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ACREDITAÇÃO HOSPITALAR UMA FERRAMENTA DE GESTÃO ESTRATÉGICA, NA MELHORIA DA ASSISTÊNCIA À SAÚDE DOS HOSPITAIS DAS FORÇAS ARMADAS

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Academic year: 2021

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SÉRGIO GOYA

ACREDITAÇÃO HOSPITALAR – UMA FERRAMENTA DE

GESTÃO ESTRATÉGICA, NA MELHORIA DA ASSISTÊNCIA

À SAÚDE DOS HOSPITAIS DAS FORÇAS ARMADAS

Trabalho de Conclusão de Curso - Monografia apresentada ao Departamento de Estudos da Escola Superior de Guerra como requisito à obtenção do diploma do Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia.

Orientador: Cel R1 Alexandre Guimarães Reis

Rio de Janeiro 2018

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C2018 ESG

Este trabalho, nos termos de legislação que resguarda os direitos autorais, é considerado propriedade da ESCOLA SUPERIOR DE GUERRA (ESG). É permitida a transcrição parcial de textos do trabalho, ou mencioná-los, para comentários e citações, desde que sem propósitos comerciais e que seja feita a referência bibliográfica completa.

Os conceitos expressos neste trabalho são de responsabilidade do autor e não expressam qualquer orientação institucional da ESG

_________________________________ Sérgio Goya

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Elaborada por Alessandra Alves dos Santos – CRB-7/6327 G724a Goya, Sérgio.

Acreditação Hospitalar uma ferramenta de gestão estratégica na melhoria da assistência à saúde dos hospitais das Forças Armadas / Coronel Médico Sérgio Goya. - Rio de Janeiro: ESG, 2018.

44 f.: il.

Orientador: Coronel de Cavalaria R1 Alexandre Guimarães Reis. Trabalho de Conclusão de Curso – Monografia apresentada ao Departamento de Estudos da Escola Superior de Guerra como requisito à obtenção do diploma do Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia (CAEPE), 2018.

1. Acreditação Hospitalar. 2. Qualidade da Assistência. 3. Atendimento Médico. 4. Humanização.

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A todos da família que durante o meu período de formação contribuíram com ensinamentos e incentivos.

A minha gratidão, em especial à minha esposa Sonia e aos meus filhos Goya Junior, Francisco e Maria Fernanda, pela compreensão, como resposta aos momentos de minhas ausências e omissões, em dedicação às atividades da ESG.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço inicialmente à Deus pela proteção e sabedoria ao longo do Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia – CAEPE/2018.

Aos meus professores de todas as épocas por terem sido responsáveis por parte considerável da minha formação e do meu aprendizado.

Aos estagiários da melhor Turma do CAEPE – Turma Ética e Democracia -pelo convívio harmonioso de todas as horas.

Ao Corpo Permanente da ESG pelos ensinamentos e orientações que me fizeram refletir, cada vez mais, sobre a importância de se estudar o Brasil com a responsabilidade implícita de ter que melhorar.

Ao meu orientador Cel Reis, pela notável dedicação, incentivo e apoio irrestrito para a conclusão do trabalho, sem o qual não teria atingido o objetivo desejado.

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“Exercitar as virtudes se faz necessário para se chegar a ética e posteriormente à humanização”

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RESUMO

Esta monografia aborda sobre a acreditação hospitalar como uma das ferramentas de gestão, necessária para dar qualidade e eficiência ao processo de assistência médico hospitalar aos militares e seus dependentes das forças armadas.

O objetivo deste estudo é, a partir da pesquisa da situação da acreditação hospitalar no Brasil, levantando os óbices e as vantagens da implantação do programa para melhoria da qualidade de assistência médica, fornecer subsídios que sirvam de base para a implementação de um projeto capaz de atender às necessidades dos hospitais militares das três forças (Marinha, Exército e Aeronáutica).

A metodologia adotada comportou uma pesquisa bibliográfica e documental, visando buscar referenciais teóricos, além da experiência do autor como médico militar. Também focaliza os caminhos do Sistema de Saúde das três forças, com a implantação do programa de acreditação hospitalar, para a melhoria na qualidade de assistência à saúde.

O campo de estudo delimitou-se à buscar as vantagens da implantação do programa, discorre sobre alguns instrumentos que legitimam a qualidade do atendimento médico (Plano Nacional de saúde, Normas e Diretrizes do Ministerio da Saúde através das ANS e ANVISA, Constituição Federal, Sistema Brasileiro de Acreditação Hospitalar), com o intuito de mostrar sob a ótica de suas diretrizes legais.

Por último, mostra a situação atual, ressaltando os óbices e as vantagens e sugerindo algumas Políticas e Estratégias. Os principais tópicos são: gestão dos recursos destinados a saúde das três forças (FuSMa, FuSEx e FunSA), infra-estrutura administrativa, políticas educacionais de capacitação, métodos de atendimento, especialização e capacitação permanente de profissionais da saúde, cumprimento das leis e das normas vigentes, além da infra-estrutura hospitalar adequada e humanizada.

A conclusão indica ações positivas a serem desenvolvidas e cuja implementação poderia contribuir para a formulação de uma proposta de projeto de implantação de acreditação hospitalar capaz de atender às necessidades do usuário do sistema de saúde militar, apontando ainda, para a necessidade do comprometimento de todos os atores envolvidos no projeto de melhoria da qualidade de assistência medico hospitalar e humanização do atendimento aos nossos usuários.

Palavras chave: Acreditação hospitalar. Qualidade da assistência. Atendimento medico. Humanização.

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ABSTRACT

This monograph addresses hospital accreditation as one of the management tools needed to give quality and efficiency to the hospital medical care process to the military and its dependents of the military.

The objective of this study is, based on the research of the situation of hospital accreditation in Brazil, raising the obstacles and advantages of implementing the program to improve the quality of medical care, provide subsidies that serve as the basis for the implementation of a project capable of meet the needs of the military hospitals of the three forces (Navy, Army and Aeronautics).

The methodology adopted included a bibliographical and documentary research, aiming to seek theoretical references, besides the author 's experience as a medical doctor. It also focuses on the paths of the Health System of the three forces, with the implementation of the hospital accreditation program, to improve the quality of health care.

The field of study was limited to seek the advantages of implementing the program, discusses some instruments that legitimize the quality of medical care (National Health Plan, Norms and Directives of the Ministry of Health through ANS and ANVISA, Federal Constitution, System Brazilian Hospital Accreditation), in order to show it from the point of view of its legal guidelines.

Finally, it shows the current situation, highlighting the obstacles and the advantages and suggesting some Policies and Strategies. The main topics are: management of health resources of the three forces (FuSMa, FuSEx and FunSA), administrative infrastructure, educational policies for training, methods of care, specialization and permanent training of health professionals, compliance with laws and standards, in addition to adequate and humanized hospital infrastructure.

