão da frota e a chegada das montadoras ao Brasil, a Pellegrino também cresceu e em 1956 lançava o primeiro catálogo de peças do país, o que facilitou a vida de

funcionários e clientes, que passaram a comprar até por telefone, uma novi- dade na época.

Para sustentar a escalada de cresci- mento, em 1963 a Pellegrino mudou-se para um prédio de três andares na Ala- meda Barão de Limeira, no centro de São Paulo. Com investimento em trei- namentos e na equipe, Dante também percebeu que a satisfação dos clientes estava na proximidade com seus con- sumidores. Por isso, em 1965, criou sua primeira unidade fora de São Paulo: Goi- ânia, localizada bem no centro do país.

Ainda nos anos 1960, é instalado um computador para agilizar os processos da empresa e, a partir de 1970, a Pelle- grino começa a diversificar seu portfó- lio. Esse perfil de evolução constante

chama a atenção da Dana Corporation, empresa americana de peças automo- tivas. Em 1972 a Dana adquire 40% da empresa e, em 1977, passa a controlar 100% de seu capital. Dante Pellegrino se aposenta e sua empresa começa um novo ciclo.

As décadas seguintes têm o ritmo ace- lerado de ampliação de filiais, com a instalação de unidades Pellegrino em várias regiões do Brasil e a criação do PPTA - Programa Pellegrino de Tecno- logia Automotiva que oferece treina- mentos para varejistas e aplicadores de todo o país.

Em 2004 a Pellegrino é incorporada pela Affinia, antigo grupo americano que reunia diversas empresas do seg- mento automotivo. Em 2015 acontece

a grande virada da empresa, quando o Grupo Comolatti, referência no setor de aftermarket na América Latina, as- sume a gestão da empresa.

Sob o comando de Sergio Comolatti, presidente do Grupo, a Pellegrino mos- tra todo o seu potencial e acelera sua expansão por todo território nacional:

chega aos 80 anos com 28 filiais, um

time com mais de 500 colaboradores

só na área de vendas e é eleita a Me-

lhor Distribuidora do Brasil, segundo o

Prêmio Maiores e Melhores 2020, uma

das mais importantes honrarias do af-

termarket brasileiro. Uma prova que a

evolução constante e o investimento

em capital humano são diferencias

para alcançar o crescimento e a longe-

vidade nos negócios.

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M E R C A D O

No último dia 19 de agosto, o funda- dor do Grupo Auto Norte/Peça Bra- sil, Cacai, visitou novo complexo de produção e distribuição Nakata em uma área de 34 mil m² na cidade de Extrema (MG). A Nakata decidiu mudar suas instalações saindo do ABC paulista para esta nova fábrica, consolidando não só sua produção como toda a logística de entregas.

Essa centralização da fabricação

e da logística das linhas da Nakata irá facilitar todo o processo de dis- tribuição para os clientes, que pas- sam a receber mais rápido e de ma- neira integrada, agilizando também seus  processos.

“A nova fábrica de amortecedores em Extrema ficou bastante moderna e utilizará de recursos tecnológicos e robotização. A capacidade de produ- ção das linhas será duplicada, e para

nós que trabalhamos com o portfó- lio completo das marcas do grupo Fras-le/Randon, especialmente da Nakata, será um grande diferencial competitivo através desse novo em- preendimento. Somando-se ao fato que em breve, o Grupo Auto Norte abrirá as portas de sua nova unidade em Minas Gerais, sendo a primeira na região sudeste através da nova mar- ca Peça Brasil”, diz Cacai.

O empresário avalia que foi um pri- vilégio receber o convite para visi- tar as novas instalações da Nakata e a receptividade de todo time foi ma- ravilhosa. “A família Auto Norte/Peça Brasil gostaria de agradecer a to- dos os colaboradores da Nakata pela acolhida, voltamos ainda mais en- tusiasmados para movimentar nos- sos negócios. Sucesso e vida longa a Nakata”, finaliza Cacai.

