COLECÇÃOEST
ATÍSTICAS
INQUÉRITO AO IMPACT
E
DAS ACÇÕES DE FORMAÇÃO
PROFISSIONAL NAS EMPRESAS
2005 - 2007
Form. Profissional
21
MINISTÉRIO DO TRABALHO E DA SOLIDARIEDADE SOCIAL Gabinete de Estratégia e Planeamento
INQUÉRITO AO IMPACT
E
DAS ACÇÕES DE FORMAÇÃO
PROFISSIONAL NAS EMPRESAS
2005 - 2007
© Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP)
Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social (MTSS), 2009
Colecção
Estatísticas – Formação Profissional
Coordenação de GEP
Inquérito ao Impacte das Acções de Formação Profissional nas Empresas 2005- 2007
ISBN: 978-972-704-347-7
ISSN: 0873 - 5352
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ÍNDICE
RESUMO
...
7
I. NOTA INTRODUTÓRIA
...
9
II. ANÁLISE DE RESULTADO
...
10
2.1. Aspectos estruturais das empresas ...
10
2.2. Empresas com formação profissional ...
10
2.2.1. Pessoas em cursos de formação profissional...
11
2.2.2. Horas ocupadas em cursos de formação profissional, durante o tempo de
tra-balho remunerado ...
12
2.2.3. Custos em cursos de formação ...
15
2.3. Impacte da formação profissional nas empresas que desenvolveram cursos de
formação no triénio 2005-2007 ...
17
2.4. Alterações ocorridas nas empresas no triénio 2005-2007 – comparação entre as
empresas que não desenvolveram cursos de formação e as que desenvolveram
cursos de formação...
19
III. CONCEITOS E METODOLOGIA
...
22
3.1. Conceitos ...
22
3.2. Metodologia das amostras ...
24
3.2.1. Plano de amostragem ...
24
3.2.1.1. Universo. ...
24
3.2.1.2. Universo de referência ...
24
3.2.1.3. Base de amostragem ...
24
3.2.1.4. Unidades amostrais...
24
3.2.1.5. Unidades de observação ...
25
3.2.2. Desenho da amostra ...
25
3.2.2.1.Método de Amostragem ...
25
3.2.2.2. Constituição dos Estratos ...
25
3.2.2.3. Dimensão da amostra ...
25
3.2.2.4. Repartição da Amostra pelos Estratos ...
25
3.2.2.5. Selecção da Amostra ...
26
3.3. Metodologia das estimativas ...
27
3.3.1. Estimador do Total duma Variável X no estrato H ...
27
3.4. Tratamento de não-respostas ...
27
3.4.1. Não resposta total ...
27
3.4.2. Não resposta parcial ...
27
3.5. Erros de amostragem...
28
3.6. Software ...
28
V. QUADRO DE APURAMENTOS ...
30
Quadro 1
Empresas no triénio 2005-2007, segundo o escalão de dimensão, por actividade
económica ...
31
Quadro 2
Pessoas a exercer actividade na empresa em 31 de Dezembro de 2005,
segun-do a relação com a empresa e escalão de dimensão, por actividade económica..
32
Quadro 3
Pessoas a exercer actividade na empresa em 31 de Dezembro de 2006,
segun-do a relação com a empresa e escalão de dimensão, por actividade económica..
33
Quadro 4
Pessoas a exercer actividade na empresa em 31 de Dezembro de 2007,
segun-do a relação com a empresa e escalão de dimensão, por actividade económica..
34
Quadro 5
Empresas que realizaram ou promoveram cursos de formação profissional, no
triénio de 2005-2007, para as pessoas a exercer actividade na empresa,
segun-do o escalão de dimensão, por actividade económica...
35
Quadro 6
Empresas que realizaram ou promoveram cursos de formação profissional, no
triénio de 2005-2007, para as pessoas a exercer actividade na empresa,
segun-do o escalão de dimensão, por actividade económica (percentagem) ...
36
Quadro 7
Empresas que realizaram ou promoveram cursos de formação profissional, em
2005, 2006 e 2007, para as pessoas a exercer actividade na empresa, segundo
o escalão de dimensão, por actividade económica...
37
Quadro 8
Empresas que realizaram ou promoveram cursos de formação profissional, em
2005, 2006 e 2007, para as pessoas a exercer actividade na empresa, segundo
o escalão de dimensão, por actividade económica (percentagem) ...
38
Quadro 9
Pessoas a exercer actividade na empresa, que frequentaram cursos de
forma-ção profissional em 2005, 2006 e 2007 segundo o escalão de dimensão, por
actividade económica ...
39
Quadro 10
Pessoas a exercer actividade na empresa, que frequentaram cursos de
forma-ção profissional em 2005, segundo a relaforma-ção com a empresa e escalão de
dimensão, por actividade económica ...
40
Quadro 11
Pessoas a exercer actividade na empresa, que frequentaram cursos de
forma-ção profissional em 2006 segundo a relaforma-ção com a empresa e escalão de
dimensão, por actividade económica ...
41
Quadro 12
Pessoas a exercer actividade na empresa, que frequentaram cursos de
forma-ção profissional em 2007, segundo a relaforma-ção com a empresa e escalão de
dimensão, por actividade económica ...
42
Quadro 13
Taxa de acesso a cursos de formação profissional, em 2005, 2006 e 2007,
segundo o escalão de dimensão, por actividade económica ...
43
Quadro 14
Taxa de acesso a cursos de formação profissional em 2005, segundo a relação
com a empresa e escalão de dimensão, por actividade económica...
44
Quadro 15
Taxa de acesso a cursos de formação profissional em 2006, segundo a relação
com a empresa e escalão de dimensão, por actividade económica...
45
Quadro 16
Taxa de acesso a cursos de formação profissional em 2007, segundo a relação
com a empresa e escalão de dimensão, por actividade económica...
46
Quadro 17
Horas em cursos de formação profissional em 2005, 2006 e 2007, segundo o
escalão de dimensão, por actividade económica...
47
Quadro 18
Duração dos cursos de formação realizados em 2005 (n.º de horas), para o total
de pessoas ao serviço, segundo as áreas de educação e formação, por
activi-dade económica ...
48
Quadro 19
Duração dos cursos de formação realizados em 2006 (n.º de horas), para o total
de pessoas ao serviço, segundo as áreas de educação e formação, por
activi-dade económica ...
49
Quadro 20
Duração dos cursos de formação realizados em 2007 (n.º de horas), para o total
de pessoas ao serviço, segundo as áreas de educação e formação, por
activi-dade económica ...
50
Quadro 21
Distribuição percentual da duração dos cursos de formação profissional
realiza-dos em 2005, para o total de pessoas ao serviço, segundo as áreas de
educa-ção e formaeduca-ção, por actividade económica...
51
Quadro 22
Distribuição percentual da duração dos cursos de formação profissional
realiza-dos em 2006, para o total de pessoas ao serviço, segundo as áreas de
educa-ção e formaeduca-ção, por actividade económica...
52
Quadro 23
Distribuição percentual da duração dos cursos de formação profissional
realiza-dos em 2007, para o total de pessoas ao serviço, segundo as áreas de
educa-ção e formaeduca-ção, por actividade económica...
