O MAR NO FUTURO DE PORTUGAL
FÓRUM DO MAR
OCEANO XXI
José Félix Ribeiro
Esquema
1. OS OCEANOS NO SÉCULO XXI
2. OS OCEANOS E A TRANSFORMAÇÃO DO
ENQUADRAMENTO GEOECONÓMICO DE PORTUGAL 3. OS OCEANOS E A SUA VALIA PARA PORTUGAL
4. A EXTENSÃO DA PLATAFORMA
CONTINENTAL:GANHANDO RELEVÂNCIA GLOBAL 5. DEEP OFFSHORE - EM BUSCA DE PETRÓLEO & GÁS
NATURAL
6. FACHADA ATLÂNTICA - ENERGIA, TRANSPORTES, ENGENHARIA NAVAL E OCEÂNICA
1.
OS OCEANOS NO SÉCULO XXI
1.
Os Oceanos vão continuar a ser o suporte principal das redes de transporte intercontinental de mercadorias – nomeadamente entre a Ásia e a América do Norte e a Ásia e a Europa Ocidental
-contribuindo decisivamente para o
prosseguimento da Globalização.
2.
Os Oceanos, incluindo como nova área chave o Oceano Ártico - vão crescer de importância no
abastecimento em combustíveis fósseis do planeta; a instabilidade duradoura nas regiões onde se concentra atualmente o essencial das reservas de petróleo e gás natural – Golfo Pérsico e Médio Oriente – vai determinar um duplo movimento em direção ao Offshore:
os países desenvolvidos do Norte irão procurar fazer do Ártico uma base segura de exploração energética
as economias emergentes China, Índia, Brasil e Turquia -vão apostar na exploração intensiva do potencial energético da sua plataforma continental
E no longo prazo poderão ver ampliada sua capacidade de oferta com a provável entrada em exploração do gás natural obtido a partir dos hidratos de metano localizados no fundo dos Oceanos
OS OCEANOS NO SÉCULO XXI
Os Oceanos podem vir a ser pela primeira vez encarados como uma fonte imprescindível de minerais, nomeadamente aqueles que hoje se concentram na China (terras raras) ou na África Central e do Sul (devido à dificuldade de estabilizar em tempo útil essas regiões); tornando necessário aceder a outras fontes de minerais de importância militar e civil
(Mas não são a única alternativa não convencional para ampliar a futura base de extração de minérios: veja-se os planos de mineração dos Asteróides por empresas dos EUA)
Proposed mining projects
On April 24, 2012 a plan was announced by billionaire entrepreneurs to mine asteroids for their resources. The company is called
Planetary Resources and its founders include film director and explorer James Cameron as well as Google's chief executive
Larry Page and its executive chairman Eric Schmidt.[1][29]
They also plan to create a fuel depot in space by 2020 by using water from asteroids, which could be broken down in space to liquid oxygen and liquid hydrogen for rocket fuel. From there, it could
be shipped to Earth orbit for refueling commercial satellites or spacecraft .
The plan has been met with scepticism by some scientists who do not see it as cost-effective, even though platinum and gold are
worth nearly£35 per gram ($1,600 per ounce). http://
OS OCEANOS NO SÉCULO XXI
Os Oceanos, pela descoberta recente de formas de vida em condições extremas, a grandes
profundidades, vão fornecer uma base
completamente nova de exploração
biotecnológica com impactos desde a área da saúde à criação artificial de seres vivos que permitam combater a acumulação de gases com efeito de estufa;
E numa escala mais reduzida a exploração intensiva das micro algas irá constituir uma base de produção de biocombustíveis sem efeitos perversos sobre a oferta alimentar
OS OCEANOS NO SÉCULO XXI
Os Oceanos, devido às alterações climáticas e aos efeitos devastadores que podem ter na produção agrícola de algumas regiões mundiais densamente povoadas, vão exigir que os Oceanos realizem a sua
“Revolução AZUL” por forma a disponibilizarem
alimentos, alguns tradicionais, outros completamente inovadores
OS OCEANOS NO SÉCULO XXI
Os Oceanos, devido aos prováveis impactos das alterações climáticas vão transformar-se numa fonte de riscos de intensidade muito elevada em muitas regiões do mundo determinando um enorme esforço de investimento em obras de
proteção costeira, nomeadamente nas regiões desenvolvidas do planeta onde se concentram as
mais ricas e sofisticadas actividades
desenvolvidas pela humanidade
O conjunto das actividades de exploração e
utilização dos Oceanos com
maior potencial
de crescimento
e maior efeito de arrastamento
nas economias em que se localizem nas
próximas décadas
,
constitui um campo de
negócios
claramente
global
em
que
dominarão actores internacionais com forte
capacidade tecnológica e organizativa;
serão
actividades em que se cruzarão várias das
tecnologias mais avançadas em várias áreas
2.
