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Sistemas de Controle
Evolução Histórica
Romeu Reginatto
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O que motiva a evolução dos
sistemas de controle?
Melhoria da qualidade dos processos
produtivos
Aumento da produtividade
Automação dos processos, reduzindo a
necessidade de esforço humano
Redução de desperdícios
Aumento de eficiência dos processos
produtivos.
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Dimensões da evolução dos
sistemas de controle
Evolução de demandas (crescimento
populacional)
Evolução tecnológica
Complexidade crescente dos processos
produtivos (máquinas mais sofisticadas)
Domínio de conhecimentos teóricos (avanço
científico)
Crescimento populacional
brasileiro
1900 – 17,4 milhões
1950 – 51,9 milhões
2000 – 169,8 milhões
2010 – 190,7 milhões
Mais pessoas, mais consumo, maior necessidade
de produção, mais escassez de recursos, maior
necessidade de otimização, maior necessidade de
controle
Evolução tecnológica
120 a.c. - Heron de Alexandria, esfera movida a
vapor.
1698 – Thomas Newcomem, 1a máquina a vapor
útil (drenagem).
1765 – James Watt, aperfeiçoamento da máquina
a vapor.
1776 – James Watt, 1a máquina a vapor instalada
e operada em uma empresa.
1785 – Boulton, produção industrial de máquinas
a vapor
1824 – foram produzidas mais de 1000 máquinas
a vapor
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Evolução tecnológica
Final do séx. XIX – relé eletromecânico
1906 – invenção da válvula (Edison, Thompson,
Flemming, Lee De Forest)
1948 – invenção do transistor (laboratórios da Bell
Telephone)
1961 – primeiro circuito integrado comercial
1972 – primeiro processador (Intel 8088), 8 bits,
3500 transistores, 0.2 MHz
2002 – Pentium IV, 64 bits em alguns modelos, 55
milhões de transistores, 3 GHz
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Evolução tecnológica
Por volta de 1650 – 1ª calculadora mecânica (Pascal)
Por volta de 1900 – tabulação e acumulador de informações -tabulador de censo (Hollerith)
1941 – 1º computador digital eletro-mecânico programável
(Zuse, Alemanha)
1946, ENIAC, 1º computador de grande porte totalmente eletrônico usando válvulas. 17.000 válvulas, 175kW, 5.000 operações por segundo.
1957 – 1º computador comercial totalmente a transistores (NCR)
1960 – COBOL – 1ª linguagem de programação comercial padronizada
1973 – 1º computador pessoal (Xerox PARC)
1981 – computador pessoal IBM de arquitetura aberta de grande sucesso comercial
ENIAC (1946)
17.698 válvulas 1.500 relés
IBM PC (1981)
Sistema operacional em disco
Disqueteira de 5 ¼ (armazenamento em disco) Teclado
Monitor Impressora
12 de agosto de 1981
Evolução da teoria de controle
Pierre-Simon de Laplace (1749 –1827)Joseph Fourier (1768-1830)
Edward John Routh (1831-1907)
Aleksandr Mikhailovich Lyapunov (1857-1918)
Adolf Hurwitz (1859-1919)
Nicholas Minorsky (1885-1970)
Harry Nyquist (1889-1976)
Hendrik Wade Bode (1905-1982)
Nathaniel B. Nichols (1914-1997)
John G. Ziegler
Walter Richard Evans (1920 - 1999)
Richard Bellman (1920-1984)
Rudolf Emil Kalman (1930-)
Evolução da teoria de controle
1807 – Série de Fourier1809 – Transformada de Laplace
1895 – Teorema de Routh-Hurwitz
1899 – Estabilidade de Lyapunov
1922 – Controlador PID (Minorsky)
1930 – Diagrama de Bode (resposta em freqüência)
1932 – Critério de estabilidade de Nyquist
1942 – Método de Ziegler&Nichols (Taylor Instruments)
1948 – Lugar das raízes (Evans)
1950 – Programação dinâmica (controle ótimo)
1960 – Filtro de Kalman (variáveis de estado) 1964 – Função descritiva (Pole J. Groszkowski)
1950-1970 – Controle discreto (Franklin, Kuo, Jury, Aström, Wittenmark, Shannon)
Evolução da teoria de controle
Controle antigo - Antes de 1900
Período pré-clássico – 1900-1940
Período clássico – 1935-1960
Controle moderno – 1955 até hoje
