• Nenhum resultado encontrado

VARIAÇÃO SAZONAL DO MICROFITOPLÂNCTON DO PARQUE MUNICIPAL MARINHO DE PARIPUEIRA, AL

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "VARIAÇÃO SAZONAL DO MICROFITOPLÂNCTON DO PARQUE MUNICIPAL MARINHO DE PARIPUEIRA, AL"

Copied!
14
0
0

Texto

(1)

Trab. Oceanogr. Univ. Fed. PE, Recife, 27(1):1 -14, 1999. 1 VARIAÇÃO SAZONAL DO MICROFITOPLÂNCTON DO PARQUE

MUNICIPAL MARINHO DE PARIPUEIRA, AL

Enaide Marinho de MELO MAGALHÃES Marinaldo de Oliveira CAVALCANTI

Elica Amara Cecília GUEDES Maria Célia de Andrade LIRA

LABMAR/UFAL

RESUMO

Foram desenvolvidos estudos visando determinar a composição do microfitoplâncton no Parque Municipal Marinho de Paripueira-Al. As coletas foram realizadas com rede de plâncton, malha de 45µm, durante maré vazante, baixa -mar, preamar e maré enchente, em uma estação localizada na zona urbana da Praia de Paripueira , no período chuvoso , intermediário e seco. Foram identificados 78 taxa incluídos nas divisões Cyanophyta, Euglenophyta, Pyrrophyta, Chrysophyta e Chlorophyta. Verificou-se maior representação qualitativa no grupo das Chrysophyta nos três períodos estudados, sendo observado maior abundância no período seco e maior número de espécies no período chuvoso. As diatomáceas Coscinodiscus lineatus, Climascophenia moniligera e Licmophora sp. se destacaram pois obtiveram 100% de frequência de ocorrência nos três períodos. Não foi observada espécie dominante em nenhum período, sendo a maior abundância relativa de 28,4%, obtida pela diatomácea Campyloneis grevillei, no período intermediário.

Palavras-chave: Microfitoplâncton ; Levantamento taxonômico; Praia de Paripueira-Al. ABSTRACT

Microphytoplankton Seasonal Variation at the Marine Municipal Park of Paripueira, AL

Studies were developed viewing the determination of the micropkankton composition at the Parque municipal Marinho of Paripueira/AL (Lat.9°22’50”-9°30’00” S and Long.35°36’14”-35°30’00”). Horizontal surface hauls were carried out through the use of a plankton net mesh size of 45 µm every three hour between 6:00 am and 6:00 p.m. at the rainy, intermediary and dry period. It was identified 78 phytoplankton taxa distributed over the following divisions: Chrysophytas( diatoms), Cyanophyta, Chlorophyta, Euglenophyta and Pyrrophyta. The diatoms were qualitatively more representative. The species Coscinodiscus lineatus, Climascophenia moniligera and Licmophora sp. were more relevant because they showed a frequency of 100% at the three collecting periods. It was not observed any dominant species but there was a greater relative abundance of Campyloneis grevillei (28,4%) at the intermediary condition of rainfall.

Keywords: Micropkankton; Taxonomic Survey INTRODUÇÃO:

A comunidade fitoplanctônica é de grande importância para a manutenção dos demais seres em ecossistemas marinhos onde estes organismos são responsáveis por

(2)

grande parte da produção primária repassada aos demais níveis tróficos através de herbívoros que vivem na dependência direta dos organismos fitoplanctônicos.

Apesar da importância que o fitoplâncton representa na rede trófica e do vasto litoral alagoano, os estudos desenvolvidos no Estado de Alagoas sobre estes organismos são ainda muito es cassos e os poucos trabalhos conhecidos, nessa área, foram realizados em ambientes estuarinos, como o estudo realizado por Eskinazi-Leça (1976) sobre a taxomonia e distribuição das diatomáceas na Lagoa Mundaú; Eskinazi-Leça e Santana (1977/1978), sobre as diatomáceas da Lagoa Mundaú ; Melo -Magalhães e Navarro (1994) realizaram estudos sobre o fitoplancton do Complexo Estuarino Lagunar Mundaú/Manguaba; Melo -Magalhães et al.(1996) determinaram a composição e abundância do fitoplâncton do Sistema Estuarino Lagunar de Jequiá-Al e Melo-Magalhães et al. (1998) realizaram estudos sobre as Cianobactérias no Complexo Estuarino Lagunar Mundaú/Manguaba,Al , não havendo, portanto, até a presente data, nenhum registro sobre as comunidades fitoplanctônica do Parque Municipal Marinho de Paripueira .

Este trabalho visa caracterizar a distribuição sazonal, freqüência de ocorrência e abundância relativa do microfitoplâncton do Parque Municipal Marinho de Paripueira, em estação seca, intermediária e chuvosa.

