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TV Digital: Visão Geral do Sistema Brasileiro

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Academic year: 2021

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TV Digital: Visão Geral do Sistema Brasileiro

O conteúdo deste tutorial foi obtido do trabalho elaborado pelos autores Aldilenice e Rodrigo para a etapa de classificação do III Concurso Teleco de Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) 2007. Foram orientadores do TCC os professores Jovino Francisco Filho e José Carlos da Silva.

Este tutorial apresenta o padrão de transmissão da TV Digital adotado no Brasil, procurando explicar as diferenças entre a TV analógica e digital e suas funcionalidades.

Aldilenice Onesia Ferreira

Tem graduação em Tecnologia em Redes de Computadores, pela Faculdade de Tecnologia Paulo Freire (Brasília, DF – 2007).

Atualmente trabalha no Ministério da Educação, em Brasília, DF.

E-mail: aldilenice@gmail.com

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Rodrigo Justino de Souza

Tem graduação em Tecnologia em Redes de Computadores, pela Faculdade de Tecnologia Paulo Freire (Brasília, DF – 2007). Esta cursando o MBA - TV Digital, Radiodifusão & Novas Mídias de Comunicação Eletrônica, na Universidade Federal Fluminense - UFF.

Atuou como Auxiliar Administrativo na Bimbo do Brasil e no condomínio Central Park. Atuou também como Analista de Ouvidoria no Ministério da Previdência Social (Ouvidoria Geral) e exerceu várias funções na Marinha do Brasil (Gabinete do Comandante da Marinha).

Trabalhou também na prestação de serviços para a TIM.

E-mail:rodrigo.fatep@gmail.com

Duração estimada: 15 minutos

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TV Digital: Introdução

A partir do dia 2 de dezembro de 2007 chegou ao Brasil às imagens do futuro, ou seja, as televisões de alta definição. Esse evento foi o começo de show de interatividade e mudança que irá atingir vários equipamentos. O início foi previsto para cidade de São Paulo.

Não é simplesmente uma apresentação de um novo método de transmissão, mas sim uma nova era no Sistema Brasileiro de Televisão.

Para quem já está acostumado com o padrão atual, e assistir uma TV assim, será como se “uma pessoa com problemas visuais saísse de uma loja com os seus óculos.” As imagens serão nítidas. Será como olhar para a janela e ver uma paisagem.

Na verdade, quando o expectador estiver assistindo uma programação, seja qual for ela, ele irá sentir-se como se estivesse no próprio lugar, pois será uma transmissão realista.

Um dos responsáveis pelo desenvolvimento desta nova tecnologia chamada TV de ultra – alta definição (U– HDTV) é Hirokazu Nishiyama, diretor da NHK, a TV estatal do Japão.

O Decreto nº 4901, de 26 de novembro de 2003 que estabeleceu a criação do Sistema Brasileiro de Televisão Digital, tem por finalidade alcançar alguns propósitos como a inclusão social, as diferentes culturas e língua existente no Brasil, por meio desta nova tecnologia digital.

Ele descreve os objetivos do Sistema Brasileiro de Televisão:

• Incentivar a pesquisas as novas tecnologias brasileiras relacionadas à indústria e a tecnologia de informação. Porém, a transição da TV analógica para a digital, deve ser de modo gradual para atender aos usuários de acordo com as suas necessidades.

• Estimular a crescimento das atuais emissoras de televisão analógica e também a ascensão de novas empresas no mercado, propiciando o crescimento deste setor e definir este novo sistema de acordo com a situação financeira e empresarial do País.

• Aperfeiçoar o modelo atual, de áudio, vídeo e serviços instalados hoje no Brasil. Além disso, contribuir para a expansão da Educação à Distância.

O Brasil gostaria de adotar um modelo próprio neste novo sistema, assim faria a inclusão digital, aproveitando a oportunidade de se fazer com mais rapidez a inclusão social, proporcionando as descobertas de novos pesquisadores.

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TV Digital: O que é?

A TV digital é uma nova tecnologia de transmissão de sinais de televisão, que proporcionará gratuitamente ao telespectador melhor qualidade de imagens e sons e uma série de novos benefícios, tais como ver televisão quando em deslocamento e interagir com os programas.

Com as transmissões digitais, a televisão terá uma imagem sem fantasmas ou chuviscos, nítida, com som comparável ao de um CD. Além desses são vários os benefícios que a TV Digital trará ao espectador, como, por exemplo, Alta definição ou HDTV - high definition television, ou ainda HD - high definition, ou seja, os programas poderão ser transmitidos com a nitidez e em formato de cinema, a chamada tela larga, ou 16:9.

Diante da mudança da TV analógica para Digital algumas dúvidas surgiram, se a interatividade é uma simples evolução que já conhecemos, ou ela é uma nova mídia, com suas peculiaridades?

