Mitos sobre o euro:
vamos refletir melhor
Mito: o euro fez
os preços aumentar
Ao reduzir a inflação e aumentar a concorrência,
o euro tornou efetivamente a vida mais barata! De facto, os dados sobre os preços no
consumi-dor revelam que, em média, a adoção do euro causou muito menos aumentos de preços do
que geralmente se pensa e o seu efeito global
nos preços foi muito reduzido (um impacto pon-tual em 2002 entre 0,1% e 0,3%)
Na primeira década após a introdução do euro em
1999, foram criados cerca de 8,7 milhões de novos
postos de trabalho na zona euro, contra ape-nas 1,5 milhões nos sete
anos anteriores.
O custo médio da
trans-ferência de 100 euros foi reduzido de 24 para 2,40 euros, graças às
re-gras sobre os pagamentos transfronteiriços em euros introduzidas em 2001.
Desde dezembro de 2006, o valor das notas e moe-das em euros em circula-ção tem sido geralmente superior ao valor dos dólares americanos em circulação.
Mito: o euro implicou uma perda
de soberania nacional indesejável
Quando um país adota o euro, partilha volunta-riamente um certo grau de soberania, dado queos governos têm de coordenar as suas políticas económicas e controlar as suas despesas. No
mundo globalizado atual, a soberania nacional é um conceito relativo. Ao coordenar as suas
políticas, os governos podem, ef etivamente,
ad-quirir influência e poder na esfera económica.
Factos e números
Com a criação do euro, entraram em circulação 38 mil milhões de moedas.
Isso correspondia a cerca de 124 moedas por cada pessoa da zona euro
nesse momento
Apoiar a criação de emprego Reduzir as taxas
das transferências Competir a nível mundial
2006
8,7m
1,5m
19921999
200924 €
2,40 €
2001
Quem é quem?
Comissão Europeia
A Comissão, em especial a Direção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros (DG ECFIN), acompanham a evolução económica em toda a UE e ajudam a aplicar e desenvolver a legisla-ção acima referida.
Banco Central Europeu (BCE)
O BCE é uma instituição independente da UE, que toma as decisões em matéria de política mone-tária na zona euro com o objetivo de manter a estabilidade dos preços.
Parlamento Europeu (PE)
O Parlamento Europeu é o órgão legislativo des-te processo. Toma conhecimento, debades-te e vota. Toma decisões, em conjunto com o Conselho, ou emite o seu parecer sobre a adoção de uma de-terminada política.
Ecofin e Eurogrupo
São as reuniões do Conselho em que a maior parte das decisões é tomada. O Ecofin é com-posto pelos ministros das Finanças de todos os Estados-Membros da UE; o Eurogrupo é consti-tuído pelos ministros das Finanças de todos os Estados-Membros da zona euro.
Quais as vantagens
para a Europa?
Os mercados financeiros
estão mais integrados
A integração económica e monetária tornamui-to mais fácil mobilizar os capitais para investir onde podem ser mais eficientes. O alargamen-to dos mercados financeiros na zona euro, com uma regulamentação e supervisão adequadas, também torna os capitais mais disponíveis para o investimento e permite que os investidores
re-partam os riscos de forma mais alargada.
A área do euro tem uma maior
presença internacional
Os principais intervenientes da economia mundialreúnem-se em grupos internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o G7/G20, para
promoverem a estabilidade nos mercados mundiais. O euro é hoje a segunda moeda mundial mais
importante, a seguir ao dólar americano. Sendo um dos mais importantes blocos económicos mundiais, a UE tem um maior protagonismo no mundo.
Benefícios do euro: breve recapitulação
A UEM e o euro proporcionam-nos:
•
uma moeda estável
•
um melhor desempenho económico
•
inflação e taxas de juro mais baixas
•
um enquadramento mais sólido para as finanças públicas
•
transparência dos preços
•
maior protagonismo para a UE na economia mundial
•
a eliminação dos custos cambiais
•
maior facilidade para o comércio internacional
•
mercados financeiros mais integrados com uma
regulamentação e supervisão adequadas
•
um símbolo concreto da identidade europeia
Maior facilidade do comércio
internacional
O euro está a ser cada vez mais utilizado nastransações comerciais internacionais, graças à
sua força e disponibilidade e à confiança que ins-pira. Isso permite que as empresas da zona euro
paguem e recebam em euros, ficando menos vul-neráveis às flutuações cambiais mundiais e faci-litando as trocas comerciais aos nossos parceiros.
As regras do jogo:
adoção e governação
do euro
Problemas surgidos ao longo
do caminho
A recente crise financeira e da dívida soberana revelou a existência de fragilidades no quadro de coordenação das políticas económicas da UEM. Em resposta a esta situação, a UE reforçou as regras e procedimentos através dos quais os paí-ses da zona euro coordenam as suas políticas económicas e orçamentais. Estas alterações vão ajudar as nossas economias a recuperar da crise atual e a prevenir a ocorrência de crises seme-lhantes no futuro.
A adesão ao clube
Todos os países da UE são elegíveis para a aderir ao euro. No entanto, os países que pretendem aderir têm de satisfazer um certo número de critérios para demonstrarem que as suas eco-nomias estão preparadas para ter o euro como a sua moeda. Estes critérios de entrada ou con-vergência avaliam se as finanças públicas apre-sentam uma trajetória sustentável, respeitando parâmetros de referência a nível do défice orça-mental e da dívida pública. Visam igualmente assegurar que os países atingiram um elevado grau de estabilidade macroeconómica e compe-titividade em termos de inflação e taxas de juro a longo prazo baixas, bem como de taxas de câm-bio estáveis.
Garantir a solidez das finanças
públicas para assegurar o êxito
da participação na zona euro
O euro oferece muitas vantagens potenciais, mas só se os países participantes adotarem políticas económicas sãs. Por este motivo, desde o início, a adesão ao euro implica a obrigação estrita de evitar défices orçamentais excessivos e manter a dívida pública em níveis sustentáveis. Este com-promisso de adoção de políticas orçamentais sãs é controlado no âmbito do chamado Pacto de Es-tabilidade e Crescimento.
Este pacto foi consideravelmente reforçado em consequência da crise económica. Os governos devem agora submeter os seus projetos de pla-nos orçamentais ao escrutínio da Comissão e dos outros países da zona euro. Estão em vigor mecanismos de supervisão rigorosos para verifi-car se os países cumprem efetivamente os ob-jetivos orçamentais que todos os países da zona euro se comprometeram a respeitar e, se neces-sário, podem ser impostas sanções.
Assegurar a competitividade
e promover o crescimento
A solidez das finanças públicas não é o único instrumento para estimular a economia na zona euro. A crise revelou igualmente a necessidade de uma nova abordagem relativamente à regu-lamentação dos serviços financeiros e de um acompanhamento atento da evolução dos mer-cados financeiros. Foram igualmente estabele-cidos novos instrumentos de supervisão para garantir que os países da zona euro adotam po-líticas económicas que asseguram a competiti-vidade e promovem o crescimento e o emprego. Sendo melhor prevenir do que remediar, estes novos instrumentos de supervisão visam igual-mente evitar a criação de «bolhas» com efeitos nefastos nos mercados imobiliários.
O euro teve de fazer face a alguns desafios bem conhecidos nos últimos anos. A crise da dívida revelou pontos fracos que têm de ser cuidado-samente analisados e resolvidos. O quadro da
União Económica e Monetária (UEM) foi ref
orça-do em consequência. Embora tenha sido importante refletir sobre os
problemas de governação económica, não se podem esquecer os grandes benefícios que o
euro proporcionou à Europa, aos seus cidadãos
e às suas empresas.
Quais as vantagens
para os cidadãos?
Mais escolha, melhores preços
Existe uma maior concorrência entre lojas eentre fornecedores. Logo, beneficiamos de pre-ços mais baixos e os aumentos de prepre-ços são
mais controlados.
As compras transfronteiriças
são muito mais fáceis!
Na zona euro já não precisamos de calcular astaxas de câmbio: podemos agora comparar cla-ramente os preços e temos mais escolha.
Uma moeda estável
A taxa de inflação na zona euro foi de cerca de 2% por ano desde o início do euro. É uma inflaçãomui-to estável e baixa quando comparada com as taxas de 20% (por vezes, mesmo superiores) que alguns países da UE registaram nos anos setenta e oitenta.
