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COLECÇÃO ESTATÍSTICAS

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(1)

COLECÇÃOEST

ATÍSTICAS

INQUÉRITO AO IMPACT

E

DAS ACÇÕES DE FORMAÇÃO

PROFISSIONAL NAS EMPRESAS

2005 - 2007

Form. Profissional

21

MINISTÉRIO DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE SOCIAL Gabinete de Estratégia e Planeamento

(2)

INQUÉRITO AO IMPACT

E

DAS ACÇÕES DE FORMAÇÃO

PROFISSIONAL NAS EMPRESAS

2005 - 2007

(3)

© Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP)

Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social (MTSS), 2009

Colecção

Estatísticas – Formação Profissional

Coordenação de GEP

Inquérito ao Impacte das Acções de Formação Profissional nas Empresas 2005- 2007

ISBN: 978-972-704-347-7

ISSN: 0873 - 5352

Coordenação Editorial, de Redacção e de Distribuição:

Centro de Informação e Documentação (CID/GEP)

Praça de Londres, 2, 2.º - 1049-056 Lisboa

Tel.: (+351) 213 114 900

Fax: (+351) 210 115 784

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Página: www.gep.mtss.gov.pt

Reservados todos os direitos para a língua portuguesa,

de acordo com a legislação em vigor, por GEP

Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP)

Rua Castilho, 24, 7.º, 1250-069 Lisboa

Tel.: (+351) 213 114 900

Fax: (+351) 213 114 949

(4)

ÍNDICE

RESUMO

...

7

I. NOTA INTRODUTÓRIA

...

9

II. ANÁLISE DE RESULTADO

...

10

2.1. Aspectos estruturais das empresas ...

10

2.2. Empresas com formação profissional ...

10

2.2.1. Pessoas em cursos de formação profissional...

11

2.2.2. Horas ocupadas em cursos de formação profissional, durante o tempo de

tra-balho remunerado ...

12

2.2.3. Custos em cursos de formação ...

15

2.3. Impacte da formação profissional nas empresas que desenvolveram cursos de

formação no triénio 2005-2007 ...

17

2.4. Alterações ocorridas nas empresas no triénio 2005-2007 – comparação entre as

empresas que não desenvolveram cursos de formação e as que desenvolveram

cursos de formação...

19

III. CONCEITOS E METODOLOGIA

...

22

3.1. Conceitos ...

22

3.2. Metodologia das amostras ...

24

3.2.1. Plano de amostragem ...

24

3.2.1.1. Universo. ...

24

3.2.1.2. Universo de referência ...

24

3.2.1.3. Base de amostragem ...

24

3.2.1.4. Unidades amostrais...

24

3.2.1.5. Unidades de observação ...

25

3.2.2. Desenho da amostra ...

25

3.2.2.1.Método de Amostragem ...

25

3.2.2.2. Constituição dos Estratos ...

25

3.2.2.3. Dimensão da amostra ...

25

3.2.2.4. Repartição da Amostra pelos Estratos ...

25

3.2.2.5. Selecção da Amostra ...

26

3.3. Metodologia das estimativas ...

27

3.3.1. Estimador do Total duma Variável X no estrato H ...

27

3.4. Tratamento de não-respostas ...

27

3.4.1. Não resposta total ...

27

3.4.2. Não resposta parcial ...

27

3.5. Erros de amostragem...

28

3.6. Software ...

28

(5)

V. QUADRO DE APURAMENTOS ...

30

Quadro 1

Empresas no triénio 2005-2007, segundo o escalão de dimensão, por actividade

económica ...

31

Quadro 2

Pessoas a exercer actividade na empresa em 31 de Dezembro de 2005,

segun-do a relação com a empresa e escalão de dimensão, por actividade económica..

32

Quadro 3

Pessoas a exercer actividade na empresa em 31 de Dezembro de 2006,

segun-do a relação com a empresa e escalão de dimensão, por actividade económica..

33

Quadro 4

Pessoas a exercer actividade na empresa em 31 de Dezembro de 2007,

segun-do a relação com a empresa e escalão de dimensão, por actividade económica..

34

Quadro 5

Empresas que realizaram ou promoveram cursos de formação profissional, no

triénio de 2005-2007, para as pessoas a exercer actividade na empresa,

segun-do o escalão de dimensão, por actividade económica...

35

Quadro 6

Empresas que realizaram ou promoveram cursos de formação profissional, no

triénio de 2005-2007, para as pessoas a exercer actividade na empresa,

segun-do o escalão de dimensão, por actividade económica (percentagem) ...

36

Quadro 7

Empresas que realizaram ou promoveram cursos de formação profissional, em

2005, 2006 e 2007, para as pessoas a exercer actividade na empresa, segundo

o escalão de dimensão, por actividade económica...

37

Quadro 8

Empresas que realizaram ou promoveram cursos de formação profissional, em

2005, 2006 e 2007, para as pessoas a exercer actividade na empresa, segundo

o escalão de dimensão, por actividade económica (percentagem) ...

38

Quadro 9

Pessoas a exercer actividade na empresa, que frequentaram cursos de

forma-ção profissional em 2005, 2006 e 2007 segundo o escalão de dimensão, por

actividade económica ...

39

Quadro 10

Pessoas a exercer actividade na empresa, que frequentaram cursos de

forma-ção profissional em 2005, segundo a relaforma-ção com a empresa e escalão de

dimensão, por actividade económica ...

40

Quadro 11

Pessoas a exercer actividade na empresa, que frequentaram cursos de

forma-ção profissional em 2006 segundo a relaforma-ção com a empresa e escalão de

dimensão, por actividade económica ...

41

Quadro 12

Pessoas a exercer actividade na empresa, que frequentaram cursos de

forma-ção profissional em 2007, segundo a relaforma-ção com a empresa e escalão de

dimensão, por actividade económica ...

42

Quadro 13

Taxa de acesso a cursos de formação profissional, em 2005, 2006 e 2007,

segundo o escalão de dimensão, por actividade económica ...

43

Quadro 14

Taxa de acesso a cursos de formação profissional em 2005, segundo a relação

com a empresa e escalão de dimensão, por actividade económica...

44

Quadro 15

Taxa de acesso a cursos de formação profissional em 2006, segundo a relação

com a empresa e escalão de dimensão, por actividade económica...

45

Quadro 16

Taxa de acesso a cursos de formação profissional em 2007, segundo a relação

com a empresa e escalão de dimensão, por actividade económica...

46

Quadro 17

Horas em cursos de formação profissional em 2005, 2006 e 2007, segundo o

escalão de dimensão, por actividade económica...

47

Quadro 18

Duração dos cursos de formação realizados em 2005 (n.º de horas), para o total

de pessoas ao serviço, segundo as áreas de educação e formação, por

activi-dade económica ...

48

Quadro 19

Duração dos cursos de formação realizados em 2006 (n.º de horas), para o total

de pessoas ao serviço, segundo as áreas de educação e formação, por

activi-dade económica ...

49

Quadro 20

Duração dos cursos de formação realizados em 2007 (n.º de horas), para o total

de pessoas ao serviço, segundo as áreas de educação e formação, por

activi-dade económica ...

50

Quadro 21

Distribuição percentual da duração dos cursos de formação profissional

realiza-dos em 2005, para o total de pessoas ao serviço, segundo as áreas de

educa-ção e formaeduca-ção, por actividade económica...

51

(6)

Quadro 22

Distribuição percentual da duração dos cursos de formação profissional

realiza-dos em 2006, para o total de pessoas ao serviço, segundo as áreas de

educa-ção e formaeduca-ção, por actividade económica...

