Teoria Geral da
Execução
Programa
1) Conceito;
2) Argumentos históricos
relevantes;
3) Ações do processo de
conhecimento e execução;
4) Princípios;
5) Meios executórios;
6) Atos executórios;
7) Limites à execução;
8)Cumulação de
execuções;
9) Títulos executivos;
10) Cumprimento Provisório;
11) Competência;
12) Legitimidade;
13) Responsabilidade patrimonial
e fraude à execução;
14) Liquidação de sentença.
15) Formas de defesa na
execução
;Ações do processo de
conhecimento
Classificação Trinária: 1) Declaratória 2) Constitutiva 3) Condenatória Classificação Quinária (Pontes de Miranda):
1) Declaratória 2) Constitutiva 3) Condenatória 4) Mandamental
Princípios da Execução
Para Araken de Assis são Princípios da Função Executiva: 1. Princípio da autonomia;
2. Princípio do título;
3. Princípio da responsabilidade patrimonial; 4. Princípio do resultado;
5. Princípio da disponibilidade; 6. Princípio da adequação.
Para Greco, por seu turno, temos Princípios Gerais da Execução: 1. Princípio da iniciativa;
2. Impulso processual oficial; 3. Princípio do contraditório; 4. Princípio dispositivo;
5. Princípio da livre convicção; 6. Princípio da publicidade; 7. Princípio da lealdade; 8. Princípio da oralidade;
E Princípio específicos da execução:
1. Toda a execução pressupõe um titulo executivo; 2. A execução se realiza no interesse do credor; 3. Disponibilidade da execução;
4. Fungibilidade do meio executório;
Para Didier há Princípios e Regras fundamentais da Execução:
Princípios:
1. Princípio da efetividade;
2. Princípio da tipicidade e atipicidade dos meios executivos; 3. Princípio da boa-fé processual;
4. Princípio da responsabilidade patrimonial ou de que “toda a execução é real”;
5. Princípio da primazia da tutela específica; 6. Princípio do contraditório;
7. Princípio da menor onerosidade; 8. Princípio da cooperação;
9. Proporcionalidade;
Regras fundamentais:
1. Não há execução sem título;
2. Disponibilidade da execução (artigo 775);
3. Responsabilidade objetiva do exequente (artigos 520, I, e 776) ;
4. Aplicação integrada das regras relativas à execução e aplicação subsidiária das regras do processo de conhecimento (artigos 513 e 771);
Princípio do Contraditório.
(artigo 5º, LV, CR, e artigo 9º, CPC)
Contraditório antecipado (artigo 9º, CPC).
LEONARDO GRECO: “Neste novo Estado de Direito, nenhuma decisão
de qualquer autoridade pública, que possa atingir a esfera de
interesses de algum particular, deve ser adotada sem que tenha sido antecedida da garantia ao interessado da ampla oportunidade de
influir eficazmente na sua elaboração.” (GRECO, Leonardo. O Processo de Execução, vol. I, p. 269)
Questão?
Contraditório antecipado na
indisponibilidade de ativos financeiros (artigo
854, CPC).
Subseção V
Da Penhora de Dinheiro em Depósito ou em Aplicação Financeira
Art. 854. Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou em aplicação financeira, o juiz, a requerimento do exequente, sem dar ciência prévia do ato ao executado, determinará às instituições financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema financeiro nacional, que torne indisponíveis ativos financeiros existentes em nome do executado, limitando-se a indisponibilidade ao valor indicado na execução.
§ 1o No prazo de 24 (vinte e quatro) horas a contar da resposta, de ofício, o juiz
determinará o cancelamento de eventual indisponibilidade excessiva, o que deverá ser cumprido pela instituição financeira em igual prazo.
§ 2o Tornados indisponíveis os ativos financeiros do executado, este será intimado na
pessoa de seu advogado ou, não o tendo, pessoalmente.
