PV2N-10-52
Módulo 17· Geometria espacial métrica – Pirâmides
Defi nição
1. Consideremos um plano α, uma região poligonal conve- xa S e um ponto V fora de α.
Pirâmide é a reunião de todos os segmentos com uma extremidade em V e a outra na região poligonal S.
V
S A
Elementos
V (vértice)S aresta
lateral
lateralface base aresta da base
h (altura)
A
B C
E
D
A região poligonal S é chamada
• base da pirâmide.
O
• vértice da pirâmide é V.
A
• altura da pirâmide é a distância de V ao plano da base.
As
• arestas da base são os lados do polígono da base.
As
• arestas laterais são os segmentos com extremida- des em V e nos vértices do polígono da base.
As
• faces laterais são os triângulos determinados pelo vértice V e cada uma das arestas da base.
Nomenclatura 2.
Uma pirâmide é nomeada de acordo com a quantidade de arestas na base.
Pirâmide triangular: a base é um triâgulo.
•
Pirâmide triângular (tetraedro)
Pirâmide quadrangular: a base é um quadrilátero.
•
Pirâmide quadrangular
Pirâmide hexagonal: a base é um hexágono.
•
Pirâmide hexagonal
Classifi cação 3.
Dizemos que a pirâmide é oblíqua se a projeção ortogo- nal do vértice V não for sobre o centro da base.
E A V
D C V
B
Pirâmide hexagonal oblíqua
Pirâmide reta é a que possui a projeção ortogonal do vértice V sobre o centro da base.
E
A D
B C
V
V
Pirâmide hexagonal reta
No caso em que uma pirâmide é reta, suas arestas late-
rais são todas congruentes.
Pirâmide regular
Uma pirâmide reta que possui um polígono regular na base é chamada de pirâmide regular.
d
d d
Pirâmide triangular regular
Em uma pirâmide regular, suas faces laterais são triân- gulos isósceles congruentes.
Apótema de uma pirâmide regular
Chama-se apótema de uma pirâmide regular a altura (relativa ao lado da base) de uma face lateral.
m
m: apótema da pirâmide
Apótema da base de uma pirâmide regular
Chama-se apótema da base de uma pirâmide regular o apótema do polígono regular da base, o qual é a distância do centro do polígono a cada um dos lados.
a
a: apótema da base Área lateral e área total
A área lateral de uma pirâmide é a soma das áreas das faces laterais.
A área total de uma pirâmide é a soma da área lateral com a área da base.
A
t= A
d+ A
b VolumeO volume de uma pirâmide é igual a um terço do produ- to da área da base pela altura.
V
= ⋅1 A h
b⋅3
Exercícios Resolvidos
(PUC-MG) A pirâmide de Quéops, em Gizé, no Egito, tem 1.
aproximadamente 90 2 metros de altura, possui uma base quadrada e suas faces laterais são triângulos equiláteros.
Nessas condições, pode-se afirmar que cada uma de suas arestas mede, em metros:
a) 90 b) 120 c) 160 d) 180
Resposta: D
Sendo 2a a medida de cada uma das arestas da pirâmide , temos:
a 2a
m 0
Em que m a
= 2 3 ⇒ m a =
2 3.
Então: m a
a a
a a
a a
2 2 2
2 2 2
2 2 2
2 2
2
90 2
3 90 2
3 2 90
2 2 90
= + ( ) ⇒
⇒ ( ) = + ⋅ ⇒
⇒ = + ⋅ ⇒
⇒ = ⋅ ⇒
⇒ = 990 90 2 90 180
2
⇒ =
\
⋅ =
a
Cada uma de suas arestas mede
m
Resposta:
a)
Vx
x
x x h
C D
A B
x 2
6 3 2 2 2
3 2 2 2 2
3
+ = + ⇒
⇒ ( + ) = ( + ) ⇒
⇒ =
x x x
x
• Altura da pirâmide:
V
h D
3
3 2 B 2
3 3 2
2 3
2 2 2
3 2 2
2
2
=
2
+
= = ⇒ =
h
h h
Área total da pirâmide:
b)
A A A A x x
A A
t b t
t t
= + ⇒ = + ⋅ ⋅ ⇒
⇒ = + ⋅ ⋅ ⇒
⇒ = +
2 2
2 2
4 3
2
3 2 3 3
9 18 3
• Volume da pirâmide ABCDV:
V = ⋅ 1 ⋅ ⇒ = V 3 3 3 2
2
9 2
2
2
PV2N-10-52
( UFPE ) Os segmentos VA, VB e VC são dois a dois per- 2.
pendiculares no espaço, como ilustrado a seguir. Se VA = 5, VB = 6, VC = 7, qual será o volume da pirâmide triangular ABCV?
