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TÍTULO: IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO COMO REDUÇÃO DE TRIBUTOS. UMA ANÁLISE DE EMPRESA VAREJISTA DE SUPERMERCADO

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TÍTULO: IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO COMO REDUÇÃO DE TRIBUTOS. UMA ANÁLISE DE EMPRESA VAREJISTA DE SUPERMERCADO

CATEGORIA: CONCLUÍDO

ÁREA: CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS

SUBÁREA: Ciências Contábeis

INSTITUIÇÃO: FACULDADE DE EDUCAÇÃO CIÊNCIAS E ARTES DOM BOSCO DE MONTE APRAZÍVEL - FAECA DOM BOSCO

AUTOR(ES): GABRIELLA STEFANINI MATTIS, DESIRÉE NATACHA DE LIMA OLIVEIRA

ORIENTADOR(ES): JOÃO ANGELO SEGANTIN, SÉRGIO JOSÉ ISTATARI

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1. RESUMO

Este artigo tem como finalidade analisar a importância de aplicaçãodo Planejamento Tributário em empresa varejista de supermercado com objetivo de determinar qual regime tributário ideal para redução de impostos. Para o desenvolvimento desse estudo foi utilizado pesquisas em livros, artigos disponíveis na internet e realizado um estudo de caso em uma empresa do seguimento supermercado varejista do interior de São Paulo. Foi analisado o regime tributário simples nacional, lucro presumido e lucro real com base no faturamento acumulado do ano de 2018. Concluindo de certa forma que o melhor regime parao objeto de estudo foi o Lucro Real.O melhor regime tributário para empresa objeto de estudo é o Lucro Real. Com base na apuração constatou-se que no regime Lucro Real o PIS teve um valor maior de R$806.850,33 e o COFINS de R$3.715.017,24 em relação ao Lucro Presumido. O ICMS teve um valor maior de R$3.271.410,00, o IRPJ R$567.852,50 e CSLL R$204.426,90 no Lucro Presumido em relação ao Lucro Real. Em uma visão geral o Lucro Presumido apurou um montante de impostos no valor de R$ 4.043.689,40 comparado com o Lucro Real.

Conclui-se então que o Lucro Real torna a melhor opção nesse caso, entretanto cabe ao profissional contábil conhecer a legislação e analisar de forma aprofundada o regime tributário ideal para cada empresa e segmento. Com este estudo conclui-se que o planejamento tributário é uma ferramenta fundamental para as organizações dentro do mercado competitivo.

2. INTRODUÇÃO

No momento atual, é visível a necessidade da contabilidade para tomada de decisão nas empresas. O nível de tributação no Brasil para pessoas jurídicas ou físicas é muito elevado, levando em muitos casos, ao fechamento da empresa devidos às altas dívidas fiscais. Considerando essas informações, fazer um planejamento tributário seja em empresa de grande, médio ou pequeno porte é de suma importância.

Com um bom planejamento tributário é possível minimizar os custos tributários, diminuindo os impostos a serem pagos. Esse planejamento deve ser feito de forma legal e dentro da legislação.

Nesse estudo foi feita a análise dos regimes tributários buscando a melhor opção de enquadramento para a empresa em questão, possibilitando alcançar os melhores resultados. É importante ressaltar que um profissional bem qualificado faz toda diferença, seguindo as normas e princípios contábeis.

3. OBJETIVOS

Analisar a importância do planejamento tributário para empresas do seguimento de comércio varejista visando redução da carga tributária.

4. METODOLOGIA

A metodologia utilizada nesta pesquisa baseou-se em um estudo de caso com propósito de analisar o melhor regime tributário paraempresas de supermercados varejistas. “Um estudo de caso pode ser conceituado como a descrição de uma situação ou problema administrativo, objeto de decisão que foi determinado ou necessita ser tomado”. (YIN, 2001, p. 40)

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As informações utilizadas originaram-se de fonte primária por meio de livros de entrada e saída e outros relatórios. De acordo com MEDEIROS (2000, p. 41),

“Constituem fonte primária os documentos adquiridos pelo próprio autor da pesquisa. Esses documentos podem ser encontrados em arquivos públicos, particulares, anuários estatísticos [...]”.

