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MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS

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Aviso n.º 3615/2015

Ao abrigo da alínea d) do n.º 1 do artigo 4.º da Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, diploma que aprova a Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas (LTFP), torna -se público que a trabalhadora Concepcion For- tuny Martorell, que se encontrava em situação de requalificação, afeta à Direção -Geral da Qualificação dos Trabalhadores em Funções Públicas, cessou o vínculo de emprego público por tempo indeterminado, ao abrigo do n.º 7 do artigo 262.º da LGTFP, por motivos de rescisão por mútuo acordo, com efeitos a 31 de agosto de 2014.

3 de março de 2015. — A Diretora -Geral, Mafalda Santos.

208509701 Aviso n.º 3616/2015

Ao abrigo da alínea d) do n.º 1 do artigo 4.º da Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, diploma que aprova a Lei Geral do Trabalho em Funções Públicas (LTFP), torna -se público que os trabalhadores abaixo indicados, que se encontravam em situação de requalificação, afetos à Direção -Geral da Qualificação dos Trabalhadores em Funções Públicas, cessaram o vínculo de emprego público por tempo indeterminado, ao abrigo do n.º 7 do artigo 262.º da LGTFP, por motivos de rescisão por mútuo acordo, com efeitos a 31 de dezembro de 2014:

Álvaro Manuel Pereira de Mendonça

Carla Fátima Almeida Santos Mendes Secundo

6 de março de 2015. — A Diretora -Geral, Mafalda Santos.

208509597

MINISTÉRIO DOS NEGÓCIOS ESTRANGEIROS

Gabinete do Ministro

Declaração de retificação n.º 246/2015

Faz -se público que, no n.º 4 do artigo 8.º do Despacho n. 2912/2015, de 23 de março, publicado na 2.ª série, n.º 57 e que aprova o regulamento do concurso externo de ingresso na categoria de adido de embaixada da car- reira diplomática do Ministério dos Negócios Estrangeiros, onde se lê “Sem prejuízo da possibilidade prevista no artigo 2.º, n.º 9, o júri [...] ” deve ler- -se “Sem prejuízo da possibilidade prevista no artigo 2.º, n.º 8, o júri [...] ”.

1 de abril de 2015. — O Ministro de Estado e dos Negócios Estran- geiros, Rui Manuel Parente Chancerelle de Machete.

208547026

Secretaria-Geral

Despacho (extrato) n.º 3455/2015

1 — Por despacho do Secretário de Estado das Comunidades Portu- guesas, em 5 de março de 2015, nos termos do disposto no n.º 3 artigo 2.º do Decreto -Lei n.º 71/2009, de 31 de março, na alínea b) do artigo 11.º do Decreto -Lei n.º 127/2010, de 30 de novembro, na redação conferida pelo Decreto -Lei n.º 118/2012, de 15 de junho, torna -se pública a ces- sação da comissão de serviço, pelo decurso da sua duração máxima, do titular do Vice -Consulado de Portugal em Curitiba Rogério dos Santos Vieira, coordenador técnico do mapa único de vinculação dos serviços periféricos externos do Ministério dos Negócios Estrangeiros.

2 — O referido despacho produz efeitos a 2 de março de 2015.

13 de março de 2015. — O Diretor do Departamento Geral de Ad- ministração, Francisco Vaz Patto.

208508827

MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL

Gabinete do Ministro

Despacho n.º 3456/2015

1. Nos termos do disposto no artigo 4.º do estatuto dos militares nomeados para participarem em ações de cooperação técnico -militar concretizadas em território estrangeiro, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 238/96, de 13 de dezembro e verificados os requisitos nele previsto, nomeio o MAJ INF NIM 13163696 Fausto Ferreira de Campos, por um

período de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias, com início a 24 de março de 2015, no desempenho das funções de Diretor Técnico do Projeto 4 — Componente Terrestre da República Democrática de Timor- -Leste, inscrito no Programa -Quadro de Cooperação Técnico -Militar com a República Democrática de Timor -Leste.

2. De acordo com o n.º 5 da Portaria n.º 87/99 (2.ª série), de 30 de dezembro de 1998, publicada no Diário da República, 2.ª série, de 28 de janeiro de 1999, o militar nomeado irá desempenhar funções em país da classe C.

10 de março de 2015. — O Ministro da Defesa Nacional, José Pedro Correia de Aguiar -Branco.

208508892

Autoridade Marítima Nacional Direção-Geral da Autoridade Marítima

Anúncio n.º 57/2015

1 — Faz -se publico que a Capitania do Porto de Faro promove o procedimento concursal abaixo indicado nos termos do artigo 12.º n.º 3 e artigos 21.º n.º 1 e n.º 4 ambos do Decreto -Lei n.º 226 -A/2007, de 31 de maio, na sua atual redação, e conforme disposto nos respetivos Planos de Ordenamento da orla Costeira, para a atribuição de concessão para utilização privativa do Domínio Público Marítimo para a instalação e exploração de:

Praia de Loulé Velho UB1 — Concelho de Loulé — Apoio balnear, com uma frente de 100 metros, conforme, Plano de Ordenamento da Orla Costeira Vilamoura — Vila Real de Santo António — publicado pela Resolução de Conselho de Ministros n.º 103/2005, de 27 de junho.

2 — As principais características das utilizações em causa, bem como as condições de elaboração das propostas, são as referidas na peça do procedimento concursal.

3 — O programa do procedimento encontra -se disponível para con- sulta na Capitania do Porto de Faro, sita na Rua Comunidade Lusíada, 4 -B, 8000 -253 Faro, com o telefone 289 894 994, fax:211 938 575, endereço eletrónico: capitania.faro@marinha.pt, durante as horas do expediente (9h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h00) desde o dia da pu- blicação do anúncio até ao termo do prazo fixado para a apresentação das propostas.

4 — As propostas podem ser entregues até às 17h00 do 30.º (trigésimo) dia útil a contar do dia seguinte à data da publicação do presente anún- cio, na Capitania do Porto de Faro, na morada referida no ponto 3, ou enviados pelo correio, sob registo e com aviso de receção para o mesmo endereço.

16 de março de 2015. — O Capitão do Porto, Paulo Manuel José Isabel.

208510405 Edital n.º 277/2015

Paulo Jorge Oliveira Inácio, capitão -de -fragata e Capitão do Porto da Figueira da Foz, no uso das competências que lhe são conferidas pela alínea g) do n.º 4 do artigo 13.º do Decreto -Lei n.º 44/2002, de 2 de março, alterado pelo Decreto -Lei n.º 235/2012, de 31 de outubro, e pelo Decreto -Lei n.º 121/2014, de 07 de agosto, conjugadas com o disposto na Regra 1 alínea b) do Regulamento Internacional para Evitar Abal- roamentos no Mar — 1972, aprovado pelo Decreto n.º 55/78, de 27 de junho, com as alterações introduzidas pelo Aviso publicado no Diário da República 1.ª série n.º 258, de 9 de novembro de 1983, e pelos Decretos n.º 45/90, de 20 de outubro, n.º 56/91, de 21 de setembro, n.º 27/2005, de 28 de dezembro e n.º 1/2006, de 2 de janeiro, faz saber que:

1 — Para além do estabelecido nas normas específicas da Administra- ção do Porto da Figueira da Foz, S. A. para a respetiva área de jurisdição portuária, a navegação e permanência de navios e embarcações no es- paço de jurisdição da Capitania do Porto da Figueira da Foz, bem como outras atividades, regem -se, sem prejuízo da legislação aplicável, pelo conjunto de determinações, orientações e informações que constam do anexo ao presente Edital, e eventuais alterações consideradas oportunas promulgar, do qual são parte integrante.

2 — As infrações ao estabelecido no presente Edital, sem prejuízo das resultantes de danos e avarias associadas às plataformas cuja responsa- bilidade possa caber a qualquer dos intervenientes, serão passíveis de punição de acordo com a lei penal vigente ou, tratando -se de matéria contraordenacional, ser apreciadas de acordo com o disposto no Decreto- -Lei n.º 45/2002, de 2 de março, alterado pelo Decretos -Lei n.º 180/2004, de 27 de julho, n.º 263/2009, de 28 de setembro e n.º 52/2012, de 7 de

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março, e demais legislação relacionada, tendo presente o regime geral das contraordenações, aprovado pelo Decreto -Lei n.º 433/82, de 27 de outubro, com a redação dada pelo Decreto -Lei n.º 356/89 de 17 de outubro, pelo Decreto -Lei n.º 244/95, de 14 de setembro, que o repu- blicou, pelo Decreto -Lei n.º 323/2001, de 17 de dezembro e pela Lei n.º 109/2001, de 24 de dezembro.