V A
C B
Resposta:
Sendo ∆VBC a base e VA a altura, temos:
V A h V
V
= ⋅
b⋅ ⇒ = ⋅ ⋅ ⋅ ⇒
⇒ =
1 3
1
3 2
6 5 735
Exercícios de Aplicação
( UFPR ) Na fi gura abaixo, está representada uma pirâmi- 1.
de de base quadrada que tem todas as arestas com mesmo comprimento.
V
C D
A B
Sabendo que o perímetro do triângulo DBV é igual a a)
6 3 2
+, qual é a altura da pirâmide?
Quais são o volume e a área total da pirâmide?
b)
Resposta: C V
cubo= V V = A
b· h
V A
h V A h
V V
pir b
pir b
= ⋅ 1 ⇒ = ⋅ ⇒
pir=
3 2 · 6 6
Resposta:
V = ⋅ 1 A h
b⋅ ⇒ = ⋅ ⋅ ⇒ = V V cm 3
1
3 4 5 80
3
2 3
(Ibmec-RJ) A partir de um cubo ABCDEFGH, constrói-se 2.
uma pirâmide oblíqua AFGH, conforme ilustra a figura.
Se o volume do cubo vale V, então o volume dessa pi- râmide vale:
A
B C
F G
H E
D
a) V 12 b) V
8
c) V 6 d) V 4
e) V 3
Na figura abaixo, temos representada uma pirâmide de 3.
base quadrada e altura AE.
A
D
C B
E
Sabendo que a aresta da base mede 4 cm e a altura mede 5 cm, determine o volume dessa pirâmide.
Exercícios Propostos
(Unifor-CE) Uma pirâmide regular de altura 12 cm tem 4.
como base um quadrado de lado 10 cm. Sua área lateral, em centímetros quadrados, é:
(quebras e emendas), o número mínimo de lotes de telhas a ser comprado é:
a) 90 b) 100 c) 110 d) 120 e) 130
(Unifor-CE) A altura de uma face de um tetraedro re- 8.
gular é 5 cm. A área total desse tetraedro, em centímetros quadrados, é:
a) 360
b) 260 c) 180
d) 100 e) 65
(UEG-GO) Considere uma pirâmide de base quadrada e 5.
faces laterais triângulos equiláteros. O volume da pirâmide pode ser calculado pela terça parte do produto da área da base pela altura da pirâmide.
Desenhe a pirâmide.
a)
Calcule o volume da pirâmide, considerando a medida b)
do lado do quadrado da base igual a 10 cm.
(Unimontes-MG) Seja V uma pirâmide cujo vértice é o 6.
centro de uma face de um cubo de aresta a e cuja base é a face oposta desse cubo. Calcule a área lateral dessa pirâmi- de (em função de a).
(Fuvest-SP) Um telhado tem a forma da superfície la- 7.
teral de uma pirâmide regular de base quadrada. O lado da base mede 8 m e a altura da pirâmide, 3 m. As telhas para cobrir esse telhado são vendidas em lotes que cobrem 1 m
2. Supondo que possa haver 10 lotes de telhas desperdiçadas
a) 10 3 3 b) 25 3
3
c) 100
3 3
d) 40 3
e) 45 3
9. (UFJ F-MG) A professora de Paulo solicitou que ele cons-
truísse uma pirâmide quadrangular regular, cujo volume
fosse maior do que ou igual a 42 cm
3. A fim de fazer tal
construção, Paulo cortou o molde a seguir, tendo 20 cm,
como perímetro da base, e triângulos equiláteros congruen-
tes, como faces laterais.
PV2N-10-52
Faça um esboço da pirâmide, após ser montada com o a)
molde.
Determine as medidas dos lados dos triângulos, repre- b)
sentados no molde anterior.
Determine a área da base da pirâmide a ser montada c)
com o molde.
Determine a altura da pirâmide a ser montada com o d)
molde.
Sabendo-se que o volume V de uma pirâmide é dado por e)
V
=SH
3 , em que S é a área de sua base e H a sua altura, de- termine o volume da pirâmide a ser montada com o molde.
A pirâmide montada por Paulo atende às especificações f)
solicitadas por sua professora? Justifique sua resposta.
Calcule a área lateral, a área total e o volume de uma 10.
pirâmide regular hexagonal cujo apótema mede 4 cm e a aresta da base mede 2 cm.
