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Apostila Óptica Básica Vol 1

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Academic year: 2021

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ÓPTICA

ÓPTICA

BÁSICA

BÁSICA

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FISIOLOGIA OCULAR 

FISIOLOGIA OCULAR 

ANATOMIA DO OLHO

ANATOMIA DO OLHO

O OLHO HUMANO. O OLHO HUMANO. Como é formado? Como é formado?

É um órgão quase esférico com cerca de 2,5 cm de diâmetro, que pesa entre 7 e 8 É um órgão quase esférico com cerca de 2,5 cm de diâmetro, que pesa entre 7 e 8 gramas. Está alojado numa cavidade óssea do crânio e move-se pela ação conjugada de 6 gramas. Está alojado numa cavidade óssea do crânio e move-se pela ação conjugada de 6 músculos.

músculos.

A parede do olho é formada por 3 camadas. A exterior denominada

A parede do olho é formada por 3 camadas. A exterior denominada“esclerótica”,“esclerótica”,  parte branca, tem uma esp

 parte branca, tem uma espessura média de 1 mm. A zona froessura média de 1 mm. A zona frontal desta camada éntal desta camada é transparente e chama-se

transparente e chama-se“córnea”“córnea”. A camada mediana denominada. A camada mediana denominada“coróide“coróide”, é uma”, é uma membrana rica em vasos sangüíneos, nutre o olho, apresenta em sua parte anterior a membrana rica em vasos sangüíneos, nutre o olho, apresenta em sua parte anterior a “íris”

“íris”, que dá a cor ao olho, com um orifício central denominado, que dá a cor ao olho, com um orifício central denominado “pupila”“pupila”, agindo como, agindo como um diafragma, controlando a quantidade um diafragma, controlando a quantidade de luz a ser penetrada no olho.

de luz a ser penetrada no olho.

A terceira camada chamada

A terceira camada chamada“retina”“retina”, é, é

a formadora do início da sensação visual, ela a formadora do início da sensação visual, ela recebe os impulsos luminosos, transmitem estes recebe os impulsos luminosos, transmitem estes impulsos ao cérebro por meio do nervo óptico impulsos ao cérebro por meio do nervo óptico

que decodifica qual o que decodifica qual o objeto está emitindo objeto está emitindo

determinada radiação através do cortex visual. determinada radiação através do cortex visual.

Frente a retina localiza-se o cristalino, uma lente Frente a retina localiza-se o cristalino, uma lente formada por  formada por  uma uma substância substância elástica e transparente, mantida em seu elástica e transparente, mantida em seu lugar pelos filamentos dos músculos lugar pelos filamentos dos músculos ciliares, que tem a função de modificar a ciliares, que tem a função de modificar a curvatura do mesmo, aumentando ou curvatura do mesmo, aumentando ou diminuindo sua potência em função da diminuindo sua potência em função da distância do objeto observado. O

distância do objeto observado. O cristalino funciona também como cristalino funciona também como divisor do interior do globo ocular em divisor do interior do globo ocular em

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duas partes, sendo a câmara posterior composta pelo humor vítreo (substância gelatinosa, semelhante a clara do ovo) e a câmara anterior composta pelo humor aquoso (líquido semelhante a lágrima).

Como Funciona?

 Num olho normal, os raios luminosos emitidos por um determinado objeto, após atravessar o sistema óptico do olho (córnea, cristalino) sofrem uma convergência,

 provocando impulsos nas células componentes da retina (cones e bastonetes), que emitem radiações para o córtex visual, identificando nitidamente qual o objeto que está emitindo determinado feixe de luz. Quando isto ocorre, dá-se o nome de olho “emétrope”.

Quando a imagem recebida é tida como desfocada,

estamos diante de um olho “amétrope”.

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 Nos seres humanos a distância entre a retina e o cristalino é fixa, ficando a cargo deste, modificar sua estrutura (curvatura), logo sua potência em função da localização dos objetos focalizados. Este movimento feito pelos músculos ciliares faz com que os raios luminosos convirjam exatamente sobre a retina, nunca antes ou depois, pois nesse caso a imagem deixaria de ser nítida.