Fundador do Grupo Auto Norte/Peça Brasil visita novo complexo Nakata

Cacai, à direita, conheceu as novas e modernas instalações de Extrema (MG)

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Queda do volume das montadoras aumenta a representatividade da reposição nas autopeças

A Reed Exhibitions realizou em 1º de setembro mais um webinar da Auto- mec 365 – “Projeções do Sindipeças do Mercado Automotivo” –, ocasião em que confirmou a realização presencial da feira entre os dias 9 e 13 de novembro.

Os diretores do Sindipeças George Ru- gintski e Elias Mufarej projetaram o au- mento da representatividade da reposi- ção no mundo das autopeças. Embora os negócios de OEM sejam responsá- veis por 62% do faturamento do setor ante os 18% representados pela repo- sição, os dois segmentos têm apontado

para direções antagônicas nos últimos anos. Rugintski destacou o gap entre o número de veículos produzidos no Bra- sil em 2013, 3,7 milhões, em relação ao atual, 2,4 milhões. “Projetamos que os 3 milhões de 2019 só serão atingidos no- vamente em 2024”.

A desaceleração do mercado de peças originais tem impulsionado o mercado de reposição. Isso se dá, de acordo com Mufarej, pelo fato da queda nas vendas de carros 0km não ter se refletido na diminuição da frota circulante no país.

É bem verdade que a frota está longe

de desempenhar uma taxa de cresci- mento na casa dos dois dígitos anuais, como se viu entre 2010 e 2013. Mas, ainda assim, o fato ter crescido entre 0,7% e 2% anuais de 2016 a 2020 – pe- ríodo de queda dos carros novos – ofe- rece uma perspectiva positiva para os players do aftermarket.

Mufarej destacou que o crescimento mostra uma tendência de ‘retardamen- to da mortalidade’ dos carros mais ve- lhos: 42% dos veículos têm 11 anos ou mais; a frota atingiu seu maior enve- lhecimento desde 1995, com idade mé-

dia de 10 anos e 3 meses. “Esse cenário impacta na necessidade da reparação e da manutenção para manter esses carros aptos a circularem”, analisou.

Para embasar ainda mais sua análise

otimista, Mufarej citou dados da con-

sultoria internacional McKinsey, que

projetou crescimento de 6% no after-

market brasileiro no que diz respeito

ao volume acumulado pelo valor das

peças. Índice que acrescentaria ainda

mais valor aos já significativos R$ 103

bilhões representados pelo mercado

na  atualidade.

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Contando com a presença de no- mes importantes do varejo brasilei- ro e mundial, o Grupo de Líderes Em- presariais (LIDE) promoveu em 13 de agosto a 9ª edição de seu fórum de Varejo e Marketing.

Como não podia ser diferente, o evento teve sua programação cen- trada na discussão das mudanças e acelerações impulsionadas pela co- vid-19 nas empresas do setor de co- mércio e serviços.

Logo na abertura do dia de apresenta- ções e debates, o anfitrião do fórum – Marcos Gouvêa de Souza, fundador do Gouvêa Ecosystem – destacou que as alternativas encontradas pelos vare- jistas em busca da sobrevivência du- rante a crise sanitária deverão perma- necer após o seu final, de modo que os

próximos passos do setor serão da- dos na direção da criação de algo novo e não do retorno ao que constituía sua base no mundo pós-pandêmico.

“O varejo que emerge é totalmente di- ferente do pré-pandemia. A multi- canalidade deu lugar ao conceito de ecossistema”, introduziu o executivo, antes de complementar: “Temos visto empresas varejistas expandindo seus negócios para áreas como educação, saúde e muito mais. Isso tem aumen- tado o protagonismo do setor e trans- formado o Brasil em um benchma- rk internacional com iniciativas como o PIX e o Open Finance (onde o Open Banking é figura importante) atuando como  propulsores”.

