• Nenhum resultado encontrado

Camily Martins Eduardo Yukio Marcela Guimarães

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Camily Martins Eduardo Yukio Marcela Guimarães"

Copied!
29
0
0

Texto

(1)

Camily Martins

Eduardo Yukio

Marcela Guimarães

CIRURGIA DE ENDOMETRIOSE:

O QUE É E COMO É O TRATAMENTO DESSA DOENÇA NAS REDES

PÚBLICA E PRIVADA

Trabalho de Conclusão de Curso na Disciplina

de Metodologia Científica do Colégio São Luís

Orientador: Professor Andrey

São Paulo

2020

(2)

Camily Martins

Eduardo Yukio

Marcela Guimarães

CIRURGIA DE ENDOMETRIOSE:

O QUE É E COMO É P TRATAMENTO DESSA DOENÇA NAS REDES PÚBLICA E PRIVADA

Colégio São Luís – Disciplina de Metodologia Científica

São Paulo

(3)

Resumo

A cirurgia robótica, um dos recentes avanços tecnológicos da medicina, é um método minimamente invasivo, cujo cirurgião estabelece os acessos laparoscópicos e introduz a câmera e os instrumentos de trabalho no interior do corpo do paciente por meio de incisões que são feitas pelo robô. Desta forma, o médico tem uma exímia visão para a realização do procedimento. O robô não realiza nenhum movimento sozinho, o cirurgião é responsável pelo seu controle. No entanto, diante de ações indesejadas pelo médico, a tecnologia robótica aciona um comado de segurança que interrompe posteriormente a máquina, assim é evitado maiores danos ao paciente. Caso o profissional remover o rosto da tela de controle, o robô automaticamente para sua ação. Por ser um procedimento complexos, as cirurgias robóticas seguem um protocolo de checagem de seus itens a cada hora. Além disso, essas cirurgias contam com inúmeras vantagens por serem menos invasivas. No caso da cirurgia der Endometriose, há a redução de hemorragias, dores e infecções pós operatórias. Também dá ao paciente uma recuperação mais rápida, com um menor tempo de internação.

(4)

Abstract

Robotic surgery, one of the recent technological advances in medicine, is a minimally invasive method, whose surgeon establishes laparoscopic accesses and introduces the camera and working instruments inside the patient's body through incisions that are made by the robot. In this way, the doctor has an expert vision for performing the procedure. The robot does not perform any movement alone, the surgeon is responsible for controlling it. However, in the face of unwanted actions by the doctor, robotic technology triggers a safety coma that later interrupts the machine, thus avoiding further damage to the patient. If the professional removes the face from the control screen, the robot automatically for its action. Because it is a complex procedure, robotic surgeries follow a protocol for checking their items every hour. In addition, these surgeries have numerous advantages because they are less invasive. In the surgeries of endometrioses there is a reduction in bleeding, pain and postoperative infections. It also gives the patient a faster recovery, with a shorter hospital stay.

(5)

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO... 06

2 DESENVOLVIMENTO... 06

2.1 . SURGIMENTO DA GINECOLOGIA E OBSTETRIA ... 06

2.2 INÍCIO DAS CIRURGIAS ROBÓTICAS... 10

2.3 O QUE É ENDOMETRIOSE ... 10

2.4 TIPOS E CLASSIFICAÇÃO... 11

2.5 DIAGNÓSTICO DE ENDOMETRIOSE ...12

2.6 TRATAMENTO DA ENDOMETRIOSE ...13

2.7 CIRURGIA PARA ENDOMETRIOSE: QUANDO É INDICADA... 17

3 – CIRURGIA LAPAROSCÓPICA OU ROBÓTICA?... 15

3.1 TRATAMENTO CIRÚRGICO DA ENDOMETRIOSE – LAPARASCOPIA... 15

3.2 CIRURGIA ROBÓTICA FEITA ATRAVÉS DO PLANO DE SAÚDE ...17

3.3 VANTAGENS DA CIRURGIA ROBÓTICA ... 19

3.4 AS VANTAGENS DA CIRURGIA ROBÓTICA PARA O CIRURGIÃO... 21

3.5 OS BENEFÍCIOS PARA OS PACIENTES ... ... 22

3.6 A CIRURGIA ROBÓTICA PARA CASOS DE ENDOMETRIOSE NO SUS... 22

4. GINECOLOGIA ... 25

5 – CONCLUSÃO ... 26 6- REFERÊNCIAS

(6)

1- INTRODUÇÃO

Este trabalho possui como objetivos gerais compreender como as cirurgias para endometriose com robôs podem auxiliar no tratamento com maior possibilidade de resultados positivos; buscar entender como os avanços tecnológicos na área ginecológica tende a trazer resultados significativos em cirurgias de alto risco, além de defender a importância dos robôs para uma melhor cirurgia para alcançar lugares precisos durante uma cirurgia.

Como objetivos específicos tem como foco buscar soluções possíveis para integrar cirurgias para endometriose no SUS; apontar a necessidade de muitas mulheres que dependem do Sistema Único de Saúde para fazer o procedimento e apresentar dados de gastos referentes ao tema. Será também objetivo trazer hipóteses e soluções possíveis, além de explicar a razão da necessidade dessa cirurgia para o tratamento da endometriose.

Apresentados os pontos acima, torna-se importante demonstrar os elementos que compõe a evolução da tecnologia na medicina, especificamente na área da ginecologia no tratamento da endometriose, que é uma patologia cuja atinge uma em cada seis mulheres que estão no período fértil.

Como metodologia para este trabalho, sua viabilização e organização, serão empregados os seguintes procedimentos:

a) Bibliografia interpretativa sobre as cirurgias robóticas para o tratamento endometriose. Este material é encontrado em artigos científicos e livros.

b) Análise de dados e depoimentos realizados por médicos, cujo procedimento foi realizado com sucesso

c) Visita a palestras on-line com especialistas do assunto, para a maior seleção de informações. d) Leitura e comparação de artigos sobre cirurgias robóticas e laparoscópica, considerando

uma semelhança entre elas, a relação que ambas têm à evolução tecnológica da medicina. e) Possível entrevista com médicos e enfermeiros especialistas do assunto.

(7)

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 . SURGIMENTO DA GINECOLOGIA E OBSTETRIA

Foi no século XIX que a medicina inaugurou uma série de mudanças em relação aos cuidados com as doenças femininas e aprimorou seus conhecimentos em relação à reprodução. É válido entender como a ginecologia e a obstetría se constituíram como um campo de pesquisa e de intervenção.

A ginecologia, enquanto disciplina, surgiu no século XIX e estava articulada inevitavelmente ao desenvolvimento científico daquele período. Esta especialidade, este ramo da medicina criado como instrumento que serviria para resolver os problemas relacionados à mulher, desenhou parâmetros de distinção entre os sexos, atrelando a mulher à sua função reprodutora. A ginecologia, assim como toda uma produção em torno da sexualidade serviu para mostrar quanto as mulheres são diferentes dos homens. Passagens como a puberdade, a gravidez e a menopausa afetariam as mulheres de modo único e não haveria qualquer acontecimento equivalente em relação aos homens. Interpretada como ciência preocupada particularmente com aqueles problemas relacionados à fisiologia e à patologia dos órgãos sexuais femininos, esta especialidade acabou legitimando a diferenciação de papéis sociais.

O desenvolvimento deste ramo de conhecimento teria sido favorecido, em grande parte, pelos progressos da medicina, pela criação de instituições especificas para o tratamento de doenças femininas, pelo aperfeiçoamento das disciplinas, mudanças nos estatutos da profissão, dentre outros.