52

Quadro 23

Distribuição percentual da duração dos cursos de formação profissional

realiza-dos em 2007, para o total de pessoas ao serviço, segundo as áreas de

educa-ção e formaeduca-ção, por actividade económica...

53

Quadro 24

Média de horas de formação profissional por participante em 2005, 2006 e 2007,

segundo o escalão de dimensão, por actividade económica ...

54

Quadro 25

Duração dos cursos de formação realizados em 2005, 2006 e 2007 (n.º de

horas), para os trabalhadores incluídos na categoria "Outras situações", por

actividade económica ...

55

Quadro 26

Média de horas de formação por participante, incluídos na categoria "Outras

situações", em 2005, 2006 e 2007 (n.º de horas), por actividade económica ...

56

Quadro 27

Custos com cursos de formação profissional, realizados em 2005, 2006 e 2007,

para as pessoas a exercer actividade na empresa, segundo o escalão de

dimen-são, por actividade económica ...

57

Quadro 28

Custos com cursos de formação profissional realizados em 2005, para as

pes-soas a exercer actividade na empresa, segundo o tipo de custo, por actividade

económica ...

58

Quadro 29

Custos com cursos de formação profissional realizados em 2006, para as

pes-soas a exercer actividade na empresa, segundo o tipo de custo, por actividade

económica ...

59

Quadro 30

Custos com cursos de formação profissional realizados em 2007, para as

pes-soas a exercer actividade na empresa, segundo o tipo de custo, por actividade

económica ...

60

Quadro 31

Média de custos com cursos de formação profissional realizada em 2005, 2006

e 2007, por participante, segundo o escalão de dimensão, por actividade

eco-nómica ...

61

Quadro 32

Empresas que realizaram ou promoveram cursos de formação profissional, no

triénio de 2005-2007, e que indicaram alterações, segundo o escalão de

dimen-são, por actividade económica ...

62

Quadro 33

Empresas que realizaram ou promoveram cursos de formação profissional, no

triénio de 2005-2007, e que indicaram alterações, segundo o escalão de

dimen-são, por actividade económica (percentagem) ...

63

Quadro 34

Empresas que realizaram cursos de formação profissional e que registaram

alte-rações no triénio 2005-2007, segundo a actividade económica (secção), por

grupo de alteração...

64

Quadro 35

Empresas que realizaram cursos de formação profissional e que registaram

alte-rações no triénio 2005-2007, segundo a actividade económica (secção), por

grupo de alteração (percentagem) ...

65

Quadro 36

Empresas que realizaram cursos de formação profissional e que registaram

alte-rações no triénio 2005-2007, segundo a actividade económica (secção), por tipo

de alteração ...

66

Quadro 37

Empresas que realizaram cursos de formação profissional e que registaram

alte-rações no triénio 2005-2007, segundo a actividade económica (secção), por tipo

de alteração (percentagem) ...

67

Quadro 38

Empresas que realizaram cursos de formação profissional e que registaram

rações no triénio 2005-2007, segundo o escalão de dimensão, por tipo de

alte-ração...

68

Quadro 39

Empresas que realizaram cursos de formação profissional e que registaram

rações no triénio 2005-2007, segundo o escalão de dimensão, por tipo de

alte-ração (percentagem) ...

69

Quadro 40

Empresas que realizaram cursos de formação profissional motivados pelas

alte-rações registadas no triénio 2005-2007, segundo a actividade económica

(sec-ção), por tipo de alteração ...

70

Quadro 41

Empresas que realizaram cursos de formação profissional motivados pelas

alte-rações registadas no triénio 2005-2007, segundo a actividade económica

(sec-ção), por tipo de alteração (percentagem) ...

71

(7)

Quadro 42

Empresas que realizaram cursos de formação profissional motivados pelas

alte-rações registadas no triénio 2005-2007, segundo o escalão de dimensão, por

tipo de alteração ...

72

Quadro 43

Empresas que realizaram cursos de formação profissional motivados pelas

alte-rações registadas no triénio 2005-2007, segundo o escalão de dimensão, por

tipo de alteração (percentagem)...

73

Quadro 44

Empresas que registaram alterações no triénio 2005-2007, segundo o grau de

contribuição da formação, por tipo de alteração registada ...

74

Quadro 45

Distribuição percentual do grau de contribuição da formação, por tipo de

altera-ção registada nas empresas que registaram alterações no triénio 2005-2007...

75

Quadro 46

Empresas que não realizaram ou promoveram cursos de formação profissional,

no triénio de 2005-2007, para as pessoas a exercer actividade na empresa,

segundo o escalão de dimensão, por actividade económica ...

76

Quadro 47

Empresas que não realizaram ou promoveram cursos de formação profissional,

no triénio de 2005-2007, para as pessoas a exercer actividade na empresa,

segundo o escalão de dimensão, por actividade económica (percentagem) ...

77

Quadro 48

Empresas que não realizaram ou promoveram cursos de formação profissional,

no triénio de 2005-2007, e que indicaram alterações, segundo o escalão de

dimensão, por actividade económica ...

78

Quadro 49

Empresas que não realizaram ou promoveram cursos de formação profissional,

no triénio de 2005-2007, e que indicaram alterações, segundo o escalão de

dimensão, por actividade económica (percentagem)...

79

Quadro 50

Empresas que não realizaram cursos de formação profissional e que registaram

alterações no triénio 2005-2007, segundo a actividade económica, por grupo de

alteração ...

80

Quadro 51

Empresas que não realizaram cursos de formação profissional e que registaram

alterações no triénio 2005-2007, segundo a actividade económica, por grupo de

alteração (percentagem) ...

81

Quadro 52

Empresas que não realizaram cursos de formação profissional e que registaram

alterações no triénio 2005-2007, segundo a actividade económica (secção), por

tipo de alteração ...

82

Quadro 53

Empresas que não realizaram cursos de formação profissional e que registaram

alterações no triénio 2005-2007, segundo a actividade económica (secção), por

tipo de alteração (percentagem)...

83

Quadro 54

Empresas que não realizaram cursos de formação profissional e que registaram

alterações no triénio 2005-2007, segundo o escalão de dimensão, por tipo de

alteração ...

84

Quadro 55

Empresas que não realizaram cursos de formação profissional e que registaram

alterações no triénio 2005-2007, segundo o escalão de dimensão, por tipo de

alteração (percentagem) ...

85

Quadro 56

Diferenças (em pontos percentuais) entre as empresas que realizaram cursos

de formação profissional e que não realizaram, no triénio 2005-2007, segundo a

actividade económica (secção), por grupo de alteração ...

86

VI. INSTRUMENTOS DE NOTAÇÃO ...

87

(8)

RESUMO

O Inquérito ao Impacte da Formação Profissional nas Empresas (2005-2007) surgiu na

sequência de operações estatísticas idênticas realizadas anteriormente, reportando-se a

última ao período de 2002-2004.

Este Inquérito, realizado em 2009, tem como objectivo a obtenção de indicadores relativos

aos cursos de formação profissional promovidos e/ou facultados, pelas empresas, às

pes-soas que nelas exerciam actividade, no período de referência 2005 a 2007.

Foi utilizada uma amostra de 10 000 empresas, com 10 ou mais pessoas ao serviço,

estrati-ficada por actividade económica (CAE - Rev.3), escalão de dimensão da empresa e NUT II.

Abrangeu todas as actividades económicas, excepto as secções A, O, T e U

1

.

Em termos geográficos, abrangeu o Continente.

A recolha de informação foi efectuada através de questionário electrónico, via Web, tendo a

taxa de resposta atingido os 57,5 %.

Os principais resultados apurados, para o triénio 2005-2007, mostram que:

- 41,3 % das empresas com 10 e mais pessoas ao serviço proporcionaram cursos de

formação profissional

2

às pessoas a trabalhar na empresa.

