SEVERIDADE DA MANCHA DE RAMULÁRIA E RAMULOSE EM FUNÇÃO DO SISTEMA DE MANEJO DO SOLO EM CULTIVARES DE ALGODOEIRO 1
Luiz Gonzaga Chitarra (Embrapa Algodão / chitarra@cnpa.embrapa.br), Fernando Mendes Lamas (Embrapa Agropecuária Oeste), Valdemir Lima Menezes (Embrapa Algodão)
RESUMO - Neste trabalho, foram avaliadas as severidades da mancha de ramulária (Ramularia areola) e da ramulose (Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides) nas cultivares BRS Cedro, Araçá e Jatobá, no terceiro ano de experimento, cultivadas em diferentes sistemas de manejo do solo: sistema convencional sem rotação de culturas (algodão – algodão – algodão); sistema convencional com rotação anual de culturas (algodão – soja – algodão), sistema convencional com rotação bianual de culturas (soja – soja – algodão) e sistema plantio direto (soja – milho – algodão). O delineamento experimental utilizado foi de blocos ao acaso em parcelas subdivididas e quatro repetições, sendo as parcelas constituídas pelos sistemas de manejo do solo e as subparcelas por cultivares das espécies estudadas. O experimento foi implantado na área experimental da Fundação Centro Oeste / Embrapa, em Primavera do Leste, MT. As avaliações da severidade da mancha de ramulária e da ramulose foram realizadas atribuindo notas às plantas das duas linhas centrais de cada parcela. A severidade da mancha de ramulária foi menor no Sistema Plantio Direto seguido do Sistema Convencional com Rotação Bianual de Culturas. Em relação à ramulose, não houve diferença entre os sistemas de produção estudados. A BRS Cedro apresentou maior suscetibilidade à mancha de ramulária e ramulose, seguida da BRS Araçá e BRS Jatobá.
Palavras-chaves: Gossypium hirsutum L., Sistema Plantio Direto, Rotação de Culturas.
INTRODUÇÃO
A rotação de culturas é uma prática que consiste em alternar anualmente espécies vegetais numa mesma área agrícola. O cultivo do algodoeiro sucessivamente numa área e a sucessão soja – algodão, sistemas muito utilizados atualmente no cerrado podem comprometer a sustentabilidade do algodoeiro, ao longo do tempo. Estes sistemas, em poucos anos, não terão sustentabilidade podendo acarretar a baixa produtividade das culturas, pois são altamente favoráveis ao desenvolvimento de doenças, pragas e plantas daninhas, além de provocarem a degradação química, física e biológica do solo. Portanto, é importante introduzir nestes sistemas de produção, outras espécies vegetais, como por exemplo, as gramíneas, que possam auxiliar no controle de doenças, pragas e ervas daninhas, bem como proteger e melhorar as características química, física, biológica do solo além do teor de matéria orgânica. Boquet et al. (2004) comparando a produtividade do algodoeiro em monocultura com o sistema envolvendo a rotação com soja, milho e sorgo, verificaram que produção de algodão é significativamente maior quando se utiliza a rotação de culturas. De acordo com Altmann (2005), a rotação de culturas com algodão e milho é responsável pelo incremento de 16,2% e 6,7%, respectivamente, na produtividade média da soja. Fageria e Stone (2004) relataram que a degradação do solo tem sido uma preocupação constante da comunidade científica, por causa da redução da
produtividade das culturas, do aumento no custo de produção e dos danos ao meio ambiente. Uma das alternativas, mais efetiva e eficiente de conservação do solo, é o uso do plantio direto.
As vantagens da rotação de culturas são inúmeras. Além de proporcionar a produção diversificada de alimentos e fibras, se adotada e conduzida de modo adequado e por um período suficientemente longo, essa prática melhora as características físicas, químicas e biológicas dos solos; auxilia no controle de plantas daninhas, doenças e pragas; repõe matéria orgânica e protege o solo da ação dos agentes climáticos e ajuda a viabilização do Sistema Plantio Direto e dos seus efeitos benéficos sobre a produção agropecuária e sobre o ambiente como um todo (ROTAÇÃO, 2005).
