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POR QUE LIVRO 1 CRUZAMOS OS BRAÇOS. Coleção

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(1)

com depoimentos de sessenta lideranças de greves ocorridas

no Brasil nas últimas décadas, faz parte das comemorações dos

sessenta anos de fundação do Departamento Intersindical de

Estatística e Estudos Socioeconômicos — DIEESE —, órgão de

pesquisa, assessoria e educação criado e mantido pelos sindicatos

de trabalhadores brasileiros.

Este é o primeiro livro de um total de cinco, a serem publicados

entre o final de 2015 e durante o ano de 2016. Nele se

encon-tram os depoimentos de doze lideranças de diversas categorias

profissionais e regiões do país, que protagonizaram importantes

movimentos grevistas, a partir do final dos anos 1960.

Para além do registro das greves, os depoimentos revelam

di-ferentes visões de sindicalismo e, consequentemente, didi-ferentes

estratégias sindicais, que traduzem o significado de cada luta, em

seu contexto histórico.

Sua leitura é fundamental para todos aqueles que desejam

refletir sobre as lutas dos trabalhadores por uma sociedade com

maior justiça e equidade.

Aguardem os próximos livros!

CRUZAMOS OS BRAÇOS, com

sessenta depoimentos de

lide-ranças de greves ocorridas no

Brasil desde 1968, faz parte das

comemorações dos sessenta

anos de fundação do

Departa-mento Intersindical de

Estatís-tica e Estudos Socioeconômicos

— DIEESE — em dezembro de

2015. Este é o primeiro de um

total previsto de cinco livros, a

serem publicados entre o final

de 2015 e 2016.

O objetivo dessas

entre-vistas qualitativas em

profun-didade foi o de contribuir para

a reflexão sobre o

movimen-to grevista contemporâneo e

preencher lacunas verificadas

em estudos baseados

exclusi-vamente em estatísticas.

Atra-vés do testemunho dos atores,

foi possível reconstituir as

in-tenções que os motivaram no

passado e estimular a reflexão

sobre os fatos, bem como sua

interpretação. Neste sentido,

os depoimentos representam

fonte importante para o

enten-dimento do significado das

gre-ves em diferentes categorias e

regiões do país.

Coleção

POR QUE CRUZAMOS OS BRAÇOS

GREVES NO BRASIL

(de 1968 aos dias atuais)

DEPOIMENTOS DE LIDERANÇAS

LIVRO 1

é de enorme riqueza e

consti-tui-se em instrumento de

pre-servação da memória das lutas

dos trabalhadores brasileiros.

Esta coleção visa à sua

dissemi-nação para todo o movimento

sindical e a sociedade em geral.

O critério para a escolha

dos entrevistados — sempre

complexo e com risco de

omis-sões importantes — procurou

assegurar que os depoimentos

refletissem importantes greves

ocorridas no período e que

ex-pressassem a grande

diversida-de regional e setorial presente

nos conflitos trabalhistas.

Para além do registro das

greves, os depoimentos

reve-lam diferentes visões de

sindi-calismo e, consequentemente,

diferentes estratégias sindicais,

que traduzem o significado

de cada luta, em seu contexto

histórico.

Boa leitura!

POR QUE

CRUZAMOS

OS BRAÇOS

LIVRO 1

GREVES NO BRASIL

(de 1968 aos dias atuais)

DEPOIMENTOS DE LIDERANÇAS

ÊNIO SEABRA

JOSÉ IBRAHIN

JOÃO PAULO PIRES VASCONCELOS

JOSÉ FRANCISCO DA SILVA

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

ARNALDO GONÇALVES

CÉLIA REGINA COSTA

GILSON MENEZES

EUNICE CABRAL

LUIZ SOARES DULCI

LUIZ GUSHIKEN

EDMILSON FELIPE NERI

(2)

5

S

umário

APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO

... 7

Diretoria Executiva do DIEESE

PREFÁCIO

... 11

Walter Barelli

INTRODUÇÃO

... 21

ENTREVISTAS

1. Ê

nio

S

eabra

Sindicato dos Metalúrgicos de Belo Horizonte e

Contagem (MG) ... 27

2. J

oSé

i

brahin

(i

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m

emoriam

)

Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco (SP) ... 55

3. J

oão

P

aulo

P

ireS

V

aSconceloS

Sindicato dos Metalúrgicos de João Monlevade (MG) ... 87

4. J

oSé

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ranciSco da

S

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Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG) ... 139

5. l

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S

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(3)

6. a

rnaldo

G

onçalVeS

Sindicato dos Metalúrgicos de Santos (SP) ... 199

7. c

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eGina

c

oSta

Sindicato dos Trabalhadores Públicos na Saúde do

Estado de São Paulo (SP) ... 223

8. G

ilSon

m

enezeS

Sindicato dos Metalúrgicos do ABC (SP) ... 249

9. e

unice

c

abral

Sindicato das Costureiras de São Paulo e Osasco (SP) ... 271

10. l

uiz

S

oareS

d

ulci

União dos Trabalhadores no Ensino de Minas Gerais — atual SIND-UTE (MG) ... 301

11. l

uiz

G

uShiken

(i

n

m

emoriam

)

Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e

Região (SP) ... 343

12. e

dmilSon

F

eliPe

n

eri

Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos (SP) ... 367

LISTA DE ENTREVISTADOS E ENTREVISTADORES

... 381

(4)

27

1

Ê

nio

S

eabra

Sindicato dos Metalúrgicos de Belo Horizonte e Contagem

Data: 22 de fevereiro de 2013

ENTREVISTADO: Ênio Seabra — ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Belo Horizonte e Contagem (MG) e lí der da greve de 1968.

Ênio em 1966 e em 2015.

(5)

ENTREVISTADOR(A): Eu gostaria que você falasse um pouco sobre a sua história de vida, até chegar a presidente do Sindicato dos Metalúrgi‑ cos de Belo Horizonte e Contagem.

Ênio Seabra: Nasci em Belo Horizonte, em agosto de 1931. Meu pai era funcionário público. A residência que nós tínhamos pertencia ao estado, era muito simples. Naqueles tempos, existia pouco con-forto, mas era bem alegre, a gente tinha mais liberdade, a gente vivia mais com a natureza, bem perto do rio Arrudas, que era um rio que ainda dava para pescar, tomar banho. Morei uns tempos no bairro da Gameleira, perto daquela estação que hoje está caindo aos pedaços, a Estação Central do Brasil. A parada do trem ficava bem perto da minha casa; então, a gente sempre tinha contato com as pessoas que transitavam por lá, para aquelas cidades subindo para o Rio de Janeiro, Barbacena, Juiz de Fora. Depois morei um tempo para os lados do Instituto João Pinheiro, onde meu pai era funcio-nário. Eles deram a casa para o meu pai e nós mudamos para lá.

Eu era o oitavo, de um total de onze filhos. Naquela época, ainda se podia criar onze filhos (risos). Hoje, parece que não, mas meu pai conseguiu, com muito esforço, coitado, na simplicidade dele. Ele veio de Caeté, quando perdeu o pai. Ficou órfão aos oito anos. Então, minha avó conseguiu um lugar para ele no Instituto João Pinheiro, embora ele não tivesse muito direito, porque tinha que ser filho de mãe solteira.

ENTREVISTADOR(A): Funcionava como uma espécie de orfanato?

Ênio Seabra: É, uma espécie de orfanato. Estudei no Grupo Bernardo Monteiro até o 3º ano. Tinha que pegar o bonde, era no bairro Calafate. Depois, nós mudamos para o bairro chamado Vila Oeste. Fomos desapropriados daquele lugar, porque a via expressa passou em cima de onde eu morava. Na época da de-sapropriação, os tratores rodavam em volta de nossa casa. Fomos os últimos a sair.

(6)

GREVES NO BRASIL (DE 1968 AOS DIAS ATUAIS) 29

ENTREVISTADOR(A): Quantos filhos você teve?

Ênio Seabra: Quatro filhos.

ENTREVISTADOR(A): E estudou até que série?

Ênio Seabra: Na escola que frequentei, na Vila

Oeste, só tinha até a 3ª série. Me transferi para o Grupo Escolar Olegário Maciel, para concluir o primário (4ª série). Depois, cursei a Escola Técnica de Belo Horizonte, que era um ginásio industrial.