The conclusion indicates positive actions to be developed and the implementation of which could contribute to the formulation of a proposal for a hospital accreditation implantation project capable of meeting the needs of the users of the military health system, also pointing out the need for the commitment of all actors involved in the project to improve the quality of hospital medical care and humanization of care for our users.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

FIGURA 1 Comunicações ... 22

FIGURA 2 Programa de Acreditação Hospitalar ... 28

FIGURA 3 Quantidades de hospitais no Brasil ... 30

FIGURA 4 Mapa dos hospitais acreditados ...32

FIGURA 5 Organização de Saúde da Marinha ... 36

FIGURA 6 Organização de Saúde do Exército ... 39

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Distribuição de hospitais no Brasil ... 30

Tabela 2 Hospitais acreditados no Brasil pela ONA ... 30

Tabela 3 Hospitais acreditados pelo programa JCI ... 32

Tabela 4 Hospitais acreditados pelo programa ACI ... 33

Tabela 5 Hospitais acreditados pelo programa NIAHO ... 33

Tabela 6 Principais motivos para escolhas das acreditações pelos gestores ... 33

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas ACI Accreditation Canada International

ANS Agencia Nacional de Saúde Suplementar

ASQC Sociedade Americana para Controle de Qualidade CBA Consórcio Brasileiro de Acreditação

CRM Conselho Regional de Medicina

CQH Programa de Controle de Qualidade do Atendimento Médico- hospitalar

ISO Internacional Organization For Standardization JIC Joint Commission International

JUSE União Japonesa dos Cientístas e Engenheiros

NIHAO National Integrated Accreditation for Healthcare Organizations ONA Organização Nacional de Acreditação

OPAS Organização Pan-americana de Saúde

PACQS Programa de Avaliação e Certificação de Qualidade em Saúde PGAQS Programa de Garantia e Aprimoramento da Qualidade em Saúde RDC Resolução da Diretoria Colegiada

SUS Sistema Único de Saúde TI Tecnologia da Informação TQM Total Quality Management

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 11

2 PROGRAMA DE QUALIDADE ... 13

3 ACREDITAÇÃO HOSPITALAR ... 17

3.1 CONCEITUAÇÃO, HISTÓRICO E MODELOS DE ACREDITAÇÃO ... 17

4 IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA DE ACREDITAÇÃO HOSPITALAR ... 21

4.1 ARCABOUÇO JURÍDICO ... 24

4.2 VANTAGENS DE UM HOSPITAL ACREDITADO ... 26

4.3 ÓBICES/DIFICULDADES IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA DE ACREDITAÇÃO HOSPITALAR ... 28

4.4 HOSPITAIS ACREDITADOS NO BRASIL ... 29

4.5 SITUAÇÃO ATUAL DOS HOSPITAIS MILITARES ... 34

5 CONCLUSÃO. ... 41

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1 - INTRODUÇÃO

A acreditação hospitalar é uma ferramenta de gestão, que visa a melhoria estrutural, qualidade no atendimento, segurança ao paciente e aos profissionais, além de empregar corretamente os recursos financeiros de forma legal e eficiente.

Quando se fala em assistência a saúde, todos nós buscamos o que tem de melhor para nosso atendimento, em outras palavras, qualidade, que é uma sensação intangível, em que cada pessoa tem a sua percepção do entendimento dessa questão.

Mas é importante que seja estabelecido um padrão de qualidade de assistência a saúde, por um órgão oficial que determine as regras, fazendo um acompanhamento, auditoria e fiscalização, apresentando indicadores que representa a verdadeira qualidade na prestação de serviço.

Para atingir os objetivos da pesquisa buscaremos conceituar a acreditação hospitalar, quais os tipos de certificação, conhecer o processo de implantação do programa, pesquisar quantos hospitais são acreditados no Brasil e finalmente descrever as vantagens e desvantagens de um hospital acreditado.

Com o advento da tecnologia e inovação, as organizações de saúde devem buscar cada vez mais, melhorar seu processo de gestão organizacional, para sua própria sustentabilidade, buscando minimizar os efeitos da judicialização da saúde.

Nesse contexto o trabalho irá correlacionar saúde de qualidade e acreditação hospitalar, sendo que o foco do trabalho é saber em que medida o programa de Acreditação Hospitalar pode contribuir para a melhoria da qualidade dos serviços de saúde nas três forças, buscando sempre a empatia e a humanização no atendimento aos nossos familiares.

Levantando o seguinte problema: em que medida a atividade de acreditação hospitalar, pode contribuir para a melhoria da qualidade dos serviços dos hospitais das Forças Armadas?

O objetivo final deste trabalho será demonstrar as contribuições para a melhoria da qualidade dos serviços dos hospitais das Forças Armadas, com a implantação do programa de acreditação hospitalar.

Para tanto se faz necessário abordar principalmente os seguintes objetivos intermediários:

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a) conhecer o conceito de qualidade

b) conhecer o conceito de acreditação hospitalar

c) conhecer como implantar o programa de acreditação hospitalar d) demonstrar quantos hospitais são acreditados no Brasil

e) identificar as vantagens e os óbices/dificuldades de um hospital acreditado f) conhecer as legislações pertinente a assistência ao paciente

g) conhecer a situação dos hospitais das três forças

O trabalho pretende abordar quais os óbices e dificuldades de implantação do programa de acreditação hospitalar, abordando inicialmente o conceito de qualidade e seu histórico, conhecer o conceito de acreditação hospitalar e principalmente, identificar as vantagens e desvantagens do hospital acreditado.

A pesquisa irá buscar junto aos órgãos certificadores, número de hospitais acreditados no Brasil no ano de 2016.

O assunto saúde é muito complexo, e nesse momento o principal cliente busca sempre a solução para os problemas, que sempre é o mais importante e mais prioritário, do que dos outros, nesse escopo, a pesquisa se torna também muito complexa, pois envolve vários aspectos, qualidade, protocolos, direitos, judicialização, bem estar, urgência emergência, aspectos econômicos, enfim, dai a necessidade de restringir apenas no aspecto da adesão ao programa, são justificativas para estudar e despertar a importância do tema.

A acreditação hospitalar, busca estabelecer padrões de qualidades na assistência médica e hospitalar para nossos pacientes. Com o advento da tecnologia, a saúde se desenvolveu tal forma que trouxe melhoria na qualidade de vida, aumento da expectativa de vida, mas trouxe também, maior questionamento por parte dos pacientes gerando maior processos judiciais. Nesse sentido, essa ferramenta de gestão veio para ajudar os gestores de saúde na aplicação dos processos de forma legal e eficiente.

Partindo do princípio de que a força da nossa força é o homem, “ser humano”, a partir do momento que oferecemos melhor qualidade de vida para o combatente e sua família, com certeza aumentar o poder de combate da força, portanto melhorando a assistência de saúde no Exército brasileiro, estar contribuindo para a segurança, defesa e desenvolvimento nacional.

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2 PROGRAMA DE QUALIDADE

Nos séculos XII e XIII iniciou a construção das primeiras regras para a qualidade dos processos, tornando mais visível no período pré-industrial, em que a produção dos bens e serviços começa a definição dos padrões de desempenho da mão de obra.

No século XIX foi implantado os primeiros procedimentos e especificações de fabricação, nota-se a evolução no estudo da qualidade, percebendo que qualidade do produto é algo bom. Nessa época cabe destacar uma enfermeira inglesa, Florence Nightingale, que se dedicou na melhoria da assistência de qualidade durante a guerra da Criméia.

No século XX, Frederick Taylor, começou a sistematizar, a analisar a medir a forma de como o trabalho era realizado, por meio da administração científica separou o planejamento da execução das atividades.

Em 1920 Walter A. Shewhart, estatístico norte-americano, utilizou técnica estatística para controle dos processos, criando um sistema de mensuração das variabilidades na produção dos bens. Criou também o ciclo PDCA (plan, do, check e action), método essencial na gestão da qualidade.

Com o advento da II guerra mundial, a rápida expansão das industrias, mão de obra pouco qualificada e necessidade de aumento da produção, prejudicaram a qualidade dos bens e produtos, fizeram com que desenvolvessem outras técnicas para combater a ineficácia, observadas na inspeção dos produtos. Nesse período os EUA criam a Sociedade Americana para controle de qualidade (ASQC) e o Japão, a União Japonesa dos Cientistas e Engenheiros (JUSE).