A pesquisa buscou analisar uma empresa do ramo varejista de supermercados localizada no município de José Bonifácio, Estado de São Paulo, projetando o faturamento acumulado do ano de 2018 nos regimes tributários Simples, Lucro Real e Lucro Presumido comparando-os. Para Gil (2002, p. 58), “o estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo exaustivo de um ou de poucos objetos, de maneira que permita o seu amplo e detalhado conhecimento [...]”.A pesquisa possui caráter quantitativo por se tratar de uma análise numérica através de tabelas.

5. DESENVOLVIMENTO 5.1 Planejamento Tributário

A busca por uma economia fiscal decorrente da necessidade de ter mais recursos faz com que as empresas reflitam sobre seu planejamento tributário. É visível o alto nível de tributação existente no Brasil para empresas e pessoas físicas, fazendo com que muitas vezes seja o motivo de certos negócios não darem certo devido às dívidas fiscais. De acordo com a economia atual do Brasil, fazer um planejamento tributário ajuda a obter um melhor resultado econômico conseguindo diminuir os custos tributários dentro das legislações. (OLIVEIRA, 2004. p. 38)

O planejamento tributário visa diminuir o pagamento de tributos, o que viabiliza uma maior flexibilidade para o contribuinte pode estruturar sua empresa da forma que lhe melhor convir. Fazer esse planejamento atualmente se tornou tão importante quanto fazer algum investimento. Os tributos representam grande parcela dos custos das empresas tornando importante a correta administração tributária.

O planejamento tributário é uma forma correta de reduzir a carga fiscal, mas para isso é preciso ter conhecimento para tomar as decisões corretas e assim o contribuinte pode optar pela alternativa que apresente menor encargo tributário.

Costuma-se, então, denominar de Planejamento Tributário a atividade empresarial que, desenvolvendo-se de forma estritamente preventiva, projeta os atos e fatos administrativos com o objetivo de informar quais os ônus tributários em cada uma das opções legais disponíveis. O objeto do planejamento tributário é, em última análise, a economia tributária.

Cotejando as várias opções legais, o administrador obviamente procura orientar os seus passos de forma a evitar, sempre que possível, o procedimento mais oneroso do ponto de vista fiscal. ” (LATORRACA, 2000)

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Para Fabretti (1996, p. 28) devemos analisar também os custos que as operações desse planejamento irão exigir, pois o que é viável para uma grande empresa pode não ser para as médias e pequenas. Essa relação de custo x benefício pode variar de acordo com os valores a serem utilizados entre outras coisas. Através do planejamento tributário encontramos a melhor maneira para diminuir a carga de tributos de uma empresa tendo maiores chances de alcançar resultados positivos sempre aplicando a legalidade tributária

Seja qual for o regime tributário escolhido se a empresa não contar com um planejamento estratégico tributário vai sempre estar despreparada podendo gerar uma insuficiência de caixa e consequentemente terá que fazer um investimento para cobrir gastos não esperados. É importante que a informação sobre os encargos tributários seja mostrada de forma clara e objetiva (OLIVEIRA, 2004, p. 40).

4.2 Elisão Fiscal x Evasão Fiscal

Através de um bom planejamento tributário é possível produzir a elisão fiscal na qual conseguimos fazer a redução dos tributos dentro da legalidade. Já por outro lado, temos também a evasão fiscal, que leva a redução dos tributos, porém de forma irregular descumprindo as leis e consequentemente gerando crime de sonegação fiscal conforme a Lei nº 8.137/90.

Fabretti (1996) conceitua a elisão fiscal como: “ a economia de tributos resultante da adoção de alternativa legal menos onerosa ou de lacuna (brecha) da lei.

Portanto, a Elisão Fiscal é legítima e lícita, pois é alcançada por escolha feita de acordo com o ordenamento jurídico. ” Com a realização da elisão fiscal conseguimos reunir as informações necessárias referente as obrigações da entidade para o planejamento tributário, lembrando também que um contador faz toda diferença na realização da gestão tributária.