Viagens mais baratas e mais fáceis
Quando viajamos na zona euro, a nossa vida émuito mais fácil do que anteriormente porque não é preciso trocar de moeda e não temos que
pagar quaisquer taxas de câmbio.
O euro também pode ser facilmente cambiado em
muitos países fora da área do euro — estimando--se que, em termos de valor, cerca de 20% a 25%
das notas em euros circulem fora da zona euro.
Quais as vantagens
para as empresas?
É simples: taxas
de juro mais baixas =
mais investimento
Uma inflação baixa mantém as taxas
de juro baixas. As empresas podem obter empréstimos a
taxas mais favoráveis para investirem, por
exemplo, em novas máquinas ou em investi-gação e desenvolvimento.
Novos produtos, no vos serviços e maior
produtividade. Crescimento económico e mais e melhor
emprego.
A estabilidade económica incentiva
o planeamento a longo prazo
Hoje em dia, as empresas europeias estão emme-lhor posição para realizar investimentos a longo prazo. Como as taxas de juro são estáveis, é mais fácil prever se o seu investimento vai gerar lucros.
Menores riscos e custos reduzidos
incentivam as trocas comerciais e
os investimentos transfronteiriços
No passado, o comércio entre os países da UE envol-via muitas moedas com taxas de câmbio flutuantes.Para fazer face a este risco, as empresas tinham que vender a preços mais elevados no estrangeiro, o que
desincentivava o comércio. Este risco já não existe. Além disso, o comércio num mercado único com a mesma moeda é simplesmente mais eficiente do que o comércio em muitos mercados com vá-rias moedas. Antes da introdução do euro, o
cus-to da conversão das moedas na UE foi estimado em 20 a 25 mil milhões de euros por ano. Estes
custos já desapareceram na zona euro.
Medindo os benefícios
Para mais informações
O euro
www.ec.europa.eu/euro
Comissão Europeia — Direção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros
www.ec.europa.eu/economy_finance/index_pt.htm
Comissão Europeia
www.ec.europa.eu
Banco Central Europeu
www.ecb.eu
© União Europeia, 2015
Reprodução autorizada mediante indicação da fonte
Zona euro
Estados-Membros da UE com opção de não participação no euro Estados-Membros da UE que ainda não adotaram o euro
Áustria Itália Malta Portugal Espanha Grécia Chipre França Luxemburgo Bélgica Reino Unido Irlanda Dinamarca Suécia Finlândia Países Baixos Alemanha Eslovénia Croácia Hungria Eslováquia República Checa Polónia Lituânia Letónia Estónia Roménia Bulgária KC-06-14-059-PT -C ISBN 978-92-79-43125-8 doi:10.2765/1860
Sobre o euro
O euro nasceu em 1999: surgiu inicialmente em extratos de pagamento, contas
e faturas. Em 1 de janeiro de 2002, as notas e moedas em euros entraram pela
primeira vez nas caixas dos bancos, caixas registadoras, porta-moedas e bolsos
dos europeus. Foi mais um grande passo no sentido da integração económica
europeia, um percurso iniciado com a criação da Comunidade Económica
Euro-peia em 1957.
O euro em todo o mundo
É surpreendente onde se pode encontrar o euro! O euro é utilizado nas Caraíbas (Guadalupe, Martinica e São Bartolomeu), no oceano Índico (Maiote e Reunião) e no oceano Atlântico (Aço-res, Canárias, Madeira e São Pedro e Miquelão), bem como em Ceuta e Melilha na costa do
Nor-te de África e na Guiana Francesa na América do Sul, sendo também utilizado no Mónaco, São
Marino, Cidade do Vaticano e Andorra como moeda nacional e no Kosovo e Montenegro
como moeda efetiva.
Qual é o objetivo?
O euro e a
União Económica e Monetária (UEM)
visam permitir que as economias funcionem de
forma mais eficiente e eficaz, criando mais em-prego e prosperidade para os europeus.
O euro à lupa
O símbolo do euro é €. A conceção das notas em euros é comum ato-dos os Estato-dos-Membros da zona euro.
Vários elementos de segurança f oram incluídos
nas notas em euros. Observa bem e verifica! As moedas em euros têm uma face comum e
uma face específica de cada país.
Então e agora: o caminho para o euro
A fundação da Comunidade Económica Europeia cria um mercado comum para a livre circulação de mercadorias, pessoas, serviços e capitais entre os Estados-Membros. O mercado comum prospera e alarga-se, mas o comércio é dificultado pela existência
de várias moedas em circulação.
O Tratado de Maastricht determina que a Europa terá uma moeda única f orte e
estável para o século XXI. O euro é lançado como uma moeda «virtual».
Nasce o euro e começam a circular cerca de 8 mil milhões de notas e 38 mil milhões
de moedas em euros. O alargamento da zona euro, que criou a segunda maior economia do mundo, é um
processo em curso.
1957
1992
1999
2002
Breve guia
do euro
Assuntos Económicos e FinanceirosMitos sobre o euro:
vamos refletir melhor
Mito: o euro fez
os preços aumentar
Ao reduzir a inflação e aumentar a concorrência, o euro tornou efetivamente a vida mais barata! De facto, os dados sobre os preços no consumi-dor revelam que, em média, a adoção do euro causou muito menos aumentos de preços do que geralmente se pensa e o seu efeito global nos preços foi muito reduzido (um impacto pon-tual em 2002 entre 0,1% e 0,3%)
Na primeira década após a introdução do euro em 1999, foram criados cerca de 8,7 milhões de novos postos de trabalho na zona euro, contra ape-nas 1,5 milhões nos sete anos anteriores.
O custo médio da trans-ferência de 100 euros foi reduzido de 24 para 2,40 euros, graças às re-gras sobre os pagamentos transfronteiriços em euros introduzidas em 2001.
Desde dezembro de 2006, o valor das notas e moe-das em euros em circula-ção tem sido geralmente superior ao valor dos dólares americanos em circulação.
Mito: o euro implicou uma perda
de soberania nacional indesejável
Quando um país adota o euro, partilha volunta-riamente um certo grau de soberania, dado que os governos têm de coordenar as suas políticas económicas e controlar as suas despesas. No mundo globalizado atual, a soberania nacional é um conceito relativo. Ao coordenar as suas políticas, os governos podem, efetivamente, ad-quirir influência e poder na esfera económica.Factos e números
Com a criação do euro, entraram em circulação 38 mil milhões de moedas.
Isso correspondia a cerca de 124 moedas por cada pessoa da zona euro
nesse momento
Apoiar a criação de emprego
Reduzir as taxas das transferências
Competir a nível mundial
2006
8,7m
1,5m
19921999
200924 €
2,40 €
2001
Quem é quem?
Comissão Europeia
A Comissão, em especial a Direção-Geral dos
Assuntos Económicos e Financeiros (DG ECFIN), acompanham a evolução económica em toda a
UE e ajudam a aplicar e desenvolver a
legisla-ção acima referida.
Banco Central Europeu (BCE)
O BCE é uma instituição independente da UE, que toma as decisões em matéria de política mone-tária na zona euro com o objetivo de manter a
estabilidade dos preços.
Parlamento Europeu (PE)
O Parlamento Europeu é o órgão legislativo des-te processo. Toma conhecimento, debades-te e vota.
Toma decisões, em conjunto com o Conselho, ou emite o seu parecer sobre a adoção de uma
de-terminada política.
Ecofin e Eurogrupo
São as reuniões do Conselho em que a maior parte das decisões é tomada. O Ecofin é
com-posto pelos ministros das Finanças de todos os Estados-Membros da UE; o Eurogrupo é
consti-tuído pelos ministros das Finanças de todos os Estados-Membros da zona euro.
Quais as vantagens
para a Europa?
Os mercados financeiros
estão mais integrados
A integração económica e monetária torna mui-to mais fácil mobilizar os capitais para investir onde podem ser mais eficientes. O alargamen-to dos mercados financeiros na zona euro, com uma regulamentação e supervisão adequadas, também torna os capitais mais disponíveis para o investimento e permite que os investidores re-partam os riscos de forma mais alargada.
