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Em MS, pacientes com COVID-19 já enfrentam fila na espera por leito de UTI

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Academic year: 2021

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Valentin Manieri

Valentin Manieri

Reprodução

Em MS, pacientes com COVID-19 já

enfrentam fila na espera por leito de UTI

Supremo suspende julgamento de suspeição de Moro no caso Lula

Loterias

Resultados na página A8

Cidades Mín. Máx. Campo Grande 21º 31º Corumbá 23º 34º Dourados 23º 33º Ponta Porã 22º 31º Três Lagoas 25º 33º Tempo Sol com muitas nuvens durante o dia. Períodos de nublado, com

chuva a qualquer hora.

Saiba mais sobre o tempo no oe10.com.br

Loterias

Resultados na página A8

Cidades Mín. Máx. Campo Grande 21º 32º Corumbá 24º 36º Dourados 22º 33º Ponta Porã 21º 31º Três Lagoas 22º 34º Tempo Sol com algumas nuvens.

Não chove.

Saiba mais sobre o tempo na pág. A8

ANO XIX | Nº 5.678| CAMPO GRANDE-MS | R$ 1,00 |QUARTA-FEIRA, 10 DE MARÇO DE 2021

JornalOEstadoMS

ESTADO

O

OOOO

(67)

3345-9000

www.OESTADOONLINE.com.br

Santos ganha na

Vila com gols de

garotos pela

pré-Libertadores

Gasolina é vendida por

até R$ 5,79 o litro na

região do anel viário

MP quer ampliar para 40%

margem de empréstimo de

consignado a aposentados

Endividamento das

famílias volta a aumentar

em Campo Grande

Página A7

ESPORTES

Cineasta

terena lança

filme em

Hollywood

ARTES

Venda de pizzas

vai ajudar

Operário

a pagar contas

Transporte coletivo tem o reforço

de 23 ônibus para evitar lotação

Com intuito de conter

protesto, Paraguai cogita

fechamento da fronteira

Ano letivo começa hoje

apenas com aulas remotas

na rede estadual

Página A6

Número de pacientes

internados chega a 725, em

novo recorde no Estado

Página A5

As previsões das autoridades de saúde estão se confirmando: o sistema de saúde de Mato Grosso do Sul está perto do co-lapso. Segundo o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, o Estado vive o pior momento da pandemia e chegou ao topo das internações com 725 pacientes em um dia, além de 22 novas mortes por coronavírus. Até a manhã de ontem (9), 20 pacientes esperavam por vagas de UTI

O Santos venceu o Depor-tivo Lara, por 2 a 1, na Vila Belmiro, na estreia da Copa Libertadores América 2021. Os gols foram de dois Meninos da Vila, Vinicius Balieiro e Kaiky, zagueiro de 17 anos. O resul-tado deixou o time brasileiro em vantagem na briga, um em-pate na Venezuela, na semana que vem, garante classificação. Em Rio Brilhante, o Águia Negra se despediu da Copa do Brasil, na primeira fase, ao perder para o Vitória-BA, por 1 a 0, no Ninho da Águia. Futebol de MS, mas uma vez decepciona a nível nacional.

Pesquisa realizada pela equipe de reportagem do jornal O Estado em seis postos de combustíveis mostra que o litro da gasolina comum na região do anel viário, que compreende a saída de Aqui-dauana até Cuiabá, chega a custar R$ 5,79. No mesmo trajeto, o diesel está R$ 4,39 nos estabelecimentos. Página A7

O Senado deve votar hoje (10) a medida provisória (MP) que amplia a margem de empréstimo consignado para aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de 35% para 40% do valor do benefício, durante a pandemia. A MP foi aprovada na se-gunda-feira (8) pela Câmara. Página A8

O Operário promove neste sábado (13), entre 10h e 15h, na sede do Clube Ypê, em Campo Grande, a 3ª edição da Pizza entre Amigos. As unidades serão comercializadas de modo semipronto, e somente para retirada, e a venda servirá para o Galo pagar contas. Com base na última edição, o dirigente espera vender em torno de 800 pi-zzas e arrecadar R$ 24 mil. O time tem estreia prevista no Estadual, domingo, em Dourados, com a equipe local. Página B2 Prestes a completar uma semana de manifes-tações, o governo pa-raguaio tem avançado nas medidas para conter a COVID-19. Uma delas é o fechamento da fronteira, refutado por comerciantes da região. “O impacto foi Diogo Pinto da Silva

foi encontrar seu lugar ao sol na Califórnia, onde reside há seis anos. Neste período, juntou 10 mil dó-lares e, assim, produziu o curta-metragem “Decons-tructing Val”. Página C1

muito negativo, tivemos perdas de até 90% de faturamento, prejuízo finan-ceiro enorme. Não tem como voltar a isso”, disse o presidente da Câmara dos Lojistas de Pedro Juan Caballero, Victor Gomes. Página B4

Twitter/Conmebol

Página A4

para tratar a COVID. Somente em Campo Grande, eram 13 pessoas aguardando. No Hospital Regional, referência para o trata-mento da COVID-19, havia dez na fila e ou-tros três estavam em UPAs. No restante do Estado, eram sete pacientes aguardando vaga, sendo um para leito clínico. Outra preocupação são os insumos que estão no limite, segundo a diretora-presidente do HRMS, Rosana Melo. Página A5

(2)

Campo Grande-MS |Quarta-feira, 10 de março de 2021

A2

OPINIÃO

A

s últimas 24 horas foram intensas. E não só em Mato Grosso do Sul. Por aqui, teve de quase tudo: fila de espera por um leito de UTI (Unidade de Terapia Inten-siva), anúncio de mais leitos para os próximos dias, suspensão do ensino híbrido nas escolas da rede estadual e adiantamento do início das aulas, um novo recorde no número de inter-nados, receio de que falte medicamentos no Hospital Regional Rosa Pedrossian, referência no tratamento da doença em Mato Grosso do Sul e, claro, a sentença que não gostaríamos de ouvir: “Vivemos o pior cenário da pandemia no país e também em Mato Grosso do Sul”.

A frase do secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, foi proferida, na manhã de ontem, durante uma live, na qual o governador Reinaldo Azambuja anunciou que as aulas na rede estadual serão apenas de forma remota. Ela resume bem a situação pela qual Mato Grosso do Sul passa hoje.

Na próxima segunda-feira (15), o governo

do Estado pretendia receber os alunos nas escolas estaduais, com a adoção do sistema híbrido. Ou seja, enquanto parte dos alunos iriam para as escolas, outra ficaria em casa. Depois, se revezariam.

A orientação do COE (Centro de Operações de Emergência) foi de que os alunos permane-cessem com o ensino remoto, como foi no ano passado. Com isso, o Executivo decidiu que as aulas começam hoje já.

Mas não é só aqui que a situação se agrava. Os paraguaios já chegam a quase uma semana de protestos. Eles reclamam da condução da pandemia no país. O ministro da Saúde caiu e o novo que assumiu pretende fechar a fronteira com o Brasil. Por aqui, o fechamento dos serviços não essenciais não é algo tão dis-tante. Precisamos, agora, nos preparar para o que está por vir. Paciência e resiliência serão fundamentais para os próximos dias. Ou é isso ou amargaremos dias ainda piores, com notícias cada vez mais tristes.

Editorial

OPINIÃO DO LEITOR A RESPEITO DA EDIÇÃO DE ONTEM

1

Co le ti va men te, a man che te de ontem:

Foi: 95% mui to im por tan te | 0% pouco im por tan te 5% im por tan te | 0% sem im por tân cia

2

Os tex tos da pri mei ra pá gi na con ti nham algum exa ge ro em re la ção às pá gi nas in ter nas?

0% SIM 100% NÃO

3

A charge da edição de ontem foi: 90% interessante | 0% indiferente

7% pouco interessante | 3% não viu

4

Qual foi a notícia mais importante?

5

Dê a sua avaliação à edição de ontem: 95% ótimo | 5% bom | 0% regular | 0% ruim

ATENDIMENTO AO ASSINANTE: (67) 3345-9050 A CIDADE É SUA, O PROBLEMA É NOSSO: cidadeesua@oestadoms.com.br

Os artigos assinados publicados neste espaço são de responsabilidade de seus autores e não representam, necessariamente, a opinião do jornal O Estado de Mato Grosso do Sul

“Com alta de internações por COVID, Estado estuda toque de recolher mais cedo”

“Com alta de internações por COVID, Estado estuda toque de recolher mais cedo” Rua 14 de Ju lho, 204 - Vi la San ta Do ro théa

Cam po Gran de - MS - CEP 79004-392 - PABX: (67) 3345-9000

“Somos o que fazemos. No dia em que fazemos,

realmente existimos; nos outros, apenas duramos.”

