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Pessoas em movimento ESTATÍSTICAS SOBRE A MOBILIDADE NA EUROPA. edição 2019

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Pessoas em movimento

ESTATÍSTICAS SOBRE A

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Na Europa atual, as pessoas movimentam-se muito mais do que no passado. Esta mobilidade pode ser observada de muitos ângulos, pois há muitas razões que levam a estas movimentações: migração, estudos, trabalho ou turismo… A publicação digital

Pessoas em movimento – estatísticas sobre a mobilidade na Europa apresenta, de

muitas maneiras diferentes, os dados mais recentes relativos a estes movimentos, com o foco nas pessoas e não nas mercadorias.

A publicação está dividida em quatro capítulos, cada um dos quais com quatro secções:

O caldeirão de culturas europeu descreve as pessoas que entram e saem dos Estados

Membros da UE. Este capítulo é também dedicado às pessoas que obtêm nacionalidade ou autorização de residência num destes Estados. Para apresentar uma visão geral, inclui-se ainda informação sobre as pessoas que vivem na União Europeia, distribuindo-as por nacionais, cidadãos de outros países da UE e cidadãos não-UE.

Estudar e trabalhar no estrangeiro inclui dados relativos às pessoas que vivem no

estrangeiro, incluindo alunos Erasmus. Contém igualmente dados sobre o nível de escolaridade e a nacionalidade dos cidadãos. Uma das secções é dedicada ao cruzar de fronteiras para ir trabalhar e outra às deslocações para ir trabalhar noutra região do mesmo país.

Comboios, aviões e automóveis foca-se nas viagens que as pessoas fazem para ir

trabalhar ou por outros motivos – vão de automóvel, de comboio ou de avião? Uma parte aborda o número e a idade dos automóveis, enquanto outra se refere ao número de pessoas que viajam de avião, em ambos os casos dentro e fora da União Europeia, assim como às pessoas que viajam de barco. São igualmente referidos os portos e os aeroportos com maior número de passageiros.

Ir e estar foca-se no turismo. O capítulo inclui os motivos das viagens, assim como os

principais destinos e meios de transporte utilizados. Aborda-se também o número de viagens e a sua duração, assim como as despesas realizadas neste contexto.

Esta publicação digital, que contém textos curtos, visualizações interativas e infografias, foi desenvolvida pelo Eurostat.

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Menu

1. O CALDEIRÃO DE CULTURAS EUROPEU

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1. Viver na Europa

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2. Imigração para os Estados Membros da UE

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3. Emigração a partir de Estados Membros da UE

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4. Obter autorização de residência ou nacionalidade

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2. ESTUDAR E TRABALHAR NO ESTRANGEIRO

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1. Estudar no estrangeiro

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2. Trabalhar no estrangeiro

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3. Cruzar fronteiras

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4. Deslocações entre regiões

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3. COMBOIOS, AVIÕES E AUTOMÓVEIS

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1. Por estrada e de comboio

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2. Foco nos automóveis

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3. Viajar de avião 23

4. Viajar de barco

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4. IR E ESTAR

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1. Retrato dos turistas

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2. Caracterização das viagens 28

3. Viajar – onde e como

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4. Gastos em viagens

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MAIS INFORMAÇÃO

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4 1.1 Viver na Europa

1. O CALDEIRÃO DE CULTURAS EUROPEU

Entre os 512 milhões de pessoas que viviam na Europa em 2018, 7,8% tinham uma nacionalidade diferente da do seu país de residência: 3,4% eram cidadãos de outro Estado Membro e 4,4% de um Estado não Membro da UE. Estes rácios diferiam entre os Estados Membros. Em 2018, o Luxemburgo tinha a maior percentagem de cidadãos de outro Estado Membro (41% da população), seguido do Chipre (13%) e da Irlanda (9%). As maiores proporções de cidadãos originários do exterior da UE registavam-se na Estónia e na Letónia (ambas com 14%) e na Áustria (8%).

Ao nível da UE, em 2018, as percentagens de mulheres e de homens eram quase iguais, quer para nacionais quer para não-nacionais (tanto para cidadãos de outro Estado Membro como para cidadãos de fora da UE). Contudo, entre os Estados Membros, as percentagens diferiam. Entre os cidadãos de outro Estado Membro da UE, havia uma grande maioria de homens na Roménia (75%), na Polónia (71%), na Lituânia e na Eslováquia (ambas com 65%), enquanto na Grécia existia uma ampla maioria de mulheres (65%). Entre os cidadãos não-UE, a maior percentagem de homens registou-se na Lituânia e na Eslovénia (ambas com 65%), e a de mulheres no Chipre e na Roménia (60% em ambas).

