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LEONARDO CANTERI ANGELO TELEVISÃO DIGITAL

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Academic year: 2021

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Londrina 2017

LEONARDO CANTERI ANGELO

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TELEVISÃO DIGITAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Pitágoras UNOPAR, como requisito parcial para obtenção do título de graduado em Engenharia Elétrica.

Orientador: Prof.º Bruno Leandro Galvão Costa.

Londrina 2017

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TELEVISÃO DIGITAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Pitágoras UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia Elétrica.

BANCA EXAMINADORA

Prof. Msc. José Augusto Coeve Florino

Prof. Msc. Lucas Dias

Prof. Msc. Bruno Rostilla

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RESUMO

A maneira como estamos assistindo televisão está mais uma vez mudando. Depois da transição do preto e branco para as cores, agora a televisão está mudando do analógico para o digital. Este trabalho foi desenvolvido através de consulta em livros e artigos com o objetivo de esclarecer as mudanças ocorridas e analisar os diferentes padrões da TV digital. Em um primeiro momento, é apresentado um breve contexto histórico que conta as origens da televisão no Brasil e no mundo. Após isso, foi descrito o funcionamento dos três principais padrões de TV digital, o americano, o europeu e o japonês, além de explorar o padrão utilizado no Brasil, apontando suas semelhanças e diferenças com os demais padrões. Por fim, foi feito uma análise em relação aos hábitos de assistir televisão, e como eles estão mudando e ainda poderão mudar no futuro.

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ABSTRACT

The way we watch TV is changing once again. After the transition from black and white to colors, television is now switching from analogue to digital. To the development of this paper, it was consulted books and articles with the objective of clarifying the changes and analise the different Digital TV standards. At first, it is presented a brief historical context that tells the origins of television in Brazil and in the world. After that, it was described how the three main Digital TV standards work, the american, the european, and the japanese, but also exploring the standard used in Brazil, pointing out the similarities and differences between it and the previous standards. At last, it was analyzed the TV viewing habits, and how they have been changing and could still change in the future.

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Quadro 1 – Algumas características dos três sistemas de DTV...23 Quadro 2 – Principais características do sistema MI-SBTVD...25

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Abert Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão Anatel Agência Nacional de Telecomunicações

ARIB Association of Radio Industries and Businesses ATSC Advanced Television System Committee

BBC British Broadcasting Corporation

CBC 2 Comissão Brasileira de Comunicação 2

CC Common Core

CENELEC European Committee for Electrotechnical Standardization CPqD Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações

DVB Digital Video Broadcasting

EBU European Broadcasting Union

ETSI European Telecommunication Standards Institute HDTV High Definition Television

HEVC High Efficiency Video Coding

ISDB Integraded Services Digital Broadcasting ISDTV International System for Digital Television

ITU International Telecommunication Union

JTC Joint Technical Committee

Mbps Mega bits por segundo

MPEG Moving Picture Experts Group

NBC National Broadcasting Company

NCL Nested Context Language

NTSC National Television System Commitee OFDM Orthogonal Frequency Division Multiplexing PUC Pontifícia Universidade Católica

RCA Radio Corporation of America

SBPC Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência SBTVD Sistema Brasileiro de Televisão Digital

SDTV Standard Definition Television

SET Sociedade de Engenharia de Televisão UFPB Universidade Federal da Paraíba

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ... 8

1. HISTÓRIA DA TELEVISÃO ... 9

1.1. A TELEVISÃO NO BRASIL ... 10

1.2. A TELEVISÃO EM CORES ... 11

1.3. DESENVOLVIMENTO DA TELEVISÃO DIGITAL ... 12

2. O FUNCIONAMENTO DA TELEVISÃO DIGITAL ... 16

2.1. A TELEVISÃO ANALÓGICA ... 17

2.2. A TELEVISÃO DIGITAL ... 18

2.3. PADRÕES DE TELEVISÃO DIGITAL ... 20

2.3.1. O sistema ATSC ... 20 2.3.2. O sistema DVB ... 21 2.3.3. O sistema ISDB ... 22 3. O PADRÃO BRASILEIRO SBTVD ... 24 3.1. O MIDDLEWARE GINGA ... 26 3.1.1. O que é o Ginga?... 26 3.1.2. O objetivo do Ginga ... 27 3.1.3. A arquitetura do Ginga ... 27 3.1.4. O impacto do Ginga ... 28

