BOLETIM
EST
ATÍSTIC
· 1º QU
COMENTÁRIO
Segundo o recenseamento de 2011, a população com 65 ou mais anos residente em VRSA representa 20% dos 19.156 munícipes recenseados, ao passo que as crianças e jovens até aos 14 anos representam 16% do total. Em relação ao nível de instrução, os dados não são também muito satisfatórios, já que 58% da população apenas completou o ensino básico, cingindo-se a escassos 10% os residentes com ensino superior. O fraco nível de instrução da população reflecte-se, por seu turno, em níveis de desemprego demasiado altos, tendo-se recenseado, em 2011, 1.776 desempregados, o que equivale a 19,9% da população activa de VRSA.
Indicadores dos censos 2011, VRSA e Algarve
Caracterização da população residente em VRSA, Censos 2011 VRSA População residente 19 156 Grupos etários 0-14 2 974 15-24 2 031 25-64 10 380 65 ou mais 3 771 Nível de instrução
Nenhum nível de escolaridade 1 801 Ensino pré-escolar 465 Ensino básico 11 098 Ensino secundário 3 719 Ensino pós-secundário 166 Ensino superior 1 907 População activa 8 944 Empregada 7 168 Sector primário 223 Sector secundário 1 118 Sector terciário 5 827 Desempregada 1 776 46,7 51 42,8 19,9 20,6 19,1 49 52,1 46,1 15,7 16 15,5 0 10 20 30 40 50 60
Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres
Taxa de actividade Taxa de desemprego
VRSA Algarve Fonte: INE, Censos 2011
COMENTÁRIO
Desemprego em VRSA
Durante o primeiro trimestre deste ano havia, em média, 1920 desempregados inscritos no Centro de Emprego de VRSA. Fevereiro registou o valor mais elevado, enquanto em Março se registou o valor mínimo, mas ainda assim, muito elevado. Entre os desempregados, tanto a proporção dos que têm mais de 55 anos como dos que estudaram até ao ensino superior mantêm-se bastante elevadas, como acontece há já alguns meses.
Evolução do desemprego em VRSA/ Abril 2012 a Março 2013
Fonte: I.E.F.P.
2013 2012
Março Fevereiro Janeiro Março Mensal Homóloga
Desemprego registado N.º 1 865 1 971 1 926 1 658 5,4 12,5 1 601,8 Mais de 55 anos % 16,2% 15,8% 15,3% 12,5% -2,6 30,1 15,8% Ensino superior % 6,0% 5,5% 5,2% 4,9% -9,6 21,4 6,2% Desempregados inscritos no mês N.º 138 161 257 204 14,3 -32,4 201 Ofertas recebidas N.º 73 44 28 39 -65,9 87,2 56,1 Colocações N.º 50 28 16 19 -78,6 163,2 26,5
Indicador Unidade Últimos 2 meses Taxa de crescimento (%) Média dos últimos 12 meses Proporção de desempregados com:
0 500 1 000 1 500 2 000 2 500
Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar N.º
Construções para habitação familiar licenciadas / Maio 2012 a Abril 2013
Licenciamento de obras em VRSA
Fonte: Câmara Municipal de VRSA
COMENTÁRIO
Entre Janeiro e Abril deste ano foram licenciados 8 novos edifícios para construção em VRSA, menos 4 do que no período homólogo, e todos eles para habitação familiar. Este valor corresponde a 28 novos fogos para habitação, dos quais a maioria são T1, e com uma área média de 146m2. Em 2013, a área média dos fogos licenciados em Fevereiro é a mais elevada (337m2), e em Janeiro a mais baixa (126m2). Estes valores contrastam com os registados no primeiro quadrimestre de 2012, período em que foram emitidas licenças para 46 fogos, com uma área média de 107,5m2 (a mais elevada, 214m2, em Janeiro, e a mais baixa, 83m2, em Fevereiro).
Fogos licenciados segundo a tipologia / Maio 2012 a Abril 2013
2013 2012
Abril Março Fevereiro Janeiro Abril 2013 2012 Variação
Edifícios licenciados N.º 4 1 1 2 2 8 12 -4 1,8 Edifícios N.º 4 1 1 2 2 8 12 -4 1,8 Fogos N.º 5 1 1 21 2 28 46 -18 5 T0 N.º 0 0 0 5 1 5 15 -10 0,5 T1 N.º 1 0 0 11 0 12 14 -2 1,2 T2 N.º 1 0 0 5 0 6 9 -3 1,9 T3 N.º 3 1 1 0 1 5 6 -1 0,8 T4 e mais N.º 0 0 0 0 0 0 2 -2 0,7 Habitação m2 856 250 337 2 654 269,2 4 097 4 943,9 -846,9 704,7 Outros m2 18 46 0 0 69,6 64 239,5 -175,5 5,3
Para habitação familiar
Área
Indicador Unidade Últimos 3 meses Acumulado Média dos últimos 12
meses 0 1 2 3 4 5
Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr N.º 5 12 6 5 0 0 5 10 15 T0 T1 T2 T3 T4 e mais
COMENTÁRIO
Obras concluídas em VRSA
Fonte: Câmara Municipal de VRSA
Entre Janeiro e Abril deste ano foram concluídos 9 novos edifícios no município de VRSA, todos eles destinados a habitação. Este valor ficou francamente abaixo do registado no período homólogo: 21. Este valor corresponde a 45 novos fogos para habitação, dos quais metade são T2, 22% são T1, 11% são T4 e mais, 9% são T0 e os restantes 9% são T3. A área média destes novos fogos é 128m2, superior aos 109m2 que, em média, ocupam cada um dos fogos concluídos entre Janeiro e Abril de 2012.
