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Inovação e Desenvolvimento. FGV, 10 Forum de Economia, 2013 Carlos Américo Pacheco

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(1)

Carlos  Américo  Pacheco  

Inovação e Desenvolvimento

(2)

Brasil: poderia (talvez possa)

ter um cenário auspicioso

•  Convergência:  

–  demanda  global  por  matérias-­‐primas  -­‐  

China  

–  fronteiras  para  recursos  naturais,  

inclusive  Pré-­‐sal  

–  dinamismo  do  consumo  domésEco  

(aumento  da  renda,  melhoria  da   distribuição  e  ciclo  de  crédito)  

–  invesEmentos  em  infra-­‐estrutura  

•  Fim  das  restrições  externas  (excesso  

de  divisas)  

•  Graus  de  liberdade,  num  mundo  

problemáEco   80,0 90,0 100,0 110,0 120,0 130,0 140,0 150,0 160,0 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Preços de Manufaturados (MUV) e Commodities (exclusive petróleo)

Commodity Non-Fuel Price Index MUV

(3)

Baixa Competitividade

•  Desafios  sistêmicos  à  

compeEEvidade  

•  cambial  

•  custo  de  capital  alto  

•  carga  tributária  

elevada  

•  infra-­‐estrutura  e  

logísEca  deficientes  

•  ambiente  de  negócios  

negaEvo  

•  burocracia  excessiva  

•  baixa  escolaridade  

 Entre  os  Brics,  apenas  a  Rússia,  em  função  do  petróleo  e   do  excesso  de  divisas,  apresenta  situação  similar  ao  Brasil  

(4)

Riscos de especialização

Horizonte  de  

crescimento  virtuoso:  

–  mas  perfil  estrutural  

problemáEco  

–  especialização  

inconveniente  em   recursos  naturais  

Desafio  de  manter  e  

diversificar  mais  a  

economia  

-50,0 -40,0 -30,0 -20,0 -10,0 0,0 10,0 20,0 30,0 -50,0 -40,0 -30,0 -20,0 -10,0 0,0 10,0 20,0 30,0 2006 2007 2008 2009 2010 2011

Indústria e Serviços Tecnológicos: Balança Comercial por Intensidade Tecnológica

(jan-jun de 2006 a jan-jun de 2011) (US$ bi)

Alta tecnologia Média-alta tecnologia

Média-baixa tecnologia Baixa tecnologia

Serviços tecnológicos Indústria e Serviços Tecnológicos

(5)

Produtividade (EUA = 1,00)

A  evolução  da  produEvidade   revela  um  descompasso  grande  

em  relação  ao  mundo.  Depois   de  ter  regredido  na  década  de   oitenta,  a  produEvidade  tem   crescido  abaixo  do  crescimento  

do  PIB  per  capita  e  decrescido   em  relação  a  produEvidade  dos  

EUA  –  tanto  em  termos  da   produEvidade  do  trabalho,   quanto  da  ProduEvidade  Total   dos  fatores,  diferentemente  de  

outros  países  emergentes.  

44 Radar

GRÁFICO 3

Evolução da produtividade total dos fatores em países selecionados

1960 1970 1980 1990 2000 2010 1 1,5 2 2,5 3

Brasil Estados Unidos Coreia do Sul China

Fonte: Feenstra, Inklaar e Timmer (2013a; 2013b), Barro e Lee (2012) e IPUMS (2011). Elaboração do autor.

Obs.: ano de 1960 = 1.

