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Determinação do preço de venda utilizando método do Instituto de Engenharia

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EVERTON BARBOZA DE JESUS LEANDRO DE SOUZA

DETERMINAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

UTILIZANDO MÉTODO DO INSTITUTO DE ENGENHARIA

Palhoça 2019

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EVERTON BARBOZA DE JESUS LEANDRO DE SOUZA

DETERMINAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

UTILIZANDO MÉTODO DO INSTITUTO DE ENGENHARIA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Engenharia Civil da Universidade do Sul de Santa Catarina como requisito parcial à obtenção do título de bacharel em Engenharia Civil.

Orientador: Prof. José Humberto Dias de Toledo, Ms.

Palhoça 2019

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EVERTON BARBOZA DE JESUS LEANDRO DE SOUZA

DETERMINAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

UTILIZANDO MÉTODO DO INSTITUTO DE ENGENHARIA

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado à obtenção do título de bacharel em Engenharia Civil e aprovado em sua forma final pelo Curso de Engenharia Civil da Universidade do Sul de Santa Catarina.

Palhoça, 05 de novembro de 2019.

______________________________________________________ Professor e orientador José Humberto Dias de Toledo, Ms.

Universidade do Sul de Santa Catarina

______________________________________________________ Prof. Oscar Ciro Lopez, Dr.

Universidade do Sul de Santa Catarina

______________________________________________________ Eng. Vicente Casagrande Machado da Rosa,

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Dedicamos este trabalho aos nossos pais, esposas, filhos, familiares e amigos, gratos por toda motivação.

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AGRADECIMENTOS EVERTON

Agradeço primeiramente a Deus, pois sem Ele nada disso seria possível, aos meus pais no qual me orgulho em dedicar a eles essa graduação, a minha esposa Sarah que é meu exemplo de dedicação e sempre acreditou em mim mediante as minhas dificuldades, aos meus familiares e amigos que sempre me apoiaram e ao meu parceiro de TCC e grande amigo Leandro que em todos os momentos sempre focou no resultado e não hesitou perante as dificuldades.

Por fim, agradeço ao professor Humberto e a todos os professores da Unisul pela dedicação, exemplo e suporte, nos possibilitando alcançarmos os nossos sonhos e ter um olhar á frente de nossas limitações.

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AGRADECIMENTOS LEANDRO

Agradeço primeiramente a Deus, por me dar força e saúde para superar este desafio. Aos meus pais, meu irmão, pela motivação nos momentos de dificuldade e a minha esposa Soraya que é exemplo de superação. Minha filha Isadora que me passa a energia necessária para suprir as minhas dificuldades. Aos meus familiares e amigos que sempre me apoiaram e ao meu grande amigo Everton, parceiro de TCC, que juntos, dedicados, focados, superamos nossas dificuldades para atingir os resultados.

Por fim, agradeço a todos os professores da Unisul pelo aprendizado, dedicação, exemplos diante as dificuldades, em especial ao professor Humberto, possibilitando alcançarmos os nossos objetivos, desafiando, fazendo-nos superar nossas limitações.

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“Ele (Deus) é o dono de tudo. Devo a ELE a oportunidade que tive de chegar onde cheguei. Muitas pessoas têm essa capacidade, mas não têm a oportunidade. Ele a deu pra mim, não sei por quê. Só sei que não posso desperdiçá-la” (AYRTON SENNA, 1994).

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RESUMO

O presente trabalho refere-se ao orçamento e precificação de um empreendimento multifamiliar de 680,91m² localizado no município de Palhoça/SC. Foram utilizados os projetos arquitetônicos, estruturais e complementares de um edifício existente, no qual o proprietário não autoriza a divulgação dos dados referentes ao edifício, a autorização refere-se somente a utilização dos projetos para modelagem e levantamento de quantitativos. O padrão construtivo para orçamentação, quanto a revestimentos, esquadrias, insumos diretos e indiretos que se referem a execução da obra serão arbitrados pelos autores deste trabalho, sendo compatíveis aos projetos fornecidos. O desenvolvimento do trabalho se deu pela execução do orçamento e precificação, com aplicação da técnica e teoria do Instituto de Engenharia, analisando os custos diretos e BDI (Benefícios e Custos Indiretos). Com o objetivo de uma assertividade no preço de venda e proximidade com a realidade de mercado, apresentado assim a importância do estudo dos custos e da gestão da obra como maneira de evidenciar custos e prazos.

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ABSTRACT

This paper refers to the budget and pricing of a 680.91 m2 multi-family real estate project

located in the city of Palhoça. Architectural, structural and complementary designs of an existing building will be used, in which the owner does not authorize the disclosure of data related to the building, the authorization refers only to the use of designs for modeling and quantitative survey. The building standard for budgeting, in terms of coverings, frames, direct and indirect supplies that refers to the execution of the construction will be arbitrated by the authors of this work, being compatible with the supplied projects. The progress will be through budget execution and pricing, applying the technique and theory of the Engineering Institute, analyzing direct costs and BDI (Indirect Benefits and Costs). With the objective of asserting the sales price and proximity to the market reality, thus presenting the importance of the study of the costs and management of building as a way to highlight costs and deadlines.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Composição Custo Unitário ... 15

Figura 2 – Modelagem da Obra ... 34

Figura 3 – Modelagem do Baldrame ... 34

Figura 4 – Modelagem do Pavimento Térreo ... 35

Figura 5 – Modelagem do Pavimento Tipo ... 35

Figura 6 – Modelagem do Pavimento Cobertura ... 36

Figura 7 – Tabelas Obtidas Revit ... 36

Figura 8 – Quantitativo Revit ... 37

Figura 9 – Tabela dos Encargos Sociais ... 41

Figura 10 – Considerações TCPO/PINI ... 54

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LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 – Cronograma Físico – Financeiro ... 45 Gráfico 2 – Cronograma Físico – Financeiro Custos Indiretos ... 46

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Lucro Presumido ... 22

Tabela 2 – Planilha orçamentária ... 38

Tabela 3 – Planilha orçamentária Aberta Parcial ... 38

Tabela 4 – Cálculo Alimentação, Vale Transporte e EPI’s ... 42

Tabela 5– Tabela de EPI’s ... 43

Tabela 6 – Cronograma Físico Financeiro ... 44

Tabela 7 – Despesas Mensais Indiretas da Administração Central ... 46

Tabela 8 – Cronograma Físico Financeiro Custo Indiretos ... 46

Tabela 9 – Impostos Federais ... 48

Tabela 10 – Custos Diretos para Comparativo com CUB/CUPE ... 49

Tabela 11 – Itens Removidos dos Serviços Complementares ... 50

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LISTA DE ABREVIATURAS

SIENGE – Sistema Integrado de Gestão Empresarial; PV – Preço de Venda;

CD – Custo Direto; CI – Custo Indireto;

BDI – Beneficio e Despesas Indiretas; CUB – Custo Unitário Básico;

CUPE – Custo Unitário PINI de Edificações;

TCPO – Tabela de Composição de Preços para Orçamentos; PINI – Portal de Noticias da Construção;

IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano; ISS – Imposto Sobre Serviços;

COFINS – Contribuição para o Financimento da Seguridade Social; PIS – Programa de Interção Social;

IRPJ – Imposto de Renda Pessoa Jurídica;

CSLL – Contribuição Social Sobre o Lucro Liquido; EPI – Equipamentos de Proteção Individual;

EPC - Equipamentos de Proteção Coletiva;

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO... 8

1.1 TEMA E DELIMITAÇÃO DO TEMA ... 9

1.2 PROBLEMATIZAÇÃO ... 9 1.3 JUSTIFICATIVA ... 9 1.4 OBJETIVOS ... 10 1.4.1 Objetivo Geral ... 10 1.4.2 Objetivos Específicos... 10 1.5 METODOLOGIA DE PESQUISA ... 10 1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO ... 11 2 REFERENCIAL TEÓRICO ... 12 2.1 ORÇAMENTO ... 12

2.1.1 Orçamento na Construção Civil ... 12

2.2 CONCEITOS E DEFINIÇÕES ... 13

2.2.1 Custo e Despesa ... 13

2.2.2 Custo e Preço ... 14

2.2.3 Margem e BDI ... 14

2.3 COMPOSIÇÃO DO CUSTO UNITÁRIO ... 15

2.4 CUSTOS DIRETOS ... 15

2.4.1 Composição do Custo Direto de um Obra ... 16

2.4.2 Os Gastos que Compõem o Custo Direto ... 16

2.4.3 Encargos Sociais sobre a Mão de Obra ... 16

2.4.4 Administração Local ... 17

2.4.5 Canteiro de Obra ... 18

2.4.6 Mobilização e Desmobilização ... 18

2.5 CUSTOS INDIRETOS ... 19

2.6 BDI (BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRETAS) ... 19

2.6.1 Taxa de Custo Específico da Administração Central ... 20

2.6.2 Taxa de Rateio da Administração Central ... 20

2.6.3 Taxa do Custo Indireto da Administração Central ... 21

2.6.4 Taxa de Risco do Empreendimento ... 21

2.6.5 Taxa do Custo Financeiro... 21

(15)

