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DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL NO ESTADO DA BAHIA. EDITAL RDC n 47/

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DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES SUPERINTENDÊNCIA REGIONAL NO ESTADO DA BAHIA

EDITAL RDC n° 47/2014-05

5º CADERNO DE PERGUNTAS E RESPOSTAS

1ª Pergunta:

Usualmente, os editais do DNIT exigem 5% de caução de execução contratual, neste edital, o percentual indicado foi de 30% do valor total da obra, entendemos que esta exigência, além de descabida, reduziria muito a competitividade da licitação, pois diversas empresas não conseguirão obter limites de valores junto às seguradoras disponíveis no mercado.

Os decretos que regulamentam os RDC'S do governo federal: 12462/11, 7581/11 e 8080/13 não apresentam limites para exigências de cauções em relação ao valor da obra, definindo que nestes casos em que os decretos não estejam definindo regras especificas (art. 63 do decreto 7581/11) deverá ser seguida a regulamentação prevista na Lei 8666/93, que diz:

"Art. 56, § 2° - A garantia a que se refere o caput deste artigo não excederá a cinco por cento do valor do contrato e terá seu valor atualizado nas mesmas condições daquele, ressalvado o previsto no parágrafo terceiro deste artigo."

"Art. 56, § 3° - Para obras, serviços e fornecimentos de grande vulto envolvendo alta complexidade técnica e riscos financeiros consideráveis, demonstrados através de parecer tecnicamente aprovado pela autoridade competente, o limite de garantia previsto no parágrafo anterior poderá ser elevado para até dez por cento do valor do contrato."

Portanto pedimos revisão do edital no seu item 17.1.2, localizado na página 30, onde solicita caução de execução contratual correspondente a 30% do valor global daproposta.

Resposta:

De acordo com o subitem 17.1.2 do RDC Integrado nº 047/2014-05, como garantia do

fiel cumprimento das suas obrigações contratuais, a contratada obriga-se a apresentar garantia de valor correspondente a 30% (trinta por cento) do valor do contrato no prazo de 10 (dez) dias úteis após a homologação do objeto deste certame.

Cumpre ressaltar que a exigência editalícia, acima exposta, encontra-se em estrita observância aos preceitos legais vigentes, dispostos na Lei n° 12.462/11, legislação específica a qual regulamenta o Regime Diferenciado das Contratações Públicas.

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A exigência de prestação de garantia objetiva assegurar que o contratado efetivamente cumpra as obrigações contratuais assumidas, tomando possível à Administração a rápida reposição de even-tuais prejuízos que possa vir a sofrer em caso de inadimplemento.

Em apartada síntese, a garantia permite que Administração Pública seja indenizada, até o valor determinado na apólice, dos prejuízos causados pelo não cumprimento das obrigações por parte do responsável pela construção ou pelo fornecimento de bens ou pela prestação de serviços (toma-dor). A cobertura garante a execução do contrato principal contra o risco de inadimplência do to-mador, mediante o pagamento da indenização dos prejuízos discriminados e comprovados pelo segurado.

Nestes termos, destaca-se o princípio da supremacia do interesse público nos contratos administrativos. O Estado, enquanto ente representante da coletividade, atua em busca da concretização do interesse geral, necessitando, para tanto, de prerrogativas que assegurem a prevalência do bem-estar da sociedade, em contraposição a interesses particulares contrários. Dessa forma, em havendo conflito entre o interesse público, defendido pelo Estado, e o interesse particular, aquele deve prevalecer, sobre este.

Ainda, numa contratação integrada, os riscos de que aconteçam fatos não previstos, com repercussão no custo da obra, que tenham que ser arcadas pelo executante, São elevados.

O aumento das exigências da garantia de execução contratual se alinha com as atuais práticas de mercado possibilitando ao DNIT contratar.com a empresa mais apta a realizar o serviço proposto. Verifica-se que o licitante desconsiderou os termos da Lei a qual rege o Regime Diferenciado de Contratações e as disposições do Decreto n° 7.581/2011. Conforme dicção do § 1°, artigo l°, da Lei nº 12.4621/2011, a opção pelo RDC deverá constar de forma expressa do instrumento convocatório e resultará no afastamento das normas contidas na Lei n° 8.666/93, salvo nos casos expressamente previsto na própria lei que rege o RDC . Logo, o RDC é introduzido no ordenamento jurídico como uma via alternativa e afasta a aplicação da Lei 8.666/93, salvo quando a lei autorizar sua aplicação.