OS OCEANOS E A
TRANSFORMAÇÃO DO
ENQUADRAMENTO
PORTUGAL - ENTRE A ÁSIA E A EUROPA
O dinamismo exportador das economias asiáticas em direção às economias da Europa e dos EUA/Canadá -gera os mais importantes fluxos de mercadorias a nível global e reestrutura as redes de portos e terminais dos operadores de transporte marítimo de carga contentorizada
Por sua vez a grande assimetria na carga originada na Ásia e a que é destinada à Ásia - com origem na Europa e nos EUA - determina uma busca de plataformas logísticas que permitam reduzir o ónus do transporte de contentores vazios
PORTUGAL - ENTRE A AMÉRICA DO NORTE
E A EUROPA
O inicio das negociações para a formação de uma Zona de Livre Troca Transatlântica, envolvendo naturalmente os membros da NAFTA e da União Europeia e Estados da AELE, abre oportunidades para o aumento substancial das exportações europeias para os EUA /Canadá e para a eventual implantação na Europa de
PORTUGAL - ENTRE O ATLÂNTICO SUL
E O ÍNDICO E A EUROPA
Estamos a assistir à transformação do Atlântico Sul num nexo de bacias energéticas de importância mundial, que na margem latino
americana, quer na margem africana,
estendendo-se à costa africana do Indico;
Por sua vez a maior autonomia energética dos EUA, após a revolução do shale gas e do tight oil vai libertar uma parte mais substancial dessa nova capacidade de produção de petróleo e gás natural para o abastecimento da Europa Ocidental - em vez dos fluxos atuais vindos do leste euroasiático;
PORTUGAL - NO CENTRO DO ATLÂNTICO
NORTE
Os
processos
de
extensão
das
plataformas
continentais
,
ocorrendo
neste ambiente de busca de novas fontes
de minérios - mas também de recursos
biológicos suscetíveis de aplicação na
descoberta de novos fármacos - valoriza
A GLOBALIZAÇÃO IMPEDIRÁ PORTUGAL
DE SER UM PÁIS PERIFÉRICO
A
posição
geográfica
de
Portugal,
frequentemente avaliada como periférica,
a está a ser transformada na sua valia por
estes quatro processos,
o último dos
quais
valoriza
a
característica
3.