A área do euro tem uma maior
presença internacional
Os principais intervenientes da economia mundial reúnem-se em grupos internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o G7/G20, para promoverem a estabilidade nos mercados mundiais. O euro é hoje a segunda moeda mundial mais importante, a seguir ao dólar americano. Sendo um dos mais importantes blocos económicos mundiais, a UE tem um maior protagonismo no mundo.
Benefícios do euro: breve recapitulação
A UEM e o euro proporcionam-nos:
•
uma moeda estável
•
um melhor desempenho económico
•
inflação e taxas de juro mais baixas
•
um enquadramento mais sólido para as finanças públicas
•
transparência dos preços
•
maior protagonismo para a UE na economia mundial
•
a eliminação dos custos cambiais
•
maior facilidade para o comércio internacional
•
mercados financeiros mais integrados com uma
regulamentação e supervisão adequadas
•
um símbolo concreto da identidade europeia
Maior facilidade do comércio
internacional
O euro está a ser cada vez mais utilizado nas transações comerciais internacionais, graças à sua força e disponibilidade e à confiança que ins-pira. Isso permite que as empresas da zona euro paguem e recebam em euros, ficando menos vul-neráveis às flutuações cambiais mundiais e faci-litando as trocas comerciais aos nossos parceiros.
As regras do jogo:
adoção e governação
do euro
Problemas surgidos ao longo
do caminho
A recente crise financeira e da dívida soberana revelou a existência de fragilidades no quadro de coordenação das políticas económicas da UEM.
Em resposta a esta situação, a UE reforçou as regras e procedimentos através dos quais os
paí-ses da zona euro coordenam as suas políticas económicas e orçamentais. Estas alterações vão ajudar as nossas economias a recuperar da crise atual e a prevenir a ocorrência de crises
seme-lhantes no futuro.
A adesão ao clube
Todos os países da UE são elegíveis para a aderir ao euro. No entanto, os países que pretendem
aderir têm de satisfazer um certo número de critérios para demonstrarem que as suas eco-nomias estão preparadas para ter o euro como a sua moeda. Estes critérios de entrada ou con-vergência avaliam se as finanças públicas apre-sentam uma trajetória sustentável, respeitando
parâmetros de referência a nível do défice orça-mental e da dívida pública. Visam igualmente
assegurar que os países atingiram um elevado grau de estabilidade macroeconómica e compe-titividade em termos de inflação e taxas de juro a longo prazo baixas, bem como de taxas de
câm-bio estáveis.
Garantir a solidez das finanças
públicas para assegurar o êxito
da participação na zona euro
O euro oferece muitas vantagens potenciais, mas só se os países participantes adotarem políticas
económicas sãs. Por este motivo, desde o início, a adesão ao euro implica a obrigação estrita de evitar défices orçamentais excessivos e manter a dívida pública em níveis sustentáveis. Este com-promisso de adoção de políticas orçamentais sãs
é controlado no âmbito do chamado Pacto de
Es-tabilidade e Crescimento.
Este pacto foi consideravelmente ref orçado em
consequência da crise económica. Os governos devem agora submeter os seus projetos de pla-nos orçamentais ao escrutínio da Comissão e dos outros países da zona euro. Estão em vigor mecanismos de supervisão rigorosos para
verifi-car se os países cumprem efetivamente os ob-jetivos orçamentais que todos os países da zona
euro se comprometeram a respeitar e, se
neces-sário, podem ser impostas sanções.
Assegurar a competitividade
e promover o crescimento
A solidez das finanças públicas não é o único instrumento para estimular a economia na zona euro. A crise revelou igualmente a necessidade
de uma nova abordagem relativamente à regu-lamentação dos serviços financeiros e de um
acompanhamento atento da evolução dos mer-cados financeiros. Foram igualmente
estabele-cidos novos instrumentos de supervisão para garantir que os países da zona euro adotam
po-líticas económicas que asseguram a
competiti-vidade e promovem o crescimento e o emprego. Sendo melhor prevenir do que remediar, estes
novos instrumentos de supervisão visam igual-mente evitar a criação de «bolhas» com efeitos
nefastos nos mercados imobiliários.
O euro teve de fazer face a alguns desafios bem conhecidos nos últimos anos. A crise da dívida revelou pontos fracos que têm de ser cuidado-samente analisados e resolvidos. O quadro da União Económica e Monetária (UEM) foi reforça-do em consequência.
Embora tenha sido importante refletir sobre os problemas de governação económica, não se podem esquecer os grandes benefícios que o euro proporcionou à Europa, aos seus cidadãos e às suas empresas.
Quais as vantagens
para os cidadãos?
Mais escolha, melhores preços
Existe uma maior concorrência entre lojas e entre fornecedores. Logo, beneficiamos de pre-ços mais baixos e os aumentos de prepre-ços são mais controlados.
As compras transfronteiriças
são muito mais fáceis!
Na zona euro já não precisamos de calcular as taxas de câmbio: podemos agora comparar cla-ramente os preços e temos mais escolha.
Uma moeda estável
A taxa de inflação na zona euro foi de cerca de 2% por ano desde o início do euro. É uma inflação mui-to estável e baixa quando comparada com as taxas de 20% (por vezes, mesmo superiores) que alguns países da UE registaram nos anos setenta e oitenta.
Viagens mais baratas e mais fáceis
Quando viajamos na zona euro, a nossa vida é muito mais fácil do que anteriormente porque não é preciso trocar de moeda e não temos que pagar quaisquer taxas de câmbio.O euro também pode ser facilmente cambiado em muitos países fora da área do euro — estimando--se que, em termos de valor, cerca de 20% a 25% das notas em euros circulem fora da zona euro.
Quais as vantagens
para as empresas?
É simples: taxas
de juro mais baixas =
mais investimento
Uma inflação baixa mantém as taxas de juro baixas.
As empresas podem obter empréstimos a taxas mais favoráveis para investirem, por exemplo, em novas máquinas ou em investi-gação e desenvolvimento.
Novos produtos, novos serviços e maior produtividade.
Crescimento económico e mais e melhor emprego.
A estabilidade económica incentiva
o planeamento a longo prazo
Hoje em dia, as empresas europeias estão em me-lhor posição para realizar investimentos a longo prazo. Como as taxas de juro são estáveis, é mais fácil prever se o seu investimento vai gerar lucros.
Menores riscos e custos reduzidos
incentivam as trocas comerciais e
os investimentos transfronteiriços
No passado, o comércio entre os países da UE envol-via muitas moedas com taxas de câmbio flutuantes. Para fazer face a este risco, as empresas tinham que vender a preços mais elevados no estrangeiro, o que desincentivava o comércio. Este risco já não existe. Além disso, o comércio num mercado único com a mesma moeda é simplesmente mais eficiente do que o comércio em muitos mercados com vá-rias moedas. Antes da introdução do euro, o cus-to da conversão das moedas na UE foi estimado em 20 a 25 mil milhões de euros por ano. Estes custos já desapareceram na zona euro.Medindo os benefícios
Para mais inf
ormações
O euro
www.ec.europa.eu/euro
Comissão Europeia — Direção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros
www.ec.europa.eu/economy_finance/index_pt.htm
Comissão Europeia
www.ec.europa.eu
Banco Central Europeu
www.ecb.eu
© União Europeia, 2015
Reprodução autorizada mediante indicação da fonte
Zona euro Estados-Membros da UE com opção
de não participação no euro Estados-Membros da UE que ainda
não adotaram o euro
Áustria Itália Malta Portugal Espanha Grécia Chipre França Luxemburgo Bélgica Reino Unido Irlanda Dinamarca Suécia Finlândia Países Baixos Alemanha Eslovénia Croácia Hungria Eslováquia República Checa Polónia Lituânia Letónia Estónia Roménia Bulgária KC-06-14-059-PT -C ISBN 978-92-79-43125-8 doi:10.2765/1860
Sobre o euro
O euro nasceu em 1999: surgiu inicialmente em extratos de pagamento, contas
e faturas. Em 1 de janeiro de 2002, as notas e moedas em euros entraram pela
primeira vez nas caixas dos bancos, caixas registadoras, porta-moedas e bolsos
dos europeus. Foi mais um grande passo no sentido da integração económica
europeia, um percurso iniciado com a criação da Comunidade Económica
Euro-peia em 1957.