A constituição da ginecologia está vinculada ao incremento da cirurgia abdominal feminina, em especial a ovariotomia (extração dos ovários) e a histerectomia (extração do útero). Estas cirurgias teriam se desenvolvido ao longo do século XIX, nos Estados Unidos, na Inglaterra e na França. O aprimoramento destas intervenções, assim como importantes conquistas na área da obstetrícia, como a descoberta da causa da febre puerperal, a prática da cesariana, o uso da anestesia e a adoção de medidas que eliminaram a proliferação de vermes patogênicos (assepsia) também teriam contribuído para a consolidação da ginecologia. Ao mesmo tempo, é importante destacar que o aprimoramento de técnicas, assim como a divulgação de estudos sobre o fenômeno da reprodução, estava intimamente ligada à obstetrícia, ou seja, a ginecologia apropriou-se das descobertas na área da obstetrícia

A correlação entre as duas especialidades foi inevitável, posto que os órgãos responsáveis pelo desenvolvimento do embrião são os mesmos que podem ser atingidos por um mioma ou um câncer. Não foi por acaso que a ginecologia, desenvolveu-se relacionada à

(8)

cirurgia abdominal. O conhecimento desses profissionais acerca da pelve feminina foi um diferenciador importante que os distinguia dos outros cirurgiões. Logo, muitos obstetras tornar-se-iam ginecologistas. O desenvolvimento de novas técnicas, assim como o aprimoramento dos profissionais, esteve intimamente ligado à criação de novas cadeiras de obstetrícia e ginecologia nas faculdades de medicina da Europa.

Segundo os especialistas da segunda metade do século XIX, as mulheres deveriam ser atendidas de modo diferenciado. Consideravam que suas doenças eram difíceis, acompanhadas de muito sofrimento, consternação e muita sensibilidade nervosa. Por isso, as mulheres necessitariam de atendentes especiais que soubessem lidar com os perigos do excitamento nervoso. Por conta deste tratamento delicado, sua realização não poderia ocorrer em meio à confusão de um hospital geral. Com isso, colocavam sob suspeita os atendimentos domiciliares que, naquele momento, eram realizados com a classe menos favorecida. Segundo os especialistas, tal atendimento não estaria dando resultados satisfatórios e ao mesmo tempo julgavam ser necessário introduzir a disciplina moral e religiosa entre as mulheres de “posição social inferior”.

As cirurgias abdominais eram, por excelência, realizadas nos hospitais, no final do século XIX. Tais intervenções, além de estabelecerem um novo campo da medicina, também se transformaram numa atividade lucrativa para os médicos. Na Europa, os cirurgiões tradicionais que até então eram responsáveis pelas cirurgias em casos de tumores e feridas perdiam espaço para os novos ginecologistas cirurgiões (obstetras que se especializaram em cirurgias ginecológicas). O fato é que aqueles obstetras que se especializavam neste tipo de cirurgia, logo perceberam uma maior lucratividade e reconhecimento na prática ginecológica. Vê-se com isso um decréscimo na popularidade do obstetra tradicional que ocorreu concomitante ao aumento do prestígio do ginecologista. A importância que passou a ter a ginecologia motivou um debate maior, engendrado pela questão das cirurgias. Enquanto os obstetras defendiam a prática não- intervencionista, os ginecologistas defendiam a intervenção cirúrgica. No Brasil, as cirurgias ginecológicas foram realizadas a partir da segunda metade do século XIX.

Os debates em torno dos prós e contras às intervenções podem ser acompanhados no início do século XX, a partir dos artigos publicados nas páginas da Revista de Ginecologia e d’Obstetrícia. Este periódico, lançado em 1907, trazia no seu primeiro editorial uma auto-definição como uma publicação destinada exclusivamente às questões de obstetrícia e ginecologia no Brasil. O periódico pode ser considerado um lócus de saber, um instrumento que serviu para legitimar a constituição da ginecologia e da obstetrícia.

(9)

O século XIX foi marcado por inúmeras transformações. A prática das parteiras cedeu lugar a uma obstetrícia científica que transformou a gravidez e o parto em experiências palpáveis e, logo, passíveis de mensuração e de controle. Para os médicos, o que não poderia ser explicado naquele momento certamente seria respondido num período posterior.

A consolidação da obstetrícia como uma especialidade, além de requerer cadeiras em faculdades de medicina, foi seguida pela constituição de um vocabulário próprio, capaz de abarcar as novas informações produzidas pelas ciências biológicas. Os estudos na área da obstetrícia exploraram temas que não podem passar despercebidos como, por exemplo, o estudo da pelve, o aperfeiçoamento técnico de exames obstétricos, a utilização de novas práticas como a embriotomia (fragmentação do feto no útero para tornar possível extraí-lo), a cesariana, dentre outras.

É importante citar os estudos relacionados às fases do ciclo menstrual, ao processo de fecundação, à gravidez e à valorização da maternidade e, consequentemente, dos cuidados pré-natais. O mapeamento do corpo feminino, ocorrido ao longo do século XIX, também fez nascer um espaço especifico, no qual poder-se-ia desenvolver a clínica obstétrica, solicitação há muito requerida pelos médicos que por muito tempo foram distanciados do momento do parto. Por mais que essa aproximação seja anterior, foi no século XIX que a “arte do parto” se transferiu para novas mãos. Mãos que acompanharam e partejaram nas maternidades criadas na segunda metade do século XIX nos Estados Unidos, na Inglaterra, na França e na Alemanha.

As mulheres passaram a sair do domicílio para as maternidades e é neste espaço de desenvolvimento do saber que elas se sentiram mais seguras, atraídas pelas melhores condições de atendimento e pelos menores riscos de vida. A figura do médico vista com desconfiança especialmente na intimidade do parto, passou por uma transformação. Os benefícios, advindos do desenvolvimento científico ocorrido no século XIX, favoreceram a divulgação da imagem do obstetra como uma espécie de protetor da mulher. Esta imagem positivada, além de haver incentivado a procura pelas maternidades, foi de grande importância para a legitimação da obstetrícia.

Desta forma, o século XIX pode ser considerado o período em que a medicina da mulher legitimou-se como um campo de conhecimento capaz de interpretar e gerenciar a gravidez, o parto, o puerpério, assim como as doenças femininas. Mas a constituição da ginecologia e da obstetrícia ultrapassa essas experiências e estão muito além das doenças. Os estudos de gênero têm demonstrado que o corpo feminino, estudado em suas minúcias, tem servido como justificativa para a delimitação de papéis sociais. As mulheres esquadrinhadas pela medicina do século XIX não foram apenas “avaliadas” em função da sua biologia reprodutiva. Elas

(10)

também foram rotuladas como: “impressionáveis”, “instáveis”, superficialmente sexuais, exibicionistas, dramáticas; além de serem consideradas dependentes, devido ao seu ego fraco.

2.2 INÍCIO DAS CIRURGIAS ROBÓTICAS

Karel Capek, dramaturgo tcheco, foi o primeiro a definir o termo "robô" em sua peça Rossum's Universal Robots em sua primeira aparição em janeiro de 1921. Uma derivação da palavra tcheca robota que descreve o trabalho ou atividade forçada mas rapidamente foi corrompida para refletir uma tarefa repetitiva orientada à máquina com pouco ou nenhuma inteligência artificial. Na peça os robôs fazem tarefas mundanas aos humanos até que tentam se livrar de seus papéis para que controlem seus próprios destinos.

Muitos acreditam que a primeira aparição em cirurgias foi com o braço robótico PUMA 560 para realizar biópsias neurocirúrgicas com precisão em 1985 nos Estados Unidos. Entretanto pode se considerar os avanços do endoscópio como o início dessa era tecnológica na medicina pois em 1954 era possível ver a imagem através de fibra ótica e em 1983 foi possível transmitir a imagem a um monitor através de sinais elétricos.