MATERIAL E MÉTODOS:

As amostras foram obtidas em uma estação fixa localizada na zona urbana da Praia de Paripueira, (Fig.1). As coletas foram realizadas em período chuvoso (julho/96), intermediário (setembro/96) e seco(novembro/96), levando-se em consideração o rítmo de maré: maré vazante, baixa -mar, preamar e maré enchente.

Os arrastos foram horizontais e superficiais , com o barco funcionando em marcha lenta, em uma velocidade em torno de um nó, durante aproximadamente 5 minutos em sentido contrário à maré. Utilizou-se rede de plâncton com abertura de malha de 45µm. e as amostras foram fixadas com formol neutro a 4%.

Para análise quanto-qualitativa retirou-se 0,5 ml da amostra, procedendo-se a análise direta em Microscópio Binocular Carl Zeis. A identificação das espécies foi baseada nos trabalhos de Peragallo & Peragallo (1897-1908), Desikachary (1959), Sournia (1968), Burrelly (1970) e Silva-Cunha & Eskinazi-Leça (1990).

(3)

Trab. Oceanogr. Univ. Fed. PE, Recife, 27(1):1 -14, 1999. 3

Figura 1- Mapa com delimitação da Praia de Paripueira, litoral norte do Estado de Alagoas,Brasil .

Para o posicionamento sistemático dos “taxa” identificados foram utilizadas as obras de Desikachary (1959), Sournia (1986) e Koening (1997) .

Para a confirmação dos sinônimos das diatomáceas foi utilizado a publicação de Lange. (1992) e Moreira Filho et al. (1994/1995) .

A abundância relativa das espécies identificadas foi conseguida através da contagem dos organismos presentes na sub-amostra (0,5ml), sendo estabelecidos os seguintes critérios:

30’ 36º

FONTE: Lima, Ivan Fernandes(1965)

(4)

a) Dominante > 50

b) Abundante 40|— 20

c) Pouco Abundante 20|— 10

d) Rara < 10

A freqüência de ocorrência das espécies foi calculada levando-se em consideração o número de amostras onde o organis mo ocorreu, em relação ao número total das amostras coletadas, em porcentagem, sendo estabelecidos os seguintes critérios:

a) Muito Freqüente >80

b) Freqüentes 80|— 40

c) Pouco Freqüentes 40|— 20

d) Esporádicas ≤20

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na área estudada foram identificados 78 “taxa” (Tabela 1). Foram identificados

durante o período em estudo, 01 espécies de Cyanophyta, 03 de Euglenophycea, 02 de Pyrrophyta, 68 de Chrysophyta e 03 de Chlorophyta, representando respectivamente, 2,56%; 3,85%; 2,56%; 87,18% e 3,85% (Fig.2) , com distribuição diferenciada nos três períodos estudados.

A divisão Chrysophyta esteve representada pelas classes: Chrysophyceae e Bacillariophyceae (diatomácea) . Esta divisão esteve em evidência, tanto no período chuvoso quanto no período intermediário e seco, apresentando sempre maior abundância e maior número de espécies.

Nos períodos chuvoso e seco foi registrada a ocorrência de representantes de todos os grupos. No período intermediário observou-se a ausência das euglenofíceas. A melhor representação qualitativa foi observada no período chuvoso (Fig.3).

A maior abundância das crisofíceas foi registrada no período seco, onde as mesmas chegaram a representar 97,6% do microfitoplancton . As demais divisões tiveram representação menos importante, com percentuais inferiores a 10% nos três períodos. (Fig.4).

Nas Tabelas 2 a 4 encontram-se registrados os valores da abundância relativa das espécies identificadas no período chuvoso, intermediário e seco. A anális e destas tabelas demonstram a inexistência de espécie “Dominante” entre os organismos fitoplanctônicos identificados. As espécies melhor representadas durante os três períodos foram consideradas como abundantes. No período chuvoso, foram abundantes as seguintes diatomáceas: Coscinodiscus lineatus (21,8%) , na vazante e Thalassionema nitszchioides (20,7%), na maré enchente. Foram consideradas pouco abundantes as diatomáceas Biddulphia sp. (11,4%), na maré enchente ; Coscinodiscus lineatus (10%), na baixa-mar ; Compyloneis grevillei (14,6% e 17,0%), na maré enchente e preamar, respectivamente; Ditylum brightwellii (15,9% e 13,0%), na vazante e enchente, respectivamente e Grammathophora marina (12,5%) na baixa -mar. As demais espécies presentes nas amostras deste período foram consideradas raras, pois representaram menos de 10% do fitoplancton identificado.

