Agosto / 2021
Comparativo dos Principais Aspectos da Primeira Versão
(13/07/2021) e da Segunda Versão (03/08/2021) do
Substitutivo do Projeto de Lei nº 2.337/2021 que altera a
legislação do imposto sobre a renda
Reforma Tributária
Introdução
Em 25 de junho de 2021, a equipe econômica do Governo Federal
entregou ao Congresso sua proposta para a 2º fase da reforma
tributária referente à tributação sobre a renda (Projeto de Lei nº
2.337/21)
Em 13 de julho de 2021, o relator do PL 2.337/21, deputado Celso
Sabino (PSDB-PA), propôs um texto substitutivo ao Projeto
introduzindo profundas modificações no texto original, com o
propósito de atender em parte os pleitos dos contribuintes,
especialmente uma redução substancial da alíquota do IRPJ (para
2,5% a partir de 2023)
Em 03 de agosto de 2021, o relator propôs uma segunda versão do
seu substitutivo, novamente com alterações relevantes, em razão das
críticas recebidas por Estados e Municípios, de modo que a redução da
alíquota básica do IRPJ para 2,5%, prevista no primeiro substitutivo,
ficará condicionada à verificação de aumentos de arrecadação pelo
Governo
Esta apresentação contém um comparativo das principais mudanças e
novidades da segunda versão do substitutivo ao PL 2.337/21, em
relação ao texto da primeira versão do substitutivo
Em seguida, detalhamos os principais aspectos do texto da segunda
versão do substitutivo
Principais alterações: 1º PL Substitutivo x 2º PL Substitutivo
Distribuição de Lucros e Dividendos
Alterações relacionadas ao IRPJ
Reorganizações Societárias
Mercado Financeiro e de Capitais
Tributação da Pessoa Física
Revogações
Índice
Reforma Tributária
Principais alterações: 1º PL Substitutivo x 2º PL Substitutivo
Primeiro PL Substitutivo Segundo PL Substitutivo
Distribuição dos Lucros e Dividendos
• Mantém a incidência do incidência do IRRF à alíquota de 20% sobre os dividendos pagos ou creditados pelas pessoas jurídicas
• Impõe a alíquota de 30% nos casos de: (i) beneficiário residente ou domiciliado em país de tributação favorecida ou que esteja submetido a regime fiscal privilegiado; (ii) distribuição de lucros não apurados na escrituração mercantil; ou (iii) lucros distribuídos disfarçadamente conforme as regras de DDL
• Estabelece isenção da distribuição para pessoa jurídica brasileiras do mesmo grupo econômico (controladas ou pessoas jurídicas sob controle societário comum)
• Manteve a capitalização de lucros sem custo para o sócio ou acionista.
• Mantém a incidência do incidência do IRRF à alíquota de 20% sobre os dividendos pagos ou creditados pelas pessoas jurídicas
• Impõe a alíquota de 30% no caso de lucros não apurados na escrituração mercantil
• Estabelece isenção da distribuição para pessoa jurídica que seja sociedade: controladora ou pessoas jurídicas sob controle societário comum, bem como titular de 20% ou mais do capital votante da pessoa jurídica que distribui os lucros ou dividendos desde que esse investimento seja avaliado pelo Método de Equivalência Patrimonial
• Manteve a capitalização de lucros sem custo para o sócio ou acionista.
Juros Sobre o Capital Próprio
• Mantém a exclusão da possibilidade de dedução de JCP da base de cálculo do IRPJ e da CSLL.
• Transforma o IR incidente no JCP de fundos em tributação definitiva e permite que o custo seja adicionado ao valor da cota ou repassado diretamente ao cotista.
• Revoga o art. 9º da Lei 9.249/1995, eliminando a possibilidade pagamento de JCP.
Distribuição de Lucros e Dividendos
Principais alterações: 1º PL Substitutivo x 2º PL Substitutivo
Primeiro PL Substitutivo Segundo PL Substitutivo
Distribuição disfarçada de lucros
• Mantém as novas hipóteses em que se configura a DDL, dentre as quais destacamos: (i) pagar a pessoa ligada juros em montante que exceda o valor de mercado; e (ii) perdoar dívida de pessoa ligada.
• Aumenta a alíquota do IRRF para 30% sobre o lucro distribuído disfarçadamente.
• Mantém as novas hipóteses em que se configura a DDL
• Reduz a alíquota do IRRF para 20% sobre o lucro distribuído disfarçadamente
Alíquota do IRPJ • A alíquota do IRPJ foi reduzida de 15% para 5% em 2022 e 2,5% em 2023.