Já no Brasil, cirurgias robóticas começaram a ser praticadas em 2008 com o sistema Da Vinci e é aplicada até hoje principalmente em cirurgias gerais, do aparelho digestivo, da cabeça e pescoço, ginecológicas e cardíacas. Infelizmente como houve um atraso em aderir a cirurgia robótica no território brasileiro, o Brasil ainda tem muito a evoluir nesta questão.

2.3 O QUE É ENDOMETRIOSE

Para entender o que é endometriose necessita-se primeiro saber o que é endométrio. Endométrio é o tecido normal que reveste o útero internamente. Cresce e descama todo mês. Inicia seu crescimento logo após a menstruação e se descama na próxima. A cada ciclo menstrual esta rotina se repete. É sobre ele que os bebês se implantam. Se a mulher engravidar ele permanece durante a gestação, caso contrário será eliminado no sangue menstrual.

Esse revestimento, muitas vezes, e por razões não totalmente esclarecidas, pode se implantar em outros órgãos: nos ovários, tubas, intestinos, bexiga, peritônio e, até mesmo, no próprio útero, dentro do músculo. Quando isso acontece, dá-se o nome de Endometriose (se estiver inserido na musculatura do útero tem o nome de Adenomiose), ou seja, endométrio fora do seu local habitual.

O número cada vez maior de casos diagnosticados e a seriedade dos sintomas da doença vêm preocupando autoridades de países desenvolvidos e em desenvolvimento. Em entrevista

(11)

ao Programa Mulheres da Rede Gazeta de televisão, o ginecologista obstetra Dr. José Bento de Souza disse que, estima-se que 10 a 14% das mulheres, em sua fase reprodutiva (19 a 44 anos) e 25 a 50% ( dados da Associação Brasileira De Endometriose) das mulheres inférteis estejam acometidas por esta doença.

De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose, estimam-se que existam 3,5 à 5 milhões de mulheres com endometriose. Estes dados são suficientes para que se perceba a dimensão e importância deste diagnóstico. Em 1921, Dr. Sampson do Hospital John Hopkins, nos Estados Unidos, demonstrou a sua teoria para explicar a endometriose baseada no refluxo sanguíneo menstrual que, ao invés de sair totalmente do útero junto com a menstruação, faria o caminho inverso, voltando para as trompas em direção ao abdômen. Com base nesta hipótese, muitos médicos tratavam a endometriose com a retirada do útero e dos ovários, pois, desta maneira, não existiriam os hormônios nem o endométrio menstruais responsáveis pela doença. Com o passar dos anos descobriu-se que, muitas das pacientes que se submetiam a essas intervenções radicais, continuavam com os mesmos sintomas dolorosos. Nos últimos anos foram feitas algumas observações que colocam esta teoria em questão.

Estas observações incentivaram a busca para novos conceitos que têm levado a um diagnóstico mais preciso e um tratamento mais eficaz.

Ilustração demonstrativa da endometriose. <https://ipgo.com.br/o-que-e-endometriose/ >

(12)

Em artigo escrito pelo Dr. Arnaldo Schizzi Cambiaghi Ginecologista Obstetra especialista em Reprodução Humana e Cirurgia Endoscópica, é discutido os tipos e classificação da doença, o diagnóstico, e o tratamento indicado, que por sua vez pode ser cirúrgico.

A endometriose é uma doença enigmática e tem merecido classificações que procuram identificar a localização das lesões, o grau de comprometimento dos órgãos e a severidade da doença. Embora grande parte das clínicas utilize a classificação da American Fertility Society que divide a doença em mínima, leve, moderada e severa, recentes avanços na pesquisa da doença recomendam uma nova classificação em três diferentes tipos.

Todos os três têm o nome de endometriose, mas são consideradas doenças diferentes, pois não possuem a mesma origem e por isto recebem tratamentos diferenciados. Esta divisão tem facilitado o tratamento e a cura, e mostra a importância do médico especialista em conhecer cada um dos detalhes que envolvem a doença

Existem três tipos de endometriose:

I- Endometriose peritoneal superficial: O peritônio é uma membrana fina que reveste o abdômen e a pelve. Também cobre a maioria dos órgãos nessas cavidades. Nesses tipos de endometriose, o tecido endometrial se liga ao peritônio. Esta é a forma menos grave. (CAMBIAGHI, Arnaldo Schizzi)

II - Endometriose ovariana: Um implante superficial atinge a face externa dos ovários, provoca uma retração para o interior do mesmo e forma cistos. O tamanho dos cistos é variável e causa alterações da anatomia destes órgãos. O diagnóstico é fácil, feito pelo ultrassom. O tratamento quase sempre é cirúrgico por videolaparoscopia. O rigor da técnica cirúrgica utilizada é fundamental para que se evite o prejuízo da reserva ovariana, caso contrário, junto com o tecido do cisto, poderá ser retirado também tecido ovariano com óvulos de boa qualidade podendo levar até à falência ovariana precoce. O cisto pode estar associado a endometriose de outros órgãos formando aderências. Muitas vezes a paciente não tem sintomas e o diagnóstico pode ocorrer em um exame ginecológico de rotina. A indicação cirúrgica vai depender do tamanho do cisto entre outras variáveis. (CAMBIAGHI, Arnaldo Schizzi)

III - Endometriose infiltrada profunda: É a forma mais severa de endometriose e, por consequência, a que promove maior grau de infertilidade feminina. Nestes tipos de endometriose, o tecido endometrial invadiu os órgãos dentro ou fora de sua cavidade pélvica. Isso pode incluir seus ovários, reto, bexiga e intestinos. É raro, mas às vezes um monte de tecido

(13)

cicatricial pode unir órgãos para que eles fiquem presos no lugar. Esta condição é chamada pelve congelada. (CAMBIAGHI, Arnaldo Schizzi)

2.5 DIAGNÓSTICO DE ENDOMETRIOSE

Diante da suspeita, o exame ginecológico clínico é o primeiro passo para o diagnóstico, que pode ser confirmado pelos seguintes exames laboratoriais e de imagem: visualização das lesões por laparoscopia, ultrassom endovaginal, ressonância magnética e um exame de sangue chamado marcador tumoral CA-125, que se altera nos casos mais avançados da doença. O diagnóstico de certeza, porém, depende de uma biópsia. (CAMBIAGHI, Arnaldo Schizzi)

2.6 TRATAMENTO DA ENDOMETRIOSE

A endometriose é uma doença crônica que regride espontaneamente com a menopausa, em razão da queda na produção dos hormônios femininos. Mulheres mais jovens podem valer-se de medicamentos que suspendem a menstruação: a pílula anticoncepcional tomada valer-sem intervalos e os análogos do GnRH1. O inconveniente é que estes últimos podem provocar efeitos

colaterais adversos. Lesões maiores de endometriose, em geral, devem ser retiradas cirurgicamente. Quando a mulher já teve os filhos que desejava, a remoção dos ovários e do útero pode ser uma alternativa de tratamento.

I- Opção de tratamento com DANAZOL (Danocrine):

Danazol foi aprovado em 1976 pela Food and Drug Administration – FDA (nota da editora: órgão do governo americano que controla os alimentos e remédios) como o primeiro medicamento especificamente para o tratamento da endometriose.