Construções para habitação familiar concluídas / Maio 2012 a Abril 2013
Fogos concluídos segundo a tipologia / Maio 2012 a Abril 2013
2013 2012
Abril Março Fevereiro Janeiro Abril 2013 2012 Variação
Edifícios concluídos N.º 0 1 5 3 4 9 21 -12 3,1 Edifícios N.º 0 1 5 3 4 9 21 -12 3,7 Fogos N.º 0 15 6 24 16 45 86 -41 12 T0 N.º 0 4 0 0 4 4 5 -1 2,8 T1 N.º 0 4 1 5 6 10 41 -31 3,5 T2 N.º 0 5 2 15 5 22 27 -5 3,4 T3 N.º 0 2 1 1 1 4 10 -6 0,9 T4 e mais N.º 0 0 2 3 0 5 3 2 0,8 Habitação m2 0 1 259 907 3 579 1 224,8 5 745 9 393,7 -3 649 1 293,1 Outros m2 0 0 218 0 42,8 218 361,2 -143,2 88,7
Para habitação familiar
Área:
Indicador Unidade Últimos 3 meses Acumulado Média dos últimos 12
meses 0 2 4 6 8 10
Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Nº 4 10 22 4 5 0 20 T0 T1 T2 T3 T4 e mais 10
COMENTÁRIO
Desembarque de pescado
No primeiro trimestre de 2013 foram descarregadas em VRSA 215 toneladas de pescado, menos 83 toneladas do que em igual período do ano passado, o que representa uma quebra de 28%. A nível nacional a quantidade de pescado desembarcada nos portos do Continente também sofreu uma redução face ao período homólogo, mas neste caso de 12%.
A análise dos resultados mensais mostra que em VRSA a quebra mais significativa se registou em Março, mês em que foram desembarcadas menos 60 toneladas do que no mês homólogo (equivalente a uma redução de 60%). Ao nível do Continente, a quebra mais acentuada ocorreu em Janeiro, mês em que a quantidade de pescado desembarcado nos portos baixou 14% face ao período homólogo (o que corresponde a menos 1381 toneladas).
Fonte: Direcção Geral das Pescas e Aquicultura
Quantidades de Pescado desembarcado na Lota de VRSA / Abril 2012 a Março 2013
Preço médio do pescado desembarcado em VRSA / Abril 2012 a Março 2013
2013 2012
Março Fevereiro Janeiro Março Mensal Homóloga
Lota de VRSA Ton. 120,5 91,6 2,7 144,3 -31,6 -16,5 115,7
Continente Ton. 4 782,3 5 966 8 361 5 287,9 19,8 -9,6 9 922,4
Lota de VRSA /kg 8,53 8,65 3,12 8,11 1,4 5,2 8,5
Continente /kg 2,41 2,41 1,27 2,5 0 -3,6 1,8
Desembarque de pescado
Preço do pescado desembarcado
Indicador Unidade Últimos 2 meses Taxa de crescimento (%) últimos 12 Média dos meses 0 50 100 150 200 250
Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Ton. 0 2 4 6 8 10 12 14
Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar
COMENTÁRIO
Indicadores do turismo em VRSA
O número de dormidas em VRSA no último trimestre de 2012 rondou as 156000, valor muito idêntico ao verificado no trimestre homólogo. Em relação ao total anual, o município registou cerca de 923000 dormidas, metade das quais entre Junho e Setembro. Face a 2011 há a assinalar uma quebra de 70000, ou seja, de 7%. As quebras mais acentuadas ocorreram em Maio (-24%), Abril (-18%) e Junho (-11%).
Fonte: INE
Dormidas em VRSA / Janeiro a Dezembro 2012
Estada média em VRSA / Janeiro a Dezembro 2012
2012 2011
Dezembro Novembro Outubro Dezembro Mensal Homóloga
- Total N.º 38 938 47 316 69 486 36 790 -17,7 5,8 76 918,3 - Hotéis N.º 19 511 27 306 43 341 20 307 -28,5 -3,9 45 380,2 - Total Noites 6,7 7,9 6 5,9 -15,6 13,5 6,4 - Hotéis Noites 5,5 6,3 5,4 4,5 -13,2 22,3 5,6 - Total % 20,9 26,2 37,2 19,4 -20,4 7,5 41,7 - Hotéis % 16,9 24,4 37,5 17,5 -30,9 -3,6 39,8 Dormidas Taxa de ocupação-cama Estada média
Indicador Unidade Últimos 2 meses Taxa de crescimento (%) Média dos últimos 12 meses 0 20 000 40 000 60 000 80 000 100 000 120 000 140 000 160 000
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez N.º 0 2 4 6 8 10
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
COMENTÁRIO
Indicadores do turismo em VRSA
Do total de cerca 156000 dormidas registadas em VRSA entre Outubro e Dezembro do ano passado, 90% foram de estrangeiros, nomeadamente de turistas maioritariamente oriundos dos Países Baixos (54%), mas também da Alemanha (19%), do Reino Unido (10%) e da Suécia (8%). A comparação com o período homólogo mostra que a repartição por nacionalidade dos turistas se manteve muito semelhante, apenas com ligeiras variações: 52% de holandeses, 20% de alemães, 12% de britânicos e 6% de suecos (sendo esta a variação mais significativa).