(Cefet-PR) P é um ponto do plano cartesiano tal que os 11.
valores de sua abscissa e de sua ordenada são, respectiva- mente, os valores da área total e do volume da pirâmide he- xagonal regular, cuja aresta da base mede 6 cm e a altura, 9 cm. Sendo assim, as coordenadas do ponto P são:
a) ( 162 3 486 3 , )
b) ( 162 3 162 3 , )
c) ( 486 3 162 , )
d) ( 486 3 108 3 , )
(108, 162) e)
Uma construção tem a forma de uma pirâmide de base 12.
quadrada de lado 6 m e o ângulo formado pela aresta lateral com o plano de base igual a 60º. Qual é a medida de cada uma das arestas laterais dessa construção?
a) 6 m
b) 3 2 m
c) 6 2 m
d) 3 m
Módulo 18· Geometria espacial métrica – Cones
Defi nição 1.
Considere C um círculo de centro O e raio r contido em um plano α. Seja V um ponto não pertencente a esse plano.
A
C V
O r
Chamamos cone circular ou apenas cone ao sólido ge- ométrico formado pela reunião de todos os segmentos de reta com uma extremidade no ponto V e a outra em um ponto do círculo C.
Elementos
2. Base é o círculo C de centro O e raio r.
Vértice é o ponto V.
Eixo é a reta que passa pelo vértice V e pelo centro C da base.
Geratriz é todo segmento que possui uma extremidade em V e a outra em algum ponto da circunferência da base.
Altura é a distância do vértice V ao plano da base.
V eixo
altura (h)
O geratriz (g)
base
r
Cone circular reto 3.
Cone circular reto é aquele que apresenta o eixo perpen- dicular ao plano de base. Ele também é chamado de cone de revolução, pois é gerado pela rotação de uma superfície triangular determinada por um triângulo retângulo em tor- no de uma reta que contém um de seus catetos.
r Eixo V
g g
O
Cone reto ou cone de revolução
Em um cone reto, a projeção ortogonal do vértice V no plano da base é o centro da base.
Secção meridiana 4.
A secção meridiana de um cone é a intersecção do cone com um plano que passa pelo vértice e pelo centro da base.
r r
V
g g
O A
No cone reto, todas as geratrizes são congruentes, en- tão a secção mediana é um triângulo isósceles.
Área lateral e área total 5.
A partir da planifi cação do cone, temos:
r h g
r 2Pr
Q g
g
A área da base é dada pela área de um círculo de raio r:
A
b= pr
2PV2N-10-52
A área lateral é calculada de forma semelhante à área do setor:
A r g
A r g
=
2
⋅ ⇒ = ⋅2
p p
A área total é dada pela soma da área da base com a área lateral.
A
t= A
b+ A
dVolume 6.
O volume de um cone é igual a um terço do produto da área da base do cone pela sua altura.
V A h
V r h
V r h
= ⋅ b⋅
= ⋅ ⋅
( )
⋅= ⋅ ⋅ ⋅
1 3 1 3 1 3
2 2
p p
Exercícios Resolvidos
Num cone reto de raio de base 6 cm e geratriz 10 cm, 1.
calcular.
a altura (h);
a)
a área lateral (A
b)
d);
a área total (A
c)
t)
o volume (V);
d)
o ângulo
e)
q em radianos, da superfície lateral planificada.Resposta:
h g = 10 cm
6 cm
a) h
2+ r
2= g
2h
2+ 6
2= 10
2h
2= 64 \ h = 8 cm b) A
d= prg = p · 6 · 10 A
d= 60 p cm
2c) A
d= pr
2+ prg
A
d= p · 6
2+ p · 6 · 10 A
d= 96p cm
2V r h
V cm
= ⋅ = ⋅ ⋅
=
p p
p
2 2
3
3
6 8 3 96
d)
Q g
g 2 g — 2
2 r —
2 r 2 2 r
2 g g
P P
P Q
P P P
P
e)
q = 2 p = 2 6 p ⋅ = p 10 1 2 r
g , rad
A superfície lateral de um cone de revolução é a quarta 2.
parte de um círculo de raio 4 cm. Calcule o volume desse cone.
Resposta:
h g 4 cm
r
g cm e rad
r g
r r cm
g h r h
h
= =
= ⇒ = ⇒ =
= + ⇒ = + ⇒
⇒ = ⇒
4 2
2 2
2
4 1
4 1
15
2 2 2 2 2 2
2
q p
q p p p
hh cm
V r h
V
V cm
=
= ⋅ ⇒ = ⋅ ⋅ ⇒
⇒ =
15 3
1 15 3 15
3
2 2
3
p p
p
Resposta: E
A
d= 2 · A
bg
2= h
2+ r
2prg = 2pr
2g
2= h
2+ 3
2g = 2r 36 – 9 = h
2g = 2 · 3 = 6 cm h = 3 3 cm
Resposta: E V
a a
a a e b
g b a g
cone
=
⋅ =
= ⇒ = =
= +
⇒ = + p
p 2 p
3 2 3
8 2 3
2 3
2
3
2 2 2
2 2
11
2⇒ g
2= 10 ⇒ = g 10
Resposta: A
15 2
V A h
V
V cm
= ⋅
b⋅
= ⋅ ⋅ ⋅
= 1 3 1
3 2 15
20
2 3
p p
3
2 h 2
V A h
h h
h cm
=
b⋅
= ⋅ ⋅
=
= 20 3 2
2
3 20
20 3 p
p p
Exercícios de Aplicação
(Urca-RS) Considere um cone circular reto cujo raio da 1.
