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Plano Municipal de Promoção das Acessibilidades (PMPA)

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Academic year: 2021

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Plano Municipal de Promoção das Acessibilidades (PMPA) 

 

Definições

O  Plano  Municipal  de  Promoção  das  Acessibilidades  irá  conter  um  programa  das  intenções  necessárias  para  assegurar  a  acessibilidade  física  (realizado  com  o  recurso  aos  sistemas  de  informação  geográfica)  em  determinadas  áreas  concelhias  de  intervenção,  identificando  as  situações de desconformidade com as normas, tipificando e definindo, de forma sistemática,  as medidas correctivas a implementar, estimando o custo de cada medida e de todas no seu  conjunto, e estabelecendo uma metodologia e um calendário para a sua execução futura.  O plano contará com a participação da população do município, sendo dada especial ênfase ao  contributo  da  comunidade  de  pessoas  com  deficiência  e  a  outras  entidades  (parceiras  deste  projecto).  Neste  contexto  irão  efectuar‐se  acções  de  formação  e  sensibilização  destinadas  à  sociedade civil e a todos os técnicos intervenientes nesta área, designadamente aos técnicos  autárquicos e projectistas.  

Áreas de intervenção

Peniche  é  um  município  que  integra  um  conjunto  de  6  freguesias.  É  um  dos  seis  concelhos  pertencentes  ao  Distrito  de  Leiria,  ocupa  uma  área  de  77,6  km2  que  corresponde  a  2,2%  da  área  total  deste  Distrito.  Segundo  os  dados  do  último  recenseamento  (2001),  esta  área  é  ocupada  por  27  496  habitantes,  o  que  se  traduz  numa  densidade  populacional  de  362,9  habitantes  por  Km2.  A  área  de  intervenção  corresponde  ao  conjunto  formado  pelo  total  dos  perímetros  urbanos  afectados  ao  município  de  Peniche  e  definidos  em  Plano  Director  Municipal.  Para  além  do  principal  centro  populacional  –  a  cidade  de  Peniche  –  incluem‐se  também os vários aglomerados populacionais que se dispõem em trono deste, contemplando  desta forma todas a zonas de cariz residencial, comercial e de serviços presentes no município,  bem como os vários equipamentos essenciais a vivência urbana, as áreas de recreio e de lazer,  áreas piscatórias e pólos de apoio ao turismo. 

O  turismo  é  uma  das  principais  actividades  presentes  neste  território  que  se  prende  essencialmente com o facto de possuir uma vasta extensão de costa marítima, apresentando  uma  grande  variedade  de  praias  e  um  património  natural  de  cuja  ilha  da  Berlenga  é  um  ex‐ líbris e um pólo de grande atractividade. 

De  um  modo  geral,  a  área  de  intervenção  apresenta  uma  serie  de  debilidades  ao  nível  das  acessibilidades  que  se  prendem  ora  com  a  presença  de  barreiras  arquitectónicas  em  espaço  público e edifícios, ora com a não adequação das redes de turismo colectivos à realidade dos  cidadãos portadores de mobilidade reduzida. (seguir para planta da área)      Objectivos 1. Pensar estrategicamente a nível municipal evitando medidas avulsas;  2. Articulação com políticas sectoriais definidas para o município;  3. Evitar as dicotomias entre os centros municipais e os núcleos urbanos periféricos; 

4. Evitar  o  isolamento  da  população  envelhecidas  e/ou  incapacitada,  integrando‐a  no  contexto municipal; 

5. Encontrar as fragilidades físicas do território do ponto de vista da acessibilidade; 

6. Envolvimentos  das  entidades  locais  para  em  conjunto  encontrarem  as  soluções  e  as  orientações; 

7. Definir medidas correctivas da situação; 

8. Definição de prioridades estratégicas e calendarização; 

9. Criação  de  mecanismos  para  que,  após  a  conclusão  do  plano  esteja  instalada  uma  plataforma especializada que dê continuidade à pratica da acessibilidade municipal; 

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10. Articulação  das  necessidades  espaciais,  em  particular,  as  das  pessoas  de  mobilidade  condicionada; 