53
Quadro 24
Média de horas de formação profissional por participante em 2005, 2006 e 2007,
segundo o escalão de dimensão, por actividade económica ...
54
Quadro 25
Duração dos cursos de formação realizados em 2005, 2006 e 2007 (n.º de
horas), para os trabalhadores incluídos na categoria "Outras situações", por
actividade económica ...
55
Quadro 26
Média de horas de formação por participante, incluídos na categoria "Outras
situações", em 2005, 2006 e 2007 (n.º de horas), por actividade económica ...
56
Quadro 27
Custos com cursos de formação profissional, realizados em 2005, 2006 e 2007,
para as pessoas a exercer actividade na empresa, segundo o escalão de
dimen-são, por actividade económica ...
57
Quadro 28
Custos com cursos de formação profissional realizados em 2005, para as
pes-soas a exercer actividade na empresa, segundo o tipo de custo, por actividade
económica ...
58
Quadro 29
Custos com cursos de formação profissional realizados em 2006, para as
pes-soas a exercer actividade na empresa, segundo o tipo de custo, por actividade
económica ...
59
Quadro 30
Custos com cursos de formação profissional realizados em 2007, para as
pes-soas a exercer actividade na empresa, segundo o tipo de custo, por actividade
económica ...
60
Quadro 31
Média de custos com cursos de formação profissional realizada em 2005, 2006
e 2007, por participante, segundo o escalão de dimensão, por actividade
eco-nómica ...
61
Quadro 32
Empresas que realizaram ou promoveram cursos de formação profissional, no
triénio de 2005-2007, e que indicaram alterações, segundo o escalão de
dimen-são, por actividade económica ...
62
Quadro 33
Empresas que realizaram ou promoveram cursos de formação profissional, no
triénio de 2005-2007, e que indicaram alterações, segundo o escalão de
dimen-são, por actividade económica (percentagem) ...
63
Quadro 34
Empresas que realizaram cursos de formação profissional e que registaram
alte-rações no triénio 2005-2007, segundo a actividade económica (secção), por
grupo de alteração...
64
Quadro 35
Empresas que realizaram cursos de formação profissional e que registaram
alte-rações no triénio 2005-2007, segundo a actividade económica (secção), por
grupo de alteração (percentagem) ...
65
Quadro 36
Empresas que realizaram cursos de formação profissional e que registaram
alte-rações no triénio 2005-2007, segundo a actividade económica (secção), por tipo
de alteração ...
66
Quadro 37
Empresas que realizaram cursos de formação profissional e que registaram
alte-rações no triénio 2005-2007, segundo a actividade económica (secção), por tipo
de alteração (percentagem) ...
67
Quadro 38
Empresas que realizaram cursos de formação profissional e que registaram
rações no triénio 2005-2007, segundo o escalão de dimensão, por tipo de
alte-ração...
68
Quadro 39
Empresas que realizaram cursos de formação profissional e que registaram
rações no triénio 2005-2007, segundo o escalão de dimensão, por tipo de
alte-ração (percentagem) ...
69
Quadro 40
Empresas que realizaram cursos de formação profissional motivados pelas
alte-rações registadas no triénio 2005-2007, segundo a actividade económica
(sec-ção), por tipo de alteração ...
70
Quadro 41
Empresas que realizaram cursos de formação profissional motivados pelas
alte-rações registadas no triénio 2005-2007, segundo a actividade económica
(sec-ção), por tipo de alteração (percentagem) ...
71
Quadro 42
Empresas que realizaram cursos de formação profissional motivados pelas
alte-rações registadas no triénio 2005-2007, segundo o escalão de dimensão, por
tipo de alteração ...
72
Quadro 43
Empresas que realizaram cursos de formação profissional motivados pelas
alte-rações registadas no triénio 2005-2007, segundo o escalão de dimensão, por
tipo de alteração (percentagem)...
73
Quadro 44
Empresas que registaram alterações no triénio 2005-2007, segundo o grau de
contribuição da formação, por tipo de alteração registada ...
74
Quadro 45
Distribuição percentual do grau de contribuição da formação, por tipo de
altera-ção registada nas empresas que registaram alterações no triénio 2005-2007...
75
Quadro 46
Empresas que não realizaram ou promoveram cursos de formação profissional,
no triénio de 2005-2007, para as pessoas a exercer actividade na empresa,
segundo o escalão de dimensão, por actividade económica ...
76
Quadro 47
Empresas que não realizaram ou promoveram cursos de formação profissional,
no triénio de 2005-2007, para as pessoas a exercer actividade na empresa,
segundo o escalão de dimensão, por actividade económica (percentagem) ...
77
Quadro 48
Empresas que não realizaram ou promoveram cursos de formação profissional,
no triénio de 2005-2007, e que indicaram alterações, segundo o escalão de
dimensão, por actividade económica ...
78
Quadro 49
Empresas que não realizaram ou promoveram cursos de formação profissional,
no triénio de 2005-2007, e que indicaram alterações, segundo o escalão de
dimensão, por actividade económica (percentagem)...
79
Quadro 50
Empresas que não realizaram cursos de formação profissional e que registaram
alterações no triénio 2005-2007, segundo a actividade económica, por grupo de
alteração ...
80
Quadro 51
Empresas que não realizaram cursos de formação profissional e que registaram
alterações no triénio 2005-2007, segundo a actividade económica, por grupo de
alteração (percentagem) ...
81
Quadro 52
Empresas que não realizaram cursos de formação profissional e que registaram
alterações no triénio 2005-2007, segundo a actividade económica (secção), por
tipo de alteração ...
82
Quadro 53
Empresas que não realizaram cursos de formação profissional e que registaram
alterações no triénio 2005-2007, segundo a actividade económica (secção), por
tipo de alteração (percentagem)...
83
Quadro 54
Empresas que não realizaram cursos de formação profissional e que registaram
alterações no triénio 2005-2007, segundo o escalão de dimensão, por tipo de
alteração ...
84
Quadro 55
Empresas que não realizaram cursos de formação profissional e que registaram
alterações no triénio 2005-2007, segundo o escalão de dimensão, por tipo de
alteração (percentagem) ...
85
Quadro 56
Diferenças (em pontos percentuais) entre as empresas que realizaram cursos
de formação profissional e que não realizaram, no triénio 2005-2007, segundo a
actividade económica (secção), por grupo de alteração ...
86
VI. INSTRUMENTOS DE NOTAÇÃO ...
87
RESUMO
O Inquérito ao Impacte da Formação Profissional nas Empresas (2005-2007) surgiu na
sequência de operações estatísticas idênticas realizadas anteriormente, reportando-se a
última ao período de 2002-2004.
Este Inquérito, realizado em 2009, tem como objectivo a obtenção de indicadores relativos
aos cursos de formação profissional promovidos e/ou facultados, pelas empresas, às
pes-soas que nelas exerciam actividade, no período de referência 2005 a 2007.
Foi utilizada uma amostra de 10 000 empresas, com 10 ou mais pessoas ao serviço,
estrati-ficada por actividade económica (CAE - Rev.3), escalão de dimensão da empresa e NUT II.
Abrangeu todas as actividades económicas, excepto as secções A, O, T e U
1.
Em termos geográficos, abrangeu o Continente.