base mede 3 cm. Sabendo-se que a área lateral é igual ao dobro da área da base, calcule a altura desse cone.
a) 2 3 cm b) 2 2 cm
c) 3 2 cm d) 3 5 cm
e) 3 3 cm
(Fuvest-SP) Um cone circular reto está inscrito em um 2.
paralelepípedo reto-retângulo, de base quadrada, como mostra a figura. A razão b
a entre as dimensões do paralele- pípedo é 3
2 , e o volume do cone é p.
Então, o comprimento g da geratriz do cone é:
g
b
a a
a) 5 b) 7
c) 11 d) 6
e) 10
(Cefet-SP) Um cientista, ao pesquisar novas fontes de 3.
energia, em um de seus experimentos encheu por completo, com uma substância líquida, um tudo de ensaio cônico que tinha 15 cm de altura e 2 cm de raio.
Em seguida, toda essa substância foi transferida para um recipiente em forma de um prisma reto, de maneira a cobrir apenas metade do volume deste.
Se esse prisma tem uma base retangular de 2 cm por 3 cm, então sua altura é de:
a) 20 3
p
cm
b) 10 3
p
cm
c) 5 3
p
cm
d)
p3 cm e)
p2 cm
PV2N-10-52
Exercícios Propostos
(UFAM) Um tanque cônico tem 4 m de profundidade e 4.
seu topo circular tem 6 m de diâmetro. Então, o volume má- ximo, em litros, que esse tanque pode conter de líquido é:
(use p = 3,14)
(UFMG) Um cone é construído de forma que:
9.
• sua base é um círculo inscrito em uma face de um cubo de lado a; e
• seu vértice coincide com um dos vértices do cubo loca- lizado na face oposta àquela em que se encontra a sua base.
Dessa maneira, o volume do cone é de:
24.000 a)
12.000
b) c) 37.860
14.000
d) e) 37.680
(Unimar-SP) Um triângulo retângulo de lados 3, 4 e 5 5.
gira em torno do seu menor cateto, gerando um cone de revolução. O volume desse cone é:
a) 10
pb) 12
pc) 15
pd) 16
pe) 18
p(Unifor-CE)
6. O telhado da torre mostrada na figura a se- guir tem a forma de um cone circular reto.
8 m
6 m
A área da superfície externa desse telhado é, em metros quadrados, igual a:
a) 16
pb) 24
pc) 8 13p
d) 28
pe) 32 13p
(UFPA) Qual é o volume de um cone circular reto de 7.
diâmetro da base igual a 6 cm e de geratriz 5 cm?
a) 12
p cm3b) 24
p cm3c) 36
p cm3d) 48
p cm3e) 96
p cm3(UFSC) A geratriz de um cone equilátero mede
8. 2 3 cm.
Calcule a área da seção meridiana do cone, em cm
2, mul- tiplique o resultado por 3 e assinale o valor obtido no cartão-resposta.
a)
pa36 b)
pa312 c)
pa39 d)
pa33
(Mackenzie-SP) No sólido da figura, ABCD é um quadra- 10.
do de lado 2 e AE
=BE
=10 . O volume desse sólido é:
C D
B A
E
a) 5
2
p4 3 b)
pc) 4
pd) 5
pe) 3
p(Unimon
11. tes-MG) A altura e o raio da base de um cone circular reto medem 4 cm e 15 cm, respectivamente. Au- menta-se a altura e diminui-se o raio da base desse cone, de uma mesma medida x, x > 0, para se obter outro cone circular reto, de mesmo volume que o original. Determine o valor de x em centímetros.
(Vunesp) Um paciente recebe por via intravenosa um 12.
medicamento à taxa constante de 1,5 mL/min. O frasco do medicamento é formado por uma parte cilíndrica e uma parte cônica, cujas medidas são dadas na figura, e estava cheio quando se iniciou a medicação.
9 cm
3 cm 4 cm
(figura fora de escala)
Após 4 horas de administração contínua, a medicação foi interrompida. Dado que 1 cm
3= 1 mL, e usando a apro- ximação p = 3, o volume, em mL, do medicamento restante no frasco, após a interrupção da medicação, é, aproxima- damente:
a) 120
b) 150
c) 160
d) 240
e) 360
Módulo 19· Geometria espacial métrica - Esferas
Definição 1.