3 — Este Edital entra em vigor a 09 de março de 2015, e revoga, na mesma data, o Edital n.º 1/2013, de 15 de novembro, da Capitania do Porto da Figueira da Foz.

12 de março de 2015. — O Capitão do Porto da Figueira da Foz, Paulo Jorge Oliveira Inácio, Capitão -de -fragata.

CAPÍTULO I Disposições gerais

1 — Enquadramento e definições

a) O presente Edital compreende um conjunto de normas aplicáveis à navegação e permanência de navios e embarcações, bem como instru- ções e condicionantes relativas a outras atividades de caráter ambiental, desportivo cultural, recreativo e científico, aplicadas a todo o espaço de jurisdição da Capitania do Porto da Figueira da Foz, tal como defi- nido no quadro n.º 1 anexo ao Decreto -Lei n.º 265/72, de 31 de julho (Regulamento Geral das Capitanias), incluindo a faixa de terreno do domínio público marítimo, o mar territorial e, em conformidade com as disposições da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, de 10 de dezembro de 1982, a zona contígua, a zona económica exclusiva e a plataforma continental, sem prejuízo das competências específicas de outras entidades;

b) Todas as posições geográficas indicadas neste Edital são refe- ridas ao sistema geodésico WGS84 e os azimutes referidos ao Norte verdadeiro;

c) Para efeitos de aplicação da legislação em águas interiores não marítimas considera -se espaço de jurisdição da Capitania do Porto da Figueira da Foz o rio Mondego e o rio de Lavos desde a posição geográ- fica da Marca do Pontão, referida no quadro n.º 1 anexo ao Decreto -Lei n.º 265/72, de 31 de julho (Regulamento Geral das Capitanias) — La- titude 40° 07’,43 N e Longitude 008° 48’,05 W — até à linha definida pelo alinhamento de fecho tangente às testas dos molhes exteriores do molhe Norte e molhe Sul da barra do porto da Figueira da Foz;

d) Para efeitos de proteção ambiental no espaço de jurisdição da Capitania do Porto da Figueira da Foz aplicam -se as disposições cons- tantes do Plano de Ordenamento da Orla Costeira (POOC) de Ovar à Marinha Grande, aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 142/2000, de 28 de setembro, sem prejuízo da aplicação de outras disposições legais em vigor sobre a matéria;

e) Designa -se por “Área Portuária” o espaço delimitado no rio Mon- dego entre a Fontela e as testas dos molhes exteriores do porto (no braço norte ou braço principal) e no rio de Lavos (braço sul) entre a ponte da Gala (Ponte dos Arcos) para jusante até à confluência com o braço principal, nela se incluindo a Doca dos Bacalhoeiros, a Doca do Cochim (Porto de Pesca) e a Marina de Recreio, espaço correspondente à área de jurisdição da Administração do Porto da Figueira da Foz, S. A.

(APFF), aprovado pelo Decreto -Lei n.º 210/2008, de 3 de novembro, cuja delimitação geográfica se encontra representada na planta anexa ao referido diploma, publicada na Declaração de Retificação n.º 75/2008, de 9 de dezembro;

f) Estas instruções não prejudicam o normativo presente no Re- gulamento Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar — 1972 (RIEAM -72), aprovado pelo Decreto -Lei n.º 55/78, de 27 de junho, com as alterações introduzidas pelo Aviso publicado no Diário da Re- pública 1.ª série n.º 258, de 9 de novembro de 1983, e pelos Decretos n.º 45/90, de 20 de outubro, n.º 56/91, de 21 de setembro, n.º 27/2005, de 28 de dezembro e n.º 1/2006, de 2 de janeiro, chamando -se a especial atenção dos navegantes para a Regra 2 — Responsabilidade, daquele Regulamento;

g) Nestas instruções as designações de “navio” e “embarcação” se- rão aplicadas indistintamente, tendo ambas o mesmo significado do RIEAM -72 — Regra 3 — Definições Gerais, alínea a) — a saber: “todo o veículo aquático de qualquer natureza, incluindo os veículos que não mergulham na água e os hidroaviões, utilizado ou suscetível de ser utilizado como meio de transporte sobre a água.”;

h) No porto da Figueira da Foz são considerados navios com capaci- dade de manobra reduzida, além dos designados no RIEAM -72 — Regra 3 — Definições Gerais, na alínea g), os navios com características es- peciais identificadas pela Autoridade Portuária e aqueles cujas carac- terísticas náuticas excedam os limites técnicos de segurança definidos em normativo por aquela Autoridade.

2 — Documentos náuticos

a) As Cartas Náuticas Oficiais (CNO) que cobrem o espaço de juris- dição marítima da Capitania do Porto da Figueira da Foz, recomendadas para a utilização nas aproximações ao porto da Figueira da Foz e dentro da área navegável do rio Mondego, são as seguintes:

(1) 24202 (INT 1814);

(2) 26404 (INT 1814);

(3) 25R03 e 25R04 (recreio).

b) O espaço de jurisdição desta Capitania encontra -se igualmente coberto pelas seguintes Cartas Eletrónicas de Navegação Oficiais (CENO):

(1) PT528507;

(2) PT426404.

c) Para além das cartas náuticas oficiais, deve ser consultado o Roteiros da Costa de Portugal Continental e demais documentos náuticos publi- cados pelas entidades oficiais que reforcem os aspetos de segurança a respeitar na navegação e permanência na área de jurisdição da Capitania do Porto da Figueira da Foz.

3 — Contactos

a) Capitania do Porto da Figueira da Foz

(1) Rua Engenheiro Silva, n.º 56, 3080 -150 Figueira da Foz (2) Horário de atendimento ao público: De segunda a sexta -feira das 09:00 às 12:30 horas e das 14:00 às 17:00 horas.

(3) Telefone: (+351) 233 422 955 (4) Fax: (+351) 233 423 121

(5) Endereço de correio eletrónico: cappfigfoz.capitania@marinha.pt.

b) Comando Local da Polícia Marítima da Figueira da Foz (1) Rua Poeta Acácio Antunes n.º 2, 3080 -158 Figueira da Foz (2) Horário de atendimento ao público: De segunda a sexta -feira das 09:00 às 12:30 horas e das 14:00 às 17:00 horas.

(3).Telefone: (+351) 233 422 955 (4).Fax: (+351) 233 431 208

(5).Piquete: (+351) 916 352 629 — O piquete do Comando Local da Polícia Marítima da Figueira da Foz pode ser contactado, a qualquer hora ou dia da semana.

(6) Endereço de correio eletrónico: policiamaritima.ffoz@marinha.pt (7) VHF IMM CH 16 (dias úteis, das 09H00 às 18H00) — Indicativo radiotelefónico — POLIMARFOZ.

CAPÍTULO II Segurança da navegação

1 — Restrições à navegação

Na área de jurisdição da Capitania do Porto da Figueira da Foz existem limitações à navegação nos seguintes locais:

a) Por razões de proteção do emissário submarino edificado a Sul da praia da Leirosa, é proibido fundear, rocegar, dragar e pescar com artes de fundo ou desenvolver quaisquer outras atividades que possam conflituar com aquela infraestrutura, na área delimitada pelos paralelos 40° 02,80’

N, 40° 03,40’ N e meridiano 008° 54,90’ W e a linha de costa;

b) A área delimitada pelos paralelos 40° 05’,5 N, 40° 07’ N e meridiano 008° 54’,5 W e a linha de costa (a Norte da Costa de Lavos) destina -se a exercícios de tiro e por isso deve ser considerada área perigosa;

c) Por razões de proteção dos emissários submarinos edificados a Sul da praia de Mira, é proibido fundear, rocegar, dragar e pescar com artes de fundo ou desenvolver quaisquer outras atividades que possam conflituar com aquelas infraestruturas, na área delimitada pelos paralelos 40° 26’,2 N, 40° 24’,8 N e meridiano 008° 50’,5 W e a linha de costa;

d) Todas as embarcações que naveguem, bem como outras atividades em desenvolvimento, nas imediações de instalações de aquicultura e de marinhas de sal no rio Mondego e rio de Lavos, devem observar especial cuidado para não interferirem com aquelas atividades ou danificarem as margens.