Padre Antônio Vieira

O

ESTADO

MATO GROSSO DO SUL

Comercial | (67) 3345-9030 - co mer cial@oes ta doms. com.br - ge ren te co mer cial@oes ta doms. com.br | Circulação | Aten di men to ao as si nan te: (67) 3345-9050 cir cu la cao@oes ta doms. com.br Representantes: Brasilia-DF, EC Comunicação e Marketing – Quadro QS 01, Rua 210 Lt. Nº 34/36, Bloo A Sala 512, Ed. Led Offi ce, Cep 71.950-770, Email: diretor.eccm@gmail.com, Telefone (61) 99186-6647,

Rio de Janeiro-RJ: Planejamento Negócios de Midia, Rua 24 de Maio n.º 29-G3- Rocha, CEP 20950-085- Rio de Janeiro – RJ, Telefone: (021) 3280-4309 e 3280-4312. São Paulo-SP: Planejamento Negócios de Midia, Avenida Jandira, 667, Bairro Moema, CEP: 04080-004, Telefone (11) 2985-9444 2985-9444

Qui pourra te dire combien je t’aime

As últimas 24 horas

A orquestra desafinada

Rosildo Barcellos

Gilberto Verardo

E

sta semana chegamos a 1.114 mortes por COVID-19 em 24h, total no Brasil ultrapassa 266 mil. Estamos perdendo orientadores, amigos e amores. Faltam vagas em hospitais e doentes recorrem a justiça por um espaço. Há uma necessidade imperiosa de mudarmos nosso comportamento e por isso o título: Qui pourra te dire combien je t’aime. (quem pode dizer quanto amo). Fiquei horas pensando o que fazer para contribuir com essa mudança. Escrevi este artigo. Mas uma ando-rinha não faz verão. Restou-me apenas olhar as fotos daqueles que se foram. Acredito na transmutação histórica do tempo quando es-tamos fotografando. Quando olho uma foto,não vejo as cores nem tampouco o ambiente. Vejo o tempo detido, percebo a memória.As fotogra-fias valorizam e eternizam o momento solene do registro do estado de felicidade. Por isso me preocupa a ameaça de extinção a que está submetida a profissão de lambe lambe, e este pensamento me fez recordar, que longe dos grandes estúdios fotográficos e das máquinas

digitais, encontramos uma figura especial, ligada à esse passado não muito distante, mas considerado arcaico por muitos,:o fotógrafo lambe-lambe.

Agora pasmem os leitores que a máquina que deu origem a esta profissão foi fabricada no Brasil. Surgiu no início do século pela ne-cessidade de um homem, Francisco Bernardi, de transportar com maior comodidade, todo o equipamento necessário para se obter uma foto em preto e branco. Essa atividade é tão diferente pois consegue aliar criatividade a uma natural e aguçada sensibilidade tátil, que foi o ponto de partida para o desenvolvimento do ofício, cuja nomenclatura foi sugerida por abarcar um gesto incomum no exercício da profissão, isto é, o teste que se faz para verificar de que lado está a emulsão de uma chapa, filme ou papel sensível. Para evitar o erro de colocar a chapa com a emulsão voltada para o fundo do chassis o que deixaria fora do plano focal e portanto com falta de nitidez, costumava-se molhar com saliva a ponta do

indicador e do polegar e fazer pressão com esses dois dedos sobre a superfície do material sensível num dos cantos para evitar manchas.

Não podemos deixar que esses verda-deiros artistas sejam esquecidos em nossa memória e não podemos apenas contemplar as imagens desses “desconhecidos íntimos” e apenas guardar em nossa gaveta do pas-sado, devemos,sim lembrar que das milhares de fotografias esmaecidas produzidas pelos lambe-lambes e que hoje estão esquecidas ou desprezadas em velhas caixas;que cada uma delas representam os fios que tecem a história de sua família,de sua juventude, de sua cidade e por fim da sua vida. E quando estamos em uma fotografia, devemos ter a certeza de que quando ela estiver pronta não podemos enxergar apenas com os olhos; pois necessi-tamos amiúde do auxílio da alma,pois quando olharmos uma foto com a alma deixamos de ser pessoas para sermos lágrima, sorriso, história e elementos do cenário da vida. Quero exaltar a importância da fotografia, neste

J

á reparou uma orquestra tocando? Não me refiro apenas ao seu resul-tado final. É sempre um arranjo co-letivo bonito de ver e ouvir. Devem existir milhões de músicas diferentes umas das outras, seja nos acordes, nas melodias e nas palavras cantadas, mostrando como a criação humana é vasta e bela. Faz qualquer neurônio emburrado saltitar de alegria na cabeça mais travada. Atrás de cada instrumento, uma alma inquieta a procura da harmonia em grupo.

Como coletivo, uma orquestra também mostra seu lado sui generis: todos seguem a partitura, mas de olho no maestro. Assim poderia ser a vida humana. Cada um cons-ciente do potencial do seu instrumento pessoal para a orquestra. No entanto, hoje, temos a impressão de uma orquestra desa-finada. Não que os músicos não sejam bons ou o maestro desqualificado. Só devem estar com partituras trocadas ou mesmo diferentes. Não há melodia possível. Esta pandemia acentuou uma desafinação na música entre expectativas pessoais e de-mandas coletivas.

Kurt Lewin, um psicólogo das antigas, desenvolveu a teoria do Espaço Vital. Se-gundo Lewin, o comportamento do sujeito é resultado de fatores tanto externos a ele, tanto quanto internos. Ao encontro desses

dois níveis que estão interligados e em cons-tante relação Lewin deu o nome de Espaço Vital, que é o espaço (campo psicológico). O comportamento do sujeito é resultado de fatores tanto externos a ele, tanto quanto internos, imprescindíveis para se obter um mínimo que seja de saúde mental e física. Quanto o meio externo fica confuso, ter-mina por confundir também o nosso meio interno. A ansiedade, que é um estado entre pensamento e ação, se torna a sensação predominante. Excesso de pensamento e falta de ação é o caminho mais curto para o estresse pessoal e coletivo. A somatização é o caminho que o corpo encontra enquanto seu sistema imunológico não entra em um caminho sem volta. As pessoas precisam sentir-se em um espaço somente seu. Inti-midade sigilosa e espaço pessoal e inviolável seria um tempo e um espaço onde reencon-traria a uma individualidade perdida na sociedade de massas, dando forma ao seu espírito guerreiro, papel, na maioria das vezes chato e emocionalmente cansativo, que é forçado a desempenhar na sociedade competitiva de consumo contemporânea, mesmo descobrindo, as vezes tarde demais, que os valores atribuídos aos objetos não fazem frente aos valores éticos e morais que construíram a civilização, mesmo com seus momentos paranoicos de selvageria.

Por outro lado, os humanos já nascem por-tando um instinto gregário. Não consegue viver sem outras pessoas. O lado defeituoso deste instinto é a vaidade pessoal e o ego-centrismo coletivo, do tipo corporativismo. Se a orquestra pode simbolizar o cole-tivo humano e as individualidades músicos e instrumentos, as vontades, os objetivos não estão no mesmo ritmo, no mesmo tom e, quiçá, na mesma melodia.

Por outro lado a sociedade de massas é uma realidade. As individualidades não são mais do que números. O tecido social virou uma máquina de desintegrar identidades. Anônimo e solitário se configuram o RG e o CPF da alma humana. Tenta evitar todo santo dia se afogar na insignificância, na invisibilidade social e na inutilidade em ajudar a costurar o tecido social.

Será que a vida no campo é diferente da vida na cidade? Se for, é apenas por uma questão de território. Ou estamos mais para Espaço Vital ou mais para uma necessidade urbanoide. Mas um lado não vive sem o outro. Não há independência total aqui no planeta redondo.

O AI-5 biológico acabou por apavorar os mercadores de ilusões, que não estão querendo tocar na orquestra. As famílias e empresas brasileiras resolveram silenciar seus instrumentos. Guardaram nos cofres

Diretor Jaime Vallér Editor-Chefe Bruno Arce editor@oestadoms.com.br Opinião leitor@oestadoms.com.br Política Alberto Gonçalves politica@oestadoms.com.br Cidades Raiane Carneiro cidades@oestadoms.com.br Esportes Luciano Shakihama esportes@oestadoms.com.br Economia e Agronegócios Rosana Siqueira economia@oestadoms.com.br Artes e Lazer Marcelo Rezende arteelazer@oestadoms.com.br Reportagem Patricia Belarmino Fotografi a fotografi a@oestadoms.com.br Arte Wendryk Silva paginacao@oestadoms.com.br Fundado em 2 de dezembro de 2002 Articulista Psicólogo

momento, porque nem sempre aquele adeus poderemos dar. E assim lanço um alerta. Ou nós mudamos (claro, eu também vou buscar aprimoramento/distanciamento) ou em breve a fotografia será a nossa unica real fonte de sorriso e lágrimas, pra sempre!

públicos R$ 756 bilhões em 2020 segundo o Centro de Estudos de Mercado de Capitais da Fundação Instituto de Pesquisas Eco-nômicas. O número corresponde a cerca de 20% do PIB do período na música estilo economês. Empresas guardaram R$ 491 bilhões. As famílias, por sua vez, R$ 265,3 bilhões. A aparente crise está na possível ruptura do atual modelo social assentado na necessidade de consumo. Acostumados em colorir seus dias com cifrões e mercadorias concretas e abstratas, bastou à voracidade biológica de um vírus louco para sobreviver e procriar aos montes para contaminar a ideologia prepotente da grana acima de tudo e o mundo como seu refém.