A detecção dos objetos

Cada um dos olhos recebem uma imagem, o cérebro as funde numa só. Quando a visão binocular é normal, os eixos dos olhos alinham-se para o ponto de fixação.

Se o ponto de fixação está próximo os olhos convergem, permitindo-se ter   percepções de relevo e profundidade. A falta de equilíbrio binocular nos mostra que

estamos diante de um estrabismo.

Para que os objetos sejam vistos e identificados, é necessário que emitam ou reflitam luz, tenham tamanho suficiente e estejam presentes durante o tempo necessário. O menor ponto perceptível, depende da acuidade visual de cada um ou do observador.

O olho humano tem uma grande capacidade de distinguir cores, diferenciando muitos tons. O acromatismo ou popularmente chamado daltonismo, é a incapacidade de distingui-las.

O campo de visão binocular, é o ângulo máximo de percepção visual dos dois olhos, que varia de pessoa para pessoa e também com a idade; é normalmente superior a 180º.

Como vemos?

Quando olhamos para um objeto, os raios luminosos dele emanados, atravessam a córnea através da pupila, que comandada pela íris, se torna maior ou menor conforme a intensidade luminosa, atravessam depois o cristalino, que se necessário modifica sua curvatura até que atinge a retina, no fundo do olho, provocando impulsos que são transmitidos ao cérebro por meio do nervo óptico, formando assim, a imagem.

Se algum dos componentes do olho não se encontra nas melhores condições, não vemos bem e assim, podemos ter o que chamamos de defeitos visuais: miopia,

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Ametropias

Podemos dizer que o olho ametrope é aquele que apresenta qualquer vício de refração. Neste caso, o olho não possui seu foco exatamente na retina, seja por problemas de acomodação do cristalino, ou porque o olho apresenta uma forma mais ou menos alongada no sentido ântero-posterior, ou uma ineficiente curvatura da córnea, o que faz com que o foco da imagem se situe antes ou após a retina, podendo ainda ocorrer em vários pontos simultaneamente, em função de meridianos.

As principais ametropias são a miopia e a hipermetropia, chamadas de simétricas;  pelo fato de que os raios de luz incidentes de qualquer meridiano convergem para um só  ponto e o astigmatismo chamado de assimétrica, pelo fato dos raios luminosos incidentes

de diferentes meridianos, convergirem para uma sucessão de pontos, de acordo com a curvatura da córnea e do meridiano correspondente ao respectivo ponto.

Além das ametropias citadas, existem ainda outros problemas de visão tais como: a presbiopia conhecida pela falta de acomodação do cristalino, as forias conhecidas como estrabismo, a catarata que é a opacificação do cristalino, e vários outros problemas

considerados patológicos que devem ser conhecidos por nós, mas não é o propósito de nosso estudo no momento, ficando a nosso critério, pesquisar mais profundamente em livros técnicos com maior contexto.

Quando estamos diante de um olho que apresenta qualquer tipo de ametropia, significa que o mesmo necessita de correção visual, ou seja, um desvio nos raios

luminosos antes dos mesmos atingirem os meios refrangentes do globo ocular, córnea, cristalino, etc.... Isto é feito através da junção de vários prismas colocados em círculos unidos pelo ápice ou pela borda, o que chamamos de lentes.

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AMETROPIAS VISUAIS E SUAS CORREÇÕES

MIOPIA

É a formação da imagem antes da retina, ocorre normalmente quando o olho apresenta uma forma mais alongada no sentido ântero-posterior ou quando o poder de refração do olho é maior do que o necessário em função de seu diâmetro, decorrente da curvatura da córnea.

Quando a imagem se forma antes da retina, os objetos vistos ao longe aparecem desfocados, enquanto os de perto focam-se perfeitamente. De um modo geral, todo míope  pode aproximar mais o objeto focalizado do que o normal, o que pode se constituir um  privilégio de poder enxergar de perto melhor que o emétrope.

