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ESTAÇÃO DE AVISOS DE ENTRE DOURO E MINHO. Circular nº VINHA

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ESTAÇÃO DE AVISOS DE ENTRE DOURO E MINHO

Circular nº 04 10. 04. 2012

VINHA

MÍLDIO

As vinhas constituídas pelas castas Avesso, Alvarinho, Borraçal, Loureiro e outras de rebentação mais precoce, já apresentam um estado de desenvolvimento que as torna sensíveis às infecções de míldio. Nesta altura já se observou a maturação dos oósporos em alguns locais.

As condições meteorológicas registadas na nossa rede de estações até ao dia 9 de Abril, não atingiram os valores necessários para que se dessem as primeiras infecções.

Contudo, no dia 10, já se verificaram condições favoráveis.

Recomenda-se, nas vinhas mais adiantadas, a realização de um tratamento até ao dia 14, com um fungicida de acção curativa+preventiva.

OÍDIO

Nas vinhas que já apresentam o desenvolvimento de cachos separados, recomenda-se a realização do primeiro

tratamento. Pode dar preferência à utilização de um fungicida à base de enxofre (em pó polvilhável ou molhável).

PODRIDÃO NEGRA (BLACK- ROT)

O Instituto de Meteorologia prevê para esta semana a possibilidade de tempo instável (chuva) e temperatura mínima baixa. Estas condições podem propiciar infecções de black- rot, nas vinhas mais desenvolvidas. Nas vinhas em que em anos anteriores têm surgido ataques desta doença, deverá fazer um primeiro tratamento nesta altura.

Os fungicidas autorizados encontram-se referidos nas tabelas de fungicidas anexas a esta circular.

POMÓIDEAS

PEDRADO

SITUAÇÃO

Verificou-se o aparecimento das primeiras manchas de pedrado no passado dia 4 de Abril, na região de Amares, tendo sido o ataque bastante intenso em algumas variedades.

No passado fim-de-semana, voltaram a verificar-se condições favoráveis. O Instituto de Meteorologia prevê para esta semana tempo frio e chuvoso, o que pode proporcionar novas contaminações.

RECOMENDAÇÕES

Recomenda-se que faça de imediato uma nova protecção do pomar, dando preferência a um fungicida com acção preventiva+curativa, que seja eficaz a baixas temperaturas. (Consulte a tabela anexa à Circular Nº 3).

DIVISÃO DE PROTECÇÃO E CONTROLO FITOSSANITÁRIO ESTAÇÃO DE AVISOS DE ENTRE DOURO E MINHO Quinta de S. Gens Estrada Exterior da Circunvalação, 11 846 4460 – 281 SENHORA DA HORA

Telefone: 229 574 010/ 16 Fax: 229 574 029 E-mail: avisos.edm@drapn.min-agricultura.pt

(2)

PRINCÍPIOS DA PROTECÇÃO CONTRA O PEDRADO DAS MACIEIRAS

São três objectivos principais da luta química contra o pedrado das pomóideas:

 evitar a instalação da doença durante o período de contaminações primárias;

 posicionar os tratamentos de modo preventivo, o mais próximo possível dos períodos de risco;

 limitar o aparecimento de resistências, praticando uma alternância de produtos tão larga quanto possível, durante todo o período em que é necessário fazer tratamentos contra o pedrado.

Deve haver a maior preocupação em realizar tratamentos de qualidade

 dispor dos meios materiais e humanos necessários para fazer os tratamentos no momento certo;

 dispor de material de aplicação em boas condições, correctamente regulado;

 fazer uma cobertura completa de todas as árvores, não deixando partes do pomar por tratar;

 respeitar as doses recomendadas;

 seguir as indicações e recomendações transmitidas pela Estação de Avisos para o tratamento contra o pedrado.

ARANHIÇO VERMELHO

Já observámos formas móveis deste aranhiço nas folhas. Deve fazer a estimativa do risco e tratar se for aingido o Nivel Económico de Ataque, que nesta altura é de 50 a 65% de folhas ocupadas.

PIOLHO CINZENTO E PIOLHO VERDE

Já observámos a presença destes dois piolhos nos pomares.

Deve fazer a avaliação do risco de ataque destes afídeos e tratar se for atingido o Nível Económico de Ataque e que é de 1 a 2% de raminhos infestados para o piolho cinzento e de 15% de rebentos infestados para o piolho verde.

Forte ataque de piolho verde em raminho do ano de macieira, com enrolamento das folhas

PRUNÓIDEAS CEREJEIRA

MONILIOSE

Nesta região são muito frequentes os ataques desta doença nas flores e frutos, principalmente nas variedades mais sensíveis, sempre que ocorrem chuvas entre os estados fenológicos de botões separados e floração. O tratamento contra esta doença deve ser feito preventivamente.

Ao prever-se a ocorência de chuva, deverá ser feito um tratamento com um fungicida à base de bitertanol, enxofre, fenebuconazol, boscalide, tirame ou zirame.

Raminho floral de cerejeira destruído pela moniliose

PESSEGUEIRO

LEPRA DO PESSEGUEIRO

Até final de Março, as condições não foram muito favoráveis para o desenvolvimento da doença, que prefere as situações de tempo húmido e chuvoso. Os tratamentos contra a lepra, para serem eficazes, deverão ser feitos preventivamente, sempre que se preveja a ocorrência de tempo frio e chuvoso.