2 — Meteorologia e Avisos à Navegação a) Sinais de estado da barra

O Capitão do Porto, de acordo com as suas competências, pode de- terminar o fecho da barra ou condicionar o seu uso, por imperativos decorrentes da alteração da ordem pública e, ouvida a autoridade por- tuária, com base em razões respeitantes às condições meteorológicas e de mar, no intuito de garantir a segurança da navegação, de pessoas e

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bens, e do acesso ao porto. Nestas circunstâncias, as condições possíveis do estado da barra são:

(1) Barra fechada a toda a navegação;

(2) Barra condicionada a embarcações de comprimento fora -a -fora inferior a 35 metros;

(3) Barra condicionada a embarcações de comprimento fora -a -fora inferior a 11 metros.

b) Para além da divulgação destas restrições, impostas mediante a promulgação de Avisos aos Navegantes, está prevista a sinalização das alterações do estado da barra no mastro de sinais colocado no Forte de Santa Catarina (nas coordenadas 40° 08’,87 N — 008° 51’,58 W) do seguinte modo (Apêndice I e II):

(1) Barra fechada:

(a) De dia: dois balões pretos, esféricos, içados a tope, um em cada extremo da verga de sinais do mastro;

(b) De noite: quatro luzes permanentemente acesas, dispostas ver- ticalmente, na sequência, de cima para baixo, verde -vermelha -verde- -vermelha;

(c) Significado — é proibida toda a navegação de entrada e saída de navios e embarcações.

(2) Barra condicionada a 35 metros:

(a) De dia: um balão preto, esférico, içado a tope, num extremo da verga de sinais do mastro;

(b) De noite: três luzes permanentemente acesas, dispostas vertical- mente, na sequência, de cima para baixo, verde -vermelha -verde;

(c) Significado — só é permitida a navegação de entrada e saída aos navios e embarcações de comprimento fora -a -fora superior a 35 me- tros, devendo, no entanto, serem tomadas todas as precauções com “os golpes de mar”.

(3) Barra condicionada a 11 metros:

(a) De dia: um balão preto, esférico, içado a meia adriça num extremo da verga de sinais do mastro;

(b) De noite: três luzes, acendendo intermitentemente, dispostas ver- ticalmente, na sequência, de cima para baixo, verde -vermelha -verde;

(c) Significado — só é permitida a navegação de entrada e saída aos navios e embarcações de comprimento fora -a -fora superior a 11 me- tros, devendo, no entanto, serem tomadas todas as precauções com “os golpes de mar”.

c) Na situação de barra fechada é proibido, a toda a navegação, o trânsito ou exercício de qualquer atividade para jusante do alinhamento dos farolins dos molhes interiores;

d) Na situação de barra condicionada é proibido, a toda a navegação, o trânsito ou exercício de qualquer atividade para jusante do meridiano do farolim anterior do enfiamento de entrada da barra do porto, sito no molhe norte, com exceção do trânsito dos navios e embarcações cujo movimento de entrada e saída da barra não se encontre interdito;

e) Sempre que surjam dúvidas sobre os avisos em vigor, relativos à situação da barra ou outros que se relacionem com a segurança da navegação, devem ser contactados os serviços da Capitania, do piquete da Polícia Marítima, do Departamento de Pilotagem da Autoridade Portuária ou ANAVNET — Avisos aos Navegantes (http://anavnet.

hidrografico.pt).

3 — Sinais visuais de Avisos de Temporal

Nos termos do Decreto -Lei n.º 283/87, de 25 de julho, sempre que as circunstâncias meteorológicas assumam, ou se preveja que venham a assumir, condições adversas de especial intensidade e significado para a navegação e circulação na faixa costeira, é ativado o mastro de sinais de Avisos de Temporal sito na Estação Salva -Vidas da Figueira da Foz (nas coordenadas 40° 08’,67 N — 008° 51’,58 W) sendo estabelecido o sinal correspondente à informação veiculada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I. P. (IPMA) (Apêndice III e IV).

4 — Comunicações em VHF

a) O plano de comunicações em vigor no porto da Figueira da Foz, e demais espaço de jurisdição da Capitania, cumpre com o preceituado na Portaria n.º 630/2002, de 12 de junho retificado pela Declaração de Retificação n.º 26 -D/2002, de 31 de julho, que aprova o Plano Nacio- nal de Comunicações em VHF (Plano Nacional de Comunicações em VHF — Serviço Móvel Marítimo);

b) Os navios e embarcações devem obrigatoriamente manter escuta permanente no canal 13 — Segurança da Navegação — sempre que a navegar no porto da Figueira da Foz;

c) Para além do canal referido (Canal 13 — Segurança da Navega- ção), os navegadores devem manter presente a necessidade de atenção aos canais:

(1) Canal 16 — Socorro, Urgência, Segurança e Chamada;

(2) Canal 14 — Autoridade Portuária — Serviço de Pilotagem;

(3) Canal 11 — Comunicações com Entidades Oficiais;

(4) Canal 10 — Manobra de navios — Operações de Reboque;

(5) Canal 09 — Navegação de Recreio.

CAPÍTULO III

Entrada e saída de navios no porto

1 — Fundeadouro exterior

O controlo de navios constitui competência do Capitão do Porto como órgão local do Sistema da Autoridade Marítima (SAM) e autoridade competente para, nomeadamente, executar atos de soberania e demais atos administrativos em matéria de visita, imposição do fecho de barras, disciplina da navegação, condições de acesso e saída do porto, detenção e desembaraço de navios.

a) O fundeadouro exterior destina -se aos navios com autorização prévia de entrada no porto da Figueira da Foz e que necessitam de aguardar entrada, desde que não apresentem quaisquer deficiências no aparelho de governo, aparelho propulsor, estabilidade e as condições meteorológicas e de mar presentes o permitam. Para fundear deverão obter a correspondente anuência e seguir os procedimentos que lhes forem indicados pela Autoridade Portuária através do Serviço de Pi- lotagem que fará uso da autorização tácita concedida pelo Capitão do Porto para o efeito;

b) O fundeadouro de espera no exterior do porto da Figueira da Foz é um espaço definido pelas seguintes posições geográficas (Apêndice V)

(1) Vértice A:40° 09’,2 N — 008° 57’,1 W;

(2) Vértice B:40° 09’,2 N — 008° 55’,8 W;

(3) Vértice C:40° 08’,7 N — 008° 55’,8 W;

(4) Vértice D:40° 08’,7 N — 008° 57’,1 W.

c) Quaisquer outros navios, na situação de arribados ou que não tenham como porto de destino o porto da Figueira da Foz, só podem fundear com autorização expressa do Capitão de Porto;

d) Por razões de segurança e atendendo às características dos navios, tipo de fundo e tensa, a prática do fundeadouro do porto da Figueira da Foz é interdita com condições de mar grosso (vaga superior a 3 me- tros) e vento muito fresco (superior a Força 5 na escala de Beaufort) (Apêndice VI).

e) Por razões de segurança, atendendo às previsões meteorológicas ou ao estado do mar, os navios podem ser ordenados a abandonar o fundeadouro do porto da Figueira da Foz, por ordem expressa do Capitão de Porto da Figueira da Foz;

f) Os comandantes dos navios, quando fundeados, devem assegurar presença permanente a bordo de pessoal qualificado e suficiente de modo a:

(1) Garantir a segurança do navio ou embarcação, da carga e das pessoas que se encontrem a bordo, em especial no respeitante a riscos de colisão, incêndio ou alagamento;

(2) Proceder à largada de emergência, manutenção ou alteração da posição no fundeadouro, se as circunstâncias ou Autoridade Marítima assim o impuserem;

(3) Manter estabelecidas as luzes correspondentes à situação de na- vio fundeado, assim como içar e transmitir os sinais regulamentares, designadamente em caso de nevoeiro;

(4) Manter escuta permanente no canal 16.

g) Em casos excecionais, a analisar caso a caso, pode ser autorizada ou determinada pelo Capitão do Porto a permanência de navios fora da área de fundeadouro;

h) Não é permitido arriar ou movimentar quaisquer embarcações próprias do navio, ou receber embarcações do exterior, sem prévia autorização do Capitão do Porto da Figueira da Foz.

