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IX Edição do Prêmio Prefeito Empreendedor Projeto nº: /2015

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Academic year: 2021

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IX Edição do Prêmio Prefeito Empreendedor

Projeto nº: 2. 431560/2015

 

Município:

Rio Grande

UF:

RS

Prefeito:

ALEXANDRE DUARTE LINDENMEYER

Orçamento total da Prefeitura:

R$ 720.605.007,01

Qtd. Emp. Form. ME, EPP:

3.653

Qtd. Emp. Form. MEI:

689

Estimativa de Emp. Informais:

  TÍTULO DO PROJETO

RIO GRANDE POLO PESQUEIRO: PESCANDO DESAFIOS

  Categoria Pequenos Negócios no Campo   SETOR BENEFICIADO PELO PROJETO

Setor Econômico SetorEmp. BeneficiadasEmp. do Setor % Estimativa Emp. Inform. Setor Emp. Informais Beneficiadas % Inv. médio / empresa Agricultura, Pecuária, Produção Florestal, Pesca E Aqüicultura 40 40 100 60 0 INFORMAÇÕES ADICIONAIS: Fortalecer setor da pesca artesanal, atendendo diretamente as famílias de pescadores artesanais já organizados através de associações e cooperativas, buscando a inclusão de novas famílias nesse processo.   RECURSOS

Natureza Recurso Rec. Financeiro (R$) % Econômico (R$) % Total(R$) %

Parceiros 169.980,70 61,35 95.000,00 49,00 264.980,70 56,13 Prefeitura 107.102,18 38,65 100.000,00 51,00 207.102,18 43,87 TOTAL 277.082,88 100,00 195.000,00 100,00 472.082,88 100,00   APLICAÇÕES / DESPESAS Natureza da Despesa Rec. Financeiros Próprios/R$ % Rec. Econômicos Próprios/R$ % Rec. Financeiros Parceiros/R$ % Rec. Econômicos Parceiros/R$ % Total Outros 0,00 0 0,00 0 169.980,70100 0,00 0 169.980,70 Consultoria 0,00 0 0,00 0 0,00 0 50.000,00100 50.000,00 Outros 107.102,18100 0,00 0 0,00 0 0,00 0 107.102,18 Consultoria 0,00 0 0,00 0 0,00 0 45.000,00100 45.000,00 Outros 0,00 0 100.000,00100 0,00 0 0,00 0 100.000,00   EQUIPE RESPONSÁVEL PELO PROJETO

Nome Cargo Telefone E­Mail

Maria Odete da Rosa

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Objetivos do projeto

A  Prefeitura  Municipal  do  Rio  Grande  está  articulada  diretamente  com  os  atores  sociais  da  pesca  e instituições  parceiras,  como  a  Empresa  Assistência  Técnica  e  Extensão  Rural/RS,  a  Universidade Federal do Rio Grande, e demais Órgãos Estaduais e Federais. Através desta rede interinstitucional, a Secretaria de Município da Pesca promove a execução e avaliação de medidas, programas e projetos de  apoio  ao  desenvolvimento  da  pesca  artesanal,  bem  como  de  ações  voltadas  à  implantação  da infraestrutura  de  apoio  à  produção  e  comercialização  do  pescado  e  do  fomento  à  pesca  e  à aquicultura.

 

         No que se refere ao desenvolvimento da política territorial para as comunidades tradicionais da pesca artesanal, público foco deste projeto, propõe­se o desenvolvimento da cadeia produtiva através de  políticas  públicas  voltadas  para  geração  de  trabalho  e  renda,  sustentabilidade  socioambiental  e fortalecimento  da  identidade  histórica  e  cultural  das  comunidades  tradicionais  de  pescadores artesanais.

1.1.Objetivo Geral

       Fomentar a organização da pesca artesanal nos seus aspectos de produção e processamento do  pescado,  visando  sua  maior  inserção  no  mercado,  tanto  particular  como  institucional  e, consequentemente, a melhoria da renda familiar dos pescadores artesanais.  