§ 3o Incumbe ao executado, no prazo de 5 (cinco) dias, comprovar que:
I - as quantias tornadas indisponíveis são impenhoráveis;
§ 4o Acolhida qualquer das arguições dos incisos I e II do § 3o, o juiz determinará o
cancelamento de eventual indisponibilidade irregular ou excessiva, a ser cumprido pela instituição financeira em 24 (vinte e quatro) horas.
§ 5o Rejeitada ou não apresentada a manifestação do executado, converter-se-á a
indisponibilidade em penhora, sem necessidade de lavratura de termo, devendo o juiz da execução determinar à instituição financeira depositária que, no prazo de 24 (vinte e
quatro) horas, transfira o montante indisponível para conta vinculada ao juízo da execução.
§ 6o Realizado o pagamento da dívida por outro meio, o juiz determinará, imediatamente,
por sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema financeiro nacional, a notificação da instituição financeira para que, em até 24 (vinte e quatro) horas, cancele a indisponibilidade.
§ 7o As transmissões das ordens de indisponibilidade, de seu cancelamento e de
determinação de penhora previstas neste artigo far-se-ão por meio de sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema financeiro nacional.
§ 8o A instituição financeira será responsável pelos prejuízos causados ao executado em
decorrência da indisponibilidade de ativos financeiros em valor superior ao indicado na execução ou pelo juiz, bem como na hipótese de não cancelamento da indisponibilidade no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, quando assim determinar o juiz.
§ 9o Quando se tratar de execução contra partido político, o juiz, a requerimento do
exequente, determinará às instituições financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido por autoridade supervisora do sistema bancário, que tornem indisponíveis ativos
financeiros somente em nome do órgão partidário que tenha contraído a dívida
executada ou que tenha dado causa à violação de direito ou ao dano, ao qual cabe exclusivamente a responsabilidade pelos atos praticados, na forma da lei.
Formas de defesa na execução
1) Impugnação ao cumprimento (artigo 525, CPC); 2) Embargos à execução (artigo 914, CPC);
3) Objeção de não-executividade (artigo 518 c/c 803, § único, CPC); 4) Defesa na penhora on line (artigo 854, CPC);
5) Incidente de substituição de bem penhorado (artigo 847, CPC); 6) Incidente de desconsideração da personalidade jurídica (artigo 133);
7) Defesa contra a execução injusta (artigo 776, CPC);
Princípio Cooperação.
Artigo 6º, CPC.
Expressões:
1) O executado tem o dever de indicar bens à penhora (artigo 774,
V, CPC);
2) O executado deve indicar o valor da execução caso o impugne
(artigo 525, § 4º, CPC).
3) O dever de consulta pelo juiz (artigo 10, CPC) antes de
reconhecer a prescrição (artigo 487, e 921, § 5º).
4) O dever de advertência pelo juiz antes de aplicar pena de ato
Princípio do título (artigos 515, 783,
784 e 803, I, CPC).
Nulla executio sine titulo,
nullo titulo sine praevia lege.
Princípio de que a Execução se
realiza em favor do credor (artigo
797, CPC).
Art. 797. Ressalvado o caso de insolvência do
devedor, em que tem lugar o concurso
universal, realiza-se a execução no interesse do
exequente, que adquire, pela penhora, o direito
de preferência sobre os bens penhorados.
Princípio da Responsabilidade
Patrimonial (artigo 789, CPC).
Artigo 789. O devedor responde com todos os
seus bens presentes e futuros para o cumprimento
de suas obrigações, salvo as restrições previstas
em lei.
Artigo
2740.
Responsabilità
patrimoniale.
Il
debitore
risponde
dell'adempimento
delle
Princípio da Responsabilidade
Patrimonial (artigo 789, CPC).
Princípio da primazia da tutela
específica
Leonardo Greco: Princípio da Fungibilidade do meio executório
Araken de Assis: Princípio do resultado ou da maior coincidência possível
Princípio da primazia da tutela
específica
1) Adjudicação compulsória: Decreto-lei nº 58/1937;
2) Tutela específica da obrigação de fazer e não fazer no
Estatuto da Criança e do Adolescente: artigo 213, da Lei
nº 8.069/90;
3) Código de Defesa do Consumidor: artigo 84, da Lei nº
8.078/90;
4) Alteração do CPC/1973, através da Lei nº 8.952/1994,
artigos 461 e 461-A;
Ordem de Prioridade da tutela
específica.