2 — Condições de acessibilidade ao porto

a) Os atos e procedimentos aplicáveis ao acesso e saída de navios e embarcações do porto da Figueira da Foz são executados na estrita observância do articulado constante dos Decretos -Leis n.os 370/2007, de 6 de novembro, n.º 124/2004, de 25 de maio e demais legislação aplicável, observando -se a regulamentação emanada pela Autoridade Portuária;

b) As condições de acessibilidade ao porto da Figueira da Foz são as estabelecidas pela Autoridade Portuária sendo obrigatório, por razões de

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segurança, o acompanhamento pela Policia Marítima, para controlo pró- ximo da navegação, de todos os navios designados especiais ou aqueles cujas características náuticas excedam os limites técnicos definidos em normativo daquela Autoridade podendo, ainda, tal acompanhamento ser imposto a outros navios, nomeadamente em razão da carga que trans- portem, em caso de visibilidade reduzida ou outras razões imperativas de segurança da navegação;

c) No porto da Figueira da Foz é proibido navegar a velocidades que possam, por qualquer forma, causar prejuízos ou acidentes nos navios, embarcações, muralhas, amarrações, artes de pesca ou navega- ção em curso, designadamente, em consequência da ondulação criada, estabelecendo -se o limite de 5 (cinco) nós para o interior do Porto de Pesca e Marina e 8 (oito) nós para o canal principal desde que estas velocidades sejam superiores à velocidade mínima de manobra, de- vendo, em todas as circunstâncias, ser utilizada uma velocidade que não comprometa uma navegação em condições de segurança;

d) No porto da Figueira da Foz é proibido fundear no canal de na- vegação principal, desde a ponte Edgar Cardoso até à testa dos molhes de retenção interiores, e no canal de acesso no anteporto, definido com limite a Norte pelo enfiamento entre a cabeça do molhe de retenção interior Norte com a baliza n.º 2 e desta à cabeça do molhe exterior Norte e limite a Sul pelo enfiamento entre a cabeça do molhe de retenção interior Sul e a cabeça do molhe exterior Sul;

e) Sob condições de mar e vento adversas, na aproximação ou afas- tamento ao porto da Figueira da Foz, especialmente sempre que a barra esteja condicionada ou estejam em vigor avisos de temporal, os coman- dantes, mestres ou arrais devem:

(1) Sempre que exequível, interditar a circulação de pessoas no ex- terior dos navios e embarcações;

(2) Ordenar que os tripulantes enverguem os coletes de salvação e se despojem de botas de borracha de cano alto, ou qualquer outro equipa- mento/vestuário que possa dificultar a flutuabilidade.

3 — Período de movimento

a) O movimento de entrada e saída de navios sujeitos a pilotagem no porto da Figueira da Foz é permitido durante o arco diurno e, no arco noturno, apenas nas condições estabelecidas pela Autoridade Portuária;

b) Excetuam -se da alínea anterior as situações em que o Capitão do Porto, por motivos meteorológicos, oceanográficos ou por anomalia determinar o contrário, facto que será divulgado por Aviso à Navegação Local e Aviso aos Navegantes e içado o correspondente sinal de barra condicionada ou fechada no Forte de Santa Catarina nas condições previstas no n.º 2 do Capítulo II.

4 — Aviso de movimento

Toda a navegação, excetuando as embarcações de pesca local, costeira e de recreio, bem como de tráfego local, rebocadores e embarcações auxi- liares, locais e costeiras, deve efetuar comunicação prévia de movimento à Capitania do Porto, individualmente ou através do respetivo agente de navegação, com o mínimo de 2 horas de antecedência, sem prejuízo da obrigatoriedade de comunicação à Autoridade Portuária.

5 — Visita de entrada

À chegada ao porto da Figueira da Foz, a Autoridade Marítima, através da Policia Marítima, efetua visita de entrada aos navios/em- barcações que:

a) Peçam arribada;

b) Transportem cargas ou substâncias perigosas;

c) Transportem clandestinos;

d) Arvorem bandeira de país não comunitário;

e) Arvorando bandeira de país comunitário, sejam provenientes de porto de país não comunitário;

f) Pretendendo aceder a águas territoriais, águas interiores ou fundea- douros subsistam sobre eles fundadas suspeitas quanto à tripulação, carga ou à prática de qualquer ilícito penal ou contraordenacional.

Estão isentos de visita de entrada, sem prejuízo no anteriormente disposto, os navios de comércio nacionais e os que arvorem bandeira de país comunitário, desde que provenientes de porto nacional ou de porto de país comunitário.

6 — Despacho de largada

a) O despacho de largada é o documento, emitido pelo Capitão do Porto, que atesta que o navio que larga de um porto nacional preenche os requisitos no respeitante a segurança, pessoas e bens embarcados e que cumpriu todas as formalidades necessárias e obrigações pecuniárias no espaço nacional;

b) A documentação necessária para a emissão do despacho de lar- gada é fornecida à Capitania do Porto pelas Autoridades Portuária, Aduaneira, Sanitária e de Estrangeiros e Fronteiras, através da “Janela Única Portuária” (JUP) ou, em caso de contingência, pelo comandante

do navio, ou seu representante legal, presencialmente, na Capitania do Porto da Figueira da Foz;

c) Estão isentos de despacho de largada:

(1) Os navios das marinhas de guerra e outros navios de Estado;

(2) Os navios e embarcações de tráfego local;

(3) Os navios e embarcações de pesca, com exceção das embarcações de pesca do largo;

(4) Os rebocadores e embarcações auxiliares, locais ou costeiros.

d) Nenhum navio ou embarcação pode largar do porto da Figueira da Foz sem que tenha sido emitido o respetivo despacho de largada, salvo nas condições em que esteja isento;

e) São proibidas quaisquer movimentações de carga ou de saída e entrada de pessoas a bordo a partir da notificação do despacho de largada ao comandante do navio ou seu representante legal;

f) A notificação do despacho de largada ao comandante do navio é feita pela Policia Marítima, que certificará o exposto na alínea anterior.

7 — Visita de saída

São obrigatoriamente visitados à saída, pela Policia Marítima, os seguintes navios e embarcações sempre que:

a) Transportem carga ou substâncias perigosas;

b) Transportem clandestinos;

c) Tenham efetuado reparação de avarias no porto que pela sua na- tureza possam pôr em causa o navio, a segurança da navegação ou dos seus tripulantes, a segurança do porto ou apresentem risco de originar poluição marítima.

8 — Bandeiras, distintivos e sinais autorizados

Os navios surtos no porto da Figueira da Foz ou que pratiquem o fundeadouro exterior, com exceção dos navios de guerra, só podem içar as seguintes bandeiras ou distintivos:

a) Bandeira da sua nacionalidade;

b) Bandeiras e outros distintivos previstos no Código Internacional de Sinais;

c) Bandeiras ou sinais do RIEAM -72;

d) Distintivo da companhia armadora;

e) Bandeira Portuguesa.

CAPÍTULO IV Avarias e vistorias

1 — Arribadas

a) Define -se por arribada a demanda de navio a um porto ou fundea- douro não planeado no inicio da viagem, desviando -se assim da rota prevista devido a:

(1) Existência de incêndio a bordo ou água aberta e/ou apresentando perigo de explosão ou poluição das águas;

(2) A flutuabilidade e/ou a navegabilidade e/ou manobrabilidade e/ou estabilidade estejam parcial ou totalmente afetadas/reduzidas;

(3) Necessidade de efetuar reparações de avarias inopinadas;

(4) Necessidade de desembarcar doentes, feridos, náufragos ou ca- dáveres;

(5) Necessidade de abrigar do mau tempo na zona oceânica adja- cente;

(6) Necessidade de reabastecer -se de combustíveis, óleos, lubrifican- tes, água ou víveres;

(7) Necessidade de efetuar operações comerciais (carga ou embarque de passageiros), não previstas cumulativamente com os motivos ante- riormente mencionados.

b) Os navios que pretendam demandar o porto ou fundeadouro exterior da Figueira da Foz por motivo de arribada, para além da obrigatoriedade de cumprir com o normativo estabelecido pela Autoridade Portuária, devem enviar à Capitania o respetivo termo, ou declaração de arribada, para que, no âmbito da segurança da navegação, sejam estabelecidas eventuais formas de acesso ao mar territorial, ou a sua interdição, onde constem, no aplicável, os seguintes elementos:

(1) Nome, tipo de navio, bandeira de registo e número IMO, arqueação (GT), comprimento e calado máximo do navio à chegada;

(2) Motivo de arribada;

(3) Número de pessoas embarcadas;

(4) Existência de passageiros clandestinos;

(5) Existência de vidas humanas em perigo ou que necessitem de assistência;

(5)

(6) Existência de risco de alagamento, afundamento, incêndio, ex- plosão ou poluição;