• A alíquota do IRPJ foi reduzida para 7,5% em 2022, sendo que poderá reduzir mais 2,5% em 2022 e mais 2,5% em 2023, a depender do resultado arrecadatório do ano anterior
Obrigatoriedade ao Lucro Real
• Estão obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas: (i) que explorem as atividades de
securitização de créditos. • Sem alteração
Pagamentos sem causa ou a beneficiário não identificado
• N/A • Reduz a alíquota de IRRF 35% para 30% nos casos de
pagamento efetuado pelas pessoas jurídicas a beneficiário não identificado
Alterações relacionadas ao IRPJ
Principais alterações: 1º PL Substitutivo x 2º PL Substitutivo
Primeiro PL Substitutivo Segundo PL Substitutivo
Amortização dos Intangíveis e Redução de capital
• Amortização de ativos intangíveis à razão de 1/240, exceto na hipótese de intangíveis cuja utilização pela pessoa jurídica possua prazo legal ou contratual previamente definido, hipótese na qual a cota dedutível poderá ser estabelecida em função desse prazo
• Redução de capital: Manteve a obrigatoriedade de realização das operações de redução de capital a valor de mercado, exceto nos casos em que os bens ou direitos são entregues a sócio domiciliada no País que seja considerado controlador da pessoa jurídica que estiver devolvendo o capital
• Amortização de ativos intangíveis: Ajustou as alterações nas regras de amortização de ativos intangíveis para prever a amortização à razão de 1/120
• Redução de capital: foram acrescentadas os seguintes dispositivos:
• autorização de redução de capital pelo valor contábil à pessoa jurídica no exterior, desde que os bens ou direitos devolvidos destinem-se à integralização de capital social em pessoa jurídica domiciliada no país no prazo de até 12 meses da devolução, pelo mesmo valor;
• A obrigatoriedade de avaliação pelo valor justo não se aplica à devolução de capital efetuada por pessoa jurídica no exterior à pessoa física ou jurídica domiciliada no Brasil
Reorganização Societária
Principais alterações: 1º PL Substitutivo x 2º PL Substitutivo
Primeiro PL Substitutivo Segundo PL Substitutivo
Títulos derenda fixa • IRRF: mantém o regime atual de alíquotas regressivas
de 22,5% a 15% • IRRF: mantém o regime atual de alíquotas regressivas de 22,5% a 15%
Fundos Abertos
• Mantém o regime atual com alíquotas regressivas e a segregação entre fundos de curto e longo prazo.
• Propõe come-cotas anual em novembro • Sem alterações
Fundos Fechados
• Estabelece alíquota fixa de IRRF fixa em 15% e come- cotas anual em novembro;
• Em relação ao estoque de rendimentos, propõe a sua tributação em maio/22 mediante aplicação de IRRF de 15%, a qual pode ser reduzida para 10%, se o recolhimento se der em maio/22;
• Não atinge FIDCs e FIAGROs (assim como deixa claro também não atingir FIIs, FIPs, FIP-IE, FIP PD&I, FIDC-IE).
• IRRF: mantém o regime atual de alíquotas regressivas de 22,5% a 20% para fundos de curto prazo e 22,5% a 15% para fundos de longo prazo
• Propõe come-cotas anual em novembro
• Em relação ao estoque de rendimentos, propõe a sua tributação em maio/22 mediante aplicação de IRRF de 15%, a qual pode ser reduzida para 10%, se o recolhimento se der em maio/22;
FIA/Clube de
ações • Sem alteração
• Patrimônio deve ser composto por no mínimo 75% (era 67%) de ações negociadas em bolsa (Regras não aplicáveis para instituições financeiras e similares e para não-residentes sujeitos a regime especial)
Reorganização
de fundos • Não aplicável para FII, FIAGRO, FIDC, FIP, FIP-IE, FIP
PD&I, FIDC-IE. • Não aplicável para FII, FIAGRO, FIDC, FIP, FIP-IE, FIP PD&I, FIDC-IE, FIA, o FIDC Qualificado e os FIIM.
Mercado Financeiro e de Capitais
Principais alterações: 1º PL Substitutivo x 2º PL Substitutivo
Primeiro PL Substitutivo Segundo PL Substitutivo
FIP Qualificado
• Mantém a regra atual, exceto pelo fato de determinar resgate compulsório quando da realização de desinvestimentos, estabelecer que a carteira deve atender unicamente as regras emitidas pela CVM e esclarecer pontos acerca da verificação de vínculo entre os cotistas do fundo
• Sem alterações, com exceção que a isenção passa a abranger todos os não residentes que não sejam domiciliados em paraíso fiscal
FIP Não Qualificado
• Equipara os FIPs não qualificados à pessoa jurídica;
• Em relação ao estoque de rendimentos, propõe a sua tributação em novembro/22 mediante aplicação de IRRF de 15%, a qual poderia ser reduzida para 10%, se o recolhimento se desse em janeiro/22.
• Sem alterações
FII / FIAGRO
• Mantém a regra atual, com as regras de isenção, tributação mediante aplicação da alíquota de 20%, distribuições semestrais (junho e dezembro).
• Mantém o dispositivo da proposta original relativa aos esclarecimentos sobre a aplicação de regime especial para não residentes.
• Sem alterações
Mercado Financeiro e de Capitais
Principais alterações: 1º PL Substitutivo x 2º PL Substitutivo
Primeiro PL Substitutivo Segundo PL Substitutivo
Renda Variável
• Propõe a uniformização das alíquotas sobre ganhos líquidos em 15% e extinguia tratamento diferenciado para operações day trade.
• Modifica o prazo de apuração dos ganhos líquidos de mensal para trimestral.
• Permite a compensação de perdas entre ganhos e perdas de operações normais com operações day trade.
• Sem alterações
JCP e Dividendos recebidos
por fundos
• Mantém o texto da proposta original e acrescente que os JCP e dividendos recebidos podem ser repassados sem tributação para os cotistas.