2.6.7 Cálculo da taxa de Despesa Comercial ... 23

2.6.8 Cálculo da taxa de Benefício/Lucro ... 23

2.7 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA ... 23

2.8 MÉTODOS DE PRECIFICAÇÃO NA ENGENHARIA ... 24

2.8.1 Precificação segundo Carl V. Limmer ... 24

2.8.2 Precificação segundo Aldo Dórea Mattos ... 25

2.8.3 Precificação segundo TCU (Tribunal de Contas da União) ... 26

2.9 MÉTODO DO INSTITUTO DE ENGENHARIA ... 27

2.10 TRABALHOS CORRELATOS ... 28

2.10.1 Estudo do William Eduardo Bach da Silva ... 28

2.10.2 Estudo do Davi Aponus Muller ... 29

2.10.3 Estudo do Guilherme Gazzoni Taves ... 30

2.10.4 Estudo do Gabriel Andrade Raiser ... 31

2.10.5 Estudo do Patrick Wallace Breckenfeld Alexandre de Oliveira ... 31

3 ESTUDO DE CASO ... 32

3.1 CARACTERÍSTICAS DA EDIFICAÇÃO ... 32

3.2 SOFTWARES UTILIZADOS ... 32

3.3 LEVANTAMENTO DOS CUSTOS DIRETOS ... 36

3.4 CUSTOS DIRETOS ... 39

3.4.1 Materiais e Mão de Obra ... 39

3.4.2 Encargos Sociais ... 41

3.4.3 Total dos Custos Diretos ... 43

3.5 CUSTOS INDIRETOS ... 45

3.5.1 Taxa de Custo Específico da Administração Central ... 46

3.5.2 Taxa de Rateio da Administração Central ... 46

3.5.3 Taxa do Custo Indireto da Administração Central ... 46

3.5.4 Taxa de Risco do Empreendimento ... 47

3.5.5 Taxa do Custo Financeiro... 47

3.5.6 Cálculo das taxas de impostos Federais e contribuições ... 47

3.5.7 Cálculo das taxas de impostos sobre serviço – ISS ... 47

3.5.8 Cálculo da taxa de Despesa Comercial ... 48

3.5.9 Cálculo da taxa de Benefício/Lucro ... 48

3.6 CÁLCULO DO BDI ... 48

(16)

3.8 COMPARAÇÃO DOS VALORES COM O CUB E CUPE ... 49

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 53

4.1 SUGESTÕES PARA NOVAS PESQUISAS ... 56

REFERÊNCIAS ... 55

ANEXOS A – PLANILHA ORÇAMENTÁRIA COMPLETA ... 60

ANEXOS B - CRONOGRAMA FÍSICO FINANCEIRO ... 73

ANEXOS C - CRONOGRAMA FÍSICO FINANCEIRO CUSTO DIRETO E CUSTO 92 ANEXOS D –DESPESAS MENSAIS INDIRETAS DA ADMINISTRAÇÃO CENTRAL.. ... 93

ANEXOS E – PLANTA LOCAÇÃO ... 94

ANEXOS F – PLANTA BLOCO ... 95

ANEXOS G – PLANTA DE CARGAS ... 96

ANEXOS H – PLANTA PILARES PAVIMENTO TIPO 1 ... 97

ANEXOS I - PLANTA PILARES PAVIMENTO TIPO 2 ... 98

ANEXOS J - PLANTA PILARES PAVIMENTO TIPO 3 ... 99

ANEXOS K - PLANTA PILARES PAVIMENTO COBERTURA ... 100

ANEXOS L - PLANTA PILARES PAVIMENTO TETO DO ÁTICO ... 101

ANEXOS M - PLANTA PILARES, VIGAS E LAJES PAVIMENTO PISO DA CAIXAS ... 102

ANEXOS N – REFERENCIAS VALORES CUB/M² ... 103

(17)

1 INTRODUÇÃO

Em 2013 a engenharia no Brasil se encontrava numa surpreendente alta, com empresas recrutando estudantes de engenharia ainda em sala de aula e salários elevados para os profissionais mais experientes. No decorrer desses 6 anos, o agravamento da crise econômica e o envolvimento de grandes construtoras na Operação Lava Jato influenciaram predominantemente na construção civil, resultando em fechamento de portas e redução de custos de empresas de médio e grande porte para se manterem no mercado. (Santos, 2018)

Além desses fatores da crise, a preocupação com a questão ambiental e a procura por maiores lucros fez com que a redução de custos nas obras seja uma prática atual que vem crescendo na construção civil. (IBEC, 2019)

Devido à complexidade dos empreendimentos na construção civil, é comum ter orçamentos excedidos, atrasos no cronograma, baixa qualidade e baixa produtividade no ramo, gerando dificuldade para a gestão de projetos na construção civil. (Netto, Oliveira, Freitas, & Santos, 2018)

Em um trecho da entrevista para o Sienge (Sistema Integrado de Gestão Empresarial) da empresa Softplan, o Engenheiro Civil Aldo Dória Mattos, referência na área de engenharia de custos no Brasil, referindo-se a sua vivência internacional e sobre o gerenciamento de obras no Brasil, disse:

Em países mais desenvolvidos, há mais apuro na elaboração dos projetos. Os orçamentos costumam ser feitos quando o projeto está em um estágio de detalhamento maior, ou seja, quando já é um projeto executivo. No Brasil, não é assim. Começamos a obra e, simultaneamente, os projetos vão sendo gerados, aprimorados e revistos. Isso causa uma certa imperfeição na técnica. (Mattos, 2018)

Todavia, na etapa da orçamentação o levantamento dos custos diretos e indireto são de suma importância para a elaboração de um projeto na construção civil, possibilitando a análise e a diminuição dos custos e gastos desnecessários, bem como a previsibilidade de retorno financeiro.

Assim sendo, para precificar um empreendimento, existem alguns métodos de precificação na construção civil, que deve ser adequado ao projeto e ao sistema organizacional da empresa, gerando eficiência e eficácia para a gestão da obra.

O método de precificação que será abordado neste trabalho é o método do Instituto de Engenharia.

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1.1 TEMA E DELIMITAÇÃO DO TEMA

Precificação de um empreendimento de 03 pavimentos tipo. Levantamento dos custos diretos pelos projetos fornecidos, simulando os custos indiretos através do cálculo do BDI pelo método do Instituto de Engenharia.

O trabalho limita-se a precificar o empreendimento calculando o BDI. Apenas os projetos são de um edifício existente, informações referentes a duração da obra e aos custos do empreendimento não foram repassadas pela construtora.

1.2 PROBLEMATIZAÇÃO

Na etapa de elaboração do orçamento, a falta de um levantamento de custos apurado resulta em um orçamento imprevisível, no aumento da margem de erro, gerando ineficiência no planejamento da obra, na previsão dos custos e na gestão do projeto.

Para estimativa de custos globais existem indicadores que servem de parâmetro para o levantamento dos custos, como o CUB (Custo Unitário Básico) que é calculado pelos Sinduscon’s de cada cidade e o CUPE (Custo Unitário PINI de Edificações) que é calculado pela PINI. Porém, além dos custos indiretos que não compõem esses indicadores, também não estão inclusos os projetos, terreno, infraestrutura, serviços de proteção coletiva, movimentação de terra, ar-condicionado, aquecedores e paisagismo. Custos estes que devem ser calculados individualmente para cada obra e para cada empresa, pois variam conforme a estrutura organizacional da empresa. (Sinduscon, 2019)

Diante desse contexto, esse trabalho visa responder a seguinte questão:

Quais as vantagens de precificar uma obra na construção civil através do cálculo dos custos diretos e indiretos usando o método do Instituto de Engenharia?

1.3 JUSTIFICATIVA

A queda no mercado na construção civil, a diminuição de investimentos do governo, de empresários e do poder de compra da sociedade, resultou em uma maior competitividade de mercado, exigindo das empresas a redução do preço de venda, o que impactou no valor dos imóveis e nos custos de execução de cada empreendimento.

(19)

Uma precificação detalhada pode gerar maior previsão dos custos diretos e indiretos, gerando maior rentabilidade e assim atingindo a expectativa dos investidores, possibilitando promover melhores preços de venda.

Nos motivamos a realizar esse trabalho, pois compreendemos que é importante para nossas formações o estudo e o entendimento dos custos na elaboração do orçamento e na precificação através dos métodos existentes, contribuindo assim para nosso desenvolvimento e crescimento profissional.

1.4 OBJETIVOS

1.4.1 Objetivo Geral

Precificar um empreendimento através do levantamento dos custos diretos e indiretos utilizando o método do Instituto de Engenharia para o cálculo do BDI.

