Parábola do Historiador Isaac Deutscher (1907 –
1967) sintetiza o drama:
• Um homem pula do teto de uma casa em
chamas, na qual muitos de seus familiares
já morreram. Consegue salvar-se, mas na
queda atinge uma pessoa, quebrando-lhe
braços e pernas. Não havia escolha para o
que saltou, mas o que ficou ferido culpa o
outro por sua desgraça; e este, temendo
vingança, surra-o cada vez que o
Palestina
(“terra dos Filisteus”)• Nos anos de 70 d.C. e 135 d.C. Roma arrasou a região. Isso promoveu a DIÁSPORA – dispersão territorial dos judeus.
• A partir do século VII a região foi ocupada por árabes muçulmanos e no século XVI passou à ocupação
otomana.
• Surge no século XIX o SIONISMO – retorno à terra prometida.
• Depois da Primeira Guerra Mundial a região passou para o controle britânico e francês.
Theodor Herz (1860 – 1904)
• Em 1894 acompanha o
caso DREYFUS.
• Em 1895 ele escreve O
Estado Judeu (formar
um congresso sionista
apenas com judeus).
• 1897 – Primeiro
• Com o horror do Holocausto da Segunda Guerra Mundial, a ONU cria, em 1947, o Estado de Israel.
Estado Judeu e Estado Palestino
• Estado Judeu = 54% do território;
• Estado Palestino = 46% do território;
• Estado Judeu = 30% da população;
• Estado Palestino = 70% da população;
Guerras Árabe-Israelense
• •1948-1949 (criação do Estado de Israel)
• • 1956 (Nasser nacionaliza canal de Suez)
• •1967 (Guerra dos Seis Dias)
Guerra de Suez - 1956
• Teve início em outubro de 1956, quando Israel,
com o apoio da França e Reino Unido, que
utilizavam o canal para ter acesso ao comércio
oriental, declarou guerra ao Egito. O Egito, numa
atitude unilateral de combate ao colonialismo
anglo-francês, tinha nacionalizado o canal de
Suez e fechado o porto de Eilat (em julho de
1956), o que ameaçava os projetos de Israel de
irrigação do deserto de Neguev e cortava o seu
único contato com o mar Vermelho no golfo de
Aqaba. Em contrapartida, Israel conquistou a
península do Sinai e controlou o Golfo de Aqaba,
reabrindo o porto de Eilat.
Guerra do Yom Kippur - 1973
• Em 1973 ocorreu o contra-ataque dos povos
árabes contra Israel. Este episódio ficou
conhecido como YOM KIPPUR, onde os países
árabes tentam reaver, sem sucesso, os
territórios ocupados pelos Israelenses em
1967.
• Neste conflito ocorreu o 1º Choque do
Petróleo. A OPEP aumentou o preço do barril
de petróleo de US$ 3,00 para cerca de US$
11,00.
David Ben Gurion (fundador de Israel) e Golda Meir. Para esta
Yasser Arafat (líder palestino), Moshe Dayan e Ariel Sharon
(militares israelenses. Este último ainda se tornou primeiro-ministro);
Quais os Impasses?
• • Assentamentos Judeus na
Cisjordânia e Gaza;
• • Retorno dos refugiados Palestinos
e a Libertação de presos palestinos
Acordo de Oslo
(1993)• A retirada das forças armadas israelense da
Faixa de Gaza e Cisjordânia, assim como o
direito dos palestinos ao auto-governo nas
zonas governadas pela Autoridade palestina.
• Questões referentes a Jerusalém, refugiados,
assentamentos israelenses nos territórios
ocupados na Guerra dos Seis Dias, segurança e
fronteiras.
Fatos recentes
• • 2000 – Ariel Sharon visita o Monte do Templo,
local sagrado para os muçulmanos, levando à
Segunda Intifada;
• • 2002 – Construção de muro israelense na
Cisjordânia;
• • 2004 – Morte de Yasser Arafat. Mahamoud
Abbas passa a controlar a ANP
• • 2006 – Hamas vence eleições parlamentares
em Gaza; Cisão entre Gaza e ANP (Fatah)
• •2009 – Israel bombardeia Gaza com armas
químicas
• • 2014 – abril deste ano, Fatah e Hamas
anunciam que formarão um governo de
coalizão;
• 2014 – Israel massacra Faixa de Gaza,
depois da morte de 3 jovens israelenses em um
assentamento. Logo depois um jovem palestino
é queimado vivo...