As doenças influenciam a produção de algodão, sendo responsáveis pela redução significativa da produtividade física ou econômica do algodoeiro, e em determinados casos, podem ser causa impeditiva dessa atividade (RIDGWAY et al, 1984). O plantio repetitivo no decorrer dos últimos anos de cultivares suscetíveis a doenças, bem como as condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento dos patógenos, a falta de práticas culturais como a rotação de culturas e a destruição adequada de restos culturais, potencializam os riscos de surtos epidêmicos, resultando em perdas na produção (CHITARRA et al., 2005).
Os objetivos deste trabalho foram avaliar a severidade da mancha de ramulária (Ramularia areola) e da ramulose (Colletotrichum gossypii var. cephalosporioides) em variedades de algodoeiro, no terceiro ano de experimento, cultivadas em diferentes sistemas de manejo do solo: sistema convencional sem rotação de culturas (algodão – algodão – algodão); sistema convencional com rotação anual de culturas (algodão – soja – algodão), sistema convencional com rotação bianual de culturas (soja – soja – algodão) e sistema plantio direto (soja – milho – algodão).
MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi iniciado no ano agrícola 2004/2005, utilizando dois sistemas de manejo: convencional (aração + gradagens) que é o sistema predominante no Estado de Mato Grosso e o Sistema Plantio Direto (SPD). No sistema convencional (SC) também foi realizada a rotação de culturas, sendo esta anual e bianual (Tab. 1). Sempre após a colheita da soja, a área foi ocupada com milho + braquiária, para produção de palha, no SPD. Nas parcelas onde o manejo foi o convencional, foi feito o preparo do solo e semeado o milheto, a exemplo do que faz a maior parte dos produtores do Estado de Mato Grosso.
Após a colheita do algodão, foi feita a roçada dos restos culturais, em seguida o preparo do solo, no caso do SC. Nas parcelas com SPD, foi semeado milheto antes da semeadura da soja.
Tabela 1. Sistemas de manejo de solo e espécies vegetais que serão cultivadas no período de Verão, Primavera do Leste - MT.
Anos Tratamentos1
1-2004/05 2-2005/06 3- 2006/07
1- SC-SR ALGODÃO ALGODÃO ALGODÃO
2- SC-CR1 ALGODÃO SOJA ALGODÃO
3- SC-CR2 SOJA SOJA ALGODÃO
4- SPD SOJA MILHO ALGODÃO
OBS:1- SR – sistema convencional sem rotação de culturas; CR1 – sistema convencional com rotação anual;
SC-CR2 – sistema convencional com rotação bianual; 4- SPD – sistema plantio direto.
O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso em parcelas subdivididas e quatro repetições, sendo as parcelas constituídas pelos sistemas de manejo do solo e as subparcelas por cultivares das espécies estudadas. A área das parcelas experimentais foi de 390 m2 (10 x 39 m) e
as subparcelas 100 m2 (10 x 10 m). O experimento foi implantado na área experimental da Fundação
Centro Oeste / Embrapa, em Primavera do Leste, MT.
As cultivares de algodoeiro utilizadas foram a BRS Cedro, a BRS Jatobá e a BRS Araçá. As de soja foram às utilizadas pelos produtores da região dando-se preferência para as de ciclo precoce para proporcionar condições de semear o milho “safrinha + braquiária” até o final da primeira quinzena de março. Os híbridos de milho foram àqueles recomendados e utilizados na região.
As avaliações da severidade da mancha de ramulária e da ramulose na cultura do algodoeiro foram realizadas atribuindo notas às plantas das duas linhas centrais de cada parcela, conforme Tabelas 2 e 3.
Tabela 2. Escala de avaliação para o índice de incidência e severidade dos sintomas da mancha ramulária do algodoeiro, safra 2006/2007, Primavera do Leste – MT.
Nota Descrição
1 Planta sem sintomas
2 Planta com até 5% de área foliar infectada, sem incidência no terço médio 3 Planta com 5 a 25% de área foliar infectada, com incidência no terço médio 4 Planta com 25 a 50% de área foliar infectada e incidência no terço superior
5 Planta com área foliar infectada acima de 50%, incidência no terço superior e queda de folhas no terço inferior.
Fonte: Chitarra et al., 2005.