A evasão fiscal é muitas vezes utilizada como sinônimo de fraude fiscal onde o objetivo final é o de pagar menos impostos do que é o correto, há uma atitude subjetiva que pode ser caracterizada como sendo de má fé, deliberada e não acidental e uma série de atos marcados pelos elementos de engano, má interpretação, simulação, artificialidade e desonestidade. (HUCK, 1997, p.31)

Planejamento tributário não é sonegar. O planejamento é feito para que se possa escolher entre opções legais a que resulte em pagar menos impostos, já a sonegação fiscal é quando utiliza-se de fraudes, meios ilegais, etc., para pagar valor abaixo do correto. (FABRETTI, 1996)

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5.3 Tributos

De acordo com o Código Tributário Nacional art. 3º “Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção por ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade plenamente vinculada.” Temos três espécies de tributos: impostos, taxas e contribuições de melhoria.

No planejamento tributário fica em evidência os impostos que é definido no art. 16 do CTN como “Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independentemente de qualquer atividade específica, relativa ao contribuinte. ” Os impostos são os que causam mais impacto, pois são deles que o Estado dispõe para arrecadar recursos para a Administração Pública.

5.4 A importância de ter um profissional contábil na empresa

Atualmente a carga tributária no Brasil é elevada, seja para pessoa física ou jurídica. O contador precisa estar sempre atualizado e conhecer bem a legislação tributária para fazer um bom gerenciamento, pois a responsabilidade fica toda para ele. Devido essa responsabilidade, qualquer falha na aplicação das normas tributárias pode gerar um prejuízo para a empresa e consequentemente o responsável por isso será o contador podendo perder seu prestígio ou até ser condenado a indenizar o empresário. (OLIVEIRA, Luis Martins de, 2004, p. 34)

Na rotina diária de um contador, o Direito e a Contabilidade estão sempre caminhando juntos, sendo dever desse profissional não só obedecer às normas e aos Princípios Fundamentais de Contabilidade, visando a correta apuração da situação econômica, financeira e patrimonial de uma empresa, mas também obedecer às normas da legislação tributária para cumprir com as obrigações fiscais de maneira exata, mediante controles extra contábeis.

(OLIVEIRA, 2004, p. 54)

Para OLIVEIRA (2004) o gerenciamento das obrigações tributárias não pode ser considerado uma necessidade quotidiana apenas, mas sim algo estratégico dentro das organizações independentemente de seu setor de atividade. Atuar na área tributária se torna um desafio diário, devido ao volume de alterações fiscais, e sua mais honrosa responsabilidade de reduzir os custos tributários, ou seja, levar a organização a uma redução legal do ônus tributário: o planejamento tributário.

Segundo OLIVEIRA (2004), A Contabilidade Tributária tem como uma de suas funções o uso de regras e princípios para interpretar e aplicar as normais legais provenientes da Legislação Tributária e apurar os proventos que devem ser tributados pela empresa.

5.5 Simples Nacional

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De acordo com o site da Receita Federal o Simples Nacional é um regime de arrecadação, cobrança e fiscalização de tributos aplicável às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. Conforme a Lei Complementar 155/2016 que entrou em vigor em 2018 se enquadra nesse regime as empresas com receita bruta anual de até R$4,8 milhões. Para ser optante do Simples Nacional é necessário cumprir algumas condições como: enquadrar-se na definição de microempresa ou de empresa de pequeno porte, cumprir os requisitos previstos na legislação e formalizar a opção pelo Simples Nacional.

Para Naylor (2008) “O Simples Nacional não é um novo tributo, visto que não gerou nenhuma nova obrigação tributária principal, além daqueles já existentes, relativa aos impostos e contribuições que foram incluídos no novo regime.”

Tornar eficazes os princípios constitucionais aplicáveis ás microempresas e empresas de pequeno porte [...]. Comportando-se como um subsistema tributário especial, que assume um caráter parcialmente substitutivo ao sistema geral, o novo regime afasta ou limita parcialmente a eficácia efetiva outros, aplicáveis de alguns princípios para tornar realmente efetivos outros, aplicáveis ás micro e pequenas empresas, empresas de pequeno porte.

(NAYLOR, 2008).

A Lei Complementar 123/06, beneficia as Micro e Pequenas Empresas, pois as coloca em categorias nas quais possa disputar mercado aumentando o capital, e, contribuindo para a geração de emprego.

