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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO VISUAL E PLÁSTICA

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Academic year: 2021

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PROGRAMA

DE

EDUCAÇÃO

VISUAL E PLÁSTICA

7ª Classe

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F

TÍTULO: Programa de Educação Visual e Plástica - 7ª Classe EDITORA: INIDE

IMPRESSÃO: GestGráfica, S.A. TIRAGEM: 2.000 exemplares

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Introdução --- 4

Introdução da Disciplina no 1º Ciclo do Ensino Secundário e na 7ª Classe --- 6

Objectivos Gerais da Disciplina no 1º Ciclo do Ensino Secundário --- 8

Esquema Geral dos Conteúdos --- 9

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INTRODUÇÃO

A Educação Visual e Plástica é uma disciplina que, tal como o resto das disciplinas que fazem parte do currículo, vai contribuir para a formação harmónica e multifacética da personalidade do indivíduo.

De que maneira a Educação Visual e Plástica pode contribuir na educação da personalidade? Qual é o seu papel específico?

Antes de responder a estas perguntas, necessitamos recordar que o ser humano que desejamos formar tem necessidade de desenvolver um conjunto de capacidades e habilidades desde o nascimento até a maturidade, cujas capacidades são processadas pelo nosso cérebro. Mas sucede que a estrutura do nosso cérebro responsável pelas capacidades e habilidades educáveis pela escola, conhecida como córtex, encontra-se dividida em dois lados ou hemisférios e cada um destes hemisférios é responsável por capacidades diferentes. Em síntese, se o hemisfério principal do nosso cérebro é responsável por capacidades como a síntese, o pensamento lógico e matemático, a recepção e emissão da linguagem, a dimensão do tempo etc.; o hemisfério secundário é responsável por capacidades e habilidades como a síntese, o sentido pictórico e musical, o pensamento visual ou por imagens, o sentido configurativo (holístico, da totalidade), a concepção geométrica e global, as atitudes criativas e a dimensão e concepção do espaço. Com esta explicação, é lógico deduzir que as disciplinas artísticas na escola têm por objectivo desenvolver capacidades que são responsabilidades do hemisfério secundário do nosso cérebro, ao passo que disciplinas como a Matemática e as Línguas têm por finalidade fazer desenvolver capacidades que são responsabilidade do nosso hemisfério principal. Portanto, as disciplinas artísticas devem usar métodos e meios totalmente diferentes, tanto em concepção como em objectivos, dos regularmente utilizados pelas Línguas e pela Matemática. O desenvolvimento de capacidades de ambos hemisférios é transcendental para o indivíduo, já que os mesmos funcionam em simultâneo, mas com a peculiaridade de que o cérebro funciona ao nível do hemisfério que estiver menos desenvolvido, o que significa que, caso o indivíduo não seja educado a desenvolver as capacidades de ambos hemisférios, ou seja, caso receba uma educação unilateral, tal como classifica a UNESCO, o mesmo poderá ter dificuldades no processo de adaptação na sociedade.

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Durante muitos anos, a escola em Angola desenvolveu um currículo sem as disciplinas artísticas, praticando uma educação unilateral desde o ponto de vista das capacidades hemisféricas e, em muitos dos casos, ao ensinar as artes plásticas, fazia-o apenas com a sua componente matemática. Esses aspectos, reconhecidos pelos autores deste programa, constituíram a base das reformulações que sofreram os actuais programas e manuais correspondentes à disciplina de Educação Manual e de Educação Visual e Plástica.

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INTRODUÇÃO DA DISCIPLINA

NO 1º CICLO DO ENSINO SECUNDÁRIO E NA 7ª CLASSE

A continuação da Educação Visual e Plástica é tão importante na 7ª Classe como no 1º Ciclo em geral devido à necessidade da sequência lógica. As células cerebrais encarregues do processamento de informação e do desenvolvimento da inteligência são os neurónios. Estas células têm a característica de desenvolver-se e adaptar-se de acordo com o tipo de preparação que se dá ao indivíduo desde os primeiros anos de vida, o que vai determinar a sua qualidade, assim como das suas uniões, chamadas de sinapses. Tendo em conta que estas células são apenas moldáveis nas primeiras idades do indivíduo, e até à adolescência, torna-se importante que o indivíduo torna-seja educado desde as primeiras idades com uma perspectiva multifacetada, porque seria muito difícil começar alguns conteúdos na adolescência. Portanto, a continuação desta disciplina no 1º Ciclo responde à necessidade da educação do indivíduo a partir das capacidades que só podem ser desenvolvidas por ela.