Tabela 3. Escala de avaliação para o índice de incidência e severidade dos sintomas da ramulose do algodoeiro, safra 2006/2007, Primavera do Leste – MT.
Nota Descrição
1 Planta sem sintomas
2 Planta com folhas do ponteiro apresentando manchas necrosadas pequenas (manchas estreladas)
3 Planta com redução dos internódios no ponteiro, além das manchas pequenas
4 Planta com superbrotamento no ponteiro, além das manchas, mas sem redução acentuada do porte
5 Planta com superbrotamento, manchas e redução acentuada do porte.
Fonte: Iamamoto, 2003.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Após 3 anos avaliando a severidade da mancha de ramulária e ramulose nas diferentes fases de cultivo do algodoeiro nos diferentes sistemas de produção, observa-se que houve diferença significativa em relação a severidade da mancha de ramulária em todas as fases avaliadas, segundo o teste F . Houve também efeito significativo em relação às cultivares testadas, exceto na primeira avaliação, ao passo que a interação sistema x cultivar foi significativa somente na primeira avaliação. Os sistemas de produção e a interação sistema x cultivar em relação à severidade da ramulose não foram significativos, no entanto, o efeito das cultivares foi significativo, segundo o teste F (Tab. 4).
Tabela 4. Resumo das análises de variância da severidade da mancha de ramulária e ramulose nas diferentes fases da cultura do algodoeiro, nas cultivares BRS Araçá, BRS Cedro e BRS Jatobá, nos sistemas de produção convencional e direto, e interação sistema x cultivar, safra 2006/2007, Primavera do Leste – MT.
Quadrados Médios Ramulária
Avaliação 1 Avaliação 2 Avaliação 3 Avaliação 4
Sistema 0,118 * 0,150** 0,328** 0,490**
Cultivar 0,025ns 0,750** 1,785** 0,910**
Sistema x Cultivar 1,148** 0,036ns 0,025ns 0,040ns
Ramulose
Avaliação 1 Avaliação 2 Avaliação 3 Avaliação 4
Sistema 0,080ns 0,133ns 0,119ns 0,446ns
Cultivar 0,420* 1,036** 1,540** 3,027**
Sistema x Cultivar 0,080ns 0,120ns 0,080ns 0,134ns
**,*, ns significativo a 5% e 1% e não significativo, respectivamente, pelo teste F.
A severidade da mancha de ramulária nas diferentes fases de cultivo do algodoeiro foi maior nas plantas dos tratamentos dos sistemas convencional sem rotação de culturas (SC-SR) e sistema convencional com rotação anual de culturas (SC-CR1), diferindo significativamente do SPD nas avaliações 2, 3 e 4, pelo teste de Duncan a 5%. A severidade da mancha de ramulária no sistema convencional com rotação bianual (SC-CR2) não diferiu significativamente do SPD nas 4 avaliações realizadas, mas diferiu na segunda avaliação do SC-SR e SC-CR1, segundo o teste de Duncan a 5% de significância. A maior severidade da mancha de ramulária foi constatada na cultivar BRS Cedro, diferindo da BRS Jatobá, exceto na primeira avaliação, e da BRS Araçá, exceto na primeira e na quarta avaliação (Tab. 5).
Tabela 5. Severidade da mancha de ramulária do algodoeiro nas cultivares BRS Araçá, BRS Cedro e BRS Jatobá, nas diferentes fases da cultura do algodoeiro, nos sistemas de produção convencional e plantio direto, safra 2006/2007, Primavera do Leste – MT.