1.2.Objetivo Específico

Fortalecer a rede de comercialização do pescado no Município, através do apoio aos empreendimentos coletivos de beneficiamento, estocagem, transporte e comercialização de pescado; Promover o licenciamento ambiental e sanitário; Capacitar grupos para melhoria da qualidade dos produtos e o aperfeiçoamento da auto­ organização; Implantar boas práticas de produção e manipulação do pescado;  Estimular o papel da mulher na cadeia produtiva da pesca artesanal; Inserir o consumo de pescado artesanal na merenda escolar na rede pública municipal; Apoiar o desenvolvimento de cooperativas, colônias e sindicatos de pescadores artesanais, a fim de diminuir a dependência de intermediadores no processo de comercialização; Produzir produtos de maior aceitabilidade com máximo de valor agregado, logo maior geração de renda; Captar novas famílias nesse processo. Surgimento da ideia       A Prefeitura Municipal do Rio Grande criou a Secretaria de Município da Pesca pela lei 6.057 de 11 de fevereiro de 2005, tendo esta “[...] por finalidade principal o fomento, a articulação, a promoção e a execução das políticas públicas municipais relativas às atividades da pesca no Município”, conforme art. 47 da Lei 7265.

       A  pesca  artesanal  no  Município  de  Rio  Grande/RS  configura­se  como  uma  das  atividades econômicas mais antigas do Município. Registra­se aproximadamente 2.750 pescadores e pescadoras

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cadastrados no Registro Geral da Pesca, mantido pelo Ministério da Pesca e da Aquicultura (MPA); na organização  da  cadeia  produtiva.  Estas  residem  em  nove  comunidades  localizadas  às  margens  do estuário da Laguna dos Patos, Lagoa Mirim, Lagoa Mangueira e Praia do Cassino.

O maior problema para as comunidades pesqueiras está relacionado com a comercialização do pescado,  consequentemente,  com  a  renda  final  obtida  através  do  produto  da  pescaria.  Isto  ocorre devido  à  constante  necessidade  de  manutenção  dos  materiais  utilizados  na  atividade  pesqueira (petrechos de pesca, gelo, manutenção da embarcação e do motor, combustível, etc.), por este motivo o papel do intermediário surge como garantia de venda e auxílio na manutenção do equipamento. As dívidas  adquiridas  mantêm  a  relação  de  dependência  e  exploração  existente  entre  o  intermediário (atravessador)  e  o  pescador,  fazendo  com  que  este  fique  com  o  compromisso  de  entregar  sua produção.

Outro fator que desestimula a melhoria do preço pago ao pescador é a ausência de agregação de valor ao pescado, a qual poderia ser feita através da transformação do pescado bruto, por meio de filetagem,  defumação,  cozimento.  Contudo,  isto  exige  um  investimento  e  a  grande  maioria  dos pescadores artesanais não possui condições para tal. Assim, a Prefeitura Municipal do Rio Grande, a FURG  (Universidade  Federal  do  Rio  Grande)  e  o  Governo  Estadual,  através  da  Secretaria  de Desenvolvimento  Rural  e  Cooperativismo,  tem  avançado  através  do  projeto  Rio  Grande  Polo Pesqueiro incentivando e fomentando a organização, melhorando a infraestrutura e trabalhando ações formativas  no  acesso  às  políticas  públicas  e  aos  direitos  fundamentais. A  intencionalidade  do  Poder Público é construir um projeto popular da pesca artesanal com o protagonismo dos sujeitos pescadores e contribuir para as transformações mais amplas das relações sociais e produtivas da sociedade.  

Solução proposta

Para alcançar o objetivo do projeto, a Prefeitura Municipal de Rio Grande – RS oficializou em 2010  o  Plano  de  Segurança  Alimentar  e  Nutricional  Sustentável,  que  propõe  um  planejamento  de ações  públicas  e  privadas  visando  o  combate  à  fome  e  ao  desperdício,  buscando  soluções  de abastecimento  alimentar,  em  especial  à  população  menos  assistida.  O  PSANS  executa  ações específicas no que tange o diagnóstico da situação de insegurança alimentar no Município: Plano de Produção e Abastecimento Alimentar; Merenda Escolar; Agricultura Familiar; e Banco de Alimentos.