Na 7ª Classe, a Educação Visual e Plástica vai continuar a preparar o(a) aluno(a), ampliando e melhorando a nova forma de comunicação gráfica iniciada na Primária.

O(a) professor(a), neste Primeiro Ciclo do Secundário, deverá ter a fluidez necessária e sentido de observação, com vista a atender cada aluno(a) a partir das suas diferenças individuais. É necessário compreender que o indivíduo vem de um lar que se encontra numa comunidade, que é até dado momento todo o seu património imaginário; portanto, o trabalho com as crianças deve compreender métodos e actividades que devem passar pelo estabelecimento da sua zona de desenvolvimento próximo ou, como também é chamado, o seu campo de referência. Tendo chegado a esse estado, então será muito mais fluída a educação e a comunicação diferenciada com cada aluno(a).

Deve estar atento, também, às características do meio para que possa aproveitar as suas potencialidades em função da educação.

É necessário saber que a educação é uma das esferas importantes na vida de um sujeito e que cada indivíduo tem dentro dele, potencialmente, um criador totalmente diferenciado do resto do grupo.

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Neste nível, a preparação do indivíduo continua de modo a suprir os requisitos que serão, mais tarde, necessários para a sua formação profissional.

A nossa disciplina não tem por objectivo formar artistas, mas sim preparar e desenvolver as capacidades potenciais que, por essência e filogénese, todo o ser humano tem implícitas, embora que ontogeneticamente diferentes, e que só podem ser desenvolvidas através da Educação Plástica.

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ObjECTIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

NO 1º CICLO DO ENSINO SECUNDÁRIO

› Aperfeiçoar a capacidade de comunicação gráfica, não verbal, aplicada a

fenómenos e actividades concretas da vida quotidiana;

› Utilizar os cinco factores das capacidades (intelectuais) produtivas que

intervêm na criatividade artística e humana em geral (sensibilidade, fluência, flexibilidade, elaboração e originalidade);

› Emitir critérios avaliativos empregando termos e elementos da análise

visual, sobre obras realizadas pelos próprios alunos, por artistas locais e pelos grandes mestres da cultura universal;

› Manejar, a nível de conceitos e categorias, os principais termos e elementos

estéticos, na interpretação teórica dos fenómenos visuais;

› Utilizar elementos formais e símbolos das culturas autóctones no processo

de produção artística;

› Criar obras plásticas utilizando soluções criativas distintas, para chegar a

um mesmo produto artístico;

› Sintetizar, num espaço determinado (limitado), com economia de recursos,

uma estrutura formal capaz de comunicar de maneira efectiva um fenómeno percebido;

› Fomentar, dentro do processo de produção e apreciação artísticas, as distintas

posturas favoráveis à conformação de uma identidade cultural nacional;

› Assumir, dentro do processo criativo, atitudes a favor da integração dos

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ESQUEMA GERAL DOS CONTEÚDOS

UNIDADE 1

A composição no desenho e na pintura.

Nesta unidade, pretende-se que os(as) alunos(as) estudem, de forma teórica e prática, requisitos distintos para a criação de uma obra que já vinham a tratar de maneira separada e superficial, em classes anteriores. O objectivo principal nesta classe é a sua integração e utilização consciente e planificada, como conclusão das classes anteriores e como forma introdutória para o próximo conteúdo relacionado com as Leis de Organização Plástica.

Tema 1 - A composição no desenho.

Conteúdos:

› A composição no desenho;

› Selecção das formas (formas figurativas, abstractas, comunicação oral e

visual): • O significante; • O significado; • O referente; • Classes de signos; • Escala de iconicidade.

› Organização do espaço e colocação no formato; › Análise conceptual.

Tema 2 - A composição na pintura.

Conteúdos:

› A composição na pintura: • As áreas;

• Os volumes. Objectivos específicos:

› Conhecer os elementos básicos que intervêm na composição de uma obra

em duas dimensões;

› Analisar as diferentes maneiras como os elementos da composição são

empregues pelos distintos artistas, tanto nacionais como internacionais;

› Experimentar a utilização dos distintos elementos da composição nas

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› Manejar de forma teórica e prática as diferenças básicas existentes entre a

composição no desenho e na pintura.

