• Nenhum resultado encontrado

A FUNDAMENTAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS NO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL LEI nº /2015 1

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "A FUNDAMENTAÇÃO DAS DECISÕES JUDICIAIS NO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL LEI nº /2015 1"

Copied!
19
0
0

Texto

(1)

Victor Gregor Endl Moreira2

RESUMO

Este trabalho demonstrará, de plano, os motivos de uma significativa modificação na fundamentação das decisões judiciais para que haja uma entrega qualificada da prestação jurisdicional. Serão apresentadas as principais alterações derivadas da entrada em vigor do Novo Código de Processo Civil, Lei nº 13.105 de 16 de março de 2015, em relação à fundamentação das decisões judiciais. A essência das mudanças está evidenciada, especificamente, no artigo 489, § 1º e incisos do NCPC, sendo tais alterações especificadas com a respectiva contribuição que cada inciso traz para a ordem jurídica, cuja intenção é aprimorar a fundamentação e qualificar a motivação dos atos judiciais. O conjunto das mudanças vislumbrado no processo constitucionalizado está norteado no inciso IX do art. 93 da Constituição Federal.

Palavras-chave: Alterações. Novo Código de Processo Civil – Lei nº 13.105/2015. Fundamentação das Decisões Judiciais.

ABSTRACT

This work will demonstrate, in plan, the reasons for a significant modification in the reasoning of the judicial decisions so that there is a qualified delivery of the judicial service. The main changes resulting from the entry into force of the New Code of Civil Procedure, Law 13.105 of March 16, 2015, will be presented in relation to the basis of judicial decisions. The essence of the changes is evidenced specifically in Article 489, § 1 and paragraphs of the NCPC, such changes being specified with the respective contribution that each item brings to the legal order, whose intention is to improve the reasoning and qualify the motivation of judicial acts . The set of changes seen in the constitutional process is guided by subsection IX of art. 93 of the Federal Constitution.

Keywords: Changes. New Civil Procedure Code - Law nº. 13.105/2015. Rationale for Judicial Decisions.

1 Trabalho de Conclusão da Pós-Graduação em Direito Processual Civil – Unijuí – Campus Três Passos/RS. 2 Victor Gregor Endl Moreira – Bacharel em Direito pela Unijuí; Acadêmico do Curso de Pós-Graduação em Direito Processual Civil. E-mail: victor.moreira@unijui.edu.br.

(2)

SUMÁRIO: Introdução; 1 Dos Poderes do Juiz; 2 Dos Elementos da Sentença; 3 Características de Decisões não Fundamentadas; 3.1 Se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida – artigo 489, § 1º, I; 3.2 Empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso - artigo 489, § 1º, II; 3.3 Invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão - artigo 489, § 1º, III; 3.4 Não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador - artigo 489, § 1º, IV; 3.5 Se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos - artigo 489, § 1º, V; 3.6 Deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento - artigo 489, § 1º, VI; Conclusão.

INTRODUÇÃO

O presente artigo analisa uma das principais alterações que ocorreram com a recente atualização no Processo Civil, o que de certa forma trouxe significativo avanço para o meio jurídico, tendo em vista que as exigências no que tange à fundamentação das decisões judiciais se tornaram mais contundentes com a inclusão da nova redação do art. 489, parágrafo 1º e seus respectivos incisos.

Primeiramente serão abordados os poderes dos juízes, visto que são eles quem conduzem todo o processo e são responsáveis pela aplicação correta da norma jurídica, além disso, devem ser imparciais quanto aos seus posicionamentos. Em seguida, serão analisados os elementos da sentença, que são compostos pelo relatório, fundamentos e o dispositivo, sendo estes responsáveis pelo sentido na prolação da sentença.

Um dos pontos marcantes do Novo CPC é a ênfase nos princípios e garantias fundamentais do processo. Contudo o presente assunto não trata de uma inovação no ordenamento jurídico, visto que os julgadores sempre deviam fundamentar e argumentar a sua decisão como bem prevê a Constituição Federal. Com a vigência do novo CPC apenas foi reforçada a ideia, pois muitas das decisões estavam carentes de fundamentação e simplesmente descreviam partes de acórdãos.

Por fim, serão enfatizadas as novas exigências do artigo 489, § 1º e seus respectivos incisos do NCPC, os quais trouxeram significativas mudanças quanto ao ato de fundamentar

(3)

as decisões judiciais, de modo a explicitar a conduta a ser tomada pelo magistrado no ato de apreciação e pronunciação de um juízo decisório.

1 DOS PODERES DO JUIZ

O juiz deve analisar as provas, as alegações, os pedidos e após proferir uma sentença condizente aos fatos relatados e demonstrados, tendo imparcialidade e a lei como sua referência, não utilizando de seu livre arbítrio.