Mais de três quartos de nacionais de países não-UE estão em idade ativa

Considerando o fator idade, 16% da população de nacionais na UE em 2018 tinha menos de 15 anos, 64% estava entre os 15 e os 64, e os restantes 21% tinham 65 anos ou mais. Este padrão diferia para ambos os grupos de não-nacionais, nos quais mais de três quartos (77%) estavam em idade laboral (15 a 64 anos). As maiores percentagens de cidadãos de outro Estado Membro da UE neste grupo etário (15-64 anos) foram registadas na Chéquia (86%), na Estónia e na Roménia (ambas com 85%), ao passo que, para cidadãos não-UE, se registaram na Polónia e na Roménia (ambas com 88%) e na Irlanda (87%).

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6 1.2 Imigração para os Estados Membros da UE

Um pico de imigração para os Estados Membros da UE em 2015

O número de imigrantes para os Estados Membros da UE flutuou nos anos mais recentes. Estes movimentos de população incluiram pessoas que imigraram numa base permanente ou por períodos de um ano ou mais. No período 2013-2017, a imigração total – pessoas oriundas de outro Estado Membro da UE e de países exteriores à UE – situou-se em 3,4 milhões em 2013 e depois aumentou mais de um terço, atingindo o pico de 4,7 milhões em 2015. Em 2016, a imigração diminuiu 8%, para 4,3 milhões, e depois, em 2017, aumentou 3%, atingindo 4,4 milhões.

Em 2017, os imigrantes com nacionalidade não-UE representavam 46% da imigração, enquanto 30% eram nacionais de outro Estado Membro da UE e 23% regressavam ao seu país de origem. Entre os Estados Membros, as percentagens mais elevadas de imigrantes que eram nacionais de países que não integravam a UE em 2018 registaram-se na Itália (70% do total de emigrantes), na Eslovénia (65%) e na Suécia (62%). Para pessoas com nacionalidade de outro Estado Membro da UE, as proporções mais elevadas foram observadas no Luxemburgo (68%), na Áustria (58%) e em Malta (54%), enquanto para os nacionais a regressar as percentagens mais altas ocorreram na Roménia (82%), na Polónia (63%) e na Eslováquia (60%).

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8 1.3 Emigração a partir de Estados Membros da UE

O número de pessoas que emigram com origem em Estados Membros da UE também flutuou nos anos recentes. Tal como para a imigração, estes movimentos de população incluiram pessoas que emigraram numa base permanente ou por períodos de um ano ou mais. Em 2017, mais de 3 milhões emigraram de um Estado Membro da UE para outro Estado Membro ou para fora da UE; este número representa um aumento de 12% relativamente a 2013. Em 2017, a maioria (54%) destes emigrantes eram nacionais – ou seja, cidadãos – do país declarante, 25% eram cidadãos de outro Estado Membro e 21% eram cidadãos não-Europeus. Ao nível de Estado Membro, a maioria dos que emigraram eram nacionais, com as percentagens mais elevadas a ocorrerem na Eslováquia (99%), em Portugal (98%) e na Croácia (96%). As percentagens mais elevadas de cidadãos de outro Estado Membro a emigrarem registaram-se no Luxemburgo (67%) e na Áustria (47%), enquanto para os cidadãos não-Europeus as percentagens mais elevadas foram observadas na Chéquia (65%) e no Chipre (60%).

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9 1.4 Obter autorização de residência ou nacionalidade

Um pico de primeiras autorizações de residência concedidas em Estados Membros da UE em 2017

O número de primeiras autorizações de residência concedidas na UE a cidadãos não-UE aumentou entre 2008 e 2017. Isto deveu-se principalmente a um crescimento contínuo durante os últimos três anos, de 2,3 milhões em 2014 para 3,1 milhões em 2017. No período 2008-2014, o número de primeiras autorizações de residência concedidas flutuou entre 2,1 and 2,5 milhões.