Sendo a miopia uma convergência maior do que o necessário, sua correção é feita através de lentes divergentes de valor igual ao acréscimo de convergência do olho, com capacidade para neutralizá-la.

SINTOMAS:

Os míopes procuram se aproximar dos objetos para obter boa visão Ex: assistir TV bem próximo

Diminuem as aberturas palpebrais para tentar obter boa visão CAUSAS:

Olho maior no seu comprimento; Curvatura de córnea mais acentuada;

Miopia adquirida por excesso de utilização da visão em distâncias próximas; Posicionamento do cristalino mais afastado da retina;

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Quando estivermos diante de um cliente míope, a receita estará preenchida com apenas o campo esférico com o sinal ( - ) acompanhado de um valor númerico que será o poder  dióptrico, podendo também apresentar o campo das medidas DNP/DP preenchido.

Alguns cuidados devemos ter neste tipo de atendimento, entre eles destacamos: Verificar a classificação da miopia (alta, média ou baixa) em função desta classificação, indicar primeiro o tipo de lente que melhor se adapta com relação ao peso, espessura, estética, segurança e etc...

Peso: identificar nos produtos que serão oferecidos, o índice de refração e trabalhar no seguinte sentido:

Lentes orgânicas: quanto maior o índice de refração mais leve é o seu material componente.

Lentes cristal: quanto maior o índice de refração, mais pesado é o seu material componente.

Espessura: identificar nos produtos que serão oferecidos, o índice de refração e trabalhar  no seguinte sentido:

Quanto maior o índice de refração, mais fina ficará a lente, independente do material ser  cristal ou orgânico.

Estética: deve ser levado em consideração em todo tipo de atendimento pois estética não é só ligada ao tipo de armação, por muitas vezes uma lente mal indicada mata a estética de uma bela armação. Na estética deve ser observada a espessura que ficará a lente depois de cortada para a armação escolhida. Lembrar sempre que a lente divergente ou negativa é fina no centro e grossa nas bordas, partindo deste princípio, devemos escolher sempre a menor armação possível combinando com a estética do rosto e a que, bem adaptada, deixe os olhos bem próximo do seu centro geométrico. Na estética, hoje com a variedade de armações existentes podemos ganhar a fidelidade do cliente a partir de um ótimo atendimento. O que devemos lembrar sempre é que o míope é extremamente preocupado com estética, aparência após óculos. Se possível, trabalhar sempre oferecendo

tratamentos como o anti-reflexo, anti-arranhão, UVX e etc...

Segurança: um óculos em uso deve apresentar grande segurança para o usuário. Existem  padrões de espessuras mínimas para cada material, que garantem durabilidade segurança

e tranqüilidade no uso dos óculos em condições normais. Alguns itens importantes devem ser lembrados:

Jamais indicar lentes de cristal para crianças; além do risco de quebra, existe o peso das lentes sobre o nariz, cartilagem que ainda está em formação.

Identificar as condições em que serão usados os óculos, esporte, trabalho, lazer etc, e a  partir disto, trabalhar com os produtos que melhor se adaptam.

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HIPERMETROPIA

Podemos dizer que a hipermetropia é o oposto da miopia, pois significa a formação da imagem após a retina, normalmente em função de um achatamento no diâmetro ántero-posterior do globo ocular.

Pelo fato do ponto próximo do olho hipermétrope estar mais afastado do que o normal, confunde-nos com a presbiopia por apresentarem a mesma característica. O que difere a hipermetropia da presbiopia é que enquanto a hipermetropia ocorre em função de uma deformação do globo ocular ou de um vício de acomodação do cristalino, a

 presbiopia é decorrente da falta de acomodação visual.

SINTOMAS:

Embaçamento e falta de visão para perto após algum tempo de leitura; Desconforto e dores de cabeça depois de algum esforço visual;

Causas:

Olho menor no seu comprimento; Curvatura menor da córnea;

Posicionamento do cristalino mais próximo da retina;

Quando estivermos diante de um cliente hipermétrope, a receita estará preenchida apenas com o campo esférico com o sinal ( + ) acompanhado de um valor numérico que será o poder dióptrico, podendo também apresentar o campo das medidas DNP/DP  preenchido.