O artigos 497 e 499, CPC, criam uma ordem de prioridade:
1)
tutela específica (artigo 497, caput, primeira parte);
2)
resultado prático equivalente (artigo 497, caput,
segunda parte);
Princípio da Tipicidade e
Atipicidade dos Meios Executivos.
Meios Executórios.
Própria
: Satisfação do provimento condenatório no mundo fático. Imprópria
: é aquela da eficácia declaratória e da constitutiva.Em verdade não há execução, mais auto satisfação do
provimento; decorrendo atos posteriores meramente documentais.
Indireta
: coerção moral do devedor a cumprir com a obrigação;multa, prisão civil, astreintes. Atos executórios de coação pessoal para que o devedor cumpra a obrigação voluntariamente, artigos 139, IV, 497, 500 e 814, CPC.
Novidades CPC 2015.
1)
protesto de certidão do trânsito em julgado (artigo 517)
após o prazo de 15 dias para cumprimento da decisão
(artigo 523);
2)
multa do parágrafo primeiro do artigo 523;
3)
inclusão no cadastro de inadimplentes inclusive para
execução definitiva de título judicial (artigo 782, §§ 3º,
4º e 5º);
4)
coerção moral em execução por quantia certa (artigo
A teoria de Fredie Didier Jr. quanto a
atipicidade dos meios executórios
Âmbito de aplicação:
1) artigo139, IV: a toda execução; 2) artigo 297: à tutela provisória; 3) artigo 536, § 1º:
a) obrigação de fazer e não fazer fundada em decisão judicial; b) cumprimento para entrega de coisa (artigo 538, § 3º);
c) execução fazer, não fazer e entrega de coisa em título extrajudicial (artigo 771, § único).
Postulados e critérios para a aplicação de
medidas executivas atípicas
Postulados:
1)
Proporcionalidade: adequação, necessidade e
proporcionalidade em sentido estrito;
2)
Razoabilidade: dever de equidade, congruência e
equivalência;
3)
Proibição de excesso;
4)Eficiência;
A teoria de Leonardo Greco quanto as
coações indiretas
Pressupostos: 1. Aferição em concreto; 2. Excepcionalidade; 3. Subsidiariedade; 4. Necessidade; 5. Adequação; 6. Instrumentalidade específica; 7. Proporcionalidade; 8. Razoabilidade;9. Devido processo legal;
70: É inadmissível a interdição de estabelecimento como meio coercitivo para cobrança de tributo.
323: É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para pagamento de tributos.
547: Não é lícito à autoridade proibir que o contribuinte em débito adquira estampilhas, despache mercadorias nas alfândegas e exerça suas atividades profissionais.
Limites à execução
Classificação Cândido Rangel Dinamarco e Leonardo Greco: 1) Naturais:
1.1.) Perda do objeto;
1.2.) Intangibilidade da vontade individual (obrigações personalíssimas); 2) Políticos:
2.1) direitos da personalidade; 2.2) mínimo existencial;
2.3) Interesse público em execução de interesse privado; 2.4) Interesse público.
Cumulação de execuções
Artigo 780, CPC.
Artigo 780. O exequente pode cumular várias execuções, ainda que fundadas em títulos diferentes, quando o executado for o mesmo e desde que para todas elas seja competente o mesmo juízo e idêntico o procedimento.
Requisitos:
1) mesmas partes;
2) competência absoluta do Juízo; 3) Idêntico procedimento.