Nas intervenções contra a lepra durante a vegetação, devem utilizar-se fungicidas orgânicos (dodina, metirame, tirame, zirame), ou enxofre, pois o cobre é fitotóxico para a vegetação do pessegueiro.

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BATATEIRA

MÍLDIO

Os batatais plantados a meados de Março, emergiram no início de Abril.

Nas batateiras nascidas no início de Março, já se completou o 2º ciclo de desenvolvimento do míldio, contudo ainda não se verificaram condições de infecção. Atendendo à instabilidade do tempo previsto pelo Instituto de Meteorologia para esta semana, recomenda-se para estas batateiras, a realização de um tratamento, podendo utilizar um fungicida com acção preventiva.

.

PRINCÍPIOS DA PROTECÇÃO CONTRA O MÍLDIO DA BATATEIRA

O míldio da batateira, causado pelo fungo Phytophtora infestans (Mont.) de Bary, pode causar enormes prejuízos e mesmo a destruição completa da cultura. É necessária uma vigilância rigorosa das parcelas. As infecções podem rapidamente atingir e destruir um batatal.

Factores que favorecem a instalação e progressão da doença

 condições meteorológicas com humidade elevada e temperaturas acima de 10o C

 terrenos sombrios

 terrenos com má drenagem do ar

 folhagem muito desenvolvida e densa

 solos pesados e húmidos

 existência de rebentos provenientes de batatas deixadas no solo da colheita anterior ou de restos de plantações destruídas pelo míldio e que não foram colhidas

 existência de plantas infectadas na proximidade

Medidas preventivas

 plantar variedades menos sensíveis à doença

 cultivar diversas variedades

 usar batata-semente sã, certificada

 evitar um desenvolvimento excessivo da folhagem (diminuir a adubação azoto)

 proceder à amontoa, o que diminui o risco de infecção dos tubérculos

 colher com tempo seco

 eliminar os rebentos provenientes de batatas deixadas no solo da colheita anterior

 não deixar no campo os restos da cultura.

(Todos os anos, os restos de rama e batatas deixadas nos campos quando da colheita, estão na origem das infecções precoces pelo míldio da batateira. Um monte de rama deixado no campo pode infectar a cultura no ano seguinte num raio de mais de 500 metros em volta. Estes resíduos da

cultura podem, além do míldio, disseminar outras doenças da batateira como a fusariose, a podridão mole ou a podridão aquosa).

 fazer um bom controlo, de preferência mecânico, das infestantes.

Luta directa (luta química)

 É realizada por aplicação de fungicidas com modo de acção preventivo, preventivo-curativo, curativo, erradicante.

 em agricultura biológica, o cobre é o único meio eficaz de luta contra o míldio permitido, aplicado preventivamente.

 o cobre é um fungicida de contacto. A folhagem só fica protegida se estiver suficientemente coberta de um depósito de calda antes das infecções (e antes das chuvas). Todas as folhas novas que nascem após a aplicação do fungicida, ficam desprotegidas, pelo que devem ser cobertas de novo tratamento à base de cobre antes das chuvas seguintes.

 Uma calda à base de cobre é lavada por 20 mm de chuva continuada ou por 25 mm de chuva acumulada.

 para avaliar a situação do míldio no campo, é necessário fazer visitas e observações cuidadas às plantações. Esta operação, longe de ser uma perda de tempo, permite evitar surpresas desagradáveis.

 devem-se regular correctamente os pulverizadores, bem como a velocidade dos tractores, de modo a obter uma boa penetração do fungicida no interior da folhagem.

 devem respeitar-se as doses indicadas nos rótulos dos fungicidas.

EPITRIX (ÁLTICA OU PULGUINHA)

Esta praga ataca inicialmente a rama, e só mais tarde, as larvas que se desenvolvem no solo, podem causar estragos na superfície das batatas.

A produção destinada à exportação terá que ser escovada ou lavada, para evitar a introdução do parasita.

Nesta altura ainda não observámos sintomas nos batatais. O tratamento contra esta praga deve ser feito se for detectada a sua presença no batatal. Os insecticidas autorizados para este efeito são acetamiprida (EPIK SG), bifentrina (TALSTAR) e tiaclopride (CALYPSO).

Consulte o boletim técnico do INIA em http://www.inrb.pt/fotos/editor2/inia/informacao_tecnica/bt_04.pdf

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Galerias superficiais aberts na superfície da batata pela larva da pulguinha da batateira (Epitrix similaris

Gentner)

CONTROLO DE INFESTANTES ALGUMAS MEDIDAS CULTURAIS

 A rotação adequada das culturas pode contribuir de modo eficaz para o combate às infestantes. Algumas culturas são mesmo consideradas de limpeza das infestantes na rotação. É o caso do prado temporário para corte (leguminosa X gramínea). O efeito directo destes cortes regulares sobre as infestantes junta-se ao efeito indirecto da diminuição de sementes no solo por as plantas serem impedidas de dar semente.

 A prática de falsas sementeiras pode ter um grande interesse para se obter o controlo eficaz das infestantes. A falsa sementeira consiste na preparação do solo antes da instalação da cultura, deixando nascer uma camada de ervas infestantes, que serão destruídas enquanto pequenas, por uma gradagem, instalando-se a seguir a cultura.