• Saiba mais sobre o "muro de proteção" da
Cisjordânia
• http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u69049.shtml 10/02/2004
• Os israelenses começaram a construir, em junho de 2002,
entre Israel e a Cisjordânia um "muro de proteção" destinado a impedir ataques palestinos.
• A construção do "muro de proteção" foi requisitada pela direita e esquerda israelenses, após a onda de atentados
suicidas que atingiu Israel desde o início da segunda Intifada (revolta palestina contra a ocupação israelense) no final de setembro de 2000.
• Para a esquerda israelense, a barreira deve respeitar o mais fielmente possível o traçado da "linha verde" entre Israel e a Cisjordânia --limite imposto por Israel após a Guerra dos Seis Dias entre israelenses e árabes, em 1967. Já a direita,
encabeçada pelo primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, quer que divisão agrupe o maior número possível de colônias judaicas nos territórios palestinos.
Mossad
A obtenção do discurso secreto em que Nikita Khrushchov condenava Josef Stalin (1956).
O sequestro, com a colaboração do caçador de nazistas Simon Wiesenthal, do nazista Adolf Eichmann, sequestrado na Argentina e levado secretamente para Israel, onde foi sentenciado a morte por enforcamento (1962).
A operação Cólera de Deus, cujo objetivo era eliminar os responsáveis pelo
HAMAS – Al Qassan
• O Hamas
(Movimento de
Resistência Islâmica)
surgiu em 1987, na
primeira INTIFADA, e
passou a praticar
atentados suicidas a
partir de 1994.
• Xeque Yassin,
fundador do
Hamas, morto em
2004, por um
Izz ad-Din al-Qassam
• Lutou contra a
ocupação britânica,
francesa e sionista,
nas décadas de
1920 e 1930.
Irmandade Muçulmana
• Surgiu em 1928, no Egito,
com o objetivo de libertar
a pátria islâmica dos
estrangeiros e infiéis e
criar um Estado Islâmico
unificado.
“ Allah é o nosso objetivo,
Maomé é o nosso líder, a
jihad é nosso caminho.
Morrer no caminho de Allah
é nossa maior esperança.”
• 27/03/2002 - 23h39
• Para Saramago, israelenses são "judeus nazistas"
• PUBLICIDADE • da Folha de S.Paulo
O escritor português José Saramago - alvo de críticas em Israel após ter comparado o
sofrimento dos palestinos sob ocupação das tropas israelenses com o sofrimento dos judeus nos campos de concentração nazistas - voltou ao ataque hoje e declarou: "Não retiro nada do que disse".
O vencedor do Prêmio Nobel de Literatura, que se reuniu nesta semana com o líder palestino Iasser Arafat em Ramallah, fez novas críticas, em Jerusalém, à política do governo de Ariel Sharon.
"A repressão israelense é uma forma mais perversa de apartheid", disparou. "Ninguém tem idéia do que acontece aqui, por mais bem informado que esteja. Tudo está arrasado por escavadeiras; as aldeias foram destruídas e nada pode ser cultivado."
Saramago repetiu as comparações que deram início à polêmica: "Tudo isso tem uma ar de
campo de concentração que me faz lembrar de Auschwitz. (...) Os israelenses se converteram em judeus nazistas."
Os leitores de Saramago - escritor bastante popular em Israel, com vários títulos traduzidos ao hebraico - estão devolvendo às lojas os livros comprados recentemente. Algumas livrarias já retiraram obras como "Ensaio sobre a Cegueira" das estantes.
Segundo o diário "Yediot Ahronot", o livro "Todos os Nomes", que chegou a encabeçar a lista dos mais vendidos no país, é alvo agora de um boicote.
A TV pública do país cancelou uma entrevista que tinha marcado com o escritor, que deve se encontrar amanhã com autores israelenses em um evento literário no teatro árabe de Yaffo, antiga região portuária de Tel Aviv.