Nas décadas de 1950/60, Edward Deming e Joseph Juran ensinaram os japoneses a mudar o rumo da história, inicio-se a revolução gerencial silenciosa, saindo dos produtos de baixa qualidade, com alto índice de refugo e grandes desperdícios para uma postura de sucesso que carrega até os dias atuais como país de potência mundial.

Nos anos de 1970/80, grandes mudanças ocorreram no estilo gerencial das empresas, um fator que passou a ter importância muito relevante foi a informação, sócio-cultural e política principalmente, que passou a fazer parte do planejamento estratégico, considerando as variáveis, técnicas, psicológicas, econômicas, sociais e

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políticas, integrando a gestão estratégica no relacionamento com os clientes, visando a qualidade dos serviços oferecidos, frente a uma competitividade de mercado, com o objetivo da sobrevivência da empresa.

Portanto, a qualidade passa a ser fator de transformação das organizações de produtos e serviços, relacionados com seu público alvo no que tange a atender às satisfações dos seres humanos, procurando a valorização dos clientes e atender principalmente os seus desejos.

Após breve histórico sobre qualidade, passar a definir ou melhor conceituar “o que é qualidade”, sabe-se o quanto é difícil esta tarefa, mas é muito importante, pois permeia a vida em toda sua dimensão, referir um produto de qualidade, quando este cumpre sua finalidade de maneira que se deseja, ou o que percebe como perfeito.

A palavra “qualidade” tem amplo significado, é muito subjetivo, dá margem a muitas interpretações, existe entendimento nebuloso, tem influência de aspectos psicossociais, culturais e pessoais, busca atender satisfação do cliente, cumprir a função para a qual foi produzido, atender a expectativa do consumidor.

Para a definição de qualidade deve-se observar as questões baseadas em 4 pontos: no produto – uma variável precisa e mensurável; no usuário – qualidade está nos olhos do observador; na produção – as especificações em conformidade com o projeto e no valor – o desempenho a um preço aceitável.

Enfim, qualidade deve atender à várias dimensões: desempenho – cumprir a função para qual foi produzido; durabilidade – vida útil do produto; características – representação do produto; atendimento – atender a desejos e às necessidades do cliente; confiabilidade - funcional, sem falha; estética – aparência, satisfação do observador; conformidade – padrões técnicos do projeto e qualidade percebida – satisfação e fidelidade.

Com o objetivo de contribuir para melhorar os processos, produtos e serviços, foram criados os principais prêmios e certificações:

Certificação ISO (Internacional Organization for Standardization), entidade fundada em 1946 em Genebra na Suíça, criou um comitê técnico com normas para garantir a qualidade, divulgada em 1987, estabelecia critérios mínimos de gestão para garantir a satisfação dos clientes e prevenir eventos adversos.

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Essa versão sofreu várias revisões, em 1994, 2000 e em 2008, trouxe algumas modificações, conjuntos de atividades de planejamento e sistematização implementadas que demonstra capacidade em atender e aumentar a satisfação do cliente, buscou um enfoque em todos os stakeholders de uma organização ou todos aqueles que potencialmente podem ter interesse no negócio, como por exemplo os clientes externos e internos, a sociedade, os fornecedores e os acionistas.

Prêmio Deming criado em 1951 pelos cientistas e engenheiros japoneses (Juse), possui três categorias: para pessoas – obtiveram destaque do Total Quality Management (TQM), por inscrição – empresas que obtiveram performance de destaque na aplicação do TQM e para unidades operacionais – unidades operacionais que obtiveram desempenho de destaque na adoção de políticas de controle de qualidade.

Prêmio Nacional da Qualidade e prêmio Baldrige, instituído em 1992, estabeleceu um conjunto de padrões de excelência de gestão, aprimorando o processo de negócios, tendo por objetivo selecionar as empresas que obtiveram destaques na excelência de gestão.

Prêmio Baldrige, destinava premiar as melhores empresas industriais, de serviços de pequenos negócios, e em 1999 acrescentou educação e saúde, a avaliação se baseava nos seguintes critérios de avaliação: liderança; planejamento estratégico; foco nos clientes e no mercado; informação e análise; recursos humanos; gestão de processos e resultado dos negócios.

Gespública – Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização, fusão de dois programas, qualidade no serviço público e nacional de desburocratização, instituído pelo Decreto nº 5.378 de 23 de fevereiro de 2005, com o objetivo de contribuir para a melhoria da qualidade dos serviços públicos prestados aos cidadãos.

Transportando esse pensamento de qualidade para a área de saúde, verifica-se que além de ser importante é necessário que os serviços de saúde adotem uma gestão estratégica de qualidade no atendimento médico para os pacientes, pois, um evento adverso por acarretar prejuízo irreparável e trágico a vida humana.

Neste contexto, no Brasil existe dois sistema de saúde, a privada e a pública, a primeira busca a muitos anos medidas de melhoria no atendimento, pois,

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a visão é empresarial, visando o lucro, investindo em tecnologia, estrutura, capacitação e gestão profissional com o objetivo do diferencial competitivo, oferecendo serviço de qualidade que satisfaçam os interesses dos clientes, com desejos e necessidades diferentes, com nível cultural e econômico mais elevado que os demais da população brasileira. Esse público exigente não admite equívocos e demora, cobra resultados e principalmente personalização.

A rede pública voltado para o atendimento aos demais pacientes do país com menos condições financeiras, sofre primeiramente com a demanda reprimida, regionalização dos profissionais na área, infraestrutura deficiente, gestão burocrática que impede a melhoria nos serviços prestados a população. Além disso, a existência de legislação complexa, problemas de recursos financeiros, recursos humanos, passando por formação, qualificação, capacitação, educação continuada e baixo salario, propicia baixo desempenho dos profissionais e instituições na oferta de serviço de qualidade para a sociedade.

O atual cenário político institucional que o país atravessa com crise de governança, a saúde necessita de planejamento estratégico, com metas programadas, visando a promoção da saúde e não simplesmente tratamento das doenças, com investimento social para diminuir a desigualdade econômica entre os cidadãos

Art. 196.a Constituição da República Federativa do Brasil (CRFB) refere que a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

Quando se fala em assistência a saúde todo ser humano tem direito ao acesso, ao serviço de qualidade, tecnologia e gratuidade no seu tratamento, dessa forma, os gestores dos hospitais devem se organizar de forma profissional a condução dos recursos empregados nos seus nosocômios, com fixação dos objetivos, planejamento estratégicos e ações que buscam proporcionar a melhor prestação da assistência a saúde.

Apesar dos indicadores de saúde mais recentes no Brasil, mostrarem melhoria no que diz respeito à saúde do brasileiro, que com certeza vem melhorando através do desenvolvimento de vários programas como atenção

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materno infantil, reduzindo a mortalidade materno e infantil, na área de oncologia reduzindo os índices de mortalidade relacionado ao câncer do colo do útero, câncer de mama, câncer de próstata, e muitos outros programas de prevenção a vida, necessitamos ainda mais de investimento para a melhoria da qualidade de assistência a saúde, como por exemplo o programa de acreditação hospitalar.

3 - ACREDITAÇÃO HOSPITALAR

3.1 - Conceituação , histórico e modelos de acreditação

A acreditação hospitalar é uma ferramenta de gestão, que está relacionada com a origem da palavra, “acreditar”, ou seja ter credibilidade, e objetiva qualidade estrutural, segurança ao paciente e aos profissionais e principalmente emprego eficiente dos recursos financeiros, é um sistema de avaliação que verifica se a assistência prestada segue um padrão mínimo de segurança previamente estabelecido, visa a obtenção da cura ou melhoria da condição de saúde do paciente.

