25 anos de Integração Europeia
PORTUGAL
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Neste reencontro com a Europa, em certa medida um reencontro
com a sua própria história, Portugal assumiu em pleno o seu papel de
parceiro responsável e solidário no desafiante projecto de construção
europeia. Consolidou a democracia, promoveu o desenvolvimento,
afirmou-se no mundo.
(…)
E o que é oportuno sublinhar é que a integração europeia não é a causa
das dificuldades, antes representa a resposta aos problemas.
PORTUGAL
Presidente da República
Revista Europa Novas
Fronteiras, Portugal - 25 anos
de Integração Europeia nºs
26/27, 2010
Tratado de Paris (CECA)
Tratados de Roma (CEE e CEEA)
25 de Março de 1957
Tratado de Maastricht (UE)
Tratado de Amesterdão
Tratado de Nice
Tratado de Lisboa
Acto Único Europeu
17 de Fevereiro 1986
18 de Abril de 1951
7 de Fevereiro de 1992
2 de Outubro de 1997
26 de Fevereiro de 2001
13 de Dezembro de 2007
A Construção Europeia
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1 2 3 4 5 6 13 14 20 15 18 24 23 16 22 8 27 25 26 10 11 21 9 17 12 7 19 Croácia FYROM Turquia
1986
1973
1951
1981
1995
2004
2007
1. Bélgica
2. Bulgária
3. República Checa
4. Dinamarca
5. Alemanha
6. Estónia
7. Irlanda
8. Grécia
9. Espanha
10. França
11. Itália
12. Chipre
13. Letónia
14. Lituânia
15. Luxemburgo
16. Hungria
17. Malta
18. Holanda
19. Áustria
20. Polónia
21. Portugal
22. Roménia
23. Eslovénia
24. Eslováquia
25. Finlândia
26. Suécia
27. Reino Unido
Os Alargamentos
Regiões Ultraperiféricas
A adesão de Portugal
Final da década de 50
Dilema
Prosseguimento de
uma política
proteccionista
Progressiva abertura do
mercado
EFTA
(1960)
Expansão do sector têxtil
Mudança qualitativa nas
relações com o Reino Unido
Efeitos favoráveis a curto
prazo sobre a indústria
A adesão de Portugal
Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Acordo Portugal-Comunidades
(1972)
Com a adesão do Reino Unido às Comunidades Europeias,
decide-se criar uma zona de comércio industrial livre entre o
Mercado Comum e os países da EFTA – Áustria, Finlândia,
Portugal, Noruega, Suécia e Suíça.
É neste âmbito que se situa o acordo Portugal
-Comunidades de 22 de Julho de 1972.
A adesão de Portugal
Porquê aderir à C. E. E.?
Portugal
essencialmente
agrícola
Portugal
aposta no
desenvolvimento
do sector
industrial
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A adesão de Portugal
Perspectiva Política
Portugal
Comunidades
Europeias
Relacionamento com os
Países de Língua
Portuguesa (PLP)
Situação geoestratégica
de Portugal
Garante de segurança e
de estabilidade no
sudoeste da Europa
Melhoria das condições
de vida
Democracia, direitos e
liberdades
Segurança e
estabilidade
Após a instabilidade social e política vivida antes e depois do 25 de Abril,
gerada por autoritarismos de sinais contrários, a integração de Portugal
numa Comunidade de Nações que vivem, nalguns casos há séculos, numa
Democracia estabilizada contribuiu para o enraizamento e consolidação da
nossa jovem Democracia.
Consolidar a democracia em Portugal
A adesão de Portugal
Perspectiva Política
Centro de Informação Europeia Jacques Delors
Garantir a segurança e a estabilidade no sudoeste da Europa
A entrada de Portugal garantiu a estabilidade do nosso território.
A adesão de Portugal
Perspectiva Política
Sul da Europa
Mediterrâneo
Papel vital na
estratégia de defesa e
de segurança da
Europa Ocidental
Papel vital no
abastecimento de
matérias-primas e
produtos energéticos
Cimentar a liberdade económica e a liberdade sindical
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A adesão de Portugal
Perspectiva Política
• Sistema de
economia de
mercado e liberdade
sindical evoluído
Países da
Comunidade
Europeia
• Permitiria:
- clarificar o sistema
económico
- despertar a nossa
economia (através da
interpenetração com
economias mais
desenvolvidas )
A adesão de
Portugal na
Comunidade
Europeia
Resolver a crise de identidade nacional de Portugal
Degradação do ambiente político-militar
Necessidade de reafirmar a confiança e estabilidade política
Integração numa Comunidade que partilha os mesmos valores
A adesão de Portugal
Perspectiva Política
Portugal
Instabilidade política
(28 de Setembro de 1974 e 11 de
Março de 1975)
Descolonização
A adesão de Portugal
Perspectiva Histórico-cultural
Factores de ligação
histórico-culturais
Questões
Ambientais
Progresso
Técnico
Cooperação
Cientifica
Meios de
Comunicação
Exploração
Espacial
Civilização/
Cultura
Europeias
História de
Portugal
Recursos
Marinhos
Diáspora
portuguesa
A adesão de Portugal
Perspectiva Histórico-cultural
EUROPA
Entidade
Cultural
(Cultura e
civilização)
Os povos europeus são
unidos pela herança
comum que lhes foi
deixada pelo Humanismo
e pela Cultura grega e
romana: os valores da
Liberdade, da
Democracia e da Paz.