- Existiu uma evolução positiva na taxa de realização de cursos de formação

profis-sional

3

, que era, em 2005, de 27,1 % nas empresas com 10 ou mais pessoas,

pas-sando para 32,3 % em 2006 e para 37,4 % em 2007.

- As secções de actividade K (Actividades Financeiras e de Seguros), D

(Electricida-de, Gás, Vapor, Água Quente e Fria e Ar Frio

4

) e E (Captação, Tratamento e

Distri-buição de Água; Saneamento, Gestão de Resíduos e Despoluição

5

) apresentaram

as taxas de realização de cursos de mais elevadas (85,2 %, 80,6 % e 72,4 %,

res-pectivamente), enquanto as secções com menor percentagem de empresas a

pro-mover ou realizar cursos de formação profissional foram a F (Construção) e a C

(Indústrias Transformadoras), com 29,7 % e 34,7 %.

- Por escalão de dimensão das empresas, a formação profissional era mais

frequen-te nas empresas de maior dimensão, registando as empresas com 10 a 49 pessoas

ao serviço uma taxa de realização de cursos de formação de 35,9 % e as com 250

ou mais pessoas uma taxa de 89,5 %.

- Os cursos efectuados abrangeram um número crescente de trabalhadores ao

lon-go do triénio, passando a taxa de acesso

6

a cursos de formação de 29,6 % em

2005, para 33,3

% em 2006 e, finalmente, para 37,3 % em 2007.

- A duração média dos cursos de formação profissional foi 26,1 horas por

participan-te em 2005, 29,4 horas em 2006 e 28,9 horas em 2007.

1

Ver a propósito, ponto 2. Metodologia das Amostras, no capítulo III – Conceitos e Metodologia.

2 Consideraram-se exclusivamente os cursos de formação profissional que decorreram durante o tempo de trabalho remunerado.

3 N.º de empresas com cursos de formação profissional/N.º de empresas com 10 e pessoas ao serviço.

4 A secção D será referida ao longo do texto como Electricidade e Gás para facilitar a leitura.

5 A secção E será referida ao longo do texto como Captação e Distribuição de Água para facilitar a leitura.

(9)

- A área de formação que apresentou o número de horas de formação mais elevado

foi a do Desenvolvimento Pessoal e Enquadramento na Organização/Empresa

7

(com mais de 20 % do total de horas em cursos de formação), sendo esta área de

formação a predominante nos três anos em análise, embora as áreas de Comércio,

Marketing e Publicidade tenham tido um crescimento positivo ao longo do triénio

(passando de 7,9 % em 2005 para 10,9 % em 2006 e 13,2 % em 2007). Pelo

con-trário, as áreas de Engenharia, Indústrias Transformadoras e Construção,

observa-ram uma tendência decrescente, passando de 12,2 % em 2005 para 11,4 % em

2006

e

10,5 % em 2007. Os cursos na área de Serviços e também os de Línguas

regista-ram, em termos relativos, uma expressão reduzida (abaixo de 5,3 % do total de

horas de formação).

- O custo médio por pessoa em cursos de formação profissional registou uma

dimi-nuição ao longo do triénio, passando de 489,9 euros em 2005, para 482,7 euros

em 2006 e 445,5 euros em 2007. Assim, de 2005 para 2007, o decréscimo

regista-do correspondeu a 9,1 %.

- As empresas que não efectuaram cursos de formação profissional indicaram

menos alterações, que as que os fizeram.

- As empresas que

realizaram cursos de formação profissional no triénio, referiram

como principais alterações na empresa, durante este período: maior adaptação dos

trabalhadores às exigências do posto de trabalho (indicado por 81,4 % das

empre-sas), maior qualidade dos bens e serviços produzidos (79,7 %), aumento da

satis-fação dos clientes (79,5 %), estando estas relacionadas com a realização de

cur-sos de formação profissional, dado que a maioria das respostas indicou que a

for-mação realizada contribuiu Muito ou em Parte para estas alterações.

- As diferenças mais significativas entre as respostas das empresas que realizaram

cursos de formação profissional e as que não realizaram foram nos itens

modifica-ção dos processos de trabalho, em que 62,8 % das empresas que efectuaram

cur-sos tiveram este tipo de alteração, contra 29 % das que o não fizeram e introdução

de modelos de gestão de qualidade (normalização, certificação, etc.), que

apresen-tou uma diferença de mais 25,2 p.p. nas empresas que realizaram cursos de

for-mação.

- Os desvios menos significativos, isto é, que traduziram diferenças inferiores a 3,5

p.p. foram: aumento da mobilidade externa dos trabalhadores (saída dos

trabalha-dores para outras empresas), aumento das exportações, crescimento das

remune-rações acima da inflação verificada e alteração do vínculo contratual (ex. alteração

de um vínculo precário para outro mais estável).

7

(10)

I. NOTA INTRODUTÓRIA

A estratégia da Aprendizagem ao Longo da Vida tem como temas centrais a educação e a

formação profissional. Ambas constituem factores essenciais ao desenvolvimento do capital

humano, da empregabilidade, da competitividade e do crescimento económico. Sendo as

empresas um dos principais instrumentos da sua sustentação, importa conhecer o seu

envolvimento na formação profissional e o valor que lhe atribuem.

Neste sentido, procurou-se conhecer a percepção dos empregadores face a eventuais

reflexos da formação profissional, promovida pela empresa para o seu pessoal ao serviço, a

níveis tais como: tecnologia e organização, produtividade, qualidade e competitividade,

organização do trabalho e empregabilidade e condições de trabalho. Igualmente,

procurou--se, ainda, obter alguns dados relativos aos cursos de formação realizados nos anos em

causa (número de trabalhadores abrangidos, duração da formação, áreas de formação

ministradas e montantes financeiros dispendidos).

Esta operação estatística tem uma periodicidade trienal. O primeiro Inquérito ao Impacte da

Formação Profissional nas Empresas foi realizado relativamente ao período de 1986-1990,

por entrevista directa. A mesma modalidade de inquirição foi aplicada às duas operações

estatísticas subsequentes, cujos dados se referem aos períodos de 1991-1993 e de

1994-1996. Os inquéritos seguintes, referentes a 1998-2000 e 2002-2004, foram realizados

por via postal. O presente inquérito consistiu num questionário electrónico e foi lançado via

Web.

Refira-se que ao longo do tempo, o Inquérito ao Impacte da Formação Profissional nas

Empresas, sofreu alterações várias, não somente em termos de método de inquirição, como

também do seu conteúdo, pelo que os dados não são comparáveis.

A informação recolhida incidiu sobre dados estruturais relativos à empresa, nomeadamente

número de pessoas ao serviço, características da formação desenvolvida (número de

parti-cipantes, duração, áreas de formação ministradas e custos envolvidos). Estes indicadores

foram cruzados com as variáveis sector de actividade económica e escalão de dimensão

das empresas.

A informação relativa a cursos de formação profissional apenas contempla os que decorrem

durante o tempo de trabalho remunerado, estando por isso excluídos os desenvolvidos em

horário pós-laboral.

O inquérito foi efectuado via Web, após um contacto postal, com as empresas, dando conta

da sua realização e do modo de acesso ao mesmo. O processo de inquirição decorreu em

parceria com o Instituto de Informática da Segurança Social, tendo sido essa entidade a

responsável, quer pela criação da aplicação informática que permitiu a resposta das

empre-sas, quer pela gestão do processo de resposta via Web.