1.4.2 Objetivos Específicos

Os objetivos específicos serão:

 Levantamentos dos quantitativos com utilização dos softwares AUTOCAD, REVIT e EXCEL;

 Composição dos custos diretos através da TCPO;

 Calcular os custos diretos e indiretos da obra;

 Calcular o BDI através do método do Instituto de Engenharia;

 Determinar o preço de venda do empreendimento.

1.5 METODOLOGIA DE PESQUISA

A metodologia de pesquisa a ser empregada quanto a natureza pode ser classificada como aplicada, já que de acordo com Rauen, (2015, p.164):

Uma pesquisa aplicada consiste na utilização dos conhecimentos já disponíveis para alguma aplicação prática. Trata-se de investigações com fins práticos que envolvem verdades e interesses locais, de modo que os resultados obtidos são pretendidos como de aplicação imediata para a resolução de problemas da realidade.

Quanto a abordagem do problema, seráquantitativa, segundo Rauen, (2015, p.165) “numa pesquisa quantitativa, coletam-se dados a partir de variáveis determinadas. A análise dos

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dados é geralmente executada mediante recursos da estatística descritiva e inferencial, de modo que há alto índice de generalização. ”

A abordagem do problema, serátambém qualitativa, segundo Rauen, (2015, p.531) “numa pesquisa de caráter qualitativo, há de se considerar que há um vínculo dinâmico entre sujeitos e realidade que não se traduz em números ou estatísticas, mas a partir da interpretação e da atribuição processual e indutivamente descritiva de significados. ”

De acordo com os objetivos, a pesquisa pode ser definida como sendo explicativa, conforme cita Rauen (2015, p.164), “uma pesquisa explicativa visa a determinar as variáveis que determinam a ocorrência de outras variáveis, ou contribuem para tal, respondendo à pergunta “Por que é?”

Para Vergara (2005, p.47), “a pesquisa explicativa, sem prescindir dos resultados de pesquisas descritivas, almeja tornar algo inteligível, justificar os motivos. Visa, portanto, a esclarecer quais fatores contribuem, de alguma forma, para a ocorrência de determinado fenômeno”

Quanto aos procedimentos, trata-se de um estudo de caso que consiste no estudo de condições, instituições, grupos ou comunidades, com a finalidade de obter generalizações. Designam um método da abordagem de investigação em ciências sociais simples ou aplicadas. Consiste na utilização de um ou mais métodos qualitativos de recolha de informação. (Oliveira, 1999).

Este trabalho refere-se a um estudo de um empreendimento Multifamiliar, onde utilizaremos os projetos arquitetônicos, estruturais e complementares para quantificação e precificação, conforme a realidade de mercado para execução do orçamento e o cálculo do preço, utilizando o método do Instituto de Engenharia para cálculo do BDI.

1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO

Este trabalho divide-se em quatro capítulos: Capítulo um traz uma introdução, tema e delimitação do tema, problematização, justificativa, objetivos Gerais e específico, metodologia de pesquisa e estrutura do trabalho; O capítulo dois consiste no Referencial teórico com os conceitos e definições pertinentes ao trabalho; O capítulo três consiste no Estudo de caso contendo as características e apresentação dos resultados, análise comparando valores referente ao empreendimento estudado. O capítulo quatro apresenta as considerações finais, respondendo à pergunta da problematização.

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2 REFERENCIAL TEÓRICO

Neste capítulo serão apresentadas as referências teóricas que servirão de parâmetro e auxiliarão na execução deste trabalho.

2.1 ORÇAMENTO

O orçamento é uma estimativa em termos quantitativos e ou monetários. Tendo como atributos uma aproximação, especificidade e temporalidade. (Chiavenato, 2015)

São os planos operacionais relacionados ao dinheiro dentro de um determinado período. Os orçamentos geralmente têm a extensão de um ano, correspondendo ao exercício fiscal da empresa. Quando os valores financeiros e os períodos temporais tornam-se maiores, ocorre o planejamento financeiro, definido e elaborado no nível intermediário da empresa, com dimensões e efeitos mais amplos do que os orçamentos, cuja dimensão é meramente local e cuja temporalidade é limitada. (Chiavenato, 2015)

2.1.1 Orçamento na Construção Civil

Segundo Limmer (2012), para um orçamento, será necessário determinar os gastos para a realização de tal projeto, seguindo um plano de execução estabelecido previamente, estes gastos são demonstrados em termo quantitativos.

Na construção civil o preparo do orçamento de obra consiste em conhecer antecipadamente o relatório final a ser entregue ao cliente. Em via de regra é uma exigência do contratante das obras, porém o formato é definido pelo construtor. Nele devem constar os serviços que o cliente exige, pois independentemente das técnicas para elaboração de estimativas utilizadas pelos orçamentistas e das padronizações da contabilidade financeira e de custos, são os critérios do cliente que definem o trabalho. (Silva, 2006)

Com os dados técnicos os quais refletem a qualidade e quantidade dos serviços da obra, deve-se definir o processo de elaboração, onde consiste em estimar os gastos possíveis dos projetos de arquitetura, engenharia e complementares, sendo estes, custos diretos. Estimam-se também as despesas indiretas, vinculadas ao preço, são os encargos sobre o preço. Finaliza com os gastos e provisões ligadas ao prazo da obra, as despesas indiretas com a estrutura técnica e administrativa de suporte a obra. (Silva, 2006)

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“O orçamento precisa ser apresentado na forma que o cliente exige, com qualquer tipo de planilha orçamentária (ou até sem ela), definindo-se, assim, os serviços do orçamento, as quantidades dos serviços, as despesas indiretas e a taxa de BDI formais.” (Silva, 2006)

Existem três fases na composição do preço realizada pelo (PMI) Project Management Institute e da (Epusp) Escola Politécnica da universidade de São Paulo: A estimativa de custo, a orçamentação e a comercialização. (Silva, 2006)

Na estimativa de custo está a definição do orçamento da produção, a elaboração do orçamento base projetada, que contém proteção contra a perda de correção monetária. A orçamentação é formação do preço básico, levando-se em consideração a estrutura das contas gerais da administração da empresa construtora, seu portfólio de obras em andamento, uma margem para a cobertura de custos financeiros e uma margem de resultado, e a formação de um preço com margem para cobertura de riscos junto com a definição do preço para contratar, com a inclusão de contas vinculadas ao preço, como impostos e despesas com comercialização. (Silva, 2006)

O orçamento está vinculado à necessidade de aprovação e à garantia de aprovação e a garantia da existência de recursos. Com base nestas ideias, serão utilizados os seguintes termos:

Orçamento de referência – orçamento elaborado pela empresa contratante com a finalidade de reservar e garantir os recursos para a execução da obra e de, no caso de empresas públicas, propor a sua aceitação pelas empresas públicas, propor a sua aceitação pelas empresas construtoras.

Orçamento proposto – orçamento apresentado pela empresa construtora na busca de aprovação pela empresa contratante.

Orçamento aprovado – orçamento cujo escopo (qualidade e quantidade de serviços previstos) e preços unitários foram aprovados pelo contratante. (Silva, 2006)

O conhecimento dos termos do orçamento e dos custos necessários para execução da obra, são de grande importância para a elaboração de um orçamento na construção civil, orçamento esse que se finaliza no preço de venda, que é composto pelos custos diretos, indiretos, lucros e impostos, ou resumidamente custos diretos mais BDI.

Para executar o cálculo do preço de venda, existem métodos de precificação propostos por especialistas e órgãos fiscalizadores conforme veremos nos tópicos a seguir.

2.2 CONCEITOS E DEFINIÇÕES

2.2.1 Custo e Despesa

Por muitos anos se fez confusão em relação a diferenciação do que era custo e o que era despesa, quando surgiram novas leis e exigências do mercado, as construtoras não

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acompanharam essa evolução, quando iniciaram muitos problemas. A falta de uma metodologia que realizasse os cálculos das despesas, fazia com que surgissem muitos problemas em relação ao orçamento, logo a metodologia do cálculo e orçamento em edificações veio para suprir essa necessidade. (Tisaka, 2011)

Segundo Tisaka (2011), custo é todo gasto envolvido na produção, são todos os insumos (Mão de Obra, Materiais e Equipamentos) e toda a infra-estrutura necessária para a produção (Canteiros, Administração local, mobilização e desmobilização, etc.).

Despesa é todo o gasto necessário para a comercialização do produto, são os gastos com administração Central e Financeiras, com pagamentos de Tributos, gastos com comercialização (participação em licitações, remuneração de agentes comerciais, viagens, propostas, técnicas, etc.). (Tisaka, 2011)

2.2.2 Custo e Preço

Definição legal de Custo:

O art. 13 § 1º do Decreto Lei nº 1598/77 já definia como Custo os gastos com a produção de bens e serviços. Vale dizer, todos os gastos envolvidos na produção de uma obra são considerados Custos.

Segundo os preceitos de NPC -17 de NPC - Normas e Procedimentos de Contabilidade do IBRACON -Instituto Brasileiro de Contabilidade, considera como custos de produção todos aqueles gastos incluídos no processo de obtenção de bens e serviços nos contratos por empreitada.