Como foi visto, a comparação da PTF entre países requer considerar os níveis das variáveis e não apenas suas taxas de crescimento. Uma forma comumente usada na literatura para comparar a produtividade entre países é analisar a PTF de cada país em relação à PTF dos Estados Unidos no mesmo período, conforme mostra o gráfico 4. A PTF do Brasil representava 46% da PTF americana em 1960 e chegou a atingir 66% em 1976. Desde então, a PTF vem caindo consistentemente, chegando em 2011 a apenas 42% da PTF norte-americana.12 A PTF coreana converge rapidamente, passando de 31%

para 68% da PTF norte-americana no período. Isto representa um avanço considerável, uma vez que a PTF americana continuou crescendo de forma consistente entre 1960 e 2010. Por fim, a PTF chinesa, depois de queda relativa em relação à dos Estados Unidos até 1980, apresenta alguma recuperação, chegando a 2011 com 36% da PTF norte-americana.

GRÁFICO 4

Nível da produtividade total dos fatores em países selecionados

1960 1970 1980 1990 2000 2010 Brasil Coreia do Sul China

0,2 0,4 0,6 0,8

Fonte: Feenstra, Inklaar e Timmer (2013a; 2013b), Barro e Lee (2012) e IPUMS (2011). Elaboração do autor.

Obs.: Estados Unidos = 1.

12. Os dados da PTF do Brasil de 1995, 1996 e 1997 foram excluídos por apresentarem uma subida inesperada e muito rápida, seguida por forte queda. Este comportamento não é compatível com os dados brasileiros, e provavelmente deveu-se a algum erro na construção da base. Este potencial erro, parece ser motivado por alguma particularidade da pesquisa de PPC usada para a construção do indicador de produto. Por se tratar de uma versão muito recente, a PWT 8.0 ainda necessita passar pelo escrutínio da comunidade acadêmica para a validação e correção dos resultados mais específicos.

TFP apud: Lucas Ferreira Mation, 2013

(6)

Inovação

Inovação:  imperaEvo  

principal  determinante  da  

produEvidade  (TFP)  

centro  das  políEcas  de  

compeEEvidade  

agregar  valor  

mudar  a  estrutura  

produEva  

gerar  melhores  empregos  

consenso  -­‐  público  e  

privado  

Desenvolvidos

Em desenvolvimento

(7)

Inovação:

Percepção Privada

Uma  clara  percepção  da  liderança  

do  setor  privado  quanto  a  

relevância  da  agenda  de  inovação  

para  a  compeEEvidade  e  mesmo  

(8)

China & Brazil

(MVA & High Tech) 6,7% 9,8% 14,5% 1,7% 1,7% 1,7% 0,0% 2,0% 4,0% 6,0% 8,0% 10,0% 12,0% 14,0% 16,0% 2000 2005 2009 China Brasil 0,0 50,0 100,0 150,0 200,0 250,0 300,0 350,0 400,0 450,0 500,0 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

X and M High Tec:

China e Brasil 1996–2008 (bi US$)

China (X) China (M) Brazil (X) Brazil (M)

A  parEcipação  da  China  

e  do  Brasil  na  produção  

manufatureira  mundial  

e  o  desempenho  da  

importação  e  

exportação  de  bens  de  

alta  tecnologia  revela  o  

descompasso  entre  o  

desempenho  do  Brasil  

e  da  China  em  termos  

produEvos:  tamanho  e  

(9)

P&D – China & Brasil

Intensidade e estrutura

Effects  

Total  R&D  Brazil  -­‐  (%  GDP)  

1,11  

Size  of  China  Manufacturing  

0,73  

Intensity  of  China  Manufacturing  

0,06  

Structure  of  China  Manufacturing  

-­‐0,02  

R&D  with  Manufacturing  China  Effect  

0,76  

Public  R&D  

0,58  

Services  

0,16  

(10)

Horizontes da política

nacional de inovação

i.  PolíEcas  industriais  e  tecnológicas  aEvas  de  caráter  

horizontal  (incenEvos  fiscais,  crédito,  melhoria  dos  marcos   regulatórios)  e  políEcas  verEcais  para  setores  estratégicos;  

ii.  Maior  ênfase  na  formação  de  recursos  humanos  

qualificados  em  ciência,  engenharia  e  no  ensino  técnico,   com  ações  de  médio  prazo  e  medidas  emergenciais;  

iii.  Fortalecimento  da  atração  de  invesEmentos  intensivos  em  

tecnologia,  apoio  à  internacionalização  das  empresas   brasileiras  e  à  exportação  de  maior  valor  agregado;  

iv.  Fortalecimento  do  sistema  de  inovação  e  maior  

(11)

Um Exemplo:

escassez em engenharia?