(5)

Trab. Oceanogr. Univ. Fed. PE, Recife, 27(1):1 -14, 1999. 5

Tabela 1 – Principais taxa do fitoplâncton da área de Paripueira, Alagoas (Brasil).

DIVISÃO CYANOPHYTA Triceratium sp. Classe: Cyanophyceae Isthmia enervis Ehrenberg

Ordem: Oscillatoriales Ditylum brightwellii (West.) Grunow

Família: Oscillatoriaceae Familia Anaulaceae

Oscillatoria spp. Terpsinoe musica Ehrenberg DIVISÃO EUGLENOPHYTA Terpsinoe sp.

Classe Euglenophyceae Subclasse Pennatae Ordem Euglenales Ordem Araphidales Família Euglenaceae Familia Tabellariaceae Euglena sp. Tabellaria sp

Phacus sp. Família Fragilariaceae

Phacus acuminatus Stokes Asterionellopsis glacilis (Castracane) Round

DIVISÃO PYRROPHYTA Asterionella notata Grunow Classe Dinophyceae Climacosphenia moniligera Ehrenberg

Ordem Peridiniales Fragilaria sp.

Família Peridiniaceae Grammatophora marina (Lyngbye) Kützing

Peridinium sp. Grammatophora humulifera Kützing

Família Ceratiaceae Grammatophora oceanica Ehrenberg

Ceratium sp. Podocystis americana (Kützing) Bailey)

DIVISÃO CHRYSOPHYTA Rhabdonema adriaticum Kützing Classe Chrysophyceae Synedra sp.

Dicytiocha fibula Ehrenberg Striatella unipunctata (Lyngb.) Ag.

Classe Bacillariophyceae Thalassionema nitzschioides (Grun.) V. Heurck

Subclasse Centricae Ordem Monoraphidales Ordem Discales Família Achnanthaceae Família Coscinodiscaceae Achanthes brevipes Agardh

Aulacoseira granulata (Ehr.)Ralfs Cocconeis scutellum Ehrenberg

Melosira sp. Cocconeis sp.

Melosira moniliformis (O. Müller) Agardh Compyloneis grevillei (Wm.Smith) Grunow

Paralia sulcata (Ehr.) Cleve Ordem Biraphidales

Talassiosira eccentrica (Ehrenberg) Cl. Família Naviculaceae

Coscinodiscus sp. Mastogloia frimbriata (Bright.) Cl.

Coscinodiscus oculusiridis Ehrenberg Mastoglia splendida (greville) Grunow.

Coscinodiscus lineatus Ehrenberg Lyrella lyra (Ehrenberg) Karajeva.

Cyclotella stylorum Brightwell Gyrosigma balticum (Ehrenberg) Rabenhorst

Cyclotella sp. Navicula sp.

Família Eupodiscaceae Pinnularia sp.

Auliscus caelatus Bailey Famila Cymbelaceae

Família Actinodiscaceae Cymbella sp.

Actinoptychus senarius Ehr.(Ehr.) Amphora arenaria Donkin

Actinophychus sp. Amphora sp.

Ordem Soleniales Família Amphiproraceae

Família Soleniaceae Amphiprora alata (Ehrenberg) Kützing

Lauderia annulata Cleve Família Nitzschiacaea

Licmophora spp. Bacillaria paxilifer (O. M) Hendey

Leptocylindrus danicus Cleve Nitzschia sigma (Kützing) Wm. Smith

Melchersiella hexagonalis C. Teixeira Nitzschia longissima (Brébisson) Grunow

Ordem Biddulphiales Nitzschia sp.

Família Chaetoceraceae Família Surirellaceae

Chaetoceros curvisetus Cleve Campylodiscus clypeus Ehrenberg

Chaetoceros lorenzianus Grunow Campylodiscus sp.

Chaetoceros sp. Surirella fastuosa Ehrenberg

Família Biddulphiaceae Surirella febigeri Lewis

(6)

Odontella mobiliensis (Bail.) Grun Classe Chlorophyceae

Bellerochea malleus (Brightwell) Van Heurk Ordem Chlorococcales

Biddulphia regia (Schultze) Ostenfeld Família Chlorococcaceae

Biddulphia biddulphiana .Smith Chlorococcum sp.

Odontella aurita (Lyngbe) Agardh. Família Scenedesmaceae

Biddulphia sp. Scenedesmus quadricauda (Turpin) Brébisson

Triceratium favus Ehrenberg Actinastrum hantzschii Lagerheim

Fig. 2- Representação qualitativa do microfitoplâncton do Parque Municipal Marinho de Paripueira,Al .