Fonte: INE
Dormidas em VRSA segundo o país de residência / Janeiro a Dezembro 2012
2012 2011
Dezembro Novembro Outubro Dezembro Mensal Homóloga
Total de dormidas Nº 38 938 47 316 69 486 36 790 -17,7 5,8 76 918 Portugal Nº 4 932 2 528 8 530 4 624 95,1 6,7 24 686 Estrangeiro Nº 34 006 44 788 60 956 32 166 -24,1 5,7 52 233 Países Baixos Nº 21 243 27 001 27 674 17 502 -21,3 21,4 22 892 Alemanha Nº 4 024 9 049 13 319 4 670 -55,5 -13,8 10 840 Reino Unido Nº 3 540 3 728 6 391 4 572 -5 -22,6 5 485 Espanha Nº 988 459 1 928 936 115,3 5,6 4 075 Polónia Nº 865 36 91 1 210 2 302,8 -28,5 1 228 França Nº 598 369 515 670 62,1 -10,7 701 Bélgica Nº 514 252 324 369 104 39,3 309 Suécia Nº 110 2 379 8 563 58 -95,4 89,7 3 035 Áustria Nº 70 174 126 27 -59,8 159,3 230 Roménia Nº 62 1 20 42 6 100 47,6 30 Irlanda Nº 53 168 581 142 -68,5 -62,7 395 Finlândia Nº 46 2 225 116 2 200 -60,3 569 Eslovénia Nº 40 0 0 0 - - 22
Países de residência habitual dos quais:
Indicador Unidade Últimos 2 meses Taxa de crescimento (%) Média dos últimos 12 meses 3 190 7 932 6 645 9 849 9 040 37 337 72 965 93 874 39 406 8 530 2 528 4 932 43 712 58 937 64 752 69 078 47 806 43 758 52 923 52 400 53 676 60 956 44 788 34 006 0 25 000 50 000 75 000 100 000 125 000 150 000
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
COMENTÁRIO
Indicadores de resíduos sólidos urbanos em VRSA
A recolha selectiva de embalagens nos primeiros quatro meses de 2013 ascendeu a 608 toneladas, o dobro da quantidade recolhida em igual período de 2012. O vidro representa a maior parte (44%), seguindo-se o papel (37%) e as embalagens, que representam os restantes 19%. A recolha indiferenciada, por sua vez, foi de 3080 toneladas entre Janeiro e Abril, um valor inferior ao registado no período homólogo (3345 toneladas).
Fonte: Câmara Municipal de VRSA
Recolha indiferenciada em VRSA / Maio 2012 a Abril 2013
Recolha selectiva em VRSA / Maio 2012 a Abril 2013
2013 2012
Abril Março Fevereiro Janeiro Abril Mensal Homóloga
Recolha indiferenciada Ton. 817,8 807 686,1 769,5 916,3 1,3 -10,7 1 020,3
Verdes e monstros Ton. 94,6 67,5 125,4 297,7 98 40,1 -3,4 105
Recolha selectiva Ton. 253,9 176 120,9 57,4 84,2 44,3 201,7 123,5
Vidro Ton. 108,2 76,4 56,1 26,2 39,4 41,6 175 50,6
Papel Ton. 96,6 64,9 43,8 19,6 29,3 48,8 229,3 44,2
Embalagens Ton. 49,1 34,7 21 11,6 15,5 41,7 217,1 28,7
Equip, eléctricos e electrónicos Ton. 0 0 0 0 0 - - 1,3
Pilhas Ton. 0,1 0,1 0,1 0 0,02 33,3 300 0
Indicador Unidade Últimos 3 meses Taxa de crescimento (%) Média dos últimos 12 meses 0 500 1 000 1 500 2 000 2 500
Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Ton. 0 20 40 60 80 100 120
Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Ton.
COMENTÁRIO
Indicadores de multibanco em VRSA
O total de operações registadas na rede Multibanco de VRSA durante o primeiro quadrimestre de 2013 foi 538.381, o valor mais baixo desde 2008. Comparando com a média mensal do último ano, constata-se que os números registados de Janeiro a Abril se situaram sempre abaixo desse valor. Já o total de levantamentos, no valor de 20.083.000€, apenas foi mais baixo no mesmo período de 2006, mas também o seu valor médio mensal nos primeiros quatro meses de 2013 ficou abaixo da média dos últimos 12. Por outro lado, o valor das compras em Terminais de Pagamento Automático, 10.715.000€, foi muito semelhante ao registado no período homólogo (10.722.000€), inferior ao de 2011, mas superior ao de 2010.