Considere um ponto O e a medida do raio, R > O. Chama- mos esfera ao conjunto de todos os pontos do espaço que estão a uma distância de O menor ou igual a R.
R O
A esfera é um sólido de revolução gerado pela rota- ção de um semicírculo em torno de um eixo que contém o diâmetro.
R
R O
R
R O Eixo
Superfície esférica 2.
Chamamos de superfície esférica de centro O e raio R o conjunto de todos os pontos P do espaço, cuja distância OP é igual a R.
A superfície esférica também é a superfície gerada pela rotação de uma semicircunferência em torno de seu diâ- metro.
R
R O
R O
Eixo Eixo
P
Secção da esfera 3.
A intersecção de uma esfera com um plano secante a ela é uma secção plana da esfera. Toda secção plana de uma esfera é um círculo.
Quando o plano secante passa pelo centro O da esfera, dizemos que a secção plana é um círculo máximo.
Toda secção plana de uma esfera feita de uma distância d do centro produz um círculo de raio r.
r R d
O O’ P
R
2= d
2+ r
2Área da superfície esférica 4.
A área da superfície de uma esfera de raio R é:
A
s= 4 · p · R
2Volume 5.
O volume de uma esfera de raio R é:
V
= ⋅ ⋅4 R
3
p 3PV2N-10-52
Exercícios Resolvidos
Determine o volume de uma esfera, sabendo que a área 1. de sua superfície vale 100p cm
2.
Resposta:
A
s= 4 · p · R
2100p = 4 · p · R
2R
2= 25
R = 5 cm Assim:
V R
V V cm
= ⋅ ⋅
= ⋅ ⋅ ⇒ = 4
3 4
3 5 500
3
3
3 3
p
p p
Uma esfera de raio 10 cm é cortada por um plano dis- 3.
tante 8 cm do centro da esfera, determinado, assim, um cír- culo, como mostra a figura. Determine o raio desse círculo.
r 10 cm 8 cm
O’ P
O
Resposta:
10
2= 8
2+ r
2⇒
⇒ 100 – 64 = r
2⇒
⇒ r
2= 36 ⇒
⇒ r = 6 cm
(Unicamp-SP) O volume V de uma bola de raio r é dado 4.
pela fórmula V = 4 3
pr3.
Calcule o volume de uma bola de raio r =
a) 3
4 cm. Para facilitar os cálculos, você deve substituir p pelo número 22
7 . Se uma bola de raio r =
b) 3
4 cm é feita com um material cuja densidade volumétrica (quociente da massa pelo volu- me) é de 5,6 g/cm
3, qual será a sua massa?
Resposta:
a) V r
V V
V cm
=
= ⋅ ⋅
⇒ = ⋅ ⋅ ⇒
⇒ = 4 3 4 3
22
73 4
4 3
22
727
64 99
56
3 3
3
p
b) D m
V e D g cm
V m D V m
m g
= =
=
= ⋅
= ⋅ =
=
5 6 99
56
5 6 99 56
99 10 9 9
, /
3, , Em um cilindro equilátero com superfície lateral de
2. 324p cm
2foi inscrita uma esfera. Determine o volume da esfera.
Resposta:
A = 2pr · h ⇒ A = 2pr · 2r (cilindro equilátero h = 2r) ⇒
⇒ A = 4pr
2⇒ A = 324p ⇒ 324p = 4pr
2⇒
⇒ r
2= 81 ⇒ r = 9
V R
V V
V cm
=
= ⋅ ⋅ ⇒ = ⋅ ⋅ ⇒
⇒ = 4 3 4
3 9 4
3
729972
3
3 3
p
p p
p
B
Resposta:
V R
R R cm
= ⋅ ⇒
= ⋅ ⋅ ⇒ = 4
3 500
3 4
3 5
3
3
p
p p
4 cm 5 cm
r
5
2= 4
2+ r
2⇒ r = 3 cm
Área do círculo = p · 3
2= 9p cm
2Resposta: E
x
6
V
água deslocada= V
esferap ⋅ ⋅ = ⋅ ⋅ ⇒ p
⇒ = ⇒ =
6 4
3 3
36 36 1
2
x
3x x cm
D Resposta:
3 R
7 6
p ⋅ ⋅ + ⋅ ⋅ p = ⋅ p ⇒
⇒ + = ⇒
⇒ = ⇒ = ⇒
⇒ =
6 7
4
3 3 4
3 252 36 4
3 288 4
3 216
6
2 3 3
3
3 3
R R
R R
R cm
Exercícios de Aplicação
(Unifra-RS ) Uma superfície esférica de raio R é cortada 1.
por um plano que está a uma altura h = 1 cm dessa superfí- cie, conforme a fi gura. O volume dessa esfera mede 500
3
pcm .
