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01'K FOI APRESENTADA A'FACULDADE DK MEDICINA DO niODE JANEIRO ESUSTENTADAEM13DE DEZEMBRODE18H
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SNATURALDO RIODE JANEIRO
DOUTOR EMMEDICINA PELAMESMA FACULDADE
.
Une those excellenteoù toutmarcheet*csuit NVt pasda cestravauxqu’un caprice produit;
Ii faut du temps,d«*soin»,acepenible ouvrage Jamaisd’untcoücrnefut l’apprenlisage.
" BOILEAC,ART.POET.,CH.3.
N
RIO DE JANEIRO .
TYPOGRAPHY IMPARCIAL DE FRANCISCO DE PAULA DU1TO
.
»
IMIfl
.
FACULDADE DE MEDICINA
DO
MODE JAXEIUO .
&
DIRKOTOR
OSR
.
I) R.
JOSE’ MARTINS DACRUZJOBIM. (ServeinterinamenteoSr.Dr.Joarpiim José da Silva).LentesProprietários
.
OsSNRS
.
Das.1.®ANNO
.
Franciscoîle PaulaCândido Francisco FreireAllemao
2
.
® ANNO.
J.Vicente Torres Homem José MaurícioNunesGarcia
3
.
® A N N O.
J osé.Mawicio NunesGarcia.. . .. . ...
L . deA.P.daCunha 4
.
® A N N O.
LuizFranciscoFerreira,Presidente... . Joaquim Josédaisdoa
JoãoJoséde Car calho 5
.
® A N N O.
PhysicaMedica.
{ Botanica Medica,eprincípioselementaresde
[ Zoologia.
CliimicaMedica,eprincípioselementaresde Mineralogia
.
Anatomiageral,edescriptiva.
!
Anatomiageral,edescriptiva. Physiologie
Pathologiaexterna.
Pathologininterna.
Pharmacia,Materia Medica,especialmentea Brasileira,Therapeutica,eArtede formular.
1
CândidoBergesMonteiro,Examinador. Operações, Anat. topograph, cApparelhos. as epari
-
(Partos,Moléstiasdas mulheres pejadi
£
dus,edemeninosrecem-
nascidos.FranciscoJulioXavier fi
.
® ANNO.
ThomazGomes d<*Santos..
José.MartinsdaCruzJcbii/t
Hygiene,eHistoria da Medicina. Medicina Legal.
2"aoIa.ManoelFelicianoP.deCarralko Clinicaexterna, eAnat.patholog.respectiva
.
5*ao6°.M.deValladão Pimentel.Exam. Clinicainterna,e Anat.patholog.respective Lentes Substitutos
.
FranciscoGabrieldaRocha Freire,Ex. Antonio MariadeMiranda Castro,E x. .
JoséJiento da Roza AntonioFelix.Martins JJ.MarinhodeAzrv."Americano Luizda Cunha Feijó
SecçãodasScienciasaccessorius.
£
SecçãoMedica.I
SecçãoCirúrgica.Secretario
.
Y Dr
.
Luiz Carlosda Fonccca.
Emvirtude dehumaresoluçãosua,aFaculdadenãoapproru
,
nem reprova as opiniões emiltidas nasTheses,
as quaes decan serconsideradas própriasdeseus autores.
À MEU
PRESADISSIMO
PAI, MEU MELHOR AMIGO.A
’MAIS EXTREMOSA DAS M
ÃIS .
Eis satisfeitos vossosdesejos
,
para os quacs tantocooperastes.
Só mo resta, cheiode gratidão,satisfazero quo dictao meucoração,
agradecendo cada vez maisoscuidados que comigo tendestido.
Nãosei que faça,nemdequeexpres-
sões use neste momento; pois que, ainda mesmo dando
-
vostudo quanto possuo,
nadavos dou, á vista do quetanto vosdevo!A
MEUS IRM
ÃOS ,
E COM ESPECIALIDADE A MIMI A IRMA
A SRA
.
D.
MARIACONSTANÇAMAY D’AZAMBUJA; SOCCRA PROVA DE AMOR FRATERNAL.
AOS MANES DE MINHAQVEBIDATIAASRA
.
D
. ANNA BONIFACIA DE ARAUJO E AZAMBUJA
; Testemunho de reconhecimentoceternaamizade.
A MEUTIO OILLM
.
SR.
DEZEMBARGADOR JOSÉBONIFACIO DE ARAUJO EAZAMBUJA; Signaldeestimaeamizade
.
AO ILLM . SR . DR . LUIZ FRANCISCO FERREIRA
; Diminuta prova de consideração.
Aos meus intimos
amigos osSrs
.DR
.