Sistema1 Ramulária
Avaliação 1 Avaliação 2 Avaliação 3 Avaliação 4
1- SC-SR 1,75 a 2,60 a 3,06 a 3,37 a 2- SC-CR1 1,79 a 2,58 a 3,00 a 3,41 a 3- SC-CR2 1,79 a 2,50 b 2,87 ab 3,16 ab 4- SPD 1,58 a 2,35 b 2,68 b 2,97 b Cultivar BRS Araçá 1,76 a 2,45 b 2,79 b 3,10 b BRS Jatobá 1,68 a 2,32 c 2,64 c 2,96 b BRS Cedro 1,73 a 2,75 a 3,28 a 3,62 a
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si, segundo o teste de Duncan a 5% de significância. OBS:1- SR – sistema convencional sem rotação de culturas; CR1 – sistema convencional com rotação anual;
SC-CR2 – sistema convencional com rotação bianual; 4- SPD – sistema plantio direto.
A severidade da ramulose nas plantas de algodoeiro nos diferentes sistemas de produção não foi significativa, pelo teste de Duncan a 5%. Em relação às cultivares, a BRS Cedro foi a mais suscetível, diferindo estatisticamente da BRS Jatobá nas 4 avaliações e da BRS Araçá nas avaliações 1, 2 e 3.
Tabela 6. Severidade da ramulose do algodoeiro nas cultivares BRS Araçá, BRS Cedro e BRS Jatobá, nas diferentes fases da cultura do algodoeiro, nos sistemas de produção convencional e plantio direto, safra 2006/2007, Primavera do Leste – MT.
Sistema1 Ramulose
Avaliação 1 Avaliação 2 Avaliação 3 Avaliação 4
1- SC-SR 1,16 a 1,22 a 1,25 a 1,43 a 2- SC-CR1 1,02 a 1,25 a 1,29 a 1,62 a 3- SC-CR2 1,16 a 1,20 a 1,33 a 1,60 a 4- SPD 1,02 a 1,02 a 1,10 a 1,20 a Cultivar BRS Araçá 1,00 b 1,06 b 1,14 b 1,54 a BRS Jatobá 1,00 b 1,00 b 1,00 b 1,00 b BRS Cedro 1,28 a 1,46 a 1,59 a 1,85 a
Médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem entre si, segundo o teste de Duncan a 5% de significância. OBS:1- SR – sistema convencional sem rotação de culturas; CR1 – sistema convencional com rotação anual;
SC-CR2 – sistema convencional com rotação bianual; 4- SPD – sistema plantio direto.
Segundo Paiva et al. (2001), a ramulária ocorre com maior abrangência e intensidade em áreas onde se cultiva algodão sem utilizar a prática da rotação de culturas. Neste ensaio, a menor severidade da mancha de ramulária ocorreu no SPD, no qual foi utilizado a rotação de culturas, o não revolvimento do solo e o plantio na palha.
Entre as cultivares utilizadas neste ensaio, observa-se que a BRS Cedro é mais suscetível à mancha de ramulária e ramulose, seguida pela BRS Araçá e BRS Jatobá. Segundo Cia e Salgado (1997), para o controle efetivo de doenças é importante à utilização de cultivares com algum nível de resistência, a prática de rotação de culturas e adubação equilibrada. Portanto, a escolha da cultivar também é importante dentro do sistema de produção a ser utilizado.
CONCLUSÕES
A severidade da mancha de ramulária do algodoeiro foi menor no Sistema Plantio Direto seguido do Sistema Convencional com Rotação Bianual de Culturas. Em relação à ramulose, não houve diferença entre os sistemas de produção estudados até o momento. Entre as cultivares, a BRS Cedro é mais suscetível à mancha de ramulária e ramulose, seguida da BRS Araçá e BRS Jatobá.
CONTRIBUIÇÃO PRÁTICA E CIENTÍFICA DO TRABALHO
Uma das alternativas para a redução da severidade da mancha de ramulária no algodoeiro é o uso de sistemas de produção envolvendo a rotação de culturas. Segundo Bradley (2001), estes sistemas trazem benefícios como à redução do número de operações, economia de tempo, menor investimento em maquinário, menor custo operacional de máquinas, aumento do teor de matéria orgânica do solo, e ainda reduz a compactação do solo, melhora a infiltração e reduz a evaporação. Além destes benefícios, este estudo também demonstrou a menor severidade da mancha de ramulária neste sistema de produção.
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