 No caso da batateira, práticas como a falsa sementeira, realizar a plantação da batata mais cedo, de modo a ter o solo coberto pela rama das batateiras antes que as infestantes possam crescer, proceder a uma amontoa com as batateiras ainda pequenas, são essenciais para o controlo das infestantes.

 É necessário ter em conta que um solo bem preparado e bem nivelado é essencial para a qualidade do trabalho dos utensílios usados no controlo mecânico das infestantes.

NOGUEIRA

BACTERIOSE

Nesta altura, a maioria das variedades de nogueira já apresentam um desenvolvimento que as torna susceptíveis aos ataques de bacteriose.

Atendendo às previsões do Instituto de Meteorologia para os próximos dias, recomenda- se a aplicação de um

tratamento à base de cobre.

_______________________

Assinalado com um raminho novo de nogueira do ano anterior encurvado e seco, consequência de ataque de bacteriose.

HORTÍCOLAS

NEMÁTODES

Os nemátodes mais prejudiciais nas culturas hortícolas são os nemátodes-de-galhas- radiculares do género Meloidogyne. Têm importância secundária os nemátodes-de-quisto dos géneros Globodera e Heterodera.

Os nemátodes do género Globodera são pouco abundantes nas amostras colhidas no EDM nos últimos anos, como mostrou um estudo recente realizado no Laboratório de Protecção das Culturas. o que leva a pensar que será possível obter um controlo fitossanitário satisfatório destes nemátodes de quarentena. Menos frequente ainda, é a presença de nemátodes do género Heterodera.

Pelo contrário, é preocupante a situação dos nemátodes filiformes, que no mesmo estudo, aparecem em 80% das amostras de terra, tanto de culturas de ar livre como de estufas. Destes, os mais abundantes parecem ser os do género Meloidogyne, identificados em cerca de 20% das amostras de terra colhidas para a realização do referido estudo.

Os danos provocados pelos nemátodes são geralmente pouco visíveis ou são atribuídos a outras causas, mas de facto, podem originar sérias perdas de produtividade nas culturas hortícolas.

Esta situação torna necessário proceder a análises de solo para detecção da presença de eventuais infestações de nemátodes e tomar as medidas de prevenção e controlo adequadas.

_____________________________________________________

Consulte a Ficha Técnica nº 7 (II Série) – Os sintomas dos nemátodes http://www.drapn.min- agricultura.pt/drapn/conteudos/ft2010/ficha_tecnica_07_2008.pdf e http://www.drapn.min-agricultura.pt/drapn/lpc/texto_nematodes.php

Produtos fitofarmacêuticos indicados nesta circular, de acordo com a informação disponível no sítio web http://www.dgadr.pt (09.04.2012)

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FUNGICIDAS HOMOLOGADOS PARA O COMBATE AO MÍLDIO DA BATATEIRA EM 2012 FUNGICIDAS ANTI-MÍLDIO SISTÉMICOS + CONTACTO OU SUPERFÍCIE

Substância activa Designação comercial Frases de risco

P. I.

Agric.

Bioló- gica I. S.

(dias)

Modo de acção

P C E

benalaxil + mancozebe

GALBEN M

R37+R43; R50/53 SIM NÃO 14 X X X

TRECATOL M benalaxil-M +

mancozebe

FANTIC M

R37+R43; R50/53 SIM NÃO 14 X X -

CAPRI M SIDECAR M STADIO M cimoxanil+folpete

VITIPEC R36+R40+R43;R50/53

SIM NÃO 7 X X -

VITIPEC AZUL

VITIPEC WG ADVANCE R36+R100+R40;R50/53 SYGAN S

cimoxanil+folpete+

metalaxil EKYP TRIO AZUL R20+R36+R43+R40;R50/53 SIM NÃO 14 X X -

cimoxanil+folpete+

mancozebe

MILTRAT R20+R40+R43;R50/53 SIM NÃO 7 X X -

MILTRIPLO

SYGAN LS R36+R43+R40+R63;R50/53

cimoxanil+ mancozebe

DUETT-M

R37+R43;R50/53

SIM NÃO 7 X X -

CIMOFARM MICENE PLUS MICENE PLUS AZUL REMILTINE TORERO CIMORAME M MAGMA DUPLO CIMAZUL

CURZATE M DF R37+r42/43; r50/53

TORERO WG ADVANCE R37+R43;R50/51

VIRONEX M R37+R43;R51/53

cimoxanil+ metirame CIMORAME R48/22+r43; r50/53 SIM NÃO 21 X X -

cimoxanil+oxicloreto

de cobre + propinebe MILRAZ COBRE R22+R48/20/22+R43; R 50/53 SIM NÃO 14 X X -

cimoxanil+ propinebe MILRAZ R20+R48/20/22+R43;R50/53 SIM NÃO 14 X X -

fluopicolida+

propamocarbe VOLARE R43; R50/53 SIM NÃO 14 X - -

mancozebe+ metalaxil

CYCLO R37/38+R43;R50/53 SIM NÃO

14 X X -

SABRE M R36/37/38+R43;R50/53

ARMETIL M

NÃO NÃO

EKYP MZ R36/37/38+R43;R51/53

CRUZADO MZ -

mancozebe+

metalaxil-M

RIDOMIL GOLD MZ PÉPITE R37+R43;R50/53 SIM NÃO 14 X X -

ROXAM MZ WG metalaxil+ cobre

(oxicloreto) CUPRAXIL R22; R51/53 SIM NÃO 14 X X -

FUNGICIDAS ANTI-MÍLDIO PENETRANTES OU PENETRANTES+CONTACTO

ciazofamida RANMAN R50/53 SIM NÃO 7 X - -

cimoxanil+

famoxadona

EQUATION PRO

R22+R48/22+R100; R 50/53 SIM NÃO 14 X X - GALACTICO

cimoxanil+ cobre (oxicloreto)