No período Intermediário apenas a diatomácea Campyloneis grevillei caracterizou-se como espécie abundante, representando respectivamente, 27,0% e 28,4% nas amostras coletadas durante a maré enchente e a preamar. Foram consideradas espécies pouco abundantes , as diatomáceas Coscinodiscus lineatus (10,7% e 13,9%), na maré vazante e baixa -mar, respectivamente; Climacosphenia moniligera (10,0%, 12,2% e 10,3%), respecivamente nas marés vazante, enchente e preamar; Grammathophora marina (10,0% e 12,0%) respectivamente, na vazante e preamar e Synedra sp. (15,0%), na baixa -mar. Todas as demais espécies identificadas no período intermediário foram consideradas raras.

No período seco a única espécie considerada abundante foi Campyloneis grevillei. Esta diatomácea representou 24,4% na amostra obtida na preamar. Como espécies pouco abundantes estiveram enquadradas as seguintes diatomáceas: Coscinodiscus lineatus (15,5%, 16,4% e 17,3%) respectivamente, na vazante, baixa -mar e enchente ; Campyloneis grevillei (10,7%), na enchente; ; Ditylum brightwellii (16,0% e 10,0%) na vazante e baixa -mar, respectivamente; Grammathophora marina (10,7%), na preamar; Licmophora sp.(15,0%, 18,1% e 17,4%) respectivamente, na

Chrysophyta

Chlorophyta Cyanophyta Euglenophyta Pyrrophyta

Cyanophyta Euglenophyta Pyrrophyta Chrysophyta Chlorophyta

(7)

Trab. Oceanogr. Univ. Fed. PE, Recife, 27(1):1 -14, 1999. 7

vazante, baixa -mar e preamar e Synedra sp. (15,0%) na enchente. As demais espécies identificadas neste período foram consideradas raras.

Fig. 3 - Representação qualitativa do Microfitoplâncton do Parque Municipal Marinho de Paripueira em período chuvoso, intermédiario e seco.

Fig. 4 - Abundância relativa do microfitoplâncton do Parque Municipal Marinho 0 10 20 30 40 50 60 nº de espécies

CYANOPHYTA EUGLENOPHYTA PYRROPHYTA CHRYSOPHYTA CHLOROPHYTA

CHUVOSO INTERMÉDIARIO SECO 0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00 80,00 90,00 100,00 abundância (%)

CYANOPHYTA EUGLENOPHYTA PYRROPHYTA CHRYSOPHYTA CHLOROPHYTA

CHUVOSO INTERMÉDIARIO SECO

(8)

de Paripueira , em período chuvoso, intermédiario e seco

Tabela 2-Abundância relativa das espécies identificadas em período chuvoso no Parque Municipal Marinho de Paripueira.

MARÉ VZ BM EN P M MARÉ VZ BM EN P M TAXA/HORAS 6:00 9:00 12:0 0 15:0 0 TAXA/HORAS 6:00 9:00 12:00 15:00 CYANOPHYTA CHRYSOPHYTA