Criamos um normal, mas que nos apa-vora perdermos o controle sobre tudo. Talvez o melhor a fazer, pelo menos por ora, seja aprendermos que um pouco de desapego ao antigo pode escancarar a porta do um amanhã mais light e nos lembrar que todos podemos ser músicos de uma grande orquestra chama planeta Terra. A vida está tão relacionada ao co-letivo como o confinamento biológico do vírus intransigente.

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE JORNAIS

(3)

Imunização

Saúde – prevenção

Congratulação

Campo Grande-MS |Quarta-feira, 10 de março de 2021

A3

Bastidores

Política

Prefeitura faz parte de uma grupo nacional com 1.700 municípios

Câmara autoriza Capital a participar

de consórcio para compra de vacinas

Projeto de Dagoberto prevê teste do

pezinho ampliado feito na rede do SUS

Vereadores de Campo Grande rejeitam,

por 16 votos a 6, moção para Fachin

Izaias Medeiros/CMCG Divulgação Fotos: Reprodução/PMCG Divulgação/ALEMS Divulgação Eliane Ferreira Em caráter de urgência, os vereadores de Campo Grande votaram ontem (9) o Projeto de Lei nº 9.975/21, que autoriza o município a comprar vacinas contra a COVID-19. Para isso, Campo Grande vai fazer parte de um consórcio nacional que já tem aproximadamente 1.700 municípios brasileiros. Uma das facilidades desta modalidade de compra é maior poder para negociar valor de doses.

De acordo com o presidente do Legislativo da Capital, vere-ador Carlão Borges (PSB), a lei ratifica os protocolos de inten-ções firmados entre municípios brasileiros para compra de va-cinas, insumos, medicamentos e equipamentos na área da saúde. O projeto foi encaminhado pelo Executivo para a Casa de Leis no dia 8 de março.

Na justificativa do projeto, o Executivo argumenta que “há urgente necessidade de vaci-nação em massa da população brasileira, não só para frear o iminente colapso generalizado na área da saúde, evitando mortes por desassistência, como também para retomar a ativi-dade econômica, a geração de emprego e renda e o convívio social”.

Embora haja o Programa Na-cional de Imunização, que prevê aquisição de vacinas por parte do governo federal, os muni-cípios estão amparados para compra depois de decisão do Su-premo Tribunal Federal (STF),

Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 5043/2020, de autoria do de-putado federal Dagoberto No-gueira (PDT), que amplia para o Sistema Único de Saúde (SUS) o teste do pezinho ampliado. O projeto já foi aprovado como de urgência e isso vai dar mais celeridade para votação. Existe previsão de que a proposta seja votada ainda esta semana.

A diferença do teste oferecido atualmente para o que propõe o

deputado é que o oferecido pelo SUS consegue detectar preco-cemente 6 doenças no bebê ao passo que o ampliado, que não é oferecido gratuitamente, pode detectar até 53.

De acordo com o deputado, o teste é extremamente impor-tante para a saúde das crianças e não é justo que somente pa-gando as famílias brasileiras tenham direito a uma triagem mais completa. “De 6 para 53 doenças detectadas pode

pa-recer que haverá um grande au-mento de custo no teste, mas ao apresentarmos o projeto consta-tamos que, além de ser direito dos recém-nascidos brasileiros, o SUS economizará e muito com prevenção no tratamento das possíveis doenças detec-tadas, pois muitas não possuem sintomas no início da vida”, explicou.

De acordo com o parla-mentar, a demanda veio de mães de pessoas com

defici-ência e de entidades como a Associação PRODTEA (Pais e Responsáveis Organizados pelas Pessoas com Deficiência e Transtorno Espectro Autista) e a AMA (Associação de Pais e Amigos do Autista). Após a solicitação houve um estudo aprofundado para a apresen-tação do PL, para que real-mente existisse embasamento de importância e de viabili-zação econômica da ampliação do teste. (EF)

Em Campo Grande, por 16 votos a 6, os vereadores rejei-taram moção de congratula-ções ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Faschin, relator da Operação Lava Jato, e que no dia 8 de março decidiu anular todas as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A proposta foi apresentada pela bancada do PT, que é com-posta pelos vereadores Camila Jara e Ayrton Araújo.

A moção apresentada pela vereadora Camila Jara e assi-nada por Ayrton Araújo justi-ficava que o ministro merecia a homenagem “por assegurar ao ex-presidente Lula o devido

processo legal, o contraditório e ampla defesa e por trazer se-gurança jurídica ao Estado De-mocrático de Direito ao anular as condenações do presidente Lula”.

Por votação nominal, seis vereadores votaram a favor: Beto Avelar (PSD), Delei Pi-nheiro (PSD), Ayrton Araújo (PT), dr. Victor Rocha (PP), Camila Jara (PT) e Marcos Tabosa (PDT). Votaram contra os vereadores: Otávio Trad (PSD), Tiago Vargas (PSD), Clodoilson Pires (Podemos), Ronilço Guerreiro (Podemos), Zé da Farmácia (Podemos), Jamal Salem (MDB) , professor Juari (PSDB), João César

Mat-togrosso (PSDB), professor Riverton Souza (DEM), dr. Lo-ester (MDB), Edu Miranda (Pa-triotas), dr. Sandro (Pa(Pa-triotas), Betinho (Republicanos), Gilmar da Cruz (Republicanos), Pro-fessor André (Rede) e Coronel Villasanti (PSL).

A vereadorta Camila Jara destacou que “a decisão do dia 8 de março é o reconhecimento de que sempre estivemos cor-retos nessa longa batalha ju-rídica, na qual, o presidente Lula nunca teve que mudar os fundamentos jurídicos para demonstrar a nulidade dos pro-cessos e a sua inocência”. O vereador Ayrton Araújo pon-tuou que estava agradecido a

todos os colegas, tanto aos que votaram a favor quanto aos que votaram contra, pois no seu entendimento cada parla-mentar é livre para expressar sua vontade, porém também é prerrogativa de um vereador encaminhar moção de congra-tulações, conforme suas con-vicções. “Vivemos num país democrático onde cada um tem a sua inteligência, sua forma de encaminhar a política. Fachin teve a coragem de cancelar este processo de caça aos petista e ao Lula. O que fizeram foi uma manobra para tirar o PT do poder”, disse após a maioria dos vereadores rejeitarem a moção. (EF)

No comando - Na

segunda-feira (8), a tenente-coronel Helena (Helena Ribeiro Bernardes de Barros) tomou posse como a primeira mulher a comandar a Academia de Bombeiros Militar de MS (ABM). Antes, o posto era do tenente-coronel Bruno Santos. A academia é responsável por formar militares para integrar os quadros de bombeiros militares do Estado.

Candidatos? - Ao menos dois secretários municipais

de Campo Grande, Pedro Pedrossian Neto (Sefin) e Valério Azambuja (Segurança), estão cotados para disputarem vagas para a Assembleia Legislativa em 2022. Quem é próximo garante que os dois pensam, sim, no assunto. É esperar para ver.

Água potável - Começou a tramitar na Assembleia

Legislativa de Mato Grosso do Sul o projeto de autoria do deputado Cabo Almi (PT) sobre a obrigatoriedade de bares, restaurantes, lanchonetes, padarias, cafeterias, hotéis e demais serviços de hospedagem disponibilizarem água potável e filtrada para consumo imediato, de forma gratuita aos clientes. Os estabelecimentos deverão divulgar a seguinte mensagem: “Este estabelecimento disponibiliza gratuitamente aos clientes água potável e filtrada, de acordo com Lei Estadual”. O projeto determina ainda penalidades e multas para quem desrespeitar a norma. A competência para fiscalização e aplicação de multas será da Procon-MS. Caso se torne lei, os estabelecimentos comerciais terão o prazo de 120 dias para se adequarem à regra.

Ambulância - O vereador Victor Rocha (PP) viabiliza

uma ambulância para o hospital da Santa Casa por meio de emenda parlamentar. Serão investidos R$ 250 mil para aquisição da unidade móvel. O investimento é fruto de emenda parlamentar em conjunto com os demais pares da Câmara Municipal de Campo Grande. Após reunião com a gerente de Captação de Recursos da Santa Casa, Dra. Cátia Almeida, ocorrida na última quinta-feira (4), onde foi apresentado o projeto “Ambulância da Santa Casa”, o parlamentar conversou pessoalmente com os demais vereadores e conseguiu o valor necessário para a aquisição.