• JCP será extinto e dividendos ficam sujeitos a IRRF de 5,88%. Valor líquido será considerado como aumento no valor das cotas poderá ser repassado ao cotista sem nova incidência
Mercado Financeiro e de Capitais
Principais alterações: 1º PL Substitutivo x 2º PL Substitutivo
Primeiro PL Substitutivo Segundo PL Substitutivo
Regra anti-diferimento para
pessoas físicas • Exclusão destes dispositivos • Exclusão destes dispositivos
Atualização da Tabela
Progressiva do IRPF
• Manutenção da proposta original com a atualização dos
valores da Tabela Progressiva do IRPF. • Sem alterações
Atualização do valor dos imóveis
• Prevê a possibilidade de atualização do valor dos bens imóveis adquiridos até 2020 por pessoas físicas
residentes. • Sem alterações
Atualização do valor dos bens
móveis • N/A
• Propõe a possibilidade de atualização do valor dos recursos, bens ou direitos de origem lícita mantidos no exterior e adquiridos até 2020 por pessoas físicas residentes
Tributação da Pessoa Física
Principais alterações: 1º PL Substitutivo x 2º PL Substitutivo
Primeiro PL Substitutivo Segundo PL Substitutivo
Adicional dealíquota da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM)
N/A
• Será devido o adicional da CFEM, incidente à alíquota de 1,5% sobre as operações relativas a ferro, cobre, bauxita, ouro, manganês, caulim e níquel
• A competência para arrecadação da CFEM será repassada aos Estados e Distrito Federal
Setor de Mineração
Principais alterações: 1º PL Substitutivo x 2º PL Substitutivo
Primeiro PL Substitutivo Segundo PL Substitutivo
PAT • Trazia a previsão de revogação do benefício • As deduções dos valores pagos no âmbito do Programa de Alimentação do Trabalhador não poderão exceder a oito por cento do imposto de renda devido
Fundos de Direitos da Criança e do Adolescente e do Idoso.
N/A • Aumenta de 1% para 2% o limite de deduções de
doações aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente e do Idoso
Obras
audiovisuais N/A
• Aumenta de 1% para 2% o limite de deduções das quantias investidas na produção de obras audiovisuais brasileiras de produção independente mediante a aquisição de quotas representativas dos seus direitos de comercialização, e de 4% para 8% as quantias referente ao patrocínio à produção de obras audiovisuais brasileiras de produção independente.
Deduções
Projetos
desportivos e
paradesportivos N/A
• Aumenta de 1% para 2% o limite de deduções de doações para projetos desportivos e paradesportivos e prorroga o incentivo até 2027
Principais alterações: 1º PL Substitutivo x 2º PL Substitutivo
Primeiro PL Substitutivo Segundo PL Substitutivo
Revisão de
Incentivos Fiscais
• Revoga a possibilidade de dedução do PAT
• Revoga a isenção e redução do II e IPI de partes, peças e componentes destinados ao reparo, revisão e manutenção de aeronaves e embarcações
• O auxílio-transporte passará a ser considerado como rendimento tributável para fins de incidência de imposto de renda
• Mantém as alterações relacionadas ao setor naval
• Autoriza ao Poder Executivo a conceder alíquota zero no PIS-Importação e na COFINS-Importação incidentes sobre (i) materiais e equipamentos destinados ao reparo, construção e manutenção de embarcações e (ii) aeronaves e nas partes, peças, componentes, ferramentais, insumos, equipamentos, serviços a serem empregados na sua manutenção, reparo, revisão ou industrialização
Dispositivos Revogados
• Acrescenta novos dispositivos na lista de revogações, não necessariamente relacionados ao imposto de renda, dentre os quais destacamos:
• Possibilidade de o Poder Executivo reduzir a zero a alíquota de PIS e COFINS incidente em operações internas e de importação de determinados produtos farmacêuticos e químicos
• Regime monofásico para produtos farmacêuticos e cosméticos, incluindo a revogação chamada lista positiva de medicamentos, instituída no intuito de reduzir o preço de medicamentos para população
• Mantém as revogações relacionadas ao setor naval e aeronáutico
• Revogação do dispositivo que trata do JCP
• Mantém o regime monofásico de PIS e Cofins para produtos farmacêuticos e cosméticos, mas revoga o benefício fiscal do crédito presumido de PIS e de COFINS para pessoas jurídicas que procedam à industrialização ou à importação de determinados grupos de medicamentos (“lista positiva”), atualmente previsto no art. 3º da Lei 10.147/00
Revogações
Distribuição de
Lucros e
Dividendos
A partir de 1º de janeiro de 2022, os lucros ou dividendos pagos ou creditados sob qualquer forma pelas pessoas jurídicas, ficarão sujeitos à incidência do imposto sobre a renda retido na fonte à alíquota de 20% (vinte por cento)
O projeto não ressalva os lucros apurados até 2021, dizendo apenas que os lucros pagos ou creditados a partir de 2022 passam a ser tributados, de modo que, em princípio, a nova tributação sobre dividendos atinge os lucros apurados até 2021 que seja distribuídos a partir de 2022
A tributação é exclusiva na fonte e não integrará os rendimentos tributáveis para fins do ajuste anual
Os lucros e dividendos distribuídos sofrerão a retenção de 20% de IR
RECEITAS
( ) Tributos sobre vendas ( ) Custos e despesas ( ) Lucro bruto
( ) IRPJ/CSLL ( ) Lucro líquido
Distribuição de Lucros e Dividendos