3.2. O FUTURO DA TELEVISÃO DIGITAL ... 28

CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 30

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INTRODUÇÃO

A televisão digital cresceu exponencialmente nos últimos anos, seja em número ou em importância. Com o desligamento do sinal analógico, a televisão digital tornou-se essencial na casa e na vida dos brasileiros. A invenção da televisão é algo um pouco abstrato, pois seu desenvolvimento ocorreu quase que simultaneamente em diversos países. A história do desenvolvimento da televisão pode ser dividida em cinco marcos. Sendo a fundição das técnicas de eletrônica digital com as técnicas televisivas, o quinto e mais recente marco, e ainda gera mundialmente, inúmeras discussões.

A televisão digital que esta em evidência tanto no Brasil quanto no mundo, pois com a transição total para o sinal digital, esse novo modelo de televisão terá grande impacto na sociedade. Essa transição possui uma importância histórica tão grande quanto a transição da televisão em preto e branco para a televisão em cores. Para determinar qual a relação entre os pros e contras do sistema digital é necessário conhecer o seu funcionamento e técnicas empregadas, mas também lembrar como a televisão se desenvolveu.

As diferenças entre os padrões estabelecidos, os modelos de implementação e a concepção de interatividade, compõe os principais pontos dos confrontos entre os críticos e os defensores desta tecnologia. Portanto é possível estabelecer uma análise sobre esta tecnologia que chegue próxima a uma conclusão para as discussões relacionadas à transição para o modelo digital?

O objetivo deste trabalho foi conhecer as técnicas utilizadas pelos sistemas de televisão digital e estabelecer uma relação com as vantagens e desvantagens que este modelo proporciona. Relatar aspectos históricos que demonstram como esta tecnologia foi criada. Compreender as tecnologias empregadas através dos anos e a comparação delas. Analisar o padrão utilizado pelo Brasil, e realizar uma projeção para o futuro dos sistemas de televisão.

O tipo de pesquisa realizado neste trabalho foi uma Revisão de Literatura, no qual foi realizada consulta a livros, dissertações e em artigos científicos. O período dos artigos pesquisados foram os trabalhos publicados nos últimos 15 anos. As palavras-chave utilizadas na busca foram: televisão digital, telecomunicações e tecnologia.

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1. HISTÓRIA DA TELEVISÃO

Desde os primórdios da civilização, a possibilidade de manejar imagens vem sendo explorada. Nos tempos pré-históricos, o homem relatava suas experiências em através de desenhos. A partir do aprimoramento técnico, a pintura passou a ser o meio de retratar os acontecimentos da época. A fotografia proporcionou que a realidade fosse relatada mais fielmente. E, por fim, com o cinema as imagens ganharam vida, nos possibilitando ainda mais reproduzir a realidade (VANNUCCHI, 2017).

A televisão herdou do cinema inúmeras características, porém sua capacidade de estar próxima ao tempo presente, e sua proximidade de estar presente nos lares, possibilitaram que ela se tornasse uma maneira poderosa de transmitir informações, influenciar idéias e construir ideais (VANNUCCHI, 2017).

Segundo Vannucchi (2017, p. 1) “em 1817, o químico sueco Jakob Berzelius descobriu o Selênio, mas só 56 anos depois, em 1873, que o inglês Willoughby Smith comprovou que o Selênio possuía a propriedade de transformar energia luminosa em energia elétrica”. Sendo esta descoberta que nos possibilitou transmitir imagens através da corrente elétrica.

A célula fotoelétrica foi inventada em 1892, por Julius Elster e Hans Getiel. Em 1906, em países diferentes, Arbwehnelt e Boris Rosing desenvolveriam um sistema televisivo utilizando raios catódicos. Este sistema constituía na exploração de espelhos somados a tubos de raios catódicos (VANNUCCHI, 2017).