Estágio - Quem é estudante e deseja um estágio

na Prefeitura de Dourados tem até hoje (10) para realizar a inscrição. O processo seletivo acontece por meio da Semed (Secretaria Municipal de Educação) e do CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola). As vagas são para diferentes secretarias municipais e as inscrições e as provas são on-line. Podem participar do processo seletivo os estudantes matriculados em instituições públicas e privadas, do Ensino Médio e Superior. Na data do início do estágio, o estudante deverá ter idade mínima de 16 anos. Para Ensino Médio, serão pagos R$ 350, com jornada de trabalho de 20 horas semanais e R$ 525 para jornada de 30 horas semanais. Para Ensino Superior, R$ 448 por 20 horas semanais e R$ 671 para 30 horas semanais. O valor do auxílio-transporte será de R$ 66 mensais. Ao término da inscrição, o candidato estará apto a iniciar a prova on-line. O gabarito e o caderno de questões serão divulgados no dia 11/3/2021, no site www.ciee.org.br.

Vereadores durante a sessão dessa terça-feira na Câmara Municipal de Campo Grande

chancelando competência nos casos de descumprimento do plano nacional pelo governo fe-deral e quando houver insufici-ência de doses para imunização da população brasileira.

Em 13 de janeiro deste ano, os vereadores votaram projeto também de inciativa do mu-nicípio com mesmo pedido de autorização para compra de vacinas. Os vereadores votaram em regime de urgência e em sessão extraordinária, já que as sessões ordinárias com votação de projetos começaram em 23 de fevereiro. A diferença é que no projeto anterior o Execu-tivo foi autorizado a participar de algum tipo de consórcio de compra e em caráter emergen-cial e agora já tem um consórcio de mais de 1.700 cidades.

A Câmara também trabalha para votar amanhã (11) projeto

de lei autorizativo para que a prefeitura possa retomar um hospital de campanha a fim de atender pacientes com COVID-19, uma vez que os leitos estão lotados. “Hoje (9) tem mais ou menos dez pessoas na fila es-perando uma UTI. Pode morrer gente esperando. Temos de dar alternativas legais ao prefeito. Para isso, estamos elaborando este projeto pra ajudar”, diz.

Em relação à Câmara, Carlão destaca que a Comissão de Saúde do Legislativo orientou a Mesa Diretora a tomar provi-dências quanto ao fluxo de pes-soas, que segundo o presidente, estava em torno de mil por dia. Também será feito rodízio de servidores da Casa. “Os verea-dores não vão deixar de atender porque este é o papel deles, mas vamos restringir para três pes-soas por dia em cada gabinete.

Temos que fazer nossa parte pelo menos pelos próximos 15 dias. Depois vamos reavaliar como vai ser”, diz.

Lives

As sessões na Câmara, ao menos por enquanto, vão con-tinuar como estão, com autori-zação de público, porém mais restrito quanto a quantidade e escalonamento de assentos e fileiras. Além disso, a Comissão de Saúde, que é composta pelos vereadores dr. Sandro Benites (Patriota), dr. Victor Rocha (PP), dr. Jamal (MDB), Tabosa (PDT) e dr. Loester, vai fazer sema-nalmente uma live para trazer informações sobre como está o avanço do coronavírus no mu-nicípio, além de entrevista com técnicos da área da saúde e os setores interessados em discutir o tema.

(4)

Campo Grande-MS |Quarta-feira, 10 de março de 2021

POLÍTICA

A4

Juliano Breda, conselheiro federal da OAB, sobre decisão do ministro do STF de anular as condenações proferidas contra o ex-presidente Lula

Fachin viu agora o abuso da execução

em 2ª instância? A anulação desmoraliza

os defensores da execução antecipada

Bola na rede

Integrantes do mundo jurídico afirmam que a decisão de Edson Fachin, do Supremo, dá pouquíssimas chances para Lula ficar de fora da eleição presidencial de 2022. Advogados e magistrados ouvidos pelo Painel apontam duas razões: a prescrição de quase todos os crimes após os casos voltarem à fase de denúncia e os prazos que vão correr a partir de agora. O prognóstico depende do plenário do STF, que vai julgar os atos de Fachin. Se a maioria referendar, eles dizem, o petista estará na eleição.

Já ganhou

Todos os fatos apontados contra Lula até 2012 devem prescrever, segundo advogados. Além disso, eles afirmam que a Justiça do DF teria que funcionar como nunca antes na história do país para conseguir impedir o petista de concorrer.

Maré...

A decisão de Fachin aconteceu pouco após manifestações públicas do ministro. Em fevereiro, disse que “qualquer tipo de pressão injurídica sobre o Poder Judiciário” é inaceitável, em reação à revelação de que a cúpula do Exército teria articulado um tuíte de antes do julgamento de habeas corpus que poderia beneficiar Lula em 2018.

... Montante

À Folha, disse que a democracia brasileira está “sob ataque”.

Cascata

No TRF-2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região), segunda instância dos processos da Lava Jato do Rio de Janeiro, a decisão do ministro Edson Fachin é vista como uma oportunidade para os advogados dos doleiros alvos da operação Câmbio, Desligo.

Salva

A investigação é desdobramento da investigação sobre Sérgio Cabral e mira doleiros de diversos estados que atuavam com Dario Messer, o “doleiros dos doleiros”.

Longe

No Tribunal, a análise feita é que cada caso poderá seguir para a Justiça Federal do estado onde o operador financeiro atuava e sair das mãos do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal do Rio.

Valendo

Apontado por Lula como o candidato presidencial do PT em 2022 antes da reviravolta dessa segunda-feira (8), Fernando Haddad disse ao Painel que sempre apoiou a precedência do ex-presidente. E que, então, na sua visão, deverá ser o representante do partido nas eleições.

Vermelho

“A justiça é um fato a celebrar. A candidatura de Lula é uma decorrência natural”, afirmou o petista, ex-prefeito de São Paulo.

Fla x Flu

O recrudescimento da polarização política esperado com a anulação das sentenças contra o ex-presidente Lula terá de anteparo no Supremo dois inquéritos: o das fake news e o dos atos antidemocráticos.

Segurança

Ministros dão como certa a continuação dessas apurações nesse novo cenário e enxergam nelas uma maneira de proteger instituições de possíveis arroubos autoritários no período.

Made in USA

Nos bastidores, integrantes do STF falam que as

investigações podem impedir cenas como as registradas nos EUA após a derrota de Trump. A invasão do Capitólio por manifestantes insuflados pelo ex-presidente americano foi citada como exemplo do que é preciso evitar.

Hoje estou...

Habituado a comemorar decisões judiciais em desfavor do ex-presidente Lula, João Doria (PSDB) ficou em silêncio nessa segunda-feira (8) e não se manifestou após o ato de Fachin.

... Mudo

Atualmente, o governador de São Paulo polariza com o presidente Jair Bolsonaro e com seus apoiadores, de quem tem sofrido ataques agressivos e constantes por meio das redes sociais.

Decoro

Jair Bolsonaro voltou à carga sobre os governadores e disse que muitos utilizaram dinheiro destinado pelo governo federal à saúde para colocar suas contas em dia. Em entrevista ao programa do Datena, o presidente citou Eduardo Leite (PSDB-RS) e fez insinuações sem provas (e constrangedoras).

Suspeição

Pandemia

Força da Mulher

O placar está 2 a 2 e resta um voto de Kassio Nunes que pediu vista

STF suspende julgamento sobre

parcialidade de Moro sobre Lula

Pazuello tem 24h para explicar agenda de vacinação

Senado cria bancada feminina com voz entre lideranças

Reprodução/STF/SCO

Folhapress

Com o placar em 2 a 2, fal-tando apenas mais um voto, a Segunda Turma do STF (Su-premo Tribunal Federal) sus-pendeu ontem (9) mais uma vez o julgamento sobre a parciali-dade do ex-juiz Sérgio Moro no processo em que o ex-presidente Lula (PT) foi condenado sob acusação de receber um tríplex em Guarujá (SP) como forma de propina da empreiteira OAS.

O julgamento foi interrom-pido por pedido de vista (mais tempo para analisar) do mi-nistro Kassio Nunes Marques, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, e ainda não tem data marcada para ser retomado.

Ontem, os ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowsk votaram pela anulação de todos os atos assinados por Moro na ação que trata do apartamento no litoral paulista. Os ministros Edson Fachin e Cármen Lúcia se posicionaram a favor de Moro no fim de 2018, quando a análise do caso foi iniciada e suspensa por pedido de vista de Gilmar Mendes.

Nessa terça, porém, Cármen Lúcia indicou que dará um novo voto sobre o tema, o que levou a especulações de que pode mudar de posição. “Eu tenho voto escrito, mas vou aguardar o voto-vista do mi-nistro Kassio. Vossa Excelência trouxe um voto profundo, com dados muito graves. Darei o meu voto”, disse a ministra.