Desde 1913/17 já existia um movimento que falava de “o produto dos hospitais” e também para criar um padrão mínimo dos hospitais americanos, por meio do Colégio Americano de Cirurgiões, que estabeleceu os seguintes requisitos básicos: corpo clínico licenciado, exigência de registro de todos os atendimentos e instalações adequadas para o diagnóstico e o tratamento.

Surgiu nos Estados Unidos por volta de 1924 e está relacionado com o Colégio Americano de Cirurgiões, que tinha por objetivo estabelecer um conjunto de padrões de procedimentos para garantir a qualidade da assistência. Na década de 50 com o aumento da complexidade, da abrangência e dos custos, o Colégio Americano dos Cirurgiões se juntou a outros colégios de clínicos, dos hospitais, Associação Médica Canadense, o programa foi passado para uma organização privada, a “Joint Commission on Accreditation of Hospitals” e na década de 80 se expandiu para outros países.

Na década de 90 a Organização Pan-americana de Saúde (Opas), responsáveis pelo estímulo e desenvolvimento de processos de avaliação dos serviços de saúde na America Latina, com parceria a Federação Latino-americana

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de Hospitais, elaborou instrumento de acreditação hospitalar para essa região e Caribe, propondo um modelo de avaliação dos processos de gestão hospitalar.

No Brasil em 1990 algumas iniciativas de acreditação hospitalar, vinculado à Associação Paulista de Medicina e Conselho Regional de Medicina, criou o Programa de Controle de Qualidade do Atendimento Médico-hospitalar (CQH), envolve coleta e análise de dados da gestão dos hospitais, utilizando alguns indicadores de saúde.

Em 1994, a Academia Nacional de Medicina, o Colégio Brasileiro de Cirurgiões e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro, se reuniram e criaram o Programa de Avaliação e Certificação de Qualidade em Saúde (PACQS), posteriormente em 1997 transformou-se no Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), atualmente é representante da metodologia da “Joint Commission Internacional” no Brasil.

O Ministério da Saúde começou a discutir com maior intensidade a acreditação, criando o Programa de Garantia e Aprimoramento da Qualidade em Saúde (PGAQS), por meio da Portaria GM/MS nº 1.107, de 14 de junho de 1995, formando grupo técnico do programa com o objetivo de definir estratégias de implantação do programa, compilação de manual de acreditação, baseados nos manuais dos Estados Unidos, Canadá, Catalunha/Espanha, Inglaterra, bem como suas etapas de implantação, baseado no manual brasileiro de acreditação hospitalar do ministério da saúde.

Em 1995 o Ministério da Saúde criou o Programa de Acreditação Hospitalar, em 1999 criou a Organização Nacional de Acreditação (ONA), órgão não governamental com a atribuição de coordenar o Sistema Brasileiro de Acreditação. Compete a definição dos padrões para avaliação por intermédio do Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar, este manual é dividido em seções e subseções:

- liderança e administração

- serviços profissionais e organização da assistência - serviço de atenção ao paciente/cliente

- serviços de apoio diagnóstico e terapêutico - serviços de apoio técnico e abastecimento - serviços de apoio administrativo e infraestrutura - ensino e pesquisa

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Segundo esse sistema possui 3 níveis de complexidade:

- Nível 1: verifica o atendimento dos requisitos técnicos e estrutural de uma organização – Segurança.

- Nivel2: verifica a gerência dos processos – Gestão integrada

- Nível 3: verifica os resultados de excelência – Excelência em gestão

Outro modelo é a “Joint Commission International”, criada em 1951 nos Estados Unidos, veio concentrando esforços desde 2003 para implementar nos hospitais, que teve como objetivo principal focado em duas frentes: assistência ao paciente e gestão organizacional, e possui 2 níveis de complexidade: acreditado ou não acreditado.

Assim como a ONA, possui também um manual como instrumento de avaliação (manual de padrões para acreditação internacional da JCI), na primeira mensuração que tem foco no paciente, engloba:

- acesso ao cuidado e continuidade do cuidado - direitos dos pacientes e familiares

- avaliação dos pacientes - cuidado aos pacientes - anestesia e cirurgia

- gerenciamento e uso de medicamentos - educação de pacientes e familiares

Outro capítulo com foco na gestão da organização engloba: - melhoria de qualidade e segurança do paciente

- prevenção e controle de infecções - governo, liderança e direção

- gerenciamento e segurança das instalações - educação e qualificação dos profissionais

- gerenciamento da comunicação e da informação

O terceiro modelo de acreditação é o “Accreditation Canada International”, fundada em 1958, esta metodologia é pouco utilizada no Brasil e mescla aspectos

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estruturais e processuais, com a abordagem centrada no cliente e seguem os padrões de avaliação:

- padrões clínicos (atenção ambulatorial, cuidado ao paciente com câncer, cuidados continuados e especializados em geriatria, serviços comunitários de saúde, serviços de emergência e atendimento ao trauma, atenção domiciliar, atenção materno-infantil, cuidado em saúde mental, reabilitação, cuidados intensivos, serviços de atenção ao paciente cirúrgico)

- padrões administrativos (liderança e parceria, recursos humanos, ambiente e gestão da informação)

- outros padrões (farmácia, laboratório biomédico e diagnóstico por imagem

A escolha do modelo de acreditação pelas organizações de saúde vai depender muito da maneira de pensar dos gestores, os processos de trabalho que mais se adequam com a cultura organizacional, bem como as vantagens que os métodos podem trazer para a sua organização, porém o foco deve geralmente recair sobre a melhoria da qualidade dos serviços oferecidos aos clientes.

A importância do processo de avaliação, deve objetivar a percepção da qualidade que o cliente necessita receber de satisfação, incluindo todas as dimensões que influenciam nessa observação, procurando valorizar o ser humano, o instinto de sobrevivência da organização, sustentabilidade e probidade, dentro dos preceitos éticos e morais.

O principal objetivo da acreditação é antecipar-se a evitar problemas, gerenciando riscos e promovendo qualidade nos serviços de saúde prestados, contrário do que muitos pensam, que seria a habilitação institucional, esse papel é do governo.

Posteriormente, descreve-se a implantação do programa de acreditação hospitalar, mostra-se quantos hospitais acreditados possuem no Brasil, conforme Agencia Nacional de Saúde Suplementar (ANS), bem como a legislação relacionados a qualidade de assistência médica.

Apresentar as vantagens e desvantagens de um hospital acreditado, procurando investigar quais os óbices e dificuldades da sua implantação, alguns aspectos devem levantar e pesquisar melhor, como por exemplo: mudança de paradigmas, definição dos objetivos estratégicos para esta organização de saúde,

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fazer um planejamento estratégico, com comprometimentos dos gestores e colaboradores, trabalhando de forma profissional, pois não existe espaço para amadores quando se fala em atendimento médico de qualidade.

4 - IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA DE ACREDITAÇÃO HOSPITALAR

A assistência médica prestada pelos sistemas hospitalares aos pacientes, são bastante complexos, desde a sua organização até o oferecimento do produto final, a gestão dos serviços, estrutura, recursos humanos e principalmente os recursos financeiros são de extrema importância haver o controle e otimização para poder oferecer atendimento de qualidade e eficiência na aplicação dos recursos.

Desta forma, deve-se enumerar alguns princípios de qualidade que a instituição deve adotar antes da implantação do programa de acreditação hospitalar:

. Conforme o código do consumidor, assegurar o paciente ao direito de acesso ao serviço de qualidade, proteção da vida, saúde e segurança.

