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Dicas OAB Weekend. Direito Ambiental Professor Luiz Antônio

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Academic year: 2021

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Dicas – OAB Weekend

Direito Ambiental – Professor Luiz Antônio 01. TUTELA ADMINISTRATIVA DO MEIO AMBIENTE

O Poder Público utiliza vários instrumentos para a tutela ambiental – o LICENCIAMENTO AMBIENTAL (art. 9º IV da Lei 6.938/81) é exigido para os empreendimentos do ANEXO I da RESOLUÇÃO CONAMA 237/97 e em todos os outros efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes de causar degradação ambiental (há somente um licenciamento – os demais entes federativos podem participar de maneira não vinculante); e todo licenciamento exige AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS (art. 9º III da Lei 6.938/81), antes da concessão da licença prévia (depois vem a licença de instalação e por último a licença de operação), sendo que entre os estudos ambientais (que não vinculam a concessão da licença, mas são os mais importantes na avaliação), que são exigidos pelo órgão licenciador e elaborados e pagos pelo empreendedor, um deles é o mais importante: trata-se do EIA/RIMA – Estudo Prévio de Impacto Ambiental, que não é exigido em todos os licenciamentos (somente é exigido nas hipóteses do art. 2º da RESOLUÇÃO CONAMA 01/86 e em todos os casos que causar ou puder causar “significativa degradação ambiental” – CF art. 225 § 1º inciso IV).

02. RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

A CF, no art. 225 § 3º, prevê a possibilidade de o infrator (pessoa física ou jurídica) ser responsabilizado cumulativamente na espera administrativa, penal e civil. A responsabilidade civil é objetiva e solidária, dispensa dolo e culpa, mas exige nexo causal; além disso, tem caráter propter rem, os danos ambientais são imprescritíveis (mas os individuais prescrevem) e responde o poluidor direto e o indireto, aplicando-se a teoria do risco integral da atividade, sendo cabível a inversão do ônus da prova. A responsabilidade administrativa e a penal são de natureza subjetiva, não são transmitidas a terceiros, as infrações administrativas e penais prescrevem, e não há se falar em inversão probatória – na esfera penal o ônus da prova é do acusador e na esfera administrativa é do infrator.

03. LEGISLAÇÃO ESPECIAL

A Lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos (12.305/10) prevê que a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos (em aterros sanitários) deverá ser implantada até 31/12/2020, exceto para Municípios que até essa data elaboraram plano intermunicipal de resíduos sólidos ou plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos, cujos prazos serão: até 2/8/21 para capitais de Estados e Municípios integrantes de Região Metropolitana; até 2/8/22 para Municípios com mais de 100.000 hab/censo 2010; até 2/8/23 para Municípios entre 50 mil e 100 mil hab/censo 2010; até 2/8/24 para Municípios com menos de 50 mil hab/censo 2010; e nos casos em que a disposição

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de rejeitos em aterros sanitários for economicamente inviável, poderão ser adotadas outras soluções, observadas normas técnicas e operacionais estabelecidas pelo órgão competente, de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais.

O Decreto Federal 10.388, de 5/6/2020, que entrou em vigor 180 dias após a data da publicação, regulamentou o §1º do caput do art. 33 da Lei nº 12.305/10, instituindo o sistema de logística reversa de medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso, de uso humano, industrializados e manipulados, e de suas embalagens após o descarte pelos consumidores, com a participação de fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes e consumidores, nos termos do Decreto 7.404, de 23/12/2010. De acordo com a legislação, os consumidores deverão efetuar o descarte dos medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso e de suas embalagens de acordo com as normas estabelecidas pelos órgãos integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente – SISNAMA, e serão fornecidas as informações sobre farmácias, drogarias ou outros locais nos quais os consumidores poderão efetuar o descarte (art. 9º caput e § 1º).

04. TUTELA PROCESSUAL COLETIVA AMBIENTAL

A tutela processual coletiva ambiental pode se dar por meio de ação popular (art. 5º LXXIII da CF/88), tendo legitimidade qualquer cidadão para propor demanda que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência; também por meio da ação civil pública, que tutela o meio ambiente físico ou natural, cultural e o urbano, como dispõem o art. 1º incisos I, III e VI da Lei 7.347/85, figurando como legitimados o Ministério Público, a Defensoria Pública, União, Estados, Distrito Federal e Municípios, autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista, bem como associações civis que detenham representatividade adequada (estejam constituídas há pelo menos um ano – pré-constituição – e defendam em juízo bens jurídicos correspondentes à sua finalidade institucional – pertinência temática).