3A área do círculo obtida pelo corte desse plano mede, em cm
2:
R
h
(FFFCMPA-RS ) Uma esfera metálica de raio 3 cm é co- 2.
locada dentro de um recipiente cilíndrico que contém água, cujo raio da base é de 6 cm. Supondo que não haja transbordamento de água, pode-se afi rmar que o nível da água sobe:
3 a)
pb) 9
p27 c)
p81 d)
p243 e)
p3 cm a)
2,5 cm
b) c) 2 cm
1,5 cm
d) e) 1 cm
(UFJF-MG ) Duas velas são derretidas para formar uma 3.
outra em formato de esfera. Dentre as velas derretidas, uma tem formato de cilindro circular reto com raio 6 cm e altura 7 cm e a outra tem formato de esfera com raio 3 cm. O raio da nova vela esférica, em centímetros, será:
menor que 4 a)
4,5
b) c) 5
6
d) e) 6,5
PV2N-10-52
Exercícios Propostos
(Unifei-MG) Uma lata tem a forma de um cilindro reto 4.
cuja base é um círculo de raio 3 dm. A lata contém água até um certo nível e observa-se que, ao mergulhar total- mente uma esfera de chumbo na água, o nível dessa sobe 0,5 dm na lata. Então o raio da esfera, medido em decíme- tros, vale:
(Unifor-CE) As esferas E
8.
1e E
2são tais que o diâmetro de E
1é igual ao raio de E
2. A razão entre os volumes de E
1e E
2, nessa ordem, é:
a) 1
2 b) 1 c) 3
2 d) 2
(UEA-AM) Uma esfera de raio 2 cm é seccionada por um 5.
plano. A secção é um círculo de raio 1 cm. Qual é a distân- cia entre os centros do círculo e da esfera?
a) 1 cm b) 2 cm
c) 3 cm d) 2 cm
e) 3 cm
a) 1 2 b) 1 3
c) 1 4 d) 1 6
e) 1 8
9. (UFRR) O cilindro da figura está circunscrito em uma esfera de raio 3 cm. O volume do cilindro, em cm
3, é igual a:
a) 9
pb) 27
pc) 36
pd) 54
pe) 60
p(Fameca-SP) Júlia estava numa sorveteria e pediu uma 10.
casquinha com uma única bola de sorvete. Como ela estava entretida na conversa com Alice, não percebeu que o sorve- te escorreu para dentro da casquinha, preenchendo-a com- pletamente. Suponha que a bola de sorvete seja uma esfera perfeita, com raio 2 cm e que a casquinha seja um cone oco com raio da base igual a 2 cm. A altura dessa casquinha de sorvete é:
a) 4 cm
b) 6 cm c) 8 cm
10 cm
d) e) 12 cm
(Unifor-CE) Duas esferas de raios R cm e 3 R cm são 11.
concêntricas. Um plano tangente à superfície da menor de- termina na maior uma secção plana cuja área é 144p cm
2. Então, R é igual a:
a) 4 2 b) 3
3c) 3 2 d) 2
3e) 2 2 (Vunesp) Um troféu para um campeonato de futebol
6.
tem a forma de uma esfera de raio R = 10 cm cortada por um plano situado a uma distância de 5 3 cm do centro da esfera, determinando uma circunferência de raio r cm, e sobreposta a um cilindro circular reto de 20 cm de altura e raio r cm, como na figura (não em escala).
5 3 cm
20 cm R = 10 cm
r cm
O volume do cilindro, em cm
3, é:
a) 100
pb) 200
pc) 250
pd) 500
pe) 750
p(UCMG) Numa esfera de 26 cm de diâmetro, faz-se um 7.
corte por um plano que dista 5 cm do centro. O raio da sec- ção feita mede, em cm:
a) 8 b) 9 c) 10 d) 11 e) 12
(UFRGS-RS) Considere uma esfera inscrita num cubo.
12.
Dentre as alternativas abaixo, a melhor aproximação para a razão entre o volume da esfera e o volume do cubo é:
a) 2 5 b) 1 2
c) 3 5 d) 2 3
e) 3
4
Módulo 20· Geometria analítica
Introdução 1.
Consideremos em um plano dois eixos, x e y, perpendi- culares entre si e com origem O comum. Assim, dizemos que x e y formam um sistema cartesiano ortogonal, e o plano dotado com tal sistema será chamado de plano cartesiano.
x y
O
Para localizar um ponto P num plano dotado de um sistema cartesiano ortogonal, traçamos por P duas retas paralelas aos eixos x e y que encontram os mesmos em P’ e P”, respectivamente.