ENTREVISTADOR(A): Profissionalizante?

Ênio Seabra: Sim, profissionalizante. Em seguida, fiz um curso equivalente ao técnico industrial na escola que hoje é o CEFET. Eu já estava com cerca de 35 anos. Comecei a trabalhar aos poucos, fui desenvolvendo o que aprendi, que era a parte elétrica, mecânica. A parte industrial eu aproveitei bastante na minha experiência na indústria.

ENTREVISTADOR(A): E você começou a trabalhar em que ano?

Ênio Seabra: Comecei a trabalhar, com carteira assinada mesmo, em 1953. Foi na Companhia Siderúrgica Mannesmann, quando ela nasceu. Devia ter um ano e pouco, ainda não existia nada, estava na terraplenagem. Casei-me em 1957.

ENTREVISTADOR(A): Qual era sua profissão na Mannesmann?

Ênio Seabra: Eletricista; me apresentei primeiro como ajudante de eletricista. Mais tarde, em 1959, me filiei ao

Em 1959, me filiei e

comecei a frequentar

o Sindicato dos

Metalúrgicos de Belo

Horizonte e Contagem.

(7)

Sindicato dos Metalúrgicos de Belo Horizonte e Contagem e come-cei a frequentar o sindicato. E entrei na chapa na primeira eleição seguinte, em 1960.

ENTREVISTADOR(A): Candidato a presidente?

Ênio Seabra: Não, comecei como suplente na diretoria. Depois, em 1963, teve outra eleição. Fiquei como vice-presidente. O presidente era o Onofre Martins Barbosa. A gente já estava desenvolvendo muita luta dentro da empresa, já estava pensando em alguma coi-sa mais alta, mais evoluída, procurando uma luta que desse maio-res condições ao trabalhador em geral, para a categoria dos meta-lúrgicos. Mas, como a gente não estava combinando muito com o trabalho do presidente, ele praticamente foi destituído. Ele recebia de empresa, recebia do sindicato, ele tinha certas “maracutaias”, estava muito mais do lado de lá que do lado de cá. E eu assumi como presidente em exercício.

Em 1964, a gente já estava atuando dentro da Mannesmann, na Cidade Industrial, reunindo o pessoal, organizando. Tinha di-versos grupos bons nas indústrias. Ninguém ia fazer nada sozinho. Os metalúrgicos tinham certa cultura, ainda que precária, com re-lação à luta, esse “trem” todo. Mas tinham disposição, participavam, não muito, porque todo mundo ainda estava sob pressão do de-semprego, aquelas coisas todas.

Em 1964, justamente antes do golpe, a gente começou a acele-rar mais a luta. O golpe já estava sendo preparado naquela época, mas a gente não sabia do risco que estava correndo, das pressões que estava sofrendo. Procurava ir em frente, sempre preocupado, embora com certa esperança de que não fosse um golpe, que fosse, ao contrário, uma coisa mais do lado da esquerda do que do lado da direita. Mas eles, da direita, tinham mais condições de se pre-parar do que nós. Eles tinham as coisas nas mãos e nós não tínha-mos tanto, não tínhatínha-mos os meios de informação, não tínhatínha-mos nada igual a eles.

(8)

GREVES NO BRASIL (DE 1968 AOS DIAS ATUAIS) 31

ENTREVISTADOR(A): Nessa época, o sindicato, ou melhor, os dirigentes sindicais eram ligados a algum partido? O Partido Trabalhista Brasileiro (PTB)? O Partido Comunista Brasileiro (PCB)?

Ênio Seabra: Tinha a esquerda e o único partido mais ou menos falado era o PCB, praticamente tudo era o PCB. Foram nascendo, também, algumas organizações de es-querda entre os operários, mas eram mais fortes entre essa classe mais de elite, entre os estudantes. Eles

foram se agrupando, se entrosando no meio dos trabalhadores. Alguns já estavam mais ou menos integrados, foram trabalhar na indústria. Eu dizia: “Se vocês querem participar, vão para o trabalho, porque não adianta ficar aqui de fora comandando, não tem jeito não. Botem a cara dentro da empresa com a turma, para sofrer as consequências junto com a gente, para

poder ver o que é”. Então, foi se ligando aquela parte mais cultural da esquerda, com aquela vontade de luta dos trabalhadores.

