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Isabel Lança Departamento de Saúde Pública - Administração Regional de Saúde do Centro

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Isabel Lança

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O Painel Intergovernamental para as

Alterações Climáticas (IPCC), considera

que a definição de Mudança do Clima,

Alterações

Climáticas

ou

Mudanças

Climáticas se refere à variação do

clima

global ou dos climas regionais da

Terra

ao longo do tempo. Estas variações

dizem

respeito

a

mudanças

de

temperatura

,

precipitação

,

nebulosidade

e

outros

fenómenos

climáticos

em

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O IPCC está atualmente a trabalhar na preparação do Quinto Relatório de Avaliação (Fifth Assessment Report), previsto para 2013/14. (Informações AR5 – IPCC)

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Mudanças observadas

(a) temperatura média global da superfície;

(b) média global da elevação do nível do mar a partir de

dados de marégrafo (azul) e satélite (vermelho) ;

(c) cobertura de neve do Hemisfério Norte para março-abril.

Todas as mudanças são relativas às médias correspondentes para o período de 1961 a 1990. As curvas suavizadas representam valores médios decenais, enquanto que os círculos indicam valores anuais.

As áreas sombreadas são os intervalos estimados com base em uma análise abrangente das incertezas conhecidas (a e b) e nas séries temporais (c). {

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Contribuição humana para as alterações climáticas

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Alterações Climáticas Temperatura Precipitação Subida do nível do mar Impactes na Saúde

Mortalidade e mobilidade; doenças

infecciosas; Doenças respiratórias resultantes de poluição atmosférica

Impactes na agricultura

Diminuição da produtividade; Carências de água para irrigação

Impactes na Floresta

Composição e diversidade; Distribuição na superfície terrestre; Diminuição da

qualidade da água

Impactes nos recursos hídricos Alteração nos recursos de água Alteração na qualidade da água

Impactes Costeiros

Erosão costeira; Inundações e desaparecimento de zonas baixas; Riscos para comunidades costeiras

Impactes na Biodiversidade Desaparecimento de espécies e

habitats; destruição de ecossistemas e zonas de preservação ecológica

(12)
(13)
(14)

Nos últimos 50 anos as emissões de gases com efeito de estufa causaram alterações do clima que implicam riscos para a saúde desde mortalidade devida a temperaturas extremas até alterações na transmissão de doenças infecciosas.

(15)

A nível mundial as alterações de clima têm causado catástrofes, tendo ocorrido aproximadamente 600 000 mortes relacionadas com desastres naturais nos anos 90.

(16)

As variações bruscas de temperatura afectam a saúde causando stress ao calor, hipertermia, ou ao frio, hipotermia, aumentando a mortalidade associada a doenças cardíacas ou respiratórias. O Verão de 2003 na Europa é o exemplo de um pico de mortalidade (70 000 mortes), devido ao calor.

(17)

A concentração de pólen e outros alergénos é maior no calor extremo, potenciando a asma, que afecta 300 milhões de pessoas.

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O aumento do nível dos oceanos implica consequências desastrosas para a maioria da população mundial que vivem em zonas costeiras, conduzindo a fenómenos de migrações ambientais. As inundações são causas directas de riscos de infecção, de transmissão de doenças e de contaminação da água.

(19)

A escassez de água e a redução de reservas irá aumentar, comprometendo a saúde e as condições de higiene, aumentando o risco de diarreia, de tracoma e de outras doenças.

(20)

A escassez de água implica a procura em locais afastados e o aumento de riscos decorrentes de transporte e armazenagem sem condições de segurança, potenciando as doenças associadas.

(21)

A transmissão de doenças pela água e por vectores associados, ( como os mosquitos) é um dos principais problemas. As doenças associadas ao clima como diarreia, malária, e subnutrição causaram 3 milhões de mortes em 2004, das quais 1/3 em África.

(22)

A escassez de alimentos e a má nutrição provocam milhões de mortes anualmente. O aumento global da temperatura irá implicar uma redução da produtividade mundial especialmente em zonas já carentes.

(23)

As medidas de redução de emissões são fundamentais, e têm efeitos positivos na saúde. As medidas de mitigação que passam pela renovação das políticas de transportes colectivos e individuais estão associadas a estilos de vida saudáveis, promovendo a actividade física e diminuindo taxas de mortalidade associadas ao sedentarismo.