O euro em todo o mundo
É surpreendente onde se pode encontrar o euro! O euro é utilizado nas Caraíbas (Guadalupe, Martinica e São Bartolomeu), no oceano Índico (Maiote e Reunião) e no oceano Atlântico (Aço-res, Canárias, Madeira e São Pedro e Miquelão), bem como em Ceuta e Melilha na costa do Nor-te de África e na Guiana Francesa na América do Sul, sendo também utilizado no Mónaco, São Marino, Cidade do Vaticano e Andorra como moeda nacional e no Kosovo e Montenegro como moeda efetiva.
Qual é o objetivo?
O euro e a União Económica e Monetária (UEM)
visam permitir que as economias funcionem de forma mais eficiente e eficaz, criando mais em-prego e prosperidade para os europeus.
O euro à lupa
O símbolo do euro é €.A conceção das notas em euros é comum a to-dos os Estato-dos-Membros da zona euro.
Vários elementos de segurança foram incluídos nas notas em euros. Observa bem e verifica! As moedas em euros têm uma face comum e uma face específica de cada país.
Então e agora: o caminho para o euro
A fundação da Comunidade Económica Europeia cria um mercado comum para a livre circulação de mercadorias, pessoas, serviços e capitais entre os Estados-Membros. O mercado comum prospera e alarga-se, mas o comércio é dificultado pela existência de várias moedas em circulação.
O Tratado de Maastricht determina que a Europa terá uma moeda única forte e estável para o século XXI.
O euro é lançado como uma moeda «virtual».
Nasce o euro e começam a circular cerca de 8 mil milhões de notas e 38 mil milhões de moedas em euros.
O alargamento da zona euro, que criou a segunda maior economia do mundo, é um processo em curso.
1957
1992
1999
2002
Breve guia
do euro
Assuntos Económicos e FinanceirosMitos sobre o euro:
vamos refletir melhor
Mito: o euro fez
os preços aumentar
Ao reduzir a inflação e aumentar a concorrência, o euro tornou efetivamente a vida mais barata! De facto, os dados sobre os preços no consumi-dor revelam que, em média, a adoção do euro causou muito menos aumentos de preços do que geralmente se pensa e o seu efeito global nos preços foi muito reduzido (um impacto pon-tual em 2002 entre 0,1% e 0,3%)
Na primeira década após a introdução do euro em 1999, foram criados cerca de 8,7 milhões de novos postos de trabalho na zona euro, contra ape-nas 1,5 milhões nos sete anos anteriores.
O custo médio da trans-ferência de 100 euros foi reduzido de 24 para 2,40 euros, graças às re-gras sobre os pagamentos transfronteiriços em euros introduzidas em 2001.
Desde dezembro de 2006, o valor das notas e moe-das em euros em circula-ção tem sido geralmente superior ao valor dos dólares americanos em circulação.
Mito: o euro implicou uma perda
de soberania nacional indesejável
Quando um país adota o euro, partilha volunta-riamente um certo grau de soberania, dado que os governos têm de coordenar as suas políticas económicas e controlar as suas despesas. No mundo globalizado atual, a soberania nacional é um conceito relativo. Ao coordenar as suas políticas, os governos podem, efetivamente, ad-quirir influência e poder na esfera económica.Factos e números
Com a criação do euro, entraram em circulação 38 mil milhões de moedas.
Isso correspondia a cerca de 124 moedas por cada pessoa da zona euro
nesse momento
Apoiar a criação de emprego
Reduzir as taxas das transferências
Competir a nível mundial
2006
8,7m
1,5m
19921999
200924 €
2,40 €
2001
Quem é quem?
Comissão Europeia
A Comissão, em especial a Direção-Geral dos
Assuntos Económicos e Financeiros (DG ECFIN), acompanham a evolução económica em toda a
UE e ajudam a aplicar e desenvolver a
legisla-ção acima referida.
Banco Central Europeu (BCE)
O BCE é uma instituição independente da UE, que toma as decisões em matéria de política mone-tária na zona euro com o objetivo de manter a
estabilidade dos preços.
Parlamento Europeu (PE)
O Parlamento Europeu é o órgão legislativo des-te processo. Toma conhecimento, debades-te e vota.
Toma decisões, em conjunto com o Conselho, ou emite o seu parecer sobre a adoção de uma
de-terminada política.
Ecofin e Eurogrupo
São as reuniões do Conselho em que a maior parte das decisões é tomada. O Ecofin é
com-posto pelos ministros das Finanças de todos os Estados-Membros da UE; o Eurogrupo é
consti-tuído pelos ministros das Finanças de todos os Estados-Membros da zona euro.
Quais as vantagens
para a Europa?
Os mercados financeiros
estão mais integrados
A integração económica e monetária torna mui-to mais fácil mobilizar os capitais para investir onde podem ser mais eficientes. O alargamen-to dos mercados financeiros na zona euro, com uma regulamentação e supervisão adequadas, também torna os capitais mais disponíveis para o investimento e permite que os investidores re-partam os riscos de forma mais alargada.
A área do euro tem uma maior
presença internacional
Os principais intervenientes da economia mundial reúnem-se em grupos internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o G7/G20, para promoverem a estabilidade nos mercados mundiais. O euro é hoje a segunda moeda mundial mais importante, a seguir ao dólar americano. Sendo um dos mais importantes blocos económicos mundiais, a UE tem um maior protagonismo no mundo.
Benefícios do euro: breve recapitulação
A UEM e o euro proporcionam-nos:
•
uma moeda estável
•
um melhor desempenho económico
•
inflação e taxas de juro mais baixas
•
um enquadramento mais sólido para as finanças públicas
•
transparência dos preços
•
maior protagonismo para a UE na economia mundial
•
a eliminação dos custos cambiais
•
maior facilidade para o comércio internacional
•
mercados financeiros mais integrados com uma
regulamentação e supervisão adequadas
•
um símbolo concreto da identidade europeia
Maior facilidade do comércio
internacional
O euro está a ser cada vez mais utilizado nas transações comerciais internacionais, graças à sua força e disponibilidade e à confiança que ins-pira. Isso permite que as empresas da zona euro paguem e recebam em euros, ficando menos vul-neráveis às flutuações cambiais mundiais e faci-litando as trocas comerciais aos nossos parceiros.
As regras do jogo:
adoção e governação
do euro
Problemas surgidos ao longo
do caminho
A recente crise financeira e da dívida soberana revelou a existência de fragilidades no quadro de coordenação das políticas económicas da UEM.
Em resposta a esta situação, a UE reforçou as regras e procedimentos através dos quais os
paí-ses da zona euro coordenam as suas políticas económicas e orçamentais. Estas alterações vão ajudar as nossas economias a recuperar da crise atual e a prevenir a ocorrência de crises
seme-lhantes no futuro.
A adesão ao clube
Todos os países da UE são elegíveis para a aderir ao euro. No entanto, os países que pretendem
aderir têm de satisfazer um certo número de critérios para demonstrarem que as suas eco-nomias estão preparadas para ter o euro como a sua moeda. Estes critérios de entrada ou con-vergência avaliam se as finanças públicas apre-sentam uma trajetória sustentável, respeitando
parâmetros de referência a nível do défice orça-mental e da dívida pública. Visam igualmente
assegurar que os países atingiram um elevado grau de estabilidade macroeconómica e compe-titividade em termos de inflação e taxas de juro a longo prazo baixas, bem como de taxas de
câm-bio estáveis.
Garantir a solidez das finanças
públicas para assegurar o êxito
da participação na zona euro
O euro oferece muitas vantagens potenciais, mas só se os países participantes adotarem políticas
económicas sãs. Por este motivo, desde o início, a adesão ao euro implica a obrigação estrita de evitar défices orçamentais excessivos e manter a dívida pública em níveis sustentáveis. Este com-promisso de adoção de políticas orçamentais sãs
é controlado no âmbito do chamado Pacto de
Es-tabilidade e Crescimento.
Este pacto foi consideravelmente ref orçado em
consequência da crise económica. Os governos devem agora submeter os seus projetos de pla-nos orçamentais ao escrutínio da Comissão e dos outros países da zona euro. Estão em vigor mecanismos de supervisão rigorosos para
verifi-car se os países cumprem efetivamente os ob-jetivos orçamentais que todos os países da zona
euro se comprometeram a respeitar e, se
neces-sário, podem ser impostas sanções.