As soluções se expressaram com o fortalecimento da cadeia produtiva da pesca com foco nas comunidades  pesqueiras  artesanais.  As  ações  se  desenvolveram  em  parceira  com  a  FURG (Universidade  Federal  do  Rio  Grande),  através  do  Núcleo  de  Desenvolvimento  Social  e  Econômico (NUDESE), que presta assessoria técnica à iniciativa de cooperativismo e associativismo. No período compreendido entre 2012­2014, o NUDESE foi parte do convênio que concedeu aporte financeiro e econômico à comercialização direta da Cooperativa de Pescadores da Vila São Miguel (COOPESMI), numa articulação com o Ministério da Pesca e Aquicultura (atualmente extinto), para utilização de um caminhão  equipado  para  a  venda  de  pescados  nas  feiras  livres  do  Município.  No  ano  de  2015,  o convênio  passou  a  acontecer  diretamente  entre  Prefeitura  e  COOPESMI  com  a  permanência  da utilização do Caminhão Feira/Peixe que é cedido pelo Governo Federal e administrado pela Prefeitura Municipal,  a  qual  fornece  a  manutenção  e  apoio  logístico,  disponibilizando  inclusive  o  motorista habilitado.

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com as demais ações no setor pesqueiro, por exemplo, a reconstrução de 12 trapiches para melhoria da infraestrutura e do desembarque pesqueiro nas comunidades pesqueiras. Também há um projeto denominado  “Formação  de Agentes  Comunitários  da  Pesca”,  o  qual  promove  seminários,  oficinas  e outros  modos  de  discussão  e  reflexão  acerca  da  situação  da  pesca  no  Brasil  e  das  mudanças  nas políticas  de  atendimento  ao  pescador  e  às  pescadoras.  Existe  a  preocupação  em  aprofundar  temas com recorte de gênero, como buscar entender a condição feminina na pesca assim como preparar as lideranças  para  o  acesso  aos  seus  direitos.  A  reforma  dos  trapiches  e  a  formação  das  agentes comunitárias  são  promovidas  através  de  um  convênio  específico  com  a  SDR­RS  (Secretaria  de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo do RS).

No contexto da comercialização, há uma preocupação com a qualidade dos produtos, prevendo a viabilidade de uma certificação da pesca artesanal para maior valorização do produto, para tanto, as condições sanitárias são plenamente atendidas. A seriedade com a segurança alimentar e o incentivo ao consumo do pescado através da inserção do peixe na merenda escolar, desenvolvendo um trabalho intenso  junto  às  escolas  do  Município,  visa  levar  esclarecimentos  e  convencimento  às  direções  das escolas  e  das  merendeiras  acerca  da  importância  dessa  proteína  no  cardápio  da  merenda. Atualmente,  a  COOPESMI  atende  as  24  (vinte  e  quatro)  escolas  municipais,  em  pleno desenvolvimento  do  programa. A  direção  da  COOPESMI  juntamente  com  assessorias  da  Prefeitura participaram  das  discussões  na  Conferência  Estadual  de  Segurança  Alimentar  e  fazem  parte  do Conselho Municipal (CONSEA).

A  participação  e  apoio  no  Fórum  da  Lagoa  dos  Patos  e  CONGAPES  (Conselho  Gaúcho  da Pesca), valorização das iniciativas populares e da identidade pesqueira no fazer das festas populares do  Município,  como  a  tradicional  Festa  do  Mar,  são  mais  exemplos  da  pluralidade  de  ações  que  o programa Rio Grande Polo Pesqueiro possui.  As soluções se expressaram com o fortalecimento da cadeia  produtiva  da  pesca  com  foco  nas  comunidades  pesqueiras  artesanais.  As  ações  se desenvolveram em parceira com a FURG (Universidade Federal do Rio Grande), através do Núcleo de  Desenvolvimento  Social  e  Econômico  (NUDESE),  que  presta  assessoria  técnica  à  iniciativa  de cooperativismo e associativismo. No período compreendido entre 2012­1014, o NUDESE foi parte do convênio  que  concedeu  aporte  financeiro  e  econômico  à  comercialização  direta  da  Cooperativa  de Pescadores  da  Vila  São  Miguel  (COOPESMI),  numa  articulação  com  o  Ministério  da  Pesca  e Aquicultura (atualmente extinto), para utilização de um caminhão equipado para a venda de pescados nas  feiras  livres  do  Município.  No  ano  de  2015,  o  convênio  passou  a  acontecer  diretamente  entre Prefeitura e COOPESMI com a permanência da utilização do Caminhão Feira/Peixe que é cedido pelo Governo  Federal  e  administrado  pela  Prefeitura  Municipal,  a  qual  fornece  a  manutenção  e  apoio logístico, disponibilizando inclusive o motorista habilitado.

 

Resumo da situação antes da implantação do Projeto (cenário anterior).