O hipermétrope normalmente não é tão criterioso quanto o míope, o que pode muitas vezes nos levar a ser displicentes e não indicarmos o óculos e lentes ideais. A  preocupação com relação ao tipo de lentes e armação, deve ser o mesmo com uma

margem de folga um pouco maior do que a atenção voltada para o míope.

Devemos lembrar sempre da característica da lente convergente ou positiva, fina nas bordas e grossa no centro. A primeira impressão que passa, é a que podemos

trabalhar com armação maiores para evitar espessura, só que fazendo isto, estaremos aumentando peso no rosto, sobre o nariz, o que pode levar o usuário a uma decepção.

Devemos trabalhar também com armações que deixem os olhos próximos do seu centro geométrico, para termos uma proximidade de espessura nas bordas temporal/nasal, superior/inferior.

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Trabalhar com a classificação das dioptrias nos ajuda a indicar o melhor tipo de lente, pois as características dos materiais que compõem as lentes são os mesmos para dioptrias positivas e negativas.

Em dioptrias médias e altas, sempre que possível devemos indicar lentes asféricas, pelo fato das mesmas proporcionarem um maior ângulo de campo visual fornecendo melhor conforto em uso constante.

A maior preocupação que devemos ter com este tipo de atendimento, é fazer com que o laboratório faça esta lente pré-calibrada. Para isso, devemos preencher 

corretamente o precal no momento de fazer o pedido ao mesmo, ou em alguns casos, enviar a armação para que o serviço seja surfaçado de acordo com os parâmetros exigidos.

Devemos lembrar que os verdadeiros projetistas dos óculos, somos nós, que estamos os indicando, e vem daí, a divulgação de nosso trabalho, que quando bem feito  pode nos trazer indicação, é o marketing boca-a-boca, de investimento zero e alto retorno.

ASTIGMATISMO

Enquanto na miopia ou na hipermetropia o foco não se processa na retina devido ao formato mais ou menos alongado do globo ocular, no astigmatismo o olho pode ter  seu formato normal, mas nem todos os raios luminosos que nele penetram tem seu foco na retina, devido a diferenças de refração em função das curvaturas da córnea ou do cristalino. Pode ocorrer também simultaneamente astigmatismo acompanhado de miopia ou hipermetropia.

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SINTOMAS:

Visão borrada em astigmatismos maiores do que 0,75; Troca de letras durante a leitura;

Inclinação da cabeça mesmo que de forma inconsciente para obter melhora na visão; Dôr nas têmporas;

CAUSAS:

Diferença entre as curvaturas externas da córnea; ( de córnea ) Diferença nas curvaturas das superfícies do cristalino; ( residual ) Podemos dividir o astigmatismo em 5 tipos:

Miópico simples composto

Hipermetrópico simples composto Astigmatismo misto

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ASTIGMATISMO MIÓPICO SIMPLES

É aquele no qual, a luz emitida por um meridiano se foca sobre a retina e a do meridiano perpendicular, se forma antes da retina.

 Na receita óptica, encontraremos o campo esférico em branco ou com poder de combinação nulo, o campo cilíndrico com sinal ( + ) ou ( - ), acompanhado do eixo. Podemos dizer também lentes plano cil negativas.

Longe Esférico Cilíndrico Eixo DP

OD 0,00 -0,50 30

OE -0,50 +0,50 120

Perto Esférico Cilíndrico Eixo DP OD

OE Estética:

A 30º a lente terá a espessura de uma lente plana e a 120º terá a espessura de uma de –  0,50 DIOP.

ASTIGMATISMO HIPERMETRÓPICO SIMPLES

É aquele no qual, a luz emitida por um meridiano, se foca sobre a retina e a do meridiano perpendicular se forma após a retina.

 Na receita óptica, encontraremos o campo esférico em branco ou com poder de combinação nulo, o campo cilíndrico com o sinal ( + ) ou ( - ), acompanhado do eixo. Podemos dizer também lentes plano cil positivas.