Levantamentos efectuados em VRSA / Maio 2012 a Abril 2013
Fonte: SIBS
2013 2011
Abril Março Fevereiro Janeiro Abril Mensal Homóloga
Operações Caixas Multibanco N.º 143 096 141 057 124 076 130 152 147 770 1,4 -3,2 178 491,6
Valor total 1 000 5 251 5 434 4 718 4 681 5 535,1 -3,4 -5,1 6 818,1
Valor médio 70 71 71 70 72 -2,4 -3,2 71,1
Valor total 1 000 3 107 3 100 2 267 2 240 3 484 0,2 -10,8 4 776,4
Valor médio 41 39 37 37 40 3,9 2,2 41,7
Levantamentos
Compras nos TPA
Indicador Unidade
Últimos 3 meses Taxa de crescimento (%) Média dos últimos 12 meses 0 4 000 8 000 12 000 16 000
Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr
COMENTÁRIO
Indicadores de electricidade em VRSA
O consumo de electricidade em VRSA no primeiro trimestre de 2013 foi inferior ao do período homólogo em cerca de 8,3%. Todos os tipos de consumo, à excepção do agrícola, registaram quebras, tendo as mais acentuadas ocorrido no consumo doméstico e não doméstico, que representam, também, a grande fatia do consumo de energia eléctrica no município: 41% e 39%, respectivamente. Já em termos relativos, o consumo industrial registou a maior descida, de 22,5%, seguido da iluminação pública, cujo consumo baixou 10,4%. Pelo contrário, o consumo de electricidade pelo sector agrícola registou um aumento de 2,6 vezes face a 2012, tendo alcançado o valor mais elevado desde 2010.
Fonte: EDP
Consumo de electricidade no 1.º trimestre, segundo o tipo de cliente, 2010-2013 2013
1.º trimestre 1.º trimestre 2.º trimestre 3.º trimestre 4.º trimestre
Consumo 16 941,7 18 482,4 16 097,2 20 825,3 21 193,1 Agricultura 328,4 124,2 111,6 142,4 174,4 Doméstico 7 004,5 7 631,8 6 181,1 7 023,2 8 790,8 Industrial 1 017,2 1 313,3 1 430,4 1 905,9 1 441,3 Não doméstico 6 641,2 7 235,4 7 001,6 10 202,8 8 806,9 Iluminação 1 950,4 2 177,7 1 372,6 1 551,2 1 979,7 Edifícios do Estado 931,9 1 017,5 608,4 760,8 831,5 Vias públicas 1 018,5 1 160,2 764,1 790,4 1 148,2 Consumidores 21 805 21 890 21 976 22 055 21 868 Agricultura 184 206 198 194 189 Doméstico 19 070 19 211 19 259 19 238 19 067 Industrial 147 188 185 183 161 Não doméstico 2 146 1 992 2 044 2 153 2 166 Iluminação 258 293 290 287 285 Edifícios do Estado 142 177 174 171 169 Vias públicas 116 116 116 116 116 1000 kWh N.º Unidade 2012 7 806 917 8 258 523 7 631 796 7 004 464 1 708 982 1 770 054 1 313 283 1 017 185 7 059 789 6 829 200 7 235 413 6 641 249 2 513 411 2 142 878 2 177 669 1 950 416 195 629 149 756 124 204 328 362 0 2 000 000 4 000 000 6 000 000 8 000 000 10 000 000 12 000 000 14 000 000 16 000 000 18 000 000 20 000 000 2010 2011 2012 2013
COMENTÁRIO
Beneficiários em VRSA
O número de beneficiários de subsídio de desemprego registados em VRSA ao longo dos primeiros quatro meses de 2013 manteve-se sempre acima dos 1.200, valores que são os mais elevados registados no município desde 2006.
Em relação aos beneficiários do Rendimento Social de Inserção, entre os 520 e 530, têm-se mantido relativamente estáveis desde Setembro de 2012, altura em que registaram um decréscimo significativo.
Fonte: Instituto de Informática e Estatística da Segurança Social, IP
Beneficiários com prestações de desemprego em VRSA / Maio 2012 a Abril 2013
Beneficiários de RSI em VRSA / Maio 2012 a Abril 2013
2013 2012
Abril Março Fevereiro Janeiro Abril Mensal Homóloga
Subsídio de doença N.º 148 138 127 129 125 7,2% 18,4% 136,2
Subsídio de desemprego N.º 1 210 1 272 1 294 1 291 1 017 -4,9% 19% 1 055,8 Rendimento Social de Inserção (RSI) N.º 522 523 533 528 657 -0,2% -20,5% 562,8 Subsídio de desemprego 457,9 449,1 453,4 483,6 468,1 1,9% -2,2% 472,9
RSI por família 233,9 213,1 242,7 211,9 280,1 9,8% -16,5% 238,7
RSI por indivíduo 83,7 79,3 78,9 78,1 86,4 5,6% -3,1% 79,8
Valor médio das prestações: Beneficiários:
Indicador Unidade Últimos 3 meses Taxa de crescimento (%) últimos 12 Média dos meses 0 200 400 600 800 1 000 1 200 1 400
Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr
0 100 200 300 400 500 600 700 800
COMENTÁRIO
Indicadores de empresas em VRSA
Durante o primeiro trimestre de 2013 foram constituídas em VRSA 17 novas empresas: 9 em Janeiro, 5 em Fevereiro e 3 em Março. Ao longo desse período foram dissolvidas 7: 4 em Janeiro, 2 em Fevereiro e 1 em Março. Analisando os últimos 12 meses, constata-se que Janeiro de 2013 registou o valor máximo de novas empresas, não só ao longo desse período como também já desde Maio de 2008, mês em que foram constituídas 15 novas empresas sediadas no município.