Em 2017, as maiores percentagens de primeiras autorizações de residência foram concedidas a pessoas oriundas da Ucrânia (21% do total de primeiras residências na UE), da Síria (7%), da China (6%), da Índia e dos Estados Unidos da América (5% cada). A Polónia foi o país que concedeu o maior número de primeiras autorizações de residência a pessoas vindas da Ucrânia (88% do total de primeiras autorizações de residência concedidas a Ucranianos), enquanto às da Síria foi a Alemanha (63%). Cerca de metade das primeiras autorizações de residência concedidas a pessoas da China, dos Estados Unidos e da Índia ocorreram no Reino Unido. As razões para a concessão de primeiras autorizações de residência na UE foram diversas: 32% das pessoas que as solicitaram fizeram-no por razões laborais, 27% por razões familiares e 17% para estudos. Os restantes 24% foram por outras razões, incluindo proteção internacional.

Um pico nas concessões de nacionalidade em Estados Membros da UE em 2016

O número de concessões de nacionalidade a pessoas que vivem em Estados Membros da UE registou um aumento entre 2008 e 2017. Flutuou em torno de 800 000 durante o período 2008-2012 e aumentou em 2013, ano em que chegou a 980 000. Diminuiu novamente em 2014 e 2015, atingindo depois um pico de 995 000 em 2016. Em 2017, baixou para 825 000.

Os Estados Membros da UE que tiveram mais concessões de nacionalidade em 2017 foram a Itália (18% de todas as concessões de nacionalidade na UE), o Reino Unido (15%), a Alemanha e a França (14% cada), a Suécia e a Espanha (8% cada). Os principais beneficiários na concessão de uma nacionalidade na UE foram pessoas oriundas de Marrocos (8%), da Albânia (7%), da Índia e da Turquia (4% cada).

A França, a Espanha e a Itália foram os principais Estados Membros onde pessoas de Marrocos tiveram concessões de nacionalidade (83% no conjunto), enquanto para as oriundas da Albânia foram a Grécia e a Itália (97% no conjunto). O Reino Unido (53%) foi o Estado Membro que mais concedeu nacionalidade a pessoas vindas da Índia, enquanto para as oriundas da Turquia foi a Alemanha (50%).

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Estudar e formar-se num país diferente do de origem tornou-se cada vez mais comum entre os estudantes. Em 2017, havia no total 1,7 milhões de estudantes do ensino superior com esta situação de mobilidade na UE provenientes do estrangeiro (tanto de outro Estado Membro como de fora da UE), um número que aumentou 22% desde 2013.

Os estudantes do ensino superior em mobilidade vindos do estrangeiro representavam 8,1% de todos os estudantes deste nível de escolaridade na UE em 2017. As percentagens variavam entre os Estados Membros: as mais elevadas ocorreram no Luxemburgo (47%), no Chipre (23%) e na Áustria (17%), enquanto as mais baixas foram registadas na Croácia, na Espanha e na Grécia (3% em todas).

Erasmus+: 193 000 diplomados em mobilidade nos níveis de licenciatura e de mestrado, em 2017

O Erasmus+ é um programa da União Europeia para intercâmbio de estudantes, que os apoia para realizarem parte dos seus estudos numa instituição de ensino superior fora do seu país. Em 2017, beneficiaram deste programa cerca de 114 000 diplomados de licenciatura e cerca de 78 000 diplomados de mestrado.

Para os diplomados de licenciatura Erasmus+, o principal país de destino nos intercâmbios foi a Espanha (21 300 em 2017, que correspondem a 19% do total de diplomados de licenciatura Erasmus), seguida da Alemanha (18 400, ou 16%), do Reino Unido (12 400, ou 11%), da Itália (11 500, ou 10%) e dos Países Baixos (10 900, ou 10%). No conjunto, estes cinco Estados Membros foram o destino para dois terços de todos os diplomados de licenciatura Erasmus em 2017. Para os diplomados de mestrado Erasmus, a França foi o país mais escolhido (20 500 em 2017, ou seja, 26% do total de diplomados de mestrado Erasmus), seguida da Itália (15 000, ou 19%) e da Alemanha (14 600, ou 19%). Quase dois terços de todos os diplomados de mestrado Erasmus em 2017 fizeram intercâmbio num destes três Estados Membros.

Quase um terço dos cidadãos de outro Estado Membro concluiu o ensino superior

Como foi mencionado no capítulo 1.1, 7,8% da população da UE em 2018 tinha uma nacionalidade diferente da do seu país de residência: 3,4% tinha a nacionalidade de outro Estado Membro da UE e 4,4% eram cidadãos não-Europeus. Os restantes 92,2% eram pessoas a viver no seu país de origem. Observemos mais detalhadamente o nível de escolaridade destes três grupos.