OS OCEANOS SÃO RELEVANTES PARA
PORTUGA A QUATRO NÍVEIS:
EM
TERMOS
ESTRATÉGICOS
-
A
valia
estratégica
de
Portugal
resulta
do
seu
caráter arquipelágico
no Atlântico Norte,
com
uma
base
continental
na
periferia
sudoeste da Península europeia, à entrada
do
Mediterrâneo
e
com
uma
exposição
geográfica e relacional com o Atlântico Sul,
OS OCEANOS SÃO RELEVANTES PARA
PORTUGA A QUATRO NÍVEIS:
EM TERMOS GEOECONÓMICOS – A configuração
geoeconómica mundial que mais potencia Portugal é a que se estrutura em torno de relações oceânicas - como são as que suportam a fase atual
de Globalização - e não as que fraturam a
economia mundial em blocos continentais;
O maior desafio que Portugal defronta hoje é o que implica a transição de uma concentração quase exclusiva na construção europeia continental para uma configuração como a que os EUA propuseram
de Parceria Transatlântica de Comércio e
OS OCEANOS SÃO RELEVANTES PARA
PORTUGA A QUATRO NÍVEIS:
EM TERMOS DE RECURSOS NATURAIS E LOCACIONAIS
O acesso a recursos naturais de maior valor que distinguem Portugal na Europa são os recursos dos oceanos com a composição cada vez mais abrangente que têm vindo a ganhar. Recursos que se localizam na plataforma continental (nomeadamente se esta for alargada); no deep offshore nas zona costeiras
OS OCEANOS SÃO RELEVANTES PARA
PORTUGA A QUATRO NÍVEIS:
EM TERMOS DE RISCOS NATURAIS - Os riscos naturais que ameaçam Portugal - para além do risco sísmico nalgumas das suas regiões densamente povoadas - são os riscos ambientais, parte dos quais residem no interface entre o oceano e o espaço terrestre, num período de alterações climáticas;
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
Mas a
“Economia do Mar” não é uma
“solução
mágica”
para
a
economia
portuguesa no curto prazo. Mas faz parte
imprescindível da busca de:
Uma
nova
“Carteira de atividades
exportadoras que contribuam para o
crescimento mais rápido
DIVERSIFICAÇÃO DA CARTEIRA DE
ACTIVIDADES EXPORTADORAS
EM BUSCA DE :
ATIVIDADES COM FORTE PROCURA
MUNDIAL – ACTUAL & POTENCIAL
ATIVIDADES EXIGINDO QUALIFICAÇÕES
& CONHECIMENTO
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
As
Oportunidades
abertas
pelos
Oceanos para Portugal desagregam-se
a quatro
níveis, em três horizontes
temporais de exploração distintos
A Plataforma Continental Alargada & a
Observação dos Oceanos
O Deep Offshore
A Fachada Atlântica
DA SUPERFICIE PARA A PROFUNDIDADE,
DO CURTO PARA O LONGO PRAZO:
OS OCEANOS - UM ESPAÇO
ESTRATÉGICO PARA PORTUGAL
4.
A EXTENSÃO DA PLATAFORMA
CONTINENTAL:GANHANDO
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
PROPOSTAS DE EXTENSÃO DAS
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
O Projeto de alargamento da Plataforma Continental
apresentado por Portugal às Nações Unidas
constitui no longo prazo um modificação
substancial do valor geoeconómico do Pais, nomeadamente pela possibilidade de conhecimento exploração do Oceano profundo que rodeia a Região Autónomo dos Açores.
Fontes hidrotermais e depósitos minerais no fundo do oceano abrem oportunidades de investigação em torno de formas de vida em ambientes extremos
Exploring the Industrial Value of the
Portuguese Deep Sea Micro organisms
BIOALVO
Designs and develops several applications derived from its technology platform, GPS D2 (Global Platform Screening for Drug
Discovery), aimed at the discovery of new drugs. Using the diverse applications of BIOALVO’s innovative and patented platform GPS D2 we can accelerate and improve the efficiency of
the first stages in the discovery of new drugs, reducing significantly the duration time and, consequently, the costs of this process. Coupling this powerful tool with a unique and proprietary source of new leads – PharmaBUG
Additionally, BIOALVO has its headquarters at BIOCANT PARK, in Cantanhede, Coimbra, the first biotechnology-dedicated science park in Portugal with the state-of-the art facilities.
AÇORES-FONTES HIDROTERMAIS
A importância das fontes hidrotermais da R.A.A., designação dada ao conjunto de picos submarinos, parte da Crista Média do Atlântico, existentes nos fundos marinhos em torno do arquipélago para além do seu interesse geomorfológico, são
repositório de uma variedade de minérios e suporte de uma das zonas com maior biodiversidade da Terra, com a particularidade de conter cadeias tróficas cuja produtividade primária é puramente quimiossintética (independente da luz solar e do processo de fotossíntese).
A R.A.A. constitui, assim, um território muito importante para estudos das fontes hidrotermais profundas, que têm sido alvo de vários projectos de investigação quer por parte da Universidade dos Açores, quer por equipas de investigação internacionais.