A Instrução Normativa, IN-003/05 do INSS, veio definitivamente por fim a qualquer celeuma, ao estabelecer pesadas multas às empresas que não cadastrarem a obra no CE I-Cadastro Específico do INSS e lançarem como custo todos os gastos de cada obra no Centro de Custo específico na contabilidade da empresa. (Tisaka,2011)

Preço ou Preço de Venda é valor monetário do custo acrescido do BDI, ou seja, é o resultado da aplicação do BDI sobre o Custo Direto calculado na planilha de custos. (Tisaka, 2011).

2.2.3 Margem e BDI

Segundo Tisaka (2011), Margem é o percentual que se acresce ao valor de compra de um produto, utilizada no comércio para a venda deste produto.

BDI utilizada na construção civil, é a taxa que se adiciona aos custos diretos de uma obra, inserida nesta esta as despesas indiretas, tributos e Lucro. (Tisaka, 2011)

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2.3 COMPOSIÇÃO DO CUSTO UNITÁRIO

Segundo Tisaka (2011), é o conjunto todos os custos unitários dos serviços a serem executados na produção da obra, composto de materiais, equipamentos e mão de obra incluídas todas as Leis Sociais e Encargos Complementares devidos.

Figura 1 – Composição Custo Unitário

Fonte: (Ávila, Et al,2003)

Com o conhecimento das composições dos custos unitários, conseguimos estimar através de consulta aos valores do CUB, Tabela SINAPI ou PINI para elaborar um orçamento. Neste trabalho foi utilizado o custo unitário PINI/TCPO, para conhecimento dos custos diretos.

2.4 CUSTOS DIRETOS

Segundo Ávila et al (2003), o Custo Direto são os custos diretamente apropriados ao produto, perfeitamente caracterizado e quantificado a cada serviço. Integrando a este custo a mão de obra direta vinculada a obra ou serviço, leis sociais incidentes sobre a mão de obra, materiais ou insumos e equipamentos diretamente alocados aos serviços.

O Custo Direto é resultado da soma de todos os custos unitários dos serviços necessários para a construção da edificação, obtidos pela aplicação dos consumos dos insumos sobre os preços de mercado, multiplicados pelas respectivas quantidades, mais os custos da infra-estrutura necessária para a realização da obra. (Tisaka, 2011)

O Custo Direto divide-se em:

- Custo Direto propriamente dito, que é a soma de todos os gastos inseridos no objeto do contrato, representada pela planilha de custo unitários.

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- Custo Indireto composto por serviços auxiliares que possibilitam a execução do objeto do contrato. (Tisaka, 2011)

2.4.1 Composição do Custo Direto de um Obra

O Custo Direto no qual todos os gastos são inseridos no Centro de Custo da obra, conforme Instrução Normativa IN nº 003/05 do INSS.

Segundo Tisaka (2011) todo e qualquer gasto com materiais, pessoal, equipamentos, administração local, canteiro de obra, mobilização e desmobilização, são os custos diretamente apropriados ao produto, perfeitamente caracterizado e quantificado a cada serviço.

2.4.2 Os Gastos que Compõem o Custo Direto

2.4.2.1 Custos Unitários Diretos

São todos os custos unitários dos serviços a serem feitos na produção da obra, composto de materiais, equipamentos e mão de obra incluídas todas as Leis Sociais e Encargos Complementares devidos. (Tisaka, 2011)

2.4.2.2 Insumos que Compõem o Custo Direto Unitário

Os insumos são Mão de Obra, Materiais e Equipamentos podem ser obtidos através da Tabela de Índices, sendo a mais conhecida a TCPO da Editora PINI.

2.4.3 Encargos Sociais sobre a Mão de Obra

Os encargos obrigatórios exigidos pelas Leis Trabalhistas e Previdenciárias ou resultante de Acordos Sindicais adicionados aos salários dos trabalhadores. E podem ser divididos em três níveis:

Encargos Básicos;

Encargos Incidentes e Reincidentes; Encargos Complementares;

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Conforme a última atualização da TCPO web referente aos índices de custos, foi utilizado a tabela do mês setembro/2019.

No caso dos Custos de Mão de Obra de produção, além das Leis Sociais Básicas, Incidências e Reincidências, normalmente calculadas para efeito de compor o Custo de Mão de Obra de produção, a ele deve ser acrescentado os chamados Encargos Complementares, diretamente relacionadas à Mão de Obra a ser utilizada, composto de custos, com o transporte dos trabalhadores segundo determina a Lei nº 7.418/85, fornecimento de EPI - equipamento de proteção individual regulamentado pelo NR-6, fornecimento de Alimentação e outras regalias aprovadas nos dissídios coletivos da categoria nas áreas de atuação da empresa. (TISAKA, 2011)

Cálculo dos Encargos Complementares – Fórmulas Básicas

VALE TRANSPORTE: VT = ( , ) 𝑥100 (1)

VALE ALMOÇO: VR = , 𝑥100 (2) Sendo:

C1 = Tarifa de Transporte Urbano;

C2 = Custo do Café da Manhã;

C3 = Vale Refeição – definido em acordo Sindical;

N = Número de dias trabalhados no mês; S = Salário Médio Mensal dos Trabalhadores. 2.4.4 Administração Local

Segundo Tisaka, (2011), é um componente do Custo Direto constituído por todas as despesas incorridas na montagem e desmontagem da infraestrutura da obra necessária para a execução da edificação. Portanto não deve compor o BDI.

A Administração Local compreende as seguintes atividades básicas: - Chefia da Obra – Engenharia Local;

- Outros engenheiros de obra;

- Engenharia e planejamento de obra; - Medicina e Segurança do Trabalho; - Produção – mestre de obra e encarregados; - Manutenção dos Equipamentos;

- Manutenção do Canteiro;

- Consumo de energia, água e telefone fixo e móvel; - Gestão da qualidade e produtividade;

(27)

- Gestão de Materiais;

- Gestão de Recursos Humanos;

- Administração da Obra – Todo o Pessoal do escritório local; - Seguro de Garantia de execução, ART, etc. (Tisaka, 2011)

2.4.5 Canteiro de Obra

É um componente do Custo Direto, por estar relacionado a execução da obra. O Canteiro é necessário para a construção da obra e compreende as seguintes instalações dimensionadas de acordo com seu porte:

Preparação do terreno para instalação do canteiro;

- Cerca ou muro de proteção e guarita de controle de entrada do canteiro;

- Construção do escritório técnico e administrativo da obra constituídos por sala do engenheiro responsável, sala de reunião, sala do assistente administrativo, sala dos engenheiros, sala de pessoal e recrutamento, sala da fiscalização etc.;

- Sala de enfermaria, almoxarifado, carpintaria, oficina de ferragem, etc.; - Vestiários, sanitários, cozinha e refeitório;

- Oficina de manutenção de veículos e equipamentos; - Alojamento para os empregados;

- Placas obrigatórias da obra.

2.4.6 Mobilização e Desmobilização

É um componente do Custo Direto formado por despesa incorridas para a preparação da infraestrutura operacional da obra e a sua retirada no final do contrato e atinge os seguintes serviços:

- Transporte, carga e descarga de materiais para a montagem do canteiro de obra; - Preparação da infraestrutura operacional da obra;

- Aluguel de equipamentos especiais ou equipamentos pesados na obra. (Tisaka, 2011)

(28)

2.5 CUSTOS INDIRETOS

Segundo Tisaka (2011), o Custo Indireto são os gastos de infraestrutura necessários para a consecução do objetivo que é a realização física do objeto contrato.

Custos Indiretos todos os custos envolvidos necessários para a produção do objeto contratado, mas que não estarão incorporados ao objeto. Podemos chamar também de custos de infraestrutura necessária para a produção do objeto contratado, seja de edificação, construção de estradas., usinas, etc. Não confundir com despesas indiretas que irão compor o BDI. (Tisaka, 2011)

2.6 BDI (BENEFÍCIOS E DESPESAS INDIRETAS)

O BDI são os benefícios e despesas indiretas que geram um valor que será cobrado do cliente para a realização de uma determinada obra, conforme citado no método do Instituto de Engenharia. (Tisaka, 2010)

BDI é uma taxa que se adiciona ao custo de uma obra para cobrir as despesas indiretas que tem o construtor, mais o risco do empreendimento, as despesas financeiras incorridas, os tributos incidentes na operação, eventuais despesas de comercialização, o lucro do empreendedor e o seu resultado é fruto de uma operação matemática baseados em dados objetivos envolvidos em cada obra. (Tisaka, 2010)

Fórmula para cálculo do BDI:

BDI= 𝑥100 𝑜𝑢 𝐵𝐷𝐼 = ( )( )(

( ) − 1 x100 = (3)

Sendo:

i = Taxa de Administração Central; r = Taxa de Risco de Empreendimento;

f = Taxa de Custo Financeiro do Capital de Giro; t = Taxa de Tributos Federais;

s = Taxa de Tributos Municipais - ISS; c = Taxa de Despesas de Comercialização; l = Lucro ou Remuneração Liquida da Empresa.