Os lucros e dividendos distribuídos sofrerão a retenção de 20% de IR
O imposto retido anteriormente pode ser usado para compensação do IRRF
No caso de pessoas jurídicas brasileiras, o imposto retido poderá ser compensado com o IRRF por ela devido calculado sobre as distribuições de seus próprios lucros ou dividendos. Como não se trata de antecipação, mas de tributação exclusiva de fonte, se a beneficiária não redistribuir os lucros recebidos ou até que isso aconteça a retenção de 20% não poderá ser compensada
Serão isentas do imposto sobre dividendos as distribuições para beneficiários: pessoas jurídicas brasileiras controladora ou pessoas jurídicas sob controle societário comum, bem como titular de 20% ou mais do capital votante da pessoa jurídica que distribui os lucros ou dividendos, desde que esse investimento seja avaliado pelo Método de Equivalência Patrimonial
Pagamento a pessoas jurídicas brasileiras
• O imposto de renda também incidirá sobre os lucros ou dividendos pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos para beneficiários residentes ou domiciliados no exterior à alíquota de 20%
• A alíquota do imposto retido na fonte sobre as distribuições de lucros e dividendos será de 30% no caso de distribuição de lucros não apurados na escrituração mercantil
• O imposto de renda incide sobre lucros ou dividendos pagos em decorrência dos valores mobiliários integrantes das carteiras de fundos de investimento autorizados pela CVM, independentemente de sua classificação, à uma alíquota de 5,88%; para compensar essa tributação no nível dos fundos, o imposto retido na fonte será acrescido ao custo de aquisição do cotista para fins do imposto devido na alienação, amortização ou resgate das cotas
Pagamento a beneficiários não residentes e fundos de investimentos
Distribuição de Lucros e Dividendos
Lucros e dividendos pagos a pessoas físicas por empresas com receita bruta de até R$ 4,8 milhões/ano, estarão isentos do imposto de renda desde que o montante recebido pelo contribuinte no mês não ultrapasse R$ 20.000,00 (O limite aplica-se ao conjunto das pessoas ligadas); o montante que ultrapassar esse limite fica sujeito aos 20%
O imposto de renda incide sobre dividendos a beneficiários de todas as espécies de ações previstas na Lei 6.404/74, ainda que a ação seja classificada no passivo ou que a remuneração seja classificada como despesa financeira
Pagamento a pessoas físicas
Distribuição de Lucros e Dividendos
Os lucros e dividendos tributados na fonte à alíquota de 20% não podem ser deduzidos no IRPJ e da CSLL
Dedutibilidade fiscal
Capitalização de lucros
5 anos 5 anos
Vedada redução de capital Vedada redução de capital
A capitalização de lucros deixa de gerar custo para o sócio ou acionista, pois o custo das ações ou quotas recebidas será igual a zero
O aumento de capital social por meio da incorporação dos lucros ou reservas da pessoa jurídica não está sujeita ao imposto de renda retido na fonte, desde que nos cinco anos que antecedam a capitalização, e nos cinco anos subsequentes, a pessoa jurídica não restitua capital ao sócio ou acionista
Caso haja a redução de capital neste período, a parcela dos lucros incorporada ao capital social será tratada como distribuída, atraindo a incidência do imposto de renda
No entanto, a capitalização de lucros havidas em período inferior a 5 anos contados da última redução de capital só serão tributadas caso esta redução ocorra a partir de 1º de janeiro de 2022
Capitalização de lucros acumulados
Distribuição de Lucros e Dividendos
A pessoa jurídica que distribuir lucros e dividendos por meio da entrega de bens e direitos deverá mensurá-los por seu valor de mercado, a não ser que este seja inferior a seu valor contábil
Para fins de cálculo do imposto sobre os lucros e dividendos, o valor de mercado dos bens distribuídos será considerado líquido, sendo aplicável o reajustamento da base de cálculo sobre a qual incidirá o imposto
A diferença positiva entre o valor de mercado e o valor contábil dos bens distribuídos será tratada como ganho de capital e será computada na base de cálculo do IRPJ e da CSLL; se a diferença for negativa, ou seja, se o valor de mercado for superior ao valor contábil, não poderá ser deduzida
O titular, sócio ou acionista pessoa física que receber os bens e direitos deverá informa-los na declaração de bens correspondente à declaração de rendimentos do respectivo ano base pelo valor dos lucros ou dividendos; o mesmo tratamento se aplica ao sócio ou acionista pessoa jurídica
Distribuição de lucros com bens e direitos
Distribuição de Lucros e Dividendos
Alterações das regras de Juros sobre capital próprio
Distribuição de Lucros e Dividendos
O PL 2.337/2021 revoga os dispositivos do art. 9º da Lei 9.249/2021, eliminando a possibilidade de remuneração dos sócios por meio do juros sobre capital próprio.
Juros sobre capital próprio
Alterações
relacionadas ao
IRPJ
O novo texto substitutivo do Projeto de Lei reduz a alíquota do IRPJ
para 7,5% a partir de 2022 e prevê que poderá ser novamente
reduzida em mais 2,5% em 2022, bem como mais 2,5% em 2023,
desde que haja um aumento da arrecadação alcançada pelo
Governo no ano-calendário anterior.