Como bem destaca Gustavo Quintanilha Telles de Menezes (2011, p. 197, grifo do autor):

Pode o juiz proferir decisão – tem poder para fazê-lo, devendo fazê-lo, em cumprimento a seu ofício, sempre que necessário e oportuno – porém esta sempre deve ser motivada, como determina o artigo 93, inciso IX, da Constituição da República. Na motivação, o juiz não se limita a analisar questões de fato e de direito, mas as resolve, enunciando o convencimento formado de forma inteligível. A motivação legitima o exercício da jurisdição pelo juiz, pois demonstra às partes e à sociedade que todas as circunstâncias, normas e argumentos relevantes para o julgamento da causa foram considerados.

Desta forma, as partes trazem ao processo a sua pretensão, mas, é o juiz, com a colaboração das partes, quem conduz todo o processo, pois ele tem o poder de intervir e aplicar o direito. Necessita este de habilidades para saber o momento de determinado questionamento, bem como para aplicação das regras, normas e até costumes.

Todos os casos após análise e aplicação da lei, necessitam de uma excelente e notável fundamentação, para que possa elucidar as questões que estão em lide. Para tanto, o art. 93, IX, da Constituição Federal de 1988, prevê que:

Art. 93 – Lei complementar, de iniciativa do Supremo Tribunal Federal, disporá sobre o Estatuto da Magistratura, observados os seguintes princípios: [...]

IX: todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e

fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei

limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes, em casos nos quais a preservação do direito à intimidade do interessado no sigilo não prejudique o interesse público à informação (BRASIL, 2016, grifo nosso).

(4)

Para Humberto Theodoro Júnior, Dierle Nunes, Alexandre Melo Franco Bahia e Flávio Quinaud Pedron (2015, p. 301-302, grifo do autor), o Novo CPC é o espelho de um modo necessário para o melhor desempenho dos processos o qual já estava descrito na Constituição Brasileira. Dessa maneira lecionam:

[...] o Novo CPC impõe o cumprimento do que já estava contido no art. 93,

IX, da CRFB/1988, no seu art. 489, uma vez que ao analisar o modo como

as decisões são (mal) fundamentadas tornou-se imperativa uma perspectiva adequada para a referida cláusula constitucional, inclusive com o respaldo dessa (nova) legislação que promova com efetividade a expansividade e perfectibilidade típicas do modelo constitucional de processo brasileiro. Atente-se que “decisão fundamentada”, isto é, que leve a sério os argumentos, teses e provas de ambas as partes não é sinônimo de decisão longa. Pode-se plenamente ter uma sem outra coisa. O que no Novo CPC quer (ou melhor, o que, antes e acima dele, a Constituição quer) é uma decisão legítima, correta e íntegra (Dworkin) e não, necessariamente, uma decisão prolixa.

Nota-se que tal regulamentação já estava contida na Carta Magna, porém sua aplicação não estava sendo observada. Com a entrada em vigor da nova Lei Processual, percebe-se a sua imediata aplicação na prática e a submissão maior do magistrado ao referido texto normativo.

Segundo Nelson Nery Júnior (2013, p. 301):

Fundamentar significa o Magistrado dar as razões de fato e de direito que o convenceram a decidir a questão daquela maneira. A fundamentação tem implicação substancial e não meramente formal, donde é lícito concluir que o juiz deve analisar as questões postas a seu julgamento, exteriorizando a base fundamental de sua decisão.

De tal forma, todo o ato judicial que decida algo deve ser fundamentado, seja sentença, acórdão ou uma decisão interlocutória. Ainda, é na fundamentação que o juiz resolve questões processuais de fato, as quais dependem de provas, e também questões de direito, o que dependerá da interpretação do ordenamento jurídico.

É importante que as pessoas tenham certa confiança ao procurar o Poder Judiciário, por isso é tão indispensável a fundamentação detalhada e a apresentação de soluções que condizem com as normas vigentes em um atual Estado Democrático de Direito.

(5)

[...] ao se perquirir os motivos que justificam a decisão, a motivação (fundamentação) utilizada pelo julgador deverá ser apresentada de forma coerente, completa e clara, capaz de permitir a identificação da imparcialidade do julgador, o controle da sua legalidade, assim como aferir se a garantia de defesa foi exercida [...]

Uma última função para a imposição da motivação das sentenças, sob pena de omissão, é a de assegurar às partes que seus argumentos foram efetivamente objeto de apreciação, possibilitando-lhes a aceitação ou a inconformidade, na forma da lei, ou seja, contradito efetivo.

A fundamentação tem uma estrutura analítica e qualificada, cabendo ao juiz demonstrar se as suas razões de decidir são suficientemente válidas, íntegras e coerentes com o ordenamento jurídico vigente. Logo, é na fundamentação da decisão que se verifica se todos os direitos e garantias das partes foram efetiva e integralmente respeitados.