11. Criação  de  plano  de  auscultação/debate  com  as  diferentes  entidades  de  solidariedade  relevantes no município, em particular com as entidades sem fins lucrativos que prestam  serviço cultural, social e educativo; 

12. Elaboração  de  fases  com  participação  pública  de  forma  a  constituírem  contributos  para  decisão final das estratégias principais do Plano; 

13. Assumir  o  empenho  no  processo  e  o  compromisso  de  futura  afectação,  em  orçamentos  anuais  e  em  planos  plurianuais  de  investimentos,  de  verbas  para  implementação  das  medidas e programar pelo plano.    Actividades previstas • Acções de informação/formação;  • Acções de sensibilização;  • Concepção e produção de materiais informativos;  • Concepção e produção de Recursos técnicos pedagógicos;  • Desenvolvimento de módulos de formação/informação;  • Estudos.         

Descrição das actividades

• Lançamento da Elaboração do Plano  

Sessão de esclarecimento da inicial sobre a elaboração do Plano Municipal de Promoção  das  Acessibilidades.  Dar  conhecimento  à  sociedade  civil  sobre  as  diferentes  fases  do  projecto e prazos de conclusão. 

 

• Divulgação na comunicação social  

Sessão de esclarecimento para acompanhamento do projecto em estações de rádio locais  e/ou estações de televisão corporativas. Pretende‐se criar uma hora mensal de programa  de  rádio  com  debate  sobre  a  temática  ao  nível  do  município  com  os  diversos  intervenientes.  

Simultaneamente, a realização de notícias/artigos em jornais e no Jornal Planeamento e  Cidades, de âmbito nacional. 

 

• Acções de informação/formação 

Formação  sobre  a  legislação  aplicável  em  matéria  de  acessibilidades  e  igualdade  de  género e oportunidades, ministrada ao longo do projecto, direccionada para os diferentes  departamentos municipais com funções nestas áreas, designadamente gestão urbanística,  projecto e operativos do terreno. Formação com cariz prático utilizando casos em cursos  no município, para aula prática.    • Acções de informação/formação 

Formação  sobre  a  legislação  aplicável  em  matéria  de  acessibilidades  e  igualdade  de  género  e  oportunidades,  direccionada  para  as  diferentes  empresas  e  escritórios  de  projecto, transporte e comerciantes. 

 

• Acções de informação/formação 

Desenvolvimento  do  Sistema  de  Informação  Geográfica  por  forma,  a  ser  integrado  na  intranet  e  internet  para  acompanhamento  e  monitorização  das  diferentes  fases  do 

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projecto, designadamente das áreas locais de intervenção (permite a participação pública  e o acompanhamento interno por parte dos técnico da autarquia). 

 

• Gestão do Projecto – ICVM 

Gestor global de todo o projecto de forma a garantir a monitorização de todas as acções,  o  cumprimento  da  calendarização  e,  ainda  da  qualidade  do  projecto  e  de  todos  os  diferentes intervenientes. 

 

• Constituição de Um Conselho Consultivo 

Criação  de  um  Conselho  Consultivo  do  Plano  que  acompanhará  todo  o  projecto.  A  comissão é uma rótula multidisciplinar para efeitos operativos da acessibilidade, criando  um método de trabalho em equipa que possa permanecer no futuro. 

Constituída  pelos  directores  de  departamento  da  autarquia,  as  Juntas  de  Freguesia,  o  ICVM, as associações parcerias e outras entidades locais.  

 

• Sessões de participação pública  

Realização  de  4  sessões  de  participação  pública  destinadas  a  todos  os  munícipes  acompanhando todas as fases de elaboração do Plano. Estas participações são realizadas  antes  do  inicio  do  PMPA,  antes  da  entrega  do  Diagnóstico,  a  meio  da  elaboração  do  1º  Draft do plano e antes da aprovação final do PMPA (processo decisório) e ainda, presença  nos conselhos conclusivos, entre outros. 

• Levantamento  das  condições  de  acessibilidades  e  espacialização  das  barreiras  físicas  urbanísticas e arquitectónicas e das pessoas portadoras de mobilidade condicionada  Levantamento e especialização das barreiras físicas urbanísticas e arquitectónicas da área  de  intervenção  e  da  área  envolvente  aos  equipamentos  públicos  fundamentais  para  a  vivência urbana. Levantamento do contexto territorial e demográfico focando em especial  a  população  alvo  do  estudo  (faixas  etárias,  pessoas  incapacitadas  e  com  mobilidade  reduzida) e as suas condições socioeconómicas. 

