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Dão debate. sustentabilidade do setor.

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Director: José Luís Araújo | N.º 384 | Periodicidade Quinzenal | 15 de maio de 2021 | Preço 4,00 Euros

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Dão debate

sustentabilidade do setor

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Ficha técnica ano XVi | n.º 384 Periodicidade: Quinzenal Director: José Luís araújo (cP n.º 4803 a) E-mail: jla.viseu@gmail.com | 968 044 320 Editor: classe Média c. S. Unipessoal, Lda Sede: Lourosa de cima - 3500-891 Viseu Redacção: Luís Pacheco Opinião: Luís Serpa | Jorge Farromba Júlio Sá Rego | Gabriel costa Departamento comercial: Luís cruz Sede de Redacção: Lourosa de cima 3500-891 Viseu | telefone: 232 436 400 E-mail : gazetarural@gmail.com Web: www.gazetarural.com icS: inscrição nº 124546 Propriedade: classe Média - comunicação e Serviços, Unip. Lda administrador: José Luís araújo Sede: Lourosa de cima - 3500-891 Viseu capital Social: 5000 Euros cRc Viseu Registo nº 5471 | niF 507 021 339 Detentor de 100% do capital Social: José Luís araújo Dep. Legal n.º 215914/04 Execução Gráfica: Beatriz Pereira Impresão: Novelgráfica, Lda R. cap. Salomão, 121 - Viseu | tel. 232 411 299 Estatuto Editorial: http://gazetarural.com/estatutoeditorial/ tiragem Média Mensal: 2000 exemplares nota: Os textos de opinião publicados são da responsabilidade dos seus autores.

04

Debate online sobre “as plantas que comemos vêm mesmo da natureza?”

05

Dão promove conferência internacional sobre sustentabilidade

06

Sever do Vouga vai realizar a edição 2021 da Feira Nacional do Mirtilo

08

idanha está entre as 20 melhores marcas territoriais do mundo

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Alandroal vai lançar campanha de promoção turística do concelho

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Mês dos Sabores do Toiro Bravo aos fins-de-semana em Coruche

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O setor primário “é prioritário” para trancoso

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Evento “Voar na Beira Baixa” solta amarras em Agosto

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Produtores de mirtilo com esperança num bom ano

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Unidades de turismo rural da Mêda “já tiveram bastante gente”

18

Branco Dona Niza Arinto 2019 venceu Concurso dos Vinhos do Algarve

20

CAE de Sever do Vouga recebe Festival de Cinema ‘Paisagens’

22

termas de alcafache prontas a receber os aquistas

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algas e larvas são “alimentos do futuro”

27

Guia apresenta 700 km de percursos pedestres na região de coimbra

30

apenas 17% dos rios do mundo correm livremente e estão em áreas pro-tegidas

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“O Verão começa aqui” é a nova campanha da ciM Viseu Dão Lafões

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ciM Viseu Dão Lafões promoveu assinatura de protocolos com a ciG

34

Vouzela acolhe Jornadas da Bioenergia e dos Biorresíduos

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taGUS organiza webinar “Ser empreendedor em meio rural”

36

Festival da Primavera divulgou património natural da Serra da Malcata

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4 www.gazetarural.com www.gazetarural.com 5

“a

s plantas que comemos vêm mesmo da natureza?” é o tema do

de-bate online que o Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB) NOVA, Centro de Informação de Biotecnologia (CIB), Anseme, iBET, GREEN--it e innovPlantProtect vão realizar no dia 18 de Maio, Dia internacional do Fascínio das Plantas, às 18 horas.

Sejam comestíveis, ornamentais ou com propriedades medicinais, as plantas são sempre fascinantes. Mas será que as plantas que conhece-mos foram sempre assim? Ou foi a nossa intervenção na natureza que levou à diversidade que temos hoje? E, afinal, temos hoje mais ou menos biodiversidade para celebrar?

a verdade é que as plantas que comemos são uma construção po-sitiva da espécie humana. Se as plantas que a natureza nos deu não tivessem sido ativamente manipuladas pelo homem ao longo de mi-lénios, não seriam suficientes para nos alimentar. Em vez de espigas carregadas de grãos de milho, teríamos teosinto. Em vez de cenouras cor de laranja encorpadas e ricas em betacarotenos, teríamos raízes esbranquiçadas e finas. A melancia, a banana, a uva e o abacate tinham mais semente do que polpa. E o tomate não teria a variabi-lidade de cores, sabores e feitos que hoje tem. Foi a atividade da espécie humana que conduziu ao que comemos hoje. E fizemo-lo para desenvolver variedades vegetais que produzissem sementes ou frutos adequados à nossa alimentação e que nos garantissem segurança alimentar e diversidade.

Com o objetivo de desvendar o que há, afinal, de “natural”, nas plantas de que nos alimentamos, o evento conta com uma apresentação inicial do investi-gador em Biologia Vegetal Pedro Fevereiro, que incluirá imagens comparativas de plantas ‘Antes’ & ’Agora’, a que se seguirá o debate moderado por Luís Ribeiro, jornalista da revista Visão especializado em ambiente e sustentabi-lidade, com a participação de Pedro Fevereiro; da agricul-tora Gabriela Cruz; da nutricionista Conceição Calhau e do chef e gastrónomo José Maria Moreira.

Quem quiser celebrar o fascinante mundo das plantas que comemos, deverá juntar-se ao evento em direto, a par-tir das 18h (GMT+1). Não é necessária inscrição prévia.

O Dia do Fascínio das Plantas acontece a cada dois anos, no dia 18 de Maio. Para além deste evento, estão previstas outras atividades, como um workshop online, uma exposição virtual e uma visita guiada são algumas das atividades para festejar o mundo fascinante das plantas.

O Dia do Fascínio das Plantas é uma iniciativa coordenada a nível nacional pela Sociedade Portuguesa de Fisiologia Vegetal e pelo ITQB NOVA, com a realização de atividades em todo o território nacional.

A 18 de Maio, às 18 horas, para celebrar o Dia do Fascínio das Plantas

Debate online sobre “As plantas

que comemos vêm mesmo da natureza?”

O que há de natural nas plantas que comemos? Se não fosse a intervenção do Homem na natureza, teríamos a variabilidade que temos hoje? A banana, o abacate, a cenoura e a uva teriam alguma coisa para comer ou eram só sementes? Estas e muitas outras perguntas terão resposta neste debate.

E

ste ano o Dão Primores, evento organizado pela Comissão Vitiviní-cola Regional do Dão (CVR Dão) em parceria com o Instituto Poli-técnico de Viseu (iPV), decorrerá num novo formato. assim, no dia 21 de Maio, o Instituto Politécnico de Viseu será o palco da conferência “Vine & Wine Sustainability”, o mais completo seminário sobre sus-tentabilidade no setor do vinho, organizado no âmbito das ‘Dão Inno-vation Sessions’.

Este encontro - que conta com o apoio de the Porto Protocol - reú-ne alguns dos maiores especialistas nacionais e estrangeiros em tor-no de um dos temas mais atuais e urgentes, a sustentabilidade da vinha e do vinho analisando casos, perspetivas e possibilidades.

Entre outros, estarão programas de sustentabilidade tidos como de referência, nomeadamente a Equalitas de itália e “Sustainable Winegrowing” da nova Zelândia, a visão do “trade” e dos consu-midores nos diferentes mercados, o monopólio norueguês, num painel internacional moderado por Nick Breeze, jornalista espe-cializado em clima e co-fundador da “cambridge climate Lecture Series”, além de painéis sobre o caso português, como o progra-ma implementado no Alentejo e as práticas implementadas por

produtores e cooperativas. O evento conta também com a visão do Instituto da Vinha e do Vinho e da ViniPortugal. O encerramento da conferência estará a cargo de ana abru-nhosa, Ministra da coesão territorial.