A cultura Europeia é mais que a simples soma das diversas culturas nacionais.
A riqueza e diversidade culturais da UE
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A adesão de Portugal
Perspectiva Económica
Sector agrícola e das pescas
subdesenvolvidos e
estagnados
Insuficiência de equipamentos
e de infra-estruturas
Baixa produtividade e
competitividade, a par dum
baixo nível de formação de
empresários e trabalhadores
Recessão económica
agravada pela difícil
conjuntura económica
Economias de Escala
Intensificação da concorrência
Viabilização de projectos pelo redimensionamento do mercado
Aumento do poder negocial perante terceiros
Formulação mais coerente da política económica
Premência de introdução de reformas estruturais
A adesão de Portugal
Perspectiva Económica
União Aduaneira e relações
comerciais com o exterior
Financiamento, Investimento e
Desenvolvimento
Implicações nos sectores
industrial e agrícola
Implicações no nosso
desenvolvimento regional
INTEGRAÇÃO EUROPEIA
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A adesão de Portugal
Perspectiva Económica
União Aduaneira e relações comerciais com o exterior
Liberalização do comércio com a Comunidade (a C.E.E. constituía o
maior parceiro comercial de Portugal), com o consequente aumento da
concorrência;
Aplicação integral da Pauta Aduaneira Comum;
Aplicação (progressiva) dos regimes negociados pela Comunidade no
quadro de Acordos de Associação e Cooperação celebrados com países
terceiros.
A adesão de Portugal
Perspectiva Económica
A Ajuda de Pré-Adesão;
Recursos de que Portugal beneficiou como Estado-Membro, com o
objectivo de conseguir uma convergência real e forte:
Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional – FEDER;
Fundo Europeu de Orientação e Garantia Agrícola – FEOGA;
Fundo Social Europeu – FSE;
Banco Europeu de Investimentos – BEI;
...
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A adesão de Portugal
Perspectiva Económica
Financiamento, Investimento e Desenvolvimento
Dinamização do investimento privado, impulsionado pelo processo de
integração, pelo aumento da confiança, pela liberalização e por certas
alterações institucionais (fiscalidade, legislação laboral, ...), entre outros
factores;
Contribuição tecnológica, uma vez que a I&D tem uma posição de
destaque a nível comunitário.
A adesão de Portugal
Perspectiva Económica
Financiamento, Investimento e Desenvolvimento
A indústria:
Alargamento do mercado, permitindo economias de escala (com
eventual sacrifício de algumas unidades industriais ineficientes ou
ineficazes);
Atracção de IDE, nomeadamente a nível de sectores de tecnologia
intermédia;
Fontes financeiras e tecnológicas suplementares.
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A adesão de Portugal
Perspectiva Económica
A agricultura:
Subida do custo do nível de vida do consumidor (os preços são mais
elevados na Comunidade Europeia e desaparecem os subsídios à produção
alimentar);
Aplicação do sistema de protecção comunitária face ao exterior,
provocando uma ainda maior deterioração da balança comercial;
Maior segurança e rentabilidade dos investimentos dos produtores;
Subida do rendimento médio da maioria das explorações agrícolas;
Reconversão estrutural da agricultura nacional:
•
Modernização das técnicas agrícolas;
•
Redimensionamento das explorações;
•
Redução da população empregue no sector agrícola;
•
...
Implicações nos sectores industrial e agrícola
A adesão de Portugal
Perspectiva Económica
PORTUGAL
Fortes assimetrias regionais
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A adesão de Portugal
Perspectiva Económica
Implicações no nosso desenvolvimento regional
Cinco pólos de desenvolvimento, quase todos no litoral – Porto,
Coimbra, Lisboa, Setúbal e Sines, nos quais se verificava:
Densidade populacional altíssima;
Centralização da Administração Pública;
Degradação do nível de vida, dada a carência de habitações, o
aumento da poluição, etc.
O interior do país, onde se verificava:
Escassez de população;
Forte corrente migratória para os grandes centros urbanos;
Carência de infra-estruturas – acessibilidades, hospitais, escolas, etc;
Falta de emprego e de oportunidades para os seus habitantes.
A adesão de Portugal
Perspectiva Económica
Implicações no nosso desenvolvimento regional
Desequilíbrios
Regionais
Desperdício
de recursos
Empobreci-mento
económico
e social de
Portugal
Necessidade de
financiamento
para corrigir as
assimetrias
regionais
O financiamento comunitário veio permitir:
Requalificação de espaços urbanos;
Novas vias de comunicação;
Criação de novas indústrias;
Fixação de pequenas e médias empresas em áreas mais
desfavorecidas;
Promoção de planos de irrigação;
...