5.6 Lucro Real

O lucro real é baseado na completa escrituração contábil fiscal observando rigorosamente os princípios fundamentais de contabilidade e outras normas fiscais e comerciais, concluindo então que o lucro real é aquele realmente apurado pela contabilidade. (OLIVEIRA, Luis Martins de, 2004, p. 177)

O valor do lucro real é o regime geral usado para calcular o valor dos tributos das empresas, então se a empresa não optar por outra forma de tributação o regime adotado será o lucro real. Esse regime tributário é considerado o mais complexo no sistema tributário, conforme site Saia do Lugar. De acordo com art. 14 da lei n°

9.718/98 em alguns casos é obrigatório que as empresas adotem o lucro real, como por exemplo:

I - cuja receita total no ano-calendário anterior seja superior ao limite de R$

78.000.000,00 (setenta e oito milhões de reais) ou proporcional ao número de meses do período, quando inferior a 12 (doze) meses;

II - cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de

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crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta;

III - que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capitais oriundos do exterior;

IV - que, autorizadas pela legislação tributária, usufrua de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto;

V - que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa;

VI - que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring);

VII - que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio.

A apuração do Lucro Real pode acontecer de forma trimestral ou anual. O IRPJ é apurado com uma alíquota de 15% e o CSLL 9%. A apuração do PIS e COFINS tem o cálculo normal sobre o faturamento que são de 1,65% e 7,6%

respectivamente. Uma das vantagens é que a empresa pode creditar dos tributos pagos nas entradas de produtos e compensá-los aqueles devidos em suas saídas, ou seja, esse regime tem o princípio da não cumulatividade. Isso possibilita ao contribuinte apropriar créditos sobre determinados bens, insumos, despesas e custos como por exemplo: energia elétrica, despesa de aluguel, equipamentos, máquinas, depreciação, amortização, etc., de acordo com o Site Portal da Contabilidade.

5.7 Lucro Presumido

O lucro presumido é uma forma simplificada de apuração do cálculo dos tributos com imposto de renda e da contribuição social, restrita aos contribuintes que não estão obrigados ao regime de apuração com base no lucro real. Esse tipo de tributação visa facilitar as rotinas burocráticas e administrativas das empresas de menor porte (OLIVEIRA, 2004).

Para optar pela tributação do Lucro Presumido, a empresa deve possuir o seu faturamento anual igual ou inferior a R$ 78.000.000,00.

Para Young (2011) pelo regime do Lucro Presumido, a base de cálculo do PIS e COFINS devida pelas pessoas jurídicas de direito privado é o faturamento do mês, que corresponde a receita bruta, sendo que a alíquota a ser utilizada é 0,65% e 3%

respectivamente.

A definição da base de cálculo do imposto de renda é configurada por um percentual específico sobre a receita conforme a atividade que o contribuinte exerce.

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(PÊGAS, 2006, p. 471). Segue abaixo uma tabela com percentuais de presunção do lucro presumido de acordo com Capítulo XIII - IRPJ – Lucro Presumido 2018:

Tabela 1 – Atividades e alíquotas de presunção

Atividades (%)

Atividades em geral (RIR/1999, art. 518) 8,0

Revenda, para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool etílico carburante e gás natural

1,6

Serviços de transporte (exceto o de carga) 16,0

Serviços de transporte de cargas 8,0

Prestação de Serviços em geral (exceto serviços hospitalares) 32,0 Serviços hospitalares e de auxílio diagnóstico e terapia, fisioterapia e terapia

ocupacional, fonoaudiologia, patologia clínica, imagenologia, radiologia, anatomia patológica e citopatológia, medicina nuclear e análises e patologias clínicas, exames por métodos gráficos, procedimentos endoscópicos, radioterapia, quimioterapia, diálise e oxigenoterapia hiperbárica, desde que a prestadora desses serviços seja organizada sob a forma de sociedade empresária e atendas as normas da Anvisa. (Vide Nota 5) Atividades imobiliárias relativas a loteamento de terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios destinados à venda, bem como a venda de imóveis construídos ou adquiridos para a revenda.

Atividade de construção por empreitada com emprego de todos os materiais indispensáveis à sua execução, sendo tais materiais incorporados à obra.

8,0

Atividades desenvolvidas por bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, agências de fomento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta

16,0

Prestação de serviços relativos ao exercício de profissões regulamentadas.