2. ESTUDAR E TRABALHAR NO ESTRANGEIRO

2.1 Estudar no estrangeiro

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13 2.1 Estudar no estrangeiro

Em média, na UE, quase uma em cada três pessoas (31%) com nacionalidade de um Estado Membro da UE diferente daquele em que estava a viver tinha um nível de escolaridade elevado (ensino superior). Isso acontecia também relativamente a 28% de todos os nacionais e 24% dos cidadãos não-UE.

Para o nível de escolaridade mais baixo (até ao 3.º ciclo do ensino básico), a situação era diferente: quase metade (46%) de todos os cidadãos não-UE a viver na UE tinha um nível de escolaridade baixo, a que se seguiam aqueles que tinham outra nacionalidade da UE (29%) e os nacionais (27%).

Estas percentagens tinham diferenças significativas entre os Estados Membros. Para as pessoas com a nacionalidade de um Estado Membro diferente daquele em que estavam a viver, as maiores percentagens dos que tinham um nível de escolaridade elevado registaram-se na Dinamarca (54%), na Suécia (53%) e na Irlanda (47%). Mais de metade dos cidadãos não-UE na Irlanda (66%), no Reino Unido (53%) e na Polónia (52%) tinham igualmente um nível de escolaridade elevado; por outro lado, mais de metade dos cidadãos não-UE na Itália (61%), na Espanha (53%) e na Suécia (51%) tinha um baixo nível de escolaridade.

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2.2 Trabalhar no estrangeiro

Tornou-se cada vez mais comum na UE não só estudar no estrangeiro, mas também trabalhar no estrangeiro. Analisando mais detalhadamente a situação do emprego nos três diferentes grupos de pessoas, por nacionalidade, a taxa de emprego para as que tinham nacionalidade de um Estado Membro diferente daquele em que viviam era de 77% em 2018, que compara com 74% para os nacionais e 59% para os cidadãos não-UE.

Em treze Estados Membros, a taxa de emprego era mais elevada ou para os nacionais ou para quem tinha nacionalidade de outro Estado Membro da UE. Ao invés, na Roménia e na Eslováquia a taxa de emprego era mais elevada para os cidadãos não-UE.

Em 2018, as taxas de emprego dos nacionais oscilaram entre 60% na Grécia e 85% na Suécia, para as pessoas de outro Estado Membro da UE o valor mínimo registou-se na Grécia (54%) e o máximo na Lituânia (95%), e para os cidadãos não-UE variaram entre 43% na Bélgica e 82% na Chéquia.

8,3% dos empregados na UE são não-nacionais

Outra maneira de olhar para o emprego por nacionalidade é considerando a proporção de não-nacionais no emprego total. Na UE, em 2018, a proporção de outros cidadãos UE (com nacionalidade de um Estado Membro diferente daquele onde estão a viver) no emprego total foi de 4,1% e a de cidadãos não-UE foi de 4,2%. Detalhando por setor, as proporções foram de 4,0% para outros cidadãos da UE e 4,3% para cidadãos não-UE nos serviços, 4,5% e 3,9%, respetivamente, na indústria, e 2,5% e 3,4%, respetivamente, na agricultura.

Entre os Estados Membros, as proporções foram diferentes, com a proporção mais elevada de outros cidadãos UE no emprego total a ser registada no Luxemburgo (49,4%), seguido da Irlanda (12,8%) e do Chipre (11,4%), enquanto para os cidadãos não-UE as maiores percentagens se registaram na Estónia (13,1%), em Malta (9,4%) e no Chipre (7,6%).

No setor dos serviços, as maiores percentagens de pessoas com outra nacionalidade da UE registaram-se no Luxemburgo (48,1%), na Irlanda (12,6%) e no Chipre (10,7%), e de cidadãos não-UE na Estónia (10,3%), em Malta (9,4%) e no Chipre (7,6%).

Relativamente à indústria, a percentagem mais elevada de cidadãos com outra nacionalidade da UE a trabalhar neste setor ocorreram no Luxemburgo (61,9%); seguiam-se a Irlanda (15,4%) e o Chipre (14,9%). As percentagens mais elevadas para cidadãos não-UE empregados neste setor registaram-se na Estónia (20,7%), em Malta (9,8%) e na Grécia (8,6%).