Longe Esférico Cilíndrico Eixo DP

OD 0,00 +1,00 90

OE +1,00 -1,00 180

Perto Esférico Cilíndrico Eixo DP OD

OE

As duas formas de demonstrar uma mesma necessidade de correção.

(astigmatismo miópico simples)

As duas formas de preenchimento da receita, demonstram a necessidade de correção. (astigmatismo hipermetrópico simples)

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ASTIGMATISMO MIOPICO COMPOSTO

É aquele no qual, a luz emitida por um meridiano se foca antes da retina e a do meridiano perpendicular se forma também antes da retina em um ponto diferente, ou seja, a luz se foca antes da retina em pontos diferentes.

 Na receita óptica, encontraremos o campo esférico preenchido com o sinal ( - ) seguido do valor numérico que é a força dióptrica, o campo cilíndrico preenchido com o sinal ( + ) ou ( - ), acompanhado de outro valor numérico e o campo eixo preenchido com um valor entre ( 0º e 180º). Podemos dizer também lentes que apresentam os dois

meridianos principais com força negativa. Longe Esférico Cilíndrico Eixo DP

OD -5,00 -0,50 100

OE -5,50 +0,50 10

Perto Esférico Cilíndrico Eixo DP OD

OE Estética:

A 100º a lente terá a espessura de uma lente de – 5,00 DIOP, enquanto a 10º terá a espessura de uma lente – 5,50 DIOP.

ASTIGMATISMO HIPERMETRÓPICO COMPOSTO

É aquele no qual, a luz emitida por um meridiano, se foca após a retina em um  ponto e a do meridiano perpendicular também se forma após a retina em um outro ponto,

ou seja, a luz se foca após a retina em pontos diferentes.

 Na receita óptica, encontraremos o campo esférico preenchido com o sinal ( + ) acompanhado do valor dióptrico, o campo cilíndrico preenchido com o sinal ( + ) ou ( - ), acompanhado do eixo. Podemos dizer também lentes que apresentam os dois meridianos  principais com força positiva.

Longe Esférico Cilíndrico Eixo DP

OD +3,00 +1,00 40

OE +4,00 -1,00 130

Perto Esférico Cilíndrico Eixo DP OD

OE Estética:

A 40º a lente terá a espessura de uma lente + 3,00 DIOP e a 130º terá a espessura de uma lente + 4,00 DIOP.

As duas formas de preenchimento da receita, demonstram a mesma necessidade de correção. (astigmatismo miópico composto)

As duas formas de preenchimento da receita, demonstram a mesma necessidade de correção. (astigmatismo hipermetrópico composto)

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ASTIGMATISMO MISTO

É aquele no qual, a luz emitida por um meridiano, se foca antes da retina e a do meridiano perpendicular se foca após a retina , ou seja, o olho seria míope e hipermétrope ao mesmo tempo.

 Na receita óptica, encontraremos o campo esférico preenchido com o sinal ( + ) ou ( - ) acompanhado do valor dióptrico, o campo cilíndrico preenchido sempre com o sinal inverso ao do campo esférico e com o valor numérico sempre maior. Podemos dizer  também lentes que apresentam em um dos meridianos uma força positiva e no outro uma força negativa.

Longe Esférico Cilíndrico Eixo DP

OD +1,00 -3,00 20

OE -2,00 +3,00 110

Perto Esférico Cilíndrico Eixo DP OD

OE Estética:

A 20º a lente terá a espessura de uma lente + 1,00 DIOP e a 110º a espessura de uma lente - 2,00 DIOP.

PRESBIOPIA

Depois dos 40 anos, o cristalino começa a perder elasticidade, logo capacidade de acomodação, tornando-se difícil a visão nítida a curtas distâncias. Também conhecida como vista cansada, é percebida pelo cliente quando o mesmo começa a sentir a

necessidade de afastar com os braços um objeto de leitura. A sua correção de um modo geral é feita com lentes positivas no caso dos emétropes, positivas mais fortes nos hipermétropes, e nos míopes dependendo de sua classificação; sendo as baixas com  possibilidade de correção com lentes positivas e as médias e altas corrigidas com lentes

negativas mais fracas.