Figura carimbada nos eventos do LIDE, o ex-ministro de Desenvolvimento, In-

E S P E C I A L

Pandemia promove mudança de paradigmas no varejo

Especialistas avaliam que varejo emergirá diferente após a crise sanitária. Multicanalidade dará lugar ao conceito de ecossistema

dústria e Comércio Exterior, Luiz Fer- nando Furlan, reforçou que essa revo- lução do varejo nacional tem partido, antes de tudo, dos consumidores.

Para exemplificar essa influência da demanda, Furlan narrou as experiên- cias que teve em comunidades indí- genas e quilombolas no norte do país, locais onde a falta de uma conexão es- tável e veloz com a internet se apre- sentou como queixa principal.

Essa demanda dos consumidores por uma conexão mais fluida entre os meios digitais e físicos enfatizada pela pandemia foi tema de uma das apre- sentações de maior destaque no even- to – a de Felipe Zmoginski, diretor da Inovasia, empresa focada na educação empresarial de executivos brasileiros a partir da exploração das experiências

de inovação surgidas e consolidadas no mercado asiático.

Em cinco dos oito pontos apontados legados da pandemia para o varejo brasileiro, Zmoginski pontuou ques- tões relacionadas à mudança de de- manda dos consumidores em relação à digitalização:

Lucas Torresjornalismo@novomeio.com.br Foto:Shutterstock

Marcos Gouvêa de Souza destacou que setor caminha em direção à criação de algo novo

Sametime delivery se torna referência para consumidor e pressiona varejistas

Comércio de bairro ganha relevância

O VP de comunicação e sustentabilida- de do Carrefour, Stéphane Engelhard, salientou o aumento dos esforços da gigante do varejo mundial na busca por parcerias que permitam à empresa es- tar presente nessas relações mais co- tidianas de consumo.

“Isso tem ficado muito claro pra gente.

Estamos percebendo um consumidor mais consciente em relação ao comér- cio local”, colocou.

Além de demandar do Carrefour ma- neiras criativas de deixar a imagem de

‘hipermercado’, este novo cenário ser- viu ainda para a multinacional chegar à conclusão de que – embora uma re- volução digital dos processos e pontos

de contato seja indispensável –, o foco nas lojas físicas não deve ser abando- nado por completo.

“Na nossa empresa não se fala mais sobre as lojas físicas desaparecerem.

Elas convivem com o ambiente digital.

O caminho agora é o de oferecer uma gama cada vez mais diversa de servi- ços para os consumidores. Temos fei- to isso enfatizando o trabalho de nossa fintech financeira, com o varejo e nos- sas relações B2B. Nossa ideia é apos- tar em um ecossistema amplo”, pontuou Engelhard, como que ensejando o próxi- mo grande-tópico do evento: o ecossis- tema como modelo organizacional bus- cado pelas grandes empresas do setor.

Nos outros três pontos de impacto da pandemia no setor de comércio e serviços que não estiveram ligados necessariamente a essa questão da demanda di- gital, o diretor da Inovasia citou: a tendência de uma retomada veloz do consumo impulsionada pelo grande período de privação; maior valorização das ques- tões relacionadas à saúde e à sustentabilidade; e o estreitamento da ligação entre consumidores e comércio local, seja por um viés de solidariedade com a economia do bairro ou pela conveniência da compra.

- Exigência pelo ‘sametime delivery’ será cada vez mais comum

Segundo o diretor da Inovasia, evolução da logística de empresas que passaram a entregar produtos comprados online em até duas horas após o pagamento, coloca enorme pressão no segmento. Já que os consumi- dores têm passado a ver esta prática como referencial.

- Pagamento digital obrigatório

Há muito a falta de uma ‘maquininha’ de pagamento já faz o varejista per- der vendas. Daqui em diante, no entanto, isso poderá não ser mais sufi- ciente. Assim, não oferecer formas adicionais e versáteis de pagamen- to digital – do Pix ao WhatsApp Pay – pode implicar em perda de vendas.