Assegurar a competitividade
e promover o crescimento
A solidez das finanças públicas não é o único instrumento para estimular a economia na zona euro. A crise revelou igualmente a necessidade
de uma nova abordagem relativamente à regu-lamentação dos serviços financeiros e de um
acompanhamento atento da evolução dos mer-cados financeiros. Foram igualmente
estabele-cidos novos instrumentos de supervisão para garantir que os países da zona euro adotam
po-líticas económicas que asseguram a
competiti-vidade e promovem o crescimento e o emprego. Sendo melhor prevenir do que remediar, estes
novos instrumentos de supervisão visam igual-mente evitar a criação de «bolhas» com efeitos
nefastos nos mercados imobiliários.
O euro teve de fazer face a alguns desafios bem conhecidos nos últimos anos. A crise da dívida revelou pontos fracos que têm de ser cuidado-samente analisados e resolvidos. O quadro da União Económica e Monetária (UEM) foi reforça-do em consequência.
Embora tenha sido importante refletir sobre os problemas de governação económica, não se podem esquecer os grandes benefícios que o euro proporcionou à Europa, aos seus cidadãos e às suas empresas.
Quais as vantagens
para os cidadãos?
Mais escolha, melhores preços
Existe uma maior concorrência entre lojas e entre fornecedores. Logo, beneficiamos de pre-ços mais baixos e os aumentos de prepre-ços são mais controlados.
As compras transfronteiriças
são muito mais fáceis!
Na zona euro já não precisamos de calcular as taxas de câmbio: podemos agora comparar cla-ramente os preços e temos mais escolha.
Uma moeda estável
A taxa de inflação na zona euro foi de cerca de 2% por ano desde o início do euro. É uma inflação mui-to estável e baixa quando comparada com as taxas de 20% (por vezes, mesmo superiores) que alguns países da UE registaram nos anos setenta e oitenta.
Viagens mais baratas e mais fáceis
Quando viajamos na zona euro, a nossa vida é muito mais fácil do que anteriormente porque não é preciso trocar de moeda e não temos que pagar quaisquer taxas de câmbio.O euro também pode ser facilmente cambiado em muitos países fora da área do euro — estimando--se que, em termos de valor, cerca de 20% a 25% das notas em euros circulem fora da zona euro.
Quais as vantagens
para as empresas?
É simples: taxas
de juro mais baixas =
mais investimento
Uma inflação baixa mantém as taxas de juro baixas.
As empresas podem obter empréstimos a taxas mais favoráveis para investirem, por exemplo, em novas máquinas ou em investi-gação e desenvolvimento.
Novos produtos, novos serviços e maior produtividade.
Crescimento económico e mais e melhor emprego.
A estabilidade económica incentiva
o planeamento a longo prazo
Hoje em dia, as empresas europeias estão em me-lhor posição para realizar investimentos a longo prazo. Como as taxas de juro são estáveis, é mais fácil prever se o seu investimento vai gerar lucros.
Menores riscos e custos reduzidos
incentivam as trocas comerciais e
os investimentos transfronteiriços
No passado, o comércio entre os países da UE envol-via muitas moedas com taxas de câmbio flutuantes. Para fazer face a este risco, as empresas tinham que vender a preços mais elevados no estrangeiro, o que desincentivava o comércio. Este risco já não existe. Além disso, o comércio num mercado único com a mesma moeda é simplesmente mais eficiente do que o comércio em muitos mercados com vá-rias moedas. Antes da introdução do euro, o cus-to da conversão das moedas na UE foi estimado em 20 a 25 mil milhões de euros por ano. Estes custos já desapareceram na zona euro.Medindo os benefícios
Para mais inf
ormações
O euro
www.ec.europa.eu/euro
Comissão Europeia — Direção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros
www.ec.europa.eu/economy_finance/index_pt.htm
Comissão Europeia
www.ec.europa.eu
Banco Central Europeu
www.ecb.eu
© União Europeia, 2015
Reprodução autorizada mediante indicação da fonte
Zona euro Estados-Membros da UE com opção
de não participação no euro Estados-Membros da UE que ainda
não adotaram o euro
Áustria Itália Malta Portugal Espanha Grécia Chipre França Luxemburgo Bélgica Reino Unido Irlanda Dinamarca Suécia Finlândia Países Baixos Alemanha Eslovénia Croácia Hungria Eslováquia República Checa Polónia Lituânia Letónia Estónia Roménia Bulgária KC-06-14-059-PT -C ISBN 978-92-79-43125-8 doi:10.2765/1860
Sobre o euro
O euro nasceu em 1999: surgiu inicialmente em extratos de pagamento, contas
e faturas. Em 1 de janeiro de 2002, as notas e moedas em euros entraram pela
primeira vez nas caixas dos bancos, caixas registadoras, porta-moedas e bolsos
dos europeus. Foi mais um grande passo no sentido da integração económica
europeia, um percurso iniciado com a criação da Comunidade Económica
Euro-peia em 1957.
O euro em todo o mundo
É surpreendente onde se pode encontrar o euro! O euro é utilizado nas Caraíbas (Guadalupe, Martinica e São Bartolomeu), no oceano Índico (Maiote e Reunião) e no oceano Atlântico (Aço-res, Canárias, Madeira e São Pedro e Miquelão), bem como em Ceuta e Melilha na costa do Nor-te de África e na Guiana Francesa na América do Sul, sendo também utilizado no Mónaco, São Marino, Cidade do Vaticano e Andorra como moeda nacional e no Kosovo e Montenegro como moeda efetiva.
Qual é o objetivo?
O euro e a União Económica e Monetária (UEM)
visam permitir que as economias funcionem de forma mais eficiente e eficaz, criando mais em-prego e prosperidade para os europeus.
O euro à lupa
O símbolo do euro é €.A conceção das notas em euros é comum a to-dos os Estato-dos-Membros da zona euro.
Vários elementos de segurança foram incluídos nas notas em euros. Observa bem e verifica! As moedas em euros têm uma face comum e uma face específica de cada país.
Então e agora: o caminho para o euro
A fundação da Comunidade Económica Europeia cria um mercado comum para a livre circulação de mercadorias, pessoas, serviços e capitais entre os Estados-Membros. O mercado comum prospera e alarga-se, mas o comércio é dificultado pela existência de várias moedas em circulação.
O Tratado de Maastricht determina que a Europa terá uma moeda única forte e estável para o século XXI.
O euro é lançado como uma moeda «virtual».
Nasce o euro e começam a circular cerca de 8 mil milhões de notas e 38 mil milhões de moedas em euros.
O alargamento da zona euro, que criou a segunda maior economia do mundo, é um processo em curso.
1957
1992
1999
2002
Breve guia
do euro
Assuntos Económicos e FinanceirosMitos sobre o euro:
vamos refletir melhor
Mito: o euro fez
os preços aumentar
Ao reduzir a inflação e aumentar a concorrência, o euro tornou efetivamente a vida mais barata! De facto, os dados sobre os preços no consumi-dor revelam que, em média, a adoção do euro causou muito menos aumentos de preços do que geralmente se pensa e o seu efeito global nos preços foi muito reduzido (um impacto pon-tual em 2002 entre 0,1% e 0,3%)
Na primeira década após a introdução do euro em 1999, foram criados cerca de 8,7 milhões de novos postos de trabalho na zona euro, contra ape-nas 1,5 milhões nos sete anos anteriores.
O custo médio da trans-ferência de 100 euros foi reduzido de 24 para 2,40 euros, graças às re-gras sobre os pagamentos transfronteiriços em euros introduzidas em 2001.
Desde dezembro de 2006, o valor das notas e moe-das em euros em circula-ção tem sido geralmente superior ao valor dos dólares americanos em circulação.
Mito: o euro implicou uma perda
de soberania nacional indesejável
Quando um país adota o euro, partilha volunta-riamente um certo grau de soberania, dado que os governos têm de coordenar as suas políticas económicas e controlar as suas despesas. No mundo globalizado atual, a soberania nacional é um conceito relativo. Ao coordenar as suas políticas, os governos podem, efetivamente, ad-quirir influência e poder na esfera económica.Factos e números
Com a criação do euro, entraram em circulação 38 mil milhões de moedas.
Isso correspondia a cerca de 124 moedas por cada pessoa da zona euro
nesse momento
Apoiar a criação de emprego
Reduzir as taxas das transferências
Competir a nível mundial
2006
8,7m
1,5m
19921999
200924 €
2,40 €
2001
Quem é quem?