Nesse mesmo sentido MAZZEI (2015, p. 171), orienta acerca das postulações judiciais:

Há dever de decidir (e sempre com motivação) acerca das postulações, pois estas não podem ficar sem respostas. No entanto, acerca dos motivos que sustentam as postulações, o órgão judiciário deve se ater aos seus fundamentos, isto é, o material jurídico que pode levar ao sucesso ou insucesso da ação e/ou do(s) pedido(s). No entanto, fundamentos não se confundem com argumentos, pois os últimos são tão somente raciocínios para fortalecer os primeiros, este sim com densidade jurídica e com vinculação de análise e de motivação para o órgão judiciário.

Para que uma fundamentação seja completa ela precisa ser reforçada por argumentos convincentes, porém tais argumentos não são tão importantes quanto à fundamentação em si. A motivação deve ser embasada por proposições jurídicas levantadas pelas partes, as quais justificam a decisão racional que será tomada pelo juiz.

André Relva Rosa e Mirta Gladyz Lerena Manzo de Misailidis (2015, p. 4) na intenção de colaborar com tal ideia, contextualizam claramente que:

A decisão correta do magistrado deve ser baseada no direito vigente e em interpretação que esteja em conformidade com a Constituição Federal. Não se trata de simples ato de vontade do julgador, por não ser absolutamente discricionário. O juiz não é simples boca da lei como outrora já foi, mas para

(6)

cumprir a missão constitucional deve decidir fundamentadamente e aplicar o direito vigente.

O juiz é detentor do poder da aplicação do direito ao caso concreto. Dessa maneira, para construir a fundamentação da decisão, deve observar as regras do Código de Processo Civil em sintonia com a Constituição Federal, assegurando um pronunciamento que obedeça ao devido processo legal e garanta o direito do cidadão quanto ao recebimento de uma resposta jurisdicional que seja efetiva.

Percebe-se a grande relevância que detém o juiz ao guiar um processo, pois dele dependerá a resolução do conflito. O juiz deve ser democrático ao conduzir o processo e ao mesmo tempo deve agir com autoridade, respeito e com disciplina, de modo que o torne mais eficiente, uma vez que o juiz atua no processo como se estivesse vivenciando aquela demanda, logo, tem o dever de agir de acordo os preceitos da lei.

Acrescenta-se que para um processo mais célere e hábil, o NCPC traz mais responsabilidade ao magistrado de modo que chame a atenção das partes quanto aos direitos e deveres que possuem. A propósito, o juiz estará participando ativamente de todas as fases do processo e, deve analisar os fatos e aplicar o direito conforme a lei, fazendo justiça e obtendo um resultado satisfatório, evitando omissões ou um julgamento desigual. Para conseguir um efeito real e concreto, é imprescindível primar pela boa aplicação do direito. Segundo MENEZES (2011, p. 207):

A busca da verdade não é autoritária, desde que respeite a liberdade das partes de dispor dos seus próprios interesses e a sua dignidade humana, e não seja parcial.

Da mesma forma, a descoberta – ou a aproximação ao máximo – da verdade, apresenta-se como meio de acesso à Justiça. Em caráter subsidiário, para suprir as deficiências probatórias das próprias partes, a busca da verdade real constitui um importante fator de equalização das desigualdades processuais, conduzindo o processo à sua finalidade.

Dito isto, é notório que o juiz deve respeitar o que a lei determina, não importando a sua opinião em relação à lide discutida, devendo mostrar-se sempre de forma imparcial para que assim prevaleça à segurança jurídica.

Diante dessas explicações acerca das inovações trazidas pela lei 13.105/2015, abordar-se-á de forma minuciosa, no próximo item, as principais regras que o juiz deverá seguir, pois

(7)

a não observância de qualquer dos incisos do § 1º do art. 489 acarretará a anulação da sua decisão.

2 DOS ELEMENTOS DA SENTENÇA

Em que pese no CPC/1973 a sentença fosse vista como um ato que colocava fim ao processo, sendo definida como “o ato do juiz que implica em uma das situações previstas nos artigos 267 e 269”, tanto com resolução do mérito como sem resolução, no novo Código de Processo Civil, não se pode mais definir a sentença como um ato que extingue processo, mas sim como um pronunciamento por meio do qual o juiz com fundamento nos artigos 485 ou 487 põe fim à fase cognitiva do processo, ou seja, segundo Luiz Rodrigues Wambier (2016, p. 407):

Sentença, de acordo com o NCPC, é o ato que (i) põe fim ao procedimento comum, em sua fase de cognição, (ii) tendo como conteúdo o que consta dos arts. 485 e 487 do CPC. Também é sentença o ato judicial que extingue a execução (art. 203, § 1º).

Preliminarmente, observa-se que o novel diploma manteve o relatório, os fundamentos e o dispositivo como elementos da sentença, isso porque são eles que caracterizam a mesma. O artigo que estabelece tais elementos é apresentado da seguinte maneira novo CPC:

Art. 489. São elementos essenciais da sentença:

I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do pedido e da contestação, e o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo;

II - os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito; III - o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe submeterem.

