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Transcrição da Teleconferência Resultados do 4T15 Vanguarda Agro (VAGR3 BZ) 24 de Março de 2016

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Operadora:

Bom dia. Sejam bem-vindos à teleconferência da Vanguarda Agro sobre os resultados do 4T15. Estão presentes conosco hoje o Sr. Arlindo de Azevedo Moura, Diretor Presidente da Vanguarda Agro e o Sr. Cristiano Soares Rodrigues, Diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Vanguarda Agro.

Informamos que a apresentação será gravada e que todos os participantes estarão apenas ouvindo a teleconferência durante a apresentação da Empresa. Em seguida, iniciaremos a sessão de perguntas e respostas, quando mais instruções serão fornecidas. Caso alguém necessite de assistência durante a conferência, por favor, chame o operador digitando asterisco zero.

Antes de prosseguir, gostaríamos de esclarecer que eventuais declarações que possam ser feitas durante essa teleconferência, relativas às perspectivas de negócios, projeções e metas operacionais e financeiras da Vanguarda Agro, constituem-se em crenças e premissas da diretoria da Companhia, bem como em informações atualmente disponíveis. Elas envolvem riscos e incertezas, pois se referem a eventos futuros e, portanto, dependem de circunstâncias que podem ou não ocorrer. Alterações na política macroeconômica ou na legislação, e outros fatores operacionais, podem afetar o desempenho futuro da Vanguarda Agro e conduzir a resultados que diferem, materialmente, daqueles expressos em tais considerações futuras.

Agora, gostaríamos de passar a palavra ao Sr. Arlindo de Azevedo Moura, que iniciará a apresentação. Por favor, Sr. Arlindo, pode prosseguir.

Arlindo de Azevedo Moura:

Nosso bom dia a todos. É uma alegria estar na presença dos senhores. Nós vamos iniciar a nossa apresentação comentando um pouco o comportamento do mercado e do USD em 2015. Tivemos um ano muito volátil tanto para o USD quanto para commodities. E durante o ano de 2015, tivemos uma alta desvalorização do nosso Real em 47%. Por sua vez, em 2015, a soja teve uma queda de 14,5%, o algodão teve uma alta de 5%, e o milho teve uma queda de 9,6% no seu preço. Esse é o cenário das nossas commodities durante o ano.

Com relação à nossa eficiência e excelência operacional, continuamos, a exemplo dos dois anos anteriores, trabalhando com bastante afinco para melhorar isso. Temos muitas coisas já reconhecidas. Eu vou destacar algumas delas. Uma delas foi o aumento da capacidade do plantio e maneiras de colher, tem 33%, a redução da idade média dos nossos maquinários, de 10,8 anos em 2012, quando entramos em janeiro de 2013, para 9,5 anos em 2015. Foi uma evolução boa, não talvez a que gostaríamos de fazer, mas a que nos permitiu fazer.

Melhor qualidade do solo, isso já reflete exatamente no aumento de mais de 20% da produtividade da Empresa comparando com a safra de 2012, não só aumentando a produtividade, mas também diminuindo o risco de quebra de safra. Tivemos também uma maior eficiência na utilização dos nossos armazéns em 112%, com diversas melhorias que fizemos na parte de transportadores, elevadores, armazenagem, secagem e limpezas de grãos

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E maior seletividade na utilização das áreas arrendadas. Desenvolvemos muitos arrendamentos com baixo potencial de produtividade e isso também nos ajudou a aumentar nossa produtividade por hectare.

Com relação à cultura organizacional da Empresa, houve uma criação de uma cultura organizacional mais enxuta. Melhora de 14% no índice de hectares por colaborador. É um índice importante porque reflete exatamente no custo e nossa Empresa tem necessariamente de ter custo baixo. Então é algo em que se trabalhou com muito afinco durante os três anos e hoje já temos resultados muito bons. Somos talvez a melhor empresa hoje com relação hectares por funcionário.

Redução de 50% do número de gerentes. Dos 32 que existiam, hoje temos 16, muito melhor preparados. Desses 16, muitos não estavam nos 32. Então a troca da gerência foi um número superior a 16. Redução de R$29 milhões nas despesas administrativas, gerais e de vendas.

E muitos treinamentos para capacitação dos colaboradores e gerentes. Todos os nossos gerentes receberam treinamento de desenvolvimento, como os nossos coordenadores e pessoal operacional. Hoje nenhum funcionário entra em uma fazenda ou em cima de uma máquina, sem receber o devido treinamento.