Comissão Europeia
A Comissão, em especial a Direção-Geral dos
Assuntos Económicos e Financeiros (DG ECFIN), acompanham a evolução económica em toda a
UE e ajudam a aplicar e desenvolver a
legisla-ção acima referida.
Banco Central Europeu (BCE)
O BCE é uma instituição independente da UE, que toma as decisões em matéria de política mone-tária na zona euro com o objetivo de manter a
estabilidade dos preços.
Parlamento Europeu (PE)
O Parlamento Europeu é o órgão legislativo des-te processo. Toma conhecimento, debades-te e vota.
Toma decisões, em conjunto com o Conselho, ou emite o seu parecer sobre a adoção de uma
de-terminada política.
Ecofin e Eurogrupo
São as reuniões do Conselho em que a maior parte das decisões é tomada. O Ecofin é
com-posto pelos ministros das Finanças de todos os Estados-Membros da UE; o Eurogrupo é
consti-tuído pelos ministros das Finanças de todos os Estados-Membros da zona euro.
Quais as vantagens
para a Europa?
Os mercados financeiros
estão mais integrados
A integração económica e monetária torna mui-to mais fácil mobilizar os capitais para investir onde podem ser mais eficientes. O alargamen-to dos mercados financeiros na zona euro, com uma regulamentação e supervisão adequadas, também torna os capitais mais disponíveis para o investimento e permite que os investidores re-partam os riscos de forma mais alargada.
A área do euro tem uma maior
presença internacional
Os principais intervenientes da economia mundial reúnem-se em grupos internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o G7/G20, para promoverem a estabilidade nos mercados mundiais. O euro é hoje a segunda moeda mundial mais importante, a seguir ao dólar americano. Sendo um dos mais importantes blocos económicos mundiais, a UE tem um maior protagonismo no mundo.
Benefícios do euro: breve recapitulação
A UEM e o euro proporcionam-nos:
•
uma moeda estável
•
um melhor desempenho económico
•
inflação e taxas de juro mais baixas
•
um enquadramento mais sólido para as finanças públicas
•
transparência dos preços
•
maior protagonismo para a UE na economia mundial
•
a eliminação dos custos cambiais
•
maior facilidade para o comércio internacional
•
mercados financeiros mais integrados com uma
regulamentação e supervisão adequadas
•
um símbolo concreto da identidade europeia
Maior facilidade do comércio
internacional
O euro está a ser cada vez mais utilizado nas transações comerciais internacionais, graças à sua força e disponibilidade e à confiança que ins-pira. Isso permite que as empresas da zona euro paguem e recebam em euros, ficando menos vul-neráveis às flutuações cambiais mundiais e faci-litando as trocas comerciais aos nossos parceiros.
As regras do jogo:
adoção e governação
do euro
Problemas surgidos ao longo
do caminho
A recente crise financeira e da dívida soberana revelou a existência de fragilidades no quadro de coordenação das políticas económicas da UEM.
Em resposta a esta situação, a UE reforçou as regras e procedimentos através dos quais os
paí-ses da zona euro coordenam as suas políticas económicas e orçamentais. Estas alterações vão ajudar as nossas economias a recuperar da crise atual e a prevenir a ocorrência de crises
seme-lhantes no futuro.
A adesão ao clube
Todos os países da UE são elegíveis para a aderir ao euro. No entanto, os países que pretendem
aderir têm de satisfazer um certo número de critérios para demonstrarem que as suas eco-nomias estão preparadas para ter o euro como a sua moeda. Estes critérios de entrada ou con-vergência avaliam se as finanças públicas apre-sentam uma trajetória sustentável, respeitando
parâmetros de referência a nível do défice orça-mental e da dívida pública. Visam igualmente
assegurar que os países atingiram um elevado grau de estabilidade macroeconómica e compe-titividade em termos de inflação e taxas de juro a longo prazo baixas, bem como de taxas de
câm-bio estáveis.
Garantir a solidez das finanças
públicas para assegurar o êxito
da participação na zona euro
O euro oferece muitas vantagens potenciais, mas só se os países participantes adotarem políticas
económicas sãs. Por este motivo, desde o início, a adesão ao euro implica a obrigação estrita de evitar défices orçamentais excessivos e manter a dívida pública em níveis sustentáveis. Este com-promisso de adoção de políticas orçamentais sãs
é controlado no âmbito do chamado Pacto de
Es-tabilidade e Crescimento.
Este pacto foi consideravelmente ref orçado em
consequência da crise económica. Os governos devem agora submeter os seus projetos de pla-nos orçamentais ao escrutínio da Comissão e dos outros países da zona euro. Estão em vigor mecanismos de supervisão rigorosos para
verifi-car se os países cumprem efetivamente os ob-jetivos orçamentais que todos os países da zona
euro se comprometeram a respeitar e, se
neces-sário, podem ser impostas sanções.
Assegurar a competitividade
e promover o crescimento
A solidez das finanças públicas não é o único instrumento para estimular a economia na zona euro. A crise revelou igualmente a necessidade
de uma nova abordagem relativamente à regu-lamentação dos serviços financeiros e de um
acompanhamento atento da evolução dos mer-cados financeiros. Foram igualmente
estabele-cidos novos instrumentos de supervisão para garantir que os países da zona euro adotam
po-líticas económicas que asseguram a
competiti-vidade e promovem o crescimento e o emprego. Sendo melhor prevenir do que remediar, estes
novos instrumentos de supervisão visam igual-mente evitar a criação de «bolhas» com efeitos
nefastos nos mercados imobiliários.
O euro teve de fazer face a alguns desafios bem conhecidos nos últimos anos. A crise da dívida revelou pontos fracos que têm de ser cuidado-samente analisados e resolvidos. O quadro da União Económica e Monetária (UEM) foi reforça-do em consequência.
Embora tenha sido importante refletir sobre os problemas de governação económica, não se podem esquecer os grandes benefícios que o euro proporcionou à Europa, aos seus cidadãos e às suas empresas.
Quais as vantagens
para os cidadãos?
Mais escolha, melhores preços
Existe uma maior concorrência entre lojas e entre fornecedores. Logo, beneficiamos de pre-ços mais baixos e os aumentos de prepre-ços são mais controlados.
As compras transfronteiriças
são muito mais fáceis!
Na zona euro já não precisamos de calcular as taxas de câmbio: podemos agora comparar cla-ramente os preços e temos mais escolha.
Uma moeda estável
A taxa de inflação na zona euro foi de cerca de 2% por ano desde o início do euro. É uma inflação mui-to estável e baixa quando comparada com as taxas de 20% (por vezes, mesmo superiores) que alguns países da UE registaram nos anos setenta e oitenta.
Viagens mais baratas e mais fáceis
Quando viajamos na zona euro, a nossa vida é muito mais fácil do que anteriormente porque não é preciso trocar de moeda e não temos que pagar quaisquer taxas de câmbio.O euro também pode ser facilmente cambiado em muitos países fora da área do euro — estimando--se que, em termos de valor, cerca de 20% a 25% das notas em euros circulem fora da zona euro.
Quais as vantagens
para as empresas?
É simples: taxas
de juro mais baixas =
mais investimento
Uma inflação baixa mantém as taxas de juro baixas.
As empresas podem obter empréstimos a taxas mais favoráveis para investirem, por exemplo, em novas máquinas ou em investi-gação e desenvolvimento.
Novos produtos, novos serviços e maior produtividade.
Crescimento económico e mais e melhor emprego.
A estabilidade económica incentiva
o planeamento a longo prazo
Hoje em dia, as empresas europeias estão em me-lhor posição para realizar investimentos a longo prazo. Como as taxas de juro são estáveis, é mais fácil prever se o seu investimento vai gerar lucros.