05. TUTELA DA POLÍTICA URBANA

Nos termos do art. 30 VIII da Constituição Federal, compete aos Municípios promover o adequado ordenamento territorial, mediante o planejamento (o principal instrumento de planejamento urbanístico é o PLANO DIRETOR, exigido nas hipóteses do art. 41 do Estatuto da Cidade – Lei 10.257/01 – a ser elaborado pelo Executivo Municipal e aprovado pela Câmara Municipal por lei -, e que deve ser revisado no máximo em 10 anos, sob pena de o prefeito incidir em improbidade administrativa), e o controle do uso, parcelamento (evitar loteamentos irregulares ou clandestinos) e ocupação do solo urbano (impedir ou retirar pessoas que venham a ocupar áreas de risco) – obrigatório exercício do poder de polícia. A propriedade urbana cumpre a sua função social quando

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respeitar os ditames do PLANO DIRETOR, e a elaboração e revisão do PD exige participação popular (por meio de audiências públicas), garantindo a GESTÃO DEMOCRÁTICA DA CIDADE. A gestão democrática também ocorre por ocasião da aprovação das propostas do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual, que exigem GESTÃO ORÇAMENTÁRIA PARTICIPATIVA, ou seja, realização de audiências e consultas públicas como condição obrigatória para aprovação pela Câmara Municipal.

Direito do Consumidor – Murilo Sechieri

01. A responsabilidade dos fornecedores, por acidente de consumo (fato do produto ou do serviço) é objetiva, ou seja, não depende da demonstração de culpa. Exceção: a responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada só se for provada a culpa.

02. Se um produto apresentar vício e fornecedor fizer a reclamação no prazo de garantia legal (30 dias para produtos não duráveis; 90 dias para os duráveis), o fornecedor terá o prazo de 30 dias para solucionar o problema. Exceção: se o produto for considerado essencial, não se aplica o prazo de 30 dias e o problema deve ser resolvido imediatamente.

03. Constitui prática comercial abusiva o envio de cartão de crédito sem prévia e expressa solicitação do consumidor, configurando-se ato ilícito indenizável e sujeito à aplicação de multa administrativa (Súmula 532 do STJ).

04. Se a contratação ocorrer fora do estabelecimento comercial (pela internet, por exemplo), o consumidor poderá exercer o direito de arrependimento dentro do prazo de reflexão de 7 dias (art. 49 do CDC).

05. Aplica-se o Código de Defesa do Consumidor aos contratos de plano de saúde, salvo os administrados por entidades de autogestão. (Súmula 608 do STJ).

06. Nas ações coletivas de que trata o CDC não haverá adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras despesas, nem condenação da associação autora, salvo comprovada má-fé, em honorários de advogados, custas e despesas processuais (art. 87 do CDC).

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Direito Internacional – Ricardo Macau

01. Direito Internacional Privado: Em Direito Internacional Privado, não se pode confundir o foro competente para julgar ações que envolvem contratos com o direito material aplicável para reger o contrato celebrado. Quanto ao foro competente, as partes podem eleger o foro (o caso pode ser julgado pelo juiz brasileiro ou pelo juiz estrangeiro), já o direito material aplicável (elemento de conexão) será a lei do país do local de celebração do contrato.

02. Condição Jurídica do Estrangeiro: A CF/88 não admite a extradição do brasileiro nato. Todavia, o brasileiro naturalizado pode ser extraditado em 02 hipóteses: crime comum praticado antes da naturalização e crime de tráfico de drogas praticado a qualquer tempo.

03. Litígios Internacionais e meios de solução: No Mercosul, o Protocolo de Olivos, de 2002, criou o Tribunal Permanente de Revisão (TPR), que é um tribunal internacional que tem 02 competências: (i) julgar litígios entre os Estados-partes desse bloco regional; (ii) emitir pareceres consultivos solicitados pelas Cortes Superiores dos Estados-partes do Mercosul.

04. Dimensão pessoal do Estado: O brasileiro nato é o indivíduo que apresenta 02 vínculos jurídicos possíveis com o Brasil: (i) “jus soli” ou direito de solo – aplicado na hipótese de o indivíduo ter nascido no território brasileiro; (ii) “jus sanguinis” ou direito de sangue – aplicado no caso de o indivíduo ter nascido no exterior e for filho de pai brasileiro ou de mãe brasileira.