 

• Estudo – A população alvo, condições socioeconómicas e a sua localização 

Recolha  de  elementos  pertinentes  relativamente  à  população  alvo,  condições  de  vida,  localização e formas de deslocação. Realização de inquéritos e outros modelos de recolha  de  análise  de  dados  para  servir  de  suporte  à  definição  de  medidas  correctivas.  O  cruzamento  do  diagnostico  físico  com  o  social  permitiram  a  definição  de  estratégicas  municipais de acessibilidade. 

 

• Estudo – Relatório de diagnóstico e análise  

Análise  de  dados  recolhidos  e  elaboração  do  diagnóstico  focando  os  aspectos  de  acessibilidades,  contexto  territorial  e  demográficas  e  condições  socioeconómicas  da  população.  Este  diagnóstico  será  base  de  desenvolvimento  da  análise  SWOT.  Anexo  ao  relatório serão produzidas plantas que demonstrarão o diagnóstico elaborado. 

 

• Estudo – Draft do Plano 

Entende‐se por draft do plano as orientações e estratégias delineadas que darão origem  ao  PMPA  final,  depois  de  submetidas  ao  escrutínio  da  participação  pública.  Será  um  momento  importante  para  fazer  alguns  ajustes  estratégicos  face  a  parâmetros  e  pretensões que surgem de forma indirecta no processo, mas que a sua integração poderá  fazer a diferença no produto final.  

 

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Realização do documento final relativo ao PMPA que será constituído por uma planta de  acessibilidades  que  garante  os  percursos  acessíveis  à  escala  municipal  e  ainda  um  documento  escrito  contendo  todas  as  orientações  e  medidas  correctivas,  as  prioridades  de  execução  dessas  medidas,  a  calendarização  e  orçamentação  das  mesmas.  Por  fim,  a  apresentação do Plano à autarquia e posterior aprovação. 

 

• Divulgação do PMPA ‐ Sessões de esclarecimento realizadas no final do PMPA     

• Concepção e produção de materiais informativos – Guia prático 

Publicação  de  um  guia  prático  com  as  conclusões  e  analise  do  diagnostico  e  com  as  principais medidas correctivas propostas pelo PMPA (Brochura) 

 

• Workshop 

Sessão  de  trabalho  na  temática  das  acessibilidades  permitindo  troca  de  experiências  e  apresentando exemplos do que é feito nesta temática noutros países.                                                                        

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Glossário

Acessibilidade – A capacidade do meio de assegurar a todos uma igual oportunidade de uso

de ambientes, produtos e serviços, de uma forma directa, imediata, permanente, segura e o mais autónoma possível. É um critério de qualidade.

 

DL 163/2006 – Decreto-Lei n.º 163/2006, de 8 de Agosto, que define as condições de

acessibilidade a satisfazer no projecto e na construção de espaços públicos, equipamentos colectivos, edifícios públicos e habitacionais.

 

Plano de Promoção da Acessibilidade – Instrumento que programa as intervenções

necessárias para assegurar a acessibilidade física numa determinada área de intervenção, identificando as situações de desconformidade com as normas, tipificando e definindo de forma sistemática as medidas correctivas a implementar, estimando o custo de cada medida e de todas no seu conjunto, e estabelecendo uma metodologia e um calendário para a sua execução futura. Não integra projectos de execução nem obras de construção específicas.

Plano Municipal de Promoção da Acessibilidade (PMPA) – Plano de promoção da acessibilidade que tem por área de intervenção o conjunto do espaço público sob tutela

municipal integrado no meio urbano de um Concelho.

Plano Local de Promoção da Acessibilidade (PLPA) – Plano de promoção da acessibilidade

que tem por área de intervenção o conjunto do espaço público sob tutela municipal integrado numa parte contínua e bem delimitada do meio urbano de um Concelho (por ex., freguesia, aglomerado, bairro, avenida, praça) que não é passível de circunscrição a um lote de terreno.  

Referências

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