Sugestões metodológicas:

› Trate de recapitular estas questões que, de certo modo, já são do

conhecimento do(a) aluno(a), ainda que de forma prática, mas não teórica;

› Incentive o estudo de obras, tanto de artistas nacionais, como internacionais; › Programe visitas a museus, assim como a galerias de exposições;

› Incentive a criatividade, corte de raiz todo o intento de imitação de obras de

artistas consagrados;

› Incentive a comparação de obras realizadas em desenho e em pintura. UNIDADE 2

As Leis de Organização Plástica.

O objectivo desta unidade é o estudo teórico e prático do primeiro grupo das Leis de Organização Plástica, referentes aos elementos do design, já que as mesmas (leis) servem de guia e orientação teórica e prática, tanto nas artes plásticas como nos diferentes tipos de obras de design, quer seja gráfico, decorativo, têxtil, etc.

Tema 3 - Introdução aos elementos do design.

Conteúdos:

› Introdução aos elementos do design: • A função estética, plástica ou semântica; • A função prática ou utilitária;

• A função simbólica;

• Aplicações ou ramo do design (design gráfico, têxtil, decorativo, design de

mobiliário, industrial, mecânico);

• Antropometria; • Ergonomia.

› Simplicidade, continuidade e cerramento;

› Definições. Estudo de obras com base nos elementos anteriores.

Tema 4 - Outros elementos do design: tensão e contacto

. Conteúdos:

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Objectivos específicos:

› Conhecer as Leis de Organização Plástica. Compreender a essência de uma

lei, assim como das Leis de Organização Plástica. Compreender a essência dos elementos do design;

› Estudar teoricamente os três princípios básicos do design;

› Observar obras de artistas nacionais e internacionais sobre a utilização dos

princípios estudados;

› Compreender o uso da tensão e do contacto como elementos complementares

na concepção de obras artísticas;

› Analisar obras com base nos dois elementos. Sugestões metodológicas:

› Inicie com exemplos práticos, para chegar às considerações teóricas;

› Analise a maior quantidade possível de obras, de acordo com a sua topologia

ou estilo;

› Utilize exemplos destes elementos do design na vida quotidiana, já que a

utilização nas artes plásticas provém desta.

UNIDADE 3

Os elementos do design aplicados à vida quotidiana.

O objectivo desta unidade é a utilização concreta dos elementos do design na vida quotidiana, em obras das artes plásticas ou não. Para que os alunos possam satisfazer este grande objectivo prático, devem passar primeiro os traçados geométricos que tornar-se-ão ferramentas úteis para tal. Por isso, o mesmo tema antecede ao resto, para que seja abordado com uma perspectiva prática e funcional.

Tema 5 - Traçados geométricos.

Conteúdos:

› Traçados geométricos:

• Traçado de perpendiculares e paralelas; • Construção do rectângulo e do quadrado; • Divisão do segmento de recta em partes iguais; • Divisão do ângulo em partes iguais;

• Divisão da circunferência;

• Construção de polígonos regulares estrelados;

• Traçado de tangentes à circunferência por um ponto exterior a esta; • Traçado da tangente à circunferência paralela a uma recta;

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• Traçado de tangente a duas circunferências iguais;

• Traçado de tangentes interiores comuns a duas circunferências; • Traçado de tangentes exteriores comuns a duas circunferências; • Traçado de circunferências tangentes a outras duas;

• Com raio dado, traçado de uma circunferência tangente a duas

circunferências secantes;

• Traçado de uma circunferência tangente a duas circunferências secantes

sendo conhecido um dos pontos de tangente;

• Espirais (de dois centros, três centros);

• Concordâncias de duas linhas rectas concorrentes através de um arco

de raio dado, entre duas rectas paralelas; concordância de dois arcos de circunferência de raio dado; concordância interior, exterior.

Tema 6 - O design de logotipos.

Conteúdos:

› O design de logotipos; › Tipos de logotipos; › A tensão;

› O contacto;

› Marcas, etiquetas e rótulos. Objectivos específicos:

› Habilitar os alunos a experimentar os recursos básicos que servirão de base

ao tema a seguir;

› Compreender a essência e função comunicativa do logotipo; › Analisar os distintos tipos de logotipos;

› Criar possíveis logotipos de instituições, tais como a escola, associações ou

grupos, de acordo com as suas características;

› Compreender as funções comerciais, representativas, semânticas e estéticas

das marcas e dos rótulos;

› Desenvolver a imaginação através da criação de marcas e rótulos de empresas

e produtos hipotéticos.