(7) Existência de danos, avarias e anomalias, que condicionem a estabilidade, a navegabilidade e/ou manobrabilidade do navio;

(8) Existência de condicionantes à utilização das ajudas à navegação, radar, comunicações, cartas náuticas, agulha ou sonda;

(9) Tipo e quantidade de carga existente a bordo e sua condição;

(10) Existência de mercadorias perigosas e/ou poluentes, sua clas- sificação IMDG (International Maritime Dangerous Goods) e quanti- dade;

(11) Indicação se vem rebocado e, caso afirmativo, o nome e potência do rebocador;

(12) Hora Estimada de Chegada (ETA);

(13) Destino, local de atracação ou fundeadouro.

c) A declaração de arribada deve ser enviada por Fax para a Capita- nia do Porto da Figueira da Foz, para os contactos indicados no n.º 3 do Capítulo I, independentemente de ter sido utilizada outra forma de comunicação;

d) Em resposta à declaração de arribada, o Capitão do Porto da Fi- gueira da Foz exara despacho a definir as condições de acesso ao mar territorial e dá conhecimento à Autoridade Portuária e outras entidades que devam ser informadas no âmbito das suas competências;

e) Depois de autorizados a praticar o porto, os comandantes dos navios ou seus representantes legais, requerem à Capitania do Porto da Figueira da Foz a realização das necessárias vistorias que atestem a reposição das condições de segurança a bordo e procedem à entrega da documentação do navio ou embarcação até que possa ser emitido o despacho de largada, acompanhado do respetivo relatório de mar;

f) A não declaração de arribada, ou as falsas declarações, constituem infração a este Edital e, consequentemente, serão sujeitas a processo de contraordenação.

2 — Avarias a bordo de navios ou embarcações

a) Qualquer deficiência ou avaria a bordo de um navio ou embarcação que afete, ou que reúna condições para vir a afetar a segurança marítima ou causar algum dano ao meio marinho, deve ser prontamente comu- nicada pelos comandantes dos navios, ou seus representantes legais, à Capitania do Porto da Figueira da Foz e à Autoridade Portuária, quando no seu espaço de jurisdição;

b) Quando, no cumprimento das suas funções a bordo dos navios, os pilotos tomem conhecimento de anomalias que possam comprometer a segurança da navegação, do navio, de infraestruturas e instalações ou que constituam ameaça de dano para o meio marítimo, dão de imediato conhecimento do facto à Capitania do Porto da Figueira da Foz, inde- pendentemente de tal ter sido comunicado a outras entidades;

c) Quando a Autoridade Portuária, no exercício das suas competên- cias, tome conhecimento de que determinado navio apresenta anomalias suscetíveis de comprometer a segurança própria ou de constituir ameaça de danos para o meio marinho dá imediato conhecimento do facto à Capitania do Porto da Figueira da Foz, independentemente de tal ter sido comunicado a outras entidades;

d) A entrada no porto só é permitida após autorização do Capitão do Porto da Figueira da Foz que estabelece, caso a caso, as condições a observar;

e) Depois de autorizados a praticar o porto, os comandantes dos navios, ou seus representantes legais, requerem à Capitania do Porto da Figueira da Foz a realização das necessárias vistorias que atestem a reposição das condições de segurança a bordo e procedem à entrega da documentação do navio ou embarcação até que possa ser emitido o despacho de largada, acompanhado do respetivo relatório de mar;

f) Mediante análise das deficiências, o Capitão do Porto pode informar a Direção -Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM), autoridade responsável para a condução de uma inspeção técnica no âmbito do controlo de navios pelo Estado do porto (Port State Control), nos termos da legislação em vigor.

g) Para efeito das comunicações acima referidas deve ser contactado o piquete da Policia Marítima, pelo meio mais expedito, preferencial- mente através de comunicações via rádio VHF — Canal 16 (indicativo de chamada radiotelefónico — POLIMARFOZ), ou através de contacto telefónico com a Capitania do Porto da Figueira da Foz/Comando Local da Polícia Marítima (n.º 3 do Capítulo I).

3 — Embarcações em mau estado de conservação, acidentadas ou naufragadas

a) Sempre que se verifique sinistro marítimo ou existam indícios evidentes de que tal possa vir a ocorrer deve tal facto ser comunicado pelo meio mais expedito à Capitania do Porto da Figueira da Foz, inde- pendentemente de ter sido comunicado a outras entidades e sem prejuízo de posterior apresentação do respetivo “Relatório de Mar”;

b) As embarcações acidentadas ou naufragadas e aquelas cujo estado de conservação possa indiciar ser suscetíveis causar incidentes devem ser de imediato retiradas do espelho de água pelo respetivo proprietário ou por quem o represente;

c) Os proprietários e armadores de embarcações sem certificado de navegabilidade ou declaração de vistoria válidos, ainda que atracadas ou varadas no espaço de jurisdição da Autoridade Portuária, devem comunicar, e manter atualizado, à Capitania do Porto da Figueira da Foz, contacto próprio ou de representante que facilite a comunicação célere de qualquer anomalia que possa vir a ocorrer;

d) Sempre que subsistam dúvidas sobre a flutuabilidade de embar- cações desprovidas de certificado de navegabilidade ou declaração de vistoria válidos, o Capitão do Porto pode impor vistoria destinada a avaliar da navegabilidade da embarcação quando esta se encontre atracada ou fundeada.

4 — Relatórios de Mar

a) De acordo com o disposto no artigo 13.º do Decreto -Lei n.º 384/99, de 23 de setembro, entende -se por “acontecimento de mar” todo o facto extraordinário que ocorra no mar, ou em águas sob jurisdição nacional, que tenha causado ou possa causar danos a navios, engenhos flutuantes, pessoas ou coisas que neles se encontrem ou por eles sejam transportadas;

b) Nos termos do artigo 14.º do mesmo decreto -lei, após a ocorrên- cia de acontecimento de mar, o capitão ou quem exerça as funções de comando deve elaborar um “relatório de mar” (também conhecido por

“protesto de mar”), onde seja descrito pormenorizadamente o ocorrido, devendo o mesmo ser apresentado à autoridade marítima ou consular, com jurisdição no primeiro porto de escala onde essa autoridade exista, no prazo de 48 horas contado a partir do momento em que o navio atracar ou fundear no mencionado porto sendo que em caso de perda total do navio, o prazo conta -se desde a data da chegada do capitão ou de quem o substitua;

c) Relativamente aos relatórios de mar elaborados pelos capitães de embarcações comunitárias ou de países terceiros, nos termos conjugados do artigo 6.º do Título I do Código Comercial e da alínea f), do n.º 2, do artigo 13.º do Decreto -Lei n.º 44/2002, de 02 de março, na falta de auto- ridade consular residente do país de bandeira da embarcação em causa, e só neste caso, sob requerimento do capitão ou do agente de navegação do navio, o Capitão do Porto pode receber e confirmar esses relatórios, endereçando -os à autoridade consular do país de bandeira da embarcação em causa mais próxima, ainda que o mesmo não tenha merecido um despacho de confirmação da autoridade marítima portuguesa.

5 — Trabalhos a bordo

a) Durante a estadia de um navio no porto, qualquer trabalho de reparação a bordo necessita de licenciamento prévio da Capitania do Porto da Figueira da Foz;

b) A realização de trabalhos a bordo, quer se trate ou não de navios arribados, que pela sua natureza e/ou pelos equipamentos, motores propulsores ou motores auxiliares a reparar, possam pôr em causa a segurança do navio, de outros navios ou do porto, implica a necessidade de acompanhamento e vistoria prévia por parte de peritos da Capitania, sem prejuízo das competências próprias da Autoridade Portuária ou do controlo de navios pelo Estado do porto (PSC);

c) Os requerimentos para autorização de trabalhos a bordo, devem ser remetidos à Capitania do Porto da Figueira da Foz com uma antecedência de, pelo menos, 24 horas, discriminando claramente pelos comandantes dos navios, armadores, representantes legais dos navios e embarcações, os seguintes elementos:

(1) Tipo de avaria ou deficiência;

(2) Tipo de trabalho a efetuar;

(3) Local da reparação ou equipamento afetado;

(4) Empresa reparadora;

(5) Técnico responsável e respetivo contacto;

(6) Duração prevista para a execução (incluindo a hora de início e fim dos trabalhos).

d) Os trabalhos a fogo a efetuar em espaço confinados de máquinas, na vizinhança de ou em tanques de combustível, de carga e/ou substâncias perigosas, ou outros compartimentos que apresentem algum perigo, devem ser precedidas de uma análise de atmosferas perigosas, a realizar por técnicos qualificados e equipamento certificado, cujo resultado deve ser apresentado através de relatório ao perito da Capitania do Porto da Figueira da Foz;

e) Uma vez concluídos os trabalhos necessários para ultrapassar as deficiências identificadas, será obrigatoriamente efetuada uma inspeção técnica a bordo pelos peritos da Autoridade Marítima para a verificação das condições de segurança;

(6)

f) As embarcações que necessitem de efetuar docagem ou varagem, fora dos espaços dedicados a esse efeito (marinas, portos de pesca ou estaleiros) necessitam de licenciamento prévio da Capitania do Porto da Figueira da Foz — Licença de encalhe.