Em 1920, através do inglês John Logie Baird, foram realizadas verdadeiras transmissões através de um sistema mecânico que se baseava na invenção de Nipkow. Em 1924, sombras de objetos e, em 1925, pessoas, foram transmitidas à distância. No ano seguinte, Baird realizou sua primeira demonstração para a comunidade científica e foi então contratado pela BBC (British Broadcasting Corporation) para realizar transmissões experimentais (VANNUCCHI, 2017).

Durante essa época, no ano de 1923, o russo Wladimir Zworykin patentearia o iconoscópio, uma invenção utilizando tubos de raios catódicos. Zworykin seria contratado pela RCA (Radio Corporation of America) para liderar o grupo que produziu o primeiro tubo televisivo, sendo chamado orticon, e produzido em massa a partir de 1945. Enquanto isso, em 1927, Philo Farnsworth patentearia um sistema

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que disseca imagens através de raios catódicos, porém não atingiria um nível satisfatório de resolução (VANNUCCHI, 2017).

A televisão na Alemanha é emita oficialmente, em 1935 e, oito meses depois, a Torre Eiffel seria posto emissor na França (VANNUCCHI, 2017). Em 1936, Londres inaugura a estação principal da BBC, utilizando uma definição de 405 linhas. Possibilitando a transmissão da coroação do Rei Jorge VI, realizada por três câmeras e assistida por quase cinquenta mil telespectadores (BBC, 2017).

Em 1938, a Rússia começa a realizar transmissões regulares de televisão. Realiza-se, em 1939, a primeira transmissão nos Estados Unidos. A NBC (National Broadcasting Company) iniciou transmitindo para aproximadamente 400 aparelhos em Nova Iorque, com uma resolução de 340 linhas e trinta quadros por segundo (VANNUCCHI, 2017).

Durante a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha foi o único país europeu a manter a televisão no ar. Paris retomou as transmissões em outubro de 1944, Moscou em dezembro de 1945 e a BBC em junho de 1946 (VANNUCCHI, 2017).

1.1. A TELEVISÃO NO BRASIL

Foi realizada em 1939, exclusivamente durante a Feira Internacional de Amostras no Rio de Janeiro, a primeira transmissão televisiva do Brasil, utilizando equipamentos alemães. Em 1948 um teste para transmitir televisão foi realizado em Minas Gerais (ALENCAR, 2007).

Um ano depois, Assis Chateaubriand viajou a Nova Iorque para adquirir equipamentos televisivos com a fabricante RCA e a emissora NBC. Foram pagos 500 mil dólares, primeira parcela dos 5 milhões de dólares acertados, diretamente a David Sarnoff, presidente da RCA (ALENCAR, 2007).

De acordo com Alencar (2007, p. 27) “a televisão no Brasil teve sua pré-estréia no dia 3 de abril de 1950. As imagens não passaram do saguão dos Diários Associados na Rua 7 de Abril em São Paulo, onde havia alguns aparelhos de TV instalados”. No dia 25 de março de 1950, foram retirados no porto de Santos, os equipamentos comprados da RCA. E em 18 de setembro, Assis Chateaubriand inauguraria a TV Tupi de São Paulo, PRF-3 TV, Canal 3.

Em 1951, já existiam, aproximadamente, 7 mil aparelhos de televisão entre São Paulo e Rio de Janeiro. No dia 20 de janeiro iniciaram as operações da TV Tupi

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do Rio de Janeiro. Começaram a ser fabricados os primeiros receptores de televisão no Brasil, por Bernardo Kocubej, com a marca Invictus (ALENCAR, 2007).

Em 27 de setembro de 1953, a TV Record de São Paulo, que pertencia à família Machado de Carvalho, foi inaugurada. Em 1954, o Brasil já possuía 34 mil aparelhos de televisão. Surgia o primeiro modelo semiportátil com fabricação nacional (ALENCAR, 2007).

Em 1955, como não havia um código de leis de telecomunicações no Brasil, cabia às emissoras arcar com o ônus total da iniciativa de implantação das torres de transmissão, situadas de 40 a 50 quilômetros umas das outras, entre São Paulo e Rio de Janeiro (ALENCAR, 2007).