(29)

2.6.1 Taxa de Custo Específico da Administração Central

Segundo Tisaka (2011), com o planejamento da necessidade e frequência dos funcionários de apoio a Administração Central (Engenheiros, Administrador), e os custos envolvidos, no transporte, alimentação, etc. Calcula-se a Taxa de custo específico da administração Central.

𝐼1 = (4)

CE = Custo específico da Obra na Administração Central CD = Custo Direto

2.6.2 Taxa de Rateio da Administração Central

Para calcular a taxa de Rateio da Administração Central é necessário primeiro calcular o custo mensal de toda a Administração da Sede e seus complementos.

As despesas da Administração Central são aquelas incorridas durante um determinado período com salários de todo o pessoal administrativo e técnico lotado ou não na sede central, no almoxarifado central, na oficina de manutenção geral, pró-labore dos diretores, viagens de funcionários a serviço, veículos, aluguéis, consumos de energia, água, telefone, combustível, refeições, transporte, materiais de escritório e de limpeza, seguros, etc. (Tisaka, 2011)

Formula da Taxa de Rateio da Administração Central:

𝐼2 =

𝑋 100 (5)

DMAC = Despesa Mensal da Administração Central; FMO = Faturamento Mensal da Obra;

N = Prazo da Obra em meses;

FMAC = Faturamento Mensal da Administração Central; CDTO = Custo Direto Total da Obra.

(30)

2.6.3 Taxa do Custo Indireto da Administração Central

Sabendo os Custos Direto conseguimos levantar as taxas de custos indiretos que devem ser sempre em função dos custos da obra São consideradas duas Taxas para cálculo da Taxa dos Custos Indiretos da Administração Central, que podem ser calculadas como a soma (Tisaka 2011):

𝐼 = 𝐼1 + 𝐼2 (6)

I1 = Taxa de Custo Específico da Administração Central; I2 = Taxa de Rateio da Administração Central.

2.6.4 Taxa de Risco do Empreendimento

Taxa que em geral é adotado entre 1% a 5% dos Custos Diretos. No caso deste empreendimento estudado utilizamos 1,5 %.do Custo Direto.

2.6.5 Taxa do Custo Financeiro

Esta taxa é aplicável para pagamento a prazo. Como trabalharemos com o capital de giro próprio, considerado poupança hoje mensal. (Tisaka 2011).

O custo financeiro é aplicável para pagamentos a prazo e é adotada, uma parte em função da perda monetária decorrente da defasagem entre a data do efetivo desembolso e a data da receita correspondente (prazos de pagamento: a vista, 15 ou 30 dias e em casos especiais, 60 dias; formas de contagem dos prazos: contados a partir de datas determinadas ou último dia do mês, a partir da data final do período de medição, a partir da aprovação da medição e a partir da apresentação da Fatura de Serviços) e a outra parte devido aos juros correspondentes ao financiamento da obra paga pelo executor (três casos: o executor trabalha com Capital de Giro Próprio, o executor depende de empréstimos bancários, o executor tem Capital de Giro insuficiente). (Tisaka, 2011)

Fórmula da Taxa

𝑓 = (1 + 𝑖) 𝑥((1 + 𝑗) ) − 1 (7)

f = taxa de custo financeiro;

i = taxa de inflação média da inflação mensal dos últimos meses. Não é inflação futura;

j = Juro mensal de financiamento do capital de giro cobrado pelas instituições financeiras;

(31)

N = número de dias decorridos.

2.6.6 Taxas de Tributos Municipais e Federais

2.6.6.1 Cálculo das taxas de impostos Federais e Contribuições

São os tributos obrigatórios incidentes sobre o faturamento ou Lucro das empresas, foi utilizado o Lucro presumido, resultando em uma taxa total de impostos de 5,93%.

Tabela 01 – Lucro Presumido

Fonte: Tisaka,2011

2.6.6.2 Cálculo das taxas de impostos sobre serviço – ISS

Imposto municipal cobrado pela prestação de Serviço no local de execução da obra ou do serviço. Está alíquota varia 2,0 % a 5,0% dependendo do município.

𝑠 = 𝑢 𝑥 𝑠′

S = taxa de imposto de sobre serviço - ISS;

i = Participação percentual da M.O no faturamento.

Depende do tipo de serviço: se envolver fornecimento de material, vai de 30% a 70%. Se for apenas fornecimento de M.O. é 100%. Nas faturas de serviços de execução deverá haver

(32)

a menção explícita da utilização de materiais e estar indicado o valor correspondente à parcela de mão-de-obra aplicada

Neste empreendimento foi aplicado a alíquota de 3% do município de Palhoça/SC.

2.6.7 Cálculo da taxa de Despesa Comercial

Taxa para cobrir custos comercias, soma-se todas as despesas incorridas para esse objetivo durante o exercício fiscal e dividi-las pelo faturamento global no mesmo período.

Taxa cobrada para cobrir custos na compra de editais, preparação de propostas de habilitação e técnicas, seguros e custos de caução para participação em licitação, seguro garantia de execução, preparação de propostas técnicas, cópias e autenticações, despesas cartoriais, viagens comerciais, assessorias técnicas e jurídicas etc. (Tisaka, 2011)

Tem como limites: 0% < c < 5%,

2.6.8 Cálculo da taxa de Benefício/Lucro

Parcela destina a remunerar o custo de oportunidade do capital aplicado. Limites: 5% < I < 15%

Foi considerado neste empreendimento a porcentagem de 10%.

2.7 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

Preço é o valor total ofertado no contrato que engloba todos os custos, lucros e os impostos. O preço de venda é o resultado da aplicação de uma margem denominada BDI sobre o Custo Direto calculado na planilha de custos. (Tisaka, 2011)

𝑃𝑉 = 𝐶𝐷𝑥 1 + (8)

Sendo:

PV= Preço de venda; CD= Custo de Direito;

(33)

Preço é o valor total ofertado no contrato que engloba todos os custos, lucros e os impostos. O preço de venda é o resultado da aplicação de uma margem denominada BDI sobre o Custo Direto calculado na planilha de custos.

2.8 MÉTODOS DE PRECIFICAÇÃO NA ENGENHARIA

Na engenharia civil existem vários métodos de precificação, neste tópico apresentaremos alguns destes métodos, seus parâmetros e fórmulas para o cálculo do preço de venda. Sendo esses os métodos a serem apresentados: o método do Carl V. Limmer, do Aldo Dórea Mattos e do TCU (Tribunal de Contas da União) que fiscaliza as obras públicas no Brasil. Para a execução deste trabalho, será utilizado o método do Maçahico Tisaka, método a qual é utilizado pelo Instituto de Engenharia. Este método será abordado no item 2.9.

2.8.1 Precificação segundo Carl V. Limmer

Limmer (2012), define o custo direto como sendo: “[...] o custo dos insumos que são agregados ao produto, isto é, os que são incorporados ao mesmo”.

Já o custo indireto, deriva-se em lucro e despesas indiretas que são inseridos como um percentual de taxa sobre o custo direto do projeto específico. Esse percentual de taxa denomina-se BDI que envolvem o custo para as atividades administrativas, comerciais, tributários e financeiros, referentes ao funcionamento da empresa como um todo e aos custos de produção, que são insumos necessários a produção, porém não são agregados ao custo direto. (Limmer, 2012)

O que representa o BDI ou ARL, é um multiplicador a ser aplicado ao valor dos custos diretos de cada serviço orçado para realização da obra. É a soma dos custos indiretos de produção, da obra, da empresa e outros custos, como financeiros, tributários etc.

O coeficiente compreende o custo direto de produção, que quando multiplicado pelo resulta no preço de venda do projeto.

Assim, chega-se no preço de venda através da fórmula:

𝑃 = 𝐶 . 𝑀 (9)

Para encontrar o BDI, segue a seguinte fórmula:

(34)

Já para calcular o BDI, (Limmer, 2012) propõe a seguinte fórmula: 𝑀 = = ( ) . .( ) (11) onde: 𝑀 = Fator BDI 𝑃 = Preço de venda 𝐶 = Custo direto 𝑇 = Custos imprevistos 𝑇 = Lucro líquido 𝛼 = Estimativa probabilística 𝛽 = Estimativa probabilística

Multiplicando o fator pelo valor, encontramos o com o lucro desejado embutido.

2.8.2 Precificação segundo Aldo Dórea Mattos

Mattos (2010), designa o BDI como sendo “[...] fator a ser aplicado ao custo direto para obtenção do preço de venda”, apresentando como derivações do BDI as despesas indiretas de funcionamento da obra, custo da administração central (matriz), custos financeiros, fatores imprevistos, impostos e lucro.