A recolha de informação foi efectuada através de questionário electrónico, via Web, tendo a
taxa de resposta atingido os 57,5 %.
Os principais resultados apurados, para o triénio 2005-2007, mostram que:
- 41,3 % das empresas com 10 e mais pessoas ao serviço proporcionaram cursos de
formação profissional
2às pessoas a trabalhar na empresa.
- Existiu uma evolução positiva na taxa de realização de cursos de formação
profis-sional
3, que era, em 2005, de 27,1 % nas empresas com 10 ou mais pessoas,
pas-sando para 32,3 % em 2006 e para 37,4 % em 2007.
- As secções de actividade K (Actividades Financeiras e de Seguros), D
(Electricida-de, Gás, Vapor, Água Quente e Fria e Ar Frio
4) e E (Captação, Tratamento e
Distri-buição de Água; Saneamento, Gestão de Resíduos e Despoluição
5) apresentaram
as taxas de realização de cursos de mais elevadas (85,2 %, 80,6 % e 72,4 %,
res-pectivamente), enquanto as secções com menor percentagem de empresas a
pro-mover ou realizar cursos de formação profissional foram a F (Construção) e a C
(Indústrias Transformadoras), com 29,7 % e 34,7 %.
- Por escalão de dimensão das empresas, a formação profissional era mais
frequen-te nas empresas de maior dimensão, registando as empresas com 10 a 49 pessoas
ao serviço uma taxa de realização de cursos de formação de 35,9 % e as com 250
ou mais pessoas uma taxa de 89,5 %.
- Os cursos efectuados abrangeram um número crescente de trabalhadores ao
lon-go do triénio, passando a taxa de acesso
6a cursos de formação de 29,6 % em
2005, para 33,3
% em 2006 e, finalmente, para 37,3 % em 2007.
- A duração média dos cursos de formação profissional foi 26,1 horas por
participan-te em 2005, 29,4 horas em 2006 e 28,9 horas em 2007.
1
Ver a propósito, ponto 2. Metodologia das Amostras, no capítulo III – Conceitos e Metodologia.
2 Consideraram-se exclusivamente os cursos de formação profissional que decorreram durante o tempo de trabalho remunerado.
3 N.º de empresas com cursos de formação profissional/N.º de empresas com 10 e pessoas ao serviço.
4 A secção D será referida ao longo do texto como Electricidade e Gás para facilitar a leitura.
5 A secção E será referida ao longo do texto como Captação e Distribuição de Água para facilitar a leitura.
- A área de formação que apresentou o número de horas de formação mais elevado
foi a do Desenvolvimento Pessoal e Enquadramento na Organização/Empresa
7(com mais de 20 % do total de horas em cursos de formação), sendo esta área de
formação a predominante nos três anos em análise, embora as áreas de Comércio,
Marketing e Publicidade tenham tido um crescimento positivo ao longo do triénio
(passando de 7,9 % em 2005 para 10,9 % em 2006 e 13,2 % em 2007). Pelo
con-trário, as áreas de Engenharia, Indústrias Transformadoras e Construção,
observa-ram uma tendência decrescente, passando de 12,2 % em 2005 para 11,4 % em
2006
e
10,5 % em 2007. Os cursos na área de Serviços e também os de Línguas
regista-ram, em termos relativos, uma expressão reduzida (abaixo de 5,3 % do total de
horas de formação).
- O custo médio por pessoa em cursos de formação profissional registou uma
dimi-nuição ao longo do triénio, passando de 489,9 euros em 2005, para 482,7 euros
em 2006 e 445,5 euros em 2007. Assim, de 2005 para 2007, o decréscimo
regista-do correspondeu a 9,1 %.
- As empresas que não efectuaram cursos de formação profissional indicaram
menos alterações, que as que os fizeram.
- As empresas que
realizaram cursos de formação profissional no triénio, referiram
como principais alterações na empresa, durante este período: maior adaptação dos
trabalhadores às exigências do posto de trabalho (indicado por 81,4 % das
empre-sas), maior qualidade dos bens e serviços produzidos (79,7 %), aumento da
satis-fação dos clientes (79,5 %), estando estas relacionadas com a realização de
cur-sos de formação profissional, dado que a maioria das respostas indicou que a
for-mação realizada contribuiu Muito ou em Parte para estas alterações.
- As diferenças mais significativas entre as respostas das empresas que realizaram
cursos de formação profissional e as que não realizaram foram nos itens
modifica-ção dos processos de trabalho, em que 62,8 % das empresas que efectuaram
cur-sos tiveram este tipo de alteração, contra 29 % das que o não fizeram e introdução
de modelos de gestão de qualidade (normalização, certificação, etc.), que
apresen-tou uma diferença de mais 25,2 p.p. nas empresas que realizaram cursos de
for-mação.
- Os desvios menos significativos, isto é, que traduziram diferenças inferiores a 3,5
p.p. foram: aumento da mobilidade externa dos trabalhadores (saída dos
trabalha-dores para outras empresas), aumento das exportações, crescimento das
remune-rações acima da inflação verificada e alteração do vínculo contratual (ex. alteração
de um vínculo precário para outro mais estável).
7
I. NOTA INTRODUTÓRIA
A estratégia da Aprendizagem ao Longo da Vida tem como temas centrais a educação e a
formação profissional. Ambas constituem factores essenciais ao desenvolvimento do capital
humano, da empregabilidade, da competitividade e do crescimento económico. Sendo as
empresas um dos principais instrumentos da sua sustentação, importa conhecer o seu
envolvimento na formação profissional e o valor que lhe atribuem.
Neste sentido, procurou-se conhecer a percepção dos empregadores face a eventuais
reflexos da formação profissional, promovida pela empresa para o seu pessoal ao serviço, a
níveis tais como: tecnologia e organização, produtividade, qualidade e competitividade,
organização do trabalho e empregabilidade e condições de trabalho. Igualmente,
procurou--se, ainda, obter alguns dados relativos aos cursos de formação realizados nos anos em
causa (número de trabalhadores abrangidos, duração da formação, áreas de formação
ministradas e montantes financeiros dispendidos).
Esta operação estatística tem uma periodicidade trienal. O primeiro Inquérito ao Impacte da
Formação Profissional nas Empresas foi realizado relativamente ao período de 1986-1990,
por entrevista directa. A mesma modalidade de inquirição foi aplicada às duas operações
estatísticas subsequentes, cujos dados se referem aos períodos de 1991-1993 e de
1994-1996. Os inquéritos seguintes, referentes a 1998-2000 e 2002-2004, foram realizados
por via postal. O presente inquérito consistiu num questionário electrónico e foi lançado via
Web.
Refira-se que ao longo do tempo, o Inquérito ao Impacte da Formação Profissional nas
Empresas, sofreu alterações várias, não somente em termos de método de inquirição, como
também do seu conteúdo, pelo que os dados não são comparáveis.
A informação recolhida incidiu sobre dados estruturais relativos à empresa, nomeadamente
número de pessoas ao serviço, características da formação desenvolvida (número de
parti-cipantes, duração, áreas de formação ministradas e custos envolvidos). Estes indicadores
foram cruzados com as variáveis sector de actividade económica e escalão de dimensão
das empresas.