É um hormônio sintético e não há nada natural nessa opção de tratamento. É uma linha entre a progesterona e a testosterona. Se uma mulher com endometriose tem dor intensa na época da menstruação e apenas uma dor mínima durante o resto do mês, então parar seu período pode ser uma opção de tratamento muito eficaz para controlar os sintomas. CAMBIAGHI, Arnaldo Schizzi)

1

Hormônio liberador de gonadotrofina (português brasileiro) ou hormona libertadora de gonadotrofina (português

europeu) (também conhecido pela sigla GnRH, do inglês Gonadotropin-Releasing Hormone) é um hormônio peptídico liberado

pelo hipotálamo que estimula a hipófise a liberar o hormônio folículo-estimulante de gonadotrofinas e hormônio luteinizante, que são necessários à gametogênese e a esteroidogênese de mamíferos.[1] O peptídeo pertence à família de hormônios liberadores de gonadotrofinas, e constitui o passo inicial no eixo hipotálamo-hipófise-gonadal.

(14)

II- Opção de Tratamento com GnRH (Lupron, Synarel, Zoladex):

A pacientes com dor de endometriose profunda/ severa são frequentemente oferecidas as opções de tratamento por seus ginecologistas: Lupron, coagulação da endometriose em cirurgia ou histerectomia (retirada do útero com ou sem remoção dos ovários).

Lupron é um medicamento em uma classe de drogas conhecidas como agonistas de GnRH. GnRH significa hormônio liberador de gonadotropina. Agonista significa que a medicação ativa os mesmos receptores celulares que o hormônio natural.

Hormônio liberador de gonadotropina é normalmente liberado por uma parte do cérebro chamada hipotálamo. É lançado em pequenas bolhas em um intervalo específico. Isso, por sua vez, estimula a glândula pituitária na base do cérebro para liberar FSH (hormônio folículo estimulante) na corrente sanguínea, o que estimula os ovários tanto a amadurecer um ovo como a produzir estrogênio. (CAMBIAGHI, Arnaldo Schizzi)

III- Opção de tratamento com inibidores de Enzima de Aromatase (Letrazol, Femara, Arimidex):

A enzima aromatase converte um hormônio precursor em estrogênio. O bloqueio da enzima aromatase evita a produção de estrogênio em qualquer parte do corpo, potencialmente incluindo o próprio implante de endometriose.

Exemplos de inibidores de enzima de aromatase incluem Letrazol, Femara e Arimidex. Infelizmente, este grupo de medicamentos como uma opção de tratamento para a endometriose não proporciona uma cura, se eficaz é temporário e pode ter os mesmos efeitos colaterais graves, incluindo perda óssea significativa experimentada com agonistas de GnRH (Lupron) e não trata com sucesso todas as dores relacionadas à endometriose. (CAMBIAGHI, Arnaldo Schizzi)

2.7 CIRURGIA PARA ENDOMETRIOSE: QUANDO É INDICADA

A cirurgia para endometriose é indicada para mulheres inférteis ou que não desejam ter filhos, já que nos casos mais graves pode ser necessário retirar os ovários ou o útero, afetando diretamente a fertilidade da mulher. Assim, a cirurgia é sempre aconselhada nos casos de endometriose profunda no qual o tratamento com hormônios não apresenta qualquer tipo de resultado e existe risco de vida.

A cirurgia para endometriose é feita na maior parte dos casos com videolaparoscopia, que consiste em fazer pequenos buraquinhos no abdômen para inserir instrumentos que

(15)

permitem retirar ou queimar o tecido endometrial que se encontra danificando outros órgãos como ovários, região exterior do útero, bexiga ou intestinos.

Já nos casos de endometriose leve, embora seja raro, a cirurgia também pode ser usada juntamente com outros tipos de tratamento para aumentar a fertilidade através da destruição dos pequenos focos de tecido endometrial que estão crescendo fora do útero e dificultando a gravidez.

Assim, de acordo com a idade e gravidade da endometriose, o médico pode optar pela realização de cirurgia conservadora ou definitiva:

Cirurgia conservadora: tem como objetivo preservar a fertilidade da mulher, sendo

realizada mas frequentemente em mulheres em idade reprodutiva e que desejam ter filhos. Nesse tipo de cirurgia são apenas removidos os focos de endometriose e as aderências; (CAMBIAGHI, Arnaldo Schizzi)

Cirurgia definitiva: é indicada quando o tratamento com medicamentos ou através da

cirurgia conservadora não é suficiente, sendo muitas vezes necessário remover o útero e/ ou ovários. (CAMBIAGHI, Arnaldo Schizzi)

A cirurgia conservadora é normalmente realizada por meio da videolaparoscopia, que é um procedimento simples e que deve ser realizado sob anestesia geral, em que são feitos pequenos furos ou cortes próximos ao umbigo que permitem a entrada de um pequeno tubo com uma microcâmera e os instrumentos médicos que permitem a remoção dos focos de endometriose.

Já no caso da cirurgia definitiva, o procedimento é conhecido como histerectomia e é feito com o objetivo de retirar o útero e as estruturas associadas de acordo com a extensão da endometriose. O tipo de histerectomia a ser realizada pelo médico varia de acordo com a gravidade da endometriose.

O valor depende do tipo de cirurgia, podendo variar de 5 a 15 mil reais de acordo com a extensão do procedimento e necessidade de remoção de algum órgão. A cirurgia para endometriose não é coberta pela maioria dos planos de saúde, mas em alguns casos pode ser realizada pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

(16)

3– CIRURGIA LAPAROSCÓPICA OU ROBÓTICA?

3.1 TRATAMENTO CIRÚRGICO DA ENDOMETRIOSE - LAPARASCOPIA

O tratamento cirúrgico da endometriose quase sempre é feito por laparoscopia. Houve uma tendência recente em relação ao uso de laparoscopia assistida por robôs por ginecologistas gerais/ obstetras, mas essa ferramenta cirúrgica, apesar de certas alegações, não proporciona uma melhor abordagem para o tratamento da endometriose.

A endometriose e a dor pélvica são conhecidas por apresentarem maus resultados de tratamento cirúrgico e alta taxa de reincidência. Infelizmente, muitas se não a maioria, das cirurgias realizadas atualmente para endometriose, são feitas de forma incorreta e inadequada, seja usando uma abordagem tradicional laparoscópica ou assistida por robô.

O tratamento cirúrgico atual para endometriose e dor pélvica não é perfeito, mas se feito corretamente é efetivo e fornece bons resultados. Vários estudos mostram uma disparidade significativa no resultado do tratamento da endometriose entre médicos especializados em endometriose com experiência em excisão versus ginecologistas gerais que cauterizam ou queimam a doença durante a cirurgia.

Acredito firmemente que o tratamento da endometriose deve ser reconhecido como subespecialidade da ginecologia com certificação em diploma. A endometriose e a dor pélvica são doenças complexas que requerem ampla base de conhecimentos e um conjunto avançado de habilidades cirúrgicas para fornecer aos pacientes cuidados adequados.

O tratamento cirúrgico da endometriose, especialmente a endometriose do estágio III e IV, pode ser tecnicamente a cirurgia mais difícil encontrada, ainda mais difícil do que muitos tipos de cirurgia de câncer.

Não é apropriado que os ginecologistas/ obstetras gerais tratem de algo mais do que o básico dessa doença. Pois esses são médicos de cuidados primários, e não subespecialistas. Milhões de mulheres estão sofrendo desnecessariamente devido à falta de uma subespecialidade de endometriose.

A maioria das cirurgias realizadas como tratamento de endometriose é feita coagulando o implante de endometriose. Isso resulta em uma queima de tecido não específica. Esta abordagem geralmente deixa uma quantidade significativa de endometriose para trás, resultando em progressão contínua da doença e um retorno relativamente rápido dos sintomas e da dor.

(17)

O conceito-chave no tratamento cirúrgico da endometriose é o da excisão ampla. Em outras palavras, o cirurgião precisa cortar ao redor e sob as bordas externas de toda a área afetada pela endometriose.