Quando a ministra participou do julgamento, em 2018, ainda não haviam sido divulgadas as mensagens hackeadas de inte-grantes da Lava Jato.

A defesa de Lula afirma que os diálogos reforçam a acusação de parcialidade de Moro por demonstrar uma atuação muito próxima do então magistrado

com o MPF (Ministério Público Federal), responsável pela acu-sação.

Com a suspensão do julga-mento da Segunda Turma, segue válida a decisão de segunda--feira (8) de Fachin de anular as condenações em primeira e segunda instâncias e no STJ (Superior Tribunal de Justiça) contra o ex-presidente sobre o tríplex, assim como a do sítio de Atibaia e duas ações a respeito do Instituto Lula.

Fachin, no entanto, não anulou as provas e determinou que a Justiça do DF analise a denúncia apresentada pelo MPF para retomar as investigações. A decisão do ministro ainda será analisada pelo plenário do STF.

No caso da suspeição, por sua vez, Gilmar e Lewandowksi defenderam nessa terça que todas as provas devem ser anu-ladas, o que reduz ainda mais a chance de o caso do tríplex ter novas consequências para Lula.

Nesse cenário, o processo seguiria para a Justiça do DF da mesma forma, mas o juiz terá que mandar os autos para o MPF retirar as provas consi-deradas ilícitas pela a 2ª Turma, ou seja, todas as que tiveram anuência de Moro.

O julgamento começou com uma derrota de Fachin, que defendeu que sua decisão de anular os processos de Lula levava à perda de objeto do habeas corpus em que a de-fesa pede a declaração de sus-peição de Moro.

Antes de a sessão começar, Fachin pediu ao presidente do STF, Luiz Fux, que o plenário decide sobre esse assunto. Não há ainda previsão sobre a res-posta de Fux.

Gilmar, Lewandowski, Kassio e Cármen divergiram da tese de Fachin e votaram pelo pros-seguimento da análise do caso

Agência Brasil

Um dia depois de o Fórum Na-cional de Governadores pedir ex-plicações ao Ministério da Saúde sobre a redução do número de doses de vacinas para combater o novo coronavírus (COVID-19) previstas para março, os pre-sidentes da Câmara dos Depu-tados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM--MG), cobraram do ministro Edu-ardo Pazuello que em 24 horas informe sobre o cronograma de vacinação apresentado aos se-nadores em sessão temática na Casa no dia 4.

A previsão era de que o

minis-tério distribuísse em março – só da vacina Oxford-AstraZeneca, produzida na Fiocruz – 16,9 milhões de doses. Mas a quanti-dade caiu para 3,8 milhões. Na segunda-feira (8), depois de uma reunião na sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, com governadores, o ministro da Saúde atribuiu o atraso a uma falha técnica em uma máquina de lacre da em-balagem da vacina.

Em ofício enviado a Pazuello, Lira e Pacheco fizeram quatro perguntas ao ministro. Eles querem saber se o cronograma foi alterado e, em caso afirma-tivo, quais foram as razões para

isso e quais os principais obstá-culos enfrentados no momento para que o cronograma vigente seja cumprido. Os parlamen-tares também querem saber se o ministério tem informações a respeito do cronograma de produção nacional de vacinas pela Fiocruz e pelo Instituto Butantan. Em caso afirmativo, quais seriam as datas para o envio de vacinas, pelas referidas instituições, ao governo federal.

Sobre a aquisição de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), os parlamentares querem saber há calendário para sua aqui-sição, por parte do governo federal, de outros países, e se

há o risco de falta dessa ma-téria-prima, além dos maiores entraves para que a pasta faça a aquisição e importação do produto.

“Considerando a urgência que nos impõe a pandemia ocasionada pela disseminação do vírus SARS-CoV-2 e a cres-cente taxa de óbitos por dia em decorrência da COVID-19, soli-citamos a presteza de V. Exa. no sentido de encaminhar as informações acima requeridas no prazo de 24 horas, a fim de que as Casas do Congresso Nacional possam adotar as pro-vidências cabíveis no combate à pandemia”, diz o ofício.

Agência Senado

Na semana marcada pelo Dia Internacional da Mulher (8 de março), o Senado aprovou um projeto que cria formal-mente a figura de líder da bancada feminina na Casa: o Projeto de Resolução do Senado (PRS) 6/2021 foi apro-vado ontem (9) e seguiu a promulgação.

A iniciativa contou com o apoio de todas as 12 sena-doras, incluída aí a relatora da matéria, senadora Rose de Freitas (MDB-ES), que deu

parecer favorável à proposta, com uma emenda.

A primeira líder da bancada feminina será a senadora Si-mone Tebet (MDB-MS), que agradeceu o apoio dos sena-dores à aprovação da pro-posta – que ocorreu por una-nimidade. “O projeto cria em caráter permanente a figura da liderança da bancada femi-nina, dando exemplo a todas as câmaras e assembleias do país”, ressaltou ela.

De acordo com o projeto, além da líder, a bancada fe-minina no Senado indicará

vice-líderes. A liderança da bancada feminina contará com toda a estrutura e com todas as prerrogativas ofe-recidas para líderes de par-tido ou bloco parlamentar – como preferência para uso da palavra, possibilidade de orientar votações e de parti-cipar do colégio de líderes do Senado. Segundo a emenda da relatora, a líder da ban-cada feminina tem também a prerrogativa de apresentação dos destaques na tramitação dos projetos.

“Este projeto de resolução

se insere no processo de for-talecimento da atuação do movimento das mulheres no Parlamento, com vistas à ob-tenção da igualdade de gênero na política, que é o nosso ob-jetivo maior”, apontou Rose de Freitas.

A emenda também estipula que haverá revezamento entre as integrantes da bancada a cada seis meses nos cargos de líder e vice-líderes. Além disso, determina que a vice--líder substituirá a líder da bancada nos casos de impedi-mento ou ausência da titular.

Ministro Gilmar Mendes votou pela suspeição de Moro no caso Lula

pela Segunra Turma.

Primeiro a votar, Gilmar fez duras críticas à Lava Jato e Moro chegou a afirmar que se trata do “maior escândalo judi-cial da história”.

“Meu voto não apenas des-creve cadeia sucessiva a com-promisso da imparcialidade como explicita surgimento e funcionamento do maior escân-dalo judicial da nossa história”, disse Gilmar.

O ministro enumerou fatos que entende justificar a decla-ração de suspeição.

Entre eles, foram mencio-nadas a “ilegal condução coer-citiva de Lula” no início do pro-cesso; a “arbitrária quebra do sigilo telefônico de familiares e até de advogados” do petista; “a atuação de Moro para impedir a ordem de soltura contra Lula”

por Rogério Favreto no plantão do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região); e “o fato de, na última semana antes das eleições de 2018, ter levantado o sigilo, sem pedido do MPF, de parte da delação premiada de Antônio Palocci Filh”.

Além disso, Gilmar também citou “o fato de Sérgio Moro ter assumido o Ministério da Justiça do governo do opositor político” de Lula. O ex-juiz pediu demissão em abril do ano pas-sado, acusando Bolsonaro de interferir no comando da Polícia Federal. Lewandowski também tratou das mensagens hacke-adas de integrantes da Lava Jato e apreendidas pela Polícia Federal no âmbito da Operação Spoofing. Recentemente, a Se-gunda Turma autorizou ao pe-tista ter acesso aos diálogos.

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Campo Grande-MS |Quarta-feira, 10 de março de 2021

A5

cidadES

Superlotação

Corrida por imunizantes

Até a manhã de ontem (9), 20 pessoas aguardavam por vaga, sendo 13 de Campo Grande

Tratamento para COVID-19 gera espera de

pacientes por leitos de UTI e de enfermaria

Com o sistema de saúde em colapso, a SES (Secretaria de Estado de Saúde) deve ampliar a oferta de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em uma semana. “Fizemos uma verdadeira peregrinação, apelos enormes em Dourados, Ponta Porã, Três Lagoas, Aparecida do Taboado e Campo Grande. Nos próximos dias, teremos mais 30 leitos em esforço imenso da nossa equipe para que não falte a nenhum cidadão acesso mínimo a um leito de UTI”, ressaltou Geraldo Resende.

Ontem (9), a Prefeitura de Campo

Grande anunciu que 10 novos leitos de UTI foram abertos no Hospital do Pênfigo. Já foram abertos 12 leitos exclusivos para COVID, na Clínica Campo Grande, e 7 semicríticos para retaguarda no Hospital Alfredo Abrão.

Desde o dia 5 deste mês, a Santa Casa de Campo Grande, retaguarda do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), readequou a ala COVID com mais cinco leitos de UTI. A instituição opera agora com 15 leitos de UTI, além de um adaptado para pacientes graves com a doença.