Evolução da teoria de controle
Antes de 1930 – equações diferenciais, critério
de Routh-Hurwitz
1930-1950 – Sistemas SISO, controle clássico,
resposta em freqüência
Década de 50 – controle ótimo
Década de 60 – controle moderno (variáveis de
estado)
Década de 70 – controle multivariável
Década de 80 – controle robusto, adaptativo
Década de 90 – controle não-linear, controle
preditivo
Controle - Tecnologia
Minorsky, 1922, proposta da estrutura do controlador
Foxboro, 1931, comercializa o Stabilog, controlador
PI pneumático
1940 – Controladores PID e instrumentos
pneumáticos já eram amplamente comercializados –
empresas se preocuparam com os ajustes (método
de Ziegler-Nichols, 1942, foi importante)
Década de 50-60 – Eletrônica analógica
Década de 70 – Eletrônica digital,
microprocessadores
Década de 80-90 – Sistemas digitais de controle
distribuídos
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Regulador de James Watts
Por volta de 1788, James Watts desenvolveu um
mecanismo de regulagem do fluxo de vapor em
máquinas.
Controle Pneumático
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Sala de Controle – Eletrônica
analógica e digital
Centenas de malhas de controle
Figura retirada das transparências do prof. Constantino Seixas Filho. UFMG
Sala de Controle – Sistema
Digital de Controle Distribuído
Fonte: Intech; ISA; 8/2003; www.isa.org.
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Sala de controle moderna
Figura retirada das transparências do prof. Constantino Seixas Filho. UFMG
Nível do Processo
Nível de processo. Nível onde ocorre a
transformação da matéria prima.
Níveis de Processo e Controle
Nível de Processo Chão de fábrica
Diferenciando o controle do
processo
Máquina a vapor
Processo inclui o controle como parte dele:
conexões via elementos mecânicos.
Não há diferença clara entre processo e controle
associado ao processo.
Diferenciando o controle do
processo
Era pneumática
Elementos de controle são destacados do
processo: conexões via tubulações de ar com
pressão controlada.
Elementos de controle podem ser agrupados em
um único lugar, ainda próximo ao processo.
Há transformação de sinais vindos do controle
Diferenciando o controle do
processo
Era eletrônica analógica
Conexões entre controle e processo evoluem para cabos elétricos.
Elementos de controle podem ser agrupados em um único lugar, organizados pelas funções de controle, longe do processo.
Sensores e atuadores passam a ter interfaces elétricas, ainda vinculados ao processo.
Processo e controle já são pensados por profissionais específicos – diferenciação completa.
Nível de Controle
Nível de controle. Nível hierarquicamente
acima do processo, onde são agrupadas as
funções de controle, os dispositivos que a
realizam, no nível mais próximo do processo.
Nível de processo. Nível onde ocorre a
transformação da matéria prima.
Níveis de Processo e Controle
Nível de Processo Nível de Controle
Chão de fábrica Sala de controle
Conexões por sinais analógicos
Diferenciando Controle de
Supervisão
Era eletrônica analógica
Sala de controle já é mais consolidada.
Contém os elementos que realizam as funções de controle (nível de controle).
É onde se dá a supervisão e operação do processo.
Elementos de controle são agrupados logicamente visando facilitar a operação e supervisão do processo.
Supervisão
Era eletrônica digital – controle distribuído
Vários computadores são utilizados em conjunto para interagir com o processo.
Computadores são ligados em rede.
A supervisão do processo ganha interfaces amigáveis (telas de computador, mouse, teclados, etc).
Controle e supervisão não precisam ser realizados pela
mesma máquina, nem precisam ser pensados pelos mesmos profissionais, nem precisam estar no mesmo lugar físico – controle distribuído
Controle e Supervisão são separados.