Contudo, os financiamentos comunitários apenas são viáveis quando assentes
em projectos nacionais devidamente estruturados e fundamentados.
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A adesão de Portugal
Perspectiva Económica
Enquanto cidadãos europeus, os emigrantes portugueses e os restantes
cidadãos passaram a usufruir de certos direitos específicos, entre os quais:
Livre acesso ao território de cada Estado e direito de residência;
Princípio de tratamento igual entre nacionais e residentes;
Direito a protecção idêntica em matéria de segurança social;
Participação dos jovens nos programas de mobilidade da UE
( ex.: Erasmus, Sócrates , Leonardo da Vinci);
.…
Cidadania Europeia
A adesão de Portugal
Perspectiva Social
Portugal 25 anos de Integração Europeia
2010
1985
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Portugal 25 anos de Integração Europeia
• Consolidar a democracia em Portugal;
• Garantir a segurança e a estabilidade do território português;
• Reforçar a salvaguarda dos direitos e das liberdades fundamentais
dos cidadãos portugueses;
• Cimentar a liberdade económica e a liberdade sindical;
• Reafirmar a confiança e estabilidade política através da integração
numa Comunidade com os mesmos valores;
Podemos concluir que a integração de Portugal nas Comunidades Europeias
traduziu-se, a nível interno, na oportunidade de:
• Combater o desenvolvimento regional desequilibrado, conseguindo
uma convergência real apoiada, também, por fundos comunitários.
Portugal 25 anos de Integração Europeia
Paz e
Estabilidade
na Europa
Reforço da
presença de
Portugal na cena
mundial
A pertença à UE traduziu-se, a nível global…
Num conjunto de
direitos e
oportunidades para os
cidadãos portugueses
Na aposta nas
energias renováveis e
na promoção de um
desenvolvimento
sustentável
Na cooperarão na
educação e na
cultura
…
vejamos alguns
exemplos ao nível
nacional
Centro de Informação Europeia Jacques Delors
2007
**
1985
*
Homens 70,3
Mulheres 77,1
Homens 75,9
Mulheres 82,2
Portugal 25 anos de Integração Europeia
Esperança de vida à nascença
Fontes: *Portugal na Europa em números,
20 anos de adesão à União Europeia, Representação da
Comissão Europeia e do Gabinete do Parlamento Europeu em
Portugal
Portugal 25 anos de Integração Europeia
Mortalidade infantil
2008
1985
3,3
17,8
Por cada mil nascimentos
Fonte: Europe in Figures, Eurostat Yearbook 2010
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PIB (Paridade do Poder de Compra)
relativamente à média europeia
2009
1985
79**
54,2*
Fonte: *Portugal na Europa em números,
20 anos de adesão à União Europeia, Representação da
Comissão Europeia e do Gabinete do Parlamento Europeu em
Portugal – média da UE15
**Eurostat – média da UE27
Portugal 25 anos de Integração Europeia
Taxa de Inflação
2008
1985
2,5
19,3
%
Fonte: www.pordata.pt
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Portugal 25 anos de Integração Europeia
Taxa de Escolarização Ensino Pré-escolar
2009
1985
82,3
22,9
Fonte: www.pordata.pt
%
Portugal 25 anos de Integração Europeia
Taxa de Escolarização Ensino Secundário
2009
1985
68,1
15,8
Fonte: www.pordata.pt
%
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Portugal 25 anos de Integração Europeia
Nº de Médicos por 100 mil habitantes
2009
1985
377,1
245,7
Portugal 25 anos de Integração Europeia
Nº de Enfermeiros por 100 mil habitantes
2009
1985
560,6
239,3
Fonte: www.pordata.pt
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Portugal 25 anos de Integração Europeia
Número de km de autoestradas
2007
1985
2613 km
106 Km
Fonte: Dados 1985 – Portugal na Europa em números,
20 anos de adesão à União Europeia, Representação da
Comissão Europeia e do Gabinete do Parlamento Europeu em Portugal
Dados 2007 - Eurostat
Portugal 25 anos de Integração Europeia
2010
1985
Muitos foram os êxitos mas muito há a fazer,
nomeadamente, equilibrar as contas pública e
resolver problemas estruturais como por
exemplo os baixos índices de produtividade e
o aumento das exportações.
Portugal
na União
Europeia
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Portugal 25 anos de Integração Europeia
2009
Dívida Pública (% do PIB)
1985
51,5
79
Balança de pagamentos :saldo
1996
- 3.782.377
-16.844.170
Produtividade no trabalho por
pessoa empregada EU27=100
1997
70,3
74,1
Taxa de desemprego total
1986
8,4
9,5
Taxa de desemprego faixa
etária < 25 anos
1986
19,2
20
Taxa de desemprego faixa
etária 25 - 54 anos
1986
6
9,3
Fontes: Eurostat
http://epp.eurostat.ec.europa.eu
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• Portal da União Europeia
http://europa.eu
• Dados estatísticos União Europeia
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