05. Sujeitos de Direito Internacional: A imunidade de jurisdição dos Estados soberanos que atuam no Brasil por meio de suas embaixadas e consulados é relativa, o que permite que Estados estrangeiros figurem como réus em processos de conhecimento ajuizados perante o Poder Judiciário brasileiro no tocante a atos que não impliquem exercício de soberania (ex. reclamação trabalhista). Entretanto, a imunidade de execução dos Estados soberanos é absoluta, em decorrência da impenhorabilidade dos bens pertencentes a embaixadas e consulados.

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Estatuto da Criança e do Adolescente – Orly Kibrit

01. Toda criança ou adolescente que estiver inserido em programa de acolhimento familiar ou institucional terá sua situação reavaliada, no máximo, a cada 3 (três) meses, devendo a autoridade judiciária competente, com base em relatório elaborado por equipe interprofissional ou multidisciplinar, decidir de forma fundamentada pela possibilidade de reintegração familiar ou pela colocação em família substituta.

02. Antes de iniciado o procedimento judicial para apuração de ato infracional, o representante do Ministério Público poderá conceder a remissão, como forma de exclusão do processo, atendendo às circunstâncias e consequências do fato, ao contexto social, bem como à personalidade do adolescente e sua maior ou menor participação no ato infracional.

Iniciado o procedimento, a concessão da remissão pela autoridade judiciária importará na suspensão ou extinção do processo.

03. Os estabelecimentos de atendimento à saúde, inclusive as unidades neonatais, de terapia intensiva e de cuidados intermediários, deverão proporcionar condições para a permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável, nos casos de internação de criança ou adolescente.

04. A configuração do crime do art. 244-B do ECA independe da prova da efetiva corrupção do menor, por se tratar de delito formal (Súmula 500 do STJ).

05. Considera-se criança, para os efeitos do ECA, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade.

Filosofia do Direito – Alysson Rachid

01. “Uma distinção entre o Direito e a Moral não pode encontrar-se naquilo que as duas ordens sociais prescrevem ou proíbem, mas como elas prescrevem ou proíbem uma determinada conduta humana” (Hans Kelsen).

02. Em sentido contrário à visão da Escola da Exegese, verifica-se um ordenamento jurídico dotado de lacunas, que pode ser identificado pela sua incompletude.

03. A Escola da Exegese, movimento que teve início em 1804, representou o ápice do Positivismo Jurídico. Para essa escola a lei era a única fonte legítima do Direito, limitando a possibilidade de interpretação.

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04. A justiça, na filosofia de Aristóteles, é a busca de ponderação, do meio termo entre dois extremos, para não ocorrer nem no excesso nem na deficiência.

05. A hermenêutica jurídica tem por finalidade ir além da interpretação das leis, procurando descobrir os direitos que estão presentes nelas ao analisar fontes, princípios, conteúdo, finalidades e aplicações de uma norma jurídica.

Direitos Humanos – Paulo Peixoto

01. Sistema Global de Proteção aos Direitos Humanos é o sistema no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU). Atenção especial à Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos (PIDCP) e Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (PIDESC) que juntos formam a "Carta Internacional dos Direitos Humanos".

02. A Convenção Americana de Direitos Humanos dispõe que ninguém pode ser objeto de ingerências arbitrárias ou abusivas em sua vida privada, na de sua família, em seu domicílio ou em sua correspondência, nem de ofensas ilegais à sua honra ou reputação (art. 11, item 2, D.678/92).

03. O Supremo Tribunal Federal reconheceu a constitucionalidade das ações afirmativas nas universidades, bem como nos concursos públicos, como forma de garantir a igualdade de oportunidades (ADPF 186 e ADC 41).

04. A Constituição Federal de 1988 dispõe que é vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, "ad referendum" do Congresso Nacional, em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da soberania do País, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco (art. 231, § 5º, CF).

05. Segundo a Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura, não se invocará nem admitirá como justificativa do delito de tortura a existência de circunstâncias tais como o estado de guerra, a ameaça de guerra, o estado de sítio ou de emergência, a comoção ou conflito interno, a suspensão das garantias constitucionais, a instabilidade política interna, ou outras emergências ou calamidades públicas (art. 5º, D. 98.386/89).

Referências

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