O texto substitutivo mantém as novas hipóteses em que se
configura a distribuição disfarçada de lucros, sendo estas: (i) pagar
a pessoa ligada juros em montante que exceda o valor de mercado;
e (ii) perdoar dívida de pessoa ligada. Além disso, diminui a alíquota
de IRRF proposta no primeiro substitutivo de 30% para 20% nos
casos em que o lucro for distribuído disfarçadamente.
O Projeto de Lei altera os arts. 60 a 62 do Decreto-Lei nº 1.598/1977 e introduz novas hipóteses em que se configura a distribuição disfarçada de lucros, dentre as quais destacamos:
i. pagar a pessoa ligada juros em montante que exceda o valor de mercado; e ii. perdoar dívida de pessoa ligada.
Além dessas hipóteses, também presume-se distribuição disfarçada de lucros os gastos não necessários à atividade da pessoa jurídica e à manutenção da respectiva fonte produtora realizados em benefício da pessoa ligada
Sobre o lucro distribuído disfarçadamente, além da tributação ou não dedutibilidade de eventual receita ou despesa na apuração do IRPJ e CSLL, haverá a incidência do IRRF à alíquota de 20%, em linha com as alterações na tributação de dividendos comentadas anteriormente, ainda que a pessoa jurídica pagadora não seja tributada com base no lucro real
Também foi introduzido no conceito de pessoa ligadas os agentes, prepostos e fiéis depositários, bem como trusts de quaisquer espécies em que figurem como instituidores ou beneficiários
Distribuição Disfarçada de Lucros - DDL
Novas Hipóteses de DDL
Alterações relacionadas ao IRPJ
DIMINUIÇÃO GRADUAL
A alíquota do IRPJ foi reduzida de 15% para 7,5% e poderá ser novamente reduzida, de forma gradual, em 2,5% a partir de 2022 e mais 2,5% em 2023, desde que atendidas certas premissas de arrecadação
A redução não atingiu o adicional de IRPJ (10% sobre lucros anuais superiores a R$ 240 mil) e a CSLL.
Alíquota do IRPJ
Mudança de Alíquota e Apuração do Lucro Real
Alterações relacionadas ao IRPJ
PERÍODO DE APURAÇÃO
A opção pelo pagamento por estimativa e apuração anual foi vedada. Dessa forma, a partir de 2022, todas as pessoas jurídicas sujeitas a tributação com base no Lucro Real deverão realizar a apuração trimestral.
OBRIGATORIEDADE
Estão obrigadas à apuração do lucro real as pessoas jurídicas que explorem as atividades de securitização de créditos.
Lucro Real
%
UNIFORMIZAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO
A Reforma trouxe a uniformização de tratamento do IRPJ e da CSLL em determinadas situações:
Limite de dedução das despesas com o pagamento de royalties em 5% da receita bruta
Requisitos para dedução de despesas com publicidade e propaganda
Exclusão da base de cálculo da PLR paga a empregados (essa exclusão já era aplicada mesmo sem previsão legal expressa)
Indedutibilidade de perdas com a baixa de participações societárias adquiridas com dedução do IRPJ (ex.: FINAM e FINOR)
Indedutibilidade dos valores pagos a sócios pessoa física e pessoas relacionadas
Indedutibilidade das perdas com operações de day-trade
Base de cálculo e Compensação de PF e BN
Alterações relacionadas ao IRPJ
COMPENSAÇÃO TOTAL
Com a vedação da opção pela apuração anual, o prejuízo fiscal e a base negativa da CSLL apurados em um trimestre poderão:
Ser compensados nos três trimestres subsequentes, não havendo mais a limitação dos 30%
Os prejuízos fiscais e a base negativa sujeitos à limitação tratada no caput somente serão utilizados na compensação após a utilização total dos prejuízos fiscais apurados nos três trimestres anteriores
Prejuízo Fiscal e da Base de
Cálculo Negativa da CSLL
Base de Cálculo do IRPJ e CSLL
Reorganização
Societária
A segunda versão do texto substitutivo do Projeto de Lei não trouxe
relevantes modificações em relação àquele que havia sido
apresentado em 13.07.2021 pelo Relator, deputado Celso Sabino
Se comparado à proposta anteriormente apresentada pela equipe
econômica do Governo, ainda deixarão de estar abrangidos na
proposta de reforma da tributação sobre a renda os capítulos que
tratavam dos seguintes temas:
Aproveitamento da mais-valia de ativos e do goodwill
Limitações na apuração do custo de aquisição na alienação de
participação societária (perda do saldo da mais-valia/goodwill)
Integralização de bens em sociedades estrangeiras
Regime de apuração do IRPJ da SCP e do Sócio Ostensivo
Esse novo texto, propõe colocar em votação apenas os dispositivos
que tratam da amortização de ativos intangíveis e de operações de
redução de capital, conforme segue
O novo projeto substitutivo realizou pequenos ajustes no último texto do PL divulgado, apenas para reduzir o prazo de amortização dos ativos intangíveis para 120 meses e não mais 240. Assim, se aprovada essa redação, o artigo 41 da Lei nº 12.973/14 terá as seguintes modificações em relação à legislação atualmente em vigor:
O direito à amortização dos bens intangíveis passa a ser dedutível à razão de 1/120, exceto na hipótese de intangíveis cuja utilização pela pessoa jurídica possua prazo legal ou contratual previamente definido, hipótese na qual a cota dedutível poderá ser estabelecida em função desse prazo.