Oscillatoria spp. 2,1 4,3 - 3,4 Ditylum brightwellii 15,9 2,1 13,0 5,0

Cyanophyta n/ identif. 2,8 1,4 - - Grammatophora hamilifera 0,7 - - -

EUGLENOPHYTA Grammatophora marina - 12,5 - 6,0

Euglena sp. 0,7 0,7 - 0,6 Grammatophora oceanica 0,7 - - -

Phacus acuminatus 1,4 - - - Hemialus sp - - - -

Phacus sp. 2,1 - - - Gyrosigma balticum 0,7 0,7 2,3 0,6

PYRROPHYTA Leptocylindrus danicus - - - -

Ceratium sp. 0,7 1,4 - 1,2 Licmophora spp. 3,5 0,7 0,8 1,2

Peridinium sp. 2,8 - - 7,9 Lyrella lyra - - - 1,2

CHRYSOPHYTA Mastoglia splendida - 1,4 - -

Asterionellopsis gracilis 0,7 - - 0,6 Melosira moniliformis 0,7 - - -

Achanthes brevipes - 0,7 - - Melosira sp. 0,7 0,7 - -

Amphiprora alata 2,1 6,5 3,1 - Navicula sp. - 4,3 - 1,2

Aulacoseira granulata 1,4 - - - Nitzschia sigma - 5,6 2,3 1,7

Amphora sp. - 0,7 - - Nitzschia longissima - 2,1 - 0,6

Auliscus caelatus - - 1,4 1,7 Nitzschia sp. - 2,1 0,8 0,6

Bacillaria paxilifer - - 0,8 - Odontella mobiliensis - 0,7 3,1 14

Bellerochea malleus - 0,7 0,8 - Odontella aurita - 0,7 - -

Biddulphia regia - 1,4 - 1,7 Paralia sulcata - - 1,4 0,6

Biddulphia biddulphiana 1,4 - 6,1 1,7 Pinullaria sp. - 0,7 - 0,6

Biddulphia sp 0,7 1,4 11,4 1,7 Surirella febigerii 1,4 7,9 2,3 -

Chaetoceros curvisetus 1,4 - - - Surirella fastuosa 0,7 - - -

Chaetoceros lorenzianus 0,7 - - - Tabellaria sp. 0,7 - - -

Chaetoceros sp. 0,7 - - - Terpsinoe sp. - - - 0,6

Coscinodicus lineatus 21,8 10 7,7 8,4 Triceratium favus - 0,7 - -

Coscinodiscus oculusiridis

0,7 5,7 2,3 6,7 Triceratium sp. 0,7 0,7 1,4 0,6

Coscinodiscus sp. - - - 1,2 Thalassionema nitzschioides 4,2 2,9 20,7 7,1

Cyclotella stilorum 3,5 - - - Talassiosira eccentrica 2,1 - - -

Cyclotella sp. 7,0 - - 0,6 Diatomáceas n/identific. 1,4 3,6 1,4 1,2

Cymbella sp. - - - - CHLOROPHYTA

Climacosphenia moniligera

0,7 0,7 2,3 2,2 Actinastrum hantzchii 1,4 0,7 - -

Campyloneis grevillei - 5,7 14,6 17 Actinastrum sp. 7,7 7,2

Campylodiscus clypeus - - - 0,6 Chrorococum sp. 0,7 - - -

Cocconeis sp. 0,7 - - - Chlorophyta n/ identific. - 0,7 - -

Total 100 100 100 100

(9)

Trab. Oceanogr. Univ. Fed. PE, Recife, 27(1):1 -14, 1999. 9

Tabela 3- Abundância Relativa das espécies identificadas em período Intermediário no Parque Municipal Marinho de Paripueira .

MARÉ VZ BM EN P M MARÉ VZ BM EN P M

TAXA/HORAS 6:00 9:00 12:00 15:00 TAXA/HORAS 6:00 9:00 12:00 15:00

CYANOPHYTA Grammatophora marina 10,0 2,3 9,6 12,0

Oscillatoria spp. 2,3 1,2 - - Gyrosigma balticum - - 0,6 -

Cyanophyta n/ identific. - 10,5 1,3 2,6 Leptocylindrus danicus - 1,2 - 0,9

PYRROPHYTA Licmophora sp 2,3 1,2 9,0 1,7

Ceratium sp. - - 0,9 Lauderia annulata - - - -

Peridinium sp 3,1 1,2 5,8 7,7 Lyrella lyra 0,8 - - 0,9

CHRYSOPHYTA Mastogloia splendida - - - -

Amphiprora alata - 1,2 1,3 - Navicula sp. 4,6 - 2,5 0,9

Amphora sp. 0,8 - 0,6 1,7 Nitzschia sigma 3,1 1,2 0,6 -

Actinoptychus senarius - - - - Nitzschia longissima - 1,2 2,0 -

Bellerochea malleus 3,1 5,8 2,6 0,9 Nitzschia sp. - 3,5 0,6 -

Biddulphia regia - 1,2 1,3 - Odontella mobiliensis - 2,3 - -

Biddulphia biddulphiana 3,1 4,5 4,5 4,3 Paralia sulcata 1,5 1,2 - 1,7

Biddulphia sp. 9,2 5,8 3,8 - Podocystis americana - - 0,6 -

Chaetoceros sp. 0,8 - - - Surirella febigerii 2,3 1,2 - -

Coscinodiscus oculus-iridis

0,8 1,2 - - Synedra sp. 7,0 15,0 1,3 4,3

Coscinodiscus lineatus 10,7 13,9 6,4 6,9 Tabellaria sp. - - - -

Cyclotella sp. - - - - Talassiosira eccentrica 0,8 3,5 1,3 2,6

Climacosphenia moniligera

10,0 5,8 12,2 10,3 Thalassionema nitzschioides

1,5 1,2 - 0,9

Campyloneis grevillei 8,4 8,0 27,0 28,4 Diatomáceas

n/identificadas

- 1,2 - 0,9

Campylodiscus clypeus 2,3 - - - CHLOROPHYTA

Campylodiscus sp. - - - 1,7 Actinastrum gracillnum - - 0,6 -

Cocconeis scutellum 1,5 - 1,9 5,2 Chlorophyta

n/identificadas

10,0 - - -

Ditylum brightwellii. - 3,5 2,6 2,6 Total 100 100 100 100

(10)

Tabela 4- Abundância Relativa das espécies identificadas em período seco no Parque Municipal Marinho de Paripueira.