Com relação a governança corporativa e controles, também trabalhamos com bastante afinco. Foram criados diversos comitês, um deles é o comitê estratégico e financeiro, o outro é o comitê de gente e auditoria, e o outro é o comitê de risco. Cada um desses comitês tem um membro independente que é especialista de mercado, além de conselheiros e diretores.

Criamos durante o período um código de ética e conduta. E também abrimos um canal terceirizado onde cada funcionário tem o direito de usá-lo quando achar que deve, sem que a Empresa tenha conhecimento de quem eventualmente tenha feito a denúncia. Nós recebemos só os motivos da denúncia, mas não sabemos quem fez.

Nossa auditoria, já há mais de cinco anos, tem sido feita pela Price. Em função de legislação de 2017 terá de ser trocada, mas para 2016, nós já confirmamos, eles vão continuar fazendo a auditoria.

Mapeamento de processos com indicadores de performance monitorados pela equipe de gestão. É algo também que se trabalhou muito. Praticamente hoje todas as nossas atividades tanto administrativas quanto de campo estão com os processos devidamente mapeados e com os indicadores de performance definidos para serem acompanhados. Eu vou falar um pouquinho de alguns indicadores. O primeiro que eu vou falar é a nossa participação em diversos estados. Nós participávamos de cinco estados: Mato Grosso, Bahia, Piauí, Minas Gerais e Goiás. Nesse momento estamos atuando em dois estados, Mato Grosso e Bahia, sendo que a Bahia, como já comentei em outras reuniões, na medida em que os contratos estão vencendo, nós estamos fazendo a devolução das áreas.

Com respeito à área própria, nós temos a mesma área de 2012 e 2013, 89,3 mil hectares. Em áreas de arrendamento, dos 181,3 mil hectares, hoje temos 89 mil hectares. Ou seja, uma redução de 51%, que corresponde a 92,3 mil hectares, que são áreas que não tinham potencial e produtividade agrícola que nós esperamos que a Companhia tenha.

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A área plantada, em função da área arrendada, também caiu de 308 mil hectares para 200 mil hectares, uma redução de 35%. A agricultura de precisão, que eu reputo como algo necessário e importante para o aumento da produtividade e redução de custo da Empresa, nós dobramos. Saímos de 10,4 mil para 20,3 mil hectares. Um crescimento de 95%. E imagino que em cinco anos, nós vamos chegar a um número muito próximo de 100%.

Temos a equipe hoje própria, dentro de casa, preparada para continuar esse trabalho. O desfrute do solo, que é a utilização da segunda safra, nós saímos de 45% para 75%, ou seja um aumento de utilização do solo de 67%. Isso nos permite a diluir os custos, principalmente de arrendamento e também de correção de solo, enfim, porque usamos a mesma área plantando duas vezes: planta soja, e depois planta milho ou algodão. As despesas gerais e administrativas de vendas, como eu já tinha comentado, uma redução de R$28,9 milhões, uma redução de 34%. E ainda continuamos trabalhando, sempre temos oportunidade de fazermos alguma melhoria. Mas já é um número bastante significativo.

Os hectares por colaborador, que eu já tinha comentado, aumento de 14%. Nós saímos de 146 hectares por colaborador para 167 hectares. Esse número, com certeza, se não é o maior das empresas do nosso segmento, ele é um dos maiores. Capacidade de plantio teve um crescimento de 33%. Dias efetivos de plantio baixou de 60 para 40. Isso é muito importante, porque essa redução de 20 dias na janela de plantio permite fazer esse plantio na melhor janela disponível.

A capacidade de colheita também reduzimos de 75 dias para 51, uma melhoria de 32%. Também porque a soja, para vocês terem uma ideia, que colhemos ali em janeiro e fevereiro, nós colhemos com peso 180 gramas por semente. E estamos colhendo em março com 120 gramas por semente. Por que isso ocorre? É o efeito da chuva e o sol. E o grão vai perdendo um pouco do seu peso.

Então, é produtividade que vamos perdendo. Essa redução da necessidade de dias efetivos para colheita é muito importante e ainda vamos continuar trabalhando em cima disso.

Polinizações, também baixamos de 29 dias para 15, uma melhoria de 48%. Aqui houve alguns investimentos que são a aquisição de novos polinizadores, também de três aviões, para fazer a melhoria desse indicador.

Armazenagem estática, nós saímos de 0,65 toneladas por hectares para 1,38 toneladas por hectares, uma melhoria de 112%. Com isso praticamente esse ano, nós não entregamos, exceto a Bahia, nenhum grão direto da lavoura para o cliente, onde tem um desconto de impureza e umidade maior do que normalmente ele tem. Hoje toda a nossa soja do Mato Grosso passa por um armazém de nossa propriedade, exceto a Bahia que não temos.