•  Emprego  em  engenharia  –  elevado  crescimento  recente  

-­‐  taxa  média  de  8,3%  a.a.  (2003  a  2008)    versus  taxa   média  de  2,6%  para  a  ocupação  total  

•  Requerimento  esEmado  de  engenheiros  duas  vezes  o  

crescimento  do  PIB  (IPEA)  para  a  próxima  década  

•  Mas  pode  ser  maior,  se  for  mais  intensa  da  mudança  de  

estrutura  produEva:  

–  nos  EUA,  as  ocupações  de  C&E  cresceram  quatro  vezes  mais  

que  o  PIB  entre  1950  e  2007  

–  maior  ênfase  na  inovação  implicará  em  maior  demanda  por  

engenheiros:  nos  EUA  45%  dos  graduados  em  ocupações  de  

(12)

Formação em engenharia

•  Apenas  5,0%  dos  

egressos  de  ensino   superior  se  formaram   em  engenharia  (2007)  

•  Percentual  baixo  e  

decrescente  

•  Menor  percentual  entre  

35  países  com  

estaisEcas  disponíveis  

–  China  (36%);  Coréia  do  

Sul  (25%),  EUA  (6,1%)  

Fonte:      Pacheco,  2010  (dados  brutos  INEP)  

Situação  brasileira  é  críEca  em  parte  

(13)

Engenheiros por habitantes

•  Engenheiros  por  habitantes:  

–  percentual  de  egressos  x  

escolaridade  superior  

–  perfil  inadequado  de  egressos  

–  baixíssima  escolaridade  

superior  

•  Resultado:  1,95  engenheiros  

para  cada  10  mil  habitantes.  

•  Pior  resultado  entre  35  

países  com  estaisEcas:  

–  70%  menor  que  a  Turquia  

–  2,4  vezes  menos  que  os  EUA  

–  8,4  vezes  menos  que  a  Coréia  

0,00   2,00   4,00   6,00   8,00   10,00   12,00   14,00   16,00   18,00  

Brasil   Turquia   Grécia  Chile   Eslovênia  Hungria   Estados  Unidos  Alemanha   Áustria   Nova  Zelêndia  México   Canadá   Noruega   Holanda  Estônia   Irlanda   Espanha  Islândia   Suíça   Bélgica   Reino  Unido  Israel   Austrália   França  Itália   Dinamarca  Suécia   Japão   Rep.  Checa   Polônia   Rep.  Eslovaca   China   Portugal   Finlândia   Coréia  do  Sul  

Engenheiros  por  10.000  hab  

(14)

Qualidade:

um segundo problema

•  Apenas  9,2%  dos  concluintes  com  

conceito  5  do  ENAE  (2008)  

•  95%  deles  em  insEtuições  

públicas,  mas  crescimento  do   setor  privado  

•  Desafio  da  formação  de  

engenheiros  de  alissima  

qualificação  é  um  desafio  ainda   maior  

•  Resultados  concretos  de  5  a  10  

anos  após  qualquer  iniciaEva  

•  Consciência  do  problema:  recursos  

e  iniciaEvas  públicas.   8,1%

10,4% 11,8% 7,6% 2,2% 1,3% 5,3% 19,0% 25,6% 8,7% 0,0% 5,0% 10,0% 15,0% 20,0% 25,0% 30,0% 35,0% 5 4 3 2 1

Engenharia: cursos segundo conceitos do ENADE (%)

Privado Público

(15)

Reforma do Sistema de C&T

Consolidation of MCT (Ministry of S&T)