Sugestões metodológicas:

› Exija o cumprimento dos requisitos técnicos. Parta desde os traçados à mão

livre até aos traçados com materiais e ferramentas próprias;

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› Estimule a criatividade propondo a criação de logotipos de cada indivíduo,

já que cada aluno tem as suas próprias características.

› Proponha a criação de empresas e instituições hipotéticas.

› Estimule a criação de marcas de produtos naturais, tais como frutos, vegetais,

etc.

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AVALIAÇÃO

O professor deve recordar-se que a avaliação não é mais que uma recolha de informações com vista à tomada de uma decisão.

O professor, depois de definir os objectivos a atingir pelos alunos, tem a responsabilidade de ajudar os alunos a progredir, fomentando a aprendizagem e facilitando recursos. Deve verificar quais são as suas dificuldades e, posteriormente, trabalhar para o seu progresso.

É importante realçar que, ao mesmo tempo que o professor avalia o processo de aprendizagem dos alunos, vai avaliando o processo de ensino. Os resultados dos alunos reflectem o modo como se ensina, os métodos e recursos utilizados.

Ao avaliar os resultados de aprendizagem há que ter em conta as diferenças entre os alunos, a sua personalidade, o seu ritmo e o seu modo de aprendizagem. Cada um tem as suas dificuldades, mas todos têm qualidades e capacidades que devem ser exploradas.

Sendo assim, o processo de aprendizagem de cada aluno deve ser avaliado individualmente, em relação a si próprio e não comparado com o de outro colega.

A avaliação deve ser contínua, isto é, a avaliação deve acompanhar o processo de desenvolvimento dos trabalhos e progressão da aprendizagem dos alunos.

O que se avalia em Educação Visual e Plástica?

› O desenvolvimento da sensibilidade artística e estética;

› A elevação ou o aumento da capacidade expressiva (desenho, pintura,

modelagem e construções);

› O desenvolvimento da capacidade de observação; › O domínio do vocabulário visual;

› O desenvolvimento da capacidade de usar símbolos; › O domínio dos meios de expressão e técnicas; › A entrega e o interesse pelo trabalho;

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Como avaliar em Educação Visual e Plástica?

Quanto à Sensibilidade

O professor deve observar:

› Como o aluno utiliza os conhecimentos e experiências para apreciar e avaliar

as qualidades estéticas e funcionais de objectos, edifícios, paisagens, espaços etc.;

› Como o aluno discute e apresenta os seus pontos de vista e as suas ideias. Quanto à Observação e Representação

O professor deve observar:

› Como o aluno desenha, pinta, modela, como integra as técnicas mistas; › Como o aluno descreve as propriedades das coisas que viu ou observou,

com o recurso ao desenho, pintura e modelagem.

Quanto aos Conhecimentos e Destreza

O professor deve observar:

› Como o aluno é sensível às diferenças entre materiais e propriedades, tais

como, a forma, a cor e a textura;

› Como o aluno manipula ou manuseia os materiais; › Como o aluno organiza o seu espaço de trabalho. Quanto à Criatividade

O professor deve observar:

› Como o aluno discute o que está a fazer, com o professor e com os colegas,

ao resolver uma questão estética;

› Como o aluno trabalha em grupo, ao nível da sua participação; › Como o aluno responde quando não obtém os resultados desejados. Quanto à Linguagem

O professor deve observar:

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Na Educação Visual e Plástica, a avaliação começa quando uma ideia é escolhida pelo próprio aluno e a forma como este a desenvolve. O professor avalia se o trabalho conduz aos resultados pretendidos, dando o seu ponto de vista, e se tem argumentos para sustentar a sua ideia.

É importante realçar que o trabalho feito pelo aluno não pode ser comparado com o dos adultos. O trabalho realizado pelo aluno reflecte o seu desenvolvimento cognitivo, afectivo e as suas características pessoais no campo artístico, não deve ser avaliadp tendo em conta padrões de perfeição, mas sim a partir do que o aluno foi capaz de fazer mediante determinado objectivo.

Referências

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