O relatório se manteve com a mesma forma que estava no CPC de 1973, sendo que, conforme STRECK (2016, p. 682), este deve:

[...] conter os nomes das partes, a identificação do caso objeto da ação e os eventos ocorridos durante o andamento do processo. No relatório, o juiz deve reconstruir a história institucional do caso em julgamento, demonstrando que estará cotejando as teses opostas em seus mínimos detalhes e que, de fato, compreendeu o que está sendo demandado.

(8)

A fundamentação, também chamada de motivação, é a oportunidade na qual o juiz vai analisar as questões de fato e de direito e buscar todos os elementos que serão utilizados para então fundamentar a sua decisão. Uma decisão devidamente fundamentada exige um trabalho mais complexo e demorado, porém faz com que se tenha maior segurança jurídica e confiança na prestação jurisdicional.

Colaboram nesse mesmo sentido, os magistérios de Fredie Didier Júnior, Paula Sarno Braga e Rafael Oliveira (2015, p. 326), pois afirmam que “[...] a fundamentação inútil ou deficiente [...]” é aquela que, “[...] embora existente, não é capaz de justificar racionalmente a decisão.” Nota-se que, assim sendo, a fundamentação reputar-se-á sem nexo e sentido, tornando-a passível de nulidade.

Conforme STRECK (2016, p. 683), fundamentar vai além de simples argumentos autoritários, pois o:

[...] Estado Democrático e a Constituição são incompatíveis com modelos de motivação teleológicos do tipo “primeiro decido e só depois busco o fundamento”[...]

A expulsão do livre convencimento é um elemento de extrema relevância para demonstrar o significado desse segundo elemento chamado “fundamento” da sentença. A fundamentação é condição para a decisão e não uma justificativa das premissas tomadas para a conclusão. Isso quer dizer que o juiz não decide para depois fundamentar. Absolutamente não. E, se o faz, está colocando a sua subjetividade acima do direito. Na verdade, a decisão deve ser o resultado da fundamentação e não o contrário.

O dispositivo possui uma relação “íntima” com a fundamentação, isso porque é uma condição imprescindível para a concretização do outro, visto que é nessa parte que o juiz tem o condão de resolver as questões que são submetidas pelas partes. Para isso STRECK (2016, p. 683) leciona que:

[...] Parece evidente que o dispositivo não é tão somente a parte física final do texto sentencial. É certo que é o dispositivo que faz coisa julgada material. Mas isso abarca o pedido e a causa de pedir. Isso é o que se chama de coisa julgada. Na lição de Humberto Theodoro Júnior, é na conjugação dos atos das partes e do juiz que se chega aos contornos objetivos da coisa julgada. [...] O dispositivo está ligado umbilicalmente à fundamentação, pela simples razão de que esta é condição de possibilidade para aquele. [...]

(9)

Conforme estabelecido nos incisos I a III, não houve qualquer alteração do antigo CPC/1973 para o atual CPC/2015, sendo que o relatório, os fundamentos e os dispositivos já estavam expressos no texto legal.

3 CARACTERÍSTICAS DE DECISÕES NÃO FUNDAMENTADAS

A principal mudança veio com o intuito de complementar o artigo 489, com a inserção do parágrafo 1º e seus incisos, para uma melhor solução dos processos. O referido parágrafo elencou as características das decisões que não se consideram fundamentadas:

§ 1º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:

I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;

II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso;

III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão; IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;

V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;

VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.

(...)

Essa modificação se tornou uma fonte especial para a análise das sentenças proferidas, tendo em vista que uma eventual controvérsia ou um simples “esquecimento” a essa ordem poderá acarretar uma anulação na sentença/decisão e a interposição exacerbada do recurso de embargos de declaração. Sob o mesmo ponto de vista, STRECK (2016, p. 684) corrobora:

Trata-se de importante inovação do Código. O histórico de decisões mal fundamentadas, o número excessivo de embargos de declaração e uma certa permissividade dos Tribunais Superiores na exigência de fundamentação fizeram com que o legislador optasse por fazer um controle mais rigoroso das decisões e seu componente principal: a fundamentação.

As decisões judiciais, sejam elas interlocutórias, sentenças ou acórdãos, devem estar de acordo com as interpretações legais, precisam respeitar os costumes e as tradições que norteiam a vida das pessoas. Dessa maneira irão fortalecer a cidadania, que é o fundamento primordial da Constituição Federal do Brasil.

(10)

A fundamentação pode ser entendida como um direito fundamental, ao ponto que estará presente no argumento de ambas às partes, que por sua vez terão respeitados os princípios do contraditório e da ampla defesa. Acerca disso, o que se preconiza nas decisões, hoje, com a vigência do § 1º do artigo em análise, não são os conceitos jurídicos vagos ou padronizados como vinham sendo utilizados, mas pelo contrário, se enfrentará as peculiaridades de cada caso concreto. Como bem destaca STRECK (2016, p. 685):

[...] Os motivos invocados na decisão devem ter um nexo causal – portanto, sempre a questão do caso concreto assume condição de possibilidade do agir do juiz – entre o feito sob julgamento e as razões pelas quais determinada decisão está sendo exarada. Em outras palavras: não (mais) existe a possibilidade de se usar uma “sentença padrão” ou “uma sentença em geral”, cabível em diferentes processos. Trata-se, aqui, do prestigiamento daquilo que há muito estava esquecido no direito: o caso concreto [...]