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Monitorização dos impactes das alterações climáticas na saúde Principais dados de

saúde Populações alvo Dados de saúde a adquirir Dados meteorológicos Outras variáveis Temperaturas

Extremas Mortalidade diária; Internamentos hospitalares; Urgências Populações urbanas; países desenvolvidos Registos regionais

e nacionais Temperaturas diárias (mín/max e médias) & humidade Gripe e infecções respiratórias; poluição do ar – Factores de confundimento QAI( casa e local de trabalho); água - modelos Situações extremas de clima (inundações, vento, seca) Mortes associadas; internamentos; casos de doenças infecciosas; (saúde mental); subnutrição Todas as

regiões Registos regionais e nacionais, dados de saúde pública Dados meteorológicos (extensão, duração, intensidade) Disrupção/contaminação -água e alimentos e seu transporte, Deslocação de populações. Impactes indirectos Doenças por alimentos ou água Doenças infecciosas

relevantes e morbilidade Todas as regiões Registos regionais e nacionais,, vigilância e notificações; óbitos Semanais/diário; precipitação e doenças directamente associadas à água

Os dados tendem a ser alterados por relações tipo hospedeiro/agente que podem ter associações sazonais Vectores de transmissão e doenças associadas Populações de vectores; notificações de doença; distribuição espacial e temporal Distribuição geográfica (variações de latitude e altitude ) e zonas endémicas Vigilância local no terreno; rotinas de monitorização (viabilidade variável) Semanais/diário; temperatura e precipitação

Utilização dos solos, utilização e configuração de água de abastecimento para as populações.

(25)

A escolha de variáveis não climáticas depende da especificidade da

doença, mas os principais factores de interferência e confundimento são:

 Estrutura etária da população;



Incidência básica de doenças especialmente cardiovasculares,

respiratórias e diarreicas;



Desenvolvimento sócio-económico;



Condições ambientais, ex. ocupação do solo, qualidade do ar,

condições habitacionais;



Qualidade dos cuidados de saúde;

Medidas específicas de controlo, ex. programas específicos de

rastreios, etc…

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Escolha de Opções Investigação em Saúde Pública Interacções de base Dose-Resposta Evidência causa-efeito Monitorização Modelização de cenários

Avaliação das medidas de mitigação Outras disciplinas Avaliação de : - Vulnerabilidade - Adaptação - Questões a colocar? - Informação suficiente? (Qualidade/quantidade) Comunicação a : -Decisores políticos - Stakeholders -Investigadores

Formulação e definição de políticas

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Interferência humana

Mitigação das

alterações climáticas por intervenção nas fontes e fontes de emissão e mecanismos de dissipação Alterações climáticas incluindo variabilidade Exposição Impactes iniciais de efeitos Adaptação autónoma Impactes directos

ou residuais Gestão da Adaptação Planeamento e

a impactes e vulnerabilidades Formulação de Políticas Im pa ct es V ul ne ra bi lid ad es

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As preocupações mundiais concentram-se na

definição de novas estratégias e desafios, em

especial o aprovisionamento de energia não

poluente e competitiva num contexto de

alterações climáticas, a redução das emissões

de gases com efeitos de estufa, a salvaguarda

da água como recurso natural fundamental

para a vida humana e a biodiversidade.

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(33)
(34)

Mundialmente, 13 milhões de mortes podiam ser evitadas anualmente ao procurarmos tornar o ambiente mais saudável.

(35)

Em crianças com menos de cinco anos, 1/3 das doenças é causado por fatores ambientais tais como a água ou a poluição atmosférica.

(36)

Todos os anos, a vida de quatro milhões de crianças com menos de cinco anos – principalmente em países em desenvolvimento – podia ser salva pela prevenção de riscos ambientais, tais como os associados à água ou a poluição atmosférica.

(37)

Em países em desenvolvimento as principais doenças com causas ambientais são doenças diarreicas, infeções pulmonares, acidentes e malária.

(38)

Uma gestão ambiental adequada podia prevenir 40% de mortes por

malária, 41% das infecções pulmonares e 94% das doenças diarreicas – três das maiores causas de mortalidade infantil.

(39)

Nos países menos desenvolvidos, um terço da mortalidade e da morbilidade resulta de causas ambientais.

(40)

Nos países desenvolvidos, ambientes mais saudáveis poderiam reduzir significativamente a incidência de cancro, doenças cardiovasculares, asma, infeções respiratórias e pulmonares, doenças musculoesqueléticas,

(41)

Os fatores/determinantes ambientais influenciam 85 das 102 categorias de doenças que constam do Relatório Mundial de Saúde.

(42)

A maioria das mortes, doenças e incapacidades poderiam ser prevenidas através de programas de intervenção tais como a armazenagem doméstica de água em segurança, procedimentos de higiene e utilização de

(43)

As intervenções para ambientes saudáveis abrangem a segurança em edifícios; promoção e informação da segurança na utilização e armazenagem de

(44)

Fonte: Global health risks: mortality and burden of disease attributable to selected major risks. World Health Organization 2009

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(46)

O ambiente é um fator condicionante em 19% dos casos de cancro, (incluindo dados e resultados de 1,3 milhões de mortes anuais).