- Late adopters não retornarão para o offline

Zmoginski afirma que a pandemia foi responsável por impulsionar diver- sos consumidores, inclusive idosos, a realizarem suas primeiras compras online. Segundo ele, este movimento não tem demonstrado tendência de regressão a partir da retirada das restrições – de modo que as compras

Legados da pandemia deixados pelo estreitamento da relação consumidor-digitalização

online seguirão mantendo um patamar elevado de relevância na compa- ração com o período pré-pandêmico.

- Oferecer opções sem contato será visto como diferencial

Para o especialista, a pandemia – ainda que tenha um final prático – dei- xará hábitos e temores residuais na população. De modo que oferecer pontos de venda físicos nos quais o consumidor não tem de se relacionar com vendedores, podendo realizar suas compras em totens de autoaten- dimento, passará a ser visto como diferencial.

- Live commerce veio para ficar

No último item da lista das novas demandas do consumidor surgidas com o avanço digital obrigatório propiciado pela pandemia, Zmoginski apon- ta o live commerce como uma modalidade de venda promissora daqui em diante. Segundo ele, as vendas de produtos em meio a ‘Lives online’ mo- vimentaram US$ 135 bilhões em 2020 no varejo mundial – indicando uma tendência que não se reverteu com o arrefecimento da pandemia e das regras de distanciamento.

Lojas físicas ganham foco e grandes redes deixam de lado imagem de hipermercados e apostam em mais proximidade com os consumidores dos bairros

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Empresas de varejo apostam no conceito de ecossistema

O COO do Gouvêa Ecosystem, Eduardo Yamashita, teve a responsabilidade de oferecer uma apresentação didática a respeito dos ecossistemas, modelo or- ganizacional que tem sido adotado por empresas que foram capazes de dar saltos relevantes mesmo nos momen- tos mais agudos da pandemia no país, casos de Magalu, Via e Mercado Livre.

Yamashita explicou que um ecossiste- ma de negócios tem como parte cen- tral o chamado ‘núcleo duro’. Ou seja,

a área pela qual a empresa tem sua reputação mais forte junto aos con- sumidores e outros agentes com os quais se relaciona.

Orbitando em volta desse núcleo estão os braços de conexão entre esse cen- tro e os demais braços da empresa.

Um ecossistema de negócios é com- plementado ainda, segundo o espe- cialista, pela órbita ‘expandida’ – onde se posicionam as aquisições e em- presas parceiras.

“A ligação e o funcionamento de todos esses elos junto ao núcleo central se dá por meio dos dados, o fio condutor do ecossistema que permeia toda a or- ganização”, explicou Yamashita.

Ficou difícil de entender? Tente apli- car o conceito à realidade do after- market automotivo. Suponhamos que uma distribuidora de autopeças (nú- cleo duro) decide começar a bancar prazos de garantia diferenciados e descolados em relação à indústria da reposição a partir da criação de uma seguradora de peças (braço de cone- xão) e, posteriormente, começa a fa- zer a aquisição e/ou firmar parcerias junto a lojas de autopeças (ecossis- tema expandido) para ter uma maior proximidade com os consumidores da ponta – os reparadores – a fim de aumentar sua capilaridade e poder de  relacionamento.

A partir da lógica dos ecossistemas explicada pelo diretor de operações da Gouvêa Ecosystem, essa expansão de áreas de atuação da distribuidora

usada no exemplo não apenas aumen- taria os canais de receita da empresa, mas, sobretudo, a conferiria maior po- der de influência e pontos de contato junto aos vários consumidores com os quais se relaciona. Algo que, segun- do essa lógica, é primordial para a ali- mentação da base de dados que dará suporte à construção da estratégia do núcleo duro e desencadeada de ma- neira conectada, mas personalizada, para cada um dos braços do negócio.

“No Brasil, a adoção desse concei- to está sendo liderada pelos vare- jistas tradicionais – que estão uti- lizando seus canais de acesso com milhões de brasileiros e sua já conso- lidada versatilidade nos meios de pa- gamento para aumentar seus pontos de contato em segmentos diversos”, analisou Yamashita, citando o cresci- mento respectivo de 60% e 173% an- gariado por Magalu e Mercado Livre como exemplos de sucesso na apli- cação do  conceito.