Supervisão
Controle e Supervisão são separados
Área física
Supervisão: sala de controle – longe do processo.
Controle: área reservada próxima ao processo
(conexões analógicas com o processo)
Local de processamento
Supervisão: computadores, inclusive de uso comum, com menor exigência de confiabilidade
Controle: dispositivos especiais (projeto dedicado),
com “garantia” contra falhas
Profissionais que se envolvem
Nível de Supervisão
Nível de supervisão. Nível hierarquicamente acima
do controle, onde são agrupadas as funções de
interface com a operação, monitoramento, enfim a
supervisão do processo. Neste nível há o
predomínio da interface homem-máquina.
Nível de controle. Nível hierarquicamente acima do
processo, onde são agrupadas as funções de
controle, os dispositivos que a realizam, no nível
mais próximo do processo.
Nível de processo. Nível onde ocorre a
transformação da matéria prima.
Níveis de Supervisão, Controle
e Processo
Nível de Processo Nível de Controle
Chão de fábrica Racks de controle Nível de Supervisão Sala de operação
Conexões por sinais analógicos
Diferenciando Sensores e
Atuadores
Redes industriais
Redes industriais tornam-se cada vez mais
conhecidas e utilizadas na indústria.
Vantagens claras na eliminação de cabeamentos,
na flexibilidade, na confiabilidade dos sistemas.
Evolução dos níveis de integração na eletrônica
digital reduz custos de processamento.
Sensores e atuadores podem ganhar
capacidade de processamento local.
Sensores e Atuadores
Inteligentes
Sensores e atuadores que, além de suas
funções clássicas de transformação de
variáveis, possuem capacidade de
processamento local, podendo:
Realizar processamento local dos sinais
(filtragem, linearização, etc).
Ter flexibilidade de configuração.
Ter capacidade de comunicação digital.
Diferenciando Sensores e
Atuadores
Sensores e atuadores podem comunicar-se
via redes industriais.
Configuração a distância.
Diagnóstico a distância.
Redução de cabos (2 por sensor/atuador X 1
para todos).
Interação com controle se dá via rede.
Nível de sensores de atuadores diferencia-se
do processo.
Nível de Sensores e Atuadores
Nível de supervisão. Nível hierarquicamente acima do controle,onde são agrupadas as funções de interface com a operação, monitoramento, enfim a supervisão do processo. Neste nível há o predomínio da interface homem-máquina.
Nível de controle. Nível hierarquicamente acima do processo, onde são agrupadas as funções de controle, os dispositivos que a realizam, no nível mais próximo do processo.
Nível de sensores e atuadores. Nível onde são agrupadas as funções de comunicação entre elementos de controle e o processo, bem como os elementos físicos instalados junto ao processo que permitem esta interação.
e Processo
Nível de Sensores e Atuadores Nível de Controle Chão de fábrica Racks de controle Nível de Supervisão Sala de operaçãoConexões mecânicas ou outras não-elétricas
Conexões por rede digital
Nível de Processo Chão de fábrica
Integração do Controle
na Fábrica
Engenharia x Administração
Supervisão, controle, sensores e atuadores –
problemas da Engenharia (Controle e
Automação, Elétrica, Mecânica).
Processo – Preocupação da Engenharia de
Produção.
Compras/Vendas/Mercado/Lucros/Prejuízos/
Balanços – Preocupação da Administração
Informática não está só na
Engenharia
Administração
Sistemas de apoio a decisão
Sistemas de controle de estoque
Sistemas de controle financeiro
Produção
Interfaces
Padronização de interfaces permite a
integração entre os diversos sistemas da
empresa
Controle – Sistema Digital de Controle Distribuído
(SDCD)
Produção – Manufacturing Execution System
(MES)
Administração – Enterprise Resource Planning
(ERP)
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Posição Hierárquica da
Supervisão e Controle
Figura retirada das transparências do prof. Constantino Seixas Filho. UFMG