Com o passar do tempo, a presbiopia vai aumentando gradativamente, chegando na maioria das vezes a demonstrar também a necessidade de correção a médias

distâncias. SINTOMAS:

O afastamento dos objetos de leitura com os braços; Procura de locais mais iluminados para a leitura;

As duas formas de preenchimento da receita, demonstram a mesma necessidade de correção. (astigmatismo misto)

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 Na correção da presbiopia, são usadas lentes positivas com poder dióptrico que compense a perda de acomodação do cristalino, podendo, quando o olho for míope médio/forte (acima de –3.50) ser corrigido com lentes negativas mais fracas ou lentes planas. Para a melhor correção com lentes aconselha-se o uso de lentes progressivas, que permitem repor a capacidade visual a todas as distâncias.

OUTRAS DISTORÇÕES VISUAIS ENCONTRADAS NO DIA A DIA

ANISOMETROPIA: É quando no exame de refração se constata uma diferença dióptrica maior do que 3,00 entre o OD e OE.

Ex: OD = + 1,25 OE = - 2,50 OD = + 0,50 OE = + 4,50 OD = - 1,00 OE = - 5,00

ANISEICONIA: É uma conseqüência da anisometropia, como a refração entre OD e OE são bem diferentes, as imagens formadas são de tamanhos diferentes, podendo ocasionar visão dupla. A melhor forma de correção é através de lentes de contato. DALTONISMO: É a dificuldade de distinguir cores, principalmente o verde e o vermelho que são confundidos pelo cinza. É conhecido também como acromatopsia.  Não existe mulher daltônica.

CERATOCONE: Deficiência de visão grave, causada pela deformação da córnea que atinge curvas muito altas ( acima de 50 diop )fazendo com que ela pareça um cone. Deve ser corrigido com lentes decontato não gelatinosas .

AMBLIOPIA: É a redução da visão resultante da refração desigual em ambos os olhos,  podendo ser congênito ou em função de alguma cirurgia ( catarata ). Quando é

congênita, além da correção optica tem que existir um acompanhamento ortóptico, por  isto a importância do exame clínico em crianças.

É o impedimento da qualidade visual sem lesão dos meios transparentes, a perda visual ocorre na retina, em função da falta de estímulo das células fotoreceptôras .

É mais freqüente na hipermetropia

ESTRABISMOS/ HETEROFORIAS: É um defeito no funcionamento do mecanismo de fusão sensorial e motora afetando o paralelismo ocular, podendo ser classificados segundo o tipo e a direção do desvio.

Exoforia - desvio dos olhos para fora Esoforia - desvio dos olhos para dentro Hiperforia - desvio dos olhos para cima Hipoforia - desvio dos olhos para baixo

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ÓPTICA OFTÁLMICA

ÓPTICA:

Parte da Física que investiga os fenômenos de produção, transmissão e detecção de radiação eletromagnética de comprimento de onda, compreendido entre

aproximadamente 10 Aº e 1mm.

Aspectos ou perspectivas dos objetos vistos, visão.

Estabelecimento onde se vendem e/ou fabricam instrumentos ópticos, sobretudo óculos. ÓPTICO:

Relativo à visão ou ao olho, ocular. Especialista em óptica.

OFTALMOLOGISTA:

Médico especialista no olho e suas doenças.

*Fonte: “Novo Dicionário Básico da Língua Portuguesa” Folha/Aurélio.

LUZ

A maior parte das informações que recebemos nos são transmitidas através da visão, que é um fenômeno psicofísico pelo qual o homem exerce o domínio de si mesmo e o de dominador de sua própria criação. A maior parte de tudo que vemos tem como causa o reflexo da luz sobre corpos iluminados. É essa energia que através de nossos olhos vai provocar em nosso cérebro a sensação da visão de luz e cor. Todos os corpos  possuem a propriedade de refletir a luz e na sua maioria, sendo opacos, a refletem para

todas as direções devido a irregularidade de suas superfícies, formando a reflexão

irregular a qual devemos o sentido de distinguir os objetos que nos rodeiam. A luz visível  provoca a sensação visual pelo estímulo dos elementos sensoriais da retina, sendo o olho

um seletor sensível a uma faixa de 390 a 750 n m .