Títulos Judiciais
Art. 515. São títulos executivos judiciais, cujo cumprimento
dar-se-á de acordo com os artigos previstos neste Título:
I - as decisões proferidas no processo civil que reconheçam a
exigibilidade de obrigação de pagar quantia, de fazer, de não
fazer ou de entregar coisa;
II - a decisão homologatória de autocomposição judicial;
III - a decisão homologatória de autocomposição extrajudicial de
qualquer natureza;
Títulos Judiciais
IV – o formal e a certidão de partilha, exclusivamente em relação
ao inventariante, aos herdeiros e aos sucessores a título singular
ou universal.
V - o crédito de auxiliar da justiça, quando as custas,
emolumentos ou honorários tiverem sido aprovados por decisão
judicial;
VI - a sentença penal condenatória transitada em julgado;
VII – a sentença arbitral;
Títulos Judiciais
VIII – a sentença estrangeira homologada pelo Superior
Tribunal de Justiça;
IX - a decisão interlocutória estrangeira, após a concessão
do exequatur à carta rogatória pelo Superior Tribunal de
Justiça;
Títulos Extrajudiciais
Art. 784. São títulos executivos extrajudiciais:
I - a letra de câmbio, a nota promissória, a duplicata, a
debênture e o cheque;
II - a escritura pública ou outro documento público assinado
pelo devedor;
III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2
(duas) testemunhas;
Títulos Extrajudiciais
III - o documento particular assinado pelo devedor e por 2 (duas) testemunhas;
Questão acerca da executividade de “cheque especial”.
Súmula nº 233 do S.T.J.: O contrato de abertura de crédito, ainda que acompanhado de extrato de conta corrente não é título executivo
Súmula nº 49 do TJRJ: Não constituem títulos executivos extrajudiciais os contratos bancários de abertura de crédito ou de crédito rotativo
Súmula nº 258 do S.T.J.: A nota promissória vinculada a contrato de abertura de crédito não goza de autonomia em razão da iliquidez do título que a originou
Títulos Extrajudiciais
IV - o instrumento de transação referendado pelo Ministério
Público, pela Defensoria Pública, pela Advocacia Pública,
pelos advogados dos transatores ou por conciliador ou
mediador credenciado por tribunal;
V - o contrato garantido por hipoteca, penhor, anticrese ou
outro direito real de garantia e aquele garantido por caução;
VI - o contrato de seguro de vida em caso de morte;
Títulos Extrajudiciais
VIII - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente
de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais
como taxas e despesas de condomínio;
(...)
X - o crédito referente às contribuições ordinárias ou
extraordinárias de condomínio edilício, previstas na respectiva
convenção ou aprovadas em assembleia geral, desde que
Títulos Extrajudiciais
Duas Conclusões acerca dos incisos VIII e IX do artigo 784,
CPC:
1) O inciso VIII: locação de imóvel mediante contrato escrito;
O inciso X: condômino e condomínio edilício, previstas na
respectiva convenção ou aprovadas em assembleia geral,
desde que documentalmente comprovadas;
2) Para cobrança de cota condominial não cabe processo
de conhecimento pelo procedimento dos Juizados
Especiais Cíveis apesar do artigo 1.063, CPC, e de acordo
Títulos Extrajudiciais
IX - a certidão de dívida ativa da Fazenda Pública da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,
correspondente aos créditos inscritos na forma da lei;
XI - a certidão expedida por serventia notarial ou de registro
relativa a valores de emolumentos e demais despesas
devidas pelos atos por ela praticados, fixados nas tabelas
estabelecidas em lei;
Títulos Extrajudiciais
XII - todos os demais títulos aos quais, por disposição expressa,
a lei atribuir força executiva.
CF 71, § 3.º; DL 413/69; DL 167/67; Lei 4.830/64; DL 70/77; art. 5.
DL 911/69; Lei 8906/94, art. 24 (honorários), etc.
Regras do Cumprimento Provisório.