Ampliação de leitos

Wanderson Lara Valentin Manieri

Sesau vai imunizar

vizinhança de

postos de saúde

Visitas continuam

suspensas em

presídios de MS

Capital compra

EPIs para reforçar

ações contra COVID

MS recebe sétima

remessa de vacinas

contra coronavírus

Prefeitura cede

mais médicos para

atender no HRMS

Pessoas que moram próximas das unidades de saúde e pertencem aos grupos de risco da vacinação contra COVID-19 poderão ser imunizadas. A medida foi divulgada ontem (9) pela prefeitura da Capital e visa evitar perda de vacinas, já que, após abertas, elas expiram entre 6 e 8 horas. Cada unidade deve fazer uma lista nominal com telefone da população que pode receber o imunizante. (RC)

As visitas aos detentos que estão nas unidades penais de regime fechado de Mato Grosso do Sul continuam suspensas até o dia 24 de março. Segundo a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), a decisão leva em consideração o período crítico em relação à COVID-19 e o alto índice de ocupação de leitos. A medida visa resguardar presos, servidores e familiares. (MO)

A Prefeitura de Campo Grande fechou três contratos para a compra de materiais de limpeza, higienização e EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) para o combate à pandemia da COVID-19. Os investimentos foram de R$ 684.250,55, R$ 1.646.815,00 e R$ 1.229.193,96. A medida foi publica no Diário Oficial da última segunda-feira (8). (MO)

Ontem (9), chegou a Mato Grosso do Sul a sétima remessa com 30,6 mil doses da vacina CoronaVac contra a COVID-19. A distribuição para os municípios começa hoje (10), a partir das 5h, e deve seguir o modelo de entrega das remessas anteriores. Já foram encaminhadas 317 mil doses de vacina, entre AstraZeneca e CoronaVac, para o Estado. (MO)

A prefeitura da Capital anunciou que iria ceder 15 médicos para auxiliar o Hospital Regional, que sofre com desistência de profissionais. Ontem (9), o município informou que mais quatro médicos foram contratados para atender as demandas. A previsão é de que mais profissionais de saúde sejam convocados no processo seletivo de contratação

temporária para serem encaminhados ao hospital. (RC)

Curtas

Raiane Carneiro

A Prefeitura de Campo Grande anunciou a aprovação do projeto de lei para adesão ao protocolo de intenções, o que permite a participação no con-sórcio nacional de municípios. A iniciativa foi lançada pela FNP (Frente Nacional de Prefeitos) e foi assinada por 32 municípios do Estado, além da Capital. O objetivo do grupo é adquirir vacinas contra a COVID-19. O projeto de lei é um dos requi-sitos pedidos pela Frente de Prefeitos para integrar o grupo.

De acordo com a prefeitura, com o PL (Projeto de Lei) nº 6.565, aprovado ontem (9), o município poderá comprar me-dicamentos, insumos e equi-pamentos na área da saúde por meio do grupo, além das vacinas.

Conforme a última atuali-zação da Frente de Prefeitos,

mais de 2,1 mil prefeituras as-sinaram o termo de adesão. De Mato Grosso do Sul, além da Ca-pital, assinaram o documento os municípios de: Água Clara, Alcinópolis, Anaurilândia, Aparecida do Taboado, Bata-guassu, Camapuã, Caracol, Cassilândia, Corguinho, Costa Rica, Coxim, Deodápolis, Dou-radina, Dourados, Figueirão, Iguatemi, Jaraguari, Jardim, Jateí, Maracaju, Naviraí, Nova Alvorada do Sul, Paranaíba, Porto Murtinho, Ribas do Rio Pardo, Rochedo, Santa Rita do Pardo, Selvíria, Sidrolândia, Ta-curu, Três Lagoas e Vicentina.

O consórcio nacional re-ceberá recursos de várias frentes. Alguns deles pelo repasse dos municípios na forma de contrato de rateio. Outro meio é por repasses da União, dos estados-membros, Distrito Federal e municípios não consorciados na forma de

inteiro para adequar a cana-lização. Hoje, essa estrutura que leva o oxigênio tem um determinado limite de pressão, nós já tivemos um pico de 8 mil m³ em dezembro, que foi um dos piores momentos. Ontem, nós tivemos um pico de 6 mil m³, ou seja, 2 mil m³ a menos”, relatou Rosana.

A diretora-presidente afirmou que a empresa

res-ponsável pelo fornecimento de oxigênio líquido está em sintonia com a demanda do hospital. “Foi tudo muito bem planejado e fizemos todas as adequações. Toda a capaci-dade de 118 leitos de UTI, não foi de improviso, foi construída de acordo com as nossas capacidades e pre-vendo uma realidade catas-trófica”, frisou Melo.

HRMS já opera no limite do estoque de medicamentos para entubação

Mariana Moreira

Em pior cenário já visto da pandemia de COVID-19, pelo menos 20 pacientes estavam na fila por um leito de UTI (Unidade de Terapia Inten-siva) em Mato Grosso do Sul para tratamento de COVID-19. Até a manhã de ontem (9), eram sete pacientes em espera por vaga no Estado ao passo que na Capital havia 13.

A SES (Secretaria de Es-tado de Saúde) informou, por meio da Coordenadoria Esta-dual de Regulação Assisten-cial, que seis pacientes aguar-davam vaga de UTI COVID e um de leito clínico COVID para unidades hospitalares de MS. Os dados são referentes a 77 municípios do Estado.

Dourados e Campo Grande possuem regulação própria e, conforme a diretora-presi-dente do HRMS (Hospital Re-gional de Mato Grosso do Sul), Rosana Leite de Melo, ontem, a sala vermelha da unidade contava com dez internados em ventilação mecânica, além de três enfermos entubados em UPAS (Unidades de Pronto Atendimento).

Melo ponderou que a situ-ação está extremamente pre-ocupante em todos os sentidos. Somente na segunda-feira (8), 11 foram entubados no HRMS, um recorde de procedimentos em um só dia no hospital de referência para tratamento ao novo coronavírus em MS.

Estoque de insumos

Questionada sobre os in-sumos necessários para entu-bação, a diretora-presidente do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), Ro-sana Leite de Melo, relatou que a instituição está no limite. Por mês, são necessárias 30 mil ampolas de relaxantes mus-culares. Em um acordo com o fabricante, o HRMS, que recebe repasses semanais do medicamento, foi informado de uma possível interferência do Ministério da Saúde em aqui-sição e repasses dos remédios.

“O Ministério da Saúde vai requisitar a fabricação da empresa, que já trabalha 24 horas por dia e na capacidade máxima. Só que, se houver

me-diação, o nosso planejamento acaba e o meu medo é que esse medicamento falte para nós. No ano passado inteiro, a SES [Se-cretaria de Estado de Saúde] só nos disponibilizou 9.250 am-polas de relaxante muscular, ou seja, o suficiente para 5 dias”, descreveu Rosana.

Sobre a falta de antibióticos, a diretora-presidente adiantou ao jornal O Estado que a em-presa responsável se compro-meteu a repassar os medica-mentos na segunda quinzena deste mês. A demora ocorre por dois fatores: burocracia e falta de matéria-prima.

Nesta semana, uma fisio-terapeuta chegou a adquirir por conta própria o antibiótico Polimixina B, que foi doado ao HRMS para tratamento de seu irmão, internado com o novo coronavírus. Melo explicou que esse medicamento, usado em pacientes com bactérias mul-tirresistentes, está em falta em toda a indústria farmacêutica. “O preço subiu absur-damente, entramos com os processos de compra, foram fracassados. Iniciamos os pe-didos de compra emergencial e conseguimos parcialmente. O que ocorre é que as empresas que ganharam, não entregam”, salientou Rosana Leite.

Superlotação

O secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende, afirmou que Mato Grosso do Sul atingiu o topo de interna-ções em toda a pandemia. O último boletim epidemiológico divulgado pela SES (Secre-taria de Estado de Saúde) trouxe a confirmação de 725 internações, além de 22 novas mortes em apenas um dia. O maior número desde o início da pandemia em MS.

“Vivemos o pior cenário da pandemia em MS, hoje atin-gimos o topo de internações e já estamos chegando a 3.500 mortes”, frisou Resende. A taxa de ocupação de leitos na macrorregião da Capital chegou a 98%, realidade seme-lhante aos 97% em Dourados. Em Três Lagoas, o percentual de internação está em 82% e 62% em Corumbá.

De acordo com o secretário, municípios como Ponta Porã,

Dourados, Nova Andradina e do norte do Estado registraram mais de 90% de taxa de ocu-pação dos leitos. Somente no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), unidade referência para o tratamento da doença, a taxa de inter-nação chegou a 108% ontem.

Na prática, isso significa que a instituição precisou alocar pacientes em outras áreas de atendimento. Todos os 118 leitos críticos estavam ocupados por casos de COVID-19, além de 10 pacientes em espera na área vermelha.

Oxigênio

Com o pico de internações, além da escassez de medica-mentos, surge mais uma pre-ocupação: a falta de oxigênio. Em Manaus, pacientes com o novo coronavírus chegaram a morrer pela falta do produto.

