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A ÉTICA DE KANT PELA FUNDAMENTAÇÃO DA METAFÍSICA DOS COSTUMES. Palavras-chave: Liberdade. Dever. Intenção. Boa vontade. Imperativo categórico.

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A ÉTICA DE KANT PELA FUNDAMENTAÇÃO DA METAFÍSICA DOS COSTUMES Andressa Beatriz Cardoso Lisboa1 RESUMO

Este artigo tem o intuito de mostrar, de forma sucinta, os principais fundamentos da ética de Kant. Esta tem como base a liberdade, tanto de ação quanto de decisão, do sujeito pensante. Detentor da razão e da autonomia, o homem tem consciência de seus atos e internamente já conhece a necessidade de respeitar as leis morais, de praticar a boa vontade e de cumprir o "dever". A intenção, para Kant, tem mais valor que qualquer coisa que se tente conseguir por meio da ação. A regulamentação das leis morais se dá através do “imperativo categórico”, o qual resume o que a ética kantiana se propõe a argumentar.

Palavras-chave: Liberdade. Dever. Intenção. Boa vontade. Imperativo categórico.

1. INTRODUÇÃO

A ética é o estudo científico da moral. Ou seja, dos conhecimentos racionais e objetivos relativos ao comportamento humano adquirido na sociedade. Em oposição, a moral não abrange tanto o campo epistemológico, mas é o conjunto de normas e prescrições estabelecidas racionalmente. Kant não criou uma nova moral, mas revolucionou ao colocar o homem no centro da sua análise sobre ética (antropocêntrica e moderna do século XVIII). Ele baseou-se na formulação de máximas que continham as premissas para seguir as ações, então sua ética é conhecida como formal, ou seja, prevê um dever para todos; autônoma, já que enxerga o homem como capacitado de razão e do poder de escolha de como agir; e ética universal, por afirmar que todos devem cumprir os deveres e as ações devem ser de boa vontade para o sujeito ser denominado "ético".

O homem é visto como dotado de razão e com faculdade de raciocínio. Diante disso, seu rigor com os desvios morais ante a oportunidade de ter feito um ato de forma moral e não bem aproveitada. Se a ação não se realiza conforme o previsto moralmente, foi porque se deixou levar por motivos triviais. No pensamento de Kant, o homem não é um ser moral em absoluto, pois diversas vezes suas ações não condizem com o estabelecido socialmente, logo, burlar tais leis é perfeitamente inerente aos seres racionais, por variados motivos e situações do dia-a-dia.

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No livro Fundamentação da Metafísica dos Costumes, Kant faz um aparato filosófico para dar fundamentos a sua visão da ética e dos comportamentos morais do homem. Primeiro, ele separa a filosofia empírica da filosofia pura, explicando oposições. Depois diferencia a lógica, como sendo apenas formal, da metafísica, como sendo os objetos para o entendimento. A parte empírica no estudo da ética ficou conhecida como "antropologia prática" e a parte racional, a moral propriamente dita.

A distinção de "conhecer e pensar" se faz presente. Conhecer é limitado por fenômenos. Já o pensar vai além, a razão atinge uma esfera particular dos seres humanos. Estes realizam ambas atividades, conhecem e pensam. Experimentam através dos sentidos, mas refletem sobre esses sentimentos, com a finalidade de entender o mundo a sua volta. Fazem as duas coisas porque convivem externa e internamente como seres ativos e sujeitos dessa razão. “É verdade que Kant admite que todo conhecimento começa com a experiência; mas não resulta disso, como supõe o empirismo.” (HOFFE, 2005, p.39).O mundo inteligível é chamado "noumenal", porque tenta compreender através das ideias o que mundo sensível, ou " fenomenal", desperta.

De acordo com o autor em questão, conhecimentos "a priori" são os orientados pela razão, os quais devem prevalecer no estudo da filosofia moral a que fazem parte. Todavia, as tendências às ações imediatistas são chamadas " a posteriori", pois seguem a lei da natureza de toda causa ter um efeito e o que motiva ações desse tipo são outros propósitos ditos secundários. Há a metafísica da natureza, pautada em características "a posteriori", e a metafísica dos costumes, na qual o homem consegue usar a razão prática "a priori", mesmo sabendo que desvios de conduta são possíveis na condição de humanos sujeitos a erros.

A razão pode ser pura ou prática. A pura é a teoria da razão, procura explicar conceitualmente o homem como ser dotado de algo a mais que a simples experiência de vida. A diferença da razão prática é que esta é movida pela vontade, e é a própria execução da mesma. Vontade é a possibilidade de escolher de acordo com a razão e agir moralmente segundo ordens tanto sociais quanto também internalizadas por cada indivíduo. As necessidades práticas são mais importantes do que especulações teóricas, visto que só o pensamento, sem ação e vontade, não permite a classificação do sujeito como moral.