No setor agrícola, a Dinamarca (11,7%) tinha a percentagem mais elevada de cidadãos UE, seguida do Reino Unido (8,8%) e do Chipre (7,6%). Para cidadãos não-UE, as percentagens mais elevadas neste setor foram observadas no Chipre (19,1%), na Espanha (14,7%) e na Itália (12,2%).

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17 2.3 Cruzar fronteiras

Como vimos no capítulo anterior, muitas pessoas vivem e trabalham fora do país onde residem. Neste capítulo, vamos focar-nos mais detalhadamente nas pessoas que vivem num Estado Membro e trabalham noutro. Em 2018, na UE, entre os 220 milhões de pessoas empregadas com 20 a 64 anos, esta situação aplicava-se a 1,3 milhões, o equivalente a 0,6% de todos os empregados.

Em 2018, os números mais elevados de trabalhadores que viviam num Estado Membro e trabalhavam noutro era os dos que se deslocavam da Polónia para a Alemanha (125 000 pessoas), da França para o Luxemburgo (88 000), da Alemanha para o Luxemburgo (52 000), da Eslováquia para a Áustria (48 000) e da França para a Bélgica (46 000).

Os trabalhadores transfronteiriços são maioritariamente homens no setor da construção

Os homens a trabalhar no setor da construção eram mais comuns entre os trabalhadores transfronteiriços que se deslocavam da Polónia para a Alemanha (30%), da França para o Luxemburgo (21%) e da Alemanha para o Luxemburgo (12%). Os homens a trabalhar na indústria transformadora eram mais comuns nos trabalhadores transfronteiriços que viviam na França e trabalhavam na Bélgica (30%), enquanto as mulheres a trabalhar em saúde humana eram mais comuns entre os que viviam na Eslováquia e trabalhavam na Áustria (46%).

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19 2.4 Deslocações entre regiões

2.4 Deslocações entre regiões

As pessoas também se deslocam, para trabalhar, entre regiões do país em que vivem. Em 2018, na UE, dos 220 milhões de pessoas empregadas com idades compreendidas entre os 20 e os 64 anos, 18,3 milhões – o equivalente a 8,3% dos empregados – deslocavam-se de uma região para outra no seu país de residência.

A taxa mais elevada destes movimentos pendulares regionais em 2018 foi registada na Bélgica e no Reino Unido, onde mais de uma em cada cinco pessoas (21% dos empregados em cada um destes Estados Membros) se deslocaram para trabalhar numa região diferente, seguidos dos Países Baixos (17%). As deslocações pendulares foram também relativamente comuns na Dinamarca, na Alemanha, na Lituânia, na Hungria e na Áustria; em todos estes Estados membros, cerca de 10% dos trabalhadores deslocavam-se para trabalhar numa região diferente.

As regiões com maior percentagem de trabalhadores pendulares encontravam-se na área de Londres, no Reino Unido: Outer London – South (61% dos empregados nesta região), Outer London – East and North East (59%), Inner London – East (53%), Outer London – West and North West (48%), seguindo-se a província de Brabant Wallon, na Bélgica (47%).

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20 3.1 Por estrada e de comboio

3. COMBOIOS, AVIÕES E AUTOMÓVEIS

Que tipo de transporte terrestre (rodoviário e ferroviário) utilizam as pessoas na UE para se deslocarem de um local para outro? Analisando o total de viagens (medido em passagei-ros-quilómetro) na UE em 2016, em 83% foi usado o automóvel, em 9% o autocarro e em 8% o comboio. Estas percentagens mantiveram-se bastante estáveis ao longo da última década. Nos Estados Membros, a percentagem de utilização de automóveis no transporte terrestre de passageiros em 2016 variou entre 69% na Hungria e 89% em Portugal e 90% na Lituânia. As percentagens para os autocarros variaram entre 3% nos Países Baixos e 5% no Reino Unido, e 22% na Hungria; para os comboios, variaram entre 1% na Grécia e na Lituânia e 11% nos Países Baixos e 12% na Áustria.

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21 3.2 Foco nos automóveis

Como se pode ver no capítulo 3.1, o automóvel é o meio mais frequentemente utilizado no transporte rodoviário de passageiros na UE. No que respeita ao número de automóveis por 1 000 habitantes, há grandes diferenças entre os Estados Membros. Em 2017, havia mais de 600 automóveis por 1 000 habitantes no Luxemburgo (670), na Itália (625 em 2016), na Finlândia (617), em Malta (613) e no Chipre (609). Por outro lado, havia menos de 400 na Hungria (355), na Letónia (356), na Croácia (389) e na Bulgária (393).