No Estado, a diretora-pre-sidente do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), Rosana Leite de Melo, garantiu que não vai faltar oxigênio na instituição de re-ferência no tratamento à do-ença. A preocupação, na ver-dade, é no âmbito estrutural. “Não vai faltar oxigênio em termos de quantidade. Nós fizemos todo um preparo e temos, inclusive, dois conden-sadores. A nossa preocupação é de que é um prédio de 1997 e nós teríamos de quebrá-lo

Câmara Municipal aprova projeto que permite à Capital integrar

consórcio nacional para compra de vacinas e insumos contra COVID

Consórcio foi formado para permitir que municípios comprem vacinas se o PNI falhar

convênio ou contrato de re-passe. O grupo também poderá receber verba pela transfe-rência voluntarista da União e de estados-membros, doações de pessoas físicas, jurídicas de

direito público nacional ou in-ternacionais e outros órgãos. A FNP criou o consórcio para permitir que os municí-pios possam comprar as va-cinas para COVID-19 por conta

própria. A medida serve como garantia se o Ministério da Saúde não cumprir com a aqui-sição e distribuição dos imuni-zantes por meio do PNI (Plano Nacional de Imunização).

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A6

Campo Grande-MS |Quarta-feira, 10 de março de 2021

cidadES

A partir de quinta-feira (11)

COVID avançando

Reviva CG

Alta de casos levou Estado a recuar do ensino híbrido previsto para abril

Com ensino remoto, SED antecipa

o início do ano letivo para hoje

Prefeitura promete até lacrar comércio

que desrespeitar toque de recolher

Portal MS/Chico Ribeiro

GCM/Divulgação

Amanda Amorim

A vacinação contra a in-fluenza H1N1 está prevista para começar em abril. Em todo o país serão disponibi-lizados 80 milhões de doses do imunizante. Na Capital, a prefeitura começou o planeja-mento para definir como será a vacinação, principalmente para evitar aglomeração de idosos nos pontos de imuni-zação. Para isso, o atual for-mato adotado na vacinação da COVID poderá ser levado para a campanha contra a gripe.

Conforme a superinten-dente de Vigilância em Saúde da Sesau (Secretaria Muni-cipal de Saúde Pública), Ve-ruska Lahdo, ainda é preciso esperar, pois o Ministério da Saúde pode encaminhar dire-cionamentos específicos junto com a vacina. No entanto, caso fique a critério do município, pode haver o escalonamento por faixa etária, como ocorre na vacina contra a COVID.

“Haverá medidas para

reduzir as aglomerações que geralmente ocorrem nos postos. Estamos pensando em dividir por idades, mas não por falta de doses, como ocorre na COVID, e sim para garantir que não haja tu-multo”, apontou.

Além do escalonamento por idades, Lahdo contou que a estrutura utilizada para va-cinação da COVID poderá ser aproveitada. O drive-thru, por exemplo, poderá disponibi-lizar as duas vacinas, sendo divididas por uma estrutura que será montada, “mas ainda são apenas planos”.

Apesar de não haver uma data exata para o início da vacinação, o esperado é que ocorra a partir da segunda quinzena de abril, como nos anos anteriores. Porém, foi adiantada no ano passado em razão da pandemia da COVID-19. “Nós acreditamos que esse ano seja mantido no período habitual, que é na segunda quinzena de abril”, frisou Lahdo.

Transporte público

Influenza

Obras da Rui Barbosa vão ampliar videomonitoramento

Ônibus extras em horário

de pico já estão circulando

para reduzir lotações

Capital estuda plano de

vacinação semelhante

ao usado para COVID-19

Amanda Amorim

O Consórcio Guaicurus atendeu a solicitação da Pre-feitura de Campo Grande e disponibilizou mais 23 ônibus no horário de pico. Durante o dia, serão divididos em dois turnos. O primeiro começa às 5h15, e termina às 8h30, e o segundo às 15h30 e ter-mina às 19h10. A medida teve início, na prática, ontem (9). Nas ruas, a população alega sentir a mudança e destacou que é uma medida necessária. Conforme o presidente do Consórcio Guaicurus, João Rezende, a solicitação con-templou mais de dez linhas que passam pela região cen-tral do município. Serão afe-tadas algumas linhas, como a 61, 70, 72, 81 e 89, que recebem um grande fluxo de passageiros. Outras linhas que ligam regiões de bairro com o Centro, sem paradas em terminais, também recebem o benefício, como a 114-Paulo Coelho Machado/Centro.

“Esse é um estudo produ-zido pela Agetran [Agência Municipal de Transporte e Trânsito] e nós colocamos em prática. Eles apontaram quais as linhas estavam mais lotadas e nós atendemos esse pedido”, assegurou.

Rezende destacou que a ampliação das linhas em horário de pico gera um au-mento, em média, de 164 via-gens a mais no município. Se-parando por período, seriam cerca de 92 novas viagens durante a manhã e outras 72 no período da tarde, isso porque existe uma diferença no número de ônibus dispo-nibilizados por período. De manhã, são 23 e, à tarde, serão 18 ônibus.

Em relação ao fluxo de pas-sageiros, o Consórcio Guai-curus aponta que a média tem se mantido a mesma durante toda a pandemia, ha-vendo uma variação habitual entre os períodos do mês.

“Em alguns dias da se-mana, a procura do serviço é maior, assim como em alguns períodos do mês, geralmente na segunda quinzena. Mas

é importante lembrar, prin-cipalmente no momento de pandemia, que, se o passa-geiro tem a opção de evitar os horários de pico, que opte por fazer isso”, frisou Rezende.

Para a população

Nas ruas, o sentimento da população está dividido. Existem aqueles que alegam ter sentido uma mudança no número de linhas e os que acreditam que a situação de superlotação no circular continua a mesma.

A assistente de finan-ceiro Maria Freitas, 48 anos, contou que pega o 080 para ir ao trabalho todos os dias e, hoje, ao chegar ao Terminal Bandeirantes, percebeu que o primeiro ônibus iria lotado e decidiu esperar, tendo a surpresa de um novo veículo em pouco tempo.

“Eu pego ônibus por volta de 7h no terminal e hoje eu precisei esperar e foi bem rá-pido. Geralmente, falam que é uma média de 10 minutos para o ônibus chegar, mas em menos de cinco minutos um outro ônibus já estava ali”, apontou.

O mesmo ocorreu com o estudante Filipe Mendonça, 23 anos, que pega o 080 e 081 para ir até o estágio todos os dias. “Eu pego ônibus por volta de 7 h, mas eu tenho a opção de pegar qualquer um dos dois, o que facilita. Mas, hoje, foi bem rápido para chegar um novo ônibus”, ressaltou.

Já o autônomo Alcides Ba-tista, 49 anos, apontou que o problema está nos primeiros horários que os ônibus cir-culam, principalmente em locais mais distantes. “Quem precisa sair bem cedo de casa todos os dias sabe que os ônibus vão lotados. Eu não senti diferença nenhuma e pego o 070, ou, às vezes, o 061, todos os dias”, pontuou.

Para a diarista Eli Neves, 54 anos, a expectativa é de que a medida se mantenha também aos fins de semana. “Se vai au-mentar, tem que ver a situação do sábado para o transporte. Mesmo no horário de pico, demora para passar um.”

A revitalização prevista para ser feita na Rua Rui Barbosa vai ampliar o vide-omonitoramento na região central. De acordo com a Pre-feitura de Campo Grande, o perímetro vai receber cerca

de 130 câmeras de vigilância, reforçando a segurança da área central. As obras serão feitas nos moldes da Rua 14 de Julho e fazem parte do Reviva Campo Grande.

Será contemplado com o

videomonitoramento o qua-drilátero que vai da Avenida Fernando Corrêa da Costa até a Avenida Mato Grosso, e da Avenida Calógeras até a Rua José Antônio. Os equipa-mentos serão instalados nos

cruzamentos dessas vias. A revitalização ainda prevê fibra óptica, wi-fi gratuito e semaforização inteligente. Re-capeamento e acessibilidade universal também estão pre-vistos. (RC)

Mudança de planos foi anunciada em live pelo governador, Reinaldo Azambuja, e por secretários da SES e SED

Rafaela Alves

O governo do Estado re-cuou do formato de aulas híbridas e, seguindo reco-mendações do COE (Comitê de Operações Emergenciais), definiu que o ensino da rede estadual será apenas remoto. A determinação foi anunciada ontem (9) pelo governador Reinaldo Azambuja e pela secretária estadual de Edu-cação, Maria Cecília, durante uma transmissão ao vivo. Outra mudança é que o início do ano letivo foi antecipado para hoje (10).

As aulas começariam na próxima segunda-feira (15). No entanto, já estava ocor-rendo o “acolhimento” dos alunos. Nos últimos sete dias, eles estavam indo até a escola para serem apresentados aos professores e fazer um tour pela unidade.