(Fonte: Carta Regional de Competitividade da R A Açores)
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
O interesse de investidores pelo desenvolvimento de tecnologias que permitam explorar os recursos minerais no fundo dos mares tem vindo a crescer devido a dois fatores principais:
A enorme pressão que a procura das economias emergentes exerce sobre a oferta mineira existente (minérios de cobre, ferro, níquel etc) e sobre as reservas e minérios de maior qualidade, que têm vindo a reduzir-se
A cada vez maior procura de minerais
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
Estão a ser dados os primeiros passos para o desenvolvimento de tecnologias e processos de extracção de minérios a grande profundidades, por exemplo de complexos metálicos como os sulfuretos existentes próximo de ocorrências vulcânicas submarinas ou de fontes hidrotermais.
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
Nautilus Minerals may hold the world's
largest deposits of gold, silver, copper
and cobalt
– Beneath the Ocean
Nautilus Minerals
(Toronto and
London) is the first company to
commercially explore the
ocean floor
for polymetallic
seafloor massive
sulphide deposits
and is currently
developing its first project at Solwara 1,
in the territorial waters of Papua New
Guinea where massive deposits of
Duas interrogações:
1) Prioridades na mineração dos Oceanos
-Minérios Metalíferos comuns ou Terras
Raras?
2) Mineração nos Oceanos ou Mineração no
Espaço (Asteroid Mining)
(…em termos só de níquel, cobalto e cobre, um
monte submarino com 1600 quilómetros quadrados de área pode conduzir a um rendimento líquido anual de 300 milhões de euros. E temos nas nossas águas cerca de 200. É fazer as contas: 60 mil milhões de euros/ano.
…Estas contas feitas aos montes submarinos já
incluem os que farão parte da soberania exclusiva de Portugal na desejada extensão da plataforma
continental, que passa por um dossier de candidatura na ONU, a dever ser, apreciado lá para 2014/ /2015".)
PORTUGAL- A EXTENSÃO DA PLATAFORMA
CONTINENTAL
(Diário de Notícias ,1 de Julho 2012)
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
O Projeto de Extensão e de exploração da Plataforma Continental permitiria a Portugal
assumir-se, cada vez mais, como uma
importante nação marítima europeia. Tal acarreta três exigências:
A salvaguarda do controlo nacional sobre a exploração futura da plataforma continental quando se parte de um período de fragilidade financeira no quadro da União Europeia (Caso contrário a Plataforma Continental acabará dirigida a partir de Bruxelas, no quadro de uma Politica Comum Europeia)
A escolha dos parceiros internacionais que criem a maior oportunidade de conhecimento dos fundos dos oceanos, de prospeção de recursos e da sua eventual exploração com o maior envolvimento de competências tecnológicas nacionais
Portugal/Japão:
Uma parceria para
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
A robótica submarina constitui hoje uma das áreas tecnológicas desenvolvidas em Portugal e diretamente orientada para o conhecimento, monitorização e exploração dos Oceanos, embora ainda não tenha expressão empresarial endógena. São exemplo destas competências Quatro instituições de Ensino Superior/Institutos de
Investigação com competências na área da
automação e robótica prosseguem programas de I&D em robótica submarina integrados em projectos internacionais ou respondendo a solicitações nacionais.
INSTITUTO DE SISTEMAS E ROBÓTICA (IRS/ IST) que há mais tempo tem atividades de I&D na área. acumulando uma vasta experiência nos campos da robótica marinha e aérea, processamento de informação e computação distribuída, navegação, controlo coordenado de múltiplos veículos autónomos, tendo estado envolvido na conceção e experimentação de vários tipos de robótica aquática e submarina. O ISR/IST integra atualmente um Laboratório Associado a que também pertencem o IN+, o IMAR – Açores e o CREMINER, estando envolvido em vários projetos de I&D dos ambientes extremos do fundo do oceano em torno dos Açores.