Art. 520. O cumprimento provisório da sentença impugnada por recurso desprovido de efeito suspensivo será realizado da mesma forma que o cumprimento definitivo, sujeitando-se ao seguinte regime:
I - corre por iniciativa e responsabilidade do exequente, que se obriga, se a sentença for reformada, a reparar os danos que o executado haja sofrido;
II - fica sem efeito, sobrevindo decisão que modifique ou anule a sentença objeto da execução, restituindo-se as partes ao estado anterior e liquidando-se eventuais prejuízos nos mesmos autos;
III - se a sentença objeto de cumprimento provisório for modificada ou anulada apenas em parte, somente nesta ficará sem efeito a execução;
IV - o levantamento de depósito em dinheiro e a prática de atos que importem transferência de
posse ou alienação de propriedade ou de outro direito real, ou dos quais possa resultar grave
dano ao executado, dependem de caução suficiente e idônea, arbitrada de plano pelo juiz e prestada nos próprios autos.
Regras do Cumprimento Provisório.
§ 1o No cumprimento provisório da sentença, o executado poderá apresentar impugnação, se
quiser, nos termos do art. 525.
§ 2o A multa e os honorários a que se refere o § 1o do art. 523 são devidos no cumprimento
provisório de sentença condenatória ao pagamento de quantia certa.
§ 3o Se o executado comparecer tempestivamente e depositar o valor, com a finalidade de
isentar-se da multa, o ato não será havido como incompatível com o recurso por ele interposto.
§ 4o A restituição ao estado anterior a que se refere o inciso II não implica o desfazimento da
transferência de posse ou da alienação de propriedade ou de outro direito real eventualmente
já realizada, ressalvado, sempre, o direito à reparação dos prejuízos causados ao executado.
§ 5o Ao cumprimento provisório de sentença que reconheça obrigação de fazer, de não fazer ou
Competência no
cumprimento de sentença.
Artigo 516, I: Os tribunais nas causas de sua competência originária: é competência absoluta pois funcional.
1) Supremo Tribunal Federal: art. 109, I, “m”.
2) Superior Tribunal de Justiça: art. 105, I, mas ao contrário do que ocorre com o STF não há regra de competência exclusiva para a execução.
Exceção: a competência para a execução de sentença estrangeira
Competência no
cumprimento de sentença.
Execução de alimentos: artigo 528, § 9º, CPC.
Execução individual de sentença coletiva: domicilio do exequente (artigo
98, § 2º, CDC).
Repetitivo STJ: Corte especial, REsp 1.243.887/PR, rel. Min. Felipe Salomão, j.
Competência para a execução
de título extrajudicial
Art. 781. A execução fundada em título extrajudicial será processada perante o juízo competente, observando-se o seguinte:
I - a execução poderá ser proposta no foro de domicílio do executado, de
eleição constante do título ou, ainda, de situação dos bens a ela sujeitos;
II - tendo mais de um domicílio, o executado poderá ser demandado no foro de qualquer deles;
III - sendo incerto ou desconhecido o domicílio do executado, a execução poderá ser proposta no lugar onde for encontrado ou no foro de domicílio do exequente;
IV - havendo mais de um devedor, com diferentes domicílios, a execução será proposta no foro de qualquer deles, à escolha do exequente;
V - a execução poderá ser proposta no foro do lugar em que se praticou o
ato ou em que ocorreu o fato que deu origem ao título, mesmo que nele não
A Questão da Legitimidade do
Fiador.
Súmula STJ 268: “O fiador que não integrou a relação processual na ação de despejo
não responde pela execução do julgado.”
Art. 513. (...) § 5o O cumprimento da sentença não poderá ser promovido em face do
fiador, do coobrigado ou do corresponsável que não tiver participado da fase de conhecimento.
Art. 62. Nas ações de despejo fundadas na falta de pagamento de aluguel e
acessórios da locação, de aluguel provisório, de diferenças de aluguéis, ou somente de quaisquer dos acessórios da locação, observar-se-á o seguinte: (Redação dada pela Lei nº 12.112, de 2009)
I – o pedido de rescisão da locação poderá ser cumulado com o pedido de
cobrança dos aluguéis e acessórios da locação; nesta hipótese, citar-se-á o locatário para responder ao pedido de rescisão e o locatário e os fiadores para responderem ao pedido de cobrança, devendo ser apresentado, com a inicial, cálculo discriminado do valor do débito; (Redação dada pela Lei nº 12.112, de 2009)
Responsabilidade Patrimonial Primária.