Pode soar como um conceito simples e fácil, mas na realidade é muito difícil, pois a endometriose fibrosa resistente é, na sua essência, colada ao tecido delicado normal, como intestino, bexiga, vasos sanguíneos e ureter (tubo de rim para bexiga).

Essas estruturas vitais normais podem ser facilmente danificadas durante a remoção da endometriose. A excisão segura da endometriose requer habilidades cirúrgicas muito especializadas, que não fazem parte de oito anos de treinamento que os médicos ginecologistas/ obstetras recebem.

Em certos casos, pode ser apropriado remover o útero e/ou os ovários, além da excisão completa da endometriose, mas a excisão completa da endometriose nunca deve ser compreendida ou abreviada.

A decisão de ter uma histerectomia é uma decisão muito significativa e pessoal. A mulher deve sempre estar bem informada com informações corretas sobre os prós e os contras para sua situação individual, necessidades e crenças.

Uma histerectomia pode remover apenas o corpo (que causa o sangramento e a dor) do útero, deixando o colo do útero (histerectomia supra-cervical laparoscópica) ou pode remover o corpo do útero e o colo do útero (histerectomia laparoscópica total).

Nenhuma das anteriores refere-se à remoção dos ovários e, portanto, não afeta a produção hormonal. Esta cirurgia não faz com que o paciente entre na menopausa. A remoção de um ou ambos os ovários também é uma opção.

Se ambos os ovários forem removidos, o paciente entrará na menopausa cirúrgica. A remoção de um ovário pode ser considerada (não necessária) com história de endometrioma recorrente (cistos de chocolate) ou tecido cicatricial extensivo recorrente que envolve o ovário resultando em dor.

Uma discussão detalhada sobre a cirurgia pode ser encontrada na seção “Endometriosis Surgery” do Centro de Especialização em Endometriose neste site ou em meus livros “Stop Endometriosis and Pelvic Pain” ou “The Endo Patient Survival Guide“.

A remoção completa bem sucedida da fase endometriose do estágio III ou do estágio IV cirurgicamente requer treinamento, habilidades cirúrgicas e experiência muito especializadas. Este tipo de endometriose pode invadir a maioria dos órgãos da pelve, incluindo intestino, ureter, vagina e bexiga.

(18)

A remoção da endometriose dessas estruturas vitais é a abordagem preferida e mais comum. Nos casos em que o órgão foi parcialmente substituído por remoção de endometriose de parte do intestino, vagina ou bexiga pode ser necessária a reconstrução.

Atualmente a cirurgia robótica é considerada um tratamento diferenciado e superior ao padrão laparoscópico. Isso não acontece. Para um cirurgião laparoscópico avançado, ele não oferece benefícios, mas sim limitações. Muitos ginecologistas/ obstetras são bastante limitados no tipo de cirurgia que podem realizar como resultado de desorientação grave ao tentar realizar a cirurgia laparoscópica tradicional. O robô ajuda principalmente a tornar a cirurgia menos confusa no desempenho do cirurgião, pois ajuda na orientação espacial.

3.2 CIRURGIA ROBÓTICA FEITA ATRAVÉS DO PLANO DE SAÚDE

Em artigo escrito por Adriana da Cunha Leocadio – Especialista em direito e saúde, Bacharel em Direito, Membro da Organização Mundial da Saúde (OMS) e Cintia Rocha – Advogada Cível especialista em Saúde e Direito do Consumidor, Membro efetivo da comissão de direito da saúde e responsabilidade médico-hospitalar e Direitos Humanos da OAB/SP discutem os prós e contras da utilização da cirurgia robótica, em especial na rede privada.

O robô DaVinci. <https://www.institutojorgereina.com.br/cirurgia-robotica-minimamente-invasiva/>

Uma evolução das técnicas minimamente invasivas, o robô se afirma como um novo aliado em procedimentos de alta complexidade.

A realidade da robótica está batendo a nossa porta com uma evolução fantástica trazendo benefícios de supra importância para medicina e consequentemente para todos que de alguma forma mais cedo ou mais tarde infelizmente necessitar de um tratamento médico.

Em um cenário que até a pouco seria definido como futurista, o cirurgião instala-se em frente de um console e opera manejando os braços do robô. O sistema robótico confere maior destreza e precisão ao trabalho do médico, permitindo uma acurada visão em 3D, movimentos mais amplos com as pinças e outros instrumentos cirúrgicos e eliminação de tremores. É maior segurança para o paciente. Hoje, são mais de mil robôs utilizados nos Estados Unidos e outros

(19)

400 no resto do mundo, apenas três deles no Brasil. Em 2009 foram realizados mais de 200 mil procedimentos com esse recurso. A cirurgia robótica é atualmente o tipo mais comum de cirurgia para o tratamento do câncer de próstata e mais de 85% de todas as prostatectomias radicais realizadas nos Estados Unidos utilizam esse método (New York Times, 14 de fevereiro de 2010). O procedimento vem sendo realizado por mais de uma década com resultados positivos sendo documentados em várias publicações.

Os resultados positivos são obtidos devido a melhor visualização e a maior precisão proporcionada pelo robô Da Vinci em comparação à cirurgia aberta tradicional e por laparoscopia. No entanto, ficou claramente estabelecido que a responsável pelos resultados não é apenas da máquina, mas sim que o fator mais importante é a habilidade e a experiência do cirurgião.

A cirurgia robótica é um instrumento que ajuda o cirurgião em determinados movimentos, de preferência reduzindo a necessidade de grandes acessos cirúrgicos. São aquelas cirurgias minimamente invasivas. O que hoje conseguimos com as mãos, às vezes precisando de um corte grande ou até mesmo de um procedimento grande até chegar a uma área mais profunda, com o robô há o auxílio da minituarização. O robô da Vinci, que é um dos únicos robôs que existem, possui alguns artifícios que até melhoram a atuação do cirurgião, ele faz movimentos que a mão humana dificilmente faria. Há, também, um aumento na qualidade da imagem, com uso de óticas e filtros, inclusive com zoom digital. O monitor é tridimensional. É muito parecido com o que temos hoje em imagens tridimensionais em cinema. Para o cirurgião, é muito importante.

O mundo, atualmente, é definido pela transformação constante das práticas em diferentes campos de atuação, sejam elas influenciadas pelas novas tecnologias, pelas informações circulantes ou pelo conhecimento que se acumula.

Dentro desta realidade, a evolução tecnológica vem beneficiando inúmeras áreas da medicina, proporcionando a cura para doenças antes incuráveis e salvando vidas. Novas técnicas cirúrgicas dão mais segurança, facilitam a recuperação do paciente e reduzem o tempo dos procedimentos. Como é o caso da cirurgia robótica, criada com o objetivo de melhorar o trabalho das cirurgias minimamente invasivas e que se caracteriza pela presença de robôs em centros cirúrgicos sob o comando intelectual do homem - o médico. Várias especialidades médicas, como a ginecologia, urologia, cardiologia e gastrocirurgia, vêm utilizando os benefícios da cirurgia robótica, especialmente em procedimentos considerados mais complexos. Os aparelhos robóticos em cirurgias complexas contribuem para atingir o objetivo de tornar os procedimentos o menos invasivos, oferecendo segurança tanto para o

(20)

paciente como para o médico. Na gastrocirurgia, o Brasil já tem vários casos registrados de cirurgias de grande complexidade, como cirurgia para diverticulite, cirurgias para câncer como, de pâncreas, de intestino ou estômago, e nas cirurgias ginecológicas, como em casos de endometriose já estendida para outros órgãos.