“com o contexto atual que vivemos, devido à pandemia, tivemos que alterar o formato do evento e pareceu-nos, mais do que nunca, pertinente discutir a sustentabilidade no setor vínico na medida em que iniciamos o nosso próprio programa de sustentabilidade, em parceria com as cVR´s que integram a Região centro. Para isso teremos vários especialistas, tanto nacionais como estrangeiros, que abordarão temas relevan-tes”, explica arlindo cunha, presidente da cVR Dão.

a par da conferência, e tal como aconteceu em edições ante-riores do Dão Primores, serão entregues os prémios “Os Melho-res Vinhos do Dão no Produtor”, além da atribuição do diploma “O Grande Vinho do Dão – iPV”.

A conferência será transmitida online nas redes sociais e no Youtube dos Vinhos do Dão.

A 21 de Maio, mo Politécnico de Viseu, com a presença da Ministra da Coesão Territorial

Dão promove conferência

internacional sobre sustentabilidade

“Vine & Wine Sustainability” é o mote da conferência da décima primeira edição do Dão Primores – Colheita 2020, que irá reunir vários especialistas, nacionais e estrangeiros.

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6 www.gazetarural.com www.gazetarural.com 7

Garantiu o presidente da Câmara, António Coutinho

Sever do Vouga vai realizar

a edição 2021 da Feira

Nacional do Mirtilo

Numa altura em que começou a campanha dos pequenos frutos, por Sever do Vouga o tempo é de preparar, com todos os cuidados que a situação atual exige, a já tradicio-nal Feira do Mirtilo, que habitualmente se realiza no último fim de semana de Junho. Em conversa com a Gazeta Rural, o presidente da Câmara de Sever do Vouga garan-tiu a realização do certame, com atividades presenciais e digitais. António Coutinho confirmou que a ligação rápida à A25, que o concelho há tantos anos reclama, vai avançar, apesar de ter saído do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). O autarca adiantou também que o plano estratégico para o turismo deverá ser apresentado em junho.

Gazeta Rural (GR): Apesar da pandemia vai haver a Feira do Mirtilo?

António Coutinho (AC): Vai, só se algo correr muito mal. Está tudo acordado entre

as partes, a Câmara e a AGIM. Estamos a afinar a forma como vamos realizar a feira, mas, pelo menos, haverá a parte da venda de produtos. Estamos ainda na fase de colher a adesão dos produtores para depois organizarmos a feira. a ideia é termos a parte presencial e também a divulgação das várias atividades através das plata-formas digitais.

GR: É um ano de boa produção e de bom fruto?

AC: não sei se será melhor que outros anos, mas é boa. neste momento, os

indicadores mostram que não houve qualquer problema com a produção e já há mirtilo a sair.

GR: Como está a situação da pandemia no concelho, que é um dos que tem a maior taxa de vacinação na região?

AC: Talvez por causa disso a situação tem-se mantido estável, com um número

bastante reduzido de casos. Durante a grande ‘avalanche’, que foi a segunda fase, estivemos mesmo mal, depois houve um decréscimo e chegamos a estar sem casos. nesta altura, estamos mais ou menos estáveis. é evidente que há sempre riscos e o desconfinamento trá-los. Depois de três semanas a zero, ti-vemos alguns, poucos, casos, mas acredito que as coisas se vão manter por aí.

GR: Com uma boa taxa de vacinação no concelho?

AC: Estamos com uma alta taxa de vacinação e assim vai continuar. Isto é

um grande motivo de satisfação. Quanto mais alta for a taxa de vacinação, maior é a prevenção e menor é a taxa de propagação do vírus. Vamos entrar numa fase de grande decréscimo, mas isso não quer dizer que não possam surgir novos casos. normalmente surgem por gente que vem de fora ou trabalha fora. no concelho, devido a elevada taxa de vacinação, vamos co-meçar a estabilizar.

GR: Mudando de assunto. O acesso de Sever de Vouga à A25 saiu do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Contudo, o Governo já garan-tiu que será financiado através do leilão do 5G. Como viu este processo? AC: É óbvio que não fiquei satisfeito com a saída do PRR e nada o fazia

prever. Porém, quando soube, antecipadamente, que a União Europeia não estava a querer aceitar a integração das estradas no PRR, fiquei com

alguma preocupação. Tiveram de ser retirados alguns investimentos para entrarem outros e foram logo à questão das estradas e das vias. nessa altura coincidiu com o dia em que telefonei a perguntar como esta-va a evolução do PRR e disseram-me que a estrada ia sair, mas também me disseram para não me preocupar que iam assegurar o financiamento para a execução da obra.

Portanto, ficando preocupado, na altura, e um pouco desiludido, fiquei animado com o processo, porque não se trata apenas de uma promessa, pois há uma garantia por escrito.

GR: Qual é a importância dessa ligação? O que traz para Sever de Vouga?

AC: traz muito, mas essencialmente traz e leva,

nomea-damente nas transações comerciais, para o movimento de pesados, principalmente na saída de mercadorias e de grandes volumes de estruturas metálicas, que, neste mo-mento, quando saem ocupam as vias todas, para além da complicação que cria no trânsito normal. com esta nova li-gação, o acesso à autoestrada faz-se em cinco minutos, algo que agora demora 45.

com este acesso, em termos de entrada de materiais para transformação e de saída de produto, todo o movimento vai ser feito pelo novo acesso. Desse modo, ficaremos com muito menos trânsito na Vila e com maior competitividade para as nossas empresas.

Mas tem mais duas vantagens. a nova estrada vai atraves-sar o local onde temos uma grande zona industrial, que fica a poucos minutos da autoestrada, e vai passar por uma das pou-cas zonas que temos onde pode ser desenvolvida uma área de acolhimento empresarial, com quotas muito menores e onde

é mais fácil fazer patamares. Traz também esta atratividade, que é a cons-tituição de mais uma área empresarial. Para quem quiser investir cá tem a

situação mais facilitada. temos uma boa procura por parte de empresários que se querem instalar no concelho, mas há sempre alguns problemas, que

serão minorados com este novo acesso à a25.

GR: Isso entra no plano de aposta no turismo?

AC: apesar de achar que iremos ter uma estrada mais rápida, não é algo

fulcral para a vinda de turistas, mas é sempre bom haver uma estrada mais rápida. Todo este conjunto de atividades e projetos à volta do turismo são exatamente para nós termos um produto conjugado, e estrategicamen-te combinado, entre vários projetos para estrategicamen-termos uma oferta maior. isso, com a nova estrada, fica obviamente mais facilitado.

GR: Ainda não houve a apresentação. Quais são as grandes linhas do plano estratégico para o turismo do concelho?

AC: Nós temos três ou quatro fases para apresentar e estamos a meio

da sua elaboração. a equipa que o está a elaborar fez-me uma primeira apresentação, de quais vão ser as ações e onde vamos atuar. a

apre-sentação, com as ações propriamente ditas e o plano, com datas, será em Junho. Esse documento é que vai gerir e orientar a nossa

estraté-gia futura no turismo.

GR: A pandemia trouxe novos desafios, um deles tem a ver com o interior. Acredita que a pandemia vai inverter o ciclo, com as

pessoas a deixarem a cidade e a procurar o campo?

AC: acredito, mas sem exagero. não vai ser assim tão

depres-sa, mas é óbvio que vai ter impactos. Já temos no concelho casos de empresas que fazem teletrabalho e que vieram de Lisboa para se estabelecerem aqui. Aliás, estivemos na apresentação de um programa que pretende alavancar o teletrabalho no interior. Pre-tende-se, com isso, oferecer um local de trabalho e atrair gente.

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P

ara o presidente da câmara de idanha-a-nova, “é

extraordinário que uma pequena localidade de Portugal, marcadamente rural, esteja lado a lado com grandes cidades mundiais. é o reconhecimento do tra-balho que estamos a fazer no concelho de idanha-a-no-va, com inovação, criatividade e diferenciação”, afirma armindo Jacinto.

Para o autarca, “a distinção demonstra que a estratégia de Idanha está no bom caminho e que os territórios do interior oferecem muitas oportunidades. com isto, ganha-mos destaque a nível nacional e internacional, o que é im-portante para captarmos mais talento e investidores, criar-mos mais riqueza e emprego”, salientou armindo Jacinto.