Fonte: Portal da Justiça, Ministério da Justiça
Constituições e dissoluções de empresas em VRSA / Abril 2012 a Março 2013 2013
Indicador Unid. 1.º trimestre 1.º trimestre 2.º trimestre 3.º trimestre 4.º trimestre 1.º trimestre 2.º trimestre 3.º trimestre 4.º trimestre
Constituição de empresas N.º 17 13 16 11 13 15 19 14 7 Dissolução de empresas N.º 7 10 9 3 23 5 6 6 27 2012 2011 3 6 7 5 1 5 4 3 6 9 5 3 1 1 7 0 1 2 8 10 5 4 2 1 0 2 4 6 8 10 12
Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar
Escrituras em VRSA
Unid. Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Total de escrituras N.º 6 10 7 7 11 18 10 13 8 14 12 13 129
De compra e venda de imóveis N.º .. .. .. 4 .. 3 .. 6 4 4 6 5 37
De contrato de mútuo com hipoteca voluntária N.º .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. 4
Indicador 2012 Total
Das quais:
Fonte: Direcção-Geral da Política de Justiça ..: segredo estatístico
Escrituras celebradas em VRSA / 2012
6 10 7 7 11 18 10 13 8 14 12 13 0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
COMENTÁRIO
Ao longo de 2012 foram celebradas 129 escrituras no município de VRSA, das quais 37 foram de compra e venda de imóveis e 4 de contrato de mútuo com hipoteca voluntária. A nível mensal, Junho registou o valor mais elevado, e Janeiro o valor mais baixo do ano. Em comparação com 2011, foram realizadas mais 20 escrituras, mas menos de compra e venda de imóveis e de contrato de mútuo com hipoteca voluntária (40 e 10, em 2011, respectivamente).
Processos no Tribunal de VRSA
Indicador Unidade Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total
Entrados N.º 108 89 137 100 123 105 95 76 75 118 115 97 1 238 Findos N.º 138 63 64 48 71 62 44 42 41 59 31 64 727 Entrados N.º 44 42 50 39 33 36 24 7 35 51 37 27 425 Findos N.º 44 37 34 20 35 36 32 4 24 50 27 28 371 Processos cíveis: Processos penais:
Processos cíveis no Tribunal de VRSA, 2012
108 89 137 100 123 105 95 76 75 118 115 97 138 63 64 48 71 62 44 42 41 59 31 64 0 20 40 60 80 100 120 140 160
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Entrados Findos
Processos penais no Tribunal de VRSA, 2012
44 42 50 39 33 36 24 7 35 51 37 27 44 37 34 20 35 36 32 4 24 50 27 28 0 10 20 30 40 50 60
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Entrados Findos
Fonte: Direcção-Geral da Política de Justiça
COMENTÁRIO
Em 2012 entraram no tribunal de VRSA 1238 processos cíveis e 425 processos penais, mais 249 e 136, respectivamente do que no ano anterior. Maio registou o número máximo de processos cíveis entrados (123), e Outubro o valor máximo mensal de novos processos penais (51).
Em relação aos processos findos, em 2012 foram concluídos 727 processos cíveis e 371 processos penais, o que, em comparação com 2011, revela também uma evolução positiva: mais 145 processos cíveis e 18 processos penais terminados em 2012.
DE SANTO ANTÓNIO: EUROCIDADE DO GUADIANA
No dia 9 de Maio de 2013 assinalou-se a constituição da Eurocidade do Guadiana, composta pelos municípios de Ayamonte, Castro Marim e Vila Real de Santo António, e que veio coroar uma relação estável e cordial que os três mantêm em múltiplas áreas há já muito tempo.
Trata-se da terceira Eurocidade a integrar municípios portugueses, e o objectivo é ir para além da cooperação institucional, fortalecendo as relações já existentes através de um novo modelo de cooperação impulsionador da convergência económica, social, cultural e ambiental para que o efeito “fronteira” deixe de ser um inconveniente e se torne uma oportunidade de desenvolvimento territorial e socioeconómico.