. Atendimento e monitorização do paciente – o foco sempre será o paciente, desde a identificação das suas necessidades até a medição do grau de satisfação que foi atingido.

. Visão estratégica da alta administração – a direção tem que definir sua visão de negócio, seus objetivos e passar para todos os “stakeholders” de forma clara, precisa e principalmente apoiar essa estruturação.

. Entendimento do negócio – a instituição como um todo deve conhecer o negócio da instituição, desde a alta administração até o funcionário mais distante da pirâmide, deve-se cobrar responsabilidade e comprometimento.

. Utilização de tecnologia adequada – estar geralmente utilizando da TI (tecnologia da informação), para melhoria, otimização do serviço de qualidade, inovar constantemente.

. Qualificação, capacitação e treinamento – por meio da educação continuada, cada vez mais capacitar e treinar seus funcionários para o aperfeiçoamento do atendimento.

. Definir padrões e identidade da instituição – apresentar aos clientes a sua identificação, como deve ser reconhecidos, mostrar a verdadeira intenção do negocio.

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. Instituir a meritocracia – de alguma forma estabelecer o incentivo para o melhor serviço, agir com justiça e honestidade.

. Comunicação – todo e qualquer pensamento deve ser compartilhado, fazer a intervenção oportuna, ouvir todos os colaboradores, derrubar as barreiras dos setores. Informar sempre, saber tudo que acontece na instituição e fazer que todos saibam para onde a empresa desejar ir, por meio de jornais internos, informativos, quadro de avisos, canal interno de TV, café da manhã, reuniões, etc...

Fonte: ONA

. Mensuração – medir todo o processo, afinal deve-se conhecer o que quer, o que se faz, como se faz e se o resultado corresponde ao objetivo proposto.

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. O processo de implantação do programa de acreditação hospitalar, inicia-se com a Instituição de saúde mostrando interesse, pois esse processo é totalmente voluntário, solicitando sua inscrição no processo de avaliação para a ONA, entidade acreditadora que irá coletar informações dessa instituição para formular uma proposta de avaliação.

Após essa fase preliminar, a instituição acreditadora enviará um questionário e solicitará o alvará de funcionamento, alvará sanitário e o registro do responsável técnico junto ao CRM (Conselho Regional de Medicina), após o preenchimento e devolução, será assinado um contrato pela organização prestadora de serviços de saúde.

A avaliação será feita por um avaliador líder, responsável por toda etapa da avaliação e de sua equipe de avaliadores, composta de um médico, enfermeiro e um administrador, que seguirá um plano elaborado para esse fim, de forma bem clara e transparente, identificando os objetivos e propósitos, data da execução e identificação e apresentação do pessoal da equipe, apresentando toda programação e seguindo o relatório da avaliação, seguindo o Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar, que procura avaliar as três vertentes, estrutura, processos e resultados.

Os níveis, princípios específicos e itens pertinentes: - Nivel 1:

Este nível contemplam atendimentos dos requisitos básicos de qualidades na assistência, com recursos humanos qualificados e habilitados, visando a segurança tanto dos pacientes quanto dos profissionais, atender os requisitos formais e técnicos de segurança para sua atividade, os itens pertinentes a esse nível são:

. habilitação do corpo funcional . responsável técnico

. requisitos fundamentais de segurança para o cliente (interno e externo) . estrutura básica adequada capaz de garantir o atendimento

. continuidade das ações administrativas e assistenciais

- Nível 2:

Este nível procura contemplar adoções de planejamento na organização da assistência, referentes a documentação, visando a organização e padronização dos procedimentos, deve possuir normas e rotinas e procedimentos documentados,

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programa de educação e treinamento continuado para os profissionais, preocupado com prevenção de acidentes e sequelas, os itens pertinentes a esse nível são:

. existência de normas e rotinas e procedimentos documentados, atualizados, disponíveis e aplicados

. profissionais de serviços capacitados

. grupo de trabalho para a melhoria de processos e integração institucional . evidencias de atuação focada no paciente

- Nível 3:

Este nível deve conter evidências de melhoria contínua da instituição, estrutura, incorporação de novas tecnologias, atualização técnico-profissional, ações assistenciais, com foco na busca da excelência, integrar o programa institucional de qualidade e produtividade, bem como analisar o impacto gerado junto a comunidade, os itens pertinentes a esse nível são: segurança, organização e práticas de gestão e qualidade:

. ciclos de melhorias em todas as áreas

. sistema de mensuração dos indicadores de qualidades, acompanhando a evolução dos resultados, que permite análise e comparação

. sistema de aferição da satisfação do cliente (interno e externo)

Para o processo de acreditação deve seguir o manual brasileiro de acreditação, que está muito bem estruturado e organizado, muito bem detalhado por seção e os critérios a seguir nos três níveis de certificação.

4.1 - Arcabouço Jurídico

Lei nº 8.080 , de 19 de setembro de 1990, esta lei regula, em todo território nacional, as ações e serviços de saúde, executados isolados ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito público ou privado, criando o Sistema Único de Saúde (SUS).

Portaria GM/MS nº 1.107 de 14 de junho de 1995, o Ministério da Saúde cria o Programa Brasileiro de Acreditação Hospitalar, dentro do Programa de Garantia e Aprimoramento da Qualidade em Saúde.

(26)

Portaria GM/MS nº 538 de 17 de abril de 2001, reconhece a Organização Nacional de Acreditação (ONA), como instituição responsável pela operacionalização do programa de acreditação hospitalar.

Portaria GM nº 1.970 de 25 de outubro de 2001, considerando que o processo de acreditação hospitalar é um método de consenso, racionalização e ordenação das instituições hospitalares e principalmente, de educação permanente dos seus profissionais e que se expressa pela realização de um procedimento de avaliação dos recursos institucionais, voluntário, periódico e reservado, que tende a garantir a qualidade da assistência por meio de padrões previamente estabelecidos. (Brasil, 2002).

RDC nº 50/2002 da Anvisa de 21 de fevereiro de 2002, que dispõe sobre o Regulamento Técnico para Planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde.

Portaria nº 1.820 do Gabinete do Ministro da Saúde de 13 de agosto de 2009, que dispõe sobre os direitos e deveres dos usuários de saúde.

Esta portaria garante aos pacientes os direitos do atendimento de qualidade, com toda tecnologia disponível, atendimento humanizado e acolhedor, bem como acesso a informação e liberdade de escolha do seu tratamento, respeitado seus valores, cultura e direitos.

Essa portaria cobra também dos usuários os deveres para com o sistema de saúde, o de prestar as informações corretas a respeito da sua saúde, cumprir o tratamento instituído, procurar buscar sua qualidade de vida para prevenção da saúde, tratar de forma cortez os profissionais de saúde e os outros usuários do sistema e facilitar e contribuir com as medidas preventivas de combate as doenças.

RDC nº 63 da Anvisa de 25 de novembro de 2011, que dispõe sobre os Requisitos de Boas Práticas de Funcionamento para o serviço de saúde.

Tem por objetivo atendimento de qualidade baseado nos princípios de boas práticas fundamentadas na qualificação, na humanização da atenção e gestão, e na redução e controle de risco ao paciente e ao meio ambiente.

RDC nº 36/2013 da Anvisa, de 25 de julho de 2013, que institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e dá outras providencias.

(27)

26

Resolução Normativa da ANS nº 364/2014, de 11 de dezembro de 2014, dispõe sobre a definição de índice de reajuste pela Agencia Nacional de Saúde Suplementar – ANS – a ser aplicado pelas operadoras de planos de assistência à saúde aos seus prestadores de serviços de atenção à saúde em situações específicas.