A capacidade de secagem saiu de 680 toneladas/hora para 1.090 toneladas/hora, uma melhoria de 60%, também uma forma de ajudar a melhorar a efetividade da colheita. Porque muitas vezes a colheita tinha de parar porque o secador não dava o vencimento. Quando colhemos o grão muito úmido, ele necessariamente tem de passar por secagem para depois ir para o armazém.

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A capacidade de expedição, que é algo importante também para nós recebermos e embarcarmos grãos no mesmo dia, aumentou de 600 toneladas/hora para 1.250 toneladas/hora. Dobramos essa capacidade. Aqui os investimentos maiores foram feitos em melhorias na parte de transportadores e elevadores. Não foram investimentos tão elevados, foi só melhoria do processo.

Com relação à produtividade, podemos olhar na folha cinco, a soja nós tínhamos na safra 2012/2013, um histórico de colheita de 46,3 sacos, contra o histórico do estado do Mato Grosso de 49,8. Já na safra 2013/2014, nós subimos para 49 sacos, mas o estado do Mato Grosso ainda era maior do que a nossa produtividade. A média do estado tinha sido de 51,9. Na safra 2014/2015, nós demos um salto. Saímos dos 49 para os 54,4. E o estado do Mato Grosso permaneceu na média de 51,9.

Na safra 2015/2016, esses números ainda não são fechados, nem os nossos, nem o do estado. Mas imaginamos fechar no Estado do Mato Grosso com 53,1 sacos, e o estado, muito embora vinha trabalhando com 50,5, teve uma alteração na última semana para 51,6. Eu sinceramente tenho dúvidas desse número, mas tomara que seja.

O que ocorreu para cairmos de 54,4 para 53,1, sendo que nossa meta era 55? Nós tivemos muita dificuldade no plantio. No mês de outubro, paramos o plantio por três semanas. A chuva chegou no fim de setembro, iniciamos o plantio. E depois de três semanas, tivemos de parar porque pararam as chuvas e com isso, o solo ficou muito seco e aquilo que estava plantado em setembro, infelizmente a produtividade foi muito baixa. Essa soja colhida em janeiro, que tinha sido o plantio de fim de setembro, colhemos em torno de 26, 27 sacos. E isso trouxe nossa média um pouco para baixo. Também agora na colheita também agora na colheita, já estamos com mais de 90% colhido no Mato Grosso, tivemos dificuldade em função do excesso de chuva. Agora no início de março nós ficamos 12 dias parados em função de que todo dia choveu no Mato Grosso. Isso também prejudicou um pouco a nossa produtividade em função de que houve grãos ardidos na colheita, que pesam muito menos.

Mas ainda assim os 53,1 é uma boa média comparado com o estado e também com alguns grandes produtores que plantam em fazendas ao lado da nossa, que estão com números infelizmente abaixo disso.

Com relação ao milho, ele está plantado, nós conseguimos fazer o plantio dentro da janela ideal, e estamos prevendo uma pequena queda na produtividade, o ano passado nós fechamos com 121 sacos e estamos prevendo esse ano, 116,7. Por que estamos fazendo essa redução? A expectativa do clima é que talvez em maio não haja chuvas. Isso é o que o clima está nos indicando, as previsões estão indicando. Se isso ocorrer, nós teremos uma pequena perda de produtividade. Mas mesmo os 116 sacos por hectare já são uma produtividade bastante boa.

Se isso não ocorrer, ou houver alguma chuva na primeira quinzena de maio, esses 116 deverão ser superados. Talvez eles voltem para os 120, 121 sacos. E também a redução da média do estado do Mato Grosso é pelo mesmo motivo. O estado do Mato Grosso está prevendo uma redução de 106,9 sacos para 95,5, pelo mesmo motivo, de eventualmente faltar chuva no mês de maio.

Com relação ao algodão, da segunda safra, essa redução de produtividade que estamos prevendo é o mesmo motivo. O algodão também é plantado e precisa de chuva lá no

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fim de abril, começo de maio. Se chover, esses 250 deverão ser superados. Talvez nós voltemos para os 275. Toda a tecnologia que foi usada à época do plantio foi feita para dar os 275, mas talvez falte um pouco de chuva lá no fim do ciclo do algodão, a exemplo do milho, talvez não consigamos fazer a média do ano passado, mas os 250 já são uma média bastante boa.

Aqui eu não tenho o comparativo com a média do estado, porque ele faz a divulgação das médias do algodão de primeira safra e de segunda safra. Historicamente o algodão de segunda safra tem uma média de produtividade inferior ao algodão de primeira safra, exatamente pela falta de chuva eventualmente no fim do ciclo.