Em que pese o CPC de 1973 trazia, de certa forma, mais facilidade, praticidade e rapidez no julgamento dos processos, pois era usada a mesma sentença em diversos casos parecidos. Com a entrada em vigor do NCPC, busca-se acabar e não mais tolerar as fundamentações nas quais simplesmente o juiz repete o texto normativo ou escolhe uma ementa de julgado que aparentemente parece mais adequada, sem justificar sua escolha. Tudo deve ser analisado corretamente e minuciosamente, com fundamento de fato e de direito, pois a não observância acarretará a anulação da decisão.

Nos próximos itens, serão detalhados de forma bem específica os incisos do § 1º do artigo 489 do NCPC, que por sua vez trouxeram significativas mudanças nas decisões judiciais, melhorando a satisfação das pessoas que buscam o Poder Judiciário.

3.1 Se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida – artigo 489, § 1º, I

Este inciso preconiza a importância que tem o juiz de apreciar os fatos que dão ensejo à lide entre autor e réu observando e fundamentando no texto legal, ou seja, deve existir uma conexão entre o fato narrado e o enunciado do ato normativo.

Colaborando com a análise do inciso em estudo, os autores DIDIER JR., OLIVEIRA e BRAGA (2015, p. 327, grifos dos autores) mencionam que:

(11)

Para decidir, o julgador precisa interpretar. Precisa interpretar as alegações de fato que compõem as causas de pedir e de defesa, e precisa interpretar também os enunciados normativos em que os fatos alegados supostamente se enquadram. Para dizer sim ou não, verdadeiro ou falso, o juiz precisa, necessariamente, extrair da expressão (significante) um sentido (significado).

Fazer citação de artigos não basta para um bom e aceitável provimento decisório. Deve-se ir além, sendo necessário operar a ligação com o caso concreto em análise. Denota-se que o magistrado não pode e nem deve apenas repetir a letra fria de ato normativo ou meramente parafraseá-lo, pois deve demonstrar para as partes qual foi o seu raciocínio para chegar ao ato decisório Caso não proceda desta maneira, é possível ter uma decisão carente de legitimidade argumentativa.

A forma de atuação judicial foi a grande causadora de vários equívocos que vinham ocorrendo até a entrada em vigor da lei nº 13.105/2015, pois era comum a utilização de citação de artigos, sem correlação com o caso concreto, mas com o NCPC isto não deve ocorrer de forma alguma, pois o juiz deve dizer e explicar o porquê desta correspondência.

Portanto, ausente os motivos da interpretação e da relação existente entre os fatos e a norma jurídica aplicada ao caso, se estará diante de um ato decisório desprovido de fundamentação.

3.2 Empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso - artigo 489, § 1º, II

Ao abordar tal inciso, percebe-se que para ocorrer a violação do dispositivo e, consequentemente, a decisão ser considerada desfundamentada, é necessária a ausência de explicação dos conceitos jurídicos indeterminados frente ao caso concreto. Dessa maneira, o juiz não pode invocar conceitos jurídicos indeterminados ou abertos, sem explicar os devidos motivos para tal aplicação.

Salienta-se que os conceitos jurídicos indeterminados são, portanto, aqueles que detêm conteúdos semânticos vagos e com interpretação ampla, podendo ser aplicados à várias situações jurídicas. Assim, eles traduzem uma “[...] acepção aberta, que, por isso mesmo,

(12)

exigem um cuidado maior do intérprete/aplicador quando do preenchimento do seu sentido.” (DIDIER JR.; OLIVEIRA; BRAGA, 2015, p. 330).

O inciso II, em análise, tem a intenção de impedir a aplicação confusa de terminologias em desacordo com o caso concreto, as quais são bastante utilizadas na sustentação de julgados, sem que esteja de acordo com a situação fática. Assim também esclarece STRECK (2016, p. 684, grifo do autor):

“(...) o emprego de termos vagos (adequação, equivalência e satisfação) ao

quanto aqui se quer afirmar, sob nenhuma hipótese alberga

discricionariedades, vez que somente a peculiaridade da demanda, concretamente deduzida, viabiliza a percepção constitucionalmente adequada para o caso.”

Luiz Guilherme Marinoni, Sérgio Cruz Arehart e Daniel Mitidiero (2015, p. 492), também entendem dessa maneira ao descrever que “toda vez que o legislador emprega termos dessa ordem, [...] há nessa utilização um verdadeiro pedido de colaboração para que o juiz dê contornos mais nítidos ao significado do termo vago empregado”.