No que tange à prestação de garantias, o Decreto nº 7.58112011 que regulamenta o Regime Diferenciado de Contratações Públicas -RDC, de que trata a Lei no 12.462/2011 e a medida provisória nº 630 de 24 de dezembro de 2013, autoriza expressamente a exigência de garantias e seguros, definidas no instrumento convocatório, conforme dicção do art. 8°, inciso XIII do Decreto, Assim, resta superada a legalidade da exigência de garantias no Regime Diferenciado de Contratações Públicas. Para maiores esclarecimentos, cumpre ressaltar que a Lei Geral de Licitações prevê determinadas espécies de garantias, as quais não se confundem. A primeira, é prevista no inciso III do art. 31 da Lei de Licitações, conhecida como garantia da proposta, exigida para fins de habilitação. Por conseguinte, outra espécie constante na legislação em comento é a garantia de execução contratual ou garantia contratual básica, prevista no art. 56 da Lei de Licitações.

Não se pode confundir a garantia de proposta, para fins de habilitação, e garantia contratual prevista no artigo 56 da Lei Geral de Licitações. O disposto no art. 31, III, da Lei nº 8.666/93, diz respeito à apresentação de comprovante de garantia inerente a documentação da qualificação econômico-financeira das licitantes , por meio de balanço patrimonial e demonstrações contábeis, exigida como requisito de habilitação do certame que neste caso deverá ser limitada ao percentual de 1 % (um por cento), nas mesmas modalidades previstas no artigo 56 da Lei, observado o § 1°, devendo acompanhar as demais documentações relativa à fase de habilitação. Ressaltse que a-garantia prevista no artigo acima mencionada versa sobre a a-garantia de proposta ó que não se confunde com a garantia prevista no artigo 56 da Lei 8.666/93.

Cumpre ressaltar que o Edital em tela não exige a garantia de proposta na fase pré-licitatória, como comprovação da qualificação econômico-financeira das participantes. Deste modo, não há qualquer onerosidade para as empresas, consequentemente, poderão participar do certame sem a-obrigatoriedade de prestar garantia da proposta na fase de habilitação. Assim, não se pode confundir a garantia de proposta com a garantia de execução contratual prevista no artigo 56 da

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Lei n° 8.666/93, a garantia prevista no artigo 31 da Lei autoriza tão somente a comprovação de capacidade técnica e econômica da empresa participante para assegurar o cumprimento da obrigação a ser assumida.

Por sua vez, o artigo 56 da Lei nº 8.666/93 versa acerca da garantia de execução do contrato, a qual objetiva assegurar que o contratado efetivamente cumpra as obrigações contratuais assumi-das, tornando possível à Administração a rápida reposição de eventuais prejuízos que possa vir a sofrer em caso de inadimplemento. Esta garantia é prestada pela licitante vencedora do certame que ficará obrigada nos termos contratuais, a prestar uma das garantias previstas em lei.

Segundo o art. 56 da Lei nº 8.666/93, “a critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no instrumento convocatório, poderá ser exigida a prestação de garantia nas contrata-ções." Infere-se do dispositivo legal que a exigência de garantia recai sobre a decisão discricionária do administrador, sendo que, em se optando pela sua utilização, deverá ser prevista no instrumento convocatório, isso em razão do princípio da vinculação ao instrumento convocatório. Com efeito, diante da análise de conveniência e oportunidade, poderá decidir em cada caso concreto quando exigir a prestação da garantia. Além disso, o § 2º do mesmo artigo determina o limite a ser obser-vado pela Administração Pública ao exigir a garantia, dispondo que a garantia não excederá a cin-co por cento do valor do cin-contrato e nos casos de obras e serviços de grande vulto e envolvendo alta complexidade técnica e riscos financeiros o limite previsto poderá ser elevado para até 10%, do valor do contrato. Esse limite previsto na Lei Geral de Licitação deve ser observado para os casos em que são adotadas as modalidades licitatórias previstas nesta lei ou em legislação especifica, des-de que expressamente prevista sua aplicabilidades-de, o que não ocorre no RDC.

Ademais, de acordo com art. 45, do Decreto nº 7.5811/01l, nas licitações regidas por esse regime será aplicado, no que couber, o disposto nos artigos 27 a 33 da Lei nº 8.666/93. Por sua vez, no que tange a garantia da proposta, o artigo 31 da Lei Geral de Licitações prevê que a documentação relativa à qualificação econômico-financeira limitar-se á, dentre outras exigências, a garantia nas mesmas modalidades e critérios previstos no caput e § 1° do art. 56 da Lei, limitada a 1 % (um por cento) do valor estimado do objeto da contratação.