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A exposição ao radão foi a causa de 3-14% de mortes por cancro do pulmão. ( é a segunda causa de morte por cancro do pulmão em muitos países).

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Em 2004, ocorreram 165 000 mortes por poluição do ar, de acordo com: - 108 000 por exposição a poluição do ar interior;

- 36 000 devido a exposição a combustíveis sólidos para aquecimento e alimentação;

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A exposição ocupacional a carcinogénicos pulmonares causou 111 000

mortes por cancro do pulmão, em 2004. O número de mortes por exposição aos asbestos (amianto) causou 59 000 mortes (mesotelioma).

(50)

Alguns químicos como o benzeno, e a exposição à radiação ionizante causaram 7400 mortes por leucemia, em 2004.

(51)

Alterações Climáticas Temperatura Precipitação Subida do nível do mar Impactes na Saúde

Mortalidade e mobilidade; doenças

infecciosas; Doenças respiratórias resultantes de poluição atmosférica

Impactes na agricultura

Diminuição da produtividade; Carências de água para irrigação

Impactes na Floresta

Composição e diversidade; Distribuição na superfície terrestre; Diminuição da

qualidade da água

Impactes nos recursos hídricos Alteração nos recursos de água Alteração na qualidade da água

Impactes Costeiros

Erosão costeira; Inundações e desaparecimento de zonas baixas; Riscos para comunidades costeiras

Impactes na Biodiversidade Desaparecimento de espécies e

habitats; destruição de ecossistemas e zonas de preservação ecológica

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Alterações Climáticas Exposições Humanas - Alterações climáticas regionais - Ondas de calor; - Amplitudes térmicas extremas; - Precipitação; - Temperatura Níveis de contaminação Dinâmica de transmissão Alterações nos ecossistemas agrários e hidrologia Disruções socioeconómicas e demográficas Efeitos na Saúde Temperatura – Doenças e mortalidade relacionadas; Clima Extremos – Efeitos sobre a saúde;

Poluição do ar - Doenças associadas, em especial cardio-respiratórias;

Doenças transmitidas pela água e pelos alimentos;

Transmissão de doenças por vectores (mosquitos e

roedores);

Doenças resultantes de

armazenagens deficientes de água e alimentos;

Doenças mentais, nutricionais e outros efeitos sobre a saúde

Influências da

modulação Factores condicionantes

Interacção entre alterações climáticas e efeitos na saúde humana - Fonte - OMS

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Efeitos na Saúde

Temperatura – Doenças e mortalidade relacionadas; Clima Extremos – Efeitos sobre a saúde;

Poluição do ar - Doenças associadas, em especial cardio-respiratórias;

Doenças transmitidas pela água e pelos alimentos; Transmissão de doenças por vectores (mosquitos e roedores); Doenças resultantes de armazenagens deficientes de água e alimentos; Doenças mentais, nutricionais

e outros efeitos sobre a saúde Alterações climáticas regionais -Ondas de calor; - Amplitudes térmicas extremas; - Precipitação; -Temperatura Alterações Climáticas Níveis de contaminação microbiana Dinâmica de transmissão Hidrologia de agro-ecossistemas Demografia sócio-económica Capacidade adaptativa Capacidade de mitigação Medidas de mitigação Condicionantes de modulação Influência de modulação Causas naturais Emissões de gases com efeito de estufa (GEE)

Investigação Avaliação da adaptabilidade

Forças condutoras Dinâmica populacional Modelo económico insustentável Alterações climáticas e Saúde - OMS

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(57)

A Saúde deve ser considerada como um argumento fundamental para a implementação de políticas de prevenção de alterações climáticas pelos decisores e pelas populações;

(58)

Definição de políticas coerentes de saúde vs clima, com intervenção de parceiros à escala global (OMS e ONU), à escala regional e à escala local, que viabilizem a implementação adaptada a constrangimentos locais;

(59)

Definição de políticas

de

mitigação com base em

evidências de adaptação da

saúde , análise de

custo-benefício e estabelecimento

de

guidelines

para

os

decisores.

Relevância especial para a

investigação aplicada, com o

objetivo

de

revisão

e

atualização sistemática de

dados

para

correção

e

adaptação da intervenção;

(60)

Proteção das populações através de medidas práticas, com

intervenções diretas e adaptadas da saúde pública .

Intervenção junto de grupos alvo – jovens , profissionais de

transportes, de saúde, da comunicação, decisores regionais e

locais (autarquias), escolas , e de toda a população em geral.

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Referências

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