Além do ISR, que foi pioneiro, destacam-se ainda na área da robótica e suas aplicações submarinas, três grupos de I&D no Porto, associados à FEUP e ao ISEP:
INESC PORTO através do Grupo de Robótica e Sistemas Inteligentes
LABORATÓRIO DE SISTEMAS E TECNOLOGIA SUBAQUÁTICA (LSTS) da FEUP,
distinguido em 2008 pelo Prémio BES Inovação em resultado de um projecto de I&D em consórcio com o Porto de Leixões e o CIIMAR
LABORATÓRIO DE SISTEMAS AUTÓNOMOS do Instituto Superior de Engenharia do Porto ISEP
Uma dos start up originado nestas actividades de I&D no Porto é o OCEANSCAN. que desenvolve ferramentas, veículos, sistemas, tecnologias de monitorização e estudo de recursos hídricos, em particular dos oceanos.
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
O ESPAÇO E A MONITORIZAÇÃO DOS OCEANOS
A Estação de Santa Maria nos Açores foi a primeira estação da ESA em território português (e a primeira da ESA destinada ao seguimento de lançadores, capaz de seguir um lançador durante o voo com motor)
As suas novas valências, permitirão acompanhar diariamente (dia e noite) as trajectórias de vários satélites de observação remota, recolhendo os dados para monitorização de derrames de hidrocarbonetos bem como outros serviços operacionais, tornando a Estação um pólo dinamizador da investigação e da ciência nos domínios do Espaço e dos Oceanos - refira-se como exemplo a colaboração, no contexto do projecto Ocean
Eye (Oceanic Management Sistem for the Environment), da
Edisoft com DOP-IMAR.
5.
DEEP OFFSHORE - EM BUSCA
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
A economia mundial vai continuar durante décadas a
assentar o seu sistema energético nos
hidrocarbonetos, com a cada vez maior expressão de explorações no deep offshore ou a partir de formas não convencionais de hidrocarbonetos como o shale
gas o tight oil ou as areias betuminosas .
A prospeção de petróleo e gás natural no deep
offshore que pela primeira vez se está a realizar em
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
Concessões de Prospeção
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
Mas para que a utilização de combustíveis fósseis seja mais sustentável ambientalmente terão que se realizar três mudanças radicais no modo de os usar, ou seja:
Extraindo deles combustíveis mais ricos em hidrogénio e materiais mais ricos em carbono;
Utilizando os hidrocarbonetos na produção de eletricidade sem recorrer á sua queima direta (vd. através da utilização de células de combustível) ,
Aprendendo a "fechar o ciclo do carbono" gerado pelo seu uso
6.
FACHADA ATLÂNTICA
–
ENERGIA, TRANSPORTES ,
ENGENHARIA NAVAL E
Portugal como interface
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
A Fachada Atlântica de Portugal tem potencial para nela se construir uma plataforma de recepção e refinação de petróleo bruto, bem como de recepção de gás natural liquefeito, sua regaseificação e distribuição no Corredor Energético Norte-Sul, no oeste da Europa, previsto nas Redes Transeuropeias.
Com essa plataforma a ser abastecida de petróleo bruto e do gás natural:
Vindos
do
Atlântico
Sul
e
do
Índico
Ocidental
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
Corredores e
Interconexões
Energéticas no
Espaço Europeu
2011
Gás Natural – O espaço lusófono está a emergir como uma realidade incontornável na oferta de petróleo e gás natural a nível global.
O Brasil, Angola, Moçambique, Timor Leste e mais
recentemente Guiné-Bissau, têm sido palco de novas descobertas de jazigos de grande dimensão,
quase todos eles situados no offshore e, em particular no deep offshore.
Uma parte desta nova capacidade irá orientar-se
para o abastecimento da Europa (e da Ásia) dada a redução previsível das necessidades de importação dos EUA.
O espaço lusófono, o petróleo e o gás natural
ATLÂNTICO SUL E INDICO OESTE –
O ESPAÇO LUSÓFONO EM ASCENSÃO
PRINCIPAIS RESERVAS DE
SHALE GAS NOS EUA
Os EUA, graças a inovações tecnológicas (horizontal drilling e
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
O gigantesco processo de investimento em
prospeção e exploração no Atlântico Sul e Indico
vai constituir um vastíssimo mercado para
serviços de engenharia e serviços de manutenção industrial e reparação e construção naval.