Caso a cota de amortização registrada na contabilidade seja superior ao limite acima, a diferença deverá ser adicionada e poderá ser excluída do lucro líquido quando houver a alienação ou baixa do intangível
A regra aplica-se somente para intangíveis cuja amortização se inicie a partir de 1º de janeiro de 2022
Reorganização Societária
Amortização de Ativos Intangíveis
Pontos Mantidos do PL Substitutivo de Julho/2021
Os bens devolvidos aos sócios devem ser avaliados pelo seu valor de mercado, ou contábil caso este seja superior ao valor de mercado. A diferença entre o valor de mercado e o valor contábil do bem deve ser tributada na forma de ganho de capital pela pessoa jurídica que esteja devolvendo capital
Possibilidade de serem avaliados a valor contábil, os bens ou direitos entregues a sócio ou acionista pessoa jurídica domiciliada no País que seja considerado controlador da pessoa jurídica que estiver devolvendo o capital ou esteja sob controle societário comum. A relação de controle deve ser mantida desde o início do ano-calendário anterior à devolução até o período de doze meses após o evento
Os ganhos e as perdas decorrentes de avaliação do bem ou direito com base no valor justo não serão computados na determinação da base de cálculo do IRPJ/CSLL pela pessoa jurídica que estiver devolvendo capital. De igual maneira, o AVJ não será considerado na pessoa jurídica investidora como integrante do custo do bem ou direito que lhe deu causa para efeito de determinação de ganho ou perda de capital e do cômputo da depreciação, amortização ou exaustão
Redução de Capital
Reorganização Societária
Pontos Incluídos no Novo Substitutivo
Será autorizada a devolução de capital social a valor contábil à pessoa jurídica controladora ou sob controle comum domiciliada no exterior, nas mesmas condições previstas no caso de PJ brasileiras, desde que os bens ou direitos devolvidos destinem-se à integralização de capital social em pessoa jurídica domiciliada no país no prazo de até doze meses da devolução, pelo mesmo valor
Além disso, foi esclarecido que a obrigatoriedade de avaliação pelo valor de mercado não se aplica à devolução de capital efetuada por pessoa jurídica no exterior à pessoa física ou jurídica domiciliada no Brasil
Redução de Capital
Reorganização Societária
Mercado
Financeiro e
de Capitais
A nova versão do texto substitutivo mantém a maior parte do texto
substitutivo ao projeto de lei original
Destaca-se uma modificação muito relevante sobre as regras que
tratam dos FIPs, relacionadas às condições legais para fruição de
isenção sobre rendimentos e ganho de capital auferidos por não
residentes. De acordo com essa nova versão do teto substitutivo,
basta não ser residente ou domiciliado em paraíso fiscal para gozar o
benefício. A regra atual, que determina certa dispersão, é de difícil
comprovação e tem levado a questionamentos por parte das
autoridades fiscais
Houve um ajuste na cobrança do come-cotas dos fundos fechados,
tornando-a compatível com a incidente sobre fundos abertos.
A despeito da manutenção da cobrança do come-cotas para os fundos
fechados em geral, houve uma ampliação no rol de fundos
excetuados, destacando-se os FIDCs “qualificados” e Fundos sobre
Índices de Mercado
No mercado de renda variável, a compensação cruzada, que havia
sido ampliada para permitir a compensação de ganhos e perdas com
FII/FIAGRO com ganhos e perdas/perdas no mercado a vista, de
opções, a termo e futuro foi retirada. Não obstante, o tratamento
atual aplicável aos FIIs e FIAGROs foi mantido
Quadro comparativo
Mercado Financeiro e de Capitais
PROJETO DE LEI
SUBSTITUTIVO 2ª VERSÃO DO PL SUBSTITUTIVO Títulos de renda fixa IRRF: 22,5% a 15% IRRF: 22,5% a 15% Fundos Abertos
Curto Prazo Longo Prazo Come-cotas
FIA Mercado de Acesso
IRRF: 22,5% a 20% IRRF: 22,5% a 15%
Novembro IRRF: 15%
IRRF: 22,5% a 20% IRRF: 22,5% a 15%
Novembro IRRF: 15% Fundos Fechados
Curto Prazo Longo Prazo Come-cotas Estoque
IRRF: 15% IRRF: 15% Novembro
Tributado em 30.11.22
IRRF: 22,5% a 20% IRRF: 22,5% a 15%
Novembro
Tributado em 30.11.22
FIA/Clube de ações N/A
Patrimônio deve ser composto por no mínimo 75% (era 67%) de ações
negociadas em bolsa
IRRF: 15% se pago em
novembro/22 ou reduzido para 10%, se pago em maio/22 (em até 12 parcelas)
A partir 01.01.24
Regras não aplicáveis para
instituições financeiras e similares e para não-residentes sujeitos a regime especial
Quadro comparativo
Mercado Financeiro e de Capitais
PROJETO DE LEI
SUBSTITUTIVO 2ª VERSÃO DO PL SUBSTITUTIVO FIDC/FIC FIDC “Qualificados” N/A Come-cotas: não temIRRF: 15%
Fundos de Investimento em Índice
de Mercado - FIIM N/A
Extensão do tratamento aplicável ao FIIM – Fundo
de Índice de Ações para fundos destinados a outros Fundos de Índices
(ações, imobiliários, de criptoativos, moedas e commodities). Fundo de
Índice de Renda Fixa (incluindo infraestrutura)
continuam sujeitos à regra específica atual Reorg. de fundos fechados (cisão,
incorporação e transformação) Tributada Tributada
FII / FIAGRO / FIDC-IE / FIP / FIP-IE / FIP PD&I
Novas regras sobre fundos fechados
acima não são aplicáveis
Novas regras sobre fundos fechados acima
não são aplicáveis
Devem aplicar, no mínimo, 75% do patrimônio em direitos creditórios. Nenhum cotista pode deter
isoladamente ou junto a pessoas ligadas mais do que 75% das cotas. FIDC/FIC FIDC “não qualificados” continuam sujeitos à regra atual
Comentários feitos por dedução, uma vez que o dispositivo (art. 25%) não é claro
Regras não aplicáveis para
instituições financeiras e similares e para não-residentes sujeitos a
regime especial
No texto da primeira versão substitutiva, as regras sobre fundos fechados não são aplicáveis ao FII / FIAGRO / FIDC-IE / FIP / FIP-IE / FIP PD&I. A nova versão incluem na exceção o FIA, o FIDC Qualificado e os FIIM.