1998/2004 – Sectorial Funds for R&D (FNDCT

New institutions for coordination, evaluation and

prospective studies CGEE (2001) and ABDI (2004)

2004: National Innovation Law

2005: New incentives for industrial and innovation

investments

New industrial policies – PITCE (2003), PDP (2007)

and Brasil Maior (2011)

(16)

Planejamento de CT&I

1973, 1975 e 1980 – Basic Plans for S&T

Development – PBDCT (IADB and WB)

1985, 1991, 1998 – Programs for Support S&T

Development - PADCT (WB)

1985, 2002 e 2005 – National Conferences of S&T

and Innovation (after 2002)

2003: PITCE focus on innovation

2007: PDP focus on innovation

2008 – National Program for Accelerating S&T

(17)

Coordenacao de CT&I

1996 - CCT – National Council for S&T – related to

the President of Brazil – main advisor on formulating

and implementing national policies

2004 – National Council for Industrial Development –

consulting group for directives relate to industrial

policies

2004 - Brazilian Agency for Industrial Development

(ABDI) effort for better coordination and articulation

of industrial and innovation policies

2008 – Large effort for coordination of PDP (Brazilian

Productive Development Policy) – general

coordination and executive secretary

(18)

•  New dimension of policies: innovation

•  Institutional reform (Innovation Law, new formats for national labs and

research institutes)

•  Emphasis on PPP and university-business cooperation

•  Creation of externalities and environment for innovation

•  Different instruments for each actor

•  Reform of financing: sectorial funds, subsidies and tax incentives.

(19)

Incentives for R&D:

heritage of old policies

Incentives:

•  most important are old

policies (27 years ago)

•  2/3 related to the informatics law (ZFM) Incentives: •  inefficient to improve private perform •  inefficient to transform private structure

(20)

Questões

¡  Diagnóstico (dispêndio nacional em

P&D:

¡  gasto público elevado: 0,6% do PIB

¡  desempenho privado: só 0,5% do PIB

¡  Mas se a prioridade é a empresa, a

eficácia da política deveria ser medida pela capacidade de induzir o gasto

privado

¡  Medida desta forma, a política brasileira

é o reverso do que se espera:

¡  para cada centavo gasto aqui, no máximo

se tem um centavo privado

¡  no mundo desenvolvido este número é

cerca de quatro vezes maior

0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0

Brasil França Reino

Unido Estados Unidos India Coréia China Japão

(21)

The Brazilian experience

(apud Ferraz)

  There are news policies and institutions ... but coordination,

management and evaluation are still weak

•  There are very important Brazilian innovative companies ...

but they are only 2% of all companies.

•  Innovation is mostly identified with high technology

•  There is a new interest in cooperation between universities

and enterprises ... but it is almost really difficult.

•  There are diversified financing tools. But it is hard to access

credit and financing, mainly for SMEs

•  There is a important success in academic production and

PhDs ... but there is also a general lack of human resources, mainly in engineering

(22)

CT&I: Percurso difícil

i.  Avanço  lento  da  compeEEvidade  

ii.  Maior  senEdo  de  urgência  

iii.  Dificuldade  em  escolher  setores  

estratégicos  e  mudar  estrutura  

iv.  Horizonte  atual:  

–  avanço  nas  ações  horizontais  

–  melhorias  pontuais  nos  projetos  

–  papel  aEvo  de  empresas  e  insEtuições  

v.  Ambição  de  longo  prazo  

–  ampla  reforma  do  SNI  

–  foco  na  inovação  

–  mercado  interno  ...  mas  também  

mercado  mundial     0,0% 0,5% 1,0% 1,5% 2,0% 2,5%

Brasil Espanha Coréia do

Sul

Alemanha EUA

Gasto em P&D da Indústria (% PIB) - Diferenças do Brasil

com países selecionados: Efeito Estrutura e Intensidade

Brasil Efeito Intensidade Efeito Estrutura

Referências

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