Ao contrário do que possa parecer, não há respostas prontas ou fáceis para essa questão. Por um lado a TV passa a agregar novas tecnologias, novos serviços e até programações impensáveis há alguns anos; por outro, não deixa de ser televisão, com todos os atrativos e problemas de programação que conhecemos.

Para tentar chegar a uma resposta, vamos analisar duas características essenciais da TV analógica: a unidirecionalidade e a passividade do telespectador. A televisão analógica, por restrições tecnológicas, não permite a interatividade. O telespectador não pode se comunicar com o transmissor sem fazer uso de um terceiro meio de comunicação, seja telefone, fax ou e-mail. A única interação possível é com o próprio aparelho receptor: ligar, desligar, trocar de canal.

Essa impossibilidade deixa o telespectador totalmente inerte, sem ação diante da programação oferecida. Entramos na segunda característica, a passividade. Quem está sentado diante da telinha apenas recebe as informações transmitidas, sem ter um papel ativo em relação a elas.

No caso da TV interativa, esses dois paradigmas são quebrados. Ao passarmos para o nível 5 de interatividade, abre-se a possibilidade de interagir com o transmissor; o telespectador começa a tomar um papel ativo diante da TV, interrompendo a unidirecionalidade do veículo. Duas mudanças importantes na própria concepção do media televisão, que representam uma verdadeira revolução na teoria televisiva.

Essa quebra de paradigmas não representa o fim da televisão, pois a atual forma de ver TV pode continuar. Representa, isso sim, o surgimento de uma nova mídia, com características próprias, peculiares a sua natureza tecnológica.

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Figura 1: TV analógica atual.

Figura 2: TV digital.

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TV Digital: Diferenças da TV Analógica

A TV digital permite, além de uma qualidade de imagem e som muito superior à televisão convencional, a possibilidade de interatividade e o oferecimento de novos serviços. Apesar dessa diferença fundamental com relação à TV analógica, a TV digital continua, da mesma forma, a lidar com informações de áudio e vídeo. A diferença básica é que agora os dados passam a ser manipulados na forma digital. Um sistema digital que manipula fluxos de áudio e vídeo costuma ser chamado sistema multimídia.

Do ponto de vista lingüístico, sistema multimídia é um sistema capaz de lidar com mais de um tipo de mídia. Contudo, segundo essa definição, um computador que manipulasse texto alfanumérico e gráfico poderia ser enquadrado nessa definição. Por conseguinte, costuma-se adotar uma definição mais estrita: multimídia é todo sistema capaz de lidar com pelo menos um tipo de mídia contínua na forma digital, além de outras mídias estáticas (Lu, 1996).

A TV convencional, ao contrário da TV digital, não pode ser considerada como um sistema multimídia, pois não trabalha com mídias digitais. Pela própria definição do meio, todas as informações transmitidas são analógicas.

É importante notar também, que pela definição acima existem mídias estáticas e mídias contínuas. Essa classificação leva em consideração o comportamento temporal da mídia. Aquelas que não mudam com o tempo são denominadas estáticas ou discretas (imagens e gráficos, por exemplo); enquanto que as mídias contínuas ou dinâmicas possuem dimensão temporal, por exemplo, animação, áudio e vídeo.

Ao contrário das mídias estáticas, as contínuas possuem uma taxa de apresentação. Por exemplo, um vídeo no formato PAL-M, padrão usado no Brasil, tem seus quadros apresentados na taxa de trinta quadros por segundo (mais informações no final do capítulo). Por esse motivo, também costumam ser chamadas de mídias isócronas (do grego, "iso" = igual, "cronos" = tempo; ou seja, mídias que têm intervalos de tempos de apresentação iguais).

Além da classificação pela natureza temporal da mídia, outra forma de classificação leva em consideração se a mídia é sintetizada pelo ser humano, ou capturada por algum dispositivo.

A Televisão Digital de alta resolução – HDTV representa muito mais do que a simples questão da resolução mais alta das imagens.

Nos dois sistemas de HDTV, o sinal de vídeo analógico contém freqüência de até 20 MHz, o que torna impossível a sua transmissão através dos canais tradicionais de TV, com banda de 6 MHz.

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TV Digital: Vantagens e Desvantagens

A TV digital tem várias vantagens em relação à TV analógica, e a vantagem mais perceptível da transmissão em sistema digital é a conservação da qualidade do sinal, pois o número de linhas horizontais no canal de recepção, mesmo em modo SDTV (Standard Definition Television), é superior a quatrocentos, sendo idêntico àquele proveniente do canal de transmissão.

Nos atuais sistemas analógicos, em função das perdas a definição nos aparelhos receptores (TVs e videocassetes) atinge, na prática, somente 330 linhas horizontais, ou seja, ocorre uma perda de quase 50%. Isso impacta diretamente na qualidade da imagem que vemos na TV. Digitalmente, a imagem é muito mais imune a interferências e ruídos, ficando livre dos “chuviscos” e “fantasmas” tão comuns na TV analógica.

Na transmissão digital, os sinais de som e imagem são representados por uma seqüência de bits, e não mais por uma onda eletromagnética análoga ao sinal televisivo, Montez (2005).