Então, eu já estou pedindo para a nossa associação do Mato Grosso tentar fazer a média separadamente, a média da primeira safra, que nós não plantamos no Mato Grosso, e a média reparada da segunda safra, para nós fazermos o comparativo. Mas o algodão foi plantado com uma boa tecnologia, excelente tecnologia, em uma boa janela de plantio, então também temos a convicção de que talvez possamos superar as 250 arrobas por hectare.

Com relação ao nosso hedge comercial, as nossas vendas na safra 2014/2015, nós já estamos com 83% da soja comercializada e 83% dela faturada. Esse número de faturamento é maior, e das vendas um pouco maior, porque os dados aqui são de dezembro.

O milho, com 64% vendido em USD, 56% já faturado, também fizemos um pouco mais do que isso, já faturou no trimestre, e em Reais, 36%, estava com 30% já embarcado. Do algodão, dos 2% que tinham sido vendidos em Reais a R$2,40 por libra/peso, já foi embarcado, e dos 98% que tinha sido vendido a US$0,66 por libra/peso, 60% já está embarcado, também esse número agora no fim do trimestre, já quase todo está embarcado. Esse 60% era lá no fim de dezembro, quando do fechamento dos nossos números.

O caroço do algodão, 77% vendido em Reais, mais 23% vendido em USD. Desses, também nós estamos com ele praticamente todo embarcado. O girassol está todo vendido, todo embarcado. E com relação à safra 2015/2016 que é a safra que colhemos, estamos finalizando a colheita da soja, nós estamos com 74% já vendida em USD, tem mais 1% vendido em Reais, então dá 75%, e o embarque começou em janeiro, então por isso está zero aqui, já tem uma boa parte que foi embarcada no 1T.

Foi vendido em um preço muito bom na época, US$10,12 por bushel, que comparado com o preço de hoje, foi realmente muito revendido. Nós conseguimos vender em uma janela muito curta, foi uma janela de uma semana, e nós fechamos bastante soja naquele período.

Com relação ao milho, nós temos 25% já vendido a R$8,34 por bushel na fazenda, e o que foi vendido em USD a US$2,05 por bushel também na fazenda. 20% foi vendido em USD, e 5% foi vendido em milho. E temos mais 7,5% de milho que está com o frete já travado, porque nós ficamos com medo que o preço do frete fosse subir, como realmente subiu, então foi travado o frete e não foi travado ainda o prêmio e Chicago, que estamos fazendo nesse momento.

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O algodão, nós estamos com 73% vendido a um preço de R$0,68 por libra/peso, também um preço muito bom vendido em uma época também que deu uma disparada no preço do algodão. Aproveitamos isso para fazer essa média de preço que hoje nós não faríamos. E esses 27% voltaremos a vender depois da colheita, a partir de julho. Você ainda tem dúvidas da qualidade do algodão que nós vamos colher. Algodão é que vende muito em função na sua qualidade.

E tem mais 6% do algodão, que já está com o basis travado, mas não está travado ainda o preço em Nova Iorque.

Com relação ao caroço, nós temos 47% já vendido, e o caroço é normal que nós vendamos muito a partir do início da colheita. E novamente, a venda é feita para o mercado interno e EVA.

Com relação à safra 2016/2017, que nós iniciaremos o plantio da soja em fim de setembro, nós já vendemos 52 mil toneladas a um preço de US$9,50 por bushel. US$9,30 mais um prêmio de US$0,20, que dá os US$9,50, e essa venda foi feita exatamente para fazer o hedge de preço sobre os fertilizantes que nós já compramos. É sempre conveniente que nós tenhamos esse hedge para não correr o risco de depois ou o fertilizante subir muito, ou cair muito, e nós não tenhamos a venda da commodity. Isso poderá influenciar o preço da commodity e nós não fizemos, então levamos equiparados esses dois índices.

Então, esses 52 mil toneladas são o valor em USD correspondente aos 90% da conta que já fizemos dos fertilizantes, da soja da próxima safra. Esse fertilizante que foi comprado com um ganho bastante expressivo, 21% menos do que comparado com o ano passado. Em alguns fertilizantes, por exemplo, KCL, foi comprado 35% abaixo. Compramos também já um pouco de glicosado, uma redução de 23% em USD se comparado com o ano passado, e lembro que no ano passado já tínhamos comprado também mais barato que no ano anterior.