A gente sempre propôs que eles trabalhassem, que participassem, se entrosassem no meio dos trabalhadores, fizessem parte da classe trabalhadora, porque ficar de fora era muito difícil. O trabalhador, em geral, não acreditava em quem estava de fora. Tinha que ter gente deles parti-cipando, organizando. Eu, por exemplo, cheguei até a encarregado dentro da companhia e, mesmo assim, con-tinuei lutando. A gente já tinha certa luta no meio do trabalhador, já tinha entrosamento. Veio o golpe, mas eles não me demitiram, porque eu tinha estabilidade, criei estabilidade.

“Se vocês querem

participar, vão para o

trabalho, porque não

adianta ficar aqui de

fora comandando”

(9)

ENTREVISTADOR(A): A Mannesmann não demitiu porque você tinha estabilidade?

Ênio Seabra: Eu continuei na Mannesmann, não podia ser manda-do embora, naquele tempo ainda tinha o respeito. Eu criei essa estabilidade, porque eu estava no sindicato, então eu continuei.

ENTREVISTADOR(A): Com o golpe, houve intervenção no sindicato?

Ênio Seabra: Houve intervenção logo no começo, em abril de 1964.

ENTREVISTADOR(A): E quem foi nomeado interventor?

Ênio Seabra: Inicialmente, apareceu no sindicato um oficial da Polícia Militar, não estou me lembrando se era um capitão, um coronel... Mas nós continuamos no sindicato. Um dia, ele mandou me chamar, para ver como é que estava o sindicato. Eu fui, ele começou a conversar e disse que, a partir daquela data, estaria ali, junto com a gente, para poder colaborar. Eu fiquei escutando, ouvi o que ele disse e saí dali. Como eu tinha certa comunicação com o Delegado do Trabalho, que era o Onésimo Viana, eu falei com ele: “Olha, tem um coronel lá agora, que diz que vai ficar ali, que vai comandar um pouco com a gente. Se o senhor tiver que ‘botar’ intervenção, pode ‘pôr’ logo de uma vez, porque eu não vou fornecer nada para o coronel, eu não tenho nada com ele. Eu vou fornecer para o senhor, se o senhor pedir, porque é o Dele-gado do Trabalho e nós estamos filiados ao Ministério do Trabalho. Filiados, não, sob o comando do Ministério do Trabalho. Nós temos que respeitar o Ministério do Trabalho e a Delegacia do Trabalho”.

E o delegado falou assim: “Eu não posso fazer nada”. E eu disse: “Bom, se o senhor não pode fazer nada, nem eu, né? (risos). Só digo ao senhor uma coisa: se o senhor tiver que ‘pôr’

(10)

interven-GREVES NO BRASIL (DE 1968 AOS DIAS ATUAIS) 33

ção, pode pôr, porque eu não vou fornecer nada para ele”. Oito dias depois, houve a intervenção. O interventor era justamente quem nós tínhamos tirado do sindicato, o ex-presidente.

ENTREVISTADOR(A): O Onofre?

Ênio Seabra: O Onofre foi o interventor. Voltei lá no Delegado do Trabalho e falei: “Mas o senhor está pondo a pessoa que nós tiramos, porque estava inconveniente ao sindicato, o senhor está devolven-do ao sindicato aquele que nós tiramos?”. E o Delegadevolven-do devolven-do Traba-lho falou: “Mas eu não posso fazer nada, foi o pessoal ‘lá de cima’ que nomeou”. E veio a intervenção. Mas, apesar da ditadura e da intervenção, a gente continuou a luta dentro da empresa, dentro das fábricas.

ENTREVISTADOR(A): A intervenção durou até que ano?

Ênio Seabra: Houve uma eleição, em 1967, e nós organizamos a Chapa Verde. A deles era a Chapa Azul. Escolhemos os companhei-ros para a formação da chapa, mas, quando fomos registrá-la, junto ao Delegado do Trabalho, ele, de cara, impugnou.