Lei nº 13.003/2014 regulamentada pela Instrução Normativa nº 61/2015, sancionada em junho de 2014, tem por objetivo reforçar a obrigatoriedade nos contratos entre as operadoras e os prestadores de serviço de saúde, maior transparência e equilíbrio nessa relação.

Altera a Lei nº 9.656, de 03 de junho de 1998, que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde, com a redação dada pela Medida Provisória nº 2.177, de 24 de agosto de 2001, para tornar obrigatória a existência de contratos escritos entre as operadoras e seus prestadores de serviços.

Instrução Normativa nº 61 de 04 de dezembro de 2015: dispõe sobre a regulamentação dos parágrafos 2º e 3º do artigo 7º da Resolução Normativa – RN nº 364, de 11 de dezembro de 2014, que dispõe sobre o Fator de Qualidade a ser aplicado ao índice de reajuste definido pela ANS para prestadores de serviços hospitalares.

4.2 - Vantagens de um Hospital Acreditado

Tendência de gestão cada vez mais voltada para a busca da qualidade assistencial, num mercado cada vez mais competitivo, primordial para a sua sobrevivência, com o principal foco na satisfação do cliente, destaca-se o objetivo fundamental dessa ferramenta, é buscar a motivação e comprometimento dos colaboradores na integração, no desenvolvimento da responsabilidade com a instituição, visando a eficiência e eficácia do processo, levando a lucro e a sustentabilidade da empresa.

A acreditação por si só não evita erros dos profissionais, mas é uma ferramenta que busca a mudança da cultura organizacional, qualificação técnica, liderança, comprometimento e principalmente, mitigar os fatores que influenciam negativamente os processos da qualidade.

(28)

São inúmeras as vantagens da acreditação hospitalar, a mais importante é o ganho na melhoria da qualidade de gestão, em que a instituição possui um diagnóstico preciso das suas atividades e o desempenho dos seus processos, podendo desenvolver ações estratégicas voltada a assistência ao paciente, trazendo maior segurança no atendimento, levando a satisfação do cliente, bem como, motivando a equipe a melhorar cada vez mais seus processos.

O certificado de acreditação coloca a instituição em patamar diferenciado das demais, melhorando sua reputação, apresentando maior credibilidade aos clientes, certamente atraindo ainda mais o público usuário, significando maior rentabilidade para a empresa, levando a sua sustentabilidade nesse mercado competitivo.

O motivo para aderir ao programa de acreditação hospitalar, vai muito além de simples certificado, é ferramenta estratégica utilizada na gestão de uma empresa que tem como objetivo principal, melhoria contínua da qualidade de serviço de saúde, buscando sempre resultado cada vez maior, garantindo o foco da instituição que são: segurança para o paciente e os profissionais de saúde, qualidade no atendimento, aprimoramento contínua dos recursos humanos e aplicação correta dos recursos financeiros e tecnológicos.

A ANS estabeleceu um Fator de Qualidade para os estabelecimentos e operadoras prestadoras de serviços de saúde, que estão de acordo com os critérios estabelecidos: acreditação, índice de reinternação hospitalar e segurança do paciente. A segurança e a qualidade do atendimento é prioritário para a ANS, desta forma, a adoção do fator de qualidade baseado nesses critérios asseguram serviços de qualidade, como estabelecimentos certificados de acreditação, significa que atingiu os padrões de certificação, quanto ao critério de reinternação hospitalar em até 30 dias após a última alta, significa a capacidade progressiva das prestadoras de ajudar as pessoas a se recuperarem, acompanhando seu quadro clínico para promover cuidado efetivo ao paciente e finalmente quanto ao critério de segurança ao paciente, são conjuntos de medidas adotadas, pela Comissão de Segurança do paciente, para minimizar os acontecimentos adversos durante a assistência ao paciente.

(29)

28

Em princípio a normatização dos serviços deve obedecer a lei do sinergismo, ou seja, aplicar o programa de acreditação hospitalar, conhecer o profissional na sua essência e aplicar a força da mudança naquela habilidade que ele mais se destaca, conferir mais rigor na direção que espontaneamente já está seguindo, enfim, homem certo no lugar certo, aplicar os recursos financeiros de forma eficiente e colocar os valores da instituição como fator fundamental na assistência, tendo como foco principal o paciente, oferecendo atendimento de qualidade e humanização.

Figura 2 – Programa de Acreditação Hospitalar

Fonte: o próprio autor

4.3 - Óbices/dificuldades de Implantação do Programa de Acreditação Hospitalar

A grande dificuldade na implantação do programa de acreditação hospitalar, inicia-se pelo desconhecimento, desde a alta administração até os colaboradores operacionais, além de enfrentar a resistência da mudança da cultura organizacional, quebra de paradigma e principalmente investimento de recursos financeiros para a implantação.

O maior desafio é envolver, conscientizar e motivar as pessoas, pois, a mudança da cultura organizacional exige mudança de valores, de hábitos e

Paciente Acreditação Hospitalar Profissionais Recursos Instituição

(30)

principalmente de atitudes e comportamentos das pessoas envolvidas no processo, conscientizar de que devemos seguir os procedimentos estabelecidos para alcançar o objetivo final, que é a melhoria da qualidade da assistência ao paciente, sem dúvida é um grande desafio.

O investimento de recursos financeiros, também é um grande óbice para a implantação, muitos estabelecimentos necessitam de grandes mudanças na sua estrutura para atender os critérios do manual de acreditação hospitalar, em muitos dos casos, as vezes exigem uma nova construção.

Outro fator de dificuldade são os recursos humanos, iniciando desde a mudança de hábitos, exigindo um comprometimento e dedicação maior com o processo, acarretando sobrecarga de trabalho, gerando estresse a equipe, além de déficit de capital humano, de não conseguir mão de obra especializada, o tempo dispendido para o treinamento e capacitação da equipe de trabalho existente, consiste num grande obstáculo para a implantação do programa de acreditação hospitalar.

4.4 - Hospitais acreditados no Brasil

Figura 3- No Brasil possuem 6.742 hospitais entre públicos e privados distribuídos por todo país:

(31)

30

Fonte: CNES – Março 2017

Tabela 1 – Distribuição de hospitais no Brasil

Hospitais %

Municipais 21 %

Estaduais 8 %

Federal 1 %

Privado 70 %

Tabela 2 - O número de hospitais certificados no Brasil pela ONA, de acordo com o nível de acreditação: Acreditado Acreditado pleno Acreditado com Excelência Total

(32)

Acre – AC 0 0 0 0 Alagoas – AL 1 0 0 1 Amapá – AP 0 0 0 0 Amazonas – AM 0 0 0 0 Bahia – BA 1 0 1 2 Ceará – CE 0 1 1 2 Distrito Federal – DF 0 2 1 3 Espirito Santo – ES 1 0 3 4 Goiás – GO 1 0 0 1 Maranhão – MA 1 0 0 1 Mato Grosso – MT 0 1 0 1 Mato Grosso do Sul – MS 0 0 0 0 Minas Gerais – MG 2 11 7 20 Pará – PA 0 2 0 2 Paraíba – PB 0 0 0 0 Paraná – PR 5 6 1 12 Pernanbuco – PE 1 0 0 1 Piauí – PI 0 0 0 0 Rio de Janeiro – RJ 2 1 3 6 Rio Grande do Norte – RN 1 0 0 1 Rio Grande do Sul – RS 1 1 3 5 Rondônia – 0 0 0 0

(33)