No Município de Rio Grande/RS registra­se aproximadamente 2.750 pescadores e pescadoras cadastrados no Registro Geral da Pesca, mantido pelo Ministério da Pesca e da Aquicultura (MPA); organizados  em  comunidades  tradicionais  de  pesca,  observa­se  o  enfrentamento  de  significativa vulnerabilidade  frente  ao  desafio  de  multiplicar  o  ofício  e  a  cultura  da  pesca  em  um  cenário  de acentuada intensidade de investimentos focados no avanço tecnológico e industrial.

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se  numa  rede  organizacional  formada  por  seis  instituições  caracterizadas  entre  associações  e cooperativas, que fortalecem o movimento social e político desta categoria de trabalhadores. Salienta­ se, ainda, a filiação dos mesmos na primeira Colônia de Pescadores do estado (Colônia Z1), fundada em 1913. Porém, a ausência de locais para a comercialização de pescado oriundo da pesca artesanal acaba condicionando os pescadores à comercialização do produto por intermédio de atravessadores (categoria  de  comerciantes  que  exploram  o  mercado  local  e  estadual  de  pescado).  Esta  situação resulta na desvalorização do trabalho e do pescado, inviabilizando a sustentabilidade socioeconômica da  cadeia  produtiva. Assim,  as  famílias  de  pescadores  artesanais,  antes  da  implantação  do  Projeto, encontravam­se organizadas em instituições que fortaleciam o diálogo junto aos Poderes Municipais, Estatuais  e  Federais,  porém,  ainda  não  se  tinha  consolidado  um  espaço  de  comercialização  direta, capaz  de  garantir  o  fortalecimento  da  cadeia  produtiva  da  pesca  artesanal,  oportunizando  aos pescadores maior valorização do trabalho e do produto.

Não havia incentivo concreto às iniciativas de associativismo e cooperativismo no Município, o caminhão feira estava desativado e a COOPESMI não contava com o apoio municipal. Por outro lado, programas de aquisição de alimentos como o PAA do Governo Federal não possuíam ressonância nas escolas,  tampouco  havia  consumo  de  pescado  na  merenda  das  crianças.  Os  trapiches  das comunidades totalizavam 19 e estavam muito avariados, se tornando inutilizáveis pelos pescadores. A Prefeitura  não  promovia  reuniões  comunitárias  com  conteúdos  temáticos  que  atendessem  as demandas  dos  comunitários.  Nas  festas  tradicionais  como  a  Festa  do  Mar  não  havia  valorização  da organização comunitária nem da economia criativa.

Expectativas após a implantação e principais desafios a serem enfrentados

A  implantação  do  Projeto  Caminhão  Feira  contribui  no  cotidiano  da  pesca  artesanal, transformando diretamente as condições de trabalho e renda, ao verificarmos junto os pescadores as seguintes mudanças:

a)  nas  relações  das  associações  e  cooperativa,  aproximando  os  pescadores  através  das  discussões sobre a gestão e os processos de comercialização do pescado;

b)  na  geração  de  trabalho  e  viabilidade  econômica,  através  do  fortalecimento  da  agroindústria  do pescado  com  gerenciamento  dos  pescadores,  da  qual  se  agrega  valor  ao  pescado  por  meio  do beneficiamento  e  ainda  se  ampliam  as  frentes  de  trabalho  oportunizando  as  famílias  de  pescadores que a mão de obra utilizada na atividade seja desenvolvida em modelo de economia familiar;

c) na comercialização do pescado, na qual o pescador dobrou a sua renda, entregando o seu peixe pelo dobro do valor pago pelos atravessadores; como exemplo, o peixe­rei que antes era vendido ao atravessador por R$1,00 o quilo, hoje via Caminhão do Peixe, é vendido com preço justo tanto pra o pescador como para o consumidor.

Hoje  a  COOPESMI  possui  um  convênio  diretamente  com  a  Prefeitura  em  que  há disponibilização de manutenção do Caminhão Feira e a possibilidade de participação em nove feiras livres do Município. Há uma compreensão de que as ações não se esgotam nestas iniciativas, e dessa forma há um incentivo à expansão dos negócios da cooperativa para a região.