Dessa maneira, é essencial que ao utilizar um termo considerado vago, este demonstre “[...] com qual significado ele é empregado, por que razão serve para disciplina do caso concreto e quais os efeitos jurídicos que dele são extraídos”, pois a falta dessa observância acarretará uma decisão destituída de motivação. (MARINONI; ARENHART; MITIDIERO, 2015, p. 493).

Com isso, para abster-se de certos equívocos à adequada motivação dos provimentos judiciais, é imprescindível que ocorra o confronto entre tais conceitos jurídicos indeterminados e o caso sob análise do magistrado, demonstrando suas argumentações capazes de justificar a sua utilização e, também, as consequências que podem acontecer no momento de sua aplicação.

3.3 Invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão - artigo 489, § 1º, III

Tal inciso quer regrar os juízes para que no momento em que estabelecerem uma decisão, seja ela única, para o caso em comento. É comum encontrar decisões judiciais

(13)

padronizadas, que são utilizadas para decidir qualquer outro caso. Uma decisão que serve para tantas outras, em princípio acaba não decidindo nada, pois simplesmente foi aplicada de forma genérica. Assim, Francisco Glauber Pessoa Alves (2016, p. 231) menciona que “essa forma de decidir não permite sequer que as partes tenham a segurança de que o juiz leu o pedido, porque ela simplesmente não responde a seus argumentos”.

Mostra-se claramente, que a intenção da lei foi fazer com que o magistrado dedicasse uma parte de sua fundamentação para à análise jurídica dos fatos, demonstrando assim, que criou uma norma jurídica individual para àquela situação.

Para MARINONI, ARENHART e MITIDIERO (2015, p. 449, grifo do autor):

Se determinada decisão apresenta fundamentação que serve para justificar qualquer decisão, é porque essa decisão não particulariza o caso concreto. A existência de respostas padronizadas que servem indistintamente para qualquer caso justamente pela ausência de referências às particularidades do caso demonstra a inexistência de consideração judicial pela demanda proposta pela parte. Com fundamentação padrão, desligada de qualquer aspecto da causa, a parte não é ouvida, porque o seu caso não é considerado.

Constata-se que o jurisdicionado ficou protegido contra aquelas decisões, horríveis, que costumeiramente se deparava: “presentes os pressupostos legais, concedo a tutela provisória”, [...] “defiro o pedido do autor porque em conformidade com as provas produzidas nos autos”, [...] “indefiro o pedido por falta de amparo legal.” (DIDIER JR.; OLIVEIRA; BRAGA, 2015, p. 334).

Então, o que se busca hoje é o fim desses argumentos padrão. Mas para que isso ocorra, é necessário que todos os que fazem parte do processo e que provocam o judiciário, não apenas o juiz, mas advogados e promotores, também necessitam adequar a forma como vinham conduzindo o processo até o advento do novo diploma legal. Portanto, precisam respeitar as determinações legais e ajustar os seus atos para que estejam de acordo com o novo contexto judicial.

(14)

3.4 Não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador - artigo 489, § 1º, IV

Neste inciso, exige-se do juiz o enfrentamento de todos os argumentos relevantes que as partes trouxerem ao processo, de modo que possa superar estes e concluir sua decisão. Para THEODORO JÚNIOR, NUNES, BAHIA E PEDRON (2015, p. 318), este inciso é elogiável, pois:

O disposto no inciso IV é de fundamental importância para que se acabe com entendimento da jurisprudência que entende que o juiz “não é obrigado” a enfrentar os argumentos deduzidos pelo advogado, bastando que decida conforme seu “livre convencimento motivado”, assinalando por vezes que não teriam de responder a “questionários” ou a “quesitos” formulados pela parte em embargos de declaração.

Nesse mesmo viés os autores MARINONI, ARENHART e MITIDIERO (2015, p. 493) entendem que a autoridade jurisdicional precisa “[...] enfrentar todos os argumentos relevantes – ou fundamentos – arguidos pelas partes”, para fazer jus ao direito do contraditório.

Guilheme Rizzo Amaral (2015, p. 593, grifo do autor) menciona que:

[...] todos os fundamentos do pedido do autor e da defesa do réu devem ser apreciados, sob pena de negativa de prestação jurisdicional, salvo quando o fundamento, por si só, não for capaz de infirmar a conclusão contida no acórdão.

Também MAZZEI (2015, p. 175, grifo do autor) afirma que:

A atenta observação do inciso IV do § 1º do art. 489, contudo, revela que o novo Código busca compelir o Magistrado ao dever de fundamentar em relação às questões (= fundamentos) que sejam capazes de sustentar (ou contrariar) a conclusão adotada pelo julgador. Tal fato demonstra que não se trata de simples argumentação (= retórica de convencimento), mas da própria matriz do fundamento, já que esta que será capaz de infirmar a conclusão adotada pelo julgador.