MARÉ VZ BM EN P M MARÉ VZ BM EN P M

TAXA/HORAS 6:00 9:00 12:00 15:00 TAXA/HORAS 6:00 9:00 12:00 15:00

CYANOPHYTA Fragillaria sp - - - 0,5

Oscillatoria spp. 1,4 - - - Grammatophora marina 5,1 - - 10,7

EUGLENOPHYTA Gyrosigma balticum 0,7 - 0,8 -

Euglena sp. 2,9 3,4 1,6 0,5 Isthmia enervis 1,4 2,6 3,3 3,0

PYRROPHYTA Licmophora sp. 15,0 18,1 9,9 17,4

Peridinium sp. 2,2 0,9 0,8 0,5 Lauderia annulata - - - 1,0

CHRYSOPHYTA Lyrella lyra - - - -

Asterionella japonica 4,4 0,9 1,6 2,0 Melchersiella hexagonalis 0,7 - - - Amphiprora alata 0,7 0,9 3,3 1,5 Mastogloia fimbriata - - - 0,5 Amphora ovalis 2,2 - 3,3 - Navicula sp. - 0,9 1,6 0,5 Amphora sp. - 0,9 - - Nitzschia sigma 0,7 6,0 2,5 1,5 Actinoptychus undulatus - - - - Nitzschia longissima 1,4 6,0 3,3 - Auliscus caelatus 0,7 3,4 - - Nitzschia sp. 1,4 2,6 1,0 1,5 Bellerochea malleus 1,4 - 0,8 - Paralia sulcata 3,6 0,9 1,6 3,5 Biddulphia regia - - - - Podocystis americana - - - 0,5 Biddulphia biddulphiana - 1,7 2,5 1,0 Rhabdonema adriatricum 1,4 - - 1,5 Odontella aurita - - - - Surirella fastuosa - - - 0,5 Biddulphia sp. 2,9 0,9 - - Synedra sp. - 1,7 15,0 - Chaetoceros sp. 0,7 5,2 - 1,0 Striatella unipuctata - - - 0,5 Coscinodiscus

oculus-iridis

0,7 2,6 - 2,0 Tabellaria sp. - - - 0,5 Coscinodiscus lineatus 15,5 16,4 17,3 7,5 Terpsionoe musica - - 1,0 - Coscinodiscus sp. 0,7 - - - Triceratium favus - - - 1,5 Cyclotella sp. 0,7 - - - Thalassionema nitzschioides 1,4 0,9 - 1,0 Climacosphenia moniligera 4,4 7,8 7,4 3,0 Talassiosira eccentrica - 0,9 3,3 -

Campyloneis grevillei 9,0 2,6 10,7 24,4 Diatomáceas n/identific. 0,7 - - - Campylodiscus sp. - - 2,5 1,0 CHLOROPHYTA

Cocconeis scutellum - - - 0,5 Scenedesmus quadricauda

- 0,9 - -

Ditylum brightwellii. 16,0 10,0 4,9 9,0 Chlorophyta n/identificadas

- 0,9 - -

Total 100 100 100 100

VZ= maré vazante; BM= baixa-mar; EN= maré enchente; PM = preamar

As diatomáceas também se destacaram com relação a Freqüência de Ocorrência, especialmente as espécies Licmophora sp. , Coscinodiscus lineatus e Climacosphenia moniligera, pois ocorreram em todas as estações e nos três períodos, apresentando 100% freqüência de ocorrência, sendo portanto as mesmas, classificadas como espécies “Muito Freqüente”. Nesta categoria também se enquadram por apresentarem freqüência igual ou superior a 80 %: Ditylum brightwellii, Campyloneis grevillei, , Thalassionema nitzschioides, Peridinium sp. Nitzschia sigma, Paralia sulcata e Biddulphia sp., ( Fig.5).

(11)

Trab. Oceanogr. Univ. Fed. PE, Recife, 27(1):1 -14, 1999. 11

Todas as cloroficeas e cianofíceas foram consideradas “Esporádicos” pois ocorreram com percentuais inferiores a 20% . Estiveram também incluídas nesta categoria as euglenofíceas Phacus sp., Phacus acuminatus, e as diatomáceas : Tabellaria sp., Navicula sp.,Leptocylindrus danicus, Lauderia annulata, Coscinodiscus sp.,Triceratium favus, Surirella fastuosa, Rhabdonema adriaticum, Pinullaria sp. , Podocystis americana, Melosira sp., Mastogloia splendida, Dictyocha fibula, Cocconeis sp., Campylodiscus clypeus, Actinoptycus senarius, Terpsinoe sp., Terpsinoe musica, Striatella unipunctata, Odontella aurita , Melosira moniliformis, Melchersiella hexagonalis, Mastogloia fimbriata, Hemialus sp., Grammatophora oceanica, Grammatophora humulifera, Fragilaria sp.,Ditylum brightwellii, Cymbella sp., Cyclotella stylorum, Chaetoceros lorenzianus, Chaetoceros curvisetus, Biddulphia biddulphiana, Bacillaria paxillifer, Aulacoseira granulata, Amphiprora alata e Achantes brevipes (Fig.6)

CONCLUSÕES

• Foram identificados 78 taxa distribuídos entre as divisões Cyanophyta,

Euglenophyta, Pyrrophyta, Chrysophyta e Chlorophyta .