(11)

II. ANÁLISE DE RESULTADOS

2.1. Aspectos estruturais das empresas

Os dados apresentados representam uma população de 48,1 milhares de empresas, na

qual 84,8 % correspondiam a empresas com 10 a 49 trabalhadores, 13,3 % tinham entre 50

a 249 pessoas e 1,9 % eram empresas com 250 ou mais pessoas ao serviço. (Quadro 1,

em anexo)

Estas empresas abrangiam em 31 de Dezembro de 2007, 2247,5 milhares de

trabalhado-res, dos quais 94,7 % eram pessoal ao serviço

8

e as restantes enquadravam-se em outras

situações (trabalhadores em regime de prestação de serviços e trabalhadores colocados por

empresas de trabalho temporário) (Quadro 4, em anexo). Estes últimos apresentavam um

peso maior nas empresas com 50 a 249 pessoas ao serviço (7,8

%) e mais reduzido nas

empresas com 250 e mais pessoas (3,6 %).

As secções C (Indústrias Transformadoras) e G (Comércio por grosso e a retalho;

repara-ção de veículos automóveis e motociclos) eram as que concentravam mais trabalhadores,

27,9 % e 16,3 %, respectivamente.

2.2. Empresas com formação profissional

Das empresas com 10 ou mais pessoas ao serviço, 19,9 milhares promoveram ou

desen-volveram cursos de formação profissional, pelo menos uma vez no decurso do triénio

2005-2007, correspondendo a 41,3 % do total. (Quadro 6, em anexo)

Na análise da formação profissional por sector de actividade, foram as empresas das

sec-ções K (Actividades Financeiras e de Seguros) e D (Electricidade e Gás) que apresentaram

a maior incidência de formação, com taxas de realização de 85,2 % e 80,6 %,

respectiva-mente, e também a E (Captação e Distribuição de Água) com 72,4 %. Em contrapartida, as

secções de actividade que apresentaram a incidência mais baixa de realização de cursos

de formação profissional foram a F (Construção) e a C (Indústrias Transformadoras), com

29,7 % e 34,7 %, respectivamente.

Verificou-se, ainda, que a percentagem de empresas com formação profissional foi

direc-tamente proporcional ao número de pessoas ao serviço, isto é, quanto maior a dimensão

da empresa, mais elevada a percentagem de empresas com formação, registando as

empresas com 250 ou mais pessoas uma taxa de realização de cursos de formação de

89,5 % e as de 10 a 49 pessoas ao serviço uma taxa de 35,9 %.

8

(12)

Ao longo do triénio, a taxa de execução de cursos de formação profissional evidenciou um

aumento constante (Quadro 8, em anexo). Em 2005, as empresas com cursos

representa-vam 27,1 %, passando para 32,3 % em 2006, traduzindo um aumento de 5,2 p.p. Em 2007,

a percentagem de empresas com cursos de formação profissional subiu para

37,4 % (mais 5,1 p.p., relativamente a 2006).

2.2.1. Pessoas em cursos de formação profissional

Os cursos realizados envolveram 588,7 milhares de pessoas em 2005, 700,9 milhares em

2006 e 837,2 milhares em 2007 (Quadro 9, em anexo). Estes representavam, em 2005,

29,6 % do total de trabalhadores nas empresas com 10 ou mais pessoas ao serviço, 33,3 %

em 2006 e 37,3 % em 2007. (Quadro 13, em anexo)

Essa taxa de acesso subiu ao longo do triénio e em todos os escalões de dimensão,

varian-do ainda positivamente de acorvarian-do com a dimensão da empresa. Assim, nas empresas com

10 a 49 pessoas ao serviço, a taxa de acesso a cursos representava 15,3 %, em 2005,

17,5 % em 2006 e 20,4 % em 2007, enquanto que nas empresas com 250 e mais pessoas

ao serviço, era possível observar mais que o dobro destes valores, apresentando taxas de

acesso de 45,3% em 2005, 51,1 % em 2006 e 55,2 % em 2007.

Por actividade económica, mais uma vez se destacam as secções D (Electricidade e Gás) -

cujas taxas de acesso a cursos de formação registaram valores na ordem dos 67,4 %,

90,4 % e 90,8 % em 2005, 2006 e 2007, respectivamente - K (Actividades Financeiras e de

Seguros) com 60,2 % em 2005, 70 % em 2006 e 73,8 % em 2007 e E (Captação e

Distri-buição de Água) com 47,5 % em 2005 e 56,2 % em 2006 e 2007. (Quadro 13, em anexo)

(13)

Em contrapartida,

as secções que apresentaram as mais baixas taxas de acesso a cursos

de formação profissional foram a R (Actividades artísticas, de espectáculos, desportivas e

recreativas) com 14,8 %, 15,4 % e 19,8 % em 2005, 2006 e 2007, respectivamente, a Q

(Actividades de saúde humana e apoio social) com 15,7 % em 2005, 17,8 % em 2006 e

20,8 % em 2007 e a P (Educação), com 17,9 %, 18,6 % e 20,8 %, nos anos em análise.

No acesso a cursos de formação observaram-se algumas diferenças, consoante a relação

estabelecida com a empresa, considerando-se aqui as situações de pessoal ao serviço e

outras situações (tais como prestação de serviços e trabalhadores colocados por empresas

de trabalho temporário) (Quadros 14, 15 e 16, em anexo). Assim, a taxa de acesso dos

tra-balhadores considerados pessoal ao serviço foi superior à dos tratra-balhadores em outras

situações, acentuando-se esta diferença ao longo do triénio: em 2005 divergia em 6,8 p.p.,

em 2006 a diferença era de 7,5 p.p., passando para 10,7 p.p. em 2007.

2.2.2. Horas ocupadas em cursos de formação profissional, durante o tempo de

tra-balho remunerado

O volume total de horas de formação

9

promovido pelas empresas foi de 16 516,6 milhares

em 2005, 20 595,7 milhares em 2006 e 24 202,2 milhares em 2007. Tal correspondeu a um

aumento de 24,7 % de 2005 para 2006 e de 17,5 % de 2006 para 2007. (Quadro 17, em

anexo)

9

(14)

A média de horas em cursos de formação por participante foi de 28,1 horas em 2005, 29,4

horas em 2006 e 28,9 horas em 2007 (Quadro 24, em anexo). As empresas com maior

dimensão registaram uma média de horas de formação superior à das empresas com

menos pessoas ao serviço. Assim, nas empresas com 10 a 49 pessoas, a média por

parti-cipante foi 26,7 horas em 2005, 21,6 horas em 2006 e 20,9 horas em 2007, enquanto que

nas empresas com 250 ou mais pessoas ao serviço registaram-se médias de 32,5 horas,

35,5 horas e 33,7 horas, nos anos mencionados.

Por actividade económica, os valores mais elevados, por pessoa em formação, em 2005

foram observados nas secções S (Outras actividades de serviços) e K (Actividades

financei-ras e de seguros), tendo sido registadas médias de 79,8 hofinancei-ras e 39,4 hofinancei-ras,

respectivamen-te. Em 2006, a secção G (Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos

automó-veis e motociclos) registou 40,5 horas por participante, seguindo-se a secção K (Actividades

financeiras e de seguros) com uma média de 39,6 horas. Finalmente, em 2007

destacaram--se as secções G (Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e

motociclos), J (Actividades de informação e de comunicação) e K (Actividades financeiras e

de seguros), com médias de 37,7, 37,6 e 36,6 horas, respectivamente.