Então, esse US$9,50, se comparado com os US$10,12 por bushel da safra anterior, parece que é um preço ruim. Mas não é porque deveremos ter uma queda bem significativa nos custos. Se pegarmos a necessidade de sacos por hectare para a compra de sementes, fertilizantes e defensivos, possivelmente cairá de 24,5 sacos por hectare para menos de 20, possivelmente, ou um número em torno de 20. Então, os 9,5 passam a deixar uma margem bem interessante, apesar do preço ser inferior ao do ano passado.

É isso que eu tinha para comentar, e eu vou passar para o Cristiano, que falará um pouco sobre as nossas demonstrações financeiras.

Cristiano Soares Rodrigues:

Bom dia a todos. Vamos para a página sete, para apresentar os resultados do ano de 2015 comparado com 2014 e do 4T15 comparado com o 4T14. Vou iniciar comentando basicamente sobre o ano. Aparentemente, quando você olha na última linha, no lucro do exercício, você vê um prejuízo maior do que do ano passado. Mas eu vou tentar mostrar que os números, na verdade, ocorreram algumas baixas contábeis ao longo do ano, e na prática a Companhia, isso pode ser visto no EBITDA ajustado, gerou caixa, gerou aproximadamente R$100 milhões de caixa ao longo do ano.

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Inicialmente, quando nós vemos indo para a linha de lucro bruto, a Companhia apresenta um lucro bruto de R$50 milhões. Se nós excluirmos os efeitos de hedge accounting e IFRS, que é o hedge accounting, ativos biológicos, produtos agrícolas e realização do ativo biológico no custo, esse lucro bruto seria de R$111 milhões.

Passando para a próxima linha, onde nós entramos em despesas operacionais, aqui eu acho que vale a pena chamar a atenção à redução das despesas gerais e administrativas na ordem de 8,7% no ano de 2014 para 2015, um ano em que a inflação foi superior a 10%. Então, nós conseguimos ser efetivos nas reduções, nós reduzimos 10% dos custos de TLP da Companhia.

E aqui eu chamo a atenção para a linha outras receitas, despesas operacionais, que esse ano nós apresentamos R$-35 milhões. Desses R$-35 milhões, R$-55 milhões foram baixas contábeis referentes à devolução dos arrendamentos do Piauí e da Bahia, que ocorreram no 3T15. Se eu não tivesse tido essas baixas que não tiveram efeito caixa naquele momento, seria o equivalente a nós termos R$19 milhões nessas outras receitas/despesas. E isso melhoraria o nosso resultado, consideravelmente nosso EBIT. Passando para o resultado financeiro, nós também, excluindo a conta de variação cambial, nós tivemos esse ano uma despesa financeira entre receita e despesa de R$65 milhões, e no ano de 2014 nós tivemos uma despesa de R$60 milhões. Ou seja, um aumento de um pouco menos de 10% em um momento que a dívida subiu muito mais que isso em Reais por conta do câmbio.

Esse é um impacto que fica também, o custo de endividamento também não está subindo proporcionalmente ao aumento de endividamento por conta do câmbio, e também nós estamos conseguindo controlar os custos e o endividamento.

Passando para a próxima linha, quando nós chegamos no lucro ou prejuízo do exercício, eu acho que vale a pena, quando nós comparamos com relação a 2014, nós vemos créditos no imposto de renda e contribuição social diferidos muito maiores do que no ano de 2015, e isso decorre de uma política nossa de não constituir ativos diferidos nesse momento. Nós já temos R$180 milhões, e isso não significa que nós não tenhamos direitos, que nós não temos crédito, o crédito está lá. Eu só não estou ativando ele para não correr o risco de ter que baixá-lo um dia. Nós preferimos correr o risco de creditarmos um dia, conforme a Companhia for apresentando os seus resultados. Então, foi uma política um pouco mais conservadora, de não constituir imposto de renda diferido sobre algumas despesas.

Então, a Companhia com isso apresenta, mesmo considerando esses efeitos, a Companhia apresenta um EBITDA ajustado de R$98 milhões no ano, comparado a R$79 milhões no ano anterior. Então, é um incremento considerável e isso mostra um pouco do que o Arlindo veio mostrando na apresentação anterior.

Na próxima folha nós apresentamos a evolução do EBITDA ajustado ao longo dos últimos três anos, 2013 para 2015. Nós ainda achamos que em 2016 nós temos um número melhor do que esse, que nós não podemos apresentar por conta de guidance, mas nós estamos seguindo essa evolução.

A geração de caixa operacional, acho que pode ser um dos números mais importantes aqui, é o número mais importante, a Companhia no ano de 2015 gerou caixa

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operacional, pagou, conseguiu amortizar a dívida, gerou caixa para amortizar seus compromissos.