3.3 VANTAGENS DA CIRURGIA ROBÓTICA

Os sistemas robóticos trazem várias vantagens, como o aumento de liberdade de movimentação das pinças do cirurgião, maior precisão dos movimentos, melhor qualidade de imagem e realização de movimentos em 360 graus (como um punho) pela ponta da pinça. As pinças do robô são mais articuladas, principalmente, em suas extremidades, quando comparadas as pinças laparoscópicas convencionais. Além disso, qualquer possível tremor do cirurgião é eliminado pelo sistema e não é transmitido para o campo operatório. Outras vantagens incluem o posicionamento mais ergonômico do cirurgião, tornando os possíveis erros causados pela fadiga menos prováveis e ainda criando uma perspectiva de telecirurgia - médico e paciente em locais diferentes, como na ficção.

A imagem da região a ser operada em três dimensões permite muito mais acurácia e acuidade visual para o cirurgião.

Os resultados atuais com o uso do robô já são equivalentes aos da cirurgia aberta, com a vantagem de pequenas incisões, diminuição do sangramento e menor tempo de recuperação do paciente. Estas informações mostram que mesmo sendo um sistema relativamente novo no Brasil, mais recente do que os 10 anos de história no exterior, o sistema robótico já mostra sua relevância e a rápida evolução vem experimentando.

Tudo é fascinante e desperta uma sensação de que estamos tendo condições de lutar mais bravamente contra as doenças que nos acometem e ganhando um poderoso aliado para VIDA. Contudo existe a boa e velha pergunta: “Como faço para ter acesso a essa moderna técnica?” E o custo para um tratamento utilizando a robótica? Meu plano de saúde paga? É nesse momento que devemos buscar orientação junto a um Especialista na área de Direito e Saúde.

O discurso popular incutido em nossa mente, incluindo a dos próprios médicos que trabalham com as cirurgias robóticas é de que: “NENHUM PLANO DE SAÚDE COBRE ESSE TRATAMENTO/ PROCEDIMENTO”. E com isso acaba indo buscar alternativa que por vezes possa até incorrer em mais risco para o paciente. Os planos excluem, com frequência,

(21)

procedimentos de cirurgia robótica sem fundamentação alguma, pois o caso em questão não é luxo e, sim, para tratar sérios problemas de saúde.

“NÃO EXISTE POR PRINCIPIO UM NÃO PARA QUALQUER TIPO DE TRATAMENTO QUE ENVOLVA PLANOS DE SAÚDE OU ATÉ MESMO SAÚDE PÚBLICA.” Solicitada a opinião da Advogada Cintia Rocha – especialista em direito e saúde, que relatou: “se o paciente que vem ao meu escritório com o relatório com a devida fundamentação do método a ser utilizado, relatando detalhadamente a doença que acomete o tratamento necessário para garantir a cura ou no mínimo a dignidade humana fica evidente que o plano de saúde deverá cobrir todo tratamento.” Tudo isso está fundamentado na Lei 9.656/88, temos também o Código de Defesa do Consumidor e a Constituição Federal para nos amparar juridicamente.

É importante ressaltar que até a presente data não é conhecido caso algum sem solução, até porque quem deve determinar o tratamento é o médico É fundamental divulgar que é o médico quem deve determinar o tratamento a ser feito, o material cirúrgico a serem usados, próteses, exames clínicos, remédios e tudo que for necessário. Essa relação de cumplicidade que o médico tem com seu paciente pode determinar o sucesso do tratamento. O judiciário só fará o Plano de Saúde cumprir promovendo soluções em até 48 horas quando feito de forma preventiva na maior parte dos casos. É necessário ser especialista nessa área jurídica para que o êxito seja obtido.

O médico possui particular proteção legal que se encontra nos artigos 8º e 16º da Resolução 1246/88 do CFM, os quais estabelecem que nenhuma instituição, seja pública ou privada, poderá limitar a escolha, por parte do médico, para o estabelecimento do diagnóstico ou para execução do tratamento, o que vem sendo roborado pelas decisões dos Tribunais, citando como exemplo decisão recente do STJ onde o ministro Carlos Alberto Menezes Direito Desembargador relator de caso envolvendo tal temática, assim destacou: “Na verdade, se não fosse assim, estar-se-ia autorizando que a empresa se substituísse aos médicos na escolha da terapia adequada de acordo com o plano de cobertura do paciente, o que é incongruente com o sistema de assistência à saúde.”

Em suma, o direito a tratamento médico usando a robótica todos temos e que tudo depende dos profissionais médicos especializados que devem validar o devido tratamento, os profissionais especializados em direito e saúde tem competência e respaldo jurídico para fazer valer seu direito junto ao plano de saúde, mais só você, consumidor e paciente é que pode tomar a atitude de fazer valer o seu direito.

(22)

3.4 AS VANTAGENS DA CIRURGIA ROBÓTICA PARA O CIRURGIÃO

Segundo o Dr. Marcos Travessa, o avanço da medicina tem tornado os procedimentos cirúrgicos cada vez menos invasivos para os pacientes, o que acelera a recuperação e a retomada de atividades no período pós-operatório.

São várias as vantagens de se realizar a cirurgia robótica para endometriose, que beneficiam tanto a paciente quanto a própria equipe médica. Para o cirurgião, destaca-se a transmissão de imagens em três dimensões, com alta definição.

A melhor visualização do campo operatório favorece a identificação e remoção dos focos de endometriose com precisão, indo ao encontro da necessidade de preservar órgãos e tecidos internos. Esse cuidado é extremamente importante para garantir que fertilidade não seja comprometida.

Além disso, destaca-se uma melhor ergonomia. Em outras palavras, o médico permanece em uma posição confortável durante toda a intervenção e pode realizar ajustes, minimizando as chances de ocorrência de dores em regiões como braços, pulsos e ombros.

Também, em procedimentos de alta complexidade, que costumam se estender por longas horas, os braços mecânicos filtram a frequência considerada normal de tremores. Em excesso, eles podem até mesmo provocar lesões em estruturas próximas as que estejam sendo manipuladas.

É conveniente a ressalva de que, para estar apto a realizar esse procedimento, o cirurgião interessado precisa se submeter a um treinamento específico.

3.5 OS BENEFÍCIOS PARA OS PACIENTES

Os benefícios da cirurgia robótica para a endometriose também se estendem às pacientes: estudos já demonstraram que essa modalidade de intervenção está associada a taxas bastante reduzidas de sangramento.

Além disso, as lesões nos músculos da parede abdominal são poucas, tendo em vista que as incisões são pequenas. Assim que passa o efeito da anestesia, a paciente já consegue caminhar sozinha.

Finalmente, os incômodos e dores no período pós-operatório, que já diminuem com uma videolaparoscopia, se tornam ainda menos frequentes. Em razão de todos esses fatores, o período de internação também tende a ser menor, o que acelera a retomada das atividades normais.

(23)

3.6 A CIRURGIA ROBÓTICA PARA CASOS DE ENDOMETRIOSE NO SUS

Na cirurgia robótica, não há necessidade de o cirurgião operar de pé.

https://www.folhavitoria.com.br/saude/noticia/08/2019/cirurgia-robotica-e-opcao-para-tratamento-de-problemas-ginecologicos

Visão fluorescente para monitorar em tempo real vasos, dutos biliares e passagem de líquidos por tecidos; lentes de aumento que fornecem imagens em HD e 3D e incisão guiada a laser. Todos esses recursos, que parecem ficção científica, vêm aos poucos ganhando espaço no país, inclusive na rede pública. Um exemplo é o Hospital Universitário Pedro Ernesto, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (HUPE-UERJ), único do SUS a contar com o Da Vinci XI — quarta e mais recente geração da tecnologia.

A cirurgia robótica tem aplicações em diversas especialidades. Na ginecologia, é especialmente indicada para a retirada de útero, miomas e casos complexos de endometriose. Assim como a laparoscopia, ela está entre os chamados procedimentos minimamente invasivos, nos quais o médico faz pequenos furos por onde insere uma câmera e os instrumentos necessários para realizar as intervenções.