A ética de Kant é legitimada por normas que tentam regular as más tendências. Nas duas primeiras seções do livro em questão, o método escolhido foi o analítico, a observação

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que delimita uma ação para ela ser boa. Na terceira parte, a pretensão é justificar como é possível um princípio supremo da moral, o método é sintético.

2. LIBERDADE E AUTONOMIA

Para Kant, o papel da razão no campo da ética é imprescindível. Ele diz que percebe-se o mundo racionalmente, porque a razão é o instrumento para interpretar e reorganizar o que está à volta. Assim, conseguiu a conciliação entre o empirismo e o racionalismo, ao indicar que a consciência não registra apenas as impressões sensoriais do mundo visível, mas também as interpretações e análises que o próprio ser humano faz em sua mente. Os dois elementos para o conhecimento do mundo são: a experiência sensitiva e a razão.

A soma das percepções dos sentidos propõe a relação causa-efeito, causalidade, ou seja, a parte "da natureza", da emoção e de forças externas, em que o resultado é o que se pode captar pela observação. Porém, sendo o homem o único ser dotado de razão, ele é moralmente livre e tem autonomia para agir e guiar seu comportamento. "A razão permite a autolegislação e autodeterminação do EU" (VÁZQUEZ, 2012, p. 127), porque os homens conseguem se perceber sujeitos pensantes e com poder de decisão e contestação. Caso a humanidade agisse por determinismo, não faria sentido a classificação de um ser ético ou não. Não haveria lei moral sem liberdades de pensamento e ação. Destarte, só o homem, como sujeito da razão e da moral, desfruta de liberdade.

O livre- arbítrio dado pela razão possibilita a independência para determinar leis que a própria razão estabelece por comandos internos para um convívio saudável entre pessoas. A responsabilidade moral é o compromisso assumido por essa liberdade de ação e de iniciativa própria. Um ato é moral quando é voluntário, consciente e existe a vontade de controlar um desejo, já que desejos são impulsos momentâneos e experimentais que desconhecem a obrigação moral.

As leis que regem a conduta moral dos indivíduos são internas, mas a bondade dos atos — moralidade — é escolha individual, pois numa mesma situação, duas pessoas podem agir de forma diferente, mesmo sabendo se certo ou errado moralmente. Cada ato é a sucessão de reflexões já feitas, portanto uma ação racional não se enquadra como espontânea ou natural. Logo, não é uma questão aprendida somente, pois se fosse, todos agiriam corretamente de acordo com a moral e os deslizes de caráter não ocorreriam, o que seria

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impossível. A liberdade revela sua importância no desenvolvimento da ética “como propriedade da nossa vontade, porque põe a priori, como dados da razão, princípios práticos que têm a sua origem nesta mesma razão e que sem o pressuposto da liberdade seriam absolutamente impossíveis” (KANT, 1994, p.27).

Dessa forma, os desejos, interesses e inclinações podem vir a prevalecer e levar o sujeito a contrariar o que ele próprio tem consciência de ser mais valioso. Assim, pondera-se a necessidade de normas que se julgam apropriadas e dignas de serem seguidas por todos: os deveres. Essas regras são para todas as situações e não para especificidades, devem valer para todas as pessoas, a todo momento, devem ser universais.

3. O DEVER, A BOA VONTADE E A INTENÇÃO

A ética kantiana é classificada como deontológica por ser pautada no dever: dever de seguir a lei moral. Deve-se ter uma atitude correta moralmente, independente das consequências da ação (conhecida também como ética do dever e da atitude). O dever não é um conhecimento empírico, pelo contrário, é a expressão da liberdade, manifestação maior da existência de leis morais e racionais. A imposição que o dever contém é da razão para com ela mesma, assim como os homens mesmos determinam suas próprias leis. Por isso, o dever é o ordenamento da razão prática e é anterior a qualquer experiência.

A exigência de cumprir uma lei moral é a tentativa de anular o interesse e o apetite imediatos, visto que o dever se cumpre por si mesmo, apenas pela razão "a priori" prática. Os impulsos e comportamentos naturais tendem a ser mais fortes do que a razão e, por isso mesmo, a moral precisa ser imposta através do dever. Na verdade, o dever não é imposto por terceiros, mas é proposto pela racionalidade à autonomia humana. "O dever é a necessidade de cumprir uma ação por respeito à lei." (KANT, 2002, p.60). Só respeitando a lei, por saber que é necessária sua aplicação às relações pessoais, é que se confere valor moral à ação.