Passando para a linha de dívida líquida, nós vimos um aumento da dívida líquida em Reais. Isso é basicamente por conta do câmbio, nós temos que lembrar que entre o ano de 2014 e o ano de 2015, o câmbio apreciou em 50%, aproximadamente. E aí por isso nós mostramos um pouco a dívida líquida convertida em USD, então se eu converter essa dívida em USD, considerando os USD de fechamento, mostra que a Companhia vem reduzindo seu endividamento em USD. Ou seja, ela está gerando caixa e conseguimos reduzir o endividamento em USD.

No próximo slide nós entramos sobre a estrutura financeira do endividamento em relação ao 3T15.

A Companhia reduziu o endividamento líquido em R$9 milhões. No final de 2015 apresentamos o balanço que mostra 89% da dívida no curto prazo e 11% no longo prazo. Isso se refere, principalmente, à quebra de convenants financeiros, que nós até já renegociamos alguns contratos, e se você olhar o pró-forma do endividamento, já considerando essas renegociações que foram feitas, isso não é renegociação definitiva, ainda vamos falar dela. Hoje, o perfil da minha dívida, ele está 51% no longo prazo e 49% no curto.

Isso foi só um primeiro estágio da renegociação, que foi o reparcelamento das parcelas de dezembro para junho. Agora a Companhia está trabalhando ativamente com o seu comitê, a administração como um todo está trabalhando ativamente para renegociar a Companhia, adequando o fluxo de dívidas, de compromissos da Companhia ao fluxo operacional.

Ou seja, o resumo disso é que nós reduzimos praticamente zero o risco de refinanciamento. A Companhia vai gerar o caixa para pagar o endividamento sem que seja necessária uma nova rolagem. A razão disso e o motivo é que não queremos correr o risco para precisar de crédito futuramente.

Estamos em uma fase inicial, nós acreditamos que nos próximos meses, dois, três meses, concluamos, nossa expectativa é até concluir antes e quando concluirmos vamos informar todos os acionistas, mas acreditamos que estamos em um bom caminho.

É isso que eu tinha para mostrar, acho que pela primeira vez os números, partindo na geração de caixa e no EBITDA, estão começando a mostrar nos resultados da Companhia, a performance operacional. Acreditamos que 2016 vai ficar mais claro, sem muitos eventos que não tenham a ver com a operação da Companhia.

Obrigado.

Catarina Pedrosa, Haitong:

Bom dia senhores. Eu tenho duas perguntas, na primeira, na parte de comercialização, eu vi em algum lugar no press release que vocês tinham segurado mais ou menos 52 mil toneladas de milho para venda futura. Eu queria entender se vocês já venderam isso, aproveitando essa alta de preços pela falta de produto no mercado doméstico ou se vocês ainda têm alguma coisa a ser vendida.

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Também, como vocês estão enxergando o final desse ano, início do ano que vem, uma vez que o USDA está vendo estoques finais de milho em seis milhos de toneladas, que é mais baixo que esse ano. Se vocês estão vendo novos apertos de mercado para milho. A segunda pergunta é em relação a hedging account. Se eu entendi bem, o grosso desse hedging account, que é o que mais afetou o resultado líquido da Empresa, foi formado em uma época quando vocês tinham mais produção porque tinham mais fazendas, ainda não havia sido devolvido uma boa parte das terras.

Com isso, esse hedge accounting talvez esteja um pouco superior ao que hoje vocês estão receitando. Vocês conseguem alterar isso e ter um prazo maior para que o resultado líquido não seja tão prejudicado?

Arlindo de Azevedo Moura:

Vou dividir as respostas, obrigado pela pergunta. Em duas, o Cristiano vai responder sobre o hedge accounting e eu vou responder sobre o milho.

Infelizmente, os nossos armazéns têm de estar vazios no início da colheita da soja, início de janeiro, fim de dezembro. Então, não temos como guardar milho para vender, eventualmente, em uma época melhor.

Tivemos um pouco de milho, sim, vendido acima de R$20, R$24, agora nos últimos dias, mas só naquelas fazendas onde tínhamos oportunidade de manter um pouco de estoque.

A grande maioria do nosso milho foi vendido durante os meses de junho, julho, agosto, setembro e outubro. Um pouco dele foi vendido em dezembro, janeiro e fevereiro, e esse, sim, pegou um preço bastante favorável.

Com relação à expectativa do milho para o próximo ano, o que temos percebido é que o nível de milho vendido para a exportação da próxima safra, da safra que está plantada agora, está muito bem vendido para exportação.