A informação relativa a cursos de formação profissional apenas contempla os que decorrem
durante o tempo de trabalho remunerado, estando por isso excluídos os desenvolvidos em
horário pós-laboral.
O inquérito foi efectuado via Web, após um contacto postal, com as empresas, dando conta
da sua realização e do modo de acesso ao mesmo. O processo de inquirição decorreu em
parceria com o Instituto de Informática da Segurança Social, tendo sido essa entidade a
responsável, quer pela criação da aplicação informática que permitiu a resposta das
empre-sas, quer pela gestão do processo de resposta via Web.
II. ANÁLISE DE RESULTADOS
2.1. Aspectos estruturais das empresas
Os dados apresentados representam uma população de 48,1 milhares de empresas, na
qual 84,8 % correspondiam a empresas com 10 a 49 trabalhadores, 13,3 % tinham entre 50
a 249 pessoas e 1,9 % eram empresas com 250 ou mais pessoas ao serviço. (Quadro 1,
em anexo)
Estas empresas abrangiam em 31 de Dezembro de 2007, 2247,5 milhares de
trabalhado-res, dos quais 94,7 % eram pessoal ao serviço
8e as restantes enquadravam-se em outras
situações (trabalhadores em regime de prestação de serviços e trabalhadores colocados por
empresas de trabalho temporário) (Quadro 4, em anexo). Estes últimos apresentavam um
peso maior nas empresas com 50 a 249 pessoas ao serviço (7,8
%) e mais reduzido nas
empresas com 250 e mais pessoas (3,6 %).
As secções C (Indústrias Transformadoras) e G (Comércio por grosso e a retalho;
repara-ção de veículos automóveis e motociclos) eram as que concentravam mais trabalhadores,
27,9 % e 16,3 %, respectivamente.
2.2. Empresas com formação profissional
Das empresas com 10 ou mais pessoas ao serviço, 19,9 milhares promoveram ou
desen-volveram cursos de formação profissional, pelo menos uma vez no decurso do triénio
2005-2007, correspondendo a 41,3 % do total. (Quadro 6, em anexo)
Na análise da formação profissional por sector de actividade, foram as empresas das
sec-ções K (Actividades Financeiras e de Seguros) e D (Electricidade e Gás) que apresentaram
a maior incidência de formação, com taxas de realização de 85,2 % e 80,6 %,
respectiva-mente, e também a E (Captação e Distribuição de Água) com 72,4 %. Em contrapartida, as
secções de actividade que apresentaram a incidência mais baixa de realização de cursos
de formação profissional foram a F (Construção) e a C (Indústrias Transformadoras), com
29,7 % e 34,7 %, respectivamente.
Verificou-se, ainda, que a percentagem de empresas com formação profissional foi
direc-tamente proporcional ao número de pessoas ao serviço, isto é, quanto maior a dimensão
da empresa, mais elevada a percentagem de empresas com formação, registando as
empresas com 250 ou mais pessoas uma taxa de realização de cursos de formação de
89,5 % e as de 10 a 49 pessoas ao serviço uma taxa de 35,9 %.
8
Ao longo do triénio, a taxa de execução de cursos de formação profissional evidenciou um
aumento constante (Quadro 8, em anexo). Em 2005, as empresas com cursos
representa-vam 27,1 %, passando para 32,3 % em 2006, traduzindo um aumento de 5,2 p.p. Em 2007,
a percentagem de empresas com cursos de formação profissional subiu para
37,4 % (mais 5,1 p.p., relativamente a 2006).
2.2.1. Pessoas em cursos de formação profissional
Os cursos realizados envolveram 588,7 milhares de pessoas em 2005, 700,9 milhares em
2006 e 837,2 milhares em 2007 (Quadro 9, em anexo). Estes representavam, em 2005,
29,6 % do total de trabalhadores nas empresas com 10 ou mais pessoas ao serviço, 33,3 %
em 2006 e 37,3 % em 2007. (Quadro 13, em anexo)
Essa taxa de acesso subiu ao longo do triénio e em todos os escalões de dimensão,
varian-do ainda positivamente de acorvarian-do com a dimensão da empresa. Assim, nas empresas com
10 a 49 pessoas ao serviço, a taxa de acesso a cursos representava 15,3 %, em 2005,
17,5 % em 2006 e 20,4 % em 2007, enquanto que nas empresas com 250 e mais pessoas
ao serviço, era possível observar mais que o dobro destes valores, apresentando taxas de
acesso de 45,3% em 2005, 51,1 % em 2006 e 55,2 % em 2007.
Por actividade económica, mais uma vez se destacam as secções D (Electricidade e Gás) -
cujas taxas de acesso a cursos de formação registaram valores na ordem dos 67,4 %,
90,4 % e 90,8 % em 2005, 2006 e 2007, respectivamente - K (Actividades Financeiras e de
Seguros) com 60,2 % em 2005, 70 % em 2006 e 73,8 % em 2007 e E (Captação e
Distri-buição de Água) com 47,5 % em 2005 e 56,2 % em 2006 e 2007. (Quadro 13, em anexo)
Em contrapartida,
as secções que apresentaram as mais baixas taxas de acesso a cursos
de formação profissional foram a R (Actividades artísticas, de espectáculos, desportivas e
recreativas) com 14,8 %, 15,4 % e 19,8 % em 2005, 2006 e 2007, respectivamente, a Q
(Actividades de saúde humana e apoio social) com 15,7 % em 2005, 17,8 % em 2006 e
20,8 % em 2007 e a P (Educação), com 17,9 %, 18,6 % e 20,8 %, nos anos em análise.
No acesso a cursos de formação observaram-se algumas diferenças, consoante a relação
estabelecida com a empresa, considerando-se aqui as situações de pessoal ao serviço e
outras situações (tais como prestação de serviços e trabalhadores colocados por empresas
de trabalho temporário) (Quadros 14, 15 e 16, em anexo). Assim, a taxa de acesso dos
tra-balhadores considerados pessoal ao serviço foi superior à dos tratra-balhadores em outras
situações, acentuando-se esta diferença ao longo do triénio: em 2005 divergia em 6,8 p.p.,
em 2006 a diferença era de 7,5 p.p., passando para 10,7 p.p. em 2007.
2.2.2. Horas ocupadas em cursos de formação profissional, durante o tempo de
tra-balho remunerado
O volume total de horas de formação
9promovido pelas empresas foi de 16 516,6 milhares
em 2005, 20 595,7 milhares em 2006 e 24 202,2 milhares em 2007. Tal correspondeu a um
aumento de 24,7 % de 2005 para 2006 e de 17,5 % de 2006 para 2007. (Quadro 17, em
anexo)
9
A média de horas em cursos de formação por participante foi de 28,1 horas em 2005, 29,4
horas em 2006 e 28,9 horas em 2007 (Quadro 24, em anexo). As empresas com maior
dimensão registaram uma média de horas de formação superior à das empresas com
menos pessoas ao serviço. Assim, nas empresas com 10 a 49 pessoas, a média por
parti-cipante foi 26,7 horas em 2005, 21,6 horas em 2006 e 20,9 horas em 2007, enquanto que
nas empresas com 250 ou mais pessoas ao serviço registaram-se médias de 32,5 horas,
35,5 horas e 33,7 horas, nos anos mencionados.