José Saramago
• "Tudo isso tem uma
ar de campo de
concentração que me
faz lembrar de
Auschwitz. (...) Os
israelenses se
converteram em
judeus nazistas.“
• Israel rejeita projeto de lei para instaurar casamento civil
28 de julho de 2011 EFE - Agência EFE
• O Parlamento israelense (Knesset) rejeitou um projeto de lei que pretendia legalizar o casamento civil (...).
• A proposta, apresentada ontem pelo partido esquerdista Meretz, teve 17 votos a favor e 40 contra, em uma sessão na qual estiveram ausentes muitos dos 120 parlamentares, segundo o diário israelense Ha'aretz.
• "A enorme maioria de israelenses apoia a liberdade de opção para se casar. No entanto, as facções ultra-ortodoxas conseguiram novamente que a coalizão
(governamental) rejeitasse o projeto de lei", declarou o deputado Nitzan Horowitz, que propôs a fracassada legislação.
• "A Knesset novamente se deixou vencer pela coerção religiosa e a covardia política, e está roubando um direito civil básico de centenas de milhares de israelenses", acrescentou o legislador.
• Em Israel, só existe o casamento religioso, o que impede que pessoas de distintas religiões possam casar entre si, e obriga os ateus e agnósticos a submeterem-se aos procedimentos confessionais para formalizar uma união. Os divórcios e outras
questões de direito de família também são controlados pelos rabinos.
• O Ministério do Interior israelense, no entanto, reconhece os casamentos civis celebrados fora de suas fronteiras, pelo que centenas de israelenses viajam todos os anos à vizinha ilha do Chipre para formalizar sua união.
• Segundo uma pesquisa elaborada por pesquisadores da universidade de Ben Gurion, no Neguev, dois terços da população israelense apoiam a legalização dos casamentos civis, embora apenas um terço queira se casar dessa forma.
Khaled Meshaal e Mahmud Habbas
Benjamin Netanyahu
Notícias em 2015...
• Indicação de embaixador israelense no Brasil;
• Roger Waters pede para Caetano e Gil não se
apresentarem em Tel Aviv;
• Fotógrafo brasileiro registra imagens de
execução de palestina em território ocupado
por Israel;
A vergonha de Caetano e Gil em Israel
Artistas que realmente acreditam que as políticas de
Israel são inaceitáveis apoiariam, certamente, um
movimento de boicote global, não violento, como o BDS
POR OFER NEIMAN / YONATAN SHAPIRA 29/07/2015 0:00
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Em uma amostra de relações-públicas superficialmente disfarçada, Caetano Veloso declarou nesta segunda em Tel Aviv: “Acho
inaceitável a ocupação, mas sou só um brasileiro, visitante, cantor. Esse é um problema dos israelenses”. Como cidadãos israelenses, temos visto, vez após outra, que a ocupação e apartheid de Israel não são um problema que israelenses estão dispostos ou capazes de resolver sozinhos.
Infelizmente, esse “problema” também chegou à porta
brasileira há muitos anos: o Brasil é o quinto maior importador de
armas de Israel. Contratos assinados entre os governos brasileiro e israelense chegam quase ao valor de US$ 1 bilhão. De veículos blindados vindos de Israel para as ocupações policiais das favelas ao treinamento israelense das polícias militares no Rio e em São Paulo, trata-se de dinheiro do imposto de cidadãos brasileiros.
Caetano e Gil disseram que vieram a Israel em apoio a um “diálogo”. Palestinos vivendo sob a ocupação e apartheid
israelenses costumam dizer, e estão certos, que não pode haver diálogo entre um cavalo e seu cavaleiro. Nós sabemos que
diálogos significativos só podem começar quando o opressor percebe que suas políticas não são mais aceitáveis. Artistas que realmente acreditam que as políticas de Israel são inaceitáveis apoiariam, certamente, um movimento de boicote global, não violento, como o BDS — baseado no modelo sul-africano de campanha contra o apartheid.
Eles declararam que estavam aqui em Israel para
“aprender” sobre a situação. Não é necessário mais do que uma mente aberta e acesso à internet para entender a realidade da ocupação e apartheid de Israel contra o povo palestino — assim como não é necessário ir à Síria para entender a natureza dos crimes que estão sendo cometidos lá. Além disso, nós e outros convidamos ambos a virem ver a realidade aqui sem prover
entretenimento às massas privilegiadas de Tel Aviv.