Eu imagino que o mercado interno vai ter dificuldade de manter a demanda a partir de novembro, dezembro, talvez já outubro e principalmente janeiro e fevereiro, que é quando começa a entrar o milho de primeira safra.

Possivelmente, o milho de janeiro do ano que vem vai estar com um preço bastante favorável. Nós, como falei, melhoramos um pouco as nossas armazenagens e teremos condições de talvez guardar um pouco mais de milho.

Nosso caixa, também, exige que vendamos para fazer dinheiro, mas possivelmente consigo guardar um pouco mais para vender a partir de dezembro, porque temos a expectativa que o preço possa ser mais favorável.

Cristiano Soares Rodrigues:

Respondendo a respeito do hedge accounting, nosso hedge accounting foi constituido para proteger a receita. O instrumento de hedge é a dívida para proteger a receita. Na verdade, isso não tem ligação em relação a área, mas em relação ao tamanho do meu

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faturamento, da minha receita, da minha dívida que foi alocada àquela receita. Se eu tiver a receita, o instrumento está em vigor.

Sendo objetivo, depende muito de como foi feita a renegociação. Se a minha renegociação eu conseguir aditar o instrumento de hedge accounting, posso diluir isso em períodos mais longos, porém, isso tem alguns critérios no IFRS, que é mudança do valor presente da dívida. Então, no cenário atual, estou amortizando hedge como ele está previsto. Pode ser que ele dilua um pouco ou não, depende do resultado final da renegociação que deve ocorrer em breve.

Arlindo de Azevedo Moura:

Para complementar um pouco a informação do Cristiano, com relação a sua pergunta, e mais um item além desse que o Cristiano comentou. Realmente, você pegou de uma forma verdadeira, houve uma redução de área de 35%. Mas a nossa receita praticamente se manteve igual. Nós não tivemos redução de receita. Foi muito pequena em função do aumento da produtividade. Como eu comentei, nós tivemos um aumento de produtividade de 22%. No caso do algodão, foi até superior a 22%. Então a receita acabou não caindo no mesmo percentual que teve área plantada.

Catarina Pedrosa:

Mas parte do aumento da receita é em função do câmbio também que desvalorizou 52% durante o ano, não?

Arlindo de Azevedo Moura:

Tem razão. Parte dela é isso. Mas mesmo sem esse câmbio, a receita não teria caído os 35%, porque nós aumentamos 22% a produtividade da soja e um número superior a isso, que eu não tenho em mãos agora, na produtividade do algodão.

Catarina Pedrosa:

Então, só para ver se eu entendi. Se não houver renegociação, em 2016, provavelmente o que vai afetar a receita são os R$60 milhões que estão declarados para 2016 de hedge accounting?

Cristiano Soares Rodrigues:

Sim, exatamente isso. Porque o nosso hedge é 100% efetivo. Eu entendi a sua pergunta no sentido de que se eu diminuir a área, proporcionalmente, a minha receita poderia ter reduzido e poderia ser que me hedge accounting não ficasse efetivo. No caso ele está efetivo, então, enquanto eu continuar tendo essa receita alta, o meu hedge accounting está efetivo e ele vai ocorrer esse despesamento.

Agora, isso depende do câmbio da operação. Então, por exemplo, se o câmbio que reduziu do ano passado para agora, pode reduzir esse valor dependendo do tamanho do câmbio, e da quantidade de pagamentos que eu vou ter ao longo de 2016 e também da renegociação. Então, o número que você está não é muito diferente, mas ele pode mudar dependendo muito da renegociação.

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11 Muito obrigada.

Catarina Pedrosa, Haitong:

Deixa eu aproveitar e fazer mais uma pergunta também. A sua dívida líquida EBITDA ainda está extremamente elevada. Vocês têm alguma meta de chegar em algum número daqui para frente e em quanto tempo?

Cristiano Soares Rodrigues:

Catarina, nós temos, sim. O Arlindo sempre diz que o número que consideramos adequado é sempre por volta de 2,5 e 3,5. Então temos essa meta. Esses números não chegam muito rápido, mas eles impactam muito por conta do câmbio. Eu acho muito boa sua pergunta por esse ponto. No final do ano, eu tive um ano que todo o meu EBITDA foi faturado no USD médio do ano e minha dívida toda foi marcada no USD mais no pico, que foi em dezembro de 2015.

Então, mantidos os patamares, a Companhia já está em um nível de EBITDA aquém do que queremos chegar, mas ele é bem diferente de como ele terminou 2015. É que realmente o câmbio impactou a fotografia do 4T mas não o filme de 2015. Então o nosso número que vamos chegar, entre 3,5 e 2,5, nas nossas projeções, ainda demoramos uns dois ou três anos para conseguir chegar nesses níveis.