Assim, as disposições acerca da prestação de garantia da qual se refere o artigo 45, somente serão aplicadas no que couber. Logo, a lei não determina aplicação OBRIGATÓRIA do disposto nos artigos 27 a 33 da Lei nº 8.666/93 e sim quando pertinentes sua aplicação. Além disso, conforme dicção do artigo 31 da Lei Geral de Licitações aplica-se o artigo 56, caput e § 1°. Consequentemen-te não há previsão na Lei nº 12.462/2011 e no Decreto nº 7.581/2011 de que os limiConsequentemen-tes previstos no § 2° do artigo 56 devem ser observados. Ao contrário, somente podem ser aplicados se a própria legislação do RDC autorizar, em estrita observância aos preceitos legais.

A própria fase de lances desconsidera a imposição de limites. Ora, se a licitante se dispõe a redu-zir seus preços, o preço inicial ofertado não corresponde ao limite mínimo para a contratação. Ca-be a licitante realizar um bom planejamento de custos tendo em vista a nova metodologia empre-gada. Quanto melhor a capacidade econômico-financeira da empresa, menor o valor do prêmio a ser pago. Em regra, a exigência de garantia representa segurança à Administração Pública, no que se refere à boa execução do contrato e acarreta benefícios ao interesse público, e, por isso, no caso de contratações através do RDC deve-se analisar, caso a caso, de acordo com as suas especificida-des, inclusive o limite a ser exigido, diante da ausência de previsão legal. Ao definir o percentual de 30% os aspectos referentes à complexidade e a vultuosidade do contrato e os percentuais usu-almente praticáveis nas transações comerciais privadas foram devidamente observados, com res-paldo no artigo 4, inciso IV da Lei n° 12.462/2011, segundo o qual nas licitações e contratos regi-dos pelo RDC deverão ser observadas as diretrizes relativas às condições' de aquisição, de seguros e de pagamento compatíveis com as do setor privado.

Para maiores esclarecimentos, não é razoável a Administração, ao contratar, incorrer em riscos referentes ao cumprimento das obrigações e se o prejuízo decorrente da má execução for conside-rável, deve o administrador cogitar na garantia contratual. Assim, considerando a ausência de

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ve-dação legal para o valor estipulado, o limite fixado levou em conta uma prática usual de mercado, na qual as instituições financeiras e empresas seguradoras operacionalizam fianças bancárias e seguro-garantia.

Por fim, o Regime Diferenciado de Contratações prevê mecanismos mais céleres, econômicos e eficientes de contratação pública. A criação de um diploma destinado especificamente a atender obras infraestruturares de grandioso vulto representam a consolidação de uma política nacional. Portanto a utilização do percentual de 30% se dá em virtude da necessidade de previsão no edital de que a seguradora termine a obra caso a empreiteira quebre, conforme Circular SUSEP 477/13. Também, respaldado pelo inciso IV do art. 4 da lei 12.462, alterado pela MP 630/13, que autoriza:

“ condições de aquisição, de seguros, de garantias e de pagamento compatíveis com as condições do setor privado, inclusive mediante pagamento de remuneração variável conforme desempenho, na forma do art. 10.” (Redação dada pela Medida Provisória nº 630, de 2013).

2ª Pergunta:

“No edital, nas páginas 172 e 173, se encontra os segmentos de vias laterais que deverão ser projetadas:

LOTE MUNÍCIPIO EXTENSÃO (Km)

1 Belém de São Francisco 1,67

Abaré 0,37 2 Chorrochó 0,60 Canudos 1,64 3 Quijingue 3,52 Euclides da Cunha 6,27 4 Araci 3,23 Teofilândia 0,70 Tucano 2,75 5 Teofilândia 0,50 6 Santa Bárbara 2,63 Feira de Santana 18,66

Entretanto, em análise dos trechos, constatamos que os municípios de: Belém de São Francisco/PE, Abaré/BA, Chorrochó/BA, Quijingue/BA não se encontram as margens da Rodovia BR-116/BA, conforme localização abaixo:

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Em nosso entendimento, as pistas laterais deverão ser implantadas somente nas travessias urbanas localizadas na faixa de domínio da Rodovia BR-116/BA, sendo assim os trechos acima descritos, não haverá necessidade de vias laterais pois estão afastados do eixo da rodovia, conforme mapa de localização acima.

Nosso entendimento está correto?”

Resposta:

No Edital, logo após o quadro contendo as informações das extensões de vias laterais, é informado que "Deve ser observado que as extensões apresentadas acima, são valores mínimos

recomendados de construção/restauração de vias. Caso seja constatado que, por alguma motivação de ordem qualquer, a extensão de vias será menor que o previsto neste anteprojeto, deverá ser justificada a razão para a minoração da extensão."

Referências

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