VITIPEC C WG ADVANCE R22+R36; R51/53

NÃO NÃO 7 X X -

CIMOFARM C R22+R36+R42/43; R50/53

INACOP PLUS AZUL ; R22+ R25+R36+R43; R50/53

CIMONIL C R22+R36+R43; R50/53

VITIPEC C R23+R22+R36+R43; R50/53

dimetomorfe +

mancozebe PARA-AT R36/37/38+R43;R50/53 SIM NÃO 7 X X -

dimetomorfe+

piraclostrobina CABRIO TEAM CABRIO DUO R22+R38; R50/53 SIM NÃO 7 X X -

mancozebe+ zoxamida ADERIO - SIM NÃO 7 X - -

mandipropamida REVUS R51/53 SIM NÃO 21 X X

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FUNGICIDAS HOMOLOGADOS PARA O COMBATE AO MÍLDIO DA BATATEIRA EM 2012 FUNGICIDAS ANTI-MÍLDIO DE CONTACTO OU DE SUPERFÍCIE

Substância activa Designação comercial Frases de risco P. I. A. B. I. S.

(dias)

Modo de acção

P C E

captana

MERPAN 480 SC R36+R43+R40;R50

SIM NÃO 7 X - -

MERPAN 80 WG

R23+R41+R43+R40;R50 CAPTANA SAPEC DF

CAPTANA SAPEC 83 CAPTANA SELECTIS PERCAPTA CAPTAN

R20+R41+R43+R40;R50 MALVIN 83 WP

clortalonil BRAVO 500 R36/37+R43+R40; R50/53 SIM NÃO 14 X - -

cobre (hidróxido) 

FITOCOBRE

SIM SIM 7 X - -

KADOS R22+R41; R50

KOCIDE 2000 R22+R51; R50

KOCIDE 35 DF

VITRA 40 MICRO R22+R41+R38; R50

GYPSY 50 WP R20/22+R36/38; R50/53

CHAMPION WP R20+R41;R50/53

MACC 50

CHAMPION FLOW R20/22; R50/53

COPERNICO 25% HIBIO R41;R50

HIDROTEC 20% HI BIO

HIDROTEC 50% WP R20/22; R36; R50/53

CHAMPION WG R20/22+R41; R50/53

CHAMP DP R22+R36; R50/53

KOCIDE OPTI R22; R50/53

cobre (oxicloreto) +

iprovalicarbe MELODY COBRE R22+R36+R100; R50/53 SIM NÃO 14 X X -

cobre (sulfato de cobre e cálcio – mistura

bordalesa )

BORDEAUX CAFFARO 13 R20; R50/53

SIM SIM 7 X - -

CALDA BORDALESA QUIMIGAL R36; R50/53 CALDA BORDALESA RSR R20+R41; R51/53 CALDA BORDALESA QUIMAGRO R22+R36; R51/53

CALDA BORDALESA SELECTIS R51/53

CALDA BORDALESA VALLES R41; R51/53 CALDA BORDALESA CAFFARO 20 R20; R51/53 CALDA BORDALESA NUFARM R41; R51/53

CALDA BORDALESA SAPEC R51/53

cobre(sulfato)

SULF. DE COBRE CRISTAL SAPEC

R22+R36/38; R50/53 SIM SIM 7 X - -

SULFATO DE COBRE COMBI SULFATO DE COBRE CADUBAL

cobre (sulfato tribásico) CUPROXAT R50/53; R100 SIM NÃO 7 X - -

fluaziname SHIRLAN NANDO 500 SC R36+R43+R63; R50/53 R36+R43; R50/53 SIM NÃO 7 X - -

folpete

FOLPAN 500 SC R20+R36+R43+R40; R50

SIM NÃO 7 X - -

FOLPAN 80 WDG R36+R43+R40; R50

FOLPETIS WG FOLPAN 50 WP

R20+R36+R43+R40; R50 FOLPEC 50 AZUL

BELPRON F-50 FOLPEC 50

mancozebe

PENCOZEB DG R37+R43+R100; R50/53

SIM NÃO 7 X - -

DITHANE NEOTEC R43+ R37; R50/53

NUFOSEBE 75 DG MANFIL 75 WG

R37+R42/43; R50/53 STEP 75 WG

FUNGITANE

PENNCOZEB 80 MANCOZAN

MANCOZEBE SAPEC R36/37+R43

MANCOZEBE SELECTIS NUFOZEBE 80 WP

R37+R42/43; R50/53 NUTHANE

FUNGITANE AZUL DITHANE M-45 FUNGÉNE

MANGAZEB R37+R43; R50/53

MANCOZEB 80 VALLÉS

CAIMAN WP R36/37+R42+R100; R50/53

MANFIL 80 WP R36/37+R43; R50/53

MANZENE R37+R43; R50/53

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NOTAS

P.I. – Protecção/ Produção Integrada; A.B. – Agricultura biológica; I.S. – Intervalo de segurança Modo de acção: P – Preventivo; C – curativo; E – erradicante

 não efectuar mais de 2 aplicações por ano com fungicidas com o mesmo modo de acção.