Por área de formação

,

predominaram, nos três anos em análise, os cursos no âmbito do

Desenvolvimento Pessoal e Enquadramento na Organização/Empresa (com mais de 20 %

do total de horas dispendidas em cursos de formação) e outros cursos enquadráveis em

Outras Áreas de Formação. (Quadros 21, 22 e 23, em anexo)

No Gráfico 3, é possível observar a distribuição percentual das horas dispendidas em

for-mação, correspondentes a cada uma das áreas de forfor-mação, em cada ano. Assim, além do

predomínio dos cursos no âmbito das áreas mencionadas no parágrafo anterior, há que

referir também, que as áreas de Comércio, Marketing e Publicidade tiveram um crescimento

ao longo do triénio (passando de 7,9 % do total de horas de cursos de formação em 2005,

para 10,9 % em 2006 e 13,2 % em 2007). Em oposição, as áreas de Engenharia, Indústrias

Transformadoras e Construção, observaram uma tendência decrescente, passando de

12,2 % em 2005 para 11,4 % em 2006 e 10,5 % em 2007.

Por seu turno, os cursos na área de Serviços e também os de Línguas registaram, em

ter-mos relativos, uma expressão reduzida (abaixo de 5,3 % do total de horas de formação).

(15)

Gráfico 3 - Distribuição percentual das áreas de formação, no triénio

5,1 7,9 8,1 21,3 7,2 12,2 10,5 5,2 22,4 4,7 10,9 8,4 22,9 6,2 11,4 9,3 4,9 21,3 4,7 13,2 7,8 20,3 7,4 10,5 9,7 4,1 22,1 Linguas Estrangeiras e Lingua Materna Comércio, Marketing e Publicidade Contabilidade Finanças, Banca, Seguros e Trab. Adm. Desenvolv. Pessoal Enquadram. Organização Informática Engenharia, Ind. Transf., Construção Protecção Ambiente, Segurança Hig. Trabalho

Serviços Outras Áreas de Formação

2005 2006 2007

Apresentam-se seguidamente, por actividade económica, as áreas com maior peso na

dis-tribuição percentual de horas, em cada ano:

-

Indústrias Extractivas: Protecção do Ambiente, Higiene e Segurança no Trabalho

(34 %, 32,7 % e 36,3 %, em 2005, 2006 e 2007, respectivamente).

-

Indústrias Transformadoras: Engenharia, Indústrias Transformadoras e Construção

(28,8 %, 29,6 % e 26,1 %).

-

Electricidade e Gás: Protecção do Ambiente, Higiene e Segurança no Trabalho (com

25,1 % em 2005), Engenharia, Indústrias Transformadoras e Construção (27,2 % em

2006) e Desenvolvimento Pessoal e Enquadramento na Organização/Empresa

(22,7 % em 2007).

-

Captação e Distribuição de Água: Protecção do Ambiente, Higiene e Segurança no

Trabalho (com 21,3 %, 19,1 %, 27,7 %, em 2005, 2006 e 2007) e Outras áreas de

formação (27,7 %, 25,4 %, em 2005 e 2006).

-

Construção: Protecção do Ambiente, Higiene e Segurança no Trabalho (33,5 %,

32,8 % e 33,2 %).

-

Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos:

Desenvolvimento Pessoal e Enquadramento na Organização/Empresa (32,1 %,

27,4 %, em 2005 e 2006) e Outras áreas de formação (34 % em 2007).

-

Transportes e Armazenagem: Serviços (36,2 %, 26,1 % e 22,5 %).

-

Alojamento e Restauração e similares: Outras áreas de formação (38,5 % em 2005)

Desenvolvimento Pessoal e Enquadramento na Organização/Empresa (39,5 % em

2006) e Serviços (28,6 % em 2007).

(16)

-

Actividades de informação e de comunicação: Informática (26,4 % em 2005 e 24,5 em

2007), Desenvolvimento Pessoal e Enquadramento na Organização/Empresa (28,2 %

em 2006).

-

Actividades Financeiras e de Seguros: Contabilidade, Finanças, Banca, Seguros e

Trabalho Administrativo (39,7 %, 46,3 % e 45 %).

-

Actividades Imobiliárias: Outras áreas de formação (34 %, 27,9 % e 26 %).

-

Actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares: Contabilidade, Finanças,

Banca, Seguros e Trabalho Administrativo (25,1

% em 2005 e 22,8 % em 2007),

Outras áreas de formação (25,2 % em 2006).

-

Actividades administrativas e dos serviços de apoio: Desenvolvimento Pessoal e

Enquadramento na Organização/Empresa (34 %, 31,3 % em 2005 e 2006) e

Comér-cio, Marketing e Publicidade (37,8 % em 2007).

-

Educação: Outras áreas de formação (34,7 %, 27,8 % e 27,6 %).

-

Actividades de saúde humana e apoio social: Outras áreas de formação (40,2 %, em

2005 e 43,6 % em 2007), Desenvolvimento Pessoal e Enquadramento na

Organiza-ção/Empresa (38,6 %, em 2006).

-

Actividades artísticas, de espectáculos, desportivas e recreativas: Desenvolvimento

Pessoal e Enquadramento na Organização/Empresa (28,3 % e 77,9 % em 2005 e

2006) e Outras áreas de formação (30,9 %, em 2007).

-

Outras actividades de serviços: Línguas (44,7 % e 38,7 % em 2005 e 2006), Outras

áreas de formação (29,7 %, em 2007).

2.2.3. Custos com cursos de formação

O custo dos cursos de formação é composto pelo montante de participação da empresa e

pelos financiamentos externos, caso existam. Estes dividem-se em subsídios provenientes

do Fundo Social Europeu (FSE) e outros subsídios não especificados. (Quadros 28, 29 e

30, em anexo)

Os custos totais dos cursos de formação profissional ascenderam a 293 676,5 milhares de

euros em 2005, 338 320,6 milhares em 2006 e 372 963,8 milhares em 2007 (Quadro 27, em

anexo). Tal correspondeu a um crescimento de 15,2 % entre 2005 e 2006 e deste ano para

2007, a um crescimento de 10,2 %.

Em 2005, a participação das empresas no custo dos cursos de formação profissional,

cor-respondeu a 84,9 % do custo total. Em 2006, observou-se uma descida de 3,4 p.p., dado

que o montante de participação das empresas foi de 81,5 %. Em 2007 existiu uma subida

na taxa de participação das empresas nos custos com a formação, que passou para

86,7 %.

(17)

Por actividade, as percentagens mais altas de participação no custo total da formação

regis-taram-se nas secções D (Electricidade, Gás, Vapor, Água Quente e Fria e Ar Frio), com

99,7 % em 2005 e 100 % em 2006 e 2007 e K (Actividades Financeiras e de seguros ), com

99,3 %, 99,7 % e 100 %, em 2005, 2006 e 2007. As mais baixas observaram-se na secção

Q [Actividades de saúde humana e apoio social, registando 14,5 % e 18,4 % em 2005 e

2006 e na C (Indústrias Transformadoras), com 70,2 % em 2007].

A média de custo por participante em cursos de formação, situou-se em 498,9 euros em

2005, 482,7 euros em 2006 e 445,5 euros em 2007 (Quadro 31, em anexo). Assim, o custo

médio por pessoa que frequentou cursos de formação profissional registou uma diminuição

ao longo do triénio, o que correspondeu a um decréscimo de 3,2 % de 2005 para 2006 e de

7,7 % deste ano relativamente a 2007.

Como se pode observar no Gráfico 4, a descida dos custos de formação não correspondeu

sempre a idêntico comportamento das horas ocupadas em cursos de formação, excepto no

último ano do triénio.