O ‘Hall of Fame’ da City Nation Place, publicado nes-te mês de Maio, distingue as 20 melhores e mais criativas marcas e estratégias territoriais a nível mundial. a organi-zação destaca a estratégia “Recomeçar em idanha-a-nova”, desenvolvida pelo Município e a Bloom Consulting Portugal,

em conjunto com 52 stakeholders locais, como um “exemplo magnífico do impacto que uma estratégia de desenvolvimento pode ter num território”.

a publicação elogia, ainda, o trabalho que idanha tem realizado na capta-ção de investimento e fixacapta-ção de populacapta-ção num território rural, com resul-tados positivos no crescimento económico, no desenvolvimento sustentá-vel e na inversão do saldo migratório do concelho.

com efeito, os dados da Pordata demonstram que em 2019 foi possível, pela primeira vez, inverter um histórico de décadas de fluxos migratórios negativos, com o concelho de Idanha-a-Nova a apresentar um saldo

mi-gratório positivo, ou seja, há mais pessoas a chegar do que a sair do con-celho.

Em 2018, idanha-a-nova já havia surpreendido o Mundo ao conquis-tar a única Menção honrosa no Prémio “Marca territorial do ano”, entre

mais de 100 cidades a concurso. Aconteceu nos prémios City Nation Place awards, patrocinados pelo the new York times.

a entrega do prémio teve lugar em Londres e idanha foi superada apenas pela cidade de Eindhoven. Pelo caminho ficaram finalistas

como Barcelona, Escócia, Estónia ou Salinas, na Califórnia.

Pelo ‘Hall of Fame’ da City Nation Place

Idanha está entre as 20 melhores

marcas territoriais do mundo

Idanha-a-Nova foi distinguida como uma das 20 melhores marcas territoriais de todo o mundo, pela City Nation Place. Idanha é a única presença portuguesa no prestigiante ‘Hall of Fame’ do marketing territorial, que inclui Helsínquia (Finlândia), Grã-Bretanha, Cos-ta Rica, Copenhaga (Dinamarca), Eindhoven (Holanda), Auckland (Nova Zelândia), Salt Lake City (EsCos-tados Unidos), Ilhas Faroé, Bergen (Noruega), Vilnius (Lituânia), entre outras cidades.

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a

pesar de limitações, mantém-se a promessa de animação musical,

bem como o motivo pelo qual milhares de pessoas rumam anual-mente a coruche em Maio, que é a carne de toiro bravo, principal pro-tagonista do evento gastronómico ribatejano. A organização assume “o regresso com inabalável determinação na preservação de um evento tradicional, que é já uma aguardada celebração nacional das gentes, da cultura e dos sabores”.

O certame Sabores do Toiro Bravo, que recebe em média cerca de 20 mil visitantes por edição, é um evento único no País e no mundo, tendo assegurado lugar nos principais roteiros gastronómicos. O mote é dado pela degustação de múltiplas receitas que têm como ingredien-te central a carne de toiro bravo. assim, bandarilhas de lombinho de toiro bravo com camarão; espetada de bezerra brava em pau de louro verde; rabo de boi estufado; bife de touro bravo recheado; cachaço de toiro bravo com grão e hortelã; bravo à lagareiro ou miminhos de toi-ro bravo na telha são algumas das muitas iguarias com ingredientes característicos da gastronomia ribatejana que deliciam os visitantes. Além das múltiplas formas de provar a carne de toiro bravo, os Sabo-res do Toiro Bravo estendem-se à doçaria e aos vinhos da região, que acompanham as iguarias.

As refeições, habitualmente degustadas em típicas tasquinhas ribatejanas instaladas na Praça de toiros de coruche, serão servi-das este ano nos estabelecimentos dos restaurantes aderentes. Em resultado do contexto pandémico que ainda persiste, não ha-verá lugar às habituais exposições e atividades paralelas, entre as quais mostras de artesanato, folclore, atividades desportivas ou animação taurina. No entanto, está garantida animação com mú-sica tradicional e popular nos restaurantes aderentes à hora das refeições.

Os três fins-de-semana dedicados aos Sabores do Toiro Bravo iniciam-se com os jantares às sextas-feiras e concluem-se com

os almoços aos domingos. aos sábados os restaurantes estão abertos para almoços e jantares, sugerindo-se a visita ao Museu Municipal de coruche, ao núcleo Rural de coruche ou ao Posto de turismo, não esquecendo a Loja do Montado para aquisição de produtos locais e ar-tesanato.

Este ano os corredores da Praça de toiros não se en-chem de gente, restaurantes e tasquinhas, mas a vila con-tinua a apresentar as melhores propostas da gastronomia ribatejana e inúmeras razões para uma visita inesquecível, a começar pelo Parque do Sorraia, onde está inserida a Pra-ça de toiros e onde os visitantes podem passear calmamen-te à beira rio. ali tão perto encontra-se o parque radical, entre o pavilhão desportivo e o rio; um cais para pequenas embarcações, uma refrescante praça de água e um mural de homenagem à afición coruchense. Ainda no mesmo parque é possível desfrutar da vista sobre o rio, ao longo do qual se pode encontrar, no sentido da corrente, o Jardim 25 de Abril.

Pelo açude Ponte Pedonal do Sorraia os visitantes têm acesso à margem esquerda do rio, recentemente requalifica-da. Também o centro histórico de Coruche é digno de visita, nomeadamente pela traça das suas casas senhoriais ou pelas magníficas fachadas das igrejas. Por fim, vale sempre a pena passar ainda pela Praça da Liberdade, onde se encontra o Edi-fício dos Paços do Concelho e o Pelourinho, bem como pela Er-mida de nossa Senhora do castelo, cuja vista sobre o Vale do Sorraia é deslumbrante.

O Município de coruche poderá, a qualquer momento, cance-lar, suspender ou alterar o calendário da atividade de acordo com as orientações do Governo e da DGS.

Nos restaurantes aderentes, até 30 de maio

Mês dos Sabores do Toiro Bravo

aos fins-de-semana em Coruche

Os Sabores do Toiro Bravo regressam a Coruche, após um ano de interregno forçado pela pandemia. A décima sétima edição realiza--se em formato limitado nos últimos três fins de semana de Maio. Também a configuração se altera com as medidas de contenção, descentralizando-se o evento, que excecionalmente não decorrerá na Praça de Toiros, mas nos restaurantes aderentes.

Após um mês e meio de funcionamento

Plataforma online

Moncorvosoto.pt

com balanço positivo

A plataforma online de venda de produtos regionais do concelho de Torre de Moncorvo, Moncorvosoto.pt, apresenta um balanço bastante positivo para os produ-tores e comércio local, após um mês e meio de funcio-namento.

O

nline desde 19 de março, até dia 30 de abril

fo-ram efectuadas 223 vendas, o que se traduziu

num investimento de mais de quatro mil euros na

eco-nomia local. a plataforma tem recebido encomendas

de todos os pontos do país, demonstrando os clientes

a sua satisfação com os produtos enviados.

De forma a incrementar as vendas, a câmara de torre

de Moncorvo lançou uma campanha de portes

gratui-tos, em encomendas até 10 kg para Portugal

Continen-tal, que estará em vigor até ao final do ano de 2021.

Com esta iniciativa proporciona-se a um conjunto de

produtores e comerciantes locais a possibilidade de

te-rem uma atividade comercial online, para minimizar os

efeitos económicos negativos da pandemia e aos

consu-midores a possibilidade de poder adquirir os produtos do

concelho em sua casa, sem terem que se deslocar a torre

de Moncorvo.

a loja online está disponível em www.moncorvosoto.

pt, onde os interessados podem encontrar-se vários tipos

de produtos produzidos no neste território como vinho,

licores, azeite, mel, doçaria, frutos secos, compotas,

quei-jo, enchidos e pão.