Art. 789. O devedor responde com todos os seus bens presentes e futuros para o cumprimento de suas obrigações, salvo as restrições estabelecidas em lei.
Art. 790. São sujeitos à execução os bens: (...)
III - do devedor, ainda que em poder de terceiros;
(...)
V - alienados ou gravados com ônus real em fraude à execução;
Art. 793. O exequente que estiver, por direito de retenção, na posse de coisa pertencente ao devedor não poderá promover a execução sobre outros bens senão depois de excutida a coisa que se achar em seu
Credor com direito de retenção.
Exemplos:
1) depositário (arts. 643, 644, CPC); 2) mandatário (art. 664 e 681, CC);
3) credor pignoratício (arts. 1.433, I e II, CC); 4) locatário (art. 35 da Lei nº 8.245/91);
Responsabilidade Patrimonial
Secundária.
Art. 790. São sujeitos à execução os bens:
I - do sucessor a título singular, tratando-se de execução fundada em direito real ou obrigação reipersecutória;
II - do sócio, nos termos da lei;
III - do devedor, ainda que em poder de terceiros;
IV - do cônjuge ou companheiro, nos casos em que seus bens próprios ou de sua meação respondem pela dívida;
V - alienados ou gravados com ônus real em fraude à execução;
VI - cuja alienação ou gravação com ônus real tenha sido anulada em razão do reconhecimento, em ação autônoma, de fraude contra
credores;
VII - do responsável, nos casos de desconsideração da personalidade jurídica.
Responsabilidade Patrimonial
Secundária.
Art. 790. São sujeitos à execução os bens:
I - do sucessor a título singular, tratando-se de execução fundada em direito real ou obrigação reipersecutória;
Art. 109. A alienação da coisa ou do direito litigioso por ato entre vivos, a título particular, não altera a legitimidade das partes.
(...)
§ 3o Estendem-se os efeitos da sentença proferida entre as partes
Responsabilidade Patrimonial
Secundária do Sócio.
Art. 790. São sujeitos à execução os bens: (...)
II - do sócio, nos termos da lei;
Desconsideração da personalidade jurídica: artigos 50, CCB e
artigo 28, CDC.
Desconsideração inversa.
Incidente de desconsideração da personalidade jurídica: artigo
Responsabilidade Patrimonial
Secundária do Sócio.
Art. 795. Os bens particulares dos sócios não respondem pelas dívidas da sociedade, senão nos casos previstos em lei.
§ 1o O sócio réu, quando responsável pelo pagamento da dívida da
sociedade, tem o direito de exigir que primeiro sejam excutidos os bens da sociedade.
§ 2o Incumbe ao sócio que alegar o benefício do § 1o nomear
quantos bens da sociedade situados na mesma comarca, livres e desembargados, bastem para pagar o débito.
§ 3o O sócio que pagar a dívida poderá executar a sociedade nos
autos do mesmo processo.
§ 4o Para a desconsideração da personalidade jurídica é obrigatória
Responsabilidade Patrimonial
Secundária do Sócio.
Art. 792. A alienação ou a oneração de bem é considerada fraude à execução:
(...)
§ 3o Nos casos de desconsideração da personalidade jurídica, a
fraude à execução verifica-se a partir da citação da parte cuja
Responsabilidade Patrimonial
Secundária.
Art. 790. São sujeitos à execução os bens:
(...)
V - alienados ou gravados com ônus real em fraude à execução; VI - cuja alienação ou gravação com ônus real tenha sido anulada em razão do reconhecimento, em ação autônoma, de fraude contra
credores;
VII - do responsável, nos casos de desconsideração da personalidade
Fraude contra credores. Artigo 158, CC.