6 — Vistorias a navios e embarcações

a) No âmbito da atividade de inspeção e vistoria, as Capitanias, como órgãos locais da Autoridade Marítima, asseguram os seguintes atos técnicos e administrativos:

(1) Vistorias de manutenção, para renovação ou prorrogação dos certificados de navegabilidade, certificados especiais de navegabilidade, linhas de água carregada (quando aplicável), vistoriais às inscrições e vistorias para emissão de certificados de lotação de segurança das seguintes embarcações nacionais:

(a) Embarcações de pesca local e costeira até 24 m de compri- mento;

(b) Embarcações de recreio dos tipos 4 e 5;

(c) Embarcações registadas no tráfego local com exceção das que transportam mais de 12 passageiros;

(d) Embarcações auxiliares locais incluindo marítimo -turísticas;

(e) Rebocadores locais;

(f) Embarcações auxiliares costeiras, incluindo marítimo -turísticas, e rebocadores costeiros, exceto no que se refere à emissão de certificados de lotação de segurança.

(2) Vistoria para efeitos de demolição ou desmantelamento de em- barcações nacionais, comunitárias ou de países terceiros;

(3) Vistorias de registo das seguintes embarcações:

(a) Motas de água e jet -skis;

(a) Embarcações de recreio dos tipos 4 e 5;

(b) Embarcações de pesca local.

(4) Vistorias para verificação de condições de segurança em embarca- ções nacionais, comunitárias e de países terceiros, de qualquer tipo, que tenham solicitado trabalhos cuja natureza afete a segurança das mesmas (por exemplo: intervenções no aparelho propulsor, trabalhos a fogo na vizinhança de/ou em tanques de combustível);

(5) Vistoria de condições de segurança às embarcações de pesca com pavilhão não nacional, de comprimento superior a 24 m;

(6) Vistorias para verificação de condições de segurança em embarca- ções nacionais, comunitárias e de países terceiros, de qualquer tipo, que tenham solicitado uma arribada forçada por motivo de avaria;

(7) Vistorias a embarcações e outro material flutuante, de pavilhão não nacional envolvidas em obras portuárias (dragagens, por exemplo) para efeitos da emissão de certificados de navegabilidade;

(8) Vistorias para arqueação de embarcações do tráfego local (com ex- ceção das que transportem mais de 12 passageiros), auxiliares locais sem motor e pesca local, desde que estejam dispensadas da apresentação de projeto de construção ou modificação (arqueação inferior a 10 TAB);

(9) Vistorias com vista à emissão de certificados de navegabilidade especiais, que incluem os requisitos impostos para a viagem, designa- damente no que respeita a reforço da lotação de segurança, meios de bordo e condições de mar e tempo, para as embarcações poderem efetuar navegação costeira.

b) As restantes vistorias serão da exclusiva responsabilidade da Di- reção Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos, DGRM (ex. IPTM, I. P.).

CAPÍTULO V

Cargas e substâncias perigosas

1 — Transporte de cargas perigosas

a) Os navios com cargas perigosas são navios cuja carga pode afetar o meio ambiente e seus recursos ou pôr em risco a segurança dos bens e/ou de outros utilizadores dos espaços de jurisdição marítima;

b) De acordo com o Código Marítimo Internacional de Mercadorias Perigosas (IMDG Code), da International Maritime Organization (IMO), são consideradas cargas ou substâncias perigosas, todas as mercadorias especificadas nas classes 1 a 9 deste código;

c) São também consideradas cargas perigosas as mercadorias ou substâncias constantes no capítulo 17 do código IBC e do capítulo 19 do código IGC, incluindo os materiais radioativos incluídos no código INF e as “Mercadorias Poluentes” os hidrocarbonetos, as substâncias líquidas nocivas e as substâncias prejudiciais como veem definidas respetivamente nos anexos n.º 1, 2 e 3 da Convenção MARPOL;

d) Genericamente, são considerados navios com cargas perigosas os que transportem as seguintes cargas e/ou substâncias perigosas do IMDG Code da IMO:

(1) Classe 1 (Explosivos);

(2) Classe 2 (Gases comprimidos, liquefeitos ou dissolvidos sob pressão);

(3) Classe 3 (Líquidos inflamáveis);

(4) Classe 4 (Sólidos inflamáveis);

(5) Classe 5 (Substâncias oxidantes e/ou peróxidos orgânicos);

(6) Classe 6 (Substâncias venenosas e/ou infetantes);

(7) Classe 7 (Substâncias radioativas);

(8) Classe 8 (Substâncias corrosivas);

(9) Classe 9 (Substâncias perigosas diversas).

e) Os comandantes dos navios que transportem cargas perigosas, ou seus representantes legais, que pretendam demandar o Porto da Figueira da Foz ou que neste porto pretendam efetuar embarque ou desembarque de tais cargas, devem informar a Autoridade Portuária, que do facto dará conhecimento à Capitania, nos termos previstos no artigo 4.º e artigo 12.º do Decreto -Lei n.º 180/2004, de 27 de julho, alterado pelo Decreto -Lei n.º 236/2004, de 18 de dezembro, n.º 51/2005, de 25 de fevereiro e n.º 263/2009, de 28 de setembro, alterado e republicado pelo Decreto- -Lei n.º 52/2012, de 7 de março, e pelo Decreto -Lei n.º 121/2012, de 19 de junho, declarando na Janela Única Portuária (JUP) a carga e/ou substâncias perigosas;

f) Em caso de indisponibilidade da JUP, os agentes de navegação, ar- madores, representantes legais dos navios e embarcações devem declarar por ofício, fax ou para o endereço de correio eletrónico da Capitania do Porto da Figueira da Foz (n.º 3 do Capítulo I), assim como presen- cialmente pelo representante legal do navio na Capitania do Porto da Figueira da Foz, a informação da carga e/ou de substâncias perigosas embarcadas ou a embarcar;

g) Em ambas as situações, a declaração da carga e/ou de substâncias perigosas embarcadas deve ser entregue sempre antes da entrada em águas territoriais, para que, no âmbito da segurança da navegação, sejam estabelecidas eventuais formas de acesso ao mar territorial ou a sua interdição, assim como outras instruções que se revelem necessárias;

h) O manifesto da carga e ou substâncias perigosas deve, entre outros, indicar os seguintes elementos:

(1) Nome e tipo de navio, bandeira de registo, número IMO, arqueação (GT), comprimento e calado máximo do navio à chegada;

(2) Número de pessoas embarcadas;

(3) Tipo e quantidade de carga e ou substâncias perigosas e respetiva(s) classificação(ões) do IMDG Code, da IMO;

(4) Hora estimada de chegada (ETA);

(5) Local de atracação ou fundeadouro.

i) Os comandantes dos navios que transportem cargas perigosas ou poluentes em águas sob jurisdição nacional e jurisdição da Capitania do Porto da Figueira da Foz, fora do espaço portuário, são obrigados a informar de imediato a Capitania dos factos e das situações suscetíveis de afetar a capacidade de manobra dos navios, implicar com a regular atividade portuária ou de constituir perigo para o ambiente marinho e zonas limítrofes;

j) Os comandantes dos navios que transportem cargas perigosas ou poluentes, quando fundeados no fundeadouro de espera ou atracados no porto da Figueira da Foz devem manter a bordo o grau de prontidão adequado de forma a:

(1) Poder efetuar uma largada de emergência;

(2) Ter capacidade para debelar incidentes internos com rapidez e eficácia, tais como, combater focos de incêndio ou dar resposta a qual- quer incidente que ocorra com os recipientes que contêm substâncias perigosas.

k) Sempre que se verifiquem factos ou situações que coloquem em risco o domínio público marítimo ou que afetem a segurança dos navios, tripulações e passageiros, o Capitão do Porto da Figueira da Foz pode restringir movimentos ou impor restrições aos navios ou embarcações causadores de tal risco;

l) As operações de carga, descarga e trânsito de carga e/ou substâncias perigosas na área portuária só podem ser executadas após fiscalização pela Policia Marítima e sob supervisão daquela entidade policial em aten- ção às condições especiais de segurança exigíveis para tais operações;

m) Os navios surtos no porto que transportem carga perigosa, ainda que em trânsito, estão sujeitos a policiamento pela Polícia Marítima durante a sua permanência;

n) A não declaração de condicionantes, ou falsas declarações consti- tuem infração a este Edital.