A luz quando deixa a sua fonte, se propaga em uma série de pulsações periódicas e continua sua trajetória em todas as direções a uma velocidade constante, a menos que algum objeto a pare ou interrompa sua direção. A luz se propaga a uma velocidade de 300.000 km/s e em linha reta, se colocarmos algum objeto em sua trajetória, ela mudará de direção. A luz quando proveniente de uma distância superior a 6 metros é considerada como em linha reta e por conseqüente paralela.

Refração da Luz

Chamamos de refração o desvio que a luz sofre ao atravessar dois meios de densidades diferentes, quando a mesma incide obliquamente, ocorrendo também aí uma

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Lei do Retorno inverso = “ Após de atravessar diversos meios mudando de direção, se refletirmos um raio de luz sobre si mesmo, ele percorrerá o

mesmo caminho de volta “.

PRISMA

Denomina-se prisma um meio transparente com um determinado índice de

refração, delimitado por duas superfícies não paralelas que tem a propriedade de desviar   para a base os raios de luz por ele refratados. Vértice do prisma é o ponto onde as duas

superfícies se encontram e a base é a parte mais espessa oposta perpendicularmente ao vértice.

O poder de refração que um prisma exerce sobre a luz varia em função de dois elementos:

O índice de refração do material de que é feito o prisma; O ângulo formado por suas duas superfícies;

A unidade de medida do prisma é a dioptria prismática ( ), adotada por  Prêntice, acompanhada do valor numérico de dioptrias e da indicação do posicionamento de sua base. Prêntice determinou que uma dioptria prismática ( 1.00 ) é capaz de desviar um raio de luz em um centímetro na distancia de um metro, ou seja, um raio de luz que por ele atravessa na distancia de um metro se desloca em um centímetro, se o  prisma for de 2.00 diop. nesta mesma distancia desloca-se 2 cm, se for de 3.00 diop.

desloca-se 3 cm e assim sucessivamente.

PRENTICE A B 1 metro 1 metro 1 cm 2 cm = Delta 2 1

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LENTES

Lente é um meio transparente limitado por duas superfícies geometricamente definidas, com o objetivo de desviar o raio de luz de sua trajetória, convergindo-o ou divergindo-o para um ponto chamado foco.

Para que a luz seja desviada, é necessário que uma das superfícies possua uma curvatura maior que a outra superfície oposta, obtendo assim uma forma prismática que aumenta gradativamente do centro para a borda da lente.

Uma lente capaz de provocar um determinado efeito de refração nada mais é do que uma sucessão de prismas colocados em círculos unidos pela base ou pelo vértice num mesmo ponto chamado de eixo óptico ou centro óptico.

Ápice Base

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LENTES CONVERGENTES OU POSITIVAS:

São aquelas formadas por uma sucessão de prismas colocados em círculos com a  base voltada para o centro, se caracterizam por serem mais grossas no centro e fazem

com que um feixe de raios luminosos paralelos possa convergir para um ponto chamado foco real.

Estas lentes podem se apresentar com as seguintes formas:

PLANO-CONVEXAS: São aquelas que se constituem de uma superfície plana e outra convexa;

Superfície Plana Superfície Convexa

Lente Plano-convexa Lente Bi-convexa Lente côncavo-convexa

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BICONVEXAS: São aquelas que se constituem de duas superfícies convexas;

CONVEXO-CÔNCAVA: São aquelas que apresentam uma superfície côncava e outra convexa de maior valor.

Superfície Convexa Superfície Convexa

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LENTES DIVERGENTES OU NEGATIVAS:

São aquelas formadas por uma sucessão de prismas colocados em círculos com o ápice ou vértice voltado para o centro, se caracterizam por serem mais finas no centro e fazerem com que um feixe de raios luminosos paralelos possa divergir para um ponto chamado de foco virtual.