Requisitos:
Subjetivo: consilium fraudis: é a ciência do devedor em
causar o dano.
Fraude à execução.
Art. 792. A alienação ou a oneração de bem é considerada fraude à execução:
I - quando sobre o bem pender ação fundada em direito real ou com pretensão reipersecutória, desde que a pendência do processo tenha sido averbada no respectivo registro público (scientia fraudis), se houver;
(...)
§ 2o No caso de aquisição de bem não sujeito a registro, o terceiro adquirente tem o ônus de provar que adotou as cautelas necessárias
para a aquisição, mediante a exibição das certidões pertinentes, obtidas no domicílio do vendedor e no local onde se encontra o bem.
(...)
§ 4o Antes de declarar a fraude à execução, o juiz deverá intimar o
terceiro adquirente, que, se quiser, poderá opor embargos de terceiro, no prazo de 15 (quinze) dias.
Fraude à execução.
Art. 792. A alienação ou a oneração de bem é considerada fraude à execução: (...)
II - quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência do processo de execução, na forma do art. 828;
Art. 828. O exequente poderá obter certidão de que a execução foi admitida pelo juiz, com identificação das partes e do valor da causa, para fins de averbação no registro de imóveis, de veículos ou de outros bens sujeitos a penhora, arresto ou indisponibilidade.
§ 1o No prazo de 10 (dez) dias de sua concretização, o exequente deverá comunicar ao juízo as
averbações efetivadas.
§ 2o Formalizada penhora sobre bens suficientes para cobrir o valor da dívida, o exequente
providenciará, no prazo de 10 (dez) dias, o cancelamento das averbações relativas àqueles não penhorados.
§ 3o O juiz determinará o cancelamento das averbações, de ofício ou a requerimento, caso o
exequente não o faça no prazo.
§ 4o Presume-se em fraude à execução a alienação ou a oneração de bens efetuada
após a averbação.
§ 5o O exequente que promover averbação manifestamente indevida ou não cancelar as
averbações nos termos do § 2o indenizará a parte contrária, processando-se o incidente em autos
Fraude à execução.
Ato de disposição de bem constrito.
Art. 792. A alienação ou a oneração de bem é considerada fraude à execução:
(...)
III - quando tiver sido averbado, no registro do bem, hipoteca
judiciária ou outro ato de constrição judicial originário do processo onde foi arguida a fraude;
Fraude à execução.
Art. 792. A alienação ou a oneração de bem é
considerada fraude à execução:
(...)
IV - quando, ao tempo da alienação ou da oneração,
tramitava contra o devedor ação capaz de reduzi-lo à
insolvência;
Fraude à execução.
Superior Tribunal de Justiça
Súmula nº 375
O reconhecimento da fraude à execução
depende do registro da penhora do bem
alienado ou da prova de má-fé do terceiro
adquirente.
Fraude à execução.
Superior Tribunal de Justiça
Recurso Especial Repetitivo.
Requisitos para reconhecimento da fraude à
execução. (Tema: 243)
REsp 956.943-PR, Rel. originária Min. Nancy
Andrighi, Rel. para acórdão Min. João Otávio de
Noronha, julgado em 20/8/2014.
TESES STJ
EDIÇÃO Nº 44 – bem de família
11) Afasta-se a proteção conferida pela Lei n. 8.009/90 ao bem de
família, quando caracterizado abuso do direito de propriedade,
Formas de defesa na execução.
1) Impugnação ao cumprimento (artigo 525, CPC); 2) Embargos à execução (artigo 917, CPC);
3) Exceção de pré-executividade (artigo 518, CPC);
4) Defesa na penhora de dinheiro em depósito ou aplicação financeira, penhora on line (artigo 854, CPC);
5) Incidente de substituição da penhora (artigo 847, CPC);
6) Incidente de desconsideração da personalidade jurídica (artigo 133, CPC) e demais formas de intervenção de terceiro;
7) Ação autônoma substitutiva dos antigos embargos de segunda fase (artigo 903, § 4º, CPC);