Intermediação de negócios. Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza. Construção por administração ou por empreitada unicamente de mão de obra ou com emprego parcial de materiais.

Construção, recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento de infraestrutura, no caso de concessão de serviços públicos, independentemente do emprego parcial ou total de materiais. Prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring).

Coleta e transporte de resíduos até aterros sanitários ou local de descarte.

Prestação de qualquer outra espécie de serviço não mencionados acima

32,0

Fonte: Site Receita Federal 5. RESULTADOS

No presente estudo após a análise dos dados com relação ao enquadramento do regime tributário Simples Nacional, de acordo com a Lei complementar 155/2016 que passou a vigorar em 2018 a empresa excede o limite de receita bruta anual que limita a R$4,8 milhões de reais.

Analisando os dados no regime tributário Lucro Presumido fundamentado pela Lei 12814/13 apurou-se o valor dos tributos Federal e Estadual.

Tabela 2 – Apurados com Base no Lucro Presumido(margem de presunção de 8%)

Ano Faturamento PIS COFINS ICMS IRPJ CSLL

(9)

2018 Acumulado

50.475.777,72 26.247,40 121.141,87 7.722.793,99 605.709,33 363.425,60 Adicional

379.806,22

Fonte: a Autora, 2019

No Lucro Presumido aplica-se as alíquotas de 0,65% para o PIS, 3% para COFINS e 18% para ICMS baseado no faturamento acumulado de 2018.

A base de cálculo do IRPJ e da CSLL aplica-se 8% de presunção sobre o total do faturamento. Obtendo a base de cálculo aplica-se a alíquota de 15% para apurar o valor do imposto IRPJ e 9% sobre a base de cálculo para apurar o valor do imposto CSLL. Conforme determina a Lei 12814/13 do regime tributário Lucro Presumido determina um valor adicional de 10% sobre o lucro excedido acima de R$20.000,00 reais mensais limitando a R$240.000,00 reais anuais.

Aplicando os dados no regime tributário Lucro Real fundamentado pela Lei 9.718 de 27 de novembro de 1998 apurou-se o valor dos tributos Federal e Estadual.

Tabela 3 – Impostos Apurados com Base no Lucro Real

Ano 2018

Faturamento Acumulado

PIS COFINS ICMS IRPJ CSLL

50.475.777,72 832.850,33 3.836.159,11 4.451.383,99 264.997,83 158.998,70 Adicional

152.665,22

Fonte: a Autora, 2019

O imposto incidente no Lucro Real é calculado com base nas alíquotas: PIS 1,65% e COFINS 7,6%, o ICMS é regido pelo RICMS/00, que regulamenta as regras de incidência nas entradas e saídas de mercadorias.

A apuração do IRPJ e da CSLL embasa na DRE tendo como base de cálculo o valor do LLAIR e CSLL, a partir de então aplica-se a alíquota de 15% para apurar o valor devido do IRPJ e 9% para o valor da CSLL. A Lei 9.718 de 27/11/1998 do Lucro Real determina um valor adicional de 10% sobre o lucro excedido acima de R$20.000,00 reais mensais limitando a R$240.000,00 reais anuais.

Tabela 4 – Demonstração do Resultado do Exercício

= LUCRO LIQUIDO ANTES DO IRPJ E CSLL 1.766.652,22

(-) TRIBUTOS DIRETOS

PROVISÃO PARA IRPJ 264.997,83

ADICIONAL IRPJ 152.665,22

PROVISÃO PARA CSLL 158.998,70

= LUCRO LIQUIDO 1.189.990,47

Fonte: a Autora, 2019

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A tabela 4 apresenta parcialmente uma DRE – Demonstração do Resultado do Exercício de forma resumida usada apenas para demonstrar uma base de lucro líquido na apuração do IRPJ e CSLL.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através desse estudo foi possível demonstrar a importância da elaboração de um planejamento tributário, pois a falta de planejar e analisar o melhor regime tributário pode gerar prejuízospara as empresas e induz a prática da sonegação fiscal.

Com a elaboração de um planejamento tributário torna possível analisar as informações geradas pela empresa facilitando determinar o melhor regime tributário, proporcionandoredução de custos com impostos e aumentando o lucro.