Mattos apresenta a fórmula do PV (Preço de Venda), onde através do CD (Custo Direto), obtém-se a porcentagem de BDI:

𝑃𝑉 = 𝐶𝐷 𝑥 (1 + 𝐵𝐷𝐼%) (12) Ou isolando o objeto em questão, temos a seguinte fórmula:

𝐵𝐷𝐼% =𝑃𝑉 𝐶𝐷− 1

E, para cálculo do BDI, encontra-se através da fórmula:

𝐵𝐷𝐼% =( %) ( % % %) ( % %) − 1 (13) onde: 𝐶𝐼% = Custo indireto 𝐴𝐶% = Administração Central 𝐶𝐹% = Custo Financeiro

(35)

𝐼𝐶% = Imprevistos e Contingências 𝐿𝑂% = Lucro Operacional

𝐼𝑀𝑃% = Impostos

Mattos, também informa duas utilidades do BDI:  O cálculo do preço de custo.

Sabendo o preço de venda e o BDI da empresa, pode-se chegar no valor do custo direto, através da fórmula:

𝐶𝐷 =

% (14)

 Definição de preços novos.

Durante as obras é comum a adição de novos serviços, que são acrescentados em virtude de alteração e inclusão na especificação da obra ou por serem de impossível previsão. Com o valor do BDI já conhecido, facilita a negociação e a concorrência no orçamento solicitado, onde não há discussão referente ao BDI, somente sobre o custo direto, que pode ser negociado com maior facilidade.

2.8.3 Precificação segundo TCU (Tribunal de Contas da União)

Com a ausência de padronização nas precificações das obras públicas, o TCU (Tribunal de Contas da União) estudou valores e fórmula do BDI aplicados por gestores públicos e construtoras para precificação, buscando uma maior transparência e rigor no controle, evitando equívocos. Existe a fórmula básica para órgãos públicos e privados: 𝑃𝑉 = 𝐶𝐷 𝑥 (1 + 𝐵𝐷𝐼%); com o estudo, O Acórdão 2.369/2011-TCU, foi indicado a fórmula abaixo, que indica cada componente incidente do BDI, exceto os tributos que incidi sobre o preço da obra.

𝐵𝐷𝐼% = ( )( )( )

( ) − 1 (15)

Onde:

AC= Taxa representativa das despesas de rateio da administração central; R= Taxa representativa de risco;

S= Taxa representativa de Seguros; G=Taxa representativa de garantias;

(36)

DF =Taxa representativa das despesas financeiras; L = Taxa representativa do lucro/remuneração; e T = Taxa representativa de incidências de tributos.

O Acórdão 2.369/2011-TCU-Plenário efetuou um pequeno ajuste na fórmula do BDI em relação à fórmula consagrada no Acórdão 325/2007-TCU-Plenário, reunindo as parcelas de administração central, riscos, seguros e garantias dentro de um único parêntese no numerador da expressão do BDI. Dentre outros motivos, esse ajuste se deu em virtude da incidência inapropriada da taxa de riscos sobre os gastos da administração central, já que essa taxa está intimamente relacionada às incertezas da execução da obra, devendo incidir apenas sobre os custos diretos. (O Acórdão 2.369/2011-TCU UNIÃO, 2013)

O TCU apresentou um ajuste na fórmula do BDI baseado nas incertezas da execução da obra. A seguir será detalhado o método do Instituto de Engenharia utilizado neste trabalho.

2.9 MÉTODO DO INSTITUTO DE ENGENHARIA

Para execução deste trabalho será utilizado a metodologia do engenheiro e Ex-Presidente do Instituto de Engenharia Maçahico Tisaka para cálculo da taxa do BDI.

O engenheiro Maçahico Tisaka elaborou um trabalho que foi aprovado pelo Conselho Deliberativo do Instituto de Engenharia em 30/08/2004 como Documento Técnico do Instituto de Engenharia para elaboração de orçamentos de construção e reforma em todo o território nacional. Em 2009 houve uma revisão e atualização do Documento Técnico com base na experiência, comentários voltados ao trabalho, mudanças de alguns critérios e mudanças nos valores de alguns impostos e tributos. (Tisaka M. , 2010)

Para Tisaka uma questão conceitual mais importante na elaboração de um orçamento é a notoriedade do que é custo e despesa.

Pelo método do Instituto de Engenharia, o cálculo do BDI é feito através da fórmula (3):

𝐵𝐷𝐼 =

− 1 𝑥100 =

( ) ( ) ( )

( )

− 1 𝑥100 =

Sendo:

(37)

r = taxa de risco do empreendimento;

f = taxa de custo financeiro do capital de giro; t = taxa de tributos federais;

s = taxa de tributo municipal – ISS; c = taxa de despesas de comercialização; l = lucro ou remuneração liquida da empresa.

As taxas no numerador incidem sobre os custos diretos e as taxas no denominador incidem sobre o preço de venda, faturamento. (Tisaka M. , 2010)

O preço de venda é composto pelo custo direto e o benefício e despesas indiretas e ´calculado conforme fórmula número oito abaixo:

𝑃𝑉 = 𝐶𝐷𝑥[1 + ] (8) Sendo:

PV= Preço de venda; CD= Custo de Direito;

BDI= Benefício e Despesas Indiretas.

Existem estudos que apresentam a eficiência e eficácia destes métodos nas obras de engenharia. Mostrando a importância do conhecimento dos custos diretos e do BDI, para obter uma maior assertividade no preço de venda. No próximo item daremos destaque a trabalhos correlatos.

2.10 TRABALHOS CORRELATOS

Neste tópico, serão abordados trabalhos em que os autores utilizaram o método de precificação do Instituto de Engenharia para cálculo do BDI, bem como suas análises e resultados obtidos.

2.10.1 Estudo do William Eduardo Bach da Silva

William Eduardo Bach da Silva em seu Trabalho de Conclusão de Curso pela Universidade do Sul de Santa Catarina, intitulado Análise Comparativa de Custos e Preços de Obras em Regime de Produção e Manutenção: Estudo de Caso, em 2018, avaliou a composição do BDI, comparando o cálculo do método do Instituto de Engenharia com a metodologia utilizada

(38)

pelo (TCU) Tribunal de Contas da União, para obras do setor público direcionadas ao saneamento.

(Silva W. E., 2018) Analisou 04 obras de uma empresa de Florianópolis/SC referente a obras de saneamento e ressaltou a necessidade do cálculo do BDI para cada empresa e obra específica, com o valor variando conforme os fatores que irão envolver os processos de execução das obras. Entre os cálculos realizados, executou o cálculo do BDI através dos custos e faturamentos anuais médios da empresa, pelo método do Instituto de Engenharia, chegou ao valor de 45,69%, já pelo método do TCU chegou a 42,21%, desprezando valores de impostos sobre os lucros.

Com isso, reafirma a importância do cálculo do BDI e que a empresa deve escolher qual método que se encaixa com a sua realidade, atentando-se as exigências e regras dos editais licitatórios. (Silva W. E., 2018)

2.10.2 Estudo do Davi Aponus Muller

Davi Aponus Muller em seu Trabalho de Conclusão de Curso pela Universidade Federal de Santa Catarina, intitulado Levantamento Quantitativo, Orçamento e Comparação de Custos Orçados X Estimados pelo CUB em uma Edificação Multifamiliar, em 2016, fez o estudo de caso, onde utilizou a fórmula de Hochheim, fórmula igual à do método do Instituto de Engenharia para o cálculo do BDI, conhecendo os custos orçados e comparando com o estimado pelo CUB em uma edificação multifamiliar.

Comparando às fórmulas, encontramos a semelhança: Fórmula do Instituto de Engenharia (3):

𝐵𝐷𝐼 = − 1 𝑥100 = ( ) (( ) () ) − 1 𝑥100 =

(3)

Fórmula de Hoccheim:

(39)

Observa-se a diferença entre as fórmulas, onde há junção dos tributos municipais e federais "

𝑡𝑟𝑖𝑏"

na fórmula de Hoccheim, e no Instituto de Engenharia está separado pelos termos "

𝑡 + 𝑠”

. Diferença essa que não alterará o resultado.

A obra refere-se a um prédio alto padrão multifamiliar de 15 pavimentos localizado no centro de Florianópolis/SC. A obra obteve um custo total de R$: 4.274.788,83 e o cálculo do BDI resultou em um percentual de 40,81%, gerando um preço de construção de R$: 6.019.330,14.

(Muller, 2016) Posteriormente comparou os valores de CUB do estado de Santa Catarina e Sergipe, para o estado de Santa Catarina obteve um valor de R$: 5.282.459,00 e para Sergipe R$: 3.815.001,00.

Interessante a grande disparidade de custo da construção pela localização da obra, também destacou a necessidade e importância dos atributos do orçamento, que é válido perante a localização e período. (Muller, 2016)

2.10.3 Estudo do Guilherme Gazzoni Taves

Guilherme Gazzoni Taves, em seu Projeto de Graduação de Engenharia Civil na Escola Politécnica- Universidade Federal do Rio de Janeiro, intitulado Engenharia de Custos Aplicada à Construção Civil (2014), realizou um estudo de caso. Neste estudo foram analisados:

 o método de orçamento utilizado pela empresa;  interferências de eventos inesperados;

 importância do controle de custos.