O juiz não precisa analisar todos os argumentos suscitados pelas partes, desde que aqueles que o magistrado já analisou sejam capazes de dar procedência ao pedido da parte que

(15)

suscitou os argumentos. Os autores DIDIER JR., OLIVEIRA e BRAGA (2015, p. 336, grifo do autor) relatam que:

para acolher o pedido do autor, o juiz não precisa analisar todos os fundamentos da demanda, mas necessariamente precisa analisar todos os fundamentos de defesa do réu; já para negar o pedido do autor, o magistrado não precisa analisar todos os fundamentos da defesa, mas precisa analisar todos os fundamentos da demanda.

Em que pese tal inciso sustente uma obrigatoriedade quanto ao ataque de todos os argumentos apresentados no processo, ele também afirma que, ao apreciar apenas alguns argumentos, e sendo possível chegar à procedência do pedido da parte, não se demonstra necessário fundamentar todos os fundamentos, tendo em vista a suficiência dos demais.

3.5 Se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos - artigo 489, § 1º, V

O uso de enunciado de súmula ou de precedente demonstra-se conveniente para que ocorra uma melhor sustentação nas afirmações que serão usadas na decisão. Todavia, poucas vezes são usados em comparação com a situação fática e jurídica apresentada em juízo, reduzindo apenas a mera referência ou transcrição do enunciado. (DIDIER JR.; OLIVEIRA; BRAGA, 2015).

Se o juiz estiver diante de um precedente transcendental ou enunciado de súmula, deverá realizar um estudo detalhado e aprofundado daquele precedente, conhecendo seus principais fundamentos e, ainda, analisar quais foram as decisões que geraram aquele enunciado de súmula, como forma a conhecer como o tribunal decidiu.

Para elucidar o entendimento desse inciso, ALVES (2016, p. 68, grifo do autor) menciona que:

a decisão deve precisar porque o precedente invocado amolda-se ao caso concreto (identidade de situação jurídica da parte e de causa petendi), a justificar sua incidência. Não vinga a mera invocação aleatória do precedente como se isso fosse suficiente fundamentação.

(16)

Fazer a aplicação de enunciado de súmula ou precedente com base nesses elementos determinantes é objetivo dos julgadores a partir de agora, pois não basta apenas invocar o enunciado, é preciso também relacionar ao caso em análise, para um melhor entendimento da decisão prolatada.

3.6 Deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento - artigo 489, § 1º, VI

O inciso em análise consagra um direito subjetivo da distinção, colocando algumas etapas a serem cumpridas pelo magistrado, sendo que esse é direito subjetivo da parte em contraposição a obrigação atribuída ao julgador.

O magistrado tem o dever de consultar as partes antes de definir o precedente a ser utilizado em um caso concreto, ou seja, observando que há uma distinção deve existir um dever de cooperação. Dessa maneira, o inciso apresenta a necessidade de uma consulta prévia às partes para que se adote o distinguishing num processo, ressalvada a hipótese de prescrição ou decadência em que o juiz apreciando essa incidência determinará liminarmente a improcedência, sem contraditório.

Para melhor compreender, DIDIER JR., OLIVEIRA e BRAGA (2015, p. 340, grifos dos autores) elucidam:

[...] se, para aplicar um precedente ou enunciado sumular o juiz tem o dever de demonstrar que os fatos sobre os quais se construiu a sua ratio decidendi são equivalentes àqueles que animam o caso posto, para deixar de aplicá-los também lhe é exigível que faça a distinção, apontando as diferenças fáticas que, no seu entendimento, justificam a não aplicação do precedente ou enunciado sumular no caso concreto, ou que informe a superação (overruling ou overriding) do precedente invocado.

DIDIER JR.; OLIVEIRA e BRAGA, (2015, p. 341, grifo dos autores) argumentam que ainda que a parte sustente um precedente persuasivo, como exemplo, um julgado proferido por tribunal estadual diverso do qual tramita sua demanda “[...] não há obrigação de o magistrado, para não seguir a orientação desse precedente, demonstrar que ele se refere a caso distinto daquele posto sob sua análise ou que ele está superado”, uma vez que ele pode

(17)

“[...] simplesmente não concordar com a tese jurídica adotada pelo outro tribunal estadual” em virtude da não vinculação própria dos precedentes dessa natureza.

A fundamentação quanto à escolha de um precedente, e a sua aplicação ao caso concreto, é dever do juiz, o qual deverá explicar por que escolheu aquele precedente no caso concreto, ou seja, quais semelhanças fáticas e jurídicas que observou. Há necessidade de fundamentação quanto à exclusão da aplicação do precedente na parte concreta. Neste caso, o juiz precisa apresentar uma justificativa do por que da exclusão de determinado precedente, súmula ou tese fixada no caso.

CONCLUSÃO

O artigo permite concluir que a inovação trazida pelo Novo Código de Processo Civil melhorou as condições de controle das decisões judiciais, bem como garantiu uma igualdade no tratamento das partes.

O objetivo do artigo foi demonstrar que as decisões judiciais devem ser mais completas, e para isso, trouxe um rol exemplificativo nos incisos constantes no § 1º, do artigo 489, que preconizam a fundamentação das decisões judiciais como meio satisfatório de afastar aquelas decisões carentes e deficientes de motivação.