Menores riscos e custos reduzidos
incentivam as trocas comerciais e
os investimentos transfronteiriços
No passado, o comércio entre os países da UE envol-via muitas moedas com taxas de câmbio flutuantes. Para fazer face a este risco, as empresas tinham que vender a preços mais elevados no estrangeiro, o que desincentivava o comércio. Este risco já não existe. Além disso, o comércio num mercado único com a mesma moeda é simplesmente mais eficiente do que o comércio em muitos mercados com vá-rias moedas. Antes da introdução do euro, o cus-to da conversão das moedas na UE foi estimado em 20 a 25 mil milhões de euros por ano. Estes custos já desapareceram na zona euro.Medindo os benefícios
Para mais inf
ormações
O euro
www.ec.europa.eu/euro
Comissão Europeia — Direção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros
www.ec.europa.eu/economy_finance/index_pt.htm
Comissão Europeia
www.ec.europa.eu
Banco Central Europeu
www.ecb.eu
© União Europeia, 2015
Reprodução autorizada mediante indicação da fonte
Zona euro Estados-Membros da UE com opção
de não participação no euro Estados-Membros da UE que ainda
não adotaram o euro
Áustria Itália Malta Portugal Espanha Grécia Chipre França Luxemburgo Bélgica Reino Unido Irlanda Dinamarca Suécia Finlândia Países Baixos Alemanha Eslovénia Croácia Hungria Eslováquia República Checa Polónia Lituânia Letónia Estónia Roménia Bulgária KC-06-14-059-PT -C ISBN 978-92-79-43125-8 doi:10.2765/1860
Sobre o euro
O euro nasceu em 1999: surgiu inicialmente em extratos de pagamento, contas
e faturas. Em 1 de janeiro de 2002, as notas e moedas em euros entraram pela
primeira vez nas caixas dos bancos, caixas registadoras, porta-moedas e bolsos
dos europeus. Foi mais um grande passo no sentido da integração económica
europeia, um percurso iniciado com a criação da Comunidade Económica
Euro-peia em 1957.
O euro em todo o mundo
É surpreendente onde se pode encontrar o euro! O euro é utilizado nas Caraíbas (Guadalupe, Martinica e São Bartolomeu), no oceano Índico (Maiote e Reunião) e no oceano Atlântico (Aço-res, Canárias, Madeira e São Pedro e Miquelão), bem como em Ceuta e Melilha na costa do Nor-te de África e na Guiana Francesa na América do Sul, sendo também utilizado no Mónaco, São Marino, Cidade do Vaticano e Andorra como moeda nacional e no Kosovo e Montenegro como moeda efetiva.
Qual é o objetivo?
O euro e a União Económica e Monetária (UEM)
visam permitir que as economias funcionem de forma mais eficiente e eficaz, criando mais em-prego e prosperidade para os europeus.
O euro à lupa
O símbolo do euro é €.A conceção das notas em euros é comum a to-dos os Estato-dos-Membros da zona euro.
Vários elementos de segurança foram incluídos nas notas em euros. Observa bem e verifica! As moedas em euros têm uma face comum e uma face específica de cada país.
Então e agora: o caminho para o euro
A fundação da Comunidade Económica Europeia cria um mercado comum para a livre circulação de mercadorias, pessoas, serviços e capitais entre os Estados-Membros. O mercado comum prospera e alarga-se, mas o comércio é dificultado pela existência de várias moedas em circulação.
O Tratado de Maastricht determina que a Europa terá uma moeda única forte e estável para o século XXI.
O euro é lançado como uma moeda «virtual».
Nasce o euro e começam a circular cerca de 8 mil milhões de notas e 38 mil milhões de moedas em euros.
O alargamento da zona euro, que criou a segunda maior economia do mundo, é um processo em curso.
1957
1992
1999
2002
Breve guia
do euro
Assuntos Económicos e FinanceirosMitos sobre o euro:
vamos refletir melhor
Mito: o euro fez
os preços aumentar
Ao reduzir a inflação e aumentar a concorrência, o euro tornou efetivamente a vida mais barata! De facto, os dados sobre os preços no consumi-dor revelam que, em média, a adoção do euro causou muito menos aumentos de preços do que geralmente se pensa e o seu efeito global nos preços foi muito reduzido (um impacto pon-tual em 2002 entre 0,1% e 0,3%)
Na primeira década após a introdução do euro em 1999, foram criados cerca de 8,7 milhões de novos postos de trabalho na zona euro, contra ape-nas 1,5 milhões nos sete anos anteriores.
O custo médio da trans-ferência de 100 euros foi reduzido de 24 para 2,40 euros, graças às re-gras sobre os pagamentos transfronteiriços em euros introduzidas em 2001.
Desde dezembro de 2006, o valor das notas e moe-das em euros em circula-ção tem sido geralmente superior ao valor dos dólares americanos em circulação.
Mito: o euro implicou uma perda
de soberania nacional indesejável
Quando um país adota o euro, partilha volunta-riamente um certo grau de soberania, dado que os governos têm de coordenar as suas políticas económicas e controlar as suas despesas. No mundo globalizado atual, a soberania nacional é um conceito relativo. Ao coordenar as suas políticas, os governos podem, efetivamente, ad-quirir influência e poder na esfera económica.Factos e números
Com a criação do euro, entraram em circulação 38 mil milhões de moedas.
Isso correspondia a cerca de 124 moedas por cada pessoa da zona euro
nesse momento
Apoiar a criação de emprego
Reduzir as taxas das transferências
Competir a nível mundial
2006
8,7m
1,5m
19921999
200924 €
2,40 €
2001
Quem é quem?
Comissão Europeia
A Comissão, em especial a Direção-Geral dos
Assuntos Económicos e Financeiros (DG ECFIN), acompanham a evolução económica em toda a
UE e ajudam a aplicar e desenvolver a
legisla-ção acima referida.
Banco Central Europeu (BCE)
O BCE é uma instituição independente da UE, que toma as decisões em matéria de política mone-tária na zona euro com o objetivo de manter a
estabilidade dos preços.
Parlamento Europeu (PE)
O Parlamento Europeu é o órgão legislativo des-te processo. Toma conhecimento, debades-te e vota.
Toma decisões, em conjunto com o Conselho, ou emite o seu parecer sobre a adoção de uma
de-terminada política.
Ecofin e Eurogrupo
São as reuniões do Conselho em que a maior parte das decisões é tomada. O Ecofin é
com-posto pelos ministros das Finanças de todos os Estados-Membros da UE; o Eurogrupo é
consti-tuído pelos ministros das Finanças de todos os Estados-Membros da zona euro.
Quais as vantagens
para a Europa?
Os mercados financeiros
estão mais integrados
A integração económica e monetária torna mui-to mais fácil mobilizar os capitais para investir onde podem ser mais eficientes. O alargamen-to dos mercados financeiros na zona euro, com uma regulamentação e supervisão adequadas, também torna os capitais mais disponíveis para o investimento e permite que os investidores re-partam os riscos de forma mais alargada.
A área do euro tem uma maior
presença internacional
Os principais intervenientes da economia mundial reúnem-se em grupos internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o G7/G20, para promoverem a estabilidade nos mercados mundiais. O euro é hoje a segunda moeda mundial mais importante, a seguir ao dólar americano. Sendo um dos mais importantes blocos económicos mundiais, a UE tem um maior protagonismo no mundo.
Benefícios do euro: breve recapitulação
A UEM e o euro proporcionam-nos:
•
uma moeda estável
•
um melhor desempenho económico
•
inflação e taxas de juro mais baixas
•
um enquadramento mais sólido para as finanças públicas
•
transparência dos preços
•
maior protagonismo para a UE na economia mundial
•
a eliminação dos custos cambiais
•
maior facilidade para o comércio internacional
•
mercados financeiros mais integrados com uma
regulamentação e supervisão adequadas
•
um símbolo concreto da identidade europeia
Maior facilidade do comércio
internacional
O euro está a ser cada vez mais utilizado nas transações comerciais internacionais, graças à sua força e disponibilidade e à confiança que ins-pira. Isso permite que as empresas da zona euro paguem e recebam em euros, ficando menos vul-neráveis às flutuações cambiais mundiais e faci-litando as trocas comerciais aos nossos parceiros.
As regras do jogo:
adoção e governação
do euro
Problemas surgidos ao longo
do caminho
A recente crise financeira e da dívida soberana revelou a existência de fragilidades no quadro de coordenação das políticas económicas da UEM.
Em resposta a esta situação, a UE reforçou as regras e procedimentos através dos quais os
paí-ses da zona euro coordenam as suas políticas económicas e orçamentais. Estas alterações vão ajudar as nossas economias a recuperar da crise atual e a prevenir a ocorrência de crises
seme-lhantes no futuro.