 Não efectuar mais de 3 tratamentos em cada ano, alternando com produtos de outras famílias.

 em esgotamento de existências até 31/12/2012

 em esgotamento de existências até 30/06/2012

 aplicar com tempo húmido e temperatura mínima superior a 100 C

 aplicar com tempo chuvoso

Fonte: http://www.dgadr.pt/docs_pdf/GUIA_2011/GPF_2011_SITE.pdf ; http://www.dgadr.pt (24.02.2012)

COMO INTERPRETAR AS ABREVIATURAS DAS FRASES DE RISCO NESTA TABELA:

Tomemos como exemplo o produto FUNGITANE AZUL (mancozebe). Na coluna em frente a este nome, encontramos as abreviaturas R37+R42/43; R50/53, correspondentes a outras tantas frases de risco relativas a este produto.

Procurando nas listas de FRASES DE RISCO e de COMBINAÇÕES DE FRASES DE RISCO, encontramos a seguinte correspondência:

Frase de risco R37 – Irritante para as vias respiratórias

Combinação de frases de risco R42/43 – Pode causar sensibilização por inalação e em contacto com a pele Combinação de frases de risco – R50/53 – Muito tóxico para os organismos aquáticos, podendo causar efeitos nefastos a longo prazo no ambiente aquático.

Temos assim informações toxicológicas relevantes acerca deste produto, podendo tomar as medidas de protecção e de precaução adequadas na sua utilização.

Estação de Avisos de Entre Douro e Minho/Março/ 2012

Forte ataque de míldio da batateira

metirame POLYRAM DF R43+R48/22; R50/53 SIM NÃO 21 X - -

propinebe ANTRACOL R20+R43+R48/20/22;R51/53 SIM NÃO 14 X - -

FUNGICIDAS ANTI-MÍLDIO DE CONTACTO OU DE SUPERFÍCIE + SISTÉMICOS

Substância activa Designação comercial Frases de risco P. I. A. B. I. S.

(dias)

Modo de acção

P C E

cobre (oxicloreto)+

metalaxil CUPRAXIL R22; R51/53 SIM NÃO 14 X X -

2 2

(8)

FUNGICIDAS HOMOLOGADOS PARA O COMBATE À PODRIDÃO CINZENTA (BOTRYTIS) NA VIDEIRA EM 2012 Substância activa Designação comercial Frases de risco P.I. A.B. I.S.

(dias) Modo de acção

Bacillus subtilis SERENADE MAX - SIM(1) NÃO (3) Superfície/

boscalide (2) CANTUS R51/53 NÃO

NÃO

28 Sistém./Preventivo ciprodinil (2) CHORUS 50 WG

R100; R50/53

SIM

14 Superfície/

Sistémico/ Preven- tivo/Curativo

ciprodinil+fludioxonil (4) SWITCH 62.5 WG 14

fenehexamida (5) TELDOR R51/53 21 Superfície/

Preventivo SONAR

iprodiona (6) ROVRAL AQUAFLOW R40; R51/53 21 Superfície/Preventi-

vo/ curativo

mepanipirime (2) FRUPICA R43; R50/53 21 Sistémico/Preventi-

vo / curativo pirimetanil (2)

SCALA R52/53

21

Penetrante transla- minar /Preven- tivo/Curativo

CLASS R51/53

tiofanato-metilo (7) TOCSIN WG R20/22+R36+R43+R68; R51/53 35 Sistémico/Preventivo

e curativo FUNGICIDAS HOMOLOGADOS PARA O COMBATE AO OÍDIO DA VIDEIRA EM 2012

Substância activa Designação comercial Frases de risco P.I. A.B. I.S.

(dias) Modo de acção azoxistrobina

(8) (9)

QUADRIS

R50/53

SIM

NÃO

21 Sistémico/

translaminar Preventivo/curativo QUADRIS G

azoxistrobina+ folpete

(8) (9)(10) QUADRIS MAX R22+R40+R100; R50/53 42 Misto/Translam./

Prevent./ curativo boscalide+cresoxime-

metilo (8) COLLIS R40; R51/53 35 Sistémico pene-

trante/ translaminar Preventivo cimoxanil+flusilazol+

folpete (10) (11)

VITIPEC DUPLO

R20+R36+R43+R40+R61; R50/53 NÃO 42 Superfície/ Penetr./

Sistémico/ IBS Preventivo/curativo VITIPEC DUPLO AZUL

cimoxanil+propinebe+

tebuconazol (11) MILRAZ COMBI R31; R48/20/22+R43; R50/53

SIM

56 Superfície/

Sistémico/ IBS Preventivo/curativo cimoxanil+folpete+

tebuconazol (10) ENIGMA DUO R20+R36+R40+R63; R50/53 42

cresoxime-metilo (8) STROBY WG R40; R50/53 35 Penetrante/

Preventivo/curativo

enxofre (12)