Foram  entregues  12  (doze)  trapiches  totalmente  restaurados  e  entregues  às  comunidades pesqueiras, o projeto de Formação de Agentes Comunitários da Pesca está em pleno desenvolvimento e  já  realizou  reuniões  em  todas  as  comunidades  neste  ano  de  2015,  incluindo  um  seminário  que discutiu o papel da mulher na cadeia produtiva da pesca. Atualmente as mulheres encontram apoio na

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Prefeitura,  através  da  Secretaria  Municipal  da  Pesca,  para  discutirem  seus  direitos  e  terem protagonismo nas decisões que envolvem suas comunidades.

A  contratação  da  COOPESMI  para  execução  da  anchova  assada  na  Festa  do  Mar,  festa tradicional  do  Município,  trouxe  visibilidade  à  cooperativa  e  valorizou  o  esforço  da  organização  dos pescadores. O peixe na merenda escolar e a manutenção da participação no conselho de segurança alimentar do Município demonstram a visão estratégica e empreendedora do programa.

No  que  tange  a  busca  de  sustentabilidade  ambiental  e  econômica  das  comunidades, apresenta­se o incentivo à participação das comunidades e a representação da própria Prefeitura no Fórum da Lagoa dos Patos junto com outros quatro municípios que vivem no entorno da Lagoa dos Patos. Tal postura confere ao processo a ideia de longevidade e de busca de autonomia aos sujeitos que participam do programa, numa perspectiva de transformação da realidade dura que enfrentam as comunidades pesqueiras em todo Brasil.         Como dito anteriormente, as dificuldades são inerentes ao modo como se organiza o comércio e a indústria do pescado. Dessa forma, o trabalho de cooperativismo se expressa como uma quebra de paradigma,  esta  foi  uma  dificuldade.  Por  outro  lado,  numa  sociedade  onde  tudo  ocorre  num  tempo rápido  a  construção  de  propostas  de  longo  alcance  necessitam  de  convencimento  e  persistência  da equipe para que ocorra participação. 

Captação dos recursos de Parceiros

A  Prefeitura  Municipal  do  Rio  Grande,  a  FURG  (Universidade  Federal  do  Rio  Grande)  e  o Governo Estadual, através da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo, tem avançado através do projeto Rio Grande Polo Pesqueiro incentivando e fomentando a organização, melhorando a  infraestrutura  e  trabalhando  ações  formativas  no  acesso  às  políticas  públicas  e  aos  direitos fundamentais. A intencionalidade do Poder Público é construir um projeto popular da pesca artesanal com  o  protagonismo  dos  sujeitos  pescadores  e  contribuir  para  as  transformações  mais  amplas  das relações sociais e produtivas da sociedade. Metas relevantes planejadas

A inclusão do pescado na merenda escolar nas escolas da rede pública, os trapiches entregues às

comunidades, e a participação nas esferas de discussão de acesso aos direitos, como o Fórum da

Lagoa dos Patos que está em pleno funcionamento, são ações que abrangem o estímulo à

formalização, a qualificação e a capacitação dos pescadores; o próprio Caminhão do Peixe é um

espaço capaz de fortalecer a cadeia produtiva da pesca artesanal local, fomentando a inserção de

pequenos negócios em mercados como, por exemplo, as compra institucionais. E considerando todas

as políticas públicas propostas pelo Governo Federal e Municipal para fazer frente à redução da

pobreza e melhoria da qualidade de vida da população de baixa renda existente no Município de Rio

Grande/RS.

Metas relevantes já alcançadas no projeto.

Segurança alimentar, pois o peixe é a fonte de proteína para cerca de 2.750 pescadores e pescadoras

cadastrados no Registro Geral da Pesca, mantido pelo Ministério da Pesca e da Aquicultura (MPA).

Sustentabilidade ambiental, porque quando se agrega valor ao produto a exigência de captura diminui.

Incentivo às feiras de Economia Popular Solidária e à integração da rede de Agroindústria Familiar da

Região Sul do Estado. Conquista de moradias para pescadores artesanais, via Programa Minha Casa e

Crédito Rural.

Relevância do benefício para o público­alvo

As comunidades perceberam a importância da organização e a possibilidade de permanecer na

atividade, sendo que atualmente a escassez das espécies causa empobrecimento na população

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pesqueira fazendo com que alguns abandonem a atividade e outros fiquem à mercê de políticas sociais

como o seguro defeso e o bolsa família. A valorização da pesca artesanal e da cooperativa em

diferentes aspectos elevou a autoestima dos pescadores locais. Por outro lado, o trabalho formativo

com as mulheres da cadeia produtiva como um todo incentivou a participação das mesmas nas suas

comunidades contribuindo mais nas propostas de alternativas de agregação de valor ao produto e em

elementos da economia criativa. Existem grupos de mulheres que já estão trabalhando com as escamas

de peixe em artesanatos, por exemplo.  Por fim, o reconhecimento do trabalho da COOPESMI na

Festa do Mar demonstrou que o Município valoriza a pesca artesanal e o cooperativismo.