A adesão ao clube
Todos os países da UE são elegíveis para a aderir ao euro. No entanto, os países que pretendem
aderir têm de satisfazer um certo número de critérios para demonstrarem que as suas eco-nomias estão preparadas para ter o euro como a sua moeda. Estes critérios de entrada ou con-vergência avaliam se as finanças públicas apre-sentam uma trajetória sustentável, respeitando
parâmetros de referência a nível do défice orça-mental e da dívida pública. Visam igualmente
assegurar que os países atingiram um elevado grau de estabilidade macroeconómica e compe-titividade em termos de inflação e taxas de juro a longo prazo baixas, bem como de taxas de
câm-bio estáveis.
Garantir a solidez das finanças
públicas para assegurar o êxito
da participação na zona euro
O euro oferece muitas vantagens potenciais, mas só se os países participantes adotarem políticas
económicas sãs. Por este motivo, desde o início, a adesão ao euro implica a obrigação estrita de evitar défices orçamentais excessivos e manter a dívida pública em níveis sustentáveis. Este com-promisso de adoção de políticas orçamentais sãs
é controlado no âmbito do chamado Pacto de
Es-tabilidade e Crescimento.
Este pacto foi consideravelmente ref orçado em
consequência da crise económica. Os governos devem agora submeter os seus projetos de pla-nos orçamentais ao escrutínio da Comissão e dos outros países da zona euro. Estão em vigor mecanismos de supervisão rigorosos para
verifi-car se os países cumprem efetivamente os ob-jetivos orçamentais que todos os países da zona
euro se comprometeram a respeitar e, se
neces-sário, podem ser impostas sanções.
Assegurar a competitividade
e promover o crescimento
A solidez das finanças públicas não é o único instrumento para estimular a economia na zona euro. A crise revelou igualmente a necessidade
de uma nova abordagem relativamente à regu-lamentação dos serviços financeiros e de um
acompanhamento atento da evolução dos mer-cados financeiros. Foram igualmente
estabele-cidos novos instrumentos de supervisão para garantir que os países da zona euro adotam
po-líticas económicas que asseguram a
competiti-vidade e promovem o crescimento e o emprego. Sendo melhor prevenir do que remediar, estes
novos instrumentos de supervisão visam igual-mente evitar a criação de «bolhas» com efeitos
nefastos nos mercados imobiliários.
O euro teve de fazer face a alguns desafios bem conhecidos nos últimos anos. A crise da dívida revelou pontos fracos que têm de ser cuidado-samente analisados e resolvidos. O quadro da União Económica e Monetária (UEM) foi reforça-do em consequência.
Embora tenha sido importante refletir sobre os problemas de governação económica, não se podem esquecer os grandes benefícios que o euro proporcionou à Europa, aos seus cidadãos e às suas empresas.
Quais as vantagens
para os cidadãos?
Mais escolha, melhores preços
Existe uma maior concorrência entre lojas e entre fornecedores. Logo, beneficiamos de pre-ços mais baixos e os aumentos de prepre-ços são mais controlados.
As compras transfronteiriças
são muito mais fáceis!
Na zona euro já não precisamos de calcular as taxas de câmbio: podemos agora comparar cla-ramente os preços e temos mais escolha.
Uma moeda estável
A taxa de inflação na zona euro foi de cerca de 2% por ano desde o início do euro. É uma inflação mui-to estável e baixa quando comparada com as taxas de 20% (por vezes, mesmo superiores) que alguns países da UE registaram nos anos setenta e oitenta.
Viagens mais baratas e mais fáceis
Quando viajamos na zona euro, a nossa vida é muito mais fácil do que anteriormente porque não é preciso trocar de moeda e não temos que pagar quaisquer taxas de câmbio.O euro também pode ser facilmente cambiado em muitos países fora da área do euro — estimando--se que, em termos de valor, cerca de 20% a 25% das notas em euros circulem fora da zona euro.
Quais as vantagens
para as empresas?
É simples: taxas
de juro mais baixas =
mais investimento
Uma inflação baixa mantém as taxas de juro baixas.
As empresas podem obter empréstimos a taxas mais favoráveis para investirem, por exemplo, em novas máquinas ou em investi-gação e desenvolvimento.
Novos produtos, novos serviços e maior produtividade.
Crescimento económico e mais e melhor emprego.
A estabilidade económica incentiva
o planeamento a longo prazo
Hoje em dia, as empresas europeias estão em me-lhor posição para realizar investimentos a longo prazo. Como as taxas de juro são estáveis, é mais fácil prever se o seu investimento vai gerar lucros.
Menores riscos e custos reduzidos
incentivam as trocas comerciais e
os investimentos transfronteiriços
No passado, o comércio entre os países da UE envol-via muitas moedas com taxas de câmbio flutuantes. Para fazer face a este risco, as empresas tinham que vender a preços mais elevados no estrangeiro, o que desincentivava o comércio. Este risco já não existe. Além disso, o comércio num mercado único com a mesma moeda é simplesmente mais eficiente do que o comércio em muitos mercados com vá-rias moedas. Antes da introdução do euro, o cus-to da conversão das moedas na UE foi estimado em 20 a 25 mil milhões de euros por ano. Estes custos já desapareceram na zona euro.Medindo os benefícios
Para mais inf
ormações
O euro
www.ec.europa.eu/euro
Comissão Europeia — Direção-Geral dos Assuntos Económicos e Financeiros
www.ec.europa.eu/economy_finance/index_pt.htm
Comissão Europeia
www.ec.europa.eu
Banco Central Europeu
www.ecb.eu
© União Europeia, 2015
Reprodução autorizada mediante indicação da fonte
Zona euro Estados-Membros da UE com opção
de não participação no euro Estados-Membros da UE que ainda
não adotaram o euro
Áustria Itália Malta Portugal Espanha Grécia Chipre França Luxemburgo Bélgica Reino Unido Irlanda Dinamarca Suécia Finlândia Países Baixos Alemanha Eslovénia Croácia Hungria Eslováquia República Checa Polónia Lituânia Letónia Estónia Roménia Bulgária KC-06-14-059-PT -C ISBN 978-92-79-43125-8 doi:10.2765/1860
Sobre o euro
O euro nasceu em 1999: surgiu inicialmente em extratos de pagamento, contas
e faturas. Em 1 de janeiro de 2002, as notas e moedas em euros entraram pela
primeira vez nas caixas dos bancos, caixas registadoras, porta-moedas e bolsos
dos europeus. Foi mais um grande passo no sentido da integração económica
europeia, um percurso iniciado com a criação da Comunidade Económica
Euro-peia em 1957.
O euro em todo o mundo
É surpreendente onde se pode encontrar o euro! O euro é utilizado nas Caraíbas (Guadalupe, Martinica e São Bartolomeu), no oceano Índico (Maiote e Reunião) e no oceano Atlântico (Aço-res, Canárias, Madeira e São Pedro e Miquelão), bem como em Ceuta e Melilha na costa do Nor-te de África e na Guiana Francesa na América do Sul, sendo também utilizado no Mónaco, São Marino, Cidade do Vaticano e Andorra como moeda nacional e no Kosovo e Montenegro como moeda efetiva.
Qual é o objetivo?
O euro e a União Económica e Monetária (UEM)
visam permitir que as economias funcionem de forma mais eficiente e eficaz, criando mais em-prego e prosperidade para os europeus.
O euro à lupa
O símbolo do euro é €.A conceção das notas em euros é comum a to-dos os Estato-dos-Membros da zona euro.
Vários elementos de segurança foram incluídos nas notas em euros. Observa bem e verifica! As moedas em euros têm uma face comum e uma face específica de cada país.
Então e agora: o caminho para o euro
A fundação da Comunidade Económica Europeia cria um mercado comum para a livre circulação de mercadorias, pessoas, serviços e capitais entre os Estados-Membros. O mercado comum prospera e alarga-se, mas o comércio é dificultado pela existência de várias moedas em circulação.
O Tratado de Maastricht determina que a Europa terá uma moeda única forte e estável para o século XXI.
O euro é lançado como uma moeda «virtual».
Nasce o euro e começam a circular cerca de 8 mil milhões de notas e 38 mil milhões de moedas em euros.
O alargamento da zona euro, que criou a segunda maior economia do mundo, é um processo em curso.