De acordo com os dados apurados no regime Lucro Presumido apurou-se para o PIS R$26.247,40 e COFINS R$121.141,87, enquanto no Lucro Real os resultados foram PIS R$832.850,33 e COFINS R$3.836.159,11. Observou-se também que no regime Lucro Presumido o ICMS foi de R$7.722.793,99 enquanto no Lucro Real foi de R$ 4.451.383,99. Na apuração do IRPJ no Lucro Presumido chegou-se ao valor de R$605.709,33 com adicional de R$379.806,22 e na CSLL R$363.425,60, em contrapartida no Lucro Real obteve-se no IRPJ R$264.997,83 com adicional de R$152.665,22 e para CSLL R$158.998,70.

O melhor regime tributário para empresa objeto de estudo é o Lucro Real. Com base na apuração constatou-se que no regime Lucro Real o PIS teve um valor maior de R$806.850,33 e o COFINS de R$3.715.017,24 em relação ao Lucro Presumido.

O ICMS teve um valor maior de R$3.271.410,00, o IRPJ R$567.852,50 e CSLL R$204.426,90 no Lucro Presumido em relação ao Lucro Real. Em uma visão geral o Lucro Presumido apurou um montante de impostos no valor de R$4.043.689,40 comparado com o Lucro Real. Conclui-se então que o Lucro Real torna a melhor opção nesse caso, entretanto cabe ao profissional contábil conhecer a legislação e analisar de forma aprofundadao regime tributário ideal para cada empresa e segmento. Com este estudoconclui-se que o planejamento tributário é uma ferramenta fundamental para as organizações dentro do mercado competitivo.

7. REFERÊNCIAS

A Importância do Planejamento Tributário para a Lícita Redução dos Tributos e

Otimização dos Lucros. Disponível em:

<https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos12/1021676.pdf>. 25 de maio de 2019.

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Código Tributário Nacional Planalto. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l5172.htm>. 25 de maio de 2019.

Como calcular o Lucro Real? Disponível em:

https://portaldacontabilidade.clmcontroller.com.br/tributos/como-calcular-o-lucro-real.

FABRETTI, Láudio Camargo. Contabilidade Tributária. São Paulo: Atlas, 1996.

GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. ATLAS, 2002.

HUCK, H. M. Evasão e elisão: rotas nacionais e internacionais. São Paulo: Saraiva 1997 LATORRACA, N. Direito tributário: impostos de renda das empresas. Atlas, 2000

Lucro Real: entenda o que é, pós e contras e diferenças de regimes. Disponível em:

<https://saiadolugar.com.br/lucro-real>. Acesso em: 26 de maio de 2019.

MEDEIROS, J. B. Redação científica: a prática de fichamentos. São Paulo: Atlas, 2000.

NAYLOR, Carlos Mauro. Fundamentos constitucionais do Simples Nacional. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/11529/fundamentos-constitucionais-do-simples-nacional>.

OLIVEIRA, Luís Martins; CHIEREGATO, Renato; PEREZ JÙNIOR, José Hernandez;

GOMES, Marliete Bezerra. Manual de Contabilidade Tributária. Atlas, 2004.

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O que é o Simples Nacional? Disponível em:

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O que é planejamento tributário por que sua empresa deve ter um<https://blog.contaazul.com/o-que-e-planejamento-tributario-e-por-que-sua-empresa- deve-ter-um>

O Regime de Tributação Pelo Lucro Real e o Planejamento Tributário nas Empresas Brasileiras. Disponível em: https://www.contabeis.com.br/artigos/3851/o-regime-de-tributacao-pelo-lucro-real-e-o- planejamento-tributario-nas-empresas-brasileiras. Acesso em: 26 de junho de 2019.

PÊGAS, P. H. Manual de contabilidade tributária. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2006.

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20artigo&f=false>. Acesso em: 12 de maio de 2019.

Planejamento Tributário. Disponível em:

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Planejamento Tributário: Lucro Presumido x Simples Nacional Um Estudo de Caso na

Microempresa Madeireira Pantanal. Disponível em:

<https://www.aedb.br/seget/arquivos/artigos17/10025146.pdf>. 26 de maio de 2019.

Planejamento Tributário: o que é e como funciona. Disponível em:

<https://enotas.com.br/blog/planejamento-tributario/>. 12 de maio de 2019.

Referências

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