Principais desafios enfrentados e/ou superados (nível de dificuldade)

tenhamos de traçar estratégias de convencimento através de palestras, oficinas (modo de preparo do

pescado), e longas conversas com a direção e as merendeiras das escolas.

A fragilidade e o empobrecimento das comunidades pesqueiras é também parte do contexto

enfrentado, neste sentido fica difícil esperar o tempo necessário para ter capacidade de compra e

venda do pescado, pois há uma emergência na luta por sobrevivência.

As mudanças climáticas que prejudicam as safras de peixe e camarão têm se tornado um grande

problema. O descrédito da sociedade em geral em organizações comunitárias, a disputa com as

indústrias de médio porte, a manutenção da legalidade e atendimento às regras sanitárias são desafios

imensos.

Principais etapas do projeto – Cronograma com tópicos e prazos  

Caminhão do Peixe

Em andamento

Regularização e reconstrução de trapiches

públicos

Concluído

Projeto Agente Comunitário da Pesca.

 

Processo de renovação de contrato

  Relação entre recursos previstos e resultados alcançados (custo/benefício)

Quanto à relação entre recursos previstos e resultados alcançados, podemos salientar os seguintes

itens: a) A Segurança alimentar, pois o peixe é a fonte de proteína para cerca de 2.750 pescadores e

pescadoras cadastrados no Registro Geral da Pesca, mantido pelo Ministério da Pesca e da

Aquicultura (MPA). b) Sustentabilidade ambiental, porque quando se agrega valor ao produto a

exigência de captura diminui. c) Incentivo às feiras de Economia Popular Solidária ­ comercialização

e à integração da rede de Agroindústria Familiar da Região Sul do Estado. Conquista de moradias para

pescadores artesanais, via Programa Minha Casa e Crédito Rural.

Principais parcerias firmadas

Através  da    Prefeitura  Municipal  do  Rio  Grande,  a  FURG  (Universidade  Federal  do  Rio Grande),  Sebrae,  COOSPEMI,    e  o  Governo  Estadual,  através  da  Secretaria  de  Desenvolvimento Rural  e  Cooperativismo,  foi  firmado  parcerias,  no  qual  buscam  o  incentivar,  capacitar  e  fomentar  a organização,  melhorando  a  infraestrutura  e  trabalhando  ações  formativas  no  acesso  às  políticas públicas e aos direitos fundamentais. 

Considerações finais

O  Município  de  Rio  Grande/RS  abriga  o  maior  porto  pesqueiro  do  extremo  sul  do  Brasil,  na saída  da  Laguna  dos  Patos,  e  o  maior  centro  de  comercialização  e  distribuição  de  pescado  do  Rio Grande do Sul, onde concentra a maior parte da atividade pesqueira do Sul do Brasil, dividindo com Itajaí ­ SC os dois polos de pescado da Região Sul.

(8)

Nesse  contexto,  diante  de  todos  os  investimentos  expressivos  realizados  no  Município, podendo  ser  citado  como  exemplo  o  Polo  da  Indústria  Naval  de  Rio  Grande,  salientamos  o permanente monitoramento dos impactos promovidos por esses empreendimentos, principalmente na dimensão  da  economia  tradicional  pesqueira,  que  já  sofreu  estagnação  econômica  durante  algumas décadas.

Diante  disso,  o  prefeito  Alexandre  Lindenmeyer  instituiu  o  Programa  Rio  Grande  Polo Pesqueiro  –  Decreto  12.369,  25/10/2013.  Programa  Municipal  de  Desenvolvimento  Sustentável  da Pesca que tem como objetivo geral promover o desenvolvimento sustentável da pesca e da aquicultura familiar  mediante  um  conjunto  de  ações  planejadas  e  articuladas  entre  si  tendo  como  eixos transversais  os  seguintes  temas:  A  sustentabilidade  em  suas  dimensões  ambiental,  econômica  e social;  a  organização  e  fortalecimento  da  cadeia  produtiva;  a  organização  social  e  comunitária;  a gestão compartilhada; a soberania e a segurança alimentar e nutricional; o fortalecimento institucional; o trabalho e geração de renda; o resgate e o fortalecimento da identidade cultural do município com a pesca.