A coincidência entre a vontade e o dever é designada por Kant como "boa vontade", o conceito de um desses elementos entra em interseção com o do outro. Por “boa vontade”, "não é possível conceber coisa alguma no mundo, ou mesmo fora do mundo, que sem restrição possa ser considerada boa, a não ser uma só: uma boa vontade" (KANT, 2002, p.13). A vontade só pode ser boa quando respeita a lei moral, é puramente racional (a voz da razão), engendra-se fixa e permanentemente e realiza-se não com o dever, mas pelo dever. De acordo

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com o dever, a ação parte da inclinação, do temor de castigo ou de supostas vantagens visadas pelo sujeito, logo, está sujeita às condições subjetivas e não é moralmente boa por ser imperfeita. Em oposição, a atitude por dever é racionalizada, não permite exceção por causa alguma (é universal, atemporal e incondicional) e obedece às leis sem ser coagida por nada.

A vontade boa não pode ser contraditória, deve ser universal e sempre como princípio, jamais como efeito. Deve ser mais valiosa do que qualquer coisa que se conseguiria por meio dela e serviria de modelo para ninguém instrumentalizar outrem a fim de obter benefícios com isso. Em suas palavras, Kant(2002, p.22) reitera sua concepção “A boa vontade não é boa pelo que ela promove ou realiza, pela aptidão para alcançar qualquer finalidade proposta, mas tão somente pelo querer, isto é, em si mesma.".

Ao proferir essa frase, o autor dá enfoque à intenção de um ato. Não deve haver importância nas consequências e condições decorrentes de um fato, mas sim no motivo que levou alguém a praticá-lo e a predisposição para agir exclusivamente por respeito à norma geral. O que interessa é como o agente se sentiu ao teorizar a ação. Se o propósito for superior ao simples proveito próprio e à parcialidade, a intenção é nobre e a vontade, boa. Retirado o sentido exclusivo da ação de ter como meta o êxito em si mesma (ação pela ação), sob qualquer circunstância que priorize outra autoridade que não a razão, mesmo que o resultado fosse o mesmo do de uma ação por boa vontade, ainda assim a inclinação não estaria eliminada e, então, a intenção não caracterizaria a ação por boa vontade, pois não se agiu por dever. A lei moral propõe fundamentos para que a vontade seja boa em si mesma, independente do seu conteúdo e de intenções ulteriores.

Uma mesma ação pode ser realizada por duas pessoas e cada uma delas ter um destino diferente a partir de suas pretensões, por exemplo, se um comerciante não aumenta o preço dos produtos que vende para não perder clientes e outro vendedor faz o mesmo mas porque sabe que não estará agindo bem para com os compradores e com sua consciência, percebe-se realmente que a ação pode ser a mesma, porém o que a inspirou foram impulsos e conotações nada semelhantes. Kant (2012, p. 27) afirma que "uma ação praticada por dever tem seu valor moral não no propósito que por meio dela se quer alcançar, mas na máxima que a determina.". Máxima é o princípio subjetivo do querer, é a própria lei prática normatizada, que vale como princípio universal. O princípio do querer é dual, sua parte "a priori" é formal, mas o motor "a posteriori" é material. Só é boa a ação por dever, essencialmente formal e pela lei em si mesma.

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Tendo em vista que as inclinações sensíveis e subjetivas influenciam demasiadamente a vontade do homem, as leis morais precisariam, segundo Kant, estar apresentadas por mandamentos, que ele denominou de "imperativos".

4. IMPERATIVO CATEGÓRICO E A UNIVERSALIDADE DAS MÁXIMAS Kant chamou de imperativo categórico a determinação de um dever. No imperativo categórico não há subordinação a nenhum fim exterior, ocorre incondicionalmente, tem a finalidade da ação em si mesma, há a necessidade de que a máxima da ação seja conforme a lei e, portanto, deve ser o oposto do imperativo hipotético, este último que se caracteriza pelas ações que buscam algum fim específico, portanto, só existe enquanto se pretende lograr êxito.

O Imperativo categórico será exposto aqui com mais detalhes por ser ele a ordem da moralidade no mundo inteligível, pois, estabelece relação "a priori" entre a vontade e o mandamento, dando origem a uma conduta inevitável e sem ressalvas. O conteúdo de cada ação não é enunciado, mas sim o que a motivou a acontecer. O senso moral do indivíduo é uma lei interior que conduz à definição clara dos conceitos de "certo ou errado". Essa obrigação ética é determinada pelo ditame para dar um juízo de valor e classificar a ação moral, já que pressupõe uma ordem à vontade imperfeita. A ação desse imperativo é exclusivamente feita por dever, porque ele contém todas as leis morais com o único anseio de realizá-las em si mesmas, independente do fim. A fórmula geral do imperativo categórico é dada por: "Procede apenas segundo aquela máxima, em virtude da qual podes querer ao mesmo tempo que ela se torne em lei universal". (KANT, 2002, p. 29).