Gráfico 4 - Duração e custo médios, por pessoa, no triénio

498,9 482,7 445,5 28,1 29,4 28,9 440,0 450,0 460,0 470,0 480,0 490,0 500,0 510,0 2005 2006 2007 28,0 28,2 28,4 28,6 28,8 29,0 29,2 29,4 29,6 Custo Horas

Por escalão de dimensão, verificou-se que, nos três anos em análise, o custo médio foi

mais elevado nas empresas que tinham 250 ou mais pessoas ao serviço. (Quadro 31, em

anexo)

Por actividade económica, em 2005 e 2007 a secção M (Actividades de consultoria,

científi-cas, técnicas e similares) e em 2006, a secção Q (Actividades de saúde humana e apoio

social) apresentaram os valores mais elevados (acima dos 960 euros por pessoa em cursos

de formação). Os valores mais baixos verificaram-se na secção P (Educação), 142,2 euros

em 2005 e S (Outras actividades de serviços) que registou 195,7 euros em 2006 e 112,6

euros em 2007.

(18)

2.3. Impacte da formação profissional nas empresas que desenvolveram cursos de

formação no triénio 2005-2007

Do total de empresas que

realizaram cursos de formação profissional no triénio, 96,5 %

indi-caram ter registado alterações na empresa durante o período em análise (Quadro 33, em

anexo). Estas alterações abrangeram diversos aspectos, os quais foram agrupados em

níveis mais gerais, tais como Tecnologia e Organização, Produtividade, Qualidade e

Com-petitividade, Organização do Trabalho e Empregabilidade e Condições de Trabalho.

Destes níveis, o mais referido foi a Empregabilidade e Condições de Trabalho (92,5 %),

seguindo-se Produtividade, Qualidade e Competitividade (89,5 %), Organização do Trabalho

(76,2 %) e Tecnologia e Organização (72,7 %) (Quadro 35, em anexo).

No total de alterações elencadas, as mais referidas foram: maior adaptação dos

trabalhado-res às exigências do posto de trabalho (indicado por 81,4 % das emptrabalhado-resas que efectuaram

cursos de formação profissional), maior qualidade dos bens e serviços produzidos (79,7 %),

aumento da satisfação dos clientes (79,5 %), aumento do grau de satisfação no trabalho

(76,7 % das empresas) e melhoria das condições de saúde, higiene e segurança no

traba-lho (75,2 %) (Quadro 37, em anexo). Em contrapartida, as alterações menos assinaladas

foram aumento da mobilidade externa dos trabalhadores (saída dos trabalhadores para

outras empresas), indicado por 11,8 % das empresas com cursos de formação, aumento

das exportações (13 %), maior rotatividade (17,3 %) e alteração do vínculo contratual (ex.

alteração de um vínculo precário para outro mais estável) (23,9 %).

Apresentam-se, seguidamente, as alterações mais evidenciadas e as secções de actividade

onde foram mais preponderantes:

-

Melhoria nas condições de saúde, higiene e segurança no trabalho: Captação e

Dis-tribuição de Água (91,1 %), Construção (85,5 %), Electricidade e Gás (84,3 %),

Indús-trias Extractivas (83,7 %), Alojamento e Restauração (83,5 %) e IndúsIndús-trias

Transforma-doras (83 %).

-

Maior adaptação dos trabalhadores às exigências dos postos de trabalho:

Electrici-dade e Gás (95 %), ActiviElectrici-dades Imobiliárias (90,2 %), ActiviElectrici-dades de informação e de

comunicação (90,2 %), Actividades Financeiras e de seguros (87,3 %), Indústrias

Transformadoras (84,6 %), Captação e Distribuição de Água (84,3 %), Actividades

administrativas e dos serviços de apoio (82,9 %) e Educação (82,4 %).

-

Aumento do grau de satisfação no trabalho: Electricidade e Gás (90,4 %),

Activida-des de consultoria, científicas, técnicas e similares (88,1 %), Outras actividaActivida-des de

ser-viços (84,3 %), Captação e Distribuição de Água (83,8 %) e Actividades de informação

e de comunicação (83,5 %).

(19)

-

Aumento da satisfação dos clientes: Actividades de informação e de comunicação

(90,3 %), Actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares (88,2 %),

Activida-des de saúde humana e a apoio social (85,9 %), Outras actividaActivida-des de serviços

(83,8 %), Actividades administrativas e dos serviços de apoio (82,7 %) e Actividades

Financeiras e de seguros (82,1 %).

-

Melhoria da competitividade da empresa: Actividades de informação e de

comunica-ção (88,9 %), Actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares (88,9 %) e

Actividades Financeiras e de seguros (83,3 %).

-

Maior qualidade dos bens e serviços produzidos: Actividades de consultoria,

científi-cas, técnicas e similares (88,2 %), Actividades de saúde humana e a apoio social

(88,1 %), Actividades de informação e de comunicação (87,3 %), Outras actividades de

serviços (84,9 %) e Educação (83,4 %).

Por escalão de dimensão, observou-se que as empresas de maior dimensão indicaram mais

alterações que as de menor dimensão (Quadro 39, em anexo). Não obstante, o tipo de

alte-ração indicada não apresentou variações assinaláveis, com o escalão de dimensão da

empresa.

A realização de cursos de formação foi motivada pelas alterações verificadas nas empresas,

destacando-se, com maior peso na realização dos cursos, a introdução de modelos de

ges-tão da qualidade (normalização, certificação, etc.), indicado por 84,4 % dessas empresas, a

modificação de processos de trabalho (81,8 %), a introdução de novos produtos/serviços e

a introdução de novas tecnologias na actividade produtiva (de bens e serviços), ambas com

81,4 %. (Quadro 41, em anexo)

Relativamente à contribuição dos cursos de formação para as alterações produzidas, é

pos-sível observar que existia uma relação positiva entre ambas as situações, dado que a

maio-ria das empresas considerou que a formação realizada contribuiu Muito ou em Parte (mais

de 50 %) em detrimento das que indicaram Pouco ou Nada (Quadro 45, em anexo). De

des-tacar na avaliação “contribuiu muito”, a introdução de modelos de gestão da qualidade

(normalização, certificação, etc.), com 36,5 % e a melhoria das condições de saúde, higiene

e segurança no trabalho (34,7 %).

(20)

2.4. Alterações ocorridas nas empresas no triénio 2005-2007 – comparação entre as

empresas que não desenvolveram cursos de formação e as que desenvolveram

cursos de formação

Do total de empresas com 10 ou mais pessoas ao serviço, 28,3 milhares (58,7 %) não

desenvolveram, entre 2005 e 2007 cursos de formação profissional. (Quadro 47, em anexo)

A não realização de cursos de formação foi mais comum nas empresas de menor

dimen-são. Assim, 64,1 % das empresas com 10 a 49 pessoas ao serviço não efectuaram cursos

de formação, contra 10,5 % no escalão de empresas com 250 ou mais trabalhadores.

Em actividades como a secção C (Indústrias Transformadoras), a secção R (Actividades

artísticas, de espectáculos, desportivas e recreativas) e a secção B (Indústrias Extractivas),

mais de 60 % das empresas não realizaram cursos de formação profissional.

No Gráfico 5, é possível comparar as alterações indicadas, quer pelas empresas que

reali-zaram cursos de formação profissional, quer pelas empresas que não o fizeram no triénio

em análise.

Observa-se que as empresas que realizaram cursos de formação indicaram mais alterações

do que as que não efectuaram. As maiores diferenças surgiram no grupo de itens relativos

a Organização do Trabalho (31,3 p.p.) e a Tecnologia e Organização (27,2 p.p.).