Tem como objetivos específicos: Promover o desenvolvimento sustentável da pesca artesanal e o  fortalecimento  das  comunidades  e  organizações  de  pescadores  artesanais;  promover  o desenvolvimento da pesca industrial através de ações voltadas às atividades relacionadas à captura, bem  como  beneficiamento  e  comercialização  do  pescado  desembarcado  no  Município;  promover ações que busquem estruturar e consolidar as experiências já existentes, bem como incentivar e apoiar experiências  em  aquicultura,  trabalhando  sempre  na  perspectiva  do  desenvolvimento  de  processos familiares e cooperativos.

Dentro  dessa  lógica,  o  Programa  Rio  Grande  Polo  Pesqueiro  executa  e  aprofunda  as  ações políticas  públicas  municipais,  tornando­se  um  projeto  essencial  e  de  fundamental  importância  para alcançar os objetivos propostos pelo PSANS, pelo Programa Rio Grande Polo Pesqueiro, diante do grande desafio do desenvolvimento de nossa região.

Acredita­se ser de suma importância a aposta no trabalho de agregação de valor ao pescado através  de  programas  como  o  Rio  Grande  Polo  Pesqueiro,  pois  atualmente  há  uma  crise  ambiental assolando  as  comunidades  pesqueiras.  De  um  lado,  há  espécies  ameaçadas  de  extinção,  de  outro, mudanças  climáticas  frustrando  safras. Ainda  neste  contexto,  a  cultura  do  extrativista  ­  o  pescador  ­ não  é  habituado  a  esperar  para  vender  seu  produto,  o  que  faz  com  que  este  não  seja  valorizado exigindo uma grande quantidade para ter um valor razoável e ter condições de sustentar uma família. Desse modo, a proposta de cooperativa é uma saída para a sustentabilidade econômica e ambiental simultaneamente. Contudo, como já foi exposto, existem paradigmas a serem quebrados e atitudes a serem  alteradas,  como  é  o  caso  da  alimentação  nas  escolas  e  a  resistência  em  servir  peixe  às crianças.  As  múltiplas  facetas  deste  programa  permite  que  se  trabalhe  em  várias  frentes,  desde  a estrutura comunitária, até a formação das suas lideranças para o acesso às políticas públicas. Supõe­ se  que  dessa  forma  possamos  atender  a  complexidade  dos  problemas  da  pesca  no  Município,  ao menos no que se refere à pesca artesanal. 

 

RELATO DOS BENEFICIADOS

Nome Telefone Função Relato

O pescador artesanal Louredi participa diretamente na gestão do caminhão do Peixe, e desde janeiro comercializa o seu produto através desta

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Louredi Vinagre Borges (53) 84649589 Pescador ferramenta. Em sua avaliação, o projeto desenvolvido pela Prefeitura de Rio Grande, através da Secretaria de Município da Pesca, é muito positivo, pois ajuda a melhorar a renda das famílias Lorival (32) 338400 Pescador O Projeto é uma grande experiência para nós, pois nos ajuda a compreender como que se faz diferente. A comercialização direta do Peixe parecia uma coisa impossível e agora é realidade.” Lorival ­ pescador Sirlei Valadão (32) 308187 Pescadora Esse é um novo espaço para nós, pescadoras, nunca tínhamos pensado em vender o peixe, mas isso foi acontecendo porque os nossos maridos vão para o mar e nós podemos trabalhar nas feiras e no filé.   ANEXOS Tipo Título Foto Oficial Prefeito Foto oficial do Prefeito Municipal de Rio Grande Outros Folder com receitas de pescados Outros Programa Rio Grande Polo Pesqueiro Outros Projeto

 Concordo com os termos do Regulamento do IX Prêmio SEBRAE Prefeito Empreendedor e estou

ciente da responsabilidade de obter a autorização dos Direitos de Uso de Imagem, conforme item 13.1.

RIO GRANDE­RS, 30 de Março de 2016

      _________________________________________________ ALEXANDRE DUARTE LINDENMEYER

Prefeito(a) do município de RIO GRANDE ­ RS

Referências

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