32 RO Roraima – RR 0 0 0 0 Santa Catarina – SC 2 1 0 3 São Paulo – SP 16 27 23 66 Sergipe – SE 0 1 0 1 Tocantins – TO 0 0 0 0 Brasil 35 54 43 132 Fonte: ONA

Figura 4 - Mapa representativo dos hospitais acreditados pela ONA

Tabela 3 - Hospitais acreditados pelo programa JCI, 27/07/16

Estados Regiâo Nº de Hospitais

Acreditados

(34)

São Paulo Sudeste 17 58,62

Rio de Janeiro Sudeste 05 17,24

Minas Gerais Sudeste 01 03,45

Pernanbuco Nordeste 02 06,90

Santa Catarina Sul 01 03,45

Rio Grande do Sul Sul 03 10,34

Total - 29 100

Tabela 4 - Hospitais acreditados pelo programa ACI, 27/07/16

Estados Regiâo Nº de Hospitais

Acreditados

% Acreditados

São Paulo Sudeste 28 80

Rio de Janeiro Sudeste 08 08,56

Pará N 01 02,86

Pernanbuco Nordeste 01 02,86

Paraná Sul 01 02,86

Santa Catarina Sul 01 02,86

Total - 35 100

Fonte: Site do IQC, em 26/07/16

Tabela 5 - Hospitais acreditados pelo programa NIAHO em 28/07/16

Estados Regiâo Nº de Hospitais

Acreditados

% Acreditados

Minas Gerais Sudeste 05 100

Total - 05 100

Fonte: Dados coletados em sites de hospitais que possuem a acreditação NIHAO, 28/07/16

Tabela 6 - Principais motivos para escolhas das acreditações pelos gestores

Motivos ONA JIC Canadense

(35)

34

Foco no gerenciamento da rotina do hospital 18 % 16 % 9 % Foco no atendimento humanitário ao paciente 8 % 9 % 11 % Trabalha fortemente a questão de times

assistenciais

0 % 11 % 18 %

Foco na melhoria dos processos administrativos 18 % 0 % 8 % É a mais facilmente aceita pelos médicos 0 % 8 % 0 % Fonte: Panorama da Acreditação hospitalar no Brasil, COPPEAD/UFRJ, 2012.

4.5 - Situação Atual dos Hospitais Militares das Forças Armadas

O Sistema de saúde das três forças, são parecidos, possuem rede própria de atendimento, vários hospitais, de diferentes complexidades, policlínicas, odon toclinicas e laboratórios, instalados por todo o território nacional, além de contar com várias organizações civis de saúde (OCS) contratados para assistência médico-hospitalar, de forma complementar e em algumas localizações utiliza a rede pública de saúde.

O sistema está organizado da seguinte forma: um órgão de direção, a diretoria de saúde, que tem como objetivo coordenar, planejar e fiscalizar todos as atividades e procedimentos técnico administrativos relacionados a saúde, bem como elaborar orientações normativas, uma escola de formação, com o objetivo de formar profissionais de saúde (já graduados e especializados) para compor as várias unidades de saúde, nos hospitais serviços de residência médica, com o objetivo de especializar e capacitar os profissionais de saúde da força.

O sistema ainda é dividido em três subsistemas: a- O subsistema de saúde operacional

b- Subsistema de perícias médicas c- subsistema de saúde assistencial

a) A saúde operacional é voltada para apoiar as operações das unidades, com o objetivo de prestar apoio médico e manter a higidez da tropa para o cumprimento das missões, cada força com suas características particulares, na terra, na água e no ar, ainda presta atendimento médico, odontológico e orientações de saúde nos ACISO (ação cívico social).

(36)

b) A saúde pericial apoia a administração na atividade médico pericial, na avaliação do estado de saúde dos militares e dependentes para as várias missões e processos de benefícios.

c) A saúde assistencial, voltada para o atendimento em geral, prestar apoio a todos os militares e seus dependentes, no tocante ao atendimento de urgência/emergência, atendimento ambulatorial, apoio diagnóstico e internações hospitalares.

1) Organização militar hospitalar da Marinha:

a) Diretoria de Saúde da Marinha – Rio de Janeiro- RJ b) Hospital Naval Marcilio Dias – Rio de Janeiro- RJ

c) Policlínica Naval Nossa Senhora da Gloria – Rio de Janeiro- RJ d) Policlínica Naval de Niteroi – Niteroi- RJ

e) Policlínica Naval de Campo Grande – Rio de Janeiro- RJ f) Unidade Integrada de Saúde Mental – Rio de Janeiro- RJ g) Odontoclínica Central da Marinha – Rio de Janeiro- RJ h) Ambulatorio Naval da Penha – Rio de Janeiro-RJ i) Sanatório Naval de Nova Friburgo – Nova Friburgo-RJ

j) Policlínica Naval de São Pedro da Aldeia - São Pedro da Aldeia-RJ k) Hospital Naval de Salvador – Salvador-BA

l) Hospital Naval de Natal – Natal-RN m) Hospital Naval de Recife – Recife-PE n) Hospital Naval de Belem – Belem-PA

o) Policlínica Naval de Rio Grande – Rio Grande-RS p) Hospital Naval de Ladario – Ladario-MS

q) Hospital Naval de Brasilia – Brasilia-DF r) Policlínica Naval de Manaus – Manaus-AM

(37)

36

Fonte: Diretoria de Saúde

2) Organizações de saúde do Exército:

a) Diretoria de saúde – Brasilia-DF

b) Hospital Central do Exército - HCE (Rio de Janeiro/RJ) c) OMS Especiais

- Hospital Militar de Resende - HMR (Resende/RJ) - Hospital de Campanha - H Cmp (Rio de Janeiro/RJ) - Instituto de Biologia do Exército - IBEx (Rio de Janeiro/RJ) - Odontoclínica Central do Exército - OCEx (Rio de Janeiro/RJ)

- Laboratório Químico Farmacêutico do Exército - LQFEx (Rio de Janeiro/RJ)

d) Hospitais Militares de Área

- Hospital Militar de Área de São Paulo - HMASP (São Paulo/SP) - Hospital Militar de Área de Porto Alegre - HMAPA (Porto Alegre/RS) - Hospital Militar de Área de Recife - HMAR (Recife/PE)

- Hospital Militar de Área de Campo Grande - HMACG (Campo Grande/MS) - Hospital Militar de Área de Brasília - HMAB (Brasília/DF)

- Hospital Militar de Área de Manaus - HMAM (Manaus/AM)

e) Hospitais Gerais

- Hospital Geral do Rio de Janeiro - HGeRJ (Rio de Janeiro/RJ) - Hospital Geral de Juiz de Fora - HGeJF (Juiz de Fora/MG) - Hospital Geral de Curitiba - HGeC (Curitiba/PR)

- Hospital Geral de Salvador - HGeS (Salvador/BA) - Hospital Geral de Belém - HGeBe (Belém/PA)

(38)

- Hospital Geral de Fortaleza - HGeF (Fortaleza/CE)

- Hospital Geral de Santa Maria - HGeSM (Santa Maria/RS)

f) Hospitais de Guarnição Tipo I

- Hospital de Guarnição de Alegrete - HGuA (Alegrete/RS) - Hospital de Guarnição de Bagé - HGuBa (Bagé/RS)

- Hospital de Guarnição de Santiago - HGuSt (Santiago/RS)

g) Hospitais de Guarnição Tipo II

- Hospital de Guarnição de Florianópolis - HGuFl (Florianópolis/SC) - Hospital de Guarnição de João Pessoa - HGuJP (João Pessoa/PB)

h) Hospitais de Guarnição Tipo III

- Hospital de Guarnição de Marabá - HGuMba (Marabá/PA)