Neste ano, 197 mil alunos estão matriculados na rede estadual e, conforme a secre-tária, 17 mil turmas já estão automatizadas na plataforma on-line Google Classroom para o ensino remoto. “Mas, além do

Google Classroom, tem o You-Tube com aulas prontas com catálogo e sinopse, a TV Edu-cativa que também vai passar os filmes e o material impresso disponível nas escolas para quem não tem conectividade ou tecnologia”, disse.

Maria Cecília reforçou ainda que as escolas seguirão abertas para receber a co-munidade escolar e tirar as dúvidas dos estudantes. “A

escola está aberta para os alunos que não têm conec-tividade, a sala informática também para quem não tem computador e os professores atenderão os alunos com di-ficuldade de aprendizagem e com dificuldade de conteúdos do ano passado”, ressaltou.

O governador salientou que está seguindo orientação do COE e que vai esperar deles também um posicionamento

sobre quando poderá voltar com as aulas presenciais. “Neste momento, diante do aumento de mortes e de infectados, o mais prudente são as aulas re-motas que funcionaram muito bem no ano passado, tivemos quase que uma resposta de 90% na rede estadual. E a volta das aulas presenciais somente quando a saúde nos orientar que estaremos seguro”, ex-plicou Azambuja.

Fiscalização reforçada começou na segunda-feira (8) e vai durar por mais 29 dias

Além do toque de recolher vigente em Campo Grande, a prefeitura montou uma força--tarefa para percorrer as ruas com o objetivo de endurecer a fiscalização contra festas e aglomerações. A medida co-meçou a valer já na segunda--feira (8) e deve durar pelos próximos 29 dias. Batizada de “Operação AntiCOVID”, o município vai passar a punir a partir de quinta-feira (11) estabelecimentos que desres-peitarem os decretos.

Segundo o secretário muni-cipal de Segurança Pública e Defesa Social, Valério Azam-buja, nos primeiros três dias de operação os fiscais irão apenas orientar os comer-ciantes para depois passar à fase punitiva.

“Não só a aplicação de multas, mas poderão ter o es-tabelecimento lacrado e alvará de funcionamento suspenso. Até porque o comércio noturno precisa começar a seguir as regras, ainda mais diante do novo quadro da doença no qual hospitais estão atingindo a capacidade máxima de inter-nações”, avaliou.

Na primeira noite, 219 esta-belecimentos foram fiscalizados e orientados por fiscais da Se-madur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana) e da Vigilância Sani-tária. Não houve a interdição de nenhum estabelecimento.

A operação contou ainda

com participação da Agetran (Agência Municipal de Trans-porte e Trânsito) e da GCM (Guarda Civil Metropolitana), que intensificaram as blitze nas setes regiões da Capital. Na primeira noite, 375 veículos foram abordados e 41 testes de bafômetros realizados.

Do total, foram notificados três condutores por dirigir sem possuir CNH (Carteira Nacional de Habilitação), ou-tros três por permitir posse de veículo a pessoa sem ha-bilitação e um motorista por recusar o teste do bafômetro.

“A ideia de reforçar as blitze é, justamente, para que possamos evitar um número maior de acidentes, que con-sequentemente aumenta o nú-mero de leitos utilizados nos

hospitais. Mas, acima de tudo, a população precisa colaborar, agora mais que nunca, parar com as aglomerações, prin-cipalmente com as festinhas clandestinas”, destacou.

Barreiras sanitárias

Conforme o secretário mu-nicipal de Segurança Pública e Defesa Social, Valério Azam-buja, a prefeitura vai retomar as barreiras sanitárias como outra medida para tentar conter o avanço da COVID-19. Ao todo, serão implantadas seis barreiras nas saídas para São Paulo, Três Lagoas, Cuiabá, Corumbá, Sidrolândia e na MS-080.

A previsão é de que as estru-turas comecem ser instaladas nessa quinta-feira (11). “Além

de desinfectar os pneus com o produto utilizado para higieni-zação, vamos aferir a tempera-tura e, caso a pessoa apresente febre, será realizado ali mesmo um teste rápido e, dando posi-tivo, ela será orientada a voltar para casa ou para o município de origem”, assegurou.

Outra ação que voltou a ser feita foi a desinfecção de ruas, feiras e terminais. O trabalho começou na noite da segunda--feira (8). Os primeiros locais foram os terminais General Osório, Nova Bahia e o Ponto de Integração Hércules Maymone.

Ontem (9), a equipe da Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) realizou a desin-fecção da Rua da Divisão, no bairro Parati. (RA)

(7)

Campo Grande-MS |Quarta-feira, 10 de março de 2021

A7

Economia

Comércio

Na região, o óleo diesel varia de R$ 3,99 a R$ 4,39, diferença de 10% no preço

Litro da gasolina comum é vendido

a R$ 5,79 na região do anel viário

Endividamento

avança e atinge

mais famílias em

Campo Grande

Postos no entorno da Capital atendem principalmente os caminhões Valentin Manieri Izabela Cavalcanti Os postos de combustí-veis situados no entorno de Campo Grande, no trecho mais conhecido como anel viário, têm gasolina saindo por até R$ 5,79 o litro e diesel por até R$ 4,39.

Os números foram verifi-cados em pesquisa realizada pela equipe de reportagem do jornal O Estado em seis postos de combustíveis, na região que compreende a saída para Aquidauana até a saída para Cuiabá.

No levantamento foram en-contrados valores da gasolina

comum entre R$ 5,42 e R$ 5,79, diferença de 6,83%. Já o diesel foi achado de R$ 3,99 a R$ 4,39, variação de 10,03%. Em um posto de combustí-veis na região do Indubrasil, a gasolina comum já chega a R$ 5,79; o diesel a R$ 4,39 e o etanol a R$ 4,69. Na Avenida Euler de Azevedo, em outro estabelecimento, a gasolina comum também está por R$ 5,79 e a aditivada por R$ R$ 5,86. O etanol está a R$ 4,24 e o diesel a R$ 4,29. Na Avenida Cônsul Assaf Trad, um outro posto próximo do Shopping Bosque dos Ipês está vendendo o litro da

ga-solina comum por R$ 5,48 e a aditivada por R$ 5,58. O etanol está R$ 4,18 e o diesel R$ 4,09. Até chegar ao anel viário, um posto na Avenida Duque de Ca-xias está vendendo o litro da gasolina comum por R$ 5,66 e a aditivada por R$ 5,86. O etanol está R$ 4,13 e o diesel R$ 4,12. No mesmo sentido, um outro estabelecimento co-mercializa a comum por R$ 5,42, o etanol por R$ 4,28 e o diesel por R$ 3,99. Ainda na mesma região, existe um posto de combustíveis ven-dendo a gasolina comum por R$ 5,74, o etanol por R$ 4,23 e o diesel por R$ 4,15.

Aumento

Ontem (9), a Petrobras subiu o preço da gasolina em 9,22% nas refinarias, saindo de R$ 2,60 para R$ 2,84, e do diesel em 5,54%, que era R$ 2,71 e passou para R$ 2,86. A gasolina já segue para o 6º aumento em 2021 e o diesel para a 5ª elevação. No entanto, o Sindicato do Comércio Varejista de Deri-vados de Petróleo e Lubri-ficantes de Mato Grosso do Sul (Sinpetro-MS) frisa que o mercado é livre, o que significa que o revendedor tem liber-dade de repassar ou não os reajustes ao consumidor final.

Fiscalização

A Superintendência para Orientação e Defesa do Con-sumidor (Procon-MS) ainda continua atenta com os postos do Estado que estão aplicando novos valores repassados pela Petrobras antes de acabar os estoques.

Isso porque a Procon soli-citou à diretoria do Sinpetro para que avisasse aos seus associados que o reajuste só fosse feito após o término do produto em estoque e, consequentemente, fosse feita a aquisição de novas remessas. No entanto o mer-cado é livre.

O fim do auxílio emergencial e as contas de início de ano acabaram por elevar o índice de famílias endividadas em Campo Grande em fevereiro. Após três quedas consecutivas, o índice ficou em 59,3% na Capital ou o equivalente a 186.713 famílias, contra 57,8% de janeiro. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).

Os endividados com contas em atraso correspondem a 32,7% dos entrevistados ou 102.991, e os que não terão condições de pagar as dívidas somam 11,7% ou 36.730 consumidores. O cartão de crédito se mantém no topo entre os principais meios de endividamento, citado por 68,3% dos entrevistados, seguido pelos carnês (27,3%), financiamento de casa (11,5%), financiamento de carro (11,4%) e crédito pessoal (5%).

“O que podemos perceber é que em relação ao nível de endividamento, a maioria (25,2%) diz estar pouco endividada, seguida pelos que dizem estar mais ou menos endividados (19,6%), o que reflete os cuidados do consumidor com as contas, Apesar do endividamento, percebemos também uma redução significativa do uso do cheque especial e do crédito consignado, o que também demonstra esse cuidado no controle das finanças, o que é postivo”, afirma a economista do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento da Fecomércio-MS, Daniela Dias.

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