Para dar a conhecer o concelho a novos moradores, visitantes e

investidores

Alandroal vai lançar

campanha de promoção

turística do concelho

O

município de alandroal está a preparar uma nova estratégia

de valorização e promoção dos ativos turísticos e

patrimo-niais do concelho. O objetivo é dar a conhecer o concelho a um

número maior de potenciais novos moradores, visitantes e

inves-tidores num momento particularmente importante de

relança-mento da atividade económica nesta fase da pandemia e no

pós--pandemia.

a estratégia assenta na marca do município - alandroal, uma

his-tória que nunca acaba - e irá recorrer a vários suportes e maior

presença nos espaços digitais.

Está prevista a criação de um novo stand promocional para

par-ticipação em eventos, um vídeo e um livro promocional e outros

materiais de apoio, assim como a presença da marca em suportes

municipais (viaturas e bicicletas elétricas) e suportes ligados às

empresas de animação turística do concelho, como paramotores

ou tuk-tuks elétricos, com destaque para a presença num balão

de ar quente que vai operar na região e em todo o país.

O município já procedeu à renovação do site oficial e vai

au-mentar a sua presença nas redes sociais e em plataformas de

promoção turística. Na rua, já está a primeira fase da campanha,

exposta nos outdoors municipais.

O investimento total ronda os 170 mil euros e o município

conta já com 91 mil euros de financiamento comunitário

apro-vado, esperando atingir os 85% de financiamento do

investi-mento total numa fase subsequente.

Em paralelo, vai também começar a ser instalada, em todo o

concelho, uma nova sinalética turística inteligente, também

su-portada por fundos comunitários, numa parceria com os

mu-nicípios do Grande Lago através da associação transfronteiriça

do Lago alqueva(atLa).

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12 www.gazetarural.com www.gazetarural.com 13 Portanto, a Câmara Municipal está a apoiar a fileira da castanha porque

temos aproximadamente 1400 hectares de castanheiro, cerca de 900 pro-dutores e mais ou menos 1300 soutos, o que representa qualquer coisa entre cinco a seis milhões de euros, em termos de rendimento. São mui-tas famílias a viver da castanha.

GR: Dos vários setores, falou do olival, uma das áreas que tem vindo a ganhar terreno em várias regiões. Em Trancoso também?

AS: Sim. De facto, temos percebido que há no concelho condições

ex-celentes para o olival e o azeite desta região é de grande qualidade. há dois anos foi inaugurado um lagar que reúne todas as condições. neste âmbito, queremos estender a parceria com a UtaD também a este se-tor, num protocolo mais específico, de forma a que os nossos agriculto-res também tenham apoio.

Mas ainda a propósito do castanheiro, a Câmara de Trancoso e a UtaD, num terreno do Município, estamos a criar um banco de ger-moplasma, onde foram plantados 109 castanheiros híbridos com as melhores variedades da castanha Martaínha, de forma a que as possa-mos distribuir a todos os produtores de castanha do concelho. é uma mais valia que temos ali, talvez pioneira na criação de germoplasma da castanha Martaínha.

“O turismo teve uma quebra drástica e isso afetou o comércio, o alojamento local e a hotelaria”

GR: Trancoso têm aliado o setor agroalimentar ao Turismo. O concelho foi, em anos anteriores, um dos mais visitados da região da Guarda. Com a pandemia, o que espera deste Verão, agora que as coisas começaram a melhorar?

AS: é como disse, o turismo, ligado ao comércio, é um setor

mui-to importante. Trancoso tem um património histórico arquitetó-nico excelente, temos um centro histórico rodeado por muralhas medievais, com um castelo imponente, com as Portas D’El Rei. São mais valia para Trancoso e este património é procurado por muita gente.

Em 2019 visitaram o castelo quase 35 mil pessoas, o que signi-ficava que muitos destes visitantes almoçaram por cá, entraram nas lojas e fizeram compras. Infelizmente com a pandemia tudo isto se alterou. De facto, o turismo teve uma quebra drástica e

isso afetou o setor do comércio, do alojamento local e da hotelaria. Mas, já sentimos algumas melhorias e esta-mos hoje muito melhor. Os casos ativos no concelho são quase inexistentes e isto dá-nos algum ânimo e esperan-ça no futuro.

Agora, temos de continuar a ter cuidado. Já reabrimos os mercados semanais, mas pedimos sempre às pessoas que continuem com a ter muita cautela, além de que os grupos de risco da população já foram vacinados.

Mas, sem dúvida, o comércio e o turismo estão ainda a sofrer muito e Trancoso tem-se ressentido. A Câmara Mu-nicipal aprovou um programa de apoio direto à economia local, ao qual alocamos 250 mil euros. todas as pequenas e médias e empresários, a nível individual, puderam candi-datar-se, desde que tivessem tido, entre outras coisas, uma perda de faturação igual ou superior a 25% de 2019 para 2020, disponível a empresas que facturassem até 200 mil euros. Já decorreu a fase das candidaturas, mas foi um esfor-ço grande por parte Município alocar tanto dinheiro, devido à situação de endividamento que ainda sente.

na primeira fase concorreram cerca de 80 pequenas e mé-dias empresas ou empresários individuais. há um segundo aviso, que irá decorrer durante todo o mês de Maio, porque a verba não se esgotou na primeira fase. Sabemos que não é para compensar tudo o que as empresas perderam, porque isso foi muito, mas é uma pequena ajuda.

GR- Tem programado algum evento para este ano? AS: a situação tem de ser analisada semana a semana, mas

a nossa expectativa é que sim. Porque Trancoso é uma terra de grandes feiras e eventos, que são importantes para a economia local. a câmara Municipal organizava grandes eventos uma a duas vezes por mês e isso contribuiu muito para a nossa eco-nomia local.

Este ano temos de nos adaptar à realidade, sabemos que ainda não organizamos qualquer evento, mas é expectável que a partir de Junho o comecemos a fazer, com a máxima segurança, com um programa de testagem muito grande, mas também a contro-lar as entradas.

Afirma o presidente da Câmara, Amílcar Salvador

O setor primário

“é prioritário” para Trancoso

O setor primário é muito importante para os territórios do interior, como é o caso do concelho de Trancoso, que tem, também, um setor agroalimentar bastante forte. O pre-sidente da Câmara de Trancoso olha para o meio rural como uma riqueza com potencial de ser desenvolvida. Amílcar Salvador considera que o setor primário “é prioritário” para o concelho, ainda mais nesta fase que o mundo atravessa.

Terra de passagem, mas também de estadia, com um grande potencial de visitação, os efeitos da pandemia fizeram-se sentir nos diferentes setores, com destaque para o comércio, hotelaria e restauração, normalmente alavancados pelos inúmeros even-tos que o município espera poder voltar a promover a partir de junho.

Gazeta Rural (GR): Trancoso tem procurado desenvolver a fileira do castanheiro. É uma área com potencial?

Amílcar Salvador (AS): Em tempos de pandemia e de crise, como a que estamos a

viver, temos que reconhecer que o setor primário é prioritário para a câmara Muni-cipal. Era assim antes da pandemia e creio que faz ainda mais sentido nestes tempos tão difíceis, em que as famílias estão a passar dificuldades.

Continuamos a apostar muito, quer na pecuária, quer na fileira da castanha, sem esquecer também o setor da olivicultura. O olival é, de facto, hoje muito importan-te para o concelho, assim como são o vinho e o mel.

O Município tem feito uma aposta muito forte na fileira da castanha, com uma parceria, já desde 2015, com a Universidade de trás-os-Montes e alto Douro (UtaD) e que se vai prolongar, num projeto que assinámos até 2024. Este con-siste em que tenhamos os melhores técnicos especialistas da Universidade, no âmbito da fileira da castanha, como o professor José Laranjo e a sua equipa, para trazerem o conhecimento para os nossos produtores. aliás, aliar o co-nhecimento à prática dos nossos agricultores tem sido um trabalho excelente, que resulta em muitos dias abertos do castanheiro, em que os técnicos estão presentes e a falar sobre os mais diversos temas, desde as podas ao combate às doenças que afetam os soutos.

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Campanha já arrancou e já há fruto no mercado

Produtores de mirtilo

com esperança

num bom ano

A campanha do mirtilo já arrancou e com perspetivas de um bom ano. José Sousa, presidente de Mirtilusa, diz que a produção “é superior” a 2020,

con-siderando que para isso contribuiu o “mês de Fevereiro, que foi bom para a floração”.