COSAN WDG

Não referidas

SIM (3) Superfície/

Preventivo/ curativo STULLN

ENX. MICRONIZADO AGROQUISA ENX. MOLHÁVEL ORMENTAL ENXOFRE MOLHÁVEL CC ENXOFRE MOLHÁVEL SELECTIS BAGO DE OURO

PROTOVIL FLOR DE OURO PÓ D'OURO

ENXOFRE BAYER WG ENXOFRE F-EXTRA STULLN ADVANCE SUFREVIT

MICROTHIOL SPECIAL DISPERSS STULLN FL

R43 ENXOFRE FLOW SELECTIS

KUMULUS S ALASKA MICRO THIOVIT JET SUPER SIX

R37+R100 COSAN ACTIVE FLOW

LAINXOFRE L

HÉLIOSOUFRE R41+R37

VISUL R36/37/38+R100

HEADLAND SULPHUR R100

COSAN WP R37

(9)

FUNGICIDAS HOMOLOGADOS PARA O COMBATE AO OÍDIO DA VIDEIRA EM 2012 (CONTINUAÇÃO) Substância activa Designação comercial Frases de risco P.I. A.B. I.S.

(dias) Modo de acção

enxofre (12)

FLOR DE OURO 98,5%

-

SIM

SIM (3) Superfície/

Preventivo/ curativo BAGO DE OURO 98,5%

ENXOFRE PALLARÉS 80 WG R20+R43

espiroxamina PROSPER R22+R41+R38+R100; R50/53

NÃO

35 Sistémico/

Preventivo

fenebuconazol POLKA R65+R36/38+R66; R51/53 28

Sistémico/ IBS Preventivo/ Curativo

INDAR 5EW R36+R100; R51/53

flusilazol (13)

NUSTAR 40 EC R63+R40+R22; R51/53

NÃO 14

OLYMP 10 EW R100+R40+R63; R51/53

VITE 10 EW folpete+piraclostrobina

(8) (10) CABRIO STAR R36/38+R43+R40; R50/53

SIM

42 Superf./Penetrante/

Prevent./Curativo

metrafenona (14) VIVANDO R51/53 28 Penetrante/

Prevent./Curativo

meptildinocape (15) KARATHANE STAR - 21 Superfície/ Preven-

tivo/ Curativo

miclobutanil (13)

SELECTANE R10; R37/38+R41+R43+R63+

+R65+R66+R67; R51/53

21

Sistémico/ IBS Preventivo/ Curativo

SYSTHANE 45 EW R63; R50/53

RALLY R10; R37/38+R41+R63+R65+

+R66+R67; R52/53 miclobutanil+

quinoxifena (13) ARITHANE R43+R63; R50/53 28

penconazol (13)

TOPAZE R36; R51/53

14

DOURO R51/53

PENCOL

piraclostrobina (2) CABRIO R22+R36; R50/53 35 Penetrante/Transl.

Prevent./Curativo

proquinazida (15) TALENDO R38+R41+R40; R51/53 28

Penetrante/

Preventivo

quinoxifena (15) ARIUS VENTO 25 SC R43; R50/53 21

tebuconazol (13)

ENIGMA R38+R41+R43+R63; R51/53

7

Sistémico/ IBS Preventivo/

Curativo TEBUTOP GOLD

AKORIUS

R36+R63; R51/53 TEBUTOP

FEZAN FRUTOP 25 EW

RIZA R36/37+R63; R50/53

TEMPLO EW R22+R37/38+R63; R51/53

ORIUS 20 EW R63; R52/53

HORIZON R20/22+R41+R63; R51/53

LIBERO TOP R43+R63; R51/53

FOX WG ADVANCE R63; R51/53

MYSTIC 25 WG

SPARTA R36+R63; R50/53

MYSTIC 250 EC R36+R40+R41+R61 ; R51/53

ERASMUS tebuconazol+trifloxistro

bina (13) FLINT MAX 35

tetraconazol DOMARK EMINENT 125 R38+R65+R67; R52/53 R52/53 14

trifloxistrobina (8) FLINT R43; R50/53 35 Sistémico/

Preventiv/Curativo CONSIST

FUNGICIDAS HOMOLOGADOS PARA O COMBATE À PODRIDÃO NEGRA (BLACK-ROT) NA VIDEIRA EM 2012 Substância activa Designação comercial Frases de risco P.I. A.B. I.S.

(dias) Modo de acção

azoxistrobina (8) QUADRIS

R50/53

SIM NÃO

21 Sistémico/

Preventivo/ Curativo QUADRIS G

azoxistrobina+folpete

(8) (9)(10) QUADRIS MAX R22+R40+R100; R50/53 42 Superfície/

Sistémico/

Preventivo/ Curativo

(10)

FUNGICIDAS HOMOLOGADOS PARA O COMBATE À PODRIDÃO NEGRA (BLACK-ROT) NA VIDEIRA EM 2012 (CONTINUAÇÃO) Substância activa Designação comercial Frases de risco P.I. A.B. I.S.

(dias) Modo de acção bentiavalicarbe (éster

isopropílico)+

mancozebe (16) VALBON R43+R40+R63; R50/53

SIM NÃO 28

Superfície/

Penetrante

Preventivo/ Curativo mancozebe+metalaxil-

M

ROXAM MZ WG

56 Superfície/

Sistémico/

Preventivo/ Curativo RIDOMIL GOLD MZ PÉPITE R37+R43; R50/53

tebuconazol+trifloxis-

trobina (13) (17) FLINT MAX Sistémico/ IBS

Preventivo/Curativo

trifloxistrobina (1)(8) FLINT R43; R50/53 35 Sistémico/

Preventivo/Curativo FUNGICIDAS HOMOLOGADOS PARA O COMBATE À ESCORIOSE NA VIDEIRA EM 2012

Substância activa Designação comercial Frases de risco P.I. A.B. I.S.