“Todos permitem excelentes resultados, mas os minimamente invasivos vêm ganhando cada vez mais espaço por se tratarem de procedimentos menos traumáticos e que permitem uma recuperação mais rápida quando comparados à cirurgia ’de barriga aberta‘", afirma o ginecologista Marco Aurelio Pinho de Oliveira, chefe do ambulatório de endometriose do HUPE-UERJ.

A cirurgia robótica, explica o especialista, é ainda mais vantajosa em relação à laparoscopia tradicional por garantir mais precisão, uma vez que elimina possíveis tremores, permite visualizar melhor a área a ser operada e alcançar com facilidade pontos menos acessíveis para a mão humana. Além disso, como não há necessidade de o cirurgião operar de pé, o processo se torna menos cansativo, o que é uma grande vantagem por afetar menos o estado de atenção, principalmente em cirurgias de longa duração. Tudo isso, para o paciente, significa um pós-operatório ainda mais brando.

O HUPE-UERJ é o único hospital público do Brasil a contar com o Da Vinci XI até o momento. Marco Aurélio Pinho foi um dos primeiros brasileiros certificados a usar o equipamento. Além disso, é coordenador da primeira pós-graduação lato sensu em cirurgia

(24)

robótica ginecológica do país, oferecida no Rio de Janeiro. 'O curso vai facilitar o acesso ao aprendizado da técnica e, possivelmente, ampliar o número de médicos aptos a usá-la'.

A cirurgia robótica, como o método mais seguro e menos invasivo para a tratamento desta doença, não é acessível a todos, devido ao alto custo do material utilizado no procedimento.

É visível que as instituições particulares tem um acesso supremo em relação as unidades públicas de saúde. Milhares de mulheres, cujas dependem do atendimento do SUS, não recebem um atendimento digno igual as que usufruem o atendimento particular.

O Ministério da Saúde está discutindo investimentos para a implantação de tecnologia robótica no Sistema Único de Saúde (SUS). O Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Marco Fireman, conheceu o estudo de utilização de robôs em cirurgias do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), em Brasília - DF. O projeto vai estudar o uso da tecnologia para tornar os procedimentos cirúrgicos mais precisos e menos invasivos.

"É um projeto ousado e importante. Estamos estudando a possibilidade de introduzir a tecnologia robótica em fase experimental de pesquisa para fazer a avaliação de desempenho no SUS, verificar os benefícios para saber se temos viabilidade de ampliar o investimento futuramente para outros hospitais”, explicou o secretário Marco Fireman.

Atualmente, o Ministério da Saúde dá incentivos fiscais, por meio dos Programas de Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS) e Nacional de Apoio à Atenção Oncológica (Pronon), que é realizado por entidades filantrópicas credenciadas ao SUS para o desenvolvimento de projetos que utilizem a tecnologia robótica. Além disso, o governo federal já investe em dois programas em São Paulo – um no Instituto do Câncer de São Paulo (Icesp) e outro no Instituto Nacional de Câncer (Inca).

É um avanço inestimável, porque a vida não tem preço”, pontuou o médico e diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica, Renato Teixeira.

O uso da robótica para esse tipo de procedimento é uma prática consolidada em países desenvolvidos. Nos Estados Unidos, por exemplo, há mais de 3500 robôs em unidades hospitalares para cirurgias de alto grau de complexidade. Se implementado no Hran, o projeto será o primeiro a disponibilizar a tecnologia em um hospital no Centro Oeste.

Para ele, é importante o desenvolvimento de projetos de pesquisa para formação de novos médicos e profissionais de saúde. "A tecnologia é uma tendência mundial. Isso é uma questão de tempo. O Hran é, além de um hospital, um centro de ensino. Um projeto como esse permite não só um aumento na recuperação de nossos pacientes, mas também a possibilidade de preparar nossos médicos para o futuro”, defendeu.

(25)

A proposta está sendo elaborada pelo HRAN e deverá ser submetida ao Ministério da Saúde para avaliação. Se aprovado entrará em fase de instalação para ser testado por um período de aproximadamente três anos.

Já no Brasil, cirurgias robóticas começaram a ser praticadas em 2008 com o sistema Da Vinci e é aplicada até hoje principalmente em cirurgias gerais, do aparelho digestivo, da cabeça e pescoço, ginecológicas e cardíacas. Infelizmente como houve um atraso em aderir a cirurgia robótica no território brasileiro, em especial devido ao preço dos instrumentos, o Brasil ainda tem muito a evoluir nesta questão.

4. GINECOLOGIA

A ginecologia foi uma das áreas mais beneficiadas pela cirurgia robótica. É possível tratar diversos câncer ginecológicos, miomas, e especialmente, a endometriose. Segundo dados da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, em média sete mulheres são levadas diariamente para a mesa de cirurgia por causa da endometriose nos hospitais públicos do Estado.

No Hospital Pérola Byington, da rede pública de saúde do Estado e especializado em saúde da mulher, somente no ano passado, foram realizadas 3.114 atendimentos de pacientes com endometriose, com 105 cirurgias por videolaparoscopia.

A doença tem maior chance de ocorrer se houver outros casos na família, o que sugere uma tendência genética. A endometriose é capaz de afetar até mesmo tecidos distantes, como o pulmão, o nervo ciático e o diafragma. No entanto, é importante destacar que, a doença não se espalha como um câncer, ou seja, o fato de surgir em outras regiões não é necessariamente sinal de agravamento. Inclusive, é possível ter focos à distância sem ter endometriose na pelve.

Uma vez confirmado o diagnóstico de endometriose, a cirurgia robótica pode ser utilizada para o tratamento das lesões. Por ser uma cirurgia minimamente invasiva e com maior precisão, mas ao mesmo tempo resolutiva, hoje é a escolha mais comum quando da necessidade de intervenção cirúrgica para o tratamento. As técnicas permitem remover todos os focos, drenar os cistos endometriais e depois retirar a capa que os reveste. Pode-se ainda fazer a ressecção de porções intestinais ou de bexiga quando há lesões envolvendo esses órgãos. Em alguns casos, a histerectomia (retirada do útero, trompas e dos ovários também pode ser realizada. A retirada dos órgãos pélvicos femininos fica restrita aos casos que não responderam bem aos tratamentos anteriores e a mulher já tem a prole formada. Apesar dessas inúmeras vantagens, o valor da cirurgia não é acessível para todos.

(26)

Segundo FERNANDA BASSETTE, da agência Folha UOL, ao menos seis milhões de brasileiras têm endometriose - doença crônica, em que parte do endométrio se estabelece fora do útero, provocando fortes cólicas, dor durante o ato sexual e infertilidade. O tratamento, na maioria das vezes, é cirúrgico.

Segundo especialistas ouvidos pela Folha, uma das principais vantagens do robô é fornecer imagens do interior do corpo em 3D e permitir movimentos precisos das mãos com a mesma habilidade de uma cirurgia aberta.

"No caso da laparoscopia, o cirurgião precisa dar o nó cirúrgico com o punho travado. No caso do robô, as pinças permitem os movimentos normais das mãos", exemplifica Carlos Alberto Petta, professor da Unicamp.

Os autores avaliaram 78 mulheres diagnosticadas com endometriose. Metade delas foi operada com o robô e metade por laparoscopia.

Os resultados mostram que não houve diferença na quantidade de sangue perdido nem complicações operatórias nos dois grupos.

A desvantagem do robô ficou por conta do tempo cirúrgico: foram 40 minutos a mais do que na laparoscopia. Outra limitação é o preço do robô: cerca de R$ 5 milhões. Atualmente, o tratamento padrão de endometriose no Brasil é a cirurgia por laparoscopia -coberta pelo SUS em alguns casos.