Eduardo Yamashita explica que adoção do conceito está sendo liderada por varejos tradicionais

E S P E C I A L

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Mercado Livre é benchmark valioso no comércio eletrônico

Presente no Fórum de Varejo e Marketing do LIDE, o vice-presidente do Merca- do Livre (ML) no Brasil, Fernando Yu- nes, relatou a trajetória da empresa até que ela tivesse a maturidade ne- cessária para colher os resultados ro- bustos que obteve com o boom do di- gital provocado pela pandemia.

O executivo lembrou que o Mercado Livre nasceu como um Marketplace prioritariamente voltado ao relacio- namento C2C. Isto é, de consumidor para consumidor – com boa predomi- nância de produtos usados, ocupan- do lugar que hoje é protagonizado por empresas como a OLX.

Segundo ele, nesta época, o ML per- cebeu um gargalo importante na con- fiabilidade das transações: os consu- midores tinham muitas dúvidas sobre a entrega do produto após a compra e um latente temor de ‘calote’ por parte do vendedor.

“Ao perceber isso, criamos nossa pri- meira solução – ou ponto de conexão com o núcleo duro – que foi o Merca- do Pago. Essa solução passou a atu- ar como um intermediário da relação, recebendo o dinheiro do consumi- dor, represando-o e repassando para o vendedor apenas após a entrega do produto”, explicou Yunes.

Na opinião do VP do Mercado Livre no Brasil, essa primeira experiência pre- parou a empresa para novos avanços em áreas de auxílio ao marketplace em si – o que foi fundamental, já que a configuração do negócio se alterou drasticamente com as empresas se tornando os vendedores predominan- tes (94%) na plataforma.

“Hoje o B2C predomina no Mercado Livre e, a partir da criação do Mer- cado Pago, proporcionamos solu- ções para oferecer uma experiência completa para vendedores e com- pradores. Soluções que vão da faci- litação da aquisição de crédito por

parte dos primeiros à maior confia- bilidade e velocidade logística ofere- cida aos segundos”, analisou Yunes, finalizando sua apresentação com- partilhando outros números da em- presa durante a pandemia: “Toda essa preparação em prol da criação de um ecossistema que vai além do marketplace, de um canal de vendas simples nos tornou aptos a receber e reter 13 milhões de novos comprado- res no e-commerce durante a pande- mia, além de 1 milhão de novas em- presas que passaram a vender no Mercado Livre em algum momento dos últimos 18 meses”.

Confiabilidade e velocidade logística nas entregas foi aprimoramento que o ML implementou ao longo do tempo

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As novas tendências da mobilidade vêm sendo motivo de permanentes deba- tes entre os formadores de opinião do Aftermarket Automotivo. Compartilha- mento de veículos, carros por assina- tura e uso do transporte público são te- mas que vêm merecendo reflexões por partes dos estrategistas não apenas do mercado de reposição, mas do próprio setor automotivo como um todo, posto que as transformações também impac- tam de forma significativa os negócios das montadoras de veículos.

No caso específico das empresas que compõem a cadeia de comercialização e aplicação de autopeças, a pauta gira

em torno de questões como a chamada

“pejotização” da frota e as consequen- tes transformações nos processos de aquisição de peças de reposição e a re- alização dos serviços de manutenção.