Quadro 1 / Os municípios que compõem a Eurocidade do Guadiana
Município População Área (km2) Densidade (hab./km2)
Ayamonte 20.968 142 148 VRSA 19.156 61,3 312 Castro Marim 6.747 300,8 22 Eurocidade do Guadiana 46.871 504,1 93 Vila Real de Santo António Vila Real de Santo António Ayamonte Castro Marim Alcoutim Tavira ES PA N H A
OCEANO ATLÂNTICO
quer pelo papel desempenhado no povoamento, quer pelo desenvolvimento de atividades económicas predominantes, quer ainda pela influência em todo o território circundante, nomeadamente no que respeita às características igualmente comuns das zonas de sapal/marismas. O Guadiana é, também, uma via de acesso que pode ser mais utilizada para estabelecer a ligação entre o litoral e o interior da Península, entre o mar e as zonas de serra, a norte.
A constituição da Eurocidade do Guadiana é o culminar de um processo que teve início com a criação da Eurocidade Ayamonte - VRSA, em janeiro de 2013. Contudo, uma análise mais profunda da realidade geográfica local permitiu, em muito pouco tempo, encontrar uma configuração territorial que reforçaria a importância das condições naturais na estratégia a desenvolver, nomeadamente no que respeita ao papel do Rio Guadiana, à integração das zonas de praia com o sapal/marismas e deste com a serra, em ambos os lados da fronteira. Essa nova configuração territorial corresponde ao alargamento da Eurocidade Ayamonte – Vila Real de Santo António ao município Castro Marim. Formada pelos três municípios, a Eurocidade ganha em homogeneidade territorial, mas também em termos sociais e económicos e, acima de tudo, tem a capacidade única de fazer do rio Guadiana o grande fator diferenciador da oferta turística comum ao Algarve e a Andaluzia.
Com efeito, o turismo é, do ponto de vista da economia local, o sector em relação ao qual as expectativas de ganhos com a constituição da Eurocidade podem ser maiores, por constituir, em todos eles, um forte pilar do tecido económico. Na perspectiva da Eurocidade, a oferta turística ganhará escala e diversidade e tornar-se-á, por isso, mais forte para competir com os seus concorrentes mais directos e para atrair um número crescente de visitantes e turistas a esta zona.
Quadro 2 / Indicadores do setor turístico, 2012
Fonte: Instituto Nacional de Estatística e Instituto Nacional de Estadística de España
Nº 2 0 1
Ayamonte Castro Marim VRSA
Camas 4.620 549 6.021
Estabelecimentos hoteleiros (em 2011)
Dormidas 160.639 ... 982.213 Nº 3 1 3 Buracos 3x18 18 3x18 37.000 ... 59.941 Campos de golfe Partidas Portos de recreio Amarrações 548 0 360
Na verdade, a constituição desta Eurocidade representa um passo determinante no aprofundamento da cooperação territorial entre os três municípios e veio transformar o que era até aqui a sua posição excêntrica em relação à região (e ao país) em que se inserem numa localização central privilegiada no contexto da região Algarve-Andaluzia, podendo por isso a Eurocidade funcionar como porta giratória entre essas regiões e respetivos países.
Mais especificamente, esta cooperação pretende fortalecer os laços existentes entre Ayamonte, Castro Marim e Vila Real de Santo António a fim de desenvolver e articular entre as cidades a partilha de instalações, a partilha de meios administrativos, a realização de eventos conjuntos, trazendo assim benefícios visíveis ao quotidiano dos residentes. No seio da Eurocidade, os habitantes em cada um destes três municípios poderão utilizar os equipamentos coletivos existentes nos outros, beneficiando das condições que possuem no seu local de residência. Assim, o «efeito de fronteira» deixa de ser um inconveniente para se tornar uma oportunidade. Para tal, está em estudo a criação do cartão do Eurocidadão, cujas vantagens deverão estender-se ao comércio tradicional, através de um conjunto de descontos e promoções concedidos aos portadores.
que os municípios se propõem desenvolver terá efeitos positivos na competitividade dos seus territórios e na qualidade de vida das pessoas que lá residem. Assim, no horizonte 2020, a visão que se tem para a Eurocidade é a de um destino turístico de excelência, a que corresponde um setor turístico mais robusto e sustentável, proporcionado em boa parte pelo estado de conservação e valorização do seu território.
Para atingir esse objetivo, os objetivos estratégicos da cooperação da Eurocidade para a próxima década são: cooperar na preservação do património ambiental e a biodiversidade, estimulando o desfrute e o usufruto sustentável da Eurocidade; cooperar em ações que reforçam a posição da Eurocidade enquanto porta giratória e entreposto das regiões de Andaluzia e Algarve, de modo a tirar proveito da sua centralidade geográfica em termos dessas regiões; cooperar nas ações que possam estimular a economia e assim ter um retorno sobre o emprego, nomeadamente nos setores ligados ao turismo e ao comércio; cooperar na construção de maior qualidade de vida para residentes e visitantes da Eurocidade, nomeadamente através da partilha de equipamentos, infraestruturas e partilha de meios administrativos de apoio às pessoas.
Por tudo isto, pode dizer-se que a criação da Eurocidade do Guadiana está em perfeita sintonia com a política territorial europeia e, ao mesmo tempo que traduz a vontade de aprofundar a cooperação entre os três municípios, insere esse objetivo num quadro de integração territorial mais vasto na medida em que um dos subscritores do protocolo é a própria Eurorregião Alentejo-Algarve-Andaluzia, criada em maio de 2010 e atualmente presidida pela CCDR Algarve.