Com as abscissas desses pontos determinamos a posição de P no plano.
O x y
P
P'
P”
P abscissa de P abscissa de P
’
"
= −
= +
3 2
Indicamos a abscissa de P’ por x
pe a abscissa de P’’ por y
p, e o ponto P é localizado no plano pelo par ordenado (x
p, y
p).
Para facilidade de linguagem, usamos as seguintes de- nominações:
1
o) A abscissa de P’, a primeira abscissa de P, será sim- plesmente a abscissa de P.
2
o) A abscissa de P”, a segunda abscissa de P, será a abscissa ordenada de P, ou simplesmente ordenada de P.
3
o) O par ordenado (x
p, y
p) será denominado coorde- nadas de P.
4
o) Os eixos x e y serão, respectivamente, o eixo das abscissas e o eixo das ordenadas.
Exemplo
Indicamos a seguir as coordenadas dos pontos represen- tados no plano cartesiano.
x O
y
E A
F D
H B C
G
A(4, 0) D(–4, 3) G(0, –3) B(4, 3) E(–4, 0) H(4, –3) C(0, 3) F(–4, –3) O(0, 0)
Os eixos x e y dividem o plano cartesiano em quatro regiões que chamamos quadrantes (Q), que são numerados conforme a figura abaixo:
y
Abscissa negativa
Ordenada positiva Abscissa positiva Ordenada positiva
Abscissa negativa
Ordenada negativa Abscissa positiva Ordenada negativa
x
Propriedades dos pontos do plano cartesiano 2. P
1) Se um ponto tem abscissa positiva, ele pertence ao 1
oou ao 4
oquadrante do plano cartesiano ou ao eixo x.
P1 (1, 1)
P2 (2, –2) O
y
x
PV2N-10-52
P
2) Se um ponto tem abscissa negativa, ele pertence ao 2
oou ao 3
oquadrante do plano cartesiano ou ao eixo x.
P1 (–3, 2)
P2 (–1, –1)
O x
y
P
3) Se um ponto tem ordenada positiva, ele pertence ao 1
oou ao 2
oquadrante do plano cartesiano ou ao eixo y.
P1 (3, 4)
P2 (–1, 1)
O y
x
P
4) Se um ponto tem ordenada negativa, ele pertence ao 3
oou ao 4
oquadrante do plano cartesiano ou ao eixo y.
P1 (3, – 3) P2 (–1, –1)
y
O x
P
5) Se um ponto tem abscissa nula, ele pertence ao eixo y.
A (0, 2) O
B (0, 5)
C (0, – 4) x y
P
6) Se um ponto tem ordenada nula, ele pertence ao eixo x.
A(2, 0) O
B(6, 0) C(– 4, 0)
y
x
P
7) Se um ponto tem abscissa a, ele pertence à reta paralela ao eixo y, traçada pela abscissa a.
O
P(a, 2) Q(a, 5)
R(a, – 3) a y
x
P
8) Se um ponto tem ordenada a, ele pertence à reta paralela ao eixo x, traçada pela ordenada a.
O
P(3, a) Q(6, a) R(– 4, a)
x y
a
P
9) Se um ponto tem coordenadas iguais, ele pertence à bissetriz dos quadrantes ímpares.
A(2, 2) B(5, 5)
C(– 3, – 3)
O y
x
P
10) Se um ponto tem coordenadas opostas, ele perten- ce à bissetriz dos quadrantes pares.
A(– 2, 2) B(– 5, 5)
C(3, – 3) O
y
x
P
11) Dois pontos simétricos em relação ao eixo x têm a mesma abscissa e ordenadas opostas.
y
B(– 4, 2)
A'(5, – 3) O
B'(– 4, – 2)
A(5, 3)
x
P
12) Dois pontos simétricos em relação ao eixo y têm a mesma ordenada e abscissas opostas.
y
A'(– 4, 3)
O
B'(– 2, – 3)
A(4, 3)
B(2, – 3) x
P
13) Dois pontos simétricos em relação à origem têm abscissas opostas e ordenadas opostas.
x y
A'(– 4, – 2) O B(– 3, 4)
A(4, 2)
B'(3, – 4)
Exercícios Resolvidos
Determine as coordenadas dos pontos A, B, C e D da 1.
figura abaixo.
x y
C
A D
B
Resposta:
A (0, –3), B(–5, 0), C(5, 2) e D(–3, 3)
Determine a qual quadrante pertencem os pontos abaixo:
2.