JOAQUIMALVES DEFIGUEIREDO,
FRANCISCOVESPASIANO
TITO SOARES;Signal de amizade
.
AUCTOR
.
Conscio de minha incapacidade
,
bem quizera esquivar-
meácritica dojudiciosopublico,e especialmenteádos sábios juizesantequemvoucomparecer:maspoderá quem aspira aogrão dedoutor emmedicina exhibir
-
sc detal tarefaque imperiosa-
mente exigealei? Époisforçoso, cumprindocom umdever,declararque,se não foraelle,decerto nãoousariacarregar sobre nossoshombrostamanhoonus,conhe
-
cendoaexiguidade denossasforças
.
Muitas(altasteem este insignificantetrabalho ; mas, para que assim nãofosse,
seriamisterquetivesse bastantesconhecimentosda vastascienciade Hippocrates;ecomoestesnos faltam,espero da benevolenciados nossosjuizes quedesculpemasfaltasquehãodeencontrar necessariamente.
I A
ALGUMAS PROPOSI
ÇÕES
'CERCA
a ^ AS FB &IBAS .
I
.
Feridaòtodasoluçãodecontinuidade de urn ou mais tecidos,produzida porunia
causa|<ucobra chimica oumechanicamente
.
11.
Asferidasqueresultam decausasIraumatieasrecebemdiversos nomes, segundo a maneira de obrar dos instrumentosqueas teem produzido
.
m
.Kllassãoincisas
,
eontusas, punctorias,com perdadesubstancia; c porarran-
camentoou ruptura, sesão oresultado de traeçoes desmesuradas exercidassobreos orgãos
.
IV
.
I)eordinário asferidassãoapparentes
,
isto os tegumentos sãodivididos junta-
mentecomostecidos subjacentes
.
—
V4. —
Chamam
-
seoccultas quandoostegumentos,conservando-
seinteiros, cobremor-
gãosdivididos, comoemcertascontusoeserupturas muscularesetendinosas
.
VI
.
Nas feridas simplicesostecidosapenassãodivididos; nas com perda dosubstan
-
cia os tecidos sãodestruidosou subtrahidos
.
VIL
Chamam
-
seferidascomplicadas aquellasemqueha outras lesõesquereclamam in-
dicaçõescurativas particulares,como asacompanhadas de fracturas,de hemorrha
-
gias
,
&c.
VIII
.
Seacomplicaçãoda feridaconsistiremalgum principio venenoso,impregnadono instrumentovulnerante,ella chainar
-
sc-
haenvenenada.
IX
.
Quanto àsuaextensão, ellas sãograndes, mediasou pequenas,superliciaesou profundas,penetrantes ounãopenetrantes,quando feitasemparedes de alguma ca
-
vidade, como nacabeça,peito c abdomen
.
Quantoásua direcção,são longitudinaes, obliquasctransversaes.
X
.
Os instrumentos cortantes obram serrando :os phenomenos queapresentamas fe
-
ridas incisassãoa dõr,oafastamento cigualdadedesuasmargensca effusáode sangue
.
XI
.
A dõr nasincisões6oresultadodasecção das partessensíveis;o afastamentoc devidoh interposiçãodo instrumentovulnerante,áelasticidadec
contractibilidade
dostecidos,eátensãomaioroumenorcmqueellesse achamnomomentodaferida; aigualdadedasmargens dependeda maneirado obrar do instrumento,e aeíTusão desanguedosvasos divididos
.
XII
.
Sendo as feridas contusas produzidasporinstrumentos rombosedesuperficie mais
—
fl-
ou monosampla,seus caracteressão:teremhordasdesiguaesmateoumenos cccliv
-
mosadas,com cessaçãoespootaneadecorrimentodo sanguecausênciaquasi pleta de dòr
.
com
-
XIII
.
Asferidasporarma de fogo,apezardeseinclu í remna classe dascontusas,se distinguem ainda primeiroporseuaspecto: assimcilasapresentam umasuperficie negracsccca,emgeral pouco sanguinolenta;aspartes visinhas ecchymosadaseli\i
-
dase mais ou menos atacadas dotorpor; 2.°,pelosgradesaccidentesque costumam acompanbal
-
as.
XIV
.
Estas feridasvariamentrosi cm relação :1/,aovolume,formaevelocidadedos projectis ; 2.°,áspartes lesadas; 3
.
°, á disposiçãoda ferida ; A.
°finalmente,aos accidentes quepodemcomplical-
asXV
.
A aberturaque fazuma balapenetrandoem uma parle éirregularmentearre
-
dondadaemais pequena queodiâmetroda bala,esuacircumferenciaóformada por umcirculo estreito e negro,emergulhadopara dentro
.
XVI.