PROJETO DE LEI
SUBSTITUTIVO 2ª VERSÃO DO PL SUBSTITUTIVO FIP Qualificado
Tributação: regra geral Fato gerador
Resgate compulsório Carteira
Pessoas ligadas
Isenção p/ não residentes
Não muda Não muda
Sim Só CVM Conceito gestor
Não muda
Não muda Não muda
Sim (vale para FIP IE e FIP PD&U)
Só CVM (requisitos fiscais deixam de ser aplicáveis)
AmpliadaN/A
FIP Não Qualificado
Equiparado a PJ Rendimentos
acumulados devem ser tributados
IRRF: 15% se pago em novembro/22 ou reduzido para 10%, se
pago em maio/22 (pode ser pago em até
12 parcelas)
Equiparado a PJ
Rendimentos acumulados devem ser tributados IRRF: 15% se pago em novembro/22 ou reduzido
para 10%, se pago em maio/22 (pode ser pago
em até 12 parcelas)
Quadro comparativo
Mercado Financeiro e de Capitais
Regra fiscal era diferente da imposta pela CVM, o que
inviabilizava alguns investimentos
Para qualificar-se como
entidade de investimento, o FIP deve ter gestão discricionária, buscar apreciação do capital, avaliar a carteira com base no valor justo e definir regras de desinvestimento. Outros fatos podem ser considerados.
Liquidez decorrente de desinvestimentos deve ser distribuída
Vários cotistas não
residentes com mesmo gestor não os torna liga ligados
A isenção passa a abranger todos os não residentes que não sejam domiciliados em paraíso fiscal
PROJETO DE LEI
SUBSTITUTIVO 2ª VERSÃO DO PL SUBSTITUTIVO FII / FIAGRO
Tributação PF regra geral Tributação não residente Isenção PF
Fato gerador
Distribuição compulsória
15% ou zero 20% Não muda
Não muda Não muda
15% ou zero 20% Não muda
Não muda Não muda
JCP e Dividendos recebidos por fundos
Sujeitos a IRRF de 15% (JCP) e 20% (dividendos).
Valor líquido será
considerado como aumento no valor das cotas poderá
ser repassado ao cotista sem nova incidência
JCP será extinto e dividendos ficam sujeitos
a IRRF de 5,88%. Valor líquido será considerado
como aumento no valor das cotas poderá ser repassado ao cotista sem nova incidência Fundos com patrimônios
segregados e classes
diferenciadas N/A
Cada classe fica sujeita à tributação aplicável ao patrimônio segregado à
que se refere
Quadro comparativo
Mercado Financeiro e de Capitais
Conquanto seja possível considerar que os ganhos auferidos por não residentes (sujeitos ao regime especial) sobre vendas de cotas de FII em bolsa de valores gozem e isenção, tal interpretação não vem sendo adotada. A versão original e o primeiro
substitutivo deixavam clara a não tributação em tal situação. A segunda versão não traz o esclarecimento.