Mas as diferenças entre os Estados Membros no número de automóveis matriculados podem ser observadas no que diz respeito não só ao número de automóveis por habitante, mas também à idade dos automóveis. Em 2017, entre os Estados Membros para os quais estes dados estão disponíveis, as percentagens mais elevadas de automóveis com menos de 2 anos registavam-se na Dinamarca (24% de todos os automóveis), na Bélgica (22%) e na Suécia (20%). Por outro lado, em vários países a percentagem de automóveis com mais de 10 anos era de pelo menos 70%: Lituânia (83%), Letónia (77%), Polónia (74%), Estónia e Hungria (ambas com 70%).

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23 3.3 Viajar de avião

Número total de passageiros cresceu 30% entre 2008 e 2017

Em 2017, o total de passageiros de transporte aéreo na UE foi um pouco superior a mil milhões. Quase metade (47%) foram passageiros que voavam no interior da UE, 36% voavam para destinos fora da UE e os restantes 17% voavam a nível nacional no mesmo país.

O número total de passageiros de transporte aéreo na UE cresceu 30% entre 2008 e 2017. Com exceção da Eslováquia (-7%), todos os Estados Membros registaram um aumento do número de passageiros, com os maiores acréscimos a serem observados na Roménia (+123%), no Luxemburgo (+107%), na Lituânia (+106%) e na Polónia (+101%).

Principais rotas de avião dentro da UE: Madrid <==> Barcelona e Paris <==> Toulouse

Na UE, as principais rotas aéreas foram entre Madrid-Barajas e Barcelona/El Prat, na Espanha (1,2 milhões de passageiros em cada sentido), e entre Toulouse/Blagnac e Paris/Orly, na França (também 1,2 milhões em cada sentido), seguidas de Paris/Orly para Nice/Côte d’Azur, igualmente na França (1,1 milhões).

Quais foram as principais rotas aeroportuárias quando se viajava da UE para um destino no exterior da UE? Em 2017, as três rotas mais comuns partiram todas de Londres/Heathrow: para Nova Iorque/John F. Kennedy (1,5 milhões de passageiros), para o Aeroporto Internacional do Dubai (1,4 milhões) e para o Aeroporto Internacional de Hong Kong (790 000). Seguiram-se as rotas de København/Kastrup, na Dinamarca, para Oslo Gardemoen, na Noruega (775 000) e de Paris/Charles de Gaulle, em França, para Nova Iorque/John F. Kennedy (780 000), nos EUA.

Os maiores aeroportos da UE são Londres/Heathrow, Paris/Charles de Gaulle e Amesterdão/Schiphol.

Os maiores aeroportos da UE em 2017, em número de passageiros transportados, foram Londres/Heathrow, no Reino Unido (78 milhões de passageiros), Paris/Charles de Gaulle, na França (69 milhões), Amesterdão/Schiphol, nos Países Baixos (68 milhões), Frankfurt/Main, na Alemanha (64 milhões) e Madrid/Barajas, na Espanha (52 milhões).

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Em 2017, 415 milhões de passageiros de navios desembarcaram e embarcaram em portos da UE, o que representa um decréscimo de 5,5% em relação a 2007. Em 2017, entre os Estados Membros com portos marítimos, a Itália foi o país com maior percentagem (18% do total da UE), seguida da Grécia (17%) e da Dinamarca (10%). Estes três Estados Membros representaram 45% do transporte marítimo de passageiros na UE.

Os maiores portos de passageiros da UE são Helsínquia e Dover

Os maiores portos de passageiros da UE em 2017 foram Helsínquia, na Finlândia, e Dover, no Reino Unido (11,8 milhões de passageiros cada), seguidos de Tallin, na Estónia (10,0 milhões), Messina, na Itália (9,3 milhões), e Calais, na França (9,0 milhões).

3.4 Viajar de barco

3.4 Viajar de barco

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26 4.1 Retrato dos turistas

4. IR E ESTAR

Em 2017, 267 milhões de pessoas na UE*, o que corresponde a 62% da população, fizeram pelo menos uma viagem por motivos pessoais (por oposição a viagens por motivos profissionais). Este número aumentou 4% desde 2012. Em vários Estados Membros, mais de 80% da população realizou pelo menos uma viagem por motivos pessoais em 2017: Finlândia (91%), Países Baixos (86%), Suécia e Chéquia (ambas com 82%) e Luxemburgo (81%). Ao invés, esta percentagem foi inferior a 40% na Roménia (27%), na Bulgária (35%) e na Grécia (39%).