O

dirigente diz que a colheita das variedades temporãs arrancou cedo, com boas produções, o mesmo acontecendo com as outras variedades, sendo que o tempo também tem ajudado.

José Sousa mostra-se confiante de que 2021 seja melhor que o ano passado. “O início da pandemia assustou”, pois “tudo era uma incógnita”, mas “o ano acabou por correr razoavelmente bem”. Este ano, segundo o presidente da Mirtilusa, os clientes já fizeram a reserva de fruto, uma vez que serviu a

ex-periência de 2020 relativamente à pandemia. José Sousa antecipa “uma boa campanha”, esperando que no final os preços a pagar ao produtor “sejam bons”.

P

romovido pela comunidade intermunicipal da

Beira Baixa, com direção técnica da

Windpas-senger e o apoio de cepsa Gás e Renascença, o

even-to realiza-se em pleno coração da Península ibérica

e enche os céus da Beira Baixa, se as condições de

segurança e de saúde pública assim o permitirem.

São seis dias que irão conjugar voos em balão de ar

quente, atividades na natureza, descoberta cultural e

experiências gastronómicas, que não pode perder.

aquele que será o primeiro evento de balonismo do

Centro de Portugal, receberá participantes oriundas

de vários países com os seus balões tradicionais e de

formas especiais para sobrevoar as fabulosas paisagens

dos seis concelhos da comunidade intermunicipal

(cas-telo Branco, Idanha-a-Nova, Oleiros, Penamacor,

Proen-ça-a-Nova e Vila Velha de Ródão).

Evento familiar por excelência, o “Voar na Beira Baixa”

foi idealizado para alegrar as famílias e surpreender os

turistas desejosos de conhecer algo diferente. a maioria

das atividades previstas serão mantidas em função das

possibilidades do momento, sempre no espírito de dar a

conhecer tudo o que a Beira Baixa tem para oferecer.

Até lá, terá lugar a apresentação oficial do evento e cerimónia de

batismo do balão de ar quente com as cores da Beira Baixa. O balão

voará durante a temporada turística em todo o país, promovendo as

maravilhas deste território pleno em história, beleza natural e

char-me rural, oferecendo uma fantástica ferrachar-menta para descobrir de

forma inovadora esta magnífica região preservada pelo tempo.

O evento será o “embaixador” da nova experiência que a Beira

Baixa vai possibilitar a todos aqueles que visitam o seu território

e que se insere no âmbito do projeto “Beira Baixa: 3 Dias, 3

Ex-periências” (natureza, cultura e gastronomia), que conta com o

apoio do Turismo Centro de Portugal, e é cofinanciado pelo

Cen-tro2020, Portugal2020 e União Europeia através do Fundo

Euro-peu de Desenvolvimento Regional.

a realização do evento procura contribuir para posicionar a

Beira Baixa como um dos centros do balonismo português e,

por conseguinte, ajudar no esforço regional de qualificação e

valorização turística do potencial endógeno mais diferenciador

da região.

Entre 30 de Agosto a 4 de setembro

Evento “Voar na Beira Baixa”

solta amarras em agosto

Vai decorrer de 30 de Agosto a 4 de Setembro a primeira edição do “Voar na Beira Baixa”, evento inicialmente agendado para a se-mana da Páscoa, mas adiada em consequência das medidas de confinamento.

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Gazeta Rural (GR): Os grandes eventos do Verão da Meda não se vão realizar?

Anselmo Sousa (AS): Sim. infelizmente não se

reali-zaram em 2020 e em 2021 também não, porque é tudo uma incógnita. Todas atividades culturais que realiza-mos, como forma de atrair pessoas ao nosso concelho, não se vão realizar.

GR: A situação da pandemia no concelho está contro-lada?

AS: Sim, felizmente. tivemos de direcionar todas as

nossas energias para o combate à pandemia. Passamos um mau bocado no final de 2020 e início de 2021, mas felizmente está tudo controlado e espero que seja para continuar.

GR: O concelho vai ter uma prova de BTT internacional no início de Junho?

AS: Sim, é uma prova que já faz parte dos eventos com

grande impacto no concelho. Este ano em princípio já haverá condições para se realizar no início de Junho. Portanto, espe-remos que se concretize.

GR: A Mêda numa situação normal costuma ter muitos visitantes durante o Verão?

AS: Sim, bastantes. Realizamos vários eventos culturais e

desportivos, que são formas de trazer pessoas ao nosso conce-lho. O ano passado não foi possível, até porque o importante era controlar a pandemia. a ausência destes eventos teve um impacto negativo no comércio local. Houve alturas em que mui-tas lojas tiveram que encerrar e sabemos os grandes constrangi-mentos que trouxe às pessoas.

Anselmo Sousa, presidente da Câmara, e o desconfinamento

Unidades de turismo rural da Mêda

“já tiveram bastante gente”

Num ano em que os eventos de Verão, que a Câmara da Mêda habitualmente leva a cabo, estão ‘congelados’ devido à incerteza da pandemia, o desconfinamento do início do mês já fez com que as unidades de turismo rural do concelho tiveram bastante procura, o que deixa o presidente da Câmara da Mêda mais satisfeito.

É que os efeitos da pandemia fizeram-se sentir, num concelho rural, onde “agricultura é o motor da nossa economia”, frisou Anselmo Sousa, que quer atrair gente a um concelho “que tem um património cultural e natural recheado”.

a nossa preocupação foi criar alguns apoios para minimizar os prejuízos que tiveram, para que pudessem reabrir no momento em que tal fosse pos-sível. Tivemos vários tipos de apoio, desde financeiros a logísticos.

GR: O meio rural é forte no concelho, nomeadamente o vinho e o azeite?

AS: Sem dúvida. a Meda é um concelho rural e a agricultura é o motor

da nossa economia. no nosso concelho temos a produção de vinho, azei-te, amêndoa, mel, castanha e outros. Este foi um setor que também foi prejudicado com a pandemia, nomeadamente ao nível das vendas, que

se fez notar, tanto para o mercado nacional como internacional.

GR: Como olha para os próximos tempos?

AS: Sou um otimista por natureza. Espero que as coisas melhorem,

mas também temos de aproveitar esta situação e criar novas oportuni-dades. Estou convencido que num futuro próximo, mais do que nunca, o nosso território será mais procurado.

as pessoas vão ter tendência a sair do litoral e procurar o inte-rior. Somos um concelho que tem um património cultural e natural recheados, com paisagens fantásticas e património edificado único, com oferta diversificado no turismo de natureza. Portanto, só temos de ser mais assertivos, divulgar aquilo que temos e estou convencido que muita mais gente nos vai visitar para apreciar as nossas belezas

naturais.

GR: Acredita que esta pandemia traz pelo menos essa parte po-sitiva de obrigar as pessoas da cidade a olhar de forma diferente

para o mundo rural?

AS: acredito e isso já se está a notar. Logo que começou esta

última fase de desconfinamento as unidades de turismo rural do nosso concelho já tiveram bastante gente.

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O Vinho Branco Regional Algarve, Dona Niza Arinto 2019, do produtor Obserpolis, foi o grande vencedor do XIII Concurso dos Vinhos do Algar-ve, que decorreu no início de Maio, no Convento de S. José, em Lagoa, e que pela primeira vez teve um vinho branco ser o grande vencedor. de comprar vinho. O Wine Market será realizado no Mercado Ferrei-ra Borges, um ex-libris da cidade, em pleno centro histórico do Porto. Dentro do espaço Hard Club, este evento vínico privilegia o contacto entre visitantes e produtores, junta apreciadores de vinhos e partilha novidades.

S

endo um concurso oficial, o número de medalhas foi limitado a 30% dos vinhos inscritos. assim, foram medalhados 42 vinhos, 28 medalhas de Prata, 15 medalhas de Ouro e, o grande vencedor, Dona niza arinto 2019, agraciado com a Grande Medalha de Ouro.