No ano de 1956, pela primeira vez, as três emissoras de televisão de São Paulo tiveram um arrecadamento maior que as 13 emissoras de rádio, calcula-se que a televisão tenha atingido cerca de um milhão e meio de telespectadores em todo o país. Neste mesmo ano, Assis Chateaubriand inaugurou mais nove estações de sua rede: Porto Alegre, Curitiba, Salvador, Recife, Campina Grande, Fortaleza, São Luiz, Belém e Goiânia (ALENCAR, 2007).

Os aparelhos de videoteipe foram utilizados pela primeira vez no Brasil em 1958. E em 1959, sua importação foi liberada pelo governo. Em outubro, o Ministro da Justiça, Armando Falcão, assinou a primeira regulamentação à censura de TV no Brasil. No Brasil, a primeira transmissão colorida ocorreu oficialmente em 19 de fevereiro de 1972 (ALENCAR, 2007).

1.2. A TELEVISÃO EM CORES

As transmissões coloridas, nos Estados Unidos, tiveram inicio em 1954. Mas já em 1929, Hebert Eugene Ives transmitiu, em Nova Iorque, as primeiras imagens em cores com 50 linhas de definição. Em 1940, o invento seria aperfeiçoado por Peter Goldmark que realizaria simulações utilizando 343 linhas (VANNUCHI, 2017).

Foi criado nos Estados Unidos um comitê batizado de NTSC (National Television System Committee). O comitê desenvolveu um sistema utilizando o padrão preto e branco que funcionava com níveis de luminância (Y) e acrescentando a crominância (C). A idéia de captar imagens em cores vem da decomposição da luz branca nas cores primárias: vermelho, verde e azul. Sendo utilizada uma proporção de níveis de 30%, 59% e 11%, respectivamente (VANNUCCHI, 2017).

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1.3. DESENVOLVIMENTO DA TELEVISÃO DIGITAL

A televisão de alta definição, conhecida como High Definition Television (HDTV), já está em funcionamento nos Estados Unidos, desde 1995, e no Japão, primeiro país a colocar um satélite no espaço dedicado a esse tipo de transmissão (ALENCAR, 2005).

Os estados Unidos adotaram o padrão Advanced Television System Committe (ATSC), os europeus criaram o Digital Video Broadcasting (DVB) e o Japão criou o Integraded Services Digital Broadcasting (ISDB). Os objetivos comuns aos diversos sistemas foram: manter as mesmas faixas de frequência utilizadas, aumentar as resoluções espaciais, vertical e horizontal, melhorar a representação de cores, apresentar uma razão de aspecto de 16×9, som multicanal de alta fidelidade e transmissão de dados (ALENCAR, 2005).

A televisão no Brasil completou mais de meio século e sofreu uma transformação com a chegada da TV Digital de alta definição. Desde a inauguração da televisão no País, foram 22 anos de espera pelas imagens coloridas e mais de 35 anos para iniciar o processo para se ter a televisão digital (ALENCAR, 2005).

Há décadas que a televisão digital esta em discussão no cenário brasileiro e mundial, porém sua implantação efetiva começou apenas no final dos anos 90, por meio da CBC 2 (Comissão Brasileira de Comunicação 2) criada pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Diversos profissionais de telecomunicações foram convidados para integrar a comissão (ALENCAR, 2005).

Em 1998, foi criado um acordo entre a Universidade Presbiteriana Mackenzie, a Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão) e a SET (Sociedade de Engenharia de Televisão), apoiado pelo CPqD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações), a fim de testar os principais sistemas de televisão digital em operação no cenário mundial: o americano ATSC, o europeu DVB-T e o japonês ISDB-T (ALENCAR, 2007).

A SET e a Abert criaram, em 1994, um grupo técnico para pesquisar a implantação da televisão digital no Brasil, além de preparar as empresas radiodifusoras para lidar com a nova tecnologia (ALENCAR, 2007).

Foram realizados testes com os principais padrões digitais entre os anos de 1999 e 2000. O resultado desses testes, que integraram o relatório final – Testes em

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Sistemas de TV Digital foram enviados à Anatel objetivando auxiliar o