(Taves, 2014) A desvantagem com a não aplicação da Engenharia de Custos nas obras de construção civil se mostrou clara, uma vez que empresas que elaboram orçamentos de obras sem utilizar as regras de orçamentação apresentadas neste trabalho, acabam tendo prejuízos em suas operações e até mesmo podem chegar a falir dependendo da gravidade do erro de orçamento apresentado e das multas rescisórias dos contratos assinados.

Este estudo também mostra a importância do controle dos custos para uma obra, sendo ferramenta de tomada de decisão para o engenheiro. A auditória sobre orçamentos durante a execução da obra mostrou-se muito eficaz no controle dos valores gastos baseados na viabilidade inicial e lucro da empresa.

(40)

2.10.4 Estudo do Gabriel Andrade Raiser

Gabriel Andrade Raiser em seu Trabalho de Conclusão de Curso pela Universidade Federal de Santa Catarina, intitulado Comparativo de Custos Orçados X Estimados pelo CUB em uma Edificação Residencial Multifamiliar, em 2015, fez o estudo comparativo de custos orçados entre estimulados pelo CUB, em uma Edificação Multifamiliar.

(RAISER, 2015) Comparou os valores dos custos orçados e estimados através do CUB, apresentando dois orçamentos detalhado sendo um acrescido do BDI, este utilizado no contrato, e outro sem a taxa do BDI e comparou com os índices do CUB. Com isso demonstrou os ganhos ou prejuízo em um contrato de execução firmado pela construtora.

Este estudo mostra a importância e o quão é trabalhoso o processo de orçamentação para o levantamento adequado dos serviços, evitando gastos adicionais, exigindo o conhecimento do engenheiro.

2.10.5 Estudo do Patrick Wallace Breckenfeld Alexandre de Oliveira

Patrick Wallace Breckenfeld Alexandre de Oliveira em seu Trabalho de Conclusão de Curso pela Universidade Federal da Paraíba, intitulado Elaboração de Orçamentos de Obras na Construção Civil, em 2017, fez o estudo no apresentando as metodologias para execução de orçamentos na construção civil, com foco na geração de orçamentos analíticos e detalhados, mostrando os conhecimentos técnicos envolvidos nas etapas do processo de elaboração.

Conforme Tisaka (2006), o sucesso ou fracasso de uma obra de engenharia depende da forma como estabelecemos a cobrança pelos serviços prestados ao cliente. Em um regime competitivo como o atual, se não tivermos um conhecimento adequado e suficiente na forma de calcular o orçamento, corremos o risco de darmos preços que não condizem com a realidade daquele empreendimento. Ainda, segundo o autor, no caso específico da administração pública, orçamentos mal elaborados corre um sério risco de trazerem consequências indesejáveis, como baixa qualidade dos serviços e atrasos ou paralisações de obras, o que podem resultar em prejuízos.

(OLIVEIRA, 2017) Mostrou através dos conceitos a importância do orçamento de uma obra, ferramenta importante para o controle de gastos, possibilitando a revisão de valores e índices durante a obra. Com um orçamento detalhado possui subsídios para executar os serviços de forma eficiente e econômica, maximizando os lucros da empresa. No próximo capítulo apresentaremos o estudo de caso e os resultados.

(41)

3 ESTUDO DE CASO

Neste capítulo iremos apresentar as características da edificação, os softwares utilizados para desenvolvimento do trabalho e a determinação de valores referentes aos Custos Diretos e Custos Indiretos, apresentando o BDI e suas derivações.

Finalmente o cálculo do preço de venda do empreendimento, comparando aos indicadores do CUB e CUPE.

3.1 CARACTERÍSTICAS DA EDIFICAÇÃO

O empreendimento está localizado na Palhoça, Santa Catarina no bairro Passa Vinte em um terreno com área de 385,92 m², 680,91 m² de área construída, três pavimentos tipo, nove unidades de aptos. Foi considerado o fornecimento de materiais, equipamentos e móveis para a execução da obra, como a compra de geladeira, mesa, bebedouros para as áreas de vivência, compra de itens coletivos de segurança do trabalho (EPI e EPC) e materiais de escritório como mobília e computadores.

3.2 SOFTWARES UTILIZADOS

Para o levantamento dos quantitativos utilizou-se o software Revit Architecture, no qual através da vinculação dos projetos desenhados no software AutoCAD, executou-se a modelagem da edificação, possibilitando a visualização 3D e a extração dos quantitativos da edificação. Assim, foram obtidos os quantitativos referente aos serviços de assentamento de alvenaria e os revestimentos relacionados as paredes, assentamento de piso cerâmico e os serviços relacionados como contrapiso e impermeabilização, e os serviços relacionados ao teto como forro de gesso e telhado e as esquadrias sendo portas e janelas.

O restante do levantamento dos quantitativos se deu através da análise direta nas pranchas desenhadas no software AutoCAD fornecidas pelo cliente, obtendo assim dados para os serviços relacionados a estrutura, água fria, hidrossanitário, elétrico entre outros.

Com os quantitativos levantados, os dados foram repassados para uma planilha do software Excel. Onde, também foram repassados os dados pesquisados relacionados aos custos de mão de obra e materiais através da Tabela de Composição de Preços para Orçamentos, situada no site TCPO.web.

(42)

A Figura 02 mostra o resultado da modelagem, o Render 3D realizado no software Revit Architecture, onde é possível obter um panorama de como ficará a obra depois de pronta, percebe-se as fundações com 16m de profundidade.

Figura 02 – Modelagem da Obra

Fonte: Autores, 2019.

A Figura 03 mostra o empreendimento com a modelagem finalizada do baldrame de fundação.

(43)

Fonte: Autores, 2019.

A Figura 04 mostra o empreendimento com a modelagem pavimento térreo pronta.

Figura 04 – Modelagem do Pavimento Térreo

Fonte: Autores, 2019.

A Figura 05 mostra o empreendimento com a modelagem pavimento tipo.

(44)

Fonte: Autores, 2019.

A Figura 06 mostra o empreendimento com a modelagem pavimento Cobertura.

Figuras 06 – Modelagem do Pavimento Cobertura

Fonte: Autores, 2019.

A Figura 07 mostra o a utilização do software Revit auxiliando na geração de tabelas de quantitativos de materiais.

(45)

Figura 07 – Tabelas Obtidas do Revit

Fonte: Autores, 2019.

A Figura 08 mostra uma das tabelas de quantitativos de materiais do software Revit gerada.

Figura 08 – Quantitativo do Revit

Fonte: Autores, 2019.

3.3 LEVANTAMENTO DOS CUSTOS DIRETOS

Após a modelagem e a extração dos quantitativos do software Revit Architecture, esses quantitativos foram inseridos numa planilha orçamentária do software Excel para detalhar

(46)

todos os serviços relacionados a obra e buscar os valores de materiais e mão de obra na composição de custos do site da TCPO.web.

Nas tabelas 02 e 03 observa-se a planilha orçamentária completa resumida e parcialmente aberta nos itens iniciais, executada no software Excel.

No Anexo A encontra-se a planilha orçamentária completa, devido ao seu tamanho só foi possível a demonstração parcial neste tópico.

(47)

Tabela 02 – Planilha Orçamentária Resumida

Fonte: Autores, 2019.

Tabela 03 – Planilha Orçamentária Aberta Parcial

Fonte: Autores, 2019.