PROJETO DE LEI
SUBSTITUTIVO 2ª VERSÃO DO PL SUBSTITUTIVO Renda Variável
Operações normais Operações day trade Fato gerador
Compensação de perdas
Isenção ganho líquido Isenção ganho de capital
IR: 15% IR: 15% Trimestral
Autorizada a compensação cruzada (incluindo FII e
FIAGRO)
Vendas até R$ 60 mil por trimestre
Não aplicável
IR: 15% IR: 15% Trimestral
Autorizada a compensação cruzada (não inclui FII e
FIAGRO)
Vendas até R$ 60 mil por trimestre
Não aplicável
Quadro comparativo
Mercado Financeiro e de Capitais
Não é autorizada a compensação de perdas em operações normais com ganho em operações day trade e vice versa
Tributação da
pessoa física
O novo texto substitutivo propõe a possibilidade de atualização
do valor dos bens móveis mantidos no exterior
Os demais dispositivos propostos pelo PL Original relacionados
à atualização do valor dos imóveis e à Tabela Progressiva do
IRPF foram mantidos
O Projeto de Lei trouxe a possibilidade de atualização do valor dos bens imóveis adquiridos até 2020 por pessoas físicas residentes
A diferença entre o valor atualizado e o custo de aquisição será considerada acréscimo patrimonial, sujeito a tributação definitiva do imposto de renda na alíquota de 4%
A opção pela atualização do custo e o recolhimento do imposto deverão ser feitos até o dia 29/04/2022
No caso de imóvel rural, a regra só se aplica à terra nua
Atualização do valor dos
bens imóveis
Atualização do valor dos bens móveis e móveis
Tributação da pessoa física
O novo substitutivo trouxe a possibilidade de atualização do valor dos recursos, bens ou direitos de origem lícita mantidos no exterior e informados na DIRPF -2020
A diferença entre o valor atualizado e o custo de aquisição será considerada acréscimo patrimonial, sujeito a tributação definitiva do imposto de renda na alíquota de 6%
Atualização do valor dos bens
móveis mantidos no exterior
Atual Após Reforma
Até R$ 1.903,98 Até R$ 2.500,00 0%
R$ 1.903,99 até R$ 2.826,65 R$ 2.500,01 a R$ 3.200,00 7,50%
R$ 2.826,66 a R$ 3.751,05 R$ 3.200,01 a 4.250,00 15,00%
R$ 3.751,06 a R$ 4.664,68 R$ 4.250,01 a R$ 5.300,00 22,50%
Acima de R$ 4.664,69 Acima de 5.300,01 27,50%
Faixas
Alíquota
Tabela Progressiva do IRPF
Tributação da pessoa física
Atualização da Tabela Progressiva do IRPF
Setor de Mineração
O novo texto substitutivo do PL 2.337 prevê um capítulo adicional para tratar das mudanças na Compensação Financeira pela Exploração Mineral – CFEM
Se aprovada a regra, será devida contribuição adicional de 1,5% incidente sobre as operações relativas a ferro, cobre, bauxita, ouro, manganês, caulim e níquel
A competência para arrecadação, fiscalização, cobrança e distribuição da CFEM deixa de ser exclusiva da União Federal, passando a ser dos Estados e do Distrito Federal, relativamente às operações ocorridas em seus territórios. A competência da União Federal será supletiva, quando inexistir, no âmbito do Estado ou do Distrito Federal, órgão ao qual seja atribuído o exercício dessa atividade
Compensação Financeira pela Exploração Mineral - CFEM
Deduções
O texto substitutivo ao PL 2.337 prevê um capítulo adicional para aumentar os limites das deduções fiscais referentes aos valores despendidos em temas de relevante interesse social. Se aprovado, a legislação fiscal será alterada para:
• As deduções dos valores pagos no âmbito do Programa de Alimentação do Trabalhador – PAT não poderão exceder a oito por cento do imposto de renda devido
• Aumentar de 1% para 2% o limite de deduções de doações aos Fundos dos Direitos da Criança e do Adolescente e do Idoso
• Aumentar de 1% para 2% o limite de deduções das quantias investidas na produção de obras audiovisuais brasileiras de produção independente mediante a aquisição de quotas representativas dos seus direitos de comercialização e de 4% para 8% as quantias referente ao patrocínio à produção de obras audiovisuais brasileiras de produção independente
• Aumentar de 1% para 2% o limite de deduções de doações para projetos desportivos e paradesportivos e prorrogação do incentivo até 2027
Atividades de relevante interesse social
Revogação de Benefícios Fiscais
O texto substitutivo ao PL 2.337 prevê um capítulo adicional para tratar da revogação de benefícios fiscais. Se aprovado, as seguintes alterações serão promovidas na legislação:
Ficarão sujeitos ao imposto de renda os valores recebidos de pessoa jurídica de direito público a título de custeio de despesas com moradia
Partes, peças e componentes destinados ao reparo, revisão e manutenção de aeronaves e embarcações não poderão usufruir da isenção e redução do II e do IPI, previstos na Lei nº 8.032/90
Autoriza o poder público a regulamentar a utilização do benefício da alíquota zero para a contribuição do PIS/PASEP-Importação e da COFINS-Importação incidentes sobre (i) materiais e equipamentos destinados ao emprego na construção, conservação, modernização, conversão ou reparo de embarcações; (ii) aeronaves; e (iii) partes, peças, ferramentais, componentes, insumos, fluidos hidráulicos, lubrificantes, tintas, anticorrosivos, equipamentos, serviços e matérias-primas a serem empregados na manutenção, reparo, revisão, conservação, modernização, conversão e industrialização de aeronaves
Benefícios Fiscais Revogados
O texto substitutivo manteve as principais revogações propostas no primeiro texto substitutivo, como os relacionados a:
Incentivos de II, IPI, PIS e COFINS aplicados ao setor naval.
Possibilidade de o Poder Executivo reduzir a zero a alíquota de PIS e COFINS incidente em operações internas e de importação aplicadas ao setor aeronáutico, naval e de determinados produtos farmacêuticos e químicos.
Além disso, previu a extinção do Juros Sobre Capital Próprio (JCP) e se retratou quanto a previsão de revogação integral da Lei nº 10.147. Nessa nova proposta, apenas o dispositivo que prevê o crédito presumido de PIS e COFINS para os produtos da lista positiva de medicamentos será revogado
Dispositivos Revogados
Dispositivos Revogados
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