Isto significa, por outro lado, que 38% da população da UE* não fez qualquer viagem por motivos pessoais em 2017.

Em média, na UE, a principal razão para as pessoas não fazerem turismo (dados de 2016) foi económica (48%), seguida da falta de motivo/interesse e/ou razões de saúde (20% cada).

17% dos turistas da UE têm mais de 65 anos

Em 2017, as viagens por motivos pessoais dos turistas da UE* tiveram uma distribuição bastante equilibrada entre os diferentes grupos etários. Os valores variaram entre 14% para o grupo etário 15-24 anos e 18% para cada um dos grupos etários 35-44 anos e 45-54 anos. Na maioria dos Estados Membros, o grupo etário mais comum para os turistas era o dos 35 aos 44 anos. No entanto, em seis Estados Membros (Suécia, França, Finlândia, Alemanha, Dinamarca e Países Baixos), o grupo etário com mais de 65 anos era o mais comum, representando pelo menos 20% dos turistas destes países.

* Os dados para o Reino Unido considerados no cálculo para este valor referente à UE são relativos a 2016, pois não estão disponíveis dados para 2017.

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Quase 90% de todas as viagens são por motivos pessoais

Em 2017, os residentes da UE* realizaram um total de mil milhões de viagens, por motivos profissionais ou pessoais, o que corresponde a um aumento de 7% desde 2014. De entre estas viagens (com pelo menos uma dormida), quase 90% foram efetuadas por motivos pessoais, ou seja, as pessoas viajaram para férias, visitas a amigos e familiares ou outras razões pessoais. Analisando com mais detalhe estas viagens por motivos pessoais, constata-se que mais de metade (56%) foram feitas para fins recreativos (lazer, recreio e férias), 39% para visitas a amigos e familiares e 5% por outros motivos pessoais. Estas percentagens diferem entre os Estados Membros: as maiores percentagens de viagens para fins recreativos foram registadas pelos residentes de Malta (90% de todas as viagens por motivos pessoais efetuadas por residentes malteses) e da Bélgica (82%). Ao invés, a maioria das viagens dos residentes da Roménia (53%), da Letónia (52%) e da Suécia (51%) foram por motivo de visitas a amigos e familiares.

Ficar na casa de um amigo ou parente é o mais comum

Em quase metade (47%) das suas viagens por motivos pessoais, os residentes da UE* estiveram em alojamentos arrendados, enquanto nas restantes (53%) usaram alojamentos não arrendados.

Durante estas viagens, os residentes da UE* ficaram alojados mais frequentemente na casa de um amigo ou familiar (40% de todas as viagens por motivos pessoais efetuadas em 2017), a que se seguiram os hotéis (29%), outro tipo de alojamento arrendado (16%), a sua própria casa de férias (11%) e os parques de campismo (4%).

Considerando cada um dos Estados Membros, a estadia na casa de um amigo ou familiar durante estas viagens foi mais comum para os turistas da Roménia (61% das suas viagens) e da Letónia (60%), enquanto para os hotéis as percentagens mais elevadas foram as referentes aos turistas da Áustria (53%) e de Malta (52%). Relativamente às férias em casa própria, as percentagens mais elevadas foram observadas nos turistas da Chéquia (24%) e da Grécia (23%), enquanto nos parques de campismo foram para os turistas da Eslovénia (8%).

Em média, na UE: 4 viagens por turista em 2017

Na UE*, em média, cada turista fez 4,2 viagens em 2017. Entre os Estados Membros, os números médios de viagens mais elevados foram registados para os turistas da Finlândia (8,3 viagens), da Suécia (8,0 viagens), da Dinamarca (6,9 viagens) e da Espanha (5,6 viagens), e os mais baixos para os turistas da Grécia (1,6 viagens), da Bélgica e da Itália (2,4 viagens em ambas) e da Bulgária (2,5 viagens).

Em 2017, cada viagem por motivos pessoais efetuada por residentes da UE* durou, em média, 5,2 noites. Esta média variou entre os Estados Membros, com as viagens mais longas efetuadas por turistas da Grécia (10,0 noites), do Luxemburgo (7,5 noites), da Bélgica e dos Países Baixos (6,7 noites cada), enquanto as viagens mais curtas foram observadas para os turistas da Estónia e da Letónia (3,3 noites cada) e da Finlândia (3,5 noites).