Por actividade económica, os valores mais elevados, por pessoa em formação, em 2005
foram observados nas secções S (Outras actividades de serviços) e K (Actividades
financei-ras e de seguros), tendo sido registadas médias de 79,8 hofinancei-ras e 39,4 hofinancei-ras,
respectivamen-te. Em 2006, a secção G (Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos
automó-veis e motociclos) registou 40,5 horas por participante, seguindo-se a secção K (Actividades
financeiras e de seguros) com uma média de 39,6 horas. Finalmente, em 2007
destacaram--se as secções G (Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e
motociclos), J (Actividades de informação e de comunicação) e K (Actividades financeiras e
de seguros), com médias de 37,7, 37,6 e 36,6 horas, respectivamente.
Por área de formação
,
predominaram, nos três anos em análise, os cursos no âmbito do
Desenvolvimento Pessoal e Enquadramento na Organização/Empresa (com mais de 20 %
do total de horas dispendidas em cursos de formação) e outros cursos enquadráveis em
Outras Áreas de Formação. (Quadros 21, 22 e 23, em anexo)
No Gráfico 3, é possível observar a distribuição percentual das horas dispendidas em
for-mação, correspondentes a cada uma das áreas de forfor-mação, em cada ano. Assim, além do
predomínio dos cursos no âmbito das áreas mencionadas no parágrafo anterior, há que
referir também, que as áreas de Comércio, Marketing e Publicidade tiveram um crescimento
ao longo do triénio (passando de 7,9 % do total de horas de cursos de formação em 2005,
para 10,9 % em 2006 e 13,2 % em 2007). Em oposição, as áreas de Engenharia, Indústrias
Transformadoras e Construção, observaram uma tendência decrescente, passando de
12,2 % em 2005 para 11,4 % em 2006 e 10,5 % em 2007.
Por seu turno, os cursos na área de Serviços e também os de Línguas registaram, em
ter-mos relativos, uma expressão reduzida (abaixo de 5,3 % do total de horas de formação).
Gráfico 3 - Distribuição percentual das áreas de formação, no triénio
5,1 7,9 8,1 21,3 7,2 12,2 10,5 5,2 22,4 4,7 10,9 8,4 22,9 6,2 11,4 9,3 4,9 21,3 4,7 13,2 7,8 20,3 7,4 10,5 9,7 4,1 22,1 Linguas Estrangeiras e Lingua Materna Comércio, Marketing e Publicidade Contabilidade Finanças, Banca, Seguros e Trab. Adm. Desenvolv. Pessoal Enquadram. Organização Informática Engenharia, Ind. Transf., Construção Protecção Ambiente, Segurança Hig. Trabalho
Serviços Outras Áreas de Formação
2005 2006 2007
Apresentam-se seguidamente, por actividade económica, as áreas com maior peso na
dis-tribuição percentual de horas, em cada ano:
-
Indústrias Extractivas: Protecção do Ambiente, Higiene e Segurança no Trabalho
(34 %, 32,7 % e 36,3 %, em 2005, 2006 e 2007, respectivamente).
-
Indústrias Transformadoras: Engenharia, Indústrias Transformadoras e Construção
(28,8 %, 29,6 % e 26,1 %).
-
Electricidade e Gás: Protecção do Ambiente, Higiene e Segurança no Trabalho (com
25,1 % em 2005), Engenharia, Indústrias Transformadoras e Construção (27,2 % em
2006) e Desenvolvimento Pessoal e Enquadramento na Organização/Empresa
(22,7 % em 2007).
-
Captação e Distribuição de Água: Protecção do Ambiente, Higiene e Segurança no
Trabalho (com 21,3 %, 19,1 %, 27,7 %, em 2005, 2006 e 2007) e Outras áreas de
formação (27,7 %, 25,4 %, em 2005 e 2006).
-
Construção: Protecção do Ambiente, Higiene e Segurança no Trabalho (33,5 %,
32,8 % e 33,2 %).
-
Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos:
Desenvolvimento Pessoal e Enquadramento na Organização/Empresa (32,1 %,
27,4 %, em 2005 e 2006) e Outras áreas de formação (34 % em 2007).
-
Transportes e Armazenagem: Serviços (36,2 %, 26,1 % e 22,5 %).
-
Alojamento e Restauração e similares: Outras áreas de formação (38,5 % em 2005)
Desenvolvimento Pessoal e Enquadramento na Organização/Empresa (39,5 % em
2006) e Serviços (28,6 % em 2007).
-
Actividades de informação e de comunicação: Informática (26,4 % em 2005 e 24,5 em
2007), Desenvolvimento Pessoal e Enquadramento na Organização/Empresa (28,2 %
em 2006).
-
Actividades Financeiras e de Seguros: Contabilidade, Finanças, Banca, Seguros e
Trabalho Administrativo (39,7 %, 46,3 % e 45 %).
-
Actividades Imobiliárias: Outras áreas de formação (34 %, 27,9 % e 26 %).
-
Actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares: Contabilidade, Finanças,
Banca, Seguros e Trabalho Administrativo (25,1
% em 2005 e 22,8 % em 2007),
Outras áreas de formação (25,2 % em 2006).
-
Actividades administrativas e dos serviços de apoio: Desenvolvimento Pessoal e
Enquadramento na Organização/Empresa (34 %, 31,3 % em 2005 e 2006) e
Comér-cio, Marketing e Publicidade (37,8 % em 2007).
-
Educação: Outras áreas de formação (34,7 %, 27,8 % e 27,6 %).
-
Actividades de saúde humana e apoio social: Outras áreas de formação (40,2 %, em
2005 e 43,6 % em 2007), Desenvolvimento Pessoal e Enquadramento na
Organiza-ção/Empresa (38,6 %, em 2006).
-
Actividades artísticas, de espectáculos, desportivas e recreativas: Desenvolvimento
Pessoal e Enquadramento na Organização/Empresa (28,3 % e 77,9 % em 2005 e
2006) e Outras áreas de formação (30,9 %, em 2007).
-
Outras actividades de serviços: Línguas (44,7 % e 38,7 % em 2005 e 2006), Outras
áreas de formação (29,7 %, em 2007).
2.2.3. Custos com cursos de formação
O custo dos cursos de formação é composto pelo montante de participação da empresa e
pelos financiamentos externos, caso existam. Estes dividem-se em subsídios provenientes
do Fundo Social Europeu (FSE) e outros subsídios não especificados. (Quadros 28, 29 e
30, em anexo)
Os custos totais dos cursos de formação profissional ascenderam a 293 676,5 milhares de
euros em 2005, 338 320,6 milhares em 2006 e 372 963,8 milhares em 2007 (Quadro 27, em
anexo). Tal correspondeu a um crescimento de 15,2 % entre 2005 e 2006 e deste ano para
2007, a um crescimento de 10,2 %.
Em 2005, a participação das empresas no custo dos cursos de formação profissional,
cor-respondeu a 84,9 % do custo total. Em 2006, observou-se uma descida de 3,4 p.p., dado
que o montante de participação das empresas foi de 81,5 %. Em 2007 existiu uma subida
na taxa de participação das empresas nos custos com a formação, que passou para
86,7 %.