A(–3, –5), B(–2, 4) C(3, –5) e D(13, 11) Resposta:
x
y A Q x
y
B Qx
y C Q x
y
A A
B B C
C
D D
<
<
⇒ ∈ <
>
⇒ ∈
>
>
⇒ ∈ >
>
0
0 3 0
0 2
0
0 4 0
º º
º
00 1
⇒ ∈ D
ºQ
O ponto A(4, p + 5) pertence à bissetriz dos quadrantes 3.
ímpares. A qual quadrante pertence o ponto B(p, p + 4)?
Resposta:
A ∈ bissetriz dos quadrantes ímpares
⇒ x
a= y
a⇒ p + 5 = 4 ⇒ p = –1. Assim, B(–1, 3)
B B
x 0
B 2ºQ
y 0
º» ¼
Resposta:
x y
A(2,2) B(–3,0)
C(0,–4)
D(5,0) A1
A2
A A
A A
A A
1 1
2 2
1 2
8 2
2 8
8 4
2 16
=
A = + A = 24 u.a.
⋅ ⇒ =
= ⋅ ⇒ =
\
Resposta:
x y
–9
33
–12 3 5
(2o quad.) B
6 A (1o quad.)
C (3o quad.)
5
41
Resposta:
A ∈ bissetriz dos quadrantes ímpares x
A= y
Am + 5 = 2 m – 3 ⇒
⇒ m – 2 m = – 3 – 5 ⇒
⇒ m = 8
PV2N-10-52
Dado o ponto A(p – 2, q + 3) determine:
4.
q, para que o ponto A pertença ao eixo x.
a)
p, para que o ponto A pertença ao eixo y.
b)
Resposta:
a) A ∈ eixo x ⇒ y
A= 0 ⇒ q + 3 = 0 ⇒ q = –3 b) A ∈ eixo y ⇒ x
A= 0 ⇒ p – 2 = 0 ⇒ p = 2
Exercícios de Aplicação
No plano cartesiano abaixo, marque os pontos A (2, 2), 1.
B (–3, 0), C (0, – 4) e D (5, 0) e calcule a área do quadrilá- tero ABCD.
x y
Determine a qual quadrante pertencem os pontos A (3, 6), 2.
B
−
5 1
, 4 , C (– 12, – 33) e D (5, – 9).
Obter m para que o ponto A(m + 5, 2 m – 3) pertença à 3.
bissetriz dos quadrantes ímpares.
Exercícios Propostos
Determine as coordenadas dos pontos da figura.
4.
A B C
D E
F
G
H
Determine a qual quadrante pertencem os pontos a se- 5.
guir relacionados:
A (
−2 , ,
p) B
7 , 11 3
, C ( 6 ,
−715 ) , D (
−3 ,
−13 )
Nas duas figuras, ABCD é um quadrado com lados de 6.
4 unidades, M é o ponto médio do lado AB e N é o ponto médio do lado AD. Obtenha as coordenadas dos pontos A, B, C, D, M e N.
C N
A y
M
D = O
B
x
a)
b)
C N
y M B
x D
O A
(Fuvest-SP) Se (m + 2n, m – 4) e (2 – m, 2n) representam 7.
o mesmo ponto do plano cartesiano, então m
né igual a:
a) –2 b) 0
c) 2 d) 1
e) 1 2
(Fuvest
8. -SP) No plano cartesiano, os pontos (1, 0) e (– 1, 0) são vértices de um quadrado cujo centro é a origem. Qual a área do quadrado?
a) 1
b) 2 c) 3
d) 4 e) 5
Determine as coordenadas dos pontos simétricos do 9.
ponto A (–2, 3) em relação:
ao eixo das abscissas;
a)
ao eixo das ordenadas;
b)
à origem.
c)
(Fuvest-SP) Sejam A = (1, 2) e B = (3, 2) dois pontos 10.
do plano cartesiano. Nesse plano, o segmento AC é obtido do segmento AB por uma rotação de 60°, no sentido anti- -horário, em torno do ponto A.
As coordenadas do ponto C são:
(2, 2 +
a) 3)
(1 + b) 3, 52)
(2, 1 +
c) 3 )
(2, 2 –
d) 3)
(1 +
e) 3, 2 + 3)
A qual qua
11. drante pertence o ponto A (–a, b) se B (a, – b) pertence ao 2
oquadrante?
(UFPB) Na figura abaixo, está representado o quadrado 12.
OMNP que se encontra subdividido em 16 quadradinhos, todos de lado 1,5 cm.
P y
O
F
E
M N
Uma formiguinha sai do ponto E
=
3 4
3
, 4 , andando paralelamente aos eixos e passando pelo centro de cada quadradinho, até o seu formigueiro localizado em F
=