Estas lentes podem se apresentar com as seguintes formas:

PLANO-CÔNCAVA: São aquelas que se constituem de uma superfície plana e outra côncava. Lente Plano-côncava Lente Bi-côncava Lente Côncavo-convexa Foco Virtual Foco Virtual Foco Virtual Superfície Côncava Superfície Côncava Superfície Plana

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BICÔNCAVA: São aquelas que se constituem de duas superfícies côncavas.

CÔNCAVO-CONVEXA: São aquelas que se constituem de uma superfície convexa e outra côncava de maior valor.

As formas geométricas das lentes sempre terão variações entre as citadas aqui, o que as tornará diferentes é que as mesmas se destinam a correções visuais opostas e quanto a sua forma, algumas oferecem campos visuais mais confortáveis do que as outras. Enquanto a hipermetropia exige correção com lentes convergentes, a miopia é

Superfície Côncava Superfície Côncava

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DIOPTRIA = É a unidade do sistema métrico usado para medir o poder ou a força que uma lente exerce sobre a luz, que nos é apresentada no resultado do exame de

refração em valores numéricos divididos em quartos de dioptria ( 0.00 - 0.25 - 0.50 - 0.75 ) antecedidos de um sinal ( + , - ). Na surfaçagem, os valores numéricos são divididos em dezesseis partes que formam os valores dos moldes que irão gerar as

superfícies combinatórias para a dioptria requerida ( 0.00 - 0.06 - 0.12 - 0.18 - 0.25 - 0.31 - 0.37 - 0.43 - 0.50 - 0.56 - 0.62 - 0.68 - 0.75 - 0.81 - 0.87 - 0.93 ... )

FORÇA DIÓPTRICA = É a capacidade de convergência ou poder de refração que uma lente pode Ter sobre a luz. As variáveis que determinam essa força são : o índice de refração do material que será confeccionada a lente; a espessura existente entre suas duas superfícies; a diferença existente entre as curvaturas das mesmas. As forças dióptricas que uma lente pode ter são: força esférica, força astigmática ou cilíndrica e força prismática.

Lentes Esféricas

Como o nome lembra, vem da esfera. Considerando a lente como uma esfera que recebe os raios luminosos de todas as direções ( meridianos/eixos ), fazem com que os raios luminosos após sofrerem a vergência ( desvio ), foquem em um só ponto. Podemos falar também que é aquela que possui o mesmo poder dióptrico em todos os meridianos.

+ 2,00 + + 2,00 + 2 00 - 2,00 - 2,00 - 2,00

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LENTES COMBINADAS, CILÍNDRICAS, TÓRICAS ( + / - ) Como o próprio nome diz, estas lentes deixam de ser esféricas, com uma das superfícies apresentando valores diferentes o que consequentemente fará com a lente tenha poder de desvio do raio luminoso diferente ao longo de seus meridianos ou eixos, apresentará mais de uma distância focal. Existem 2 tipos de lentes combinadas ,

cilíndricas ou tóricas . 1 – Lente Plano cilíndrica 2 - Lente Esférico-cilíndrica

1 - Lente Plano-cilíndrica

É aquela que apresenta um meridiano neutro ( plano ) e outro com algum poder 

dióptrico, ou seja, é aquela na qual um foco se encontra no infinito ( 0,00 ) e o outro foco a uma distância que varia de acordo com a dioptria.

0 180 270 90 -1,00 -1,00 0,00 0,00

Esta lente tem um foco na linha vertical e não possui na linha horizontal

Toda a luz que atravessa a lente no meridiano vertical ( 90 º ) tem um foco equivalente a uma lente de 1,00 diop.( 1000mm ), enquanto a que atravessa na linha horizontal ( 0 º ou 180 º ) não sofre desvio, portanto não possuindo foco.

0 180

90

+ 2,00

0,00 0,00

Esta lente tem um foco na linha vertical e não possui na linha horizontal

Toda a luz que atravessa a lente no meridiano vertical (90 º) tem um foco equivalente a uma

Referências

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