Outras Eurocidades em Portugal
Até à criação da Eurocidade do Guadiana, existiam em Portugal dois municípios que integravam Eurocidades, designadamente Elvas, pertencente à Eurocidade Elvas-Badajoz, e Chaves (que integra a Eurocidade Chaves-Verín). Descrevem-se de seguida esses dois exemplos.
• Elvas e Badajoz
Entre as cidades de Elvas e Badajoz, separadas por cerca de 20km,desde 2004 que as autoridades locais vêm a envidar esforços no sentido de desenvolver os seus territórios com base numa estratégia comum para áreas diversas como as infra-estruturas, a cultura e a economia. Mais recentemente, a constituição da euro-região EUROACE, onde estão inseridas, criou o contexto que dá ainda mais força a esta cooperação para a qual ainda não existe, todavia, uma estrutura legal.
• Chaves e Verín
O projecto de criação desta Eurocidade nasceu da necessidade sentida por ambas de encontrarem forma de gestão e valorização dos seus territórios capazes de fixar e atrair população, investimentos e emprego.
A origem da Eurocidade Chaves-Verín data do início da década de 90, fruto da cooperação institucional e territorial entre as duas, da constituição legal da Comunidade de Trabalho Galiza-Norte de Portugal. Contudo, o projecto de criação da Eurocidade teve início já em 2007, com a entrada de Verín no Eixo Atlântico. Foi criado um grupo de trabalho responsável pelo impulso político e acompanhamento da iniciativa, tendo sido assinada ainda em Dezembro desse ano a apresentação oficial da Eurocidade. Desde logo começou a delinear-se a Agenda Estratégica da Eurocidade que conta com a ampla participação de agentes sociais, económicos e políticos e dos cidadãos em geral.
O objectivo desta Eurocidade passa pela criação de uma oferta conjunta de serviços de saúde, culturais e de lazer, bem como pelo reforço da mobilidade e pela melhoria da qualidade de vida nos dois municípios. Uma das iniciativas emblemáticas é o Cartão do Eurocidadão que visa proporcionar os mesmos benefícios aos residentes nos dois municípios, nas mesmas condições de que dispõem nos municípios onde residem.
Na Europa existem inúmeros exemplos de Eurocidades, que devem a sua origem a factores muito diversos como a reunificação de territórios que em tempos foram um só, ou o aprofundamento de relações económicas e culturais que a proximidade geográfica foi criando, por exemplo. De seguida apresentam-se alguns desses casos.
• Kerkrade e Herzogenrath
Esta Eurocidade, integrada no centro de uma área transfronteiriça mais abrangente polarizada por Heerlen e Maastricht, do lado holandês, e Aachen, na parte alemã, constitui uma estrutura urbana contínua separada apenas por uma rua.
A cooperação entre estas duas cidades remonta aos tempos anteriores à abertura das fronteiras no espaço europeu, em 1992. Com efeito, ainda em 1991, as duas cidades assinaram uma declaração de intenções para formar um grupo de trabalho no âmbito do qual foi desenhado o plano estratégico comum a nível económico e ambiental que durante vários anos orientou a cooperação entre as duas cidades. Mais tarde, em 1998, a cooperação foi formalizada com a criação de um órgão público transfronteiriço, composto por uma assembleia geral e um comité executivo.
Fruto desta estreita relação, inúmeros projectos de cariz transfronteiriço têm sido implementados neste território, em áreas diversas como o desenvolvimento urbano e a provisão de serviços e construção de equipamentos públicos.
• Guben e Gubin
Até 1945, Guben e Gubin formavam uma única cidade, atravessada pelo rio Neisse, que hoje constitui a fronteira entre as duas e divide a Alemanha e a Polónia.
Apesar de terem mantido, durante o período comunista, algumas ligações, só em 1991 é que essa cooperação se tornou verdadeiramente visível, com a constituição da Eurocidade Guben/Gubin, onde os serviços públicos de tratamento de resíduos e de transporte, por exemplo, são partilhados. Mais recentemente, a adesão da Polónia à UE veio estreitar ainda mais os laços entre as duas cidades e permitir implementação de uma política comum de gestão do território.
• Ruse e Giurgiu
As cidades de Ruse, na Bulgária, e Giurgiu, na Roménia, situam-se nas margens do rio Danúbio e são unidas pela Ponte da Amizade, a única ponte que une os dois países. A cooperação entre Ruse e Giurgiu foi reforçada com a entrada dos dois países na União Europeia, e muitas actividades têm sido desenvolvidas desde então, designadamente ao nível da recuperação do património, das áreas naturais, da revitalização das áreas urbanas e rurais. Entre elas, a mais emblemática foi a criação de uma universidade transfronteiriça, em 2002.
• Newry e Dundalk
As cidades de Newry, na Irlanda do Norte, e de Dundalk, na República da Irlanda, têm uma longa tradição de cooperação que remonta a 1976, apesar dos 23km e da fronteira política que as separam. Mais recentemente, em 2000, a cooperação for reforçada com a geminação das duas cidades.