O IPEA - Instituto de Pesquisa Econômi- ca Aplicada apresentou recentemente um abrangente trabalho que avalia a mi- gração do transporte coletivo para o in- dividual nas últimas décadas. O estudo Tendências e Desigualdades da Mobili- dade Urbana no Brasil: o Uso do Trans- porte Coletivo e Individual apresenta um diagnóstico de como o uso do trans- porte individual motorizado e do trans- porte coletivo tem evoluído desde o

M O B I L I D A D E

Redação Novo Meio jornalismo@novomeio.com.br Fotos: Shutterstock e Divulgação

Estudo aponta tendência de substituição do transporte coletivo pelo individual

Trabalho desenvolvido pelo IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada analisa gastos das famílias com a mobilidade e variações no período anterior à pandemia

início dos anos 2000 nas cidades brasi- leiras a partir de dados sobre mudanças no padrão de consumo de bens e servi- ços de transporte, o aumento de renda das famílias, além da evolução dos cus- tos de transporte urbano, da demanda por transporte público e da frota de ve- ículos no país nos últimos 20 anos. “Em todas as dimensões analisadas, os da- dos apresentam uma trajetória gra- dual e persistente de substituição do consumo de transporte coletivo pelo individual motorizado, principalmen- te entre as classes médias e baixas, e nas cidades de médio e pequeno por- te”, introduz o trabalho.

Por fim, o estudo mostra como a cri- se econômica e de saúde pública gera- da pela pandemia da covid-19 teve um profundo impacto na redução dos ní- veis de mobilidade urbana e, em par- ticular, na intensificação da queda do número de passageiros do transpor- te público ao longo de 2020. “Com isso, a crise do novo coronavírus deve apro- fundar o ciclo vicioso de perda de pas- sageiros e elevação de tarifas no trans- porte público e acentuar a tendência histórica de substituição do transpor- te coletivo pelo individual nas cidades brasileiras”, acrescenta o descritivo do  trabalho.

Em 2008 e em 2017, segundo o estudo, as famílias brasileiras comprometiam cerca de 14% da renda com gastos em transporte. Ou seja, o transporte urba- no estava entre os principais compo- nentes do gasto das famílias em seu consumo cotidiano, sendo supera- do mais recentemente apenas pelos gastos com habitação, em 2017-2018.

“Essa é a média de todas as áreas ur- banas do Brasil. Obviamente, isso vai variar muito entre classes sociais”, co- menta o pesquisador Rafael Pereira.

O estudo observou nos últimos anos uma queda do consumo do transpor- te coletivo em todas as faixas de renda

e um aumento do transporte individu- al para todas as faixas de renda. “Cha- ma a atenção o fato de que, especial- mente para a população mais pobre, há uma inflexão muito maior. A redu- ção do consumo do transporte coletivo é mais expressiva entre a população de baixa renda e o aumento de transpor- te individual também é muito marcante entre esse mesmo grupo”, diz Pereira.

Carolina Baima Cavalcanti, coordena- dora-geral de Gestão de Empreendi- mentos do Ministério do Desenvolvi- mento Regional, avalia que o estudo trouxe a confirmação, em números, de um fenômeno que já vinha sendo per-

Crescimento do transporte individual ocorre em todas as faixas de renda

cebido há tempo, seja por meio da ob- servação da realidade, de outros estu- dos anteriormente elaborados, ou nas demandas recebidas diariamente pela pasta. “A leitura da realidade em da- dos quantitativos não é pouca coisa, se considerarmos que o setor de mo- bilidade urbana é diferente das demais políticas setoriais urbanas nacionais, sobretudo aquelas tratadas no âmbito do MDR, como habitação e saneamen- to. A mobilidade urbana sofre de uma grande escassez de dados estrutura- dos, periódicos, o que leva a um plane- jamento deficiente”, pondera.

Cavalcanti ressalta que o estudo tam-

bém é muito importante para que se possa avaliar a atual política de mobi- lidade urbana. “O primeiro ponto a ser destacado é que os padrões de des- locamento mudaram nos últimos 20 anos, com a substituição do trans- porte coletivo pelo individual motori- zado. Em segundo lugar, houve uma piora nas condições de mobilidade. E essa piora foi distribuída de forma de- sigual, de acordo com a renda, gênero e raça, com evidente prejuízo à popu- lação mais vulnerável. E, por último, que a covid-19 evidenciou a fragilida- de do transporte coletivo a oscilações de demanda”, conclui.

Mais carros nas ruas: tendência dos últimos anos que pode ser reforçada após a pandemia

Referências

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