• grupo das diatomáceas foi o mais representativo quali e quantitativamente ,

apresentando o maior número de espécies e com abundância relativa total chegando a atingir 91,05 % do contingente fitoplanctônico.

• Não foi observado espécies dominantes no material analisado.

• A espécie melhor representada com relação a abundância foi a diatomácea

Campyloneis grevillei.

As espécies Licmophora sp. ,Coscinodiscus lineatus e Climacosphenia moniligera

apresentaram 100% de freqüência de ocorrência.

(12)

Figura 5- Freqüência de ocorrência dos organismos do Microfitoplâncton (> 20 %) do Parque Municipal Marinho de Paripueira-AL 0 2 0 4 0 6 0 8 0 1 0 0 Amphora ovalis Bidduphia regia Ceratium sp Cyclotella sp Lyrella lira Odontella mobiliensis Triceratium sp Triceratium sp Auliscus caelatus Campylodiscus sp Chaetoceros sp Istmia enervis Amphora sp Cocconeis scutellum Surirella febigeri Asterionellopsis gracilis Oscillatoria princeps Synedra sp Gyrosigma balticum Euglena sp Talassiosira eccentrica Nitzschia longissima Bellerochea malleus Coscinodiscus oculusiridis Navicula sp Amphiprora alata Grammatophora marina Nitzschia sp Biddulphia sp Paralia sulcata Nitzschia sigma Peridinium sp Thalassionema nitzschioides Compyloneis grevillei Ditylum sp. Climacosphenia moniligera Coscinodiscus lineatus Licmophora sp F r e q ü ê n c i a d e o c o r r ê n c i a ( % )

(13)

Trab. Oceanogr. Univ. Fed. PE, Recife, 27(1):1 -14, 1999. 13 0 5 1 0 1 5 2 0 A c h a n t h e s b r e v i p e s A c t i n a s t r u m g r a c i l l i n u m A c t i n o p h y c h u s s p A m p h o r a a l a t a A u l a c o s e i r a g r a n u l a t a B a c i l l a r i a p a x i l i f e r B i d d u l p h i a b i d d u l p h i a n a C h a e t o c e r o s c u r v i s e t u s C h a e t o c e r o s l o r e n z i a n u s C h r o r o c o c c u m s p C y c l o t e l l a s t y l o r u m C y m b e l l a s p D i t y l u m b r i g h t w e l l i i F r a g i l a r i a s p G r a m m a t o p h o r a h u m u l i f e r a G r a m m a t o p h o r a o c e a n i c a H e m i a l u s s p M a s t o g l o i a f r i m b r i a t a M e l c h e r s i e l l a h e x a g o n a l i s M e l o s i r a m o n i l i f o r m i s O d o n t e l l a a u r i t a P h a c u s a c u m i n a t u s P h a c u s s p S c e n e d e s m u s q u a d r i c a u d a S t r i a t e l l a u n i p u c t a t a T e r p s i n o e m u s i c a T e r p s i n o e s p A c t i n a s t r u m h a n t z c h i i A c t i n a s t r u m s p A c t i n o p t y c h u s s e n a r i u s C a m p y l o d i s c u s c l y p e u s C o c c o n e i s s p D i c t y o c h a f i b u l a M a s t o g l o i a s p l e n d i d a M e l o s i r a s p O s c i l l a t o r i a s p p P a d o c y s t i s a m e r i c a n a P i n u l l a r i a s p R h a d o n e m a a d r i a t i c u m S u r i r e l l a f a s t u o s a T r i c e r a t i u m f a v u s C o s c i n o d i s c u s s p L a u d e r i a a n n u l a t a L e p t o c y l i n d r u s d a n i c u s N a v i c u l a s p T a b e l l a r i a s p F r e q ü ê n c i a d e o c o r r ê n c i a ( % )

Figura 6- Freqüência de ocorrência dos organismos do Microfitoplâncton (< 20 %) do Parque Municipal Marinho de Paripueira-AL

(14)

AGRADECIMENTOS

À Dra. Maria Luise Koening pela revisão do texto e sugestões apresentadas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOURRELLY, P. Les Algues d’eau Douce. Initiation à la Systématique. Paris. Ed. N. Boubée Science, 3v, 1531p., 1970

DESIKACHARY, T. V. Cyanophyta . New Delhi : Indian Council of Agricultural Research, l959. 686 p.