Por actividade económica, e analisando cada um dos grupos de alterações, o grupo

referen-te a Tecnologia e Organização obreferen-teve as diferenças mais acentuadas nas secções L

(Acti-45,5 72,7 72,0 89,5 44,9 76,2 76,9 92,5 Tecnologia e Organização Produtividade, Qualidade e Competitividade Organização do Trabalho Empregabilidade e Condições de Trabalho

Gráfico 5 - Percentagem de empresas com e sem cursos de formação, segundo o tipo de alteração (2005-2007)

Sem Cursos Com Cursos

(21)

vidades imobiliárias) e N (Actividades administrativas e dos serviços de apoio), ambas

aci-ma dos 40 p.p. de diferença, entre as empresas com cursos e as empresas sem cursos de

formação no triénio (Quadro 56, em anexo). A diferença menos acentuada registou-se na

secção B (Indústrias Extractivas),apresentando uma diferença de 10,5 p.p. Quanto ao grupo

referente a Produtividade, qualidade e competitividade, a maior diferença surgiu na secção

M (Actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares) 26,6 p.p. e a menos

relevan-te 10,8 p.p., na secção B (Indústrias Extractivas). Relativamenrelevan-te ao grupo Organização do

Trabalho, a secção F (Construção) evidenciou uma diferença de 34,2 p.p. entre os dois

tipos de empresa, tendo em contrapartida a secção K (Actividades financeiras e de seguros)

apresentado a diferença mais ténue (9 p.p.). Finalmente, o grupo relativo a Empregabilidade

e Condições de trabalho, apresentou a maior diferença na secção K (Actividades financeiras

e de seguros) (25,2 p.p.) e a menor (9,4 p.p.), na B( Indústrias Extractivas).

No quadro seguinte observa-se, com mais detalhe, as alterações indicadas pelas empresas.

Quadro 1 – Percentagem de empresas que indicaram alterações no triénio 2005-2007, segundo a realiza-ção de cursos de formarealiza-ção profissional e diferença (em pontos percentuais), por tipo de alterarealiza-ção

Continente p.p. que realizaram cursos que não realizaram cursos Tecnologia e Organização

Introdução de novas tecnologias na organização da empresa 49,2 27,8 21,5

Introdução de novas tecnologias na actividade produtiva (de bens e serviços) 46,0 25,2 20,8

Alterações na estrutura organizacional da empresa 35,0 19,6 15,4

Inovação nos produtos/serviços (desenvolvimento de produtos/serviços existentes ou introdução de novos produtos/serviços)

51,6 30,7 20,9

Produtividade, Qualidade e Competitividade

Aumento da capacidade produtiva 52,7 41,1 11,6

Crescimento da produtividade na empresa 56,3 40,5 15,8

Maior qualidade dos bens/serviços produzidos 79,7 60,3 19,3

Melhoria da competitividade da empresa 71,1 56,0 15,1

Aumento da satisfação dos clientes 79,5 67,8 11,7

Crescimento das vendas de produtos/serviços 53,9 47,3 6,6

Aumento das exportações 14,0 11,5 2,4

Melhoria dos resultados líquidos 48,0 41,5 6,5

Organização do Trabalho

Modificação dos processos de trabalho 62,8 29,0 33,8

Introdução de práticas de rotatividade de funções/actividades 31,6 19,8 11,8

Introdução de práticas de polivalência de funções 47,0 30,4 16,6

Introdução de modelos de gestão de qualidade (normalização, certificação, etc.) 42,2 17,0 25,2

Empregabilidade e Condições de Trabalho

Alteração do vínculo contratual (ex. alteração de um vínculo precário para outro mais estável)

23,9 20,7 3,3

Maior fixação do pessoal ao serviço 40,2 40,7 -0,5

Maior rotatividade 17,3 12,1 5,2

Aumento da mobilidade interna dos trabalhadores (mudança de carreira ou funções) 24,0 13,8 10,2

Aumento da mobilidade externa dos trabalhadores (saída dos trabalhadores para outras empresas)

11,8 9,6 2,1

Melhoria nas condições de saúde, higiene e segurança no trabalho 75,2 70,1 5,1

Maior adaptação dos trabalhadores às exigências dos postos de trabalho 81,4 60,3 21,2

Aumento do grau de satisfação no trabalho 76,7 62,6 14,1

Crescimento das remunerações acima da inflacção verificada 34,1 30,9 3,1

* As percentagens apresentadas foram calculadas relativamente ao total de empresas com e sem cursos de formação profissional no triénio, respectivamente.

Alterações registadas pelas empresas: Diferença (em p.p.) Percentagem

(22)

Assim, confirma-se que a percentagem de empresas que efectuaram cursos de formação

profissional no triénio de 2005-2007 e que indicaram ter tido alterações supera, em todos os

itens analisados, a percentagem de empresas que indicaram ter sofrido alterações mas que

não realizaram cursos de formação. A única excepção, registou-se no item maior fixação do

pessoal ao serviço, que apresentou um valor ligeiramente inferior nas empresas que

efec-tuaram cursos de formação. As diferenças mais significativas entre as respostas de ambos

os tipos de empresas foram nos itens modificação dos processos de trabalho, em que

62,8 % da empresas que efectuaram cursos tiveram este tipo de alteração, contra 29 % das

que o não fizeram, a introdução de modelos de gestão de qualidade (normalização,

certifi-cação, etc.), que foi indicado por

42,2 % das empresas com cursos e por 17,0 % das

empresas que os não tiveram. Também a introdução de novas tecnologias na organização

da empresa foi referida por 49,2 % das empresas com cursos e por 27,8 % das que os não

realizaram.

Por outro lado, onde se registaram diferenças menos significativas foi no aumento da

mobi-lidade externa dos trabalhadores (saída dos trabalhadores para outras empresas), aumento

das exportações, crescimento das remunerações acima da inflação verificada e alteração do

vínculo contratual (ex. alteração de um vínculo precário para outro mais estável). Refira-se

que o indicador maior fixação do pessoal ao serviço, obteve um valor ligeiramente superior

nas empresas que não efectuaram cursos de formação profissional (mais 0,5 p.p.

relativa-mente às empresas que efectuaram cursos de formação, no triénio).

(23)

III. CONCEITOS E METODOLOGIA

3.1. Conceitos

Pessoas ao serviço -

Pessoas que no período de referência participaram na actividade da

empresa/entidade qualquer que tenha sido a duração dessa participação e nas seguintes

condições:

a) pessoal ligado ao empresa por um contrato de trabalho, recebendo em contrapartida uma

remuneração;

b) pessoal ligado à empresa/entidade, que por não estar vinculado por um contrato de

tra-balho, não recebe uma remuneração regular pelo tempo trabalhado ou trabalho fornecido

(por ex. proprietários-gerentes, familiares não remunerados, membros activos de

cooperati-vas);

c) pessoal com vínculo a outras empresas/entidades que trabalharam na empresa sendo

por este directamente remunerados;

d) pessoas nas condições das alíneas anteriores, temporariamente ausentes por um

perío-do igual ou inferior a um mês por férias, conflito de trabalho, formação profissional, assim

como por doença e acidente de trabalho.

Não são consideradas como pessoal ao serviço as pessoas que:

i. se encontram nas condições descritas nas alíneas a), b) e c) e estejam

tempora-riamente ausentes por um período superior a um mês;

ii. os trabalhadores com vínculo à empresa/entidade deslocados para outras

empre-sas/entidades, sendo nessas directamente remunerados;

iii. os trabalhadores a trabalhar no estabelecimento/entidade e cuja remuneração é

suportada por outras empresas/entidades (por ex. trabalhadores colocados por

empresas de trabalho temporário);

iv. os trabalhadores independentes (por ex. prestadores de serviços ou pessoas

pagas através dos designados recibos verdes).

Trabalhadores em regime de prestação de serviços (“recibos verdes”)

– Pessoas em

regime de prestação de serviços (trabalhadores independentes) que exercem no

estabele-cimento/entidade a sua actividade, com subordinação hierárquica e têm um período de

tra-balho semanal e um horário perfeitamente definidos.