(dias) Modo de acção

azoxistrobina (8) QUADRIS R50/53

SIM

NÃO

21 Sistémico/

Preventivo/ Curativo QUADRIS G

azoxistrobina+folpete

(8) (9)(10) QUADRIS MAX R22+R40+R100; R50/53 42 Superfície/

Sistémico/

Preventivo/ Curativo fosetil-

alumínio+mancozebe

MAESTRO M

R32; R37+R43; R50/53 56 Misto/ Sistémico/

Preventivo/ Curativo ZETYL MZ

MILAGRO

MILDOR EXTRA MZ R32; R36/37+R43; R50/53

enxofre DIVERSOS (ver acima) SIM (3)

Superfície/

Preventivo folpete

FOLPAN 500 SC

R20+R36+R43+R40; R50

NÃO 42 FOLPAN 50 WP

FOLPEC 50 FOLPEC 50 AZUL BELPRON F-50

FOLPAN 80 WDG R36+R43+R40; R50

FOLPETIS WG

folpete+fosetil-alumínio

RHODAX FLASH R22+R36+R40+R100; R50/53

Superfície/

Sistémico/

Preventivo/ Curativo

MAESTRO F R22+R36/38+R43+R40+R100;

R50/53

MAESTRO F AZUL R20+R41+R43+R40; R50/53

ZETYL COMBI AZUL R32+R20+R41+R43+R40; R50/53

ZETYL COMBI R32;R36/37+R43+R40; R50/53

mancozebe

PENCOZEB DG R37+R43+R100; R50/53

56

Superfície / Preventivo

DITHANE NEOTEC R43+ R37; R50/53

NUFOSEBE 75 DG MANFIL 75 WG

R37+R42/43; R50/53 STEP 75 WG

PENNCOZEB 80 MANCOZAN

MANCOZEBE SAPEC R36/37+R43

MANCOZEBE SELECTIS

NUFOZEBE 80 WP R37+ R42/43; R50/53

FUNGITANE (18)

R37+R42/43; R50/53 FUNGITANE AZUL (18)

FUNGÉNE DITHANE M-45 NUTHANE

MANGAZEB R37+R43; R50/53

MANCOZEB 80 VALLÉS

CAIMAN WP R36/37+R42+R100; R50/53

MANFIL 80 WP R36/37+R43; R50/53

MANZENE R37+R43; R50/53

metirame POLYRAM DF R43+R48/22; R50/53

metirame+

piraclostrobina CABRIO TOP R22+R48/22+R38+R100; R50/53 Superfíc./Penetrante

Preventivo/ Curativo

propinebe ANTRACOL R20+R43+R48/20/22; R51/53 63 Superfície/

Preventivo

(11)

LEGENDA:

P.I. – Protecção Integrada; A. B. – agricultura biológica; I.S. – Intervalo de segurança

(1) Autorizado apenas em P.I. (Protecção Integrada)

(2) Não efectuar mais que um tratamento por ano com este produto ou com outro com o mesmo modo de acção.

(3) O Intervalo de Segurança não é necessário em videira.

(4) Não efectuar mais de 2 tratamentos com este produto, não recorrendo a outro fungicida com base em anilinopirimidinas.

(5) Não realizar mais de 2 tratamentos, o 1º à floração-alimpa e o 2º ao pintor.

(6) Não aplicar este fungicida ou outro com o mesmo modo de acção (dicarboximida) mais de 1 a 2 vezes por ano.

(7) Só em uvas para vinificação, e apenas uma aplicação por ano; não aplicar em videiras de uva de mesa.

(8) Não efectuar mais de 3 tratamentos, por ano e no total das doenças, com este ou outro fungicida do mesmo grupo.

(9) Este produto destina-se a proteger simultaneamente a videira do míldio e do oídio.

(10) Não aplicar em videiras para uva de mesa.

(11) Para protecção simultânea contra míldio e oídio. Não efectuar mais de 3 tratamentos com este ou outro fungicida do grupo dos DMI antes do fecho dos cachos, alternando o seu uso com fungicidas com outro modo de acção.

(12) A usar no período pré-floral. Depois da floração, apenas em vinha em ramada ou videiras de castas pouco susceptíveis ao oídio.

(13) Tratar a partir dos cachos visíveis, a intervalos máximos de 2 semanas, não efectuando mais de 3 tratamentos posicionados antes do fecho dos cachos e alternando o seu uso com fungicidas com outro modo de acção.

(14) Número máximo de tratamentos é de 3, não realizando mais de duas aplicações consecutivas devendo ser praticada a alternância com fungicidas com outros modos de acção.

(15) efectuar um máximo de 4 tratamentos por ano.

(16) Não efectuar mais de 3 tratamentos, por ano, com este produto ou outro do mesmo grupo.

(17) para evitar o desenvolvimento de resistências, não aplicar este produto ou qualquer outro que contenha Qol, mais de 2 tratamentos por

cultura e por ano.