Código Descrição Un. Quant. Preço Total

00.001 DESPESAS INICIAIS R$ 160.703,85

00.001.001 TERRENO R$ 150.000,00

00.001.001.001 Valor Compra do Terreno vb 1 R$ 150.000,00 R$ 150.000,00 00.001.002 DOCUMENTOS DE CARTÓRIO REGISTROS E

TÍTULOS

R$ 6.170,00 00.001.002.001 Despesas de Escritura vb 1 R$ 1.810,00 R$ 1.810,00 00.001.002.002 Imposto Inter-Vivos vb 1 R$ 3.000,00 R$ 3.000,00 00.001.002.003 Registro de Contrato Cart. Reg. Tit. Doc vb 1 R$ 1.360,00 R$ 1.360,00

00.001.003 DOCUMENTAÇÃO REGISTRO DE IMÓVEIS R$ 4.533,85

00.001.003.001 Registro Terreno no Registro de Imóveis vb 1 R$ 1.333,85 R$ 1.333,85 00.001.003.002 Registro Conv. Cond. no R.I. vb 1 R$ 1.000,00 R$ 1.000,00 00.001.003.003 Registro da Instituição do Condomínio vb 1 R$ 2.200,00 R$ 2.200,00

00.002 SERVIÇOS TÉCNICOS R$ 54.664,55 00.002.001 LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO R$ 600,00 00.002.001.001 Levantamento Topográfico vb 1 R$ 600,00 R$ 600,00 00.002.002 ESTUDOS GEOTÉCNICOS R$ 5.728,80 00.002.002.001 Sondagem de Percussão m 80 R$ 71,61 R$ 5.728,80 00.002.003 PROJETOS R$ 40.335,75 00.002.003.001 Projeto Arquitetônico m² 680,91 R$ 13,76 R$ 9.367,96 00.002.003.002 Projeto Elétrico e Telecom m² 680,91 R$ 9,17 R$ 6.246,67 00.002.003.003 Projeto Hidrossanitário m² 680,91 R$ 9,17 R$ 6.246,67 00.002.003.004 Projeto Estrutural m² 680,91 R$ 13,76 R$ 9.367,96 00.002.003.005 Projeto Preventivo Contra Incêndio m² 680,91 R$ 9,77 R$ 6.655,21 00.002.003.006 Projeto Ar Condicionado m² 680,91 R$ 3,60 R$ 2.451,28

00.002.004 PLANEJAMENTO E CONTROLE R$ 8.000,00

00.002.004.001 Orçamento vb 1 R$ 4.000,00 R$ 4.000,00

(48)

3.4 CUSTOS DIRETOS

Conforme o capítulo anterior, os custos diretos se resultam através do levantamento de quantitativos e a composição dos valores de mão de obra através do site TCPO.web.

3.4.1 Materiais e Mão de Obra

Os materiais e mão de obra para formação dos custos diretos se dividem em:

DESPESAS INICIAIS: terreno, documentos e despesas relacionadas a cartório e registro de imóveis;

SERVIÇOS TÉCNICOS: levantamento topográfico, estudo geotécnico, projetos e planejamento e controle;

INSTALAÇÕES INICIAIS: ligações provisórias de energia e água, instalações provisórias de pessoal e barracos;

SERVIÇOS PRELIMINARES: placas, tapume, locações e gabarito;

SERVIÇOS INICIAIS EM TERRA: limpeza superficial do terreno e escavações manuais de solo;

FUNDAÇÕES: lastro de agregados, formas, armaduras, concreto para blocos vigas e hélice contínua;

ESTRUTURA DE CONCRETO ARMADO: formas, escoramento, lajes, pilares e vigas;

PAREDES DE ALVENARIA: montagem e desmontagem de andaime, alvenaria de vedação, encunhamento, vergas e contravergas;

(49)

IMPERMEABILIZAÇÕES: impermeabilização de baldrame, de piso e paredes;

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS, SPDA, TELECOM E TV: redes de energia, tubulações, hastes, cabos de cobre, fios, disjuntes, luminárias, entre outros itens que compõem as instalações elétricas;

INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS: redes de água, tubulações, acessórios, caixas d’água, fossa, caixas de inspeção, entre outros itens que compõem as instalações hidráulicas;

PREVENTIVO CONTRA INCÊNDIO: hidrante, GLP, extintores e placas de sinalização;

REVESTIMENTOS DE TETO: forro em gesso e revestimentos argamassados;

REVESTIMENTOS DE PAREDE: revestimentos argamassados e cerâmicos;

ESQUADRIAS: portas, janelas, corrimão e alçapão;

REVESTIMENTO DE PISO: pisos em pavimentação intertravada, contrapiso, porcelanato, cimentados, concreto e soleiras;

PINTURAS: demarcação nas vagas de garagem, aplicação de massa corrida, textura, e pintura nas paredes internas e externas, verniz nas portas de madeira e esmalte nos corrimões, portas, portões e janelas de ferro/alumínio;

LOUÇAS: Lavatório, vaso sanitário e chuveiro elétrico;

SERVIÇOS COMPLEMENTARES: andaimes externos, pingadeiras, grama, limpeza e organização da obra, transporte de materiais, mobilização e desmobilização.

CUSTOS ADMINISTRATIVOS DIRETOS: consumo de água, luz, telefone, controle tecnológico, aluguel de equipamentos, móveis, computador, alvarás, ART, CREA, IPTU, manutenção de veículo e equipamentos, combustível e seguros;

(50)

SEGURANÇA DO TRABALHO: despesas com documentações, EPI, EPC, placas, medicamentos, extintores de incêndio, móveis para área de vivência e seguro de vida/acidente.

3.4.2 Encargos Sociais

Referente aos encargos sociais foram utilizados os dados de encargos para mensalista sem desoneração da TCPO.web que resultam na porcentagem de 78,33%, calculando o valor de vale transporte e vale refeição conforme as fórmulas do Instituto de Engenharia. Os equipamentos estão embutidos no valor dos serviços e os EPI’s foram levantados conforme necessidade para obra.

Figura 09 – Tabela dos Encargos Sociais da TCPO

(51)

Para execução das fórmulas do Instituto de Engenharia para calcular o vale transporte e vale alimentação, foi necessário arbitrar uma equipe, usou-se como base o valor total da mão de obra levantada nos quantitativos para execução dos serviços, possibilitando a formação de uma possível equipe conforme a tabela 04.

Tabela 04 – Cálculo Alimentação, Vale Transporte e EPI’s

Fonte Autores, 2019.

Através das informações retiradas da tabela 03, executou-se o Cálculo dos Encargos Complementares do empreendimento:

Vale Transporte: VT = ( , , )

, 𝑥100 = 𝑽𝑻 = 𝟑, 𝟑𝟑 % ( 1 )

Vale Almoço: VR = ,

, 𝑥100 = VA = 10,63 % ( 2)

Para o valor dos Equipamentos de Proteção Individual foi considerado conforme necessidade da equipe arbitrada na Tabela 03 e obteve-se os seguintes materiais representados no item 00.022 - SEGURANÇA DO TRABALHO nos custos diretos:

(52)

Tabela 05 – Tabela de EPI’S

Fonte: Autores, 2019.

3.4.3 Total dos Custos Diretos

Conforme visto do capítulo anterior, aqui repete-se a tabela 02 – Planilha Orçamentária Resumida, com os valores totais para cada item.

Tabela 02 – Planilha Orçamentária Resumida

Fonte: Autores, 2019.

00.022.02 EPI R$ 8.546,80

00.022.02.001 Abafador de ruidos (tipo fone) un 4 R$ 10,90 R$ 43,60

00.022.02.002 Avental de raspa un 2 R$ 26,90 R$ 53,80

00.022.02.003 Bota de Couro par 60 R$ 39,90 R$ 2.394,00

00.022.02.004 Capacete un 30 R$ 8,49 R$ 254,70

00.022.02.005 Capacete com protetor facial e fone un 1 R$ 89,90 R$ 89,90

00.022.02.006 Cinto tipo paraquedista un 2 R$ 189,90 R$ 379,80

00.022.02.007 Cinto de segurança un 2 R$ 61,90 R$ 123,80

00.022.02.008 Corda para trava queda m 40 R$ 3,65 R$ 145,80

00.022.02.009 Capa de chuva un 30 R$ 23,20 R$ 696,00

00.022.02.010 Luva de raspa cano médio par 5 R$ 34,00 R$ 170,00

00.022.02.011 Luva banhada latex par 20 R$ 8,70 R$ 174,00

00.022.02.012 Máscara semi facial, com filtro p/ poeira un 30 R$ 2,10 R$ 63,00 00.022.02.013 Óculos de proteção, ampla visão un 30 R$ 11,90 R$ 357,00

00.022.02.014 Trava Queda un 2 R$ 139,00 R$ 278,00

00.022.02.015 Camisa de malha un 60 R$ 17,90 R$ 1.074,00

(53)

Complementando os custos diretos, segue abaixo a tabela 06, Cronograma Físico Financeiro da obra, com os valores de cada item distribuídos em 12 meses, formando uma previsão financeira para execução do empreendimento.

Tabela 06 – Cronograma Físico – Financeiro

Fonte: Autores, 2019.

Para a melhor visualização da tabela 06 - Cronograma Físico Financeiro da obra, distribuído em 12 meses, criou-se um gráfico 01, no qual nota-se a oscilação dos valores durante os meses percorridos.

Gráfico 01 – Cronograma Físico-Financeiro Custos Diretos

Fonte: Autores, 2019.

(54)

3.5 CUSTOS INDIRETOS

Referente aos custos indiretos de administração central, foi considerado os serviços de apoio como: engenheiro de planejamento, secretária, contabilidade, móveis, aluguel e outras despesas referentes ao escritório e necessários para execução do empreendimento, demonstrados os valores totais na tabela 07, o cronograma físico financeiro conforme o andamento da obra na tabela 08 e o gráfico 02 para melhor visualização da oscilação das despesas. No Anexo A encontra-se a planilha aberta, devido ao tamanho da planilha, neste capítulo segue o resumo.

Tabela 07 – Despesas Mensais Indiretas da Administração Central

Fonte: Autores, 2019.

Tabela 08 – Cronograma Físico Financeiro Custo Indiretos

Referências

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