Tecnicamente outra grande vantagem da TV digital é a otimização do espectro de freqüência, que pode ocorrer de duas formas:

• Compactação do sinal: na transmissão analógica, os sinais não podem ser comprimidos ou compactados, tal como ocorre na transmissão digital. Cada pixel do sinal analógico padrão, são emitidos sinais com 525 linhas por 720 pixels, totalizando 378.000 pixels por quadrado, o que ocupa todo canal de 6MHZ disponível no sistema brasileiro. Como veremos no capítulo 5, a transmissão digital pode ser compactada, tornando desnecessário o envio de todos os pixels de cada quadro, reduzindo a banda usada na transmissão. Os sinais binários possibilitam a compactação dos dados sem perda de qualidade. A compactação leva a uma menor taxa de transmissão, possibilitando que mais conteúdo seja veiculado nos mesmo canais. Por exemplo, na faixa de freqüência de 6MHZ que um canal de TV analógica brasileiro necessita, podem ser transmitidos simultaneamente diversos sinais de TV digital. Com as atuais tecnologias de compactação, é possível transmitir um canal de HDTV ou até quadro de SDTV.

• Ausência de interferência: na transmissão analógica, seja UHF ou VHF, um canal interfere no outro se ambos forem alocados em freqüências muito próximas. Para evitar isso, é preciso deixar uma faixa do espectro livre entre dois canais.

O teste pode ser feito em casa mesmo. Vários canais sintonizam bem, mas seu áudio ainda pode ser percebido num canal acima ou abaixo, canal esse livre, onde nada deveria ser sintonizado. Na transmissão digital isso não acontece mais. Um canal não interfere no outro, dispensando o canal livre do sistema analógico.

Se tomarmos como exemplo Florianópolis, SC, temos em uso os canais 2, 4, 6, 9, 12, 15, 18, e 20. Ou seja, 120MHZ para transmitir oito canais, que em tese precisam de apenas 48MHZ. No sistema digital, os canais intermediários (vagos) podem ser realocados para outras emissoras de TV ou prestadoras de serviços de telecomunicações, dependendo da regulamentação.

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TV Digital: Considerações Finais

Na verdade, trata-se de uma revolução no Sistema Brasileiro de Televisão, com um grande potencial transformador nas relações de indústria, comércio, serviço para país e para a sociedade brasileira.

Referências

Software Embarcado - A nova onda da Informática, Cezar Taurion, 204 páginas, 1ª edição – 2005.

Televisão Digital, Eng. Arilson Bastos / Eng. Sérgio L. Fernandes, do Autor, 185 páginas - 1ª edição – 2004.

TV Digital Interativa: Conceitos, Desafios E Perspectivas Para O Brasil, do autor Carlos Montez; Valdecir Becker, Editora: UFSC, Edição – 2, 2006.

Televisão Analógica e Digital, Júlio Ross, Editora: Antenna Edições Técnicas, Edição: 1, 2007.

CPqD – Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações BRASIL, site : www.cpqd.com.br

BIBLIOTECA on-line. Disponível em: www.mundodatv.com

BIBLIOTECA on-line. Disponível em: www.sbtvd.cpqd.com.br

BIBLIOTECA on-line. Disponível em: www.teleco.com.br

BIBLIOTECA on-line. Disponível em: www.tiinside.com.br

Site do Ministério das Comunicações: www.mc.gov.br

Site do Ministério da Ciência e Tecnologia: www.mct.gov.br

Site da Anatel: www.anatel.gov.br

Site da ABERT: www.abert.gov.br

CPqD. Panorama mundial de modelos de exploração e implantação. Disponível em: http://www.fndc.org.br/arquivos/104TV_Digital_panorama_mundial_VAC.pdf Acesso em: 13 fev. 2006.

Decreto nº 4901, de 26 de novembro de 2003

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TV Digital: Teste seu Entendimento 1. Qual das alternativas apresenta uma das vantagens da nova TV digital?

Som comparável ao de um CD. Imagem sem fantasmas ou chuviscos.

Imagens em Alta Definição (HDTV), com formato de cinema (16:9). Possibilidade de ver televisão quando em deslocamento.

Todas as anteriores.

2. Como podem ser comparados os sistemas de TV analógica e TV Digital quanto à sua interatividade? A TV analógica é unidirecional e o telespectador é passivo.

A TV Digital é unidirecional e o telespectador é passivo.

Tanto a TV analógica quanto a TV Digital são sistemas unidirecionais. Tanto na TV analógica como na TV digital o telespectador é ativo.

3. Quantos canais de TV digital podem ser transmitidos na faixa de 6 MHz destinada a cada canal de TV analógica?

Um canal com resolução SDTV.

Dois canais com resolução HDTV ou dois canais com resolução SDTV. Um canal com resolução HDTV ou quatro canais com resolução SDTV. Um canal com resolução U-HDTV.

Referências

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