(7)

2 — Embarque e desembarque e trasfega de substâncias perigosas ou poluentes

a) Os navios e as embarcações que pretendam efetuar operações de abastecimento de combustível, lubrificantes ou outras substâncias perigosas para consumo próprio, com recurso a camiões cisternas ou a partir de bidões, fora de terminais especializados, devem requerer, com a antecedência mínima de 24 horas, autorização à Capitania do Porto da Figueira da Foz, sem prejuízo das demais autorizações requeridas;

b) O desembarque de óleos queimados, tintas ou outros resíduos po- luentes que ocorram em terminais não especializados, deve igualmente ser precedida de autorização da Capitania do Porto da Figueira da Foz, a requerer com a antecedência mínima de 24 horas, sem prejuízo das demais autorizações requeridas;

c) Os referidos embarques ou desembarques daquelas substâncias só podem ser executados sob vigilância da Autoridade Marítima local, nomeadamente, pela Polícia Marítima, imperativo que decorre no ar- tigo 40.º do Decreto n.º 14029, de 2 de agosto de 1927;

d) Por razões de segurança, a Polícia Marítima procede a uma vistoria nas situações de abastecimento de combustíveis ou de outros produtos poluentes, inflamáveis ou explosivos de uma embarcação, fora de ter- minais especializados, com recurso a camião cisterna ou a trasfega a partir de bidões. Nessa vistoria, destinada a avaliar a viabilidade de se efetuar, em segurança, a operação pretendida, será verificada a existência e a conformidade de:

(1) Quanto ao camião cisterna:

(a) Proteção de escape;

(b) Ligação à terra;

(c) Corte de corrente geral;

(d) Cabos de escoamento de eletricidade estática;

(e) Extintor de incêndio na cabina;

(f) Extintor de incêndio no atrelado;

(g) Extintores de incêndio (2) na cisterna;

(h) Calço para ajudar imobilização do veículo;

(i) Existência das etiquetas de perigo e se estão em bom estado;

(j) Delimitação de área.

(2) Quanto às mangueiras a usar:

(a) Se estão certificadas;

(b) Se existem tabuleiros de retenção de fugas de líquidos que possam ocorrer nas uniões entre mangueiras.

(3) Quanto à documentação do motorista:

(a) Bilhete de identidade;

(b) Carta de condução;

(c) Fichas de segurança.

(4) Quanto ao trator:

(a) Livrete;

(b) Título de Registo de Propriedade;

(c) Licença de aluguer;

(d) Certificados do Regulamento de Transporte de Mercadorias por Estrada (RPE) ou Acordo Europeu Relativo ao Transporte Internacional de Mercadorias por Estrada (ADR);

(e) Seguro;

(f) Inspeção periódica (isento 1.º ano).

(5) Quanto à cisterna:

(a) Livrete;

(b) Título de Registo de Propriedade;

(c) Licença de aluguer;

(d) Seguro;

(e) Inspeção periódica (isento 1.º ano).

e) Para além do cumprimento das medidas acima estipuladas devem também ser adotadas as seguintes normas de segurança pela embarcação a abastecer de combustíveis/lubrificantes:

(1) Içar a bandeira Bravo do Código Internacional de Sinais (CIS) de dia e uma luz vermelha à noite, durante a operação de Abastecimento;

(2) Instituir a bordo a proibição de fumar ou fazer lume no exterior da embarcação;

(3) As tomadas de combustível da embarcação, bem como os respi- radouros dos tanques recetores, deverão estar munidos de tabuleiros de retenção de fugas de líquidos;

(4) A ligação às tomadas de bordo deve ser estanque. Caso contrário é necessário dispor de válvula de disparo automático;

(5) O circuito de incêndios do navio deve estar em carga e pronto a ser utilizado;

(6) O comandante/mestre/arrais da embarcação deve manter prontos a intervir, em caso de necessidade, 2 tripulantes do destacamento da embarcação ou, em alternativa, 2 bombeiros;

(7) Os embornais devem estar tapados de forma a evitar quaisquer derrames para as águas portuárias.

CAPÍTULO VI Poluição

1 — Poluição

a) De acordo com o Decreto -Lei n.º 235/2000, de 26 de setembro, constitui contraordenação de poluição do meio marinho, toda a descarga ou derrame de produto poluente suscetível de provocar alterações às características naturais do meio marinho, bem como toda a operação de imersão não autorizada, e ainda qualquer prática que introduza ou deposite no meio marinho direta ou indiretamente, substância, organismo que contribua para a degradação do ambiente e possa fazer perigar ou danificar bens jurídicos, nomeadamente:

(1) Que produza danos nos recursos vivos e no sistema ecológico marinho;

(2) Que cause prejuízo às outras atividades que nos termos da lei se desenvolvam no meio marinho.

b) Nos termos do que precede, é proibido lançar ou despejar no meio marinho quaisquer substâncias nocivas ou residuais passíveis de poluir as águas e praias bem como lançar à água detritos, incluindo peixe, destroços, objetos e outros materiais, tais como, plásticos, redes, madeiras, embalagens, provenientes de embarcações ou cais que, para além da poluição que geram, possam contribuir para falta de segurança na navegação ou assoreamento do porto;

c) Sempre que as ocorrências envolvam agressões de grandes pro- porções ao meio marinho, designadamente, graves prejuízos para o ecossistema ou perigo de contágio para as vidas humanas, poderá tal, de acordo com os artigo 278.º e artigo 279.º do Decreto -Lei n.º 48/95, de 15 de maio (Código Penal), com as alterações subsequentes, observados os preceitos legais e, em determinadas situações, configurar crime;

d) Em caso de poluição, para além das coimas que venham a ser aplicadas no âmbito do Decreto -Lei n.º 235/2000, de 26 de setembro, é ainda da responsabilidade da entidade poluidora o pagamento das despesas resultantes das medidas tomadas no combate à poluição, bem como o pagamento de eventuais indemnizações;

e) Qualquer ocorrência de poluição deve ser prontamente comunicada à Capitania do Porto ou ao Comando Local da Polícia Marítima da Fi- gueira da Foz, fornecendo todos os elementos disponíveis, no sentido de serem tomadas as medidas adequadas.

2 — Lastros

a) Os comandantes dos navios com destino ao porto da Figueira da Foz, ficam vinculados a enviar à Autoridade Portuária, com conheci- mento à Capitania do Porto da Figueira da Foz, o registo da movimen- tação de lastro — Declaração de Lastro — através do preenchimento do respetivo questionário, nos termos da resolução IMO A.868(2), de 27 de novembro de 1997, conjugada com o artigo 16.º do Decreto -Lei n.º 565/99, de 21 de dezembro;

b) O lastro permanente e o segregado só podem ser bombeados para as águas do mar se não estiverem contaminadas com qualquer produto poluente e após prévia autorização da Autoridade Portuária;

c) Em caso de dúvida é exigida amostra do lastro, que deverá ser selada na presença de legal representante do navio, da Autoridade Portuária e da Autoridade Marítima local;

d) O lastro proveniente dos tanques de carga só pode ser bombeado para terra;

e) Por determinação do Capitão do Porto, quando julgado conve- niente, pode ser ordenada a selagem das válvulas de fundo e sondados os tanques de lastro.

3 — Uso de dispersantes

A fim de evitar a poluição indiscriminada por meios químicos de com- bate à poluição no mar que podem provocar formas ainda mais graves de poluição, devem ser observadas as seguintes disposições:

a) O uso de dispersantes é completamente interdito no interior do porto e em águas pouco profundas por se constituir em fonte adicional de contaminação do meio marinho;

b) O uso de dispersantes no mar deve ser analisado caso a caso e precedido de autorização da Autoridade Marítima;

c) A lista nacional de produtos dispersantes passíveis de utilização no combate à poluição por hidrocarbonetos em caso de acidente no mar

(8)

encontra -se homologada através do Despacho do Secretário de Estado do Ambiente n.º 4567/2014, de 19 de março;

d) Os dispersantes só devem ser aplicados se for totalmente impos- sível retirar para depósito os agentes poluidores por meios mecânicos ou outros, no caso de estes traduzirem um perigo imediato de incêndio que afete os navios ou instalações.