Os slogans de “paz” de Caetano e Gil, 48 anos depois da ocupação israelense da Cisjordânia e Gaza e 67 anos depois da Nakba, a limpeza étnica da Palestina, não são mais do que uma retórica de lavagem política, a qual mantém as pessoas
distantes de uma discussão séria sobre a realidade assimétrica sob controle israelense. Paz só pode vir como um resultado, resultado da igualdade perante os direitos humanos e o fim da opressão. Eles falharam em focar nos crimes e violações de
direitos humanos que constituem, diariamente, um sistema de ocupação e apartheid contra milhões de pessoas palestinas.
Em nossa opinião, talvez a pior das ações tomadas por Caetano e Gil em Israel tenha sido sua reunião com Shimon Peres. Este talvez tenha enganado pessoas no passado, com seus longos discursos românticos sobre paz, mas qualquer um olhando para seu currículo percebe que Peres é um inimigo da paz. Enquanto primeiro-ministro de Israel, ele foi responsável pelo bombardeamento indiscriminado do Líbano na primavera de 1996, matando muitos civis e expulsando a milhares de
libaneses refugiados de suas casas.
Na função de ministro da Defesa, em 1986, Peres autorizou o sequestro e tortura do israelense Mordechai
Va’anunu, que revelou ao público informações sobre o programa nuclear de Israel. Ele também fundou o Centro Nuclear militar israelense de Dimona, um projeto que instigou uma corrida armamentista perigosa e não convencional no Oriente Médio. Há também evidência substancial de seu apoio moral e militar ao brutal regime de apartheid da África do Sul e seu projeto nuclear.
Nós já testemunhamos inúmeros artistas vindo se
apresentar em Israel pela “paz”. Nenhum deles deixou um
legado político aqui. Nenhum deles começou uma onda
de dissidência e ativismo pelo fim dos crimes cometidos
pelo governo israelense contra milhões de pessoas. Por
outro lado, artistas que escolheram não se apresentar
aqui deram uma mensagem moral clara: esses crimes não
serão tolerados!
Nesta segunda-feira, Caetano Veloso e Gilberto Gil
forneceram serviços de propaganda ao regime de
apartheid de Israel e seus esforços anti-BDS. Só se pode
esperar que eles farão como Roger Waters, que se
apresentou aqui mas depois percebeu que cometeu um
erro. Talvez eles também percebam que o movimento
global e não violento de BDS é o caminho para justiça,
igualdade e — só quando estas forem alcançadas — paz.
Ofer Neiman e Yonatan Shapira são israelenses que
apoiam a campanha do BDS
O premiê israelense,
Benjamin Netanyahu, recebeu uma onda de críticas dentro do próprio país após dizer
que Hitler inicialmente não queria
exterminar os judeus, mas foi convencido
por um líder religioso palestino.
Em discurso na terça-feira (22) durante o 37º Congresso Sionista Mundial, em
Jerusalém, Netanyahu afirmou que a ideia de Hitler era apenas expulsar os judeus da
Europa, e que o ditador alemão teria mudado os planos após orientação de Haj Amin
al-Husseini, grão-mufti de Jerusalém entre 1921 e 1937.
"Haj Amin al-Husseini foi até Hitler (em 1941) e disse: 'Se você expulsá-los, eles virão todos para cá.'", disse o premiê. "'Então o que devo fazer com eles?', ele (Hitler) perguntou. Ele (Husseini) disse: 'Queime-os'", completou Netanyahu.
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou nesta quarta-feira que "não há razão para mudar" a visão de seu país da história após o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, apontar uma responsabilidade palestina no Holocausto.
Na entrevista coletiva conjunta após seu encontro com Netanyahu em Berlim, Merkel afirmou que a Alemanha está
convencida da "responsabilidade" do nacional-socialismo de Adolf Hitler no extermínio de seis milhões de judeus.
"Por isso não vemos nenhuma razão para mudar nossa visão sobre a história e, especialmente, sobre esta questão",
ressaltou.
Segundo a chanceler, será preciso explicar "várias vezes às gerações futuras", por exemplo, nas escolas, sobre a
responsabilidade alemã no genocídio judeu.