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PROCESSO ADMINISTRATIVO (LEI N /2009)

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PROCESSO ADMINISTRATIVO (LEI N. 5.427/2009)

Na Administração Pública tudo gera processo administrativo. Por exemplo, um adminis-trado pretende reformar a sua casa, precisa ir à prefeitura, solicitar uma autorização, um alvará, formando assim um processo administrativo. Outro exemplo: um administrado pre-tende montar uma loja e necessita de um alvará de funcionamento, um novo processo admi-nistrativo. Uma simples multa de trânsito, quando o particular recorre, origina um processo administrativo.

Essa Lei é aplicada ao Estado do Rio de Janeiro.

No âmbito federal existe a Lei n. 9.784/99, no âmbito do Município do Rio de Janeiro há outra Lei.

Cada ente político tem competência legislativa para criar a sua própria lei de processo administrativo.

LEI N.

5427

, DE

01

DE ABRIL DE

2009

ESTABELECE NORMAS SOBRE ATOS E PROCESSOS ADMINISTRATIVOS NO ÂMBITO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º Esta Lei estabelece normas sobre atos e processos administrativos no âmbito do Estado do

Rio de Janeiro, tendo por objetivo, em especial, a proteção dos direitos dos administrados e o

melhor cumprimento dos fins do Estado.

Essa Lei é aplicada na função administrativa no Poder Legislativo e no Poder Judiciário. Há processos típicos para cada Poder: o processo típico do Poder Legislativo é o processo legislativo, a elaboração das leis; o processo típico do Poder Judiciário é o processo judicial, as decisões, as sentenças.

No Poder Executivo o processo típico é o processo administrativo, mas, mesmo nos outros Poderes, existe a função administrativa – por essa razão a Lei é aplicada no âmbito do Estado do Rio de Janeiro em todos os Poderes e, inclusive, na Defensoria Pública, no Ministério Público, no Tribunal de Contas.

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§1º Para os fins desta Lei, considera-se:

I – órgão: a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura de uma entidade da Administração indireta;

Entidades da Administração Indireta, como Autarquia, Fundação Pública, Empresa Pública ou Sociedade de Economia Mista, podem utilizar a técnica da desconcentração e criar seus órgãos internos. Por exemplo, o INSS que criou departamentos, órgãos dentro da sua própria estrutura.

II – entidade: unidade de atuação dotada de personalidade jurídica;

Enquanto o órgão não possui personalidade jurídica, não é sujeito de direitos e obriga-ções, a entidade possui personalidade jurídica podendo ser demandada judicialmente.

III – autoridade: o servidor ou agente público dotado de poder de decisão.

§2º Os preceitos desta Lei também se aplicam aos poderes Legislativos, Judiciários, ao Ministério Público, Defensoria Pública e Tribunal de Contas do Estado, quando no desempenho de função administrativa.

Art. 2º O processo administrativo obedecerá, dentre outros, aos princípios da transparência, le-galidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, impessoalidade, eficiência, celeridade, oficialidade, publi-cidade, participação, e interesse público.

§1º Nos processos administrativos serão observadas, entre outras, as seguintes normas: I – atuação conforme a lei e o direito (Princípio da Legalidade);

II – objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades (Princípio do Interesse Público e Princípio da Impessoalidade);

III – atendimento afins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes, salvo au-torização em Lei;

IV – atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé (Princípio da Moralidade); V – impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados (Prin-cípio do Impulso Oficial);

VI – indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão (Princípio da Mo-tivação);

VII – divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição da República (Princípio da Publicidade);

VIII – adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público (Princípio da Proporcionalidade);

IX – observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados (Princípio do Formalismo Moderado);

X – adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados;

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XII – interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim

pú-blico a que se dirige, vedada a aplicação retroativa de nova interpretação, desfavorável ao

admi-nistrado, que se venha dar ao mesmo tema, ressalvada a hipótese de comprovada má-fé (Princípio da Segurança Jurídica);

XIII – garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de pro-vas; à interposição de recursos, nos processos que possam resultar sanções e nas situações de litígio (Princípio do Contraditório e Ampla Defesa);

§2º Qualquer ato que implique dispêndio ou concessão de direitos deverá ter seu respectivo extrato publicado na imprensa oficial.