Trabalhadores colocados por empresas de trabalho temporário

– Pessoas provenientes

de celebração de um contrato de prestação de serviços entre o estabelecimento e a

empre-sa de trabalho temporário, pelo qual esta se obriga, mediante retribuição, a colocar à

(24)

dispo-sição daquele um ou mais trabalhadores. Estes estão sujeitos à autoridade e direcção do

utilizador, mantendo todavia o vínculo jurídico-laboral à empresa de trabalho temporário,

sendo por ela remunerado. (Lei n.º 19/2007 de 22 de Maio)

Curso de formação profissional -

Programa estruturado de formação que visa

proporcio-nar a aquisição de conhecimentos, capacidades práticas, atitudes e formas de

comporta-mento necessários para o exercício de uma profissão ou grupo de profissões, com

objecti-vos, metodologia, duração e conteúdos programáticos bem definidos.

Considere cursos organizados e/ou realizados pela empresa/entidade, bem como os

orga-nizados e/ou realizados por outras entidades públicas ou privadas, mas em que

participa-ram pessoas a exercer actividade na empresa. Não considere seminários, conferências ou

palestras.

Área de Educação e formação

– Conjunto de programas de educação e formação,

agru-pados em função da semelhança dos seus conteúdos principais, não se atribuindo

relevân-cia ao nível de educação ou formação ou à complexidade das aprendizagens. (Portaria n.º

256/2005 de 16 de Março – Classificação Nacional das Áreas de Educação e Formação,

CNAEF)

Custos com formação profissional -

Despesas suportadas com a formação. Inclui

nomeadamente as remunerações pagas pela entidade empregadora aos trabalhadores em

formação (como se estivessem em trabalho efectivo), pagamento a monitores ou a

orga-nismos encarregados de formação profissional, material técnico-pedagógico, bolsas de

for-mação, despesas de transportes inerentes a deslocações para forfor-mação, depreciação e/ou

reparação de imóveis e equipamento ligado à formação.

Montante de participação da empresa -

Custos de formação suportados

exclusiva-mente pela empresa, quer sejam relativos ao pagamento das horas que os

trabalha-dores estiveram em formação, quer outros custos, excluindo todos os subsídios

rece-bidos através de organismos oficiais ou outras entidades.

Subsídios do FSE

- Total de subsídios aprovados (recebidos e a receber), através do

Fundo Social Europeu, relativo aos cursos de formação realizados nos anos de

refe-rência.

Outros subsídios

- Total de subsídios aprovados (recebidos e a receber), através de

outras entidades públicas ou privadas, relativos aos cursos de formação realizados

nos anos de referência.

Rotatividade

– Movimento de entradas e saídas de pessoal durante o período de

referên-cia.

(25)

3.2.

Metodologia das amostras

3.2.1. Plano de amostragem

3.2.1.1. Universo

Todas as empresas do Continente, com 10 ou mais pessoas ao serviço, de todas as

activi-dades económicas, com excepção dos sectores de actividade correspondentes às secções

A (Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca), O (Administração Pública e Defesa;

Segurança Social Obrigatória), T (Actividades das famílias empregadoras de pessoal

doméstico e actividades de produção das famílias para uso próprio) e U (Actividades dos

organismos internacionais e outras instituições extra-territoriais). Nas secções P

(Educa-ção), Q (Actividades de saúde humana e apoio social), R (Actividades artísticas, de

espec-táculos, desportivas e recreativas) e S (Outras Actividades de serviços) foram excluídas as

todas as entidades públicas, excepto as que empregam trabalhadores abrangidos pelo

regime de Segurança Social. Igualmente excluídos, foram a subclasse 68322 e o grupo

94900 da CAE-Rev3.

3.2.1.2. Universo de referência

Coincide com o Universo.

3.2.1.3. Base de Amostragem

A base de amostragem para o Inquérito ao Impacte da Formação Profissional nas

Empre-sas 2005-2007 foi determinada a partir da fonte administrativa anual Quadros de Pessoal de

2007

10

relativa às Empresas. Esta informação poderá ter sofrido actualizações posteriores.

A população é constituída pelas empresas de todas as actividades económicas, com

excep-ção dos sectores de actividade mencionados em 2.1.1.

São apenas consideradas as empresas com dez ou mais pessoas ao serviço e o âmbito

geográfico é o Continente.

3.2.1.4. Unidades Amostrais

Empresas.

10

Segundo o Decreto-Lei n.º 123/2002 de 4 de Maio de 2002, Quadros de Pessoal abrange as pessoas singulares ou colectivas com traba-lhadores ao seu serviço. Estão excluídos a administração central, regional e local, institutos públicos e empregadores de trabatraba-lhadores de serviço doméstico. Contudo, os serviços da administração central, regional e local e os institutos públicos com trabalhadores ao seu serviço em regime de contrato individual de trabalho são abrangidos por este diploma apenas em relação a estes trabalhadores.

(26)

3.2.1.5. Unidades de Observação

Empresas.

3.2.2. Desenho da amostra

3.2.2.1. Método de Amostragem

O tipo de amostragem utilizado foi a Amostragem Aleatória Estratificada, pelo que se

proce-deu à decomposição da Base de Amostragem das empresas em estratos e à extracção de

uma amostra aleatória, separadamente em cada estrato.

3.2.2.2. Constituição dos Estratos

As empresas foram estratificadas por:

NUT da localização da empresas ao nível II (Norte, Centro, Lisboa, Alentejo, Algarve).

Actividade económica da empresa, CAE Rev. 3 ao nível da Secção, excluídas as

Sec-ções A, O, T e U e a subclasse 68322 e o grupo 94900.

Escalão de dimensão definido em termos de emprego da empresa.

Para efeitos de estratificação da amostra consideraram-se os seguintes escalões de

dimen-são da empresa:

10 a

19

pessoas ao serviço

20 a

49

" " " "

50 a

99

" " " "

100 a 249

" " " "

250 ou mais

" " " "

3.2.2.3. Dimensão da Amostra

O estabelecimento a priori da dimensão da amostra baseou-se em inquéritos anteriores,

numa análise prévia da repartição do Universo pelos estratos e num erro de amostragem

global inferior a 5 %.

Assumiu-se também que a taxa de resposta fosse de 60 %.

A dimensão global da amostra foi de 10 000 unidades.

3.2.2.4. Repartição da Amostra pelos Estratos

A repartição da amostra foi feita proporcionalmente à raiz quadrada do total de pessoas ao

serviço. Assim, o número de empresas da amostra na NUT i, actividade económica j e

esca-lão de dimensão k, isto é, no estrato h = (i,j,k), é dado por:

n

n

p

p

h h h h

=

(27)

em que p

h

é o número total de pessoas ao serviço nas empresas do estrato h e n é a

dimensão total da amostra. Se n

h

exceder o número de empresas do Universo no estrato h,

N

h

, ou se N

h

for menor ou igual a três, considera-se n

h

igual a N

h

. Se N

h

for superior a três

e o valor de n

h

obtido for inferior a três, estabelece-se como número mínimo de inquirição

três.

As unidades de amostragem com número de pessoas ao serviço igual ou superior a 100

foram inquiridas de forma exaustiva.

No quadro seguinte, apresenta-se a repartição da amostra segundo a actividade económica

e o escalão de dimensão para o Continente.

3.2.2.5. Selecção da Amostra

Em cada estrato, a selecção das empresas é feita de acordo com o método de selecção

sistemático, tendo as empresas sido ordenadas por ordem crescente do número de

pes-soas ao serviço. O número de arranque é aleatório em cada estrato.

Referências

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