Por actividade, as percentagens mais altas de participação no custo total da formação
regis-taram-se nas secções D (Electricidade, Gás, Vapor, Água Quente e Fria e Ar Frio), com
99,7 % em 2005 e 100 % em 2006 e 2007 e K (Actividades Financeiras e de seguros ), com
99,3 %, 99,7 % e 100 %, em 2005, 2006 e 2007. As mais baixas observaram-se na secção
Q [Actividades de saúde humana e apoio social, registando 14,5 % e 18,4 % em 2005 e
2006 e na C (Indústrias Transformadoras), com 70,2 % em 2007].
A média de custo por participante em cursos de formação, situou-se em 498,9 euros em
2005, 482,7 euros em 2006 e 445,5 euros em 2007 (Quadro 31, em anexo). Assim, o custo
médio por pessoa que frequentou cursos de formação profissional registou uma diminuição
ao longo do triénio, o que correspondeu a um decréscimo de 3,2 % de 2005 para 2006 e de
7,7 % deste ano relativamente a 2007.
Como se pode observar no Gráfico 4, a descida dos custos de formação não correspondeu
sempre a idêntico comportamento das horas ocupadas em cursos de formação, excepto no
último ano do triénio.
Gráfico 4 - Duração e custo médios, por pessoa, no triénio
498,9 482,7 445,5 28,1 29,4 28,9 440,0 450,0 460,0 470,0 480,0 490,0 500,0 510,0 2005 2006 2007 28,0 28,2 28,4 28,6 28,8 29,0 29,2 29,4 29,6 Custo Horas
Por escalão de dimensão, verificou-se que, nos três anos em análise, o custo médio foi
mais elevado nas empresas que tinham 250 ou mais pessoas ao serviço. (Quadro 31, em
anexo)
Por actividade económica, em 2005 e 2007 a secção M (Actividades de consultoria,
científi-cas, técnicas e similares) e em 2006, a secção Q (Actividades de saúde humana e apoio
social) apresentaram os valores mais elevados (acima dos 960 euros por pessoa em cursos
de formação). Os valores mais baixos verificaram-se na secção P (Educação), 142,2 euros
em 2005 e S (Outras actividades de serviços) que registou 195,7 euros em 2006 e 112,6
euros em 2007.
2.3. Impacte da formação profissional nas empresas que desenvolveram cursos de
formação no triénio 2005-2007
Do total de empresas que
realizaram cursos de formação profissional no triénio, 96,5 %
indi-caram ter registado alterações na empresa durante o período em análise (Quadro 33, em
anexo). Estas alterações abrangeram diversos aspectos, os quais foram agrupados em
níveis mais gerais, tais como Tecnologia e Organização, Produtividade, Qualidade e
Com-petitividade, Organização do Trabalho e Empregabilidade e Condições de Trabalho.
Destes níveis, o mais referido foi a Empregabilidade e Condições de Trabalho (92,5 %),
seguindo-se Produtividade, Qualidade e Competitividade (89,5 %), Organização do Trabalho
(76,2 %) e Tecnologia e Organização (72,7 %) (Quadro 35, em anexo).
No total de alterações elencadas, as mais referidas foram: maior adaptação dos
trabalhado-res às exigências do posto de trabalho (indicado por 81,4 % das emptrabalhado-resas que efectuaram
cursos de formação profissional), maior qualidade dos bens e serviços produzidos (79,7 %),
aumento da satisfação dos clientes (79,5 %), aumento do grau de satisfação no trabalho
(76,7 % das empresas) e melhoria das condições de saúde, higiene e segurança no
traba-lho (75,2 %) (Quadro 37, em anexo). Em contrapartida, as alterações menos assinaladas
foram aumento da mobilidade externa dos trabalhadores (saída dos trabalhadores para
outras empresas), indicado por 11,8 % das empresas com cursos de formação, aumento
das exportações (13 %), maior rotatividade (17,3 %) e alteração do vínculo contratual (ex.
alteração de um vínculo precário para outro mais estável) (23,9 %).
Apresentam-se, seguidamente, as alterações mais evidenciadas e as secções de actividade
onde foram mais preponderantes:
-
Melhoria nas condições de saúde, higiene e segurança no trabalho: Captação e
Dis-tribuição de Água (91,1 %), Construção (85,5 %), Electricidade e Gás (84,3 %),
Indús-trias Extractivas (83,7 %), Alojamento e Restauração (83,5 %) e IndúsIndús-trias
Transforma-doras (83 %).
-
Maior adaptação dos trabalhadores às exigências dos postos de trabalho:
Electrici-dade e Gás (95 %), ActiviElectrici-dades Imobiliárias (90,2 %), ActiviElectrici-dades de informação e de
comunicação (90,2 %), Actividades Financeiras e de seguros (87,3 %), Indústrias
Transformadoras (84,6 %), Captação e Distribuição de Água (84,3 %), Actividades
administrativas e dos serviços de apoio (82,9 %) e Educação (82,4 %).
-
Aumento do grau de satisfação no trabalho: Electricidade e Gás (90,4 %),
Activida-des de consultoria, científicas, técnicas e similares (88,1 %), Outras actividaActivida-des de
ser-viços (84,3 %), Captação e Distribuição de Água (83,8 %) e Actividades de informação
e de comunicação (83,5 %).
-
Aumento da satisfação dos clientes: Actividades de informação e de comunicação
(90,3 %), Actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares (88,2 %),
Activida-des de saúde humana e a apoio social (85,9 %), Outras actividaActivida-des de serviços
(83,8 %), Actividades administrativas e dos serviços de apoio (82,7 %) e Actividades
Financeiras e de seguros (82,1 %).
-
Melhoria da competitividade da empresa: Actividades de informação e de
comunica-ção (88,9 %), Actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares (88,9 %) e
Actividades Financeiras e de seguros (83,3 %).
-
Maior qualidade dos bens e serviços produzidos: Actividades de consultoria,
científi-cas, técnicas e similares (88,2 %), Actividades de saúde humana e a apoio social
(88,1 %), Actividades de informação e de comunicação (87,3 %), Outras actividades de
serviços (84,9 %) e Educação (83,4 %).
Por escalão de dimensão, observou-se que as empresas de maior dimensão indicaram mais
alterações que as de menor dimensão (Quadro 39, em anexo). Não obstante, o tipo de
alte-ração indicada não apresentou variações assinaláveis, com o escalão de dimensão da
empresa.
A realização de cursos de formação foi motivada pelas alterações verificadas nas empresas,
destacando-se, com maior peso na realização dos cursos, a introdução de modelos de
ges-tão da qualidade (normalização, certificação, etc.), indicado por 84,4 % dessas empresas, a
modificação de processos de trabalho (81,8 %), a introdução de novos produtos/serviços e
a introdução de novas tecnologias na actividade produtiva (de bens e serviços), ambas com
81,4 %. (Quadro 41, em anexo)
Relativamente à contribuição dos cursos de formação para as alterações produzidas, é
pos-sível observar que existia uma relação positiva entre ambas as situações, dado que a
maio-ria das empresas considerou que a formação realizada contribuiu Muito ou em Parte (mais
de 50 %) em detrimento das que indicaram Pouco ou Nada (Quadro 45, em anexo). De
des-tacar na avaliação “contribuiu muito”, a introdução de modelos de gestão da qualidade
(normalização, certificação, etc.), com 36,5 % e a melhoria das condições de saúde, higiene
e segurança no trabalho (34,7 %).