O robô só está disponível em hospitais particulares e, em geral, é usado em casos complexos - como aqueles em que a endometriose atinge o intestino. Isso representa cerca de 12% das mulheres que precisarão de cirurgia.

A ginecologista Rosa Neme, do hospital Albert Einstein, já operou seis mulheres com a tecnologia robótica. Ela diz que o robô também pode ser usado para tratar casos simples da doença, como os do estudo, mas que a principal vantagem do robô é tratar endometriose severa. "Estamos começando a fazer essa cirurgia, que é de altíssima complexidade, e os resultados são bons. Dizer que o robô não tem nenhuma vantagem é mentira", diz.

5 – CONCLUSÃO

A endometriose é uma doença crônica que regride espontaneamente com a menopausa, em razão da queda na produção dos hormônios femininos. Mulheres mais jovens podem

(27)

valer-se de medicamentos que suspendem a menstruação. Lesões maiores de endometriovaler-se, em geral, devem ser retiradas cirurgicamente. Quando a mulher já teve os filhos que desejava, a remoção dos ovários e do útero pode ser uma alternativa de tratamento.

Cada tipo de endometriose tem identidade própria cuja origem difere uma da outra e por isto cada uma merece um tratamento cirúrgico especializado, envolvendo muitos profissionais médicos de várias especialidades. A não observância dos critérios de diagnóstico utilizando-se exames inadequados e profissionais inexperientes poderá levar a cirurgias incompletas e a persistência da doença.

O tratamento cirúrgico da endometriose quase sempre é feito por laparoscopia. Houve uma tendência recente em relação ao uso de laparoscopia assistida por robôs por ginecologistas gerais/ obstetras. Os sistemas robóticos trazem várias vantagens, como o aumento de liberdade de movimentação das pinças do cirurgião, maior precisão dos movimentos e melhor qualidade de imagem.

O HUPE-UERJ é o único hospital público do Brasil a contar com o Da Vinci XI até o momento. O Ministério da Saúde está discutindo investimentos para a implantação de tecnologia robótica no Sistema Único de Saúde (SUS).

É visível que as instituiçõesparticulares tem um acesso supremo em relação as unidades públicas de saúde. Milhares de mulheres, cujas dependem do atendimento do SUS, não recebem um atendimento digno igual as que usufruem o atendimento particular.

(28)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

BASSETTE, Fernanda. Robô não é superior à cirurgia padrão de endometriose. Folha de

S.Paulo. São Paulo. Disponível em:

<https://www1.folha.uol.com.br/fsp/saude/sd2806201001.htm>. Acesso em: 21 de abr. de 2020.

ARAZAWA, Tonto. Cirurgia para endometriose explicada por um especialista. Aliraclinica, 2018. Disponível em: <https://www.aliraclinica.com.br/cirurgia-para-endometriose-2/->. Acesso em: 21 de abr. de 2020.

CAMBIAGHI, Arnaldo Schizzi. O que é Endometriose. IPGO. Disponível em: <https://ipgo.com.br/o-que-e-endometriose>. Acesso em 18 de set. de 2020.

VARELLA, Maria Helena. Endometriose. Drauziovarella. Disponível em: <https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/endometriose/>. Acesso em: 18 de set. de 2020.

HORMÔNIO liberador de gonadotrofina. Wikipédia. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Horm%C3%B4nio_liberador_de_gonadotrofina>. Acesso em: 18 de set. de 2020.

SEDICIAS, Sheila. Cirurgia para endometriose: quando é indicada e recuperada. Tuasaude, 2020. Disponível em: <https://www.tuasaude.com/cirurgia-para-endometriose/>. Acesso em: 18 de set. de 2030.

SALAZAR, Caroline. Tudo sobre as opções de tratamento para endometriose- parte 3!.

Aendometrioseeeu. Disponível em:

<https://aendometrioseeeu.com.br/tudo-sobre-as-opcoes-de-tratamento-para-endometriose-parte-3/>. Acesso em: 18 de set. de 2020.

TRAVESSA, Marcos. Cirurgia robótica para endometriose: Como a tecnologia ajuda no

tratamento?. Endometrioseba, 2020. Disponível em:

<http://endometrioseba.com.br/blog/post/86-cirurgia-robotica-para-endometriose--como-a-tecnologia-ajuda-no-tratamento->. Acesso em 19 de set. de 2020.

CIRURGIA Robótica Minimamente Invasiva. Institutojorgereina. Disponível em: <https://www.institutojorgereina.com.br/cirurgia-robotica-minimamente-invasiva>. Acesso em: 19 de set. de 2020.

SETE mulheres com endometriose passam por cirurgia diariamente em SP. Saopaulo, 2013. Disponível em: <https://www.saopaulo.sp.gov.br/ultimas-noticias/sete-mulheres-com-

endometriose-passam-por-cirurgia-diariamente-em-sp/#:~:text=Em%20m%C3%A9dia%20sete%20mulheres%20s%C3%A3o,passado%20foram %20realizadas%202.606%20cirurgias>. Acesso em 19 de set. de 2020.

UM breve histórico da cirurgia robótica. Uroprostata, [s.d.]. Disponível em: < https://uroprostata.com.br/um-breve-historico-da-cirurgia-robotica/ >. Acesso em: 07 de jul. de 2020.

(29)

CUNHA, Camila. Robôs ou médicos? A medicina do futuro é ciborgue. Comciencia, 08 de abr. de 2019. Disponível em: < http://www.comciencia.br/robos-ou-medicos-medicina-do-futuro-e-ciborgue/ >. Acesso em: 07 de jul. de 2020.

CLAUDIO, Luiz. História e o futuro da cirurgia robótica. Sanarmed, 09 de jan. de 2020. Disponível em: < https://www.sanarmed.com/historia-e-o-futuro-da-cirurgia-robotica-colunistas >. Acesso em: 07 de jul. de 2020.

LANE, Tim. A short history of robotic surgery. NCBI, 02 de maio de 2018. Disponível em: < https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5956578/ >. Acesso em: 07 de jul. de 2020. NUNES, Diogo. A história do Endoscópio. Repositorio, abril de 2018. Disponível em: < https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/42140/1/DiogoDNunes.pdf >. Acesso em: 08 de jul. de 2020.

Referências

Documentos relacionados

A) Promoção da qualidade de vida; assistência integral à saúde; prevenção de deficiências; ampliação e fortalecimento dos mecanismos de informação; organização

Foi realizada uma revista da literatura onde se procurou discutir parâmetros para indicações, melhor área doadora e técnicas cirúrgicas para remoção do enxerto de calota

Os estudos iniciais em escala de bancada foram realizados com um minério de ferro de baixo teor e mostraram que é possível obter um concentrado com 66% Fe e uma

Faustino Cesarino Barreto Avenida Francisco Antonio Consolmagno, 260 Jardim Europa SP Capão Bonito 207 33003654 ANTONIO LOPES MARQUES 34304323 301 Manhã Escola Municipal Prof..

Tendo como parâmetros para análise dos dados, a comparação entre monta natural (MN) e inseminação artificial (IA) em relação ao número de concepções e

Quando contratados, conforme valores dispostos no Anexo I, converter dados para uso pelos aplicativos, instalar os aplicativos objeto deste contrato, treinar os servidores

Finally,  we  can  conclude  several  findings  from  our  research.  First,  productivity  is  the  most  important  determinant  for  internationalization  that 

Para verificar a existência de associação entre as variáveis de interesse (tipo de IAM, tipo de serviço de saúde procurado no primeiro atendimento, número de serviços percorridos