Também, com relação a essa mudança nas fundamentações deve-se ressaltar que, uma simples fundamentação já se considerará o bastante, pois até o momento as decisões eram desprovidas de efetividade. Então o que se tiver a partir da vigência do NCPC, já será considerado uma fundamentação, mesmo que não seja uma grande explanação.

É evidente que a observância ao referido § 1º, do artigo 489, do NCPC resultará em maior segurança jurídica das decisões judiciais e privarão o cidadão das fundamentações genéricas que o impediam de saber as razões que levaram o Judiciário a tomar determinada decisão.

Portanto, o referido parágrafo e seus incisos, simplesmente legalizou o que já era considerado necessário pela doutrina. O art. 489 tem a intenção de fazer com que o

(18)

magistrado justifique a sua decisão, deixando claro para a parte qual foi o motivo que o levou a decidir daquela maneira, demonstrando assim o que a parte vencida poderá alegar em um eventual recurso.

(19)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, Francisco Glauber Pessoa. Fundamentação judicial no novo código de processo civil. Disponível em: < http://www.jf.jus.br/ojs2/index.php/revcej/article/view/2068>. Acesso em: 20 de setembro de 2016.

AMARAL, Guilherme Rizzo. Comentários às alterações do novo CPC. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2015.

BRASIL. Código de Processo Civil. Disponível em:

<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13105.htm>. Acesso em: 09 de julho de 2016.

_______. Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 10 de julho de 2016.

DIDIER JÚNIOR, Fredie; BRAGA, Paula Sarno; OLIVEIRA, Rafael. Curso de direito processual civil: teoria da prova, direito probatório, decisão, precedente, coisa julgada e tutela provisória. 10. ed. Salvador: JusPodivm, 2015.

THEDORO JÚNIOR, Humberto. NUNES, Dierle. BAHIA, Alexandre Melo Franco. PEDRON, Flávio Quinaud. Novo CPC – Fundamentos e Sistematização. 2 ed. rev., atual. e ampl. Rio de Janeiro: Forense, 2015.

MARINONI, Luiz Guilherme. AREHART, Sérgio Cruz. MITIDIERO, Daniel. Novo curso de processo civil. São Paulo: Editora RT, 2015. v2.

MAZZEI, Rodrigo. O dever de motivar e o “livre convencimento” (conflito ou falso embate?): breve análise do tema a partir de decisões do Superior Tribunal de Justiça com os olhos no novo código de processo civil. In: BASAGLIA, Cristiano (Coord.). Revista Síntese: direito civil e processual civil. São Paulo: Síntese, 2015.

MENEZES, Gustavo Quintanilha Telles de. A atuação do juiz na direção do processo. In: FUX, Luiz. O novo processo civil brasileiro (direito em expectativa): (reflexões acerca do projeto do novo Código de Processo Civil). 1ed. Rio de Janeiro: Forense, 2011.

NERY JÚNIOR, Nelson. Princípios do processo na Constituição Federal: (processo civil, penal e administrativo). 11 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2013.

ROSA, André Relva. MISAILIDIS, Mirta Gladys Lerena Manzo de. O direito fundamental à fundamentação das decisões judiciais como elemento do direito de acesso à justiça:

processo civil e do trabalho. Disponível em:

<http://www9.unaerp.br/revistas/index.php/cbpcc/article/download/529/615>. Acesso em: 06 de agosto de 2016.

WAMBIER, Luiz Rodrigues. Novo CPC urgente. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2016.

Referências

Documentos relacionados

Análise numérica com constructal design da forma geométrica na região de transição entre a câmara hidropneumática e a chaminé de um dispositivo do tipo coluna de água

Resumo - o Novo Código de Processo Civil de 2015 trouxe o sistema de precedentes judiciais para o ordenamento jurídico brasileiro, vinculando todos os processos judiciais a um mesmo

Durante a navegação ou depois de abrir o mapa através do sensor de superfície Mostrar o mapa, poderá deixar mostrar uma lista dos destinos especiais, das preferências e

A versão marxista na teoria da dependência tem como objeto de estudo o processo de formação socioeconômico na América Latina a partir de sua integração e subordinação

Por isso João Batista teve de dizer aos seus contemporâneos judeus: " E não comeceis a dizer entre vós mesmos: Temos por pai a Abraão; porque eu vos afirmo que destas pedras Deus

O Custo Direto é resultado da soma de todos os custos unitários dos serviços necessários para a construção da edificação, obtidos pela aplicação dos consumos dos insumos sobre

No Novo Código de Processo Civil (NCPC), vemos a valoração dos precedentes judiciais. Com a Lei 13.105/2015, o legislador disciplina a utilização dos precedentes nos

Quem atua na área jurídica e hoje lê o artigo 458 do CPC vigente consegue apreender com certa rapidez e facilidade que uma decisão judicial sem fundamento é nula, pois