- Hospital de Guarnição de Porto Velho - HGuPV (Porto Velho/RO) - Hospital de Guarnição de Tabatinga - HGuT (Tabatinga/AM)

- Hospital de Guarnição de São Gabriel da Cachoeira - HGuSGC (SGC/AM)

i) Hospitais de Guarnição Tipo IV

- Hospital de Guarnição de Natal - HGuN (Natal/RN)

j) Policlínicas Militares

- Policlínica Militar de Niterói - PMN (Niterói/RJ)

- Policlínica Militar do Rio de Janeiro - PMRJ (Rio de Janeiro/RJ) - Policlínica Militar da Praia Vermelha - PMPV (Rio de Janeiro/RJ) - Policlínica Militar de Porto Alegre - PMPA (Porto Alegre/RS)

k) Postos Médicos de Guarnição Tipo I

- Posto Médico de Guarnição de Pouso Alegre (Pouso Alegre/MG) - Posto Médico de Guarnição de Cruzeiro do Sul (Cruzeiro do Sul/AC) Tipo II

- Posto Médico de Guarnição de Ponta Grossa (Ponta Grossa/PR) - Posto Médico de Guarnição de Dourados (Dourados/MS)

(39)

38

- Posto Médico de Guarnição de São Vicente (São Vicente/SP) - Posto Médico de Guarnição de Taubaté (Taubaté/SP)

- Posto Médico de Guarnição de São Luís (São Luís/MA) - Posto Médico de Guarnição de São Gabriel (São Gabriel/RS) - Posto Médico de Guarnição de Corumbá (Corumbá/MS) - Posto Médico de Guarnição de Maceió (Maceió/AL) - Posto Médico de Guarnição de Aracajú (Aracajú/SE) - Posto Médico de Guarnição de São Borja (São Borja/RS)

- Posto Médico de Guarnição de Santana do Livramento (S. do Livramento/RS)

Tipo III

- Posto Médico de Guarnição de Campinas (Campinas/SP) - Posto Médico de Guarnição de Cuiabá (Cuiabá/MT) - Posto Médico de Guarnição de Tefé (Tefé/AM)

- Posto Médico de Guarnição de Rio Branco (Rio Branco/AC) - Posto Médico de Guarnição de Vila Velha (Vila Velha/ES) - Posto Médico de Guarnição de Cascavel (Cascavel/PR)

- Posto Médico de Guarnição de Três Corações (Três Corações/MG) - Posto Médico de Guarnição de Cruz Alta (Cruz Alta/RS)

- Posto Médico de Guarnição de Santo Ângelo (Santo Ângelo/RS) - Posto Médico de Guarnição de Uruguaiana (Uruguaiana/RS) - Posto Médico de Guarnição de Teresina (Teresina/PI)

- Posto Médico de Guarnição de Pelotas (Pelotas/RS)

Tipo IV

- Posto Médico de Guarnição de Belo Horizonte (Belo Horizonte/MG) - Posto Médico de Guarnição de Boa Vista (Boa Vista/RR)

- Posto Médico de Guarnição de Goiânia (Goiânia/GO)

(40)

Fonte: Diretoria de Saúde

3) Organização de saúde da Aeronáutica

a) Diretoria de Saúde (DIRSA) – Rio de Janeiro-RJ

b) Centro de Medicina Aeroespacial (CEMAL) – Rio de Janeiro-RJ

c) Casa Gerontológica de Aeronáutica Brigadeiro Eduardo Gomes – Rio de Janeiro-RJ

d) Laboratório Quimico-farmacêutico da Aeronáutica – Rio de Janeiro-RJ e) Instituto de Medicina Aeroespacial Brigadeiro Médico Roberto Teixeira –

Rio de Janeiro-RJ

f) Odontoclínica de Aeronáutica – Rio de Janeiro-RJ

g) Organização de Saúde da Aeronáutica (OSA) de 3º e 4º escalão

Áreas de Jurisdição (Estados e Guarnições)

Órgão coordenador

AP, MA e PA HABE

AL, BA, CE, PB, PE, PI, RN e SE HARF ES e RJ (Guarnições Afonsos e

Santa Cruz)

(41)

40 MG e RJ (Guarnições centro e Galeão) HFAG MS e SP HFASP PR, RS e SC HACO DF, GO, MT e TO HFAB

AC, AM, RO e RR HAMN

Figura 7 – Organização de Saúde da Aeronáutica:

Fonte: Diretoria de Saúde

O sistema de saúde das três forças tem realizado ações de planejamento e gestão nas suas unidades de saúde, para a melhoria continua da qualidade de atendimento aos nossos usuários, disponibilizando recursos financeiros para aquisição de equipamentos de tecnologia avançada, para acompanhar a evolução da medicina, reforma e melhoria das estruturas hospitalares para adequar aos

(42)

padrões de segurança que a legislação exige, visando sempre a qualidade de atendimento oferecido aos nossos pacientes.

O processo de acreditação hospitalar foi adotado por todo o serviço de saúde, cada força trabalhando e implantando o programa conforme característica particular de cada serviço, de forma que em pouco tempo todas as organizações de saúde das três forças estarão de acordo com as normas de acreditação do Manual Brasileiro de Acreditação Hospitalar, igualando aos melhores hospitais de referência do país.

5 - CONCLUSÃO

Portanto a acreditação hospitalar deixou de ser um instrumento de gestão de difícil acesso, mas sim, uma necessidade técnica e social. Exige garantia de qualidade, profissionalismo, desenvolvimento técnico e inovação da tecnologia, tendo como meta final a satisfação do paciente, com atenção competente, oportuna com mínimo de complicação e sequela, pela própria exigência crescente por parte dos pacientes, pela imposição legal, pela fiscalização mais intensa da mídia, os hospitais se obrigam a oferecer serviços de qualidade e segurança aos pacientes.

Um programa de qualidade deve garantir qualidade técnica profissional, uso eficiente dos recursos financeiros, minimização de riscos de eventos adversos, satisfação dos pacientes em suas demandas e coordenação e integração dos serviços oferecidos.

A busca de certificação de qualidade dos serviços oferecidos pelos estabelecimentos de saúde, se torna cada vez mais imperativo, neste contexto, a acreditação hospitalar cada vez mais se veste de importância, no intuito de ganhar a confiança dos clientes e garantir a sustentabilidade do negócio.

Basicamente garantir qualidade e implantar a acreditação hospitalar, é modificar o comportamento organizacional, profissional, empresarial e desenvolver práticas de gestão aceitável em termos de resultados e custos nos procedimentos médicos e assistência à saúde.

Conclui-se que a acreditação é uma ferramenta de gestão utilizada mundialmente, em alguns países com adesão voluntária em outros obrigatório pelo governo, com o objetivo de reduzir os riscos aos pacientes, minimizando os efeitos adversos, melhorando os processos para garantir qualidade nos serviços de saúde

(43)

42

oferecidos, oportunidade que os hospitais militares das três forças de implantar esse programa, buscando oferecer a família militar um atendimento digno, humanizado e de excelência, gerenciando os recursos com probidade e eficiente.

Finalmente concluindo, após levantar os óbices e demonstrar as vantagens da implantação do programa de acreditação hospitalar, não há motivo para os hospitais das forças armadas não aderir ao programa, muito pelo contrário, com os recursos financeiros, potencial profissional existente, pode criar seu próprio modelo de certificação de acreditação hospitalar, tendo como suas Diretorias de Saúde (DSau), como seu órgão certificadora, propiciando a nossa família militar uma assistência médica de qualidade e humanidada.

(44)

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Referências

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