Equipamentos Elétricos
Aula 3 - Disjuntores
Disjuntores
• Dispositivo mecânico com a função de um interruptor
com desarme automático;
• Componentes comumente utilizados nos quadros de
distribuição como elemento de proteção e
seccionamento de circuitos;
• Acionado quando o mesmo recebe uma corrente de
sobrecarga ou curto-circuito;
• Desenvolvido para
proteger os elementos
do circuito contra uma
corrente de pico maior
que o limite suportado
pelo mesmo.
Disjuntores
• Comumente utilizado como substituto do fusível;
• Uma das vantagens do disjuntor sobre o fusível é que ele não é descartável, podendo ser rearmado várias vezes;
• O seccionamento é o ato de promover a descontinuidade elétrica total, obtida mediante o acionamento de dispositivo apropriado (chave seccionadora, interruptor, disjuntor), acionado por meios manuais ou automáticos;
• Tipos: térmico, magnético e
Função dos Disjuntores
• Proteger os cabos contra
sobrecargas e
curto-circuitos;
• Permitir o fluxo normal da
corrente sem
interrupções;
• Abrir e fechar um circuito
à intensidade nominal;
• Garantir a segurança da
instalação e dos
• Dimensionar um disjuntor é mais que saber a corrente do circuito;
• É necessário saber qual a carga que vai ser instalada; OBS1: Correntes de
sobrecarga ocorrem como uma subida lenta de correntes
acima da nominal;
OBS2: Correntes de
curto-circuito são de subida brusca ou instantânea num circuito elétrico.
Normatização
5361 NBR 5361 - Disjuntores
NBR 60947- Disjuntores Industriais
NBR IEC 60898 - Disjuntores residenciais
• Transcrição da Norma NBR 5410/97 pagina 31:
“5.3.4.2 Determinação das correntes de curto-circuito
presumidas: as correntes de curto-circuito presumidas devem ser determinada em todos os pontos da instalação julgados necessários. Essa determinação pode ser efetuada por
Disjuntor Térmico
• Funciona pelo princípio da
deformação de uma lâmina
bimetálica;
• Quando a lâmina sofre uma
sobrecarga de corrente, a mesma
se deforma diferentemente nos
dois metais e então ocorre a
deformação;
• Isto faz com que o contato
mecânico abra o circuito elétrico
sequente ao disjuntor térmico.
Disjuntor Térmico
• Uma das principais vantagens é
que o disjuntor térmico é um
dispositivo mecanicamente
simples, robusto e barato;
• Entrentanto não é muito preciso e
necessita de um tempo de ação
relativamente lento;
• Isto o torna inutilizável para
proteção de curto circuitos;
• Onde usar: Na proteção do
sistema elétrico contra
sobreaquecimentos provocados
por sobrecarga prolongadas.
Disjuntor Magnético
• Funciona baseado nos princípios do eletromagnetismo;
• A variação de corrente elétrica que passa pelas espiras da
bobina produz um campo magnético na mesma;
• Isto faz com que a lâmina metálica do contato seja
atraída, e o contato se abra, ocorrendo então a proteção
do circuito elétrico.
Disjuntor Magnético
• Este efeito é instantâneo garantindo
uma alta precisão;
• A velocidade de interrupção
instantânea é o que possibilita a
proteção contra curto-circuito, que
permite, neste caso, substituir um
fusível;
• Tem um custo elevado;
• Onde usar: Na proteção do sistema
elétrico contra curtos-circuitos
.
Disjuntor Termomagnético
• Conhecido também como
magnetotérmico;
• Trata-se de uma junção do
disjuntor térmico e magnético;
• Este tipo de dispositivo é
muito utilizado em instalações
comerciais e residenciais.
Disjuntor termomagnético
- Principais funções:
• Manobra: Abertura e fechamento voluntário do circuito;
• Proteção contra sobrecarga: atua como disjuntor
térmico;
• Proteção contra curto-circuito: atua como disjuntor
magnético;
• Onde usar: Na proteção do sistema elétrico contra
curto-circuito e sobreaquecimento gerados por
Disjuntor de baixa tensão padrão IEC
1. Manopla - utilizada para fazer o fecho ou a
abertura manual do disjuntor. Também indica o estado do disjuntor (Ligado/Desligado ou
desarmado);
2. Mecanismo atuador - Junta ou separa o sistema da rede elétrica;
3. Contatos - Permitem que a corrente flua quando o disjuntor está ligado e seja interrompida quando desligado;
4. Terminais;
5. Trip bimetálico;
6. Parafuso calibrador - permite que
o fabricante ajuste precisamente a corrente de trip do dispositivo após montagem;
7. Solenoide ou bobina;
Padrão NEMA x DIN
• Padrões para disjuntores de baixa tensão:• NEMA – norte-americanos (preto);
• Normatizado pela RTQ da portaria INMETRO 243; • DIN – Europeu (branco);
• Normatizado pela ABNT NBR NM 60898;
NEMA
• Material de fabricação da caixa: uma resina sintética resistente ao calor e quimicamente estável, a baquelite;
• Capacidade de interrupção de curto circuito: um disjuntor comum de 25 A tipo NEMA
possui uma capacidade de interrupção aproximadamente de 3kA, 66% da
capacidade de um disjuntor do tipo DIN;
• Elemento de extinção: os modelos tipo NEMA possui apenas uma chapa dobrada;
• Características dos contatos: possui apenas material sintetizado.