Refira-se que a maioria dos vinhos em concurso não medalhados tiveram uma pontuação enquadrada na “Medalha de Prata” (igual ou superior a 82 pontos), o que traduz a evolução qualitativa dos vinhos do algarve.

A casta autóctone do Algarve, a Negra-Mole, teve referência es-pecial no concurso, com uma série destacada para a casta algarvia, conseguindo excelentes resultados, com três Medalhas de Ouro (dois tintos e um rosé).

Foram provados 135 Vinhos do algarve, entre brancos, rosés e tintos, de excelente qualidade de 32 produtores, o que traduz um aumento de 20% no número inscritos, e de aproximadamente 30% no número de produtores participantes, em comparação à última edição. Os jurados destacaram a excelente organização do concur-so e a evolução significativa da qualidade dos Vinhos do Algarve.

O concurso tem por objetivo a atribuição de distinções aos vi-nhos engarrafados do Algarve, pretendendo-se também estimular a produção de vinhos de qualidade, bem como promover a sua produção na região. a organização agradece a colaboração do Município de Lagoa e da associação dos Municípios Portugueses do Vinho, bem como aos 25 jurados e produtores.

Provas decorreram em Lagoa, com 135 vinhos da região

Branco Dona Niza Arinto 2019

foi o vencedor do Concurso

dos Vinhos do Algarve

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De 28 a 30 de maio, com 35 filmes de 14 países

CAE de Sever do Vouga

recebe Festival de Cinema ‘Paisagens’

Após o interregno em 2020, devido à pandemia, o Festival Internacional de Cinema ‘Paisagens’ regressa a Sever do Vou-ga. A quarta edição vai decorrer entre 28 e 30 de Maio e, em competição, vão estar 35 filmes de 14 países, entre longas e curtas metragens.

n

a noite de sexta-feira, 28 de Maio, pelas 20 horas no centro de artes e Espetáculos de Sever do Vouga, terá lugar a já habitual gala, onde serão entregues os prémios da edição anterior (2019), com a presença de alguns dos vencedores. As sessões de cinema, que reúnem a ficção e os documentários de longa-metragem, decorrem no Centro de Artes e Es-petáculos (caE) de Sever do Vouga, sempre às 11, 15, 16 e 20,30 horas.

No Museu Municipal decorrerá a competição de documentários de curta duração, durante todo o dia de sexta-feira e a tarde de sábado.

Na Biblioteca Municipal o Dia da Criança será comemorado com uma seleção de filmes de animação do mundo que serão exibidos durante todo o dia. Neste espaço estará patente uma exposição de desenhos do artista Nelson Pinho, já desaparecido. Estas obras irão integrar o livro infanto-juvenil, “tico e a Fada da Ria”, de José Vieira.

Pelas 16 horas será apresentado este projeto editorial e audiovisual, que a partir de Junho deverá envolver os muni-cípios da Ria de aveiro.

Paralelamente será também apresentada a primeira edição do “Festival de Curtas – Prémio Helena Ramos”, que, tendo já as inscrições abertas e a decorrer até ao dia 31 de Julho, irá estimular a produção de curtas metragens em Sever do Vouga.

Com a gala de apresentação dos vencedores prevista para Setembro, até lá, qualquer pessoa pode propor filmes e concorrer a este prémio. O regulamento pode ser consultado no website oficial do festival.

no sábado dia 29, numa produção do Museu Municipal, pelas 20,30 horas, no centro de artes e Espetáculos de Sever do Vouga, vai ser exibido o filme “Sever do Vouga – Uma Experiência”. Este filme retrata a situação inicial que existia no concelho e a evolução das práticas agrícolas e pecuárias com a introdução dos melhoramentos pela “Experiência Shell”.

Além do seu valor documental e etnográfico, - são retratadas várias práticas agro-pecuárias e diversas pessoas do concelho, - o documentário também possui um valor histórico cinematográfico, pois foi um dos primeiros fil-mes do conceituado realizador Paulo Rocha, datado de 1971. Enquadrado no cinema novo português, reúne na sua equipa técnica uma plêiade de consagrados, como Manoel de Oliveira na supervisão, Fernando Lopes-Graça na Música, Augusto Cabrita e Acácio de Almeida na Fotografia, António Cunha Teles na produção e, por fim, Alexandre O’neil na narração.

O dia 30 de maio, pelas 11 horas, será o encerramento da quarta edição do Festival, com a divulgação dos filmes vencedores nas diversas categorias a concurso.

Ocupando o CAE - Centro de Artes e Espetáculos, Museu e Biblioteca Municipais de Sever do Vouga, o fes-tival procura intervenções cinematográficas notáveis em paisagens humanas e geográficas de todo o mundo.

Com um programa extenso e multicultural, o Festival de Cinema ‘Paisagens’ é uma organização do Municí-pio de Sever do Vouga desde 2017 e vai já na sua quarta edição.

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Gazeta Rural (GR): Que propostas as Termas de Alcafache têm para este ano?

Helena Marcos (HM): as propostas deste ano passam pelas do ano

pas-sado. Vamos continuar a trabalhar o termalismo terapêutico e a parte do spa termal. Em conjunto com a associação das termas de Portugal e com as Termas do Centro está a ser desenvolvido um programa Pós-Covid, para quem teve o vírus ou para quem perdeu mobilidade, pelo facto de estar fechado em casa. Este programa está em fase terminal de conce-ção, será apresentado em breve, e visa, precisamente, reabilitar quem esteve infetado e para melhorar algumas mazelas que aumentaram em quem não esteve, mas que devido a pandemia ficou em casa sem mo-bilidade.

GR: As pessoas que querem fazer esse tratamento têm de passar por uma consulta médica?

HM: Sim, quem quer fazer uma cura termal tem que

obrigato-riamente fazer uma consulta médica, onde é avaliado pelos nossos médicos especialistas em hidrologia. Depois o médico prescreve o tratamento mais adequado à problemática de cada um. É sempre um plano individual. Quem nos procura apenas para fazer um spa termal não precisa de consulta.

GR: Já com a experiência do ano passado, como reagiram os clientes às medidas de segurança?

HM: Muito bem. Os clientes que vieram ao balneário no ano

passado acharam que estavam, de facto s,eguros e todos nos de-ram parabéns pelas medidas adotadas, que são as propostas na orientação da Direção-Geral da Saúde, e nós acabamos por imple-mentar mais algumas. Nós sempre tivemos um protocolo muito apertado a tudo o que diz respeito à limpeza, higienização e de-sinfeção de espaços. Isso é algo que sempre existiu em todas as termas. é uma lei nossa.

com o covid implementámos outras medidas e todos os clientes gostaram, sentiram-se seguros e não tivemos uma única incidência. todos respeitaram, concordavam e diziam que era fundamental, tanto para eles como para nós, respeitar todas as regras.

GR: Tendo em conta o ano 2020, como antecipa esta época para as termas?

HM: com esperança, que seja um ano melhor. todos

nós, cada dia que passa, temos mais conhecimentos sobre o vírus, sabemos como se propaga e como nos proteger. a vacina esta aí e a grande maioria dos nossos clientes, pela faixa etária, já está vacinado, já se sentam mais seguros e já existe alguma imunidade. Portanto, tenho muita esperan-ça que seja um bom ano. Temos tido muitos contactos. Há clientes que nos dizem que o ano passado não vieram com medo, mas que lhes fez muita falta e que precisam de vir este ano. tenho esperança que seja um bom ano. não digo igual a 2019, que foi excelente para todas as termas, até porque já vamos começar um pouco mais tarde. Em 2020 tralhamos praticamente quatro meses, mas este ano tenho esperança, além de que as pessoas reconhecem a importância das termas e quem veio no ano passado sentiu-se seguro.

Penso que vamos ter alguma retoma, sendo que as compar-ticipações do SNS que regressaram em 2019, mantiveram-se em 2020 e vão manter-se em 2021. é um reconhecimento do Serviço nacional de Saúde de que somos realmente uns bons parceiros.

GR: Quais as maiores dificuldades que enfrentaram no últi-mo ano?