(18) em esgotamento de existências até 31/12/2012

Fontes: Guia dos Produtos Fitofarmacêuticos 2011 – DGADR; Guia dos Produtos Fitofarmacêuticos em Modo de Produção Biológico 2011 – DGADR; Listas de produtos fitofarmacêuticos e Níveis económicos de ataque aconselhados em protecção integrada; www.dgadr.pt (29.03.2012).

_______________________________________________________________________________________________________________________

_____________________________________________________________________________

Desenhos de Mario Baggiolini

(12)

DIVULGAÇÃO

A LEPRA DO PESSEGUEIRO

(Taphrina deformans (Berk.) Tul.)

A lepra do pessegueiro é uma doença que pode causar graves prejuízos aos pessegueiros, quer sejam pubescentes ou glabros (nectarinas). É a doença causada por um fungo mais comum nos pessegueiros, sobretudo na região de Entre Douro e Minho, devido às condições de humidade óptimas ao seu desenvolvimento desde a rebentação. A lepra do pessegueiro deve o seu nome

aos empolamentos característicos das folhas atingidas.

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Aspecto geral de um pomar de pessegueiros afectado pela lepra (folhas deformadas e queda acentuada de folhas).

Ramo de pessegueiro com folhas deformadas por ataque de lepra.

Raminho novo com as folhas ligeiramente deformadas no início da infecção pelo fungo causador da lepra.

Jovem fruto deformado por ataque de lepra. O desenvolvimento deste fruto está já comprometido.

(13)

EFEITOS DA DOENÇA NA CULTURA

A lepra do pessegueiro ataca as folhas, os rebentos e mais raramente a flores e os frutos. A doença pode afectar apenas algumas folhas ou atingir quase totalmente a folhagem. As folhas infectadas distinguem-se pela cor acentuadamente mais avermelhada ou mais pálida que o normal e tomam um aspecto, empolado, torcido e enrolado, além de ficarem mais espessas e quebradiças.

As folhas que não caírem logo no início da Primavera vão ficando acastanhadas, enrolam em espiral e caem no início do Verão. Após esta queda prematura das folhas, os gomos darão origem a novas folhas, o que contribui para enfraquecer a árvore. Por vezes os gomos terminais são também atingidos, ficando mais curtos e enrolados. Tomam uma cor verde pálido ou amarela, dão apenas folhas encarquilhadas e acabam por secar.

As flores afectadas geralmente abortam e não chegam a dar frutos ou se os dão, estes apresentam aspecto verrugoso e descolorido e caem prematuramente.

Duma forma geral, as árvores enfraquecem e ficam mais vulneráveis aos frios do Inverno. No ano seguinte, a frutificação pode ser seriamente comprometida.

BIOLOGIA DO FUNGO

O fungo passa o Inverno na forma de ascósporos nas anfractuosidades dos ramos ou nas escamas dos gomos. Na Primavera, ao abrolhamento, a chuva e o vento transportam os esporos para os gomos foliares, onde se desenvolvem, causando os estragos já referidos.

FACTORES QUE FAVORECEM A DOENÇA

Os invernos amenos e húmidos favorecem a conservação dos esporos e uma Primavera húmida e fria prolonga a receptividade da árvore à doença. Esta causará maiores estragos com tempo frio e húmido na altura em que os gomos foliares saem do repouso invernal e começam a inchar. Os calores precoces da Primavera são desfavoráveis à progressão da doença. No início do Verão, a subida das temperaturas e o tempo seco interrompem o seu desenvolvimento.

TRATAMENTOS QUÍMICOS

Tratamentos preventivos eficazes podem ser feitos no início do inchamento dos gomos foleares, de acordo com a

esquematização do quadro seguinte:

Estado Explicação Realização do 1º tratamento

O gomo alonga-se

ligeiramente

MUITO CÊDO

Observando pela parte de cima, pode ver-se no centro das

escamas do gomo a ponta verde ou avermelhada da primeira folha

ALTURA ÓPTIMA

A ponta verde alonga-se e destaca-se ligeiramente das escamas. É visível, mesmo olhandop o gomo de lado.

MUITO TARDE

Os primeiros tratamentos do ano podem ser feitos com caldas à base de

cobre. No Entre Douro e Minho, região com

primaveras frequentemente frias e chuvosas, os tratamentos com caldas à base de

cobre

muito cedo, ao início do inchamento dos gomos foleares, dão resultados bastante bons, obtendo-se uma protecção eficaz dos pessegueiros contra a lepra. Após a instalação da doença, a eficácia dos tratamentos será mais incerta. No decorrer da vegetação e no caso de ocorrerem períodos de chuva mais ou menos persistente, devem ser aplicadas apenas caldas à base de

zirame, tirame, dodina ou enxofre, pois o cobre é fitotóxico

para a vegetação dos pessegueiros.

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Textos de divulgação técnica da Estação de Avisos de Entre Douro e Minho nº 3/ 2012 (II Série) Março Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território/ DRAP-Norte/ Divisão de Protecção e Controlo Fitossanitário/

Estação de Avisos de Entre Douro e Minho  Estrada Exterior da Circunvalação, 11846 4460–281 SENHORA DA HORA

 22 957 40 10/ 22 957 40 16/  22 957 40 19  avisos.edm@drapn.min-agricultura.pt Texto e fotos: C. Coutinho

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

___

Fontes: Controles périodiques en verger - Pêcher. Contrôles, seuils et indications pour la lutte. ACTA. Paris. 1979

(14)

Referências

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