Arlindo de Azevedo Moura:

Confirmados nossos números e orçamentos, devemos chegar no máximo em três anos nessa faixa entre 2,5 e 3.

Catarina Pedrosa:

OK. Muito obrigada.

Douglas Coelho, Haitong:

Bom dia a todos. Minha primeira pergunta é em relação às operações da Bahia e o guidance de produtividade que vocês passaram de 53 sacos por hectare. Sei que 90% da colheita da soja no Mato Grosso já foi feita. Mas temos visto mais notícias ainda em relação aos problemas climáticos que a Bahia tem. Eu queria saber se vocês têm alguma expectativa desse guidance. Ele pode ser reduzido conforme mais áreas forem colhidas na Bahia? E qual a expectativa de vocês em relação aos arrendamentos nessa área?

Arlindo de Azevedo Moura:

Com relação à Bahia, eu já tinha comentado que a estratégia que nós vínhamos trabalhando é que à medida que os contratos fossem vencendo, nós não faríamos as renovações. E algumas áreas que tinham as condições piores do que nossa média, nós já tínhamos feito algumas negociações e devolvido.

Em 2012, a Empresa plantava 27 mil hectares na Bahia, hoje planta aproximadamente 11 mil. Tem alguns contratos entrando esse ano. Tem outros que nós estamos buscando

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os proprietários para eventualmente antecipar as negociações. Mas ainda é prematuro dizermos que saímos esse ano ou ano que vem.

Mas a estratégia é essa: com o tempo sair. Com relação à produtividade, esse ano nós não plantamos algodão na Bahia. Exatamente porque para plantar algodão, eu teria de fazer algumas correções, que o algodão exige um solo um pouco mais corrigido, nós optamos por plantar soja. Até em função dessa estratégia de ir saindo. A soja que nós iniciamos a colheita na quarta feira, ontem, e ainda não temos talhões fechados. Mas essa primeira colheita vai ser como foi no Mato Grosso, com uma produtividade muito baixa. Por outro lado, nós temos uma soja muito boa na Bahia, que foi plantada lá em dezembro e que pegou uma época boa de chuva. Só sofreu um pouco agora recentemente, há 3 semanas. Então imaginamos que a Bahia possa ficar em um patamar de 50 sacos. Esse é um número que é ainda prematuro para se afirmar, mas é a expectativa que temos.

Douglas Coelho:

OK, obrigado.

Operadora:

Não havendo mais perguntas, a sessão de perguntas e respostas está encerrada. Passamos agora a palavra o Sr. Arlindo de Azevedo Moura, para suas considerações Finais.

Arlindo de Azevedo Moura:

Queremos agradecer a participação dos nossos participantes da apresentação do resultado do 4T da Vanguarda Agro. E queria dizer que continuamos otimistas no encaminhamento das soluções da Empresa, tanto em relação à melhoria operacional, que já temos números muito interessantes para serem mostrados, bem como na parte financeira, onde já estamos trabalhando com bastante afinco, e dentro de alguns meses com certeza teremos novidades nesse sentido.

E como falou o Cristiano, a nossa ideia é que façamos uma negociação dentro da capacidade de pagamento da Empresa, e não fazer uma negociação de dois anos, um ano e meio e daqui a um ano e meio, voltar a discutir. Queremos fazer uma discussão final e definitiva, e buscar no futuro equilibrar a nossa Empresa tanto na parte operacional quanto na parte financeira. E aí sim, teremos uma Empresa modelo. Então, nosso obrigado a todos.

Operadora:

Obrigada, a teleconferência dos resultados do 4T15 da Vanguarda Agro está encerrada. Por favor, desconectem suas linhas agora.

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“Este documento é uma transcrição produzida pela MZ. A MZ faz o possível para garantir a qualidade (atual, precisa e completa) da transcrição. Entretanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais falhas, já que o texto depende da qualidade do áudio e da clareza discursiva dos palestrantes. Portanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais danos ou prejuízos que possam surgir com o uso, acesso, segurança, manutenção, distribuição e/ou transmissão desta transcrição. Este documento é uma transcrição simples e não reflete nenhuma opinião de investimento da MZ. Todo o conteúdo deste documento é de responsabilidade total e exclusiva da empresa que realizou o evento transcrito pela MZ. Por favor, consulte o website de relações com investidor (e/ou institucional) da respectiva companhia para mais condições e termos importantes e específicos relacionados ao uso desta transcrição”

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