Newry e Dundalk partilham uma agenda espacial para a resolução de problemas que envolve actores políticos dos dois lados. Os benefícios desta cooperação reflectem-se, acima de tudo, nas poupanças alcançadas com a gestão conjunta de infra-estruturas, com a partilha de boas práticas, de conhecimentos e em ganhos de eficiência na gestão das empresas.
• Narva e Ivangorod
Narva, na Estónia, e Ivangorod, na Rússia, estão situadas nas margens do rio Narva e constituíam, desde 1704 e até ao fim da I Guerra Mundial, uma única cidade.
A cooperação entre as duas é, todavia, muito recente, tendo começado apenas em 2006 no âmbito de um projecto europeu que tinha como objectivos o desenvolvimento de infra-estruturas e atracção de investidores para a zona, a utilização eficiente de equipamentos, o aprofundamento dos contactos entre cidadãos e instituições dos dois lados da fronteira e o aproveitamento dos activos transfronteiriços para as duas partes, só possível depois de alcançado um objectivo maior de estreitamento dos laços de cooperação e partilha de boas práticas entre ambas.
criaram uma comissão de trabalho transfronteiriça para a elaboração e uma estratégia comum de desenvolvimento. Quadro 3 / Quadro resumo de caracterização das Eurocidades
Fonte: www.espaces-transfrontaliers.org
Eurocidade Data de criação Cidades País População Área (km2) Fronteira
Kerkrade Holanda 49 22 Herzogenrath Alemanha 47 33 96 55 Guben Alemanha 20 44 Gubin Polónia 17 21 37 65 Ruse Bulgária 175 469 Giurgiu Roménia 54 229 469
Newry Irlanda do Norte 28
Dundalk Rep. da Irlanda 35 115
63 115
Narva Estónia 65 85
Ivangorod Rússia 10 8
75 93
Eurocidade Narva e
Ivangorod 2006 rio Narva
Eurocidade Eurocidade Ruse -
Giurgiu ? rio Danúbio
Eurocidade Eurocidade Newry e Dundalk ? Fronteira entre Irlanda do Norte - República da Irlanda Eurocidade rua Aachener / L223 Eurocidade Eurocidade Guben -
Gubin 1991 rio Neisse
Eurocidade Eurocidade Kerkrade -
Herzogenrath 1998
A importância das Eurocidades para a cooperação territorial europeia
No momento atual, a principal fonte de inspiração e de referência para preparar o futuro da União Europeia é a Estratégia Europa 2020, que visa um crescimento mais inteligente, verde e inclusivo orientador da política da europeia até ao final da década.
O sucesso desta estratégia, que tem como pano de fundo a crise económica e a concorrência dos grandes blocos geoeconómicos que travam uma luta sem tréguas à escala mundial depende, em grande parte, da capacidade da União Europeia para promover a coesão territorial e, em particular, o “capital de territorial” dos lugares, sobretudo daqueles que apresentam problemas geográficos e demográficos específicos, intensificados muitas vezes pela sua posição de fronteira.
E, de facto, a crescente tomada de consciência em relação aos problemas resultantes da existência de fronteiras políticas fez com que a UE definisse os princípios de intervenção facilitadores da cooperação nos territórios transfronteiriços. Assim, no quadro da Estratégia 2020, a UE assumiu uma nova Agenda Territorial da UE 2020 na qual definiu alguns desafios e prioridades ao nível dos territórios transfronteiriços para que neles se alcançasse uma maior coesão territorial.
A UE considera, nomeadamente, que a existência de barreiras à integração dos territórios pode conduzir a uma “subutilização dos recursos humanos, culturais, económicos e ecológicos das regiões de fronteira e aumenta a sua posição periférica e a exclusão social”. Este reconhecimento levou a UE a incluir a integração territorial transfronteiriça entre as prioridades territoriais para o desenvolvimento comunitário porque “a integração territorial e a cooperação podem criar massa crítica para o desenvolvimento” e, nessa medida, a UE “apoia a integração transnacional e transfronteiriça para lá da cooperação em projectos, focando-se em resultados relevantes (...). A cooperação territorial europeia deveria ser melhor integrada nas estratégias nacionais, regionais e locais”.
serviço do desenvolvimento territorial, capaz de potenciar um uso mais adequado dos recursos existentes e, para tanto, faz um apelo à integração desta cooperação nas estratégias nacionais, regionais e locais, de modo a que se possa ir mais além da simples cooperação de projectos e os territórios possam ganhar massa crítica.
Neste contexto, a figura da “Eurocidade” está perfeitamente alinhada com as políticas europeias atuais e que se projetam num horizonte de médio prazo. Com efeito, a “Eurocidade” constitui uma forma efectivas de cooperação entre territórios, passível de produzir resultados palpáveis e com benefícios evidentes para a qualidade de vida dos cidadãos e o desenvolvimento territorial, na medida em que parte das afinidades já existentes entre comunidades para as consolidar e, a partir daí, criar as bases para um aprofundamento de relações institucionais, económicas, culturais, etc., que, à partida, já existem.