2.4. Alterações ocorridas nas empresas no triénio 2005-2007 – comparação entre as
empresas que não desenvolveram cursos de formação e as que desenvolveram
cursos de formação
Do total de empresas com 10 ou mais pessoas ao serviço, 28,3 milhares (58,7 %) não
desenvolveram, entre 2005 e 2007 cursos de formação profissional. (Quadro 47, em anexo)
A não realização de cursos de formação foi mais comum nas empresas de menor
dimen-são. Assim, 64,1 % das empresas com 10 a 49 pessoas ao serviço não efectuaram cursos
de formação, contra 10,5 % no escalão de empresas com 250 ou mais trabalhadores.
Em actividades como a secção C (Indústrias Transformadoras), a secção R (Actividades
artísticas, de espectáculos, desportivas e recreativas) e a secção B (Indústrias Extractivas),
mais de 60 % das empresas não realizaram cursos de formação profissional.
No Gráfico 5, é possível comparar as alterações indicadas, quer pelas empresas que
reali-zaram cursos de formação profissional, quer pelas empresas que não o fizeram no triénio
em análise.
Observa-se que as empresas que realizaram cursos de formação indicaram mais alterações
do que as que não efectuaram. As maiores diferenças surgiram no grupo de itens relativos
a Organização do Trabalho (31,3 p.p.) e a Tecnologia e Organização (27,2 p.p.).
Por actividade económica, e analisando cada um dos grupos de alterações, o grupo
referen-te a Tecnologia e Organização obreferen-teve as diferenças mais acentuadas nas secções L
(Acti-45,5 72,7 72,0 89,5 44,9 76,2 76,9 92,5 Tecnologia e Organização Produtividade, Qualidade e Competitividade Organização do Trabalho Empregabilidade e Condições de Trabalho
Gráfico 5 - Percentagem de empresas com e sem cursos de formação, segundo o tipo de alteração (2005-2007)
Sem Cursos Com Cursos
vidades imobiliárias) e N (Actividades administrativas e dos serviços de apoio), ambas
aci-ma dos 40 p.p. de diferença, entre as empresas com cursos e as empresas sem cursos de
formação no triénio (Quadro 56, em anexo). A diferença menos acentuada registou-se na
secção B (Indústrias Extractivas),apresentando uma diferença de 10,5 p.p. Quanto ao grupo
referente a Produtividade, qualidade e competitividade, a maior diferença surgiu na secção
M (Actividades de consultoria, científicas, técnicas e similares) 26,6 p.p. e a menos
relevan-te 10,8 p.p., na secção B (Indústrias Extractivas). Relativamenrelevan-te ao grupo Organização do
Trabalho, a secção F (Construção) evidenciou uma diferença de 34,2 p.p. entre os dois
tipos de empresa, tendo em contrapartida a secção K (Actividades financeiras e de seguros)
apresentado a diferença mais ténue (9 p.p.). Finalmente, o grupo relativo a Empregabilidade
e Condições de trabalho, apresentou a maior diferença na secção K (Actividades financeiras
e de seguros) (25,2 p.p.) e a menor (9,4 p.p.), na B( Indústrias Extractivas).
No quadro seguinte observa-se, com mais detalhe, as alterações indicadas pelas empresas.
Quadro 1 – Percentagem de empresas que indicaram alterações no triénio 2005-2007, segundo a realiza-ção de cursos de formarealiza-ção profissional e diferença (em pontos percentuais), por tipo de alterarealiza-ção
Continente p.p. que realizaram cursos que não realizaram cursos Tecnologia e Organização
Introdução de novas tecnologias na organização da empresa 49,2 27,8 21,5
Introdução de novas tecnologias na actividade produtiva (de bens e serviços) 46,0 25,2 20,8
Alterações na estrutura organizacional da empresa 35,0 19,6 15,4
Inovação nos produtos/serviços (desenvolvimento de produtos/serviços existentes ou introdução de novos produtos/serviços)
51,6 30,7 20,9
Produtividade, Qualidade e Competitividade
Aumento da capacidade produtiva 52,7 41,1 11,6
Crescimento da produtividade na empresa 56,3 40,5 15,8
Maior qualidade dos bens/serviços produzidos 79,7 60,3 19,3
Melhoria da competitividade da empresa 71,1 56,0 15,1
Aumento da satisfação dos clientes 79,5 67,8 11,7
Crescimento das vendas de produtos/serviços 53,9 47,3 6,6
Aumento das exportações 14,0 11,5 2,4
Melhoria dos resultados líquidos 48,0 41,5 6,5
Organização do Trabalho
Modificação dos processos de trabalho 62,8 29,0 33,8
Introdução de práticas de rotatividade de funções/actividades 31,6 19,8 11,8
Introdução de práticas de polivalência de funções 47,0 30,4 16,6
Introdução de modelos de gestão de qualidade (normalização, certificação, etc.) 42,2 17,0 25,2
Empregabilidade e Condições de Trabalho
Alteração do vínculo contratual (ex. alteração de um vínculo precário para outro mais estável)
23,9 20,7 3,3
Maior fixação do pessoal ao serviço 40,2 40,7 -0,5
Maior rotatividade 17,3 12,1 5,2
Aumento da mobilidade interna dos trabalhadores (mudança de carreira ou funções) 24,0 13,8 10,2
Aumento da mobilidade externa dos trabalhadores (saída dos trabalhadores para outras empresas)
11,8 9,6 2,1
Melhoria nas condições de saúde, higiene e segurança no trabalho 75,2 70,1 5,1
Maior adaptação dos trabalhadores às exigências dos postos de trabalho 81,4 60,3 21,2
Aumento do grau de satisfação no trabalho 76,7 62,6 14,1
Crescimento das remunerações acima da inflacção verificada 34,1 30,9 3,1
* As percentagens apresentadas foram calculadas relativamente ao total de empresas com e sem cursos de formação profissional no triénio, respectivamente.
Alterações registadas pelas empresas: Diferença (em p.p.) Percentagem
Assim, confirma-se que a percentagem de empresas que efectuaram cursos de formação
profissional no triénio de 2005-2007 e que indicaram ter tido alterações supera, em todos os
itens analisados, a percentagem de empresas que indicaram ter sofrido alterações mas que
não realizaram cursos de formação. A única excepção, registou-se no item maior fixação do
pessoal ao serviço, que apresentou um valor ligeiramente inferior nas empresas que
efec-tuaram cursos de formação. As diferenças mais significativas entre as respostas de ambos
os tipos de empresas foram nos itens modificação dos processos de trabalho, em que
62,8 % da empresas que efectuaram cursos tiveram este tipo de alteração, contra 29 % das
que o não fizeram, a introdução de modelos de gestão de qualidade (normalização,
certifi-cação, etc.), que foi indicado por
42,2 % das empresas com cursos e por 17,0 % das
empresas que os não tiveram. Também a introdução de novas tecnologias na organização
da empresa foi referida por 49,2 % das empresas com cursos e por 27,8 % das que os não
realizaram.