A versão mais abrangente de um cluster
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
OS FUTUROS QUATRO TERMINAIS DE CONTENTORES NO PORTO DE TANAGERMED (TRANSIPMENT)-CONCORRENDO
COM A FACHADA ATLÂNTICA DEPORTUGAL
OS CONCESSIONÁRIOS DOS QUATRO TERMINAIS
PSA
Combinar portos e aeroportos
– quer no
litoral Norte (Portos de Leixões e Aveiro
e Aeroporto do porto) quer no litoral Sul
(portos de Lisboa, Setúbal e Sines e novo
aeroporto de Lisboa)
como fatores de
valorização dos territórios para atividades
industriais inseridas em cadeias de valor
multinacionais
- ao permitirem receber
materiais e componentes
de diversos
valores/peso,
por via marítima e aérea,
integrá-los
em
produtos
acabados
a
AS AUTOESTRADAS DO MAR – UMA ALTERNATIVA RODOMARÍTIMA NOS ACESSOS DE PORTUGAL À EUROPA DO NORTE –
OS NOVOS NAVIOS RO-RO
PORTUGAL, OS
OCEANOS E A
ECONOMIA
Desenvolvendo
o transporte rodo marítimo
(Autoestradas do Mar)
-
com base nos
portos de Leixões ou Aveiro
a norte, e
Setúbal a sul, associando este a Sines onde
seria acumulada carga vinda da Ásias e da
América Latina para distribuição no Norte da
Europa.
7.
DIVERSIFICAÇÃO DA CARTEIRA ACTIVIDADES EXPORTADORAS ZONA COSTEIRA Desportos Náuticos &construção de Embarcações de Recreio
Energias Renováveis & Equipamentos p/sua Exploração
Aquicultura & Rações
Algas, Micro algas, Química Fina &
Biocombustíveis
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
Pesca ,Conservas & Congelados
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
Recursos energéticos – existência na costa portuguesa de
algumas zonas já identificadas com recursos energéticos de nível médio/alto em termos de comparações internacionais verificando-se igualmente a existência de águas profundas
relativamente próximas da costa, o que constitui uma
vantagem assinalável em termos de custos
Infra estruturas de suporte – disponibilidade de instalações
para a montagem e instalação dos equipamentos produtores –
portos e, estaleiros navais - e de empresas do sector electro-mecânico de reconhecida competência
Configuração da rede eléctrica portuguesa – em que o seu
principal “tronco” acompanha de perto a costa portuguesa
facilitando a ligação das futuras instalações de produção de electricidade offshore
Acumulação de conhecimentos científicos e tecnológicos
que resultaram de trinta anos de actividades de I&D em escolas de Engenharia
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
NAVALRIA - Localizado em Aveiro, este estaleiro estava vocacionado para reparação e construção de navios de pesca; dispõe de uma doca seca, uma doca flutuante, um elevador de navios e duas carreiras com capacidade para navios até 100m de comprimento; recentemente ganhou o concurso para a construção de dois ferries do tipo catamaran para a TRANSTEJO;
Em 2008 foi adquirida pelo grupo MARTIFER com o intuito de nela se vir a construir o equipamento de produção de eletricidade a partir da energia das ondas em desenvolvimento por uma associada daquele grupo empresarial, mantendo, e até diversificando, a sua atividade de construção naval (navios de dimensão média – exemplo - os navios hotel para a Douro Azul)
PORTUGAL, OS OCEANOS E A ECONOMIA
Construção naval – os Médios Estaleiros Dois Exemplos
Estaleiros Navais de Peniche (ENP) - localizados em Peniche foram constituídos em 1994, após terem ganho a concessão das instalações existentes no Porto de Peniche e em resultado da fusão de diversas empresas locais, que nasceram pela necessidade de apoiar a manutenção da frota de pesca local
Após os elevados investimentos realizados em 1998 e 1999 entraram na atividade de construção que já representa 80% do seu volume de vendas; as suas instalações e equipamentos permitem-lhe trabalhar embarcações até 700 ton de deslocamento; pode reparar navios a flutuar com mais de 120 m e instalou uma oficina especializada na utilização de materiais compósitos;