DIRETO DO CONCURSO

1. (FCC/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2017) No curso de determinado processo administrativo de âmbito federal, a norma administrativa em discussão foi devidamente interpretada e, em seguida, extinto o processo. Posteriormente, a Administração pública deu nova interpreta-ção à mesma norma, e desarquivou o mencionado processo administrativo para aplicá-la retroativamente. Nos termos da Lei,

a. só será possível a aplicação retroativa de nova interpretação quando deferida pelo Che-fe do Poder Executivo.

b. é possível aplicação retroativa de nova interpretação, desde que em prol do interesse particular.

c. sempre será possível a aplicação retroativa de nova interpretação.

d. só será possível a aplicação retroativa de nova interpretação quando postulada pelo particular.

e. é vedada aplicação retroativa de nova interpretação.

COMENTÁRIO

Essa nova norma não pode retroagir, desfazer direitos consagrados aos particulares dentro do Princípio da Segurança Jurídica.

DIREITOS DO ADMINISTRADO

Art. 3º O administrado tem os seguintes direitos perante a Administração, sem prejuízo de outros que lhe sejam assegurados:

I – ser tratado com respeito pelas autoridades e servidores, que deverão facilitar o exercício de seus

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direitos e o cumprimento de suas obrigações;

II – ter ciência da tramitação dos processos administrativos em que tenha a condição de interes-sado, ter vista dos autos, obter cópias de documentos nele contidos, permitida a cobrança pelos custos da reprodução, e conhecer as decisões proferidas, na forma dos respectivos regulamentos, ressalvadas as hipóteses de sigilo admitidas em direito;

III – formular alegações e apresentar documentos antes da decisão, os quais serão objeto de con-sideração pelo órgão competente;

IV – fazer-se assistir, facultativamente, por advogado, salvo quando obrigatória a representação.

Súmula Vinculante n. 5: A falta de defesa técnica por advogado no processo administra-tivo disciplinar não ofende a Constituição.

DIRETO DO CONCURSO

2. (CESPE/PREFEITURA DE FORATALEZA/PROCURADOR/2017) No processo adminis-trativo, vige o princípio do formalismo moderado, rechaçando-se o excessivo rigor na tra-mitação dos procedimentos, para que se evite que a forma seja tomada como um fim em si mesma, ou seja, desligada da verdadeira finalidade do processo.

COMENTÁRIO

A finalidade do processo é o interesse público, e não uma formalidade.

3. (FCC/TRT–20ª/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2017) Tarcísio é parte interessada em processo administrativo de âmbito federal e, ao ser intimado para ingressar nos autos, procurou Eliseu, advogado renomado na cidade, para representá-lo. Eliseu recusou a solicitação de Tarcísio por estar assoberbado de trabalho, além de justificar sua recusa na absoluta desnecessidade de Tarcísio ingressar nos autos através de advogado. Nos termos da Lei, a postura de Eliseu está

a. incorreta, porque o advogado não pode recusar-se a representar alguém que o procure, sob pena de ferir o princípio do contraditório.

b. correta, pois a representação por advogado é sempre facultativa. c. incorreta, pois a representação por advogado é sempre obrigatória.

d. incorreta, porque, para ingressar nos autos, é sempre necessária a representação por advogado, no entanto, para a prática dos demais atos a representação é facultativa.

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e. correta em parte, pois somente em algumas hipóteses específicas previstas em lei, a representação por advogado é obrigatória.

COMENTÁRIO

e) Atentar-se assunto, pois somente em algumas hipóteses específicas, previstas em lei, a representação por advogado é obrigatória.

GABARITO

1. e 2. C 3. e  �������������������������������������������������������������������������������

Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor Rodrigo Cardoso.

A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura

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