Para uma lei ser respeitada, ela requer que todos a pratique. Por exemplo, se acharem lícito mentir, ninguém mais teria confiança nos outros, destruiriam, assim, a máxima em si mesma ao usar a liberdade com o propósito de enganar alguém que deposita a boa-fé, o que é absolutamente condenável para Kant. A universalidade da lei é importante porque a norma só será válida se for para qualquer ação moral e para todos indistintamente. O que é correto para um, deve ser para todos, senão não faria efeito ter uma lei que discrimina e permite exceções. Uma lei só servirá de princípio à uma ação se tiver máximas universais.

A obediência do imperativo categórico é o dever. A fórmula geral conduz à dedução de mais três máximas. De acordo com as ações morais e o com o próprio dever, são elas:

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1) Age como se a máxima de tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da natureza.

O que essa afirmação se propõe a esclarecer é que se a máxima é contrariada e infringida, ela deixa de fazer sentido e não funda uma natureza ou um dever. A exceção particular, mesmo reconhecendo que a lei é digna de respeito, não pode existir em uma lei que pretende ser universal, inquestionável e imutável. A lei está tão afirmada na mente que "se examinarmos atentamente o que em nós ocorre todas as vezes que transgredimos um dever, verificamos que não queremos realmente que a nossa máxima se converta em lei universal, pois isso é impossível; pelo contrário, a máxima oposta deve continuar sendo universalmente uma lei; só que tomamos a liberdade de (só por esta vez) abrir uma exceção em nosso favor, a fim de satisfazermos a nossa inclinação." (KANT, 2002, p. 86).

2) Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como um meio.

Dessa vez, a interpretação da sentença parte da dignidade humana, ou seja, o tratamento social não deve ser interesseiro, a ação tem que finalizar em si mesma. O fim deverá ser sempre objetivo e universal. O homem tem um valor absoluto (de sentimento) e deve ser o fim em si, e não mero meio de manifestação de vontades imediatistas e subjetivas, que nunca serão universais e aceitas pelo imperativo categórico. Kant deixa claro que esse valor do homem é superior a qualquer preço( valor de mercadoria) que as coisas têm.

3) Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais.

O terceiro item diz respeito ao exemplo a ser seguido. A coerção social quando alguém comete um ato tido como fora das leis humanas é automática, visto que busca-se universalizar as leis para que todos façam uso da mesma e condenem quem ousar transgredi-las. Daí, os julgamentos são inevitáveis, para o bem quanto para o mal, porque o objetivo é que as leis sejam cumpridas, as pessoas ajam cada vez mais conforme a moral e a ética seja instituída cotidianamente, para que assim a convivência seja melhor, os cidadãos respeitem os comandos e a paz se concretize diante dos seres com raciocínio lógico para fazer tudo isso ocorrer.

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5. CONCLUSÃO

A questão é: o que um ser dotado de razão faz, com a autonomia e liberdade que lhe são inerentes, e toda a humanidade qualifica como sendo correto é, sim, uma ação moral e por dever. A vontade do ser humano é estimulada por uma legislação universal — a qual ele é o autor e tem autonomia na vontade —, sendo por isso parte integrante do imperativo categórico ao ser incondicionada e não se apoiar em interesse algum. Mesmo um homem não agindo moralmente, por algum motivo que o desviou, ainda assim, ele não quer que seu "erro" se torne exemplo para os demais e passe a ser lei universal. Ao contrário, há o reconhecimento interno de que não estar conforme o dever é apenas uma exceção, mas que a lei moral deve continuar imutável e universal. Por isso, Kant exprime que a lei é válida para a todos e a boa vontade deve ser exemplo para os seres intelectuais.

Portanto, o imperativo categórico sintetiza e contém as três máximas do dever. Agir com boa vontade é ser ético para Kant, porque toda atitude para ser honrada tem que ser feita por dever e despretensiosamente. Assim, já contém a lei moral necessária para ser valorosa em si. Se o homem é livre e tem disposição para escolher o que fazer nas situações diversas da vida, ele é consciente e responsável o suficiente para avaliar a procedência de suas ações dentro do campo moral. Ético é quem age segundo à lei em qualquer circunstância e quer que todos os homens façam o mesmo, universalizem a boa vontade e as máximas da moral. Para tal, as inclinações sensitivas devem dar lugar para a razão prática "a priori". Só assim regras são seguidas e a dignidade da humanidade mantida.

A obrigação moral é a relação das ações com o imperativo categórico. É o respeito à lei. Quando os atos estão de acordo com a legislação universal, um sujeito autônomo, e por isso inteligível, cumpre seu dever de realizar a ação com o fim em si mesmo e age com boa vontade. Assim sendo, ele é enquadrado como um ser moral, para Immanuel Kant.

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