(Juando oprojcctiltematravessadoapartedeumlado a outro, a abertura«lesa
-
bidaéirregular,despedaçada, maior queodiâmetro do projectil, e suasbordassão salientes
.
XVII
.
(Jualquer que seja a impulsãodabala
.
raras vezes cila segue umtrajecto sempre recto;jáporqueostecidos que cila atravesse nãoteemamesma densidade,
jáporque ella£tambémanimada porum movimentorápidode rotaçãosobresimesma.
XVIII.
Todos os instrumentosponfagudos podem produzir feridas punctorias, «juesãora
-
racterisada»peladepressãodesuas margens no orifícioda entrada doinstrumento,e saliênciados mesmos noorifício«lasabida
,
( quandooinstrumentotematravessado«lo parteaparte),
suasmargenssãopoucosanguíneasemuito tendentesácioatrisaçáo.
2
—
XIX6— .
Accidentesbastantegraves acompanhamalgumasvezesasferidas punctorias, quaessãodevidosnãosó ásecção oudilaceraçãodos nervos daparto,senãoaindaá resistênciaque oppoemasaponévrosesda parle ãcntumesccnciadostecidoslesados, produzindo assimestrangulamentos
.
os
XX
.
Asferidasporarrancamento,como seu nome o indica,sãoasque resultamdase
-
paraçãopor despedaçamentode alguma parte docorpo, cmconsequência deumvio
-
lentoesforço detraeção, operadoem algum de seuspontos, (c da resistência em sentidocontrario)
.
XXI
.
KUassãoraramenteacompanhadasdeaccidentes: assim,deordinário são isen
-
tasde dór, tumefaeção,hcmorrhagia,&c
.
, tendoapenas precedidoasensaçãode um ligeiro estremecimento no acto do ferimento.
XXII.
Asferidasporarrancamento sãotratadas como as comperdadesubstancia:sendo sempre prudente ligarou torcer algum vaso considerávelquesetenharompido
.
XXIII
.
Osmusculos,ostendões, ligamentos e ossos,&c
.
, podem sofTrerrupturas,inde-
pendentesda acçãoimmediata de algum corpoexterior : assimtemlugar asrup
-
turasmuscularesporsuacontracçãoviolenta.
XXIV
.
A ruptura dc ummusculoseconhecepelossignaes seguintes:dórsubita quo so segue depoisdc umesforço considerável; umruido queoenfermo temsentido;a impossibilidade demovera partesemdespertare augmentar a dór ; eumadepres
-
são nolugar roto
.
XXV
.
Asferidas se reúnem por primeiraou segunda intensão
.
Porprimeiraquandoa reuniãodcseus lábios6aunicaindicaçãoa preencher; o queseobtempor meio de tirasagglulinativas,
cemcertoscasospor suturas.
XXVI
.
l*or segunda intcnsãoquando
,
havendo perdadesubstancia,
cnãosepodendofa-
zer a reunião immediatade seus lábios,asua cicatrisaçãose faz por meio dodesen
-
volvimento de botõescarnosos;oque sefavorececomosémollientes
,
fiosscccos,árc.
XXYll
.
Também ,segundo diversas circumstancias, se empregam osmeiosgeraes como auxiliares dos locaes, entreosquaes deve
-
se também teremcontaasituação ere-
pouso da ferida, &c
.
FIM.
2220*2?ü*
e
2S£»2?23A
I.
Abæstibus fortibusconvulsio, aut tetanus, malum
.
Sect.
VII, aph.
13.
.
ï?61obou!ni:vê.ob 0.liv II.
uuAqua intercutein laborantibusexorta in corporeulcera non facilesanantur
.
(Sect
.
VI,
ftpb.
8.
)III.
Quæcumque ulceraannuasunt,autlongiorctemporedurant, in iisos abscederc estnecesse,etcicatrices cavas fieri
.
Sect.
VI.
apb.
45.
)IV
.
Aforti in ulceribuspulsuhæmorragia,malum
. vSect.
VII,apb. 21.
V
.
Quihus divisum est cerebrum, bisfebremetbiliosum vomitumsupervenire necesse est
.
Sect.
VI,apb.
50.
)VI
.
Quæcumque nonsanantmedicamenta , ca ferrumsanat;quænon ferrum sannt, ea ignissanat ;quæ ignis non sanat, incurabilia judicareoportet
.
(Sect.
Mil.
apb. 20
.
)TYPOGBAP1IIAIMPARCIAL DE FRANCISCO DE PAULA BRITO
. —
18U.
Estatheseestáconforme os estatutos
.
RioJe Janeiro 6do Novembro de1844.
Dr
.
Luiz Francisco Ferreira.
ERRATAS .
0