HM: 2020 foi o ano mais difícil no termalismo de certeza, para

Depois de um ano de 2020 atípico

Termas de Alcafache

prontas a receber os aquistas

As estâncias termais estão prontas a receber os aquistas, garantindo todas as condições de higiene e segurança a que a situação pandémica obriga. Nas Termas de Alcafache, às portas de Viseu, está tudo a postos, para receber os clientes que anualmente ali vão para curar ou tratar as suas mazelas, ou simplesmente fazer uma sessão de Spa.

Helena Marcos, gestora das Termas, à Gazeta Rural mostra-se confiante e esperançosa num bom ano. É que em 2020 as Termas de Alcafache apenas estiveram abertas durante quatro meses e as quebras foram de 70%.

toda a gente. As dificuldades foram muitas, quer a nível de empresa quer a nível pessoal. A principal foi a falta de clientes, pois tinham medo, porque era tudo desconhecido, porque as notícias eram complicadas e eram sobre

o mesmo todo o dia.

As pessoas estavam muito receosas e isso fez com que tivéssemos muito menos clientes e isso foi um problema para nós. A maioria dos nossos

clientes já tem uma idade avançada, já tinham receio em vir.

tivemos uma quebra de faturação que rondou os 70%. é muito duro trabalhar quatro meses de um ano e termos despesas o ano inteiro.

GR: Como antevê o futuro próximo?

HM: temos esperança com o número de contactos recebido.

certa-mente vai ser um ano diferente. Mas temos muitos contactos que se vão converter em consultas e vindas às termas. temos de ultrapassar

esta fase negra da nossa vida.

Vai haver muitos clientes a vir, porque este tempo fechados em casa fez com que sentissem uma necessidade enorme das termas.

a nível de higiene e segurança, todos os espaços são desinfetados de acordo com as normas, tanto para segurança dos nossos

uten-tes, como para a nossa própria segurança.

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a

investigação publicada na revista científica

nature Food, defendeu serem necessárias al-terações radicais no sistema de produção alimentar para assegurar o abastecimento à população mun-dial e combater a desnutrição, face a um cenário de alterações climáticas, degradação ambiental, pragas e doenças.

Depois de analisarem cerca de 500 artigos científicos publicados sobre diferentes sistemas de produção ali-mentar do futuro, os cientistas acentuaram a importância de recorrer a alternativas nutritivas e mais sustentáveis, à base de plantas e animais, em comparação com os alimen-tos tradicionais.

no estudo é referido que “o nosso futuro abastecimento alimentar global não pode ser garantido” por abordagens tradicionais para melhorar a produção alimentar, sugerindo a utilização de sistemas de última geração e de ambiente controlado para produzir novos alimentos menos sujeitos a vulnerabilidades ambientais ou epidemias, que devem ser in-tegrados na cadeia alimentar.

“alimentos como algas de açúcar, moscas, minhocas e algas unicelulares, como a clorela, têm o potencial de providenciar dietas saudáveis e resistentes ao risco, que podem combater a desnutrição em todo o mundo”, disse investigador do Centro para o Estudo do Risco Existencial (cSER) da Universidade de

Cambridge e primeiro autor do relatório, Asaf Tzachor.

O investigador alertou que o nosso sistema alimentar actual é vulnerável e está exposto a riscos como inundações, geadas, secas, parasitas, e alertou que melhorias marginais na produtividade não irão ter impacto no

cená-rio global. “Para uma alimentação à prova de futuro, precisamos integrar formas completamente novas de agricultura no sistema actual”, preconiza

asaf tzachor.

A investigadora doutorada no Centro de Estudos de Risco Existencial e no Departamento de Engenharia de cambridge catherine Richards sa-lientou ser importante “diversificar a nossa dieta com estes futuros

ali-mentos”, de forma a “alcançar a segurança alimentar para todos”. “Os avanços na tecnologia abrem muitas possibilidades para sistemas alternativos de abastecimento alimentar, que são mais resistentes ao risco e podem fornecer eficientemente nutrição sustentável a biliões

de pessoas”, vincou catherine Richards, citada na mesma nota. Segundo os investigadores, as reservas sobre a ingestão de novos alimentos, como insectos, podem ser ultrapassadas utilizando-os como ingredientes em vez de os comer inteiros, seja em massas, hambúrgueres ou barras energéticas, exemplos que podem conter

larvas de insectos moídas e micro e macroalgas processadas. Os cientistas envolvidos no estudo afirmaram que a desnutrição global poderia ser erradicada através do cultivo de alimentos in-cluindo espirulina, clorela, larvas de insectos, como a mosca do-méstica, micoproteína (proteína derivada de fungos) e

macroal-gas, como as algas açucaradas.

Para combater desnutrição global

Algas e larvas são “alimentos do futuro”

Algas, larvas, proteína derivada de fungos, espirulina ou clorela são alguns dos “alimentos do futuro” que devem ser cultivados em grande escala para combater globalmente a desnutrição, recomenda um estudo da Universidade de Cambridge, no Reino Unido.

a produção destes “alimentos do futuro” poderia mudar a for-ma como os sistefor-mas alimentares funcionam, ufor-ma vez que po-dem ser cultivadas à escala em sistemas modulares e compactos adequados tanto a ambientes urbanos como a comunidades iso-ladas.

Os investigadores defenderam ser possível produzir esses ali-mentos localmente, reduzindo a dependência das cadeias de abastecimento globais, recorrendo a novas abordagens, como os fotobiorreactores de microalgas (dispositivos que utilizam uma fonte de luz para cultivar microrganismos) ou as estufas de re-produção de insectos, que reduzem a exposição aos perigos do ambiente natural, através da agricultura em ambientes fechados e controlados.

Os autores do estudo destacaram também os desafios ambien-tais aos sistemas alimentares, dando como exemplo os incêndios e secas na américa do norte, surtos de peste suína africana que afectam os suínos na Ásia e na Europa, e enxames de gafanhotos do deserto na África Oriental. “Prevê-se que as alterações climá-ticas agravarão estas ameaças”, adverte o comunicado da Univer-sidade de cambridge.

actualmente dois mil milhões de pessoas sofrem de insegu-rança alimentar, incluindo mais de 690 milhões de pessoas sub-nutridas e 340 milhões de crianças que sofrem de carências de micronutrientes, segundo a mesma nota.

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Politécnico de Viseu Telefone: 232 480 700 Av. Coronel José Maria Vale de Andrade Fax: 232 480 750 Campus Politécnico email: ipv@sc.ipv.pt 3504-510 Viseu – Portugal Contribuinte: 680 033 548

Retificação do

Anúncio Público para Eleição do Presidente do IPV

Por ter sido publicitado com inexatidão o Anúncio Público para Eleição do Presidente do

IPV, aprovado em reunião do Conselho Geral do IPV do dia 03/05/2021, procede-se à

seguinte retificação:

Onde se lê:

“(…) torno público que se encontra aberto o prazo para apresentação de candidaturas à

eleição do Presidente do IPV, de

05/05/2021 a 05/06/2021.”

deve ler -se:

“(…) torno público que se encontra aberto o prazo para apresentação de candidaturas à

eleição do Presidente do IPV, de

05/06/2021 a 09/06/2021.”