CAPÍTULO VII Operações portuárias

1 — Serviços efetuados por mergulhadores

a) A atividade do mergulho profissional encontra -se regulada pela Lei n.º 70/2014, de 01 de setembro;

b) A execução de trabalhos subaquáticos em navios e embarcações no espaço de jurisdição da Capitania do Porto da Figueira da Foz ca- rece de licenciamento e autorizações prévias da Capitania do Porto da Figueira da Foz;

c) O requerimento deve ser antecipadamente efetuado pelos coman- dantes dos navios, ou seus representantes legais, embarcações ou empresa de mergulho, no qual deverão indicar a seguinte informação sobre o serviço a executar:

(1) Identificação do navio, embarcação ou material flutuante a re- parar;

(2) Data de realização dos trabalhos subaquáticos;

(3) Período horário da realização dos trabalhos subaquáticos;

(4) Local de execução dos trabalhos subaquáticos;

(5) Identificação dos mergulhadores profissionais;

(6) Categoria profissional dos mergulhadores profissionais;

(7) Profundidade a que se realizam os trabalhos subaquáticos;

(8) Identificação das embarcações de apoio (se aplicável);

(9) Datas de validade das inspeções médicas periódicas dos mergu- lhadores profissionais;

(10) Indicação do Ponto de contacto — POC — identificação e con- tacto telefónico — do responsável pelos trabalhos, para efeitos de co- ordenação e segurança.

d) Para permitir a execução dos trabalhos subaquáticos, garantindo a segurança de pessoas e bens, a Capitania do Porto da Figueira da Foz procede à promulgação de um Aviso aos Navegantes Locais e arbitra as condições de navegação na proximidade do local de execução dos trabalhos;

e) Quando os trabalhos tenham lugar na área de jurisdição da Autori- dade Portuária, deve também ser obtida autorização daquela entidade;

f) Após a realização dos trabalhos subaquáticos, o responsável pela sua execução deve remeter à Capitania do Porto da Figueira da Foz, no período máximo de 5 dias úteis, um relatório sumário da intervenção e dos resultados obtidos;

g) Quando, por razões de segurança, designadamente, em situações que possam estar em risco a segurança das pessoas e das embarcações, não seja exequível em tempo útil o cumprimento do definido na alínea b), devem os comandantes dos navios, ou seus representantes legais, em- barcações ou empresa de mergulho:

(1) Contactar previamente o piquete da Polícia Marítima através do telemóvel (+351) 916 352 629 dando notícia do serviço a executar, reportando os dados da alínea c);

(2) Quando os trabalhos tenham lugar na área de jurisdição da Au- toridade Portuária, aqueles dados devem igualmente ser comunicados àquela entidade

Logo que concluídos os trabalhos, devem os comandantes dos navios, armadores, ou seus representantes legais, embarcações ou empresa de mergulho cumprir com o formalismo estipulado na alínea b) e f).

2 — Reboques

a) A atividade de reboque no porto da Figueira da Foz regula -se pelo estipulado no Decreto -Lei n.º 75/2001, de 27 de fevereiro e, nos termos do seu artigo 5.º, na área de jurisdição portuária é considerado serviço de interesse público;

b) As entidades que exerçam a atividade de reboque de embarcações ficam vinculadas ao dever de colaboração com a autoridade portuária e demais entidades competentes, no que respeita à prevenção de sinistros e de situações de emergência e segurança no porto;

c) Os trens de reboque que larguem ou demandem o porto da Figueira da Foz estão sujeitos a vistoria por perito da Autoridade Marítima;

d) No porto da Figueira da Foz só é permitido, salvo casos excecionais devidamente autorizados e por razões estritas de segurança da navegação ou do porto, o exercício da atividade de reboque por rebocadores.

3 — Dragagens e imersão de dragados

a) A Agência Portuguesa do Ambiente, I. P. é a autoridade respon- sável por estabelecer os requisitos a que devem obedecer as operações de dragagem e de imersão dos materiais dragados, e emitir a respetiva licença de utilização dos recursos hídricos para dragagens e deposição de dragados;

b) As operações de dragagem na área de jurisdição da Autoridade Portuária são da sua competência e responsabilidade, sem prejuízo da necessidade de ser dado prévio conhecimento à Capitania do Porto da Figueira da Foz de forma a habilitar a sua fiscalização e promoção das ações preventivas no âmbito da segurança da navegação;

c) Compete ao Capitão do Porto emitir parecer sobre dragagens e fiscalizar o cumprimento do estabelecido quanto à sua execução, sem prejuízo das competências específicas da Autoridade Portuária e de outras Autoridades ou Entidades, promovendo as ações preventivas para salvaguarda da segurança da navegação, da proteção e conserva- ção do domínio público marítimo e da defesa do património cultural subaquático;

d) As dragas a operar nesta área devem dar conhecimento prévio dos movimentos que pretendam efetuar à Estação de Pilotos, via VHF canal 14, e, a definir, caso a caso, ao Comando Local da Policia Ma- rítima;

e) As operações de dragagem estão interditadas, por motivo de segu- rança da navegação, em situação de visibilidade reduzida;

f) Toda a navegação deve dar o resguardo conveniente para que as operações decorram com segurança, devendo as embarcações de pesca manter a área onde ocorram desimpedida de quaisquer artes de pesca;

g) A entidade responsável pelas dragagens deve fornecer à Capitania, até 48 horas antes do início dos trabalhos, a seguinte informação:

(1) As coordenadas WGS84 em graus, minutos e segundos das áreas a dragar, a fim de se promulgar o correspondente Aviso à Navegação;

(2) Qual o tipo e características da sinalização que irá ser colocada a delimitar a área dos trabalhos;

(3) A identificação da(s) draga(s) a utilizar na operação de draga- gem;

(4) Indicação do Ponto de contacto — POC — identificação e contacto telefónico — do responsável pelos trabalhos, para efeitos de coordenação e segurança.

h) As operações de dragagem no espaço de jurisdição da Capitania do Porto da Figueira da Foz, sem prejuízo da competência de outras entida- des, estão sujeitas a policiamento pela Polícia Marítima, nas condições a definir caso a caso, de forma a garantir o rigoroso cumprimento da legislação aplicável, o volume de dragados e o depósito de dragados nos locais definidos.

CAPÍTULO VIII

Pesca (profissional e lúdica) e prática de mergulho

1 — Pesca Profissional no rio Mondego

a) A pesca profissional no rio Mondego rege -se pelo Regulamento de Pesca do rio Mondego, publicado em anexo à Portaria n.º 564/90, de 19 de julho, e alterações subsequentes;

b) Para efeitos do previsto no n.º 2 do artigo 4.º, publicado do Regu- lamento de Pesca do rio Mondego, considera -se (Apêndice VII)

(1) Área 1 — a área que corresponde à área portuária excluindo o troço final do rio Mondego — da estrutura conhecida como pontão do marégrafo sito na raiz do molhe de retenção interior Norte até aos mo- lhes exteriores — até à Fontela (definido pelo meridiano que passa pela baliza n.º 3, localizada a sul e a imediatamente a montante do Terminal de Receção de Produtos Betuminosos);

(2) Área 2 — a área desde a Fontela (definido pelo meridiano que passa pela baliza n.º 3, localizada a sul e a imediatamente a montante do Terminal de Receção de Produtos Betuminosos) até ao paralelo da Marca do Pontão;

c) Só é permitida a pesca profissional no braço Sul do rio Mondego a montante da área portuária com cana de pesca, linha de mão e ber- bigoeiro;

d) Conforme o disposto no RIEAM -72, as embarcações de propulsão mecânica de comprimento inferior a 7 metros e cuja velocidade máxima não ultrapasse 7 nós, devem mostrar um farol de luz branca visível em todo o horizonte, com o alcance de duas milhas náuticas, sendo, no entanto, recomendável dispor complementarmente de faróis de borda;

e) As redes de deriva devem ser sinalizadas, na extremidade não amarrada à embarcação, por uma boia com um mastro, guarnecido, de

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