Por outro lado, onde se registaram diferenças menos significativas foi no aumento da
mobi-lidade externa dos trabalhadores (saída dos trabalhadores para outras empresas), aumento
das exportações, crescimento das remunerações acima da inflação verificada e alteração do
vínculo contratual (ex. alteração de um vínculo precário para outro mais estável). Refira-se
que o indicador maior fixação do pessoal ao serviço, obteve um valor ligeiramente superior
nas empresas que não efectuaram cursos de formação profissional (mais 0,5 p.p.
relativa-mente às empresas que efectuaram cursos de formação, no triénio).
III. CONCEITOS E METODOLOGIA
3.1. Conceitos
Pessoas ao serviço -
Pessoas que no período de referência participaram na actividade da
empresa/entidade qualquer que tenha sido a duração dessa participação e nas seguintes
condições:
a) pessoal ligado ao empresa por um contrato de trabalho, recebendo em contrapartida uma
remuneração;
b) pessoal ligado à empresa/entidade, que por não estar vinculado por um contrato de
tra-balho, não recebe uma remuneração regular pelo tempo trabalhado ou trabalho fornecido
(por ex. proprietários-gerentes, familiares não remunerados, membros activos de
cooperati-vas);
c) pessoal com vínculo a outras empresas/entidades que trabalharam na empresa sendo
por este directamente remunerados;
d) pessoas nas condições das alíneas anteriores, temporariamente ausentes por um
perío-do igual ou inferior a um mês por férias, conflito de trabalho, formação profissional, assim
como por doença e acidente de trabalho.
Não são consideradas como pessoal ao serviço as pessoas que:
i. se encontram nas condições descritas nas alíneas a), b) e c) e estejam
tempora-riamente ausentes por um período superior a um mês;
ii. os trabalhadores com vínculo à empresa/entidade deslocados para outras
empre-sas/entidades, sendo nessas directamente remunerados;
iii. os trabalhadores a trabalhar no estabelecimento/entidade e cuja remuneração é
suportada por outras empresas/entidades (por ex. trabalhadores colocados por
empresas de trabalho temporário);
iv. os trabalhadores independentes (por ex. prestadores de serviços ou pessoas
pagas através dos designados recibos verdes).
Trabalhadores em regime de prestação de serviços (“recibos verdes”)
– Pessoas em
regime de prestação de serviços (trabalhadores independentes) que exercem no
estabele-cimento/entidade a sua actividade, com subordinação hierárquica e têm um período de
tra-balho semanal e um horário perfeitamente definidos.
Trabalhadores colocados por empresas de trabalho temporário
– Pessoas provenientes
de celebração de um contrato de prestação de serviços entre o estabelecimento e a
empre-sa de trabalho temporário, pelo qual esta se obriga, mediante retribuição, a colocar à
dispo-sição daquele um ou mais trabalhadores. Estes estão sujeitos à autoridade e direcção do
utilizador, mantendo todavia o vínculo jurídico-laboral à empresa de trabalho temporário,
sendo por ela remunerado. (Lei n.º 19/2007 de 22 de Maio)
Curso de formação profissional -
Programa estruturado de formação que visa
proporcio-nar a aquisição de conhecimentos, capacidades práticas, atitudes e formas de
comporta-mento necessários para o exercício de uma profissão ou grupo de profissões, com
objecti-vos, metodologia, duração e conteúdos programáticos bem definidos.
Considere cursos organizados e/ou realizados pela empresa/entidade, bem como os
orga-nizados e/ou realizados por outras entidades públicas ou privadas, mas em que
participa-ram pessoas a exercer actividade na empresa. Não considere seminários, conferências ou
palestras.
Área de Educação e formação
– Conjunto de programas de educação e formação,
agru-pados em função da semelhança dos seus conteúdos principais, não se atribuindo
relevân-cia ao nível de educação ou formação ou à complexidade das aprendizagens. (Portaria n.º
256/2005 de 16 de Março – Classificação Nacional das Áreas de Educação e Formação,
CNAEF)
Custos com formação profissional -
Despesas suportadas com a formação. Inclui
nomeadamente as remunerações pagas pela entidade empregadora aos trabalhadores em
formação (como se estivessem em trabalho efectivo), pagamento a monitores ou a
orga-nismos encarregados de formação profissional, material técnico-pedagógico, bolsas de
for-mação, despesas de transportes inerentes a deslocações para forfor-mação, depreciação e/ou
reparação de imóveis e equipamento ligado à formação.
Montante de participação da empresa -
Custos de formação suportados
exclusiva-mente pela empresa, quer sejam relativos ao pagamento das horas que os
trabalha-dores estiveram em formação, quer outros custos, excluindo todos os subsídios
rece-bidos através de organismos oficiais ou outras entidades.
Subsídios do FSE
- Total de subsídios aprovados (recebidos e a receber), através do
Fundo Social Europeu, relativo aos cursos de formação realizados nos anos de
refe-rência.
Outros subsídios
- Total de subsídios aprovados (recebidos e a receber), através de
outras entidades públicas ou privadas, relativos aos cursos de formação realizados
nos anos de referência.
Rotatividade
– Movimento de entradas e saídas de pessoal durante o período de
referên-cia.
3.2.
Metodologia das amostras
3.2.1. Plano de amostragem
3.2.1.1. Universo
Todas as empresas do Continente, com 10 ou mais pessoas ao serviço, de todas as
activi-dades económicas, com excepção dos sectores de actividade correspondentes às secções
A (Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca), O (Administração Pública e Defesa;
Segurança Social Obrigatória), T (Actividades das famílias empregadoras de pessoal
doméstico e actividades de produção das famílias para uso próprio) e U (Actividades dos
organismos internacionais e outras instituições extra-territoriais). Nas secções P
(Educa-ção), Q (Actividades de saúde humana e apoio social), R (Actividades artísticas, de
espec-táculos, desportivas e recreativas) e S (Outras Actividades de serviços) foram excluídas as
todas as entidades públicas, excepto as que empregam trabalhadores abrangidos pelo
regime de Segurança Social. Igualmente excluídos, foram a subclasse 68322 e o grupo
94900 da CAE-Rev3.
3.2.1.2. Universo de referência
Coincide com o Universo.
3.2.1.3. Base de Amostragem
A base de amostragem para o Inquérito ao Impacte da Formação Profissional nas
Empre-sas 2005-2007 foi determinada a partir da fonte administrativa anual Quadros de Pessoal de
2007
10relativa às Empresas. Esta informação poderá ter sofrido actualizações posteriores.
A população é constituída pelas empresas de todas as actividades económicas, com
excep-ção dos sectores de actividade mencionados em 2.1.1.
São apenas consideradas as empresas com dez ou mais pessoas ao serviço e o âmbito
geográfico é o Continente.
3.2.1.4. Unidades Amostrais
Empresas.
10
Segundo o Decreto-Lei n.º 123/2002 de 4 de Maio de 2002, Quadros de Pessoal abrange as pessoas singulares ou colectivas com traba-lhadores ao seu serviço. Estão excluídos a administração central, regional e local, institutos públicos e empregadores de trabatraba-lhadores de serviço doméstico. Contudo, os serviços da administração central, regional e local e os institutos públicos com trabalhadores ao seu serviço em regime de contrato individual de trabalho são abrangidos por este diploma apenas em relação a estes trabalhadores.