* Este valor exclui a informação relativa ao Reino Unido, pois não há dados disponíveis para 2017.

4.2 Caracterização das viagens

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Três quartos das viagens de residentes da UE são viagens domésticas

Os residentes na UE fazem viagens por motivos pessoais tanto no seu próprio país (viagens do-mésticas) como para outros países (viagens ao estrangeiro). Na UE*, em 2017, 75% das viagens por motivos pessoais efetuadas por residentes da UE foram viagens domésticas, enquanto os restantes 25% foram viagens para outro Estado Membro ou para um país fora da UE.

Entre os Estados Membros, a percentagem de viagens domésticas e ao estrangeiro variou sobretudo em função da dimensão e da localização do país. Pelo menos nove em cada dez viagens por motivos pessoais de residentes na Roménia (94%), na Espanha e em Portugal (91% em ambos) e na Grécia (90%) foram efetuadas no seu próprio país, enquanto as maiores percentagens de viagens por motivos pessoais ao estrangeiro foram observadas para resi-dentes do Luxemburgo (99%), da Bélgica (79%) e de Malta (63%).

Quais são os principais destinos turísticos dos residentes da UE em termos de dormidas du-rante as suas viagens? Veja a infografia interativa à direita.

Dois terços das viagens por motivos pessoais são feitas de automóvel

Na UE* em 2017, em média, dois terços de todas as viagens por motivos pessoais foram feitas de automóvel, 14% de avião, 9% de comboio, 6% de autocarro, 2% por vias navegáveis e 1% por outros meios. Não surpreende que o tipo de transporte utilizado nas viagens por motivos pessoais efetuadas por residentes tenha variado muito entre os Estados Membros: foi utiliza-do sobretuutiliza-do o automóvel (80% ou mais) na Eslovénia (88%), em Portugal (81%) e na Chéquia (80%), enquanto mais de 40% das viagens por motivos pessoais efetuadas por residentes de Malta (58%), do Chipre (44%), da Irlanda e do Luxemburgo (41% em ambos) foram feitas de avião. No caso dos autocarros, as percentagens mais elevadas foram observadas na Croácia (20%), na Roménia (19%) e na Bulgária (16%), e, no caso do comboio, na Alemanha (13%), na França e na Eslováquia (12% em ambas). As percentagens mais elevadas para as viagens de barco foram as dos turistas de Malta (42%) e da Grécia (17%).

* O valor para a UE exclui a informação relativa ao Reino Unido, pois não há dados disponíveis para 2017.

4.3 Viajar – onde e como

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O gasto médio por viagem por motivos pessoais varia entre 134 euros e 743 euros

Na UE*, em 2017, os turistas gastaram em média 362 euros por viagem por motivos pessoais. Os gastos variaram consideravelmente entre os Estados Membros, com mais de 600 euros por viagem para os residentes na Suécia (779 euros), no Luxemburgo (743 euros), na Áustria (636 euros), na Malta (609 euros) e em Dinamarca (605 euros). Gastaram em média 150 euros ou menos os residentes na Roménia (134 euros), na Chéquia (135 euros), na Letónia (138 euros), na Bulgária (147 euros), em Portugal e na Hungria (150 euros cada).

* O valor para a UE exclui a informação relativa ao Suécia e Reino Unido, pois não há dados disponíveis para 2017.

4.4 Gastos em viagens

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MAIS INFORMAÇÃO

Pessoas em movimento — estatísticas sobre a mobilidade na Europa é uma publicação

digital feita pelo Eurostat, o gabinete de estatísticas da União Europeia.

Informação sobre os dados

O texto refere-se a dados disponíveis em junho de 2019.

Contacto

Se pretender colocar questões acerca dos dados, por favor contacte o Apoio ao Cliente do Eurostat.

Identificadores da publicação digital

Número de catálogo: KS-04-19-470-EN-Q ISBN 978-92-76-08572-0

Doi:10.2785/50487

Versão (portuguesa): a tradução da publicação foi feita pelo Instituto Nacional de Estatística - Portugal.

© União Europeia, 2019

Copyright das fotografias da capa: Photo1: © LaineN / Shutterstock.com

Photo2: © wavebreakmedia / Shutterstock.com Photo3: © Yuganov Konstantin / Shutterstock.com Photo4: © sifkigali / Shutterstock.com

Referências

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