Viseu, 06/05/2021

O Presidente do Conselho Geral do Instituto Politécnico de Viseu

Professor Doutor Arlindo Marques Cunha

O

guia abre com as quatro grandes rotas (GR) homologadas na região, passíveis de serem cumpridas a pé ou de bicicleta: a do rio Mondego, “o maior rio português”, com 142 km de percurso linear entre os municípios de Oliveira do hospital e Figueira da Foz, passando por tábua, Penacova, coimbra e Montemor-o-Velho (“começa na Serra da Estrela e termina no estuário da Figueira da Foz. é uma experiência maravilhosa”, assinala Jorge Brito); a Grande Rota do Alva, com 77 km junto ao rio que nasce na Serra da Estrela e desagua no Mondego, passando por localidades como coja, Ponte das Três Entradas, Vila Cova do Alva, considerada a “Sintra das Bei-ras”, ou Avô, entre outras; a do Bussaco, um percurso em estrela com 56 km totais, entre os municípios de Mortágua, Mealhada e Penacova; e o caminho natural da Espiritualidade, cerca de 67 km de coimbra a Santa comba Dão (Viseu), tendo, segundo a ciM/Rc, o caminho Português do Interior (das Rotas de peregrinação a Santiago de Compostela) “como base e elo de ligação”.

além destes grandes percursos, para calcorrear ao longo de vários dias, o guia integra ainda os trilhos de 85 pequenas rotas (PR) e percur-sos interpretativos, somando cerca de 700 quilómetros ao longo de 19 municípios. arganil conta com cinco (incluindo o percurso interpreta-tivo da Mata da Margaraça), Cantanhede, Figueira da Foz, Tábua e Vila nova de Poiares três cada, há duas pequenas rotas a percorrer quer em condeixa-a-nova, quer em Soure e Penela, coimbra tem quatro (entre as quais um percurso interpretativo no Paul de Arzila), en-quanto a Mealhada aposta no trilho das Árvores notáveis, ao longo de 6,7 km no interior da Mata Nacional do Bussaco, e Montemor-o--Velho investe na rota monumental das aves.

Em Penacova, são quatro os trilhos pedestres (a que se junta o percurso interpretativo da Livraria do Mondego), em Miranda do corvo outros cinco, incluindo um paralelo aos rios alheda e Dueça, em Mira seis, das dunas, passando pela lagoa até ao pinhal, e, na Lousã, sete (mais um percurso interpretativo no Vale do Ceira).

Já os municípios interiores de Oliveira do hospital (sete percur-sos) e Pampilhosa da Serra e Góis (nove cada) representam, no

total, quase um terço dos caminhos pedestres dispo-níveis no guia divulgado pela Região de coimbra. Por último, em Mortágua são propostos dois trilhos. “Este é um sítio magnífico, tipo levada da Madeira, é um se-gredo muito bem escondido”, sustentou Jorge Brito, aludindo ao trilho denominado Quedas de Água das Pa-redes, 7,1 km de ida e volta junto à ribeira de Moinhos até à aldeia de Paredes.

“Verificamos que há um crescente número muito sig-nificativo de empresas que estão a criar negócios por cima desta rede de caminhadas. Também é objectivo cla-ro criar valor, mitigar os efeitos que a pandemia teve no sector turístico e numa altura em que todo o país vai lutar pelos seus turistas, nós também queremos posicionar a Região de coimbra e os seus municípios nesse campeona-to”, observou Jorge Brito.

Para além do guia, a ciM/Rc apresentou um conjunto de percursos “estruturados” que irão realizar-se em cada um dos 19 municípios: “São 19 caminhadas ao longo de mais de um ano, quebrando assim também a sazonalidade, ligadas a várias abordagens. iremos ter desde caminhadas nocturnas ligadas ao dark sky em Penela ou na Pampilhosa da Serra, aos valores naturais, como a rota das Salinas, na Figueira da Foz, até à questão da pedra em cantanhede, ou seja, muito alicer-çado em questões locais”, frisou o responsável. O calendário destas caminhadas estará disponível em breve nas páginas in-ternet dos 19 municípios e da Região de coimbra, sendo que as iniciativas estarão limitadas a cerca de 30 pessoas cada.

De recordar que a rede de trilhos foi apresentada no ano pas-sado, numa campanha protagonizado pelo personagem humo-rístico Bruno Aleixo.

Trilhos distribuídos por 19 municípios

Guia apresenta 700 km de percursos

pedestres na região de Coimbra

A Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra lançou um guia de percursos pedestres com mais de 700 quilómetros de trilhos distribuídos por 19 municípios. “É a maior rede de percursos infra-estruturada no país nos últimos anos”, disse Jorge Brito, secretário executivo da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM/RC), notando que o guia permite que “quer famílias com crianças pequenas, quer pessoas mais activas que procuram percursos mais longos, tenham todo o leque de oferta disponível”.

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Em Seminário Ibero-Brasileiro de Agricultura Irrigada

FENAREG apresenta

prioridades do regadio

nacional

A FENAREG participou no Seminário Ibero-Brasileiro de Agricultura Irri-gada, onde deu a conhecer a evolução muito positiva da eficiência do uso da água na agricultura portuguesa e apresentou a sua proposta de Estra-tégia Nacional para o Regadio, focada na competitividade, coesão social e territorial e gestão sustentável dos recursos hídricos.

J

osé Núncio, presidente da FENAREG, começou por explicar aos parti-cipantes deste seminário técnico-científico que Portugal está na linha da frente dos países mais suscetíveis aos efeitos das alterações climáticas, razão pela qual o regadio é essencial ao futuro da agricultura nacional.

a agricultura de regadio tem estado na base do crescimento das ex-portações agroalimentares nas últimas duas décadas, cujo valor triplicou de 1,9 para 6,7 mil milhões de euros (entre 2000 e 2019), e dá provas de um uso da água cada vez mais sustentável, considerada a evolução da eficiência dos sistemas de rega, que atingiu 83%, em 2019, vs. 66%, em 1999.

O presidente da FENAREG defendeu que o investimento em regadio deve dar prioridade à modernização das infraestruturas, às energias renováveis, à capacitação técnica e à certificação de desempenho dos regantes, medidas que integram a proposta de Estratégia nacional para o Regadio que a Federação apresentou ao Governo e à assem-bleia da República. Este documento orientador das políticas públicas de regadio prevê um investimento de 1.700 milhões de euros até 2027, com recurso a fundos públicos oriundos do Plano Estratégico da PAC, do Plano Nacional de Investimentos e do Plano de Recupe-ração e Resiliência.

O investimento em regadio também é um tema atual no Bra-sil, que prepara o seu Plano nacional de Recursos hídricos 2022-2040, documento orientador das prioridades do uso da água para as próximas décadas. O Brasil tem atualmente 8,2 milhões de hectares equipados para regadio e um potencial de expansão de 76% da área irrigável até 2040, segundo estimativas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico. Em Portugal, a área equipada para regadio é de 626.820 hectares (16% da superfície agrícola útil).

O modelo português de gestão pública da água na agricul-tura, que representa 40% da área regada, foi considerado um exemplo a seguir no Brasil. “Temos muito a aprender com o nível de associativismo dos regantes portugueses”, admitiu o moderador do Seminário Ibero-Brasileiro de Agricultura Irri-gada, onde participaram vários investigadores portugueses.

Segundo um estudo de projeções climáticas

Ondas de calor em

Portugal e Espanha

poderão ter o dobro

da intensidade

em 2050

As ondas de calor em Portugal e Espanha poderão ter o dobro da intensidade em 2050, segundo um es-tudo de projeções climáticas feito por investigadores das universidades galegas de Vigo e Santiago de Com-postela.

A investigação publicada na revista científica interna-cional atmospheric Research aponta que as mudanças mais significativas acontecerão na região do centro e les-te da Península ibérica e que na costa mediles-terrânica e Pi-renéus a intensidade das ondas de calor poderá aumentar 150 por cento.

Estes fenómenos também deverão abranger áreas cada vez maiores, aumentando a um ritmo entre 6% e 8% por década, o que sujeitará cada vez mais pessoas ao calor, pro-vocará o aumento de consumo de energia para climatização e fará aumentar o risco de incêndios, prevêem os cientistas.

Quando se analisam ondas de calor, os cientistas debru-çam-se sobre quatro parâmetros, a frequência, a duração, a intensidade e a extensão de território que afetam, mas nesta investigação estudaram também o chamado fator de excesso de calor, que se relaciona com o efeito da temperatura no cor-po humano.

O índice de excesso de calor pode usar-se para tomar deci-sões que reduzam os impactos negativos das ondas de calor na saúde pública ou em outros fatores, como a agricultura, flores-tas e energia.

Entre 1971 e 2000, a extensão média das ondas de calor au-mentou 1,71% por década e a extensão máxima cresceu 4,3% em cada dez anos. A tendência deverá continuar no futuro próximo e os estudos apontam para um aumento expressivo da intensidade, frequência, duração e extensão das ondas de calor ibéricas neste século.

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