NEMA
Característica construtiva do
disparo magnético:
• O disparo magnético e o limiar de atuação são pouco sensíveis;
• Disparador magnético vinculado à parte construtiva;
• A destrava do mecanismo depende da grandeza da corrente de curto-circuito;
• Bobina mais simples, as vezes com uma espira.
DIN
• Material de fabricação de caixa: poliéster ou ureia formaldeído;
• Capacidade de interrupção de curto circuito: um disjuntor de 25 A tem a capacidade de
interrupção na ordem de 4,5 KVA;
• Elemento de extinção: câmara de extinção equipada com alertas múltiplas;
• Características de contato: Contatos revestidos de prata, tendo maior resistência térmica e
elétrica;
• Apresentam uma resposta mais rápida e
eficiente em comparação aos disjuntores de padrão norte-americano tipo NEMA.
DIN
Característica construtiva do disparador magnético:
• Possui disparo independente;
• O seu limiar ocorre com um múltiplo de corrente nominal, de modo que, independentemente do valor da corrente ele vai possuir sempre dois tipos de atuação:
um contra curto circuito (bobina)
outro contra sobrecarga (bimetal), atuando independente um do outro;
• Possui resposta de atuação mais rápida em comparação ao NEMA.
Categorias de Disjuntores
• O dimensionamento do disjuntor é uma questão de
SEGURANÇA;
• Deve-se observar para cada tipo de carga:
1. faixa de corrente de ruptura
2. tempo de ruptura
• Existente uma categoria adequada de disjuntor a ser
usado;
• Estas ditam a curva de ruptura específica de cada
uma.
Categorias de Disjuntores
• Quando se tem um equipamento sensível a picos de corrente é preciso que o disjuntor tenha um tempo de resposta de ruptura muito rápida;
• Nesse caso, a curva de corrente usada pertence a uma categoria; • Em outros casos como na partida de motores, o tempo necessário
para a partida do mesmo é relativamente grande, por isso a resposta de ruptura deve ser mais lenta;
• Assim, é necessário outro tipo de curva de corrente;
• As curvas de ruptura determinam o período de tempo e a faixa dos limites de corrente que o dispositivo suporta;
Curva Característica
• A curva mostra a atuação em uma faixa;
• O fabricante garante que o desarme do disjuntor deve ocorrer dentro
deste intervalo;
• Para grandes correntes a atuação é mais rápida;
• Correntes pouco acima da nominal as vezes nem disparam o
dispositivo;
• Veja que para correntes menores que a nominal ele não atua! A curva começa em “1” no eixo das
Zonas de atuação no dispositivo
• Indica se a atuação será magnética ou térmica;
• In é a corrente estipulada da proteção.
• A atuação do disjuntor depende da temperatura em que se encontra; • A parte inferior das curvas são as
curvas a quente e a superior são as curvas a frio;
• O disjuntor tem tempos de abertura diferentes com o tempo de utilização em carga, pois todos os metais
percorridos por correntes a uma temperatura normal de utilização
sofrem perdas por calor (efeito Joule); • Quanto maior for o tempo de
utilização do produto, maior será a temperatura interna dos materiais.
• Zona 1: Curva lenta, zona de atuação do disjuntor térmico.
Disjuntor atua com o bimetálico, que em caso de uma sobrecarga de
corrente, a placa de metal ativa a abertura do mesmo;
• Zona 2: Nesta zona não é garantida qual a parte do produto, o térmico ou magnético será responsável pela
atuação do disjuntor;
• Zona 3: Curva rápida, zona de
atuação do material magnético. Na presença de correntes múltiplas da corrente nominal, esta é a parte do disjuntor que está na origem da sua atuação instantânea.
Características curva B
• Disparo magnético de 3 a
5 vezes a corrente
nominal do circuito;
• Exemplo: Chuveiro (cargas
resistivas)
• Ex: Se I
N= 10A, curva de
atuação está entre 30 e
50A.
Características curva C
• Disparo magnético de 5 a 10 vezes a corrente nominal do circuito;
• Exemplo: Iluminação (cargas indutivas), ar condicionado,
bombas, sistemas de comando e controle;
• Ex: Se IN = 10A, curva de atuação está entre 50 e 100A.
Características curva D
• Disparo magnético de 10 a 20 vezes a corrente nominal do
circuito (Icc);
• Usado em circuitos industriais; • Exemplo: Grandes Motores
(cargas indutivas) grandes
transformadores, máquinas de solda;
• Ex: Se IN = 10A, curva de atuação está entre 100 e 200A.