ENTREVISTADOR(A): Impugnou a chapa toda?

Ênio Seabra: Não, impugnou alguns da chapa para impedir que concorrêssemos às eleições, eu e mais uns quatro. Ele disse que nós tínhamos sido da chapa anterior, a que tinha sido destituída em 1964, e não podíamos concorrer. Dizia: “Nenhum elemento da chapa de 1964 pode fazer parte das eleições”. Mas acontece que o presidente da Chapa Azul também fez parte daquela chapa.

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com depoimentos de sessenta lideranças de greves ocorridas

no Brasil nas últimas décadas, faz parte das comemorações dos

sessenta anos de fundação do Departamento Intersindical de

Estatística e Estudos Socioeconômicos — DIEESE —, órgão de

pesquisa, assessoria e educação criado e mantido pelos sindicatos

de trabalhadores brasileiros.

Este é o primeiro livro de um total de cinco, a serem publicados

entre o final de 2015 e durante o ano de 2016. Nele se

encon-tram os depoimentos de doze lideranças de diversas categorias

profissionais e regiões do país, que protagonizaram importantes

movimentos grevistas, a partir do final dos anos 1960.

Para além do registro das greves, os depoimentos revelam

di-ferentes visões de sindicalismo e, consequentemente, didi-ferentes

estratégias sindicais, que traduzem o significado de cada luta, em

seu contexto histórico.

Sua leitura é fundamental para todos aqueles que desejam

refletir sobre as lutas dos trabalhadores por uma sociedade com

maior justiça e equidade.

Aguardem os próximos livros!

CRUZAMOS OS BRAÇOS, com

sessenta depoimentos de

lide-ranças de greves ocorridas no

Brasil desde 1968, faz parte das

comemorações dos sessenta

anos de fundação do

Departa-mento Intersindical de

Estatís-tica e Estudos Socioeconômicos

— DIEESE — em dezembro de

2015. Este é o primeiro de um

total previsto de cinco livros, a

serem publicados entre o final

de 2015 e 2016.

O objetivo dessas

entre-vistas qualitativas em

profun-didade foi o de contribuir para

a reflexão sobre o

movimen-to grevista contemporâneo e

preencher lacunas verificadas

em estudos baseados

exclusi-vamente em estatísticas.

Atra-vés do testemunho dos atores,

foi possível reconstituir as

in-tenções que os motivaram no

passado e estimular a reflexão

sobre os fatos, bem como sua

interpretação. Neste sentido,

os depoimentos representam

fonte importante para o

enten-dimento do significado das

gre-ves em diferentes categorias e

regiões do país.

Coleção

POR QUE CRUZAMOS OS BRAÇOS

GREVES NO BRASIL

(de 1968 aos dias atuais)

DEPOIMENTOS DE LIDERANÇAS

LIVRO 1

é de enorme riqueza e

consti-tui-se em instrumento de

pre-servação da memória das lutas

dos trabalhadores brasileiros.

Esta coleção visa à sua

dissemi-nação para todo o movimento

sindical e a sociedade em geral.

O critério para a escolha

dos entrevistados — sempre

complexo e com risco de

omis-sões importantes — procurou

assegurar que os depoimentos

refletissem importantes greves

ocorridas no período e que

ex-pressassem a grande

diversida-de regional e setorial presente

nos conflitos trabalhistas.

Para além do registro das

greves, os depoimentos

reve-lam diferentes visões de

sindi-calismo e, consequentemente,

diferentes estratégias sindicais,

que traduzem o significado

de cada luta, em seu contexto

histórico.

Boa leitura!

POR QUE

CRUZAMOS

OS BRAÇOS

LIVRO 1

GREVES NO BRASIL

(de 1968 aos dias atuais)

DEPOIMENTOS DE LIDERANÇAS

ÊNIO SEABRA

JOSÉ IBRAHIN

JOÃO PAULO PIRES VASCONCELOS

JOSÉ FRANCISCO DA SILVA

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

ARNALDO GONÇALVES

CÉLIA REGINA COSTA

GILSON MENEZES

EUNICE CABRAL

LUIZ SOARES DULCI

LUIZ GUSHIKEN

EDMILSON FELIPE NERI

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