ESKINAZI-LEÇA, E.. Taxonomia e Distribuição das Diatomáceas Bacillariophyceae na Laguna Mundaú (Alagoas-Brasil), Recife, Universidade Federal Rural de Pernambuco, l00 p., (Dissertação de Mestrado), Recife, l976.

ESKINAZI-LEÇA E. & SANTANA, M.R. Diatomáceas da Laguna Mundaú (Alagoas - Brasil). Anais da Sociedade Federal Rural de Pernambuco, Recife, nº 213: 181-208, 1977/78.

LANGE,C.B., HASLE,G.R., SYVERSTEN,E. E.. Seasonal cycle of diatoms in the Skagerrak, North Atlantic, with emphasis on the period 1980-1990. Sarsia , Oslo, v.77, p. 173-187, 1992.

KOENING, M. L. Ecologia e Dinâmica do Fitoplâncton no Estuario do Rio Ipojuca, Após a Implantação de SUAPE (PE-BRASIL) Tese (Doutorado em Botânica) . Departamento de Botânica ,Universidade Federal Rural de Pernambuco, 1997, 263 f.

MELO MAGALHÃES, E.M.; & NAVARRO F.S.B.S. Levantamento preliminar da composição fitoplanctônica do Complexo Lagunar Mundaú/Manguaba (Alagoas, Brasil). Bol. Est. Ciênc. Mar. Maceió nº 8: 65-72 1994.

MELO MAGALHÃES, E.M.de; GUEDES, E.A C.; LIRA, M.C. de A . e CAVALCANTI, M.de O. Composição Fitoplanctônica do Sistema Estuarino Lagunar de Jequiá, (Alagoas, Brasil). Bol. Est. Ciênc. Mar. Maceió nº 9: 01-18. 1996.

MELO-MAGALHÃES, E. M.de ; CAVALCANTI, M. de O . e LIRA , M. C. de A . Florações de Algas Cianoficeas no Complexo Estuarino-Lagunar Mundaú/Manguaba, Alagoas. Bol. Estud.Ciênc.Mar, Maceió nº 10 . 1998 (no prelo)

MOREIRA FILHO, H.;; ESKINAZI, E. ; VALENTINE-MOREIRA, I. & CUNHA, J. A .Avaliação Taxonomica e Ecologica das Diatomáceas (Chrysophyta-Bacillariophyceae) Marinhas e Estuarinas nos Estados do Espirito Santo ,Bahia, Sergipe e Alagoas, Brasil. Biologica brasilica . 6(½) p. 87 - 110 (1994/1995).

PÉRAGALLO, H, PÉRAGALLO, M. Diatommées marines de France et des districtes

maritimes voisins.Paris: J.Tempere, 1897-1908. 491 p.

SILVA-CUNHA, M. da G. G. da & ESKINAZI-LEÇA,E. Catalógo das diatomáceas (Bacillariophyceae) da Plataforma Continental de Pernambuco. Recife: SUDENE, 1990. 308 p.

SOURNIA, A.. Le Genre Ceratium (Péridinien Planctonique) dans le Canal de Mozambique; Contribution a une révison mondiale. Vie et Milieu, Serie A, Biologie Marine ,Paris, 2/3, 375-499. 1967.

Referências

Documentos relacionados

Esse estudo trata-se de uma pesquisa-ação em que as participantes, com base em seus saberes prévios e nas evidências científicas sobre a temática delirium apresentadas

ESCALA DE MEDIDA Durabilidade de União Falha na adesão Categoria fundamentada na avaliação da longevidade das restaurações semidiretas Quantitativa Qualitativa

A Escola W conta com uma equipe gestora composta por um diretor, dois vices-diretores e quatro coordenadores. Essa equipe demonstrou apoio e abertura para a

Carmo (2013) afirma que a escola e as pesquisas realizadas por estudiosos da educação devem procurar entender a permanência dos alunos na escola, e não somente a evasão. Os

Art. O currículo nas Escolas Municipais em Tempo Integral, respeitadas as Diretrizes e Bases da Educação Nacional e a Política de Ensino da Rede, compreenderá

Para solucionar ou pelo menos minimizar a falta ou infrequência dos alunos dos anos finais inscritos no PME, essa proposta de intervenção pedagógica para o desenvolvimento

Fonte: elaborado pelo autor. Como se pode ver no Quadro 7, acima, as fragilidades observadas após a coleta e a análise de dados da pesquisa nos levaram a elaborar

O Programa de Avaliação da Rede Pública de Educação Básica (Proeb), criado em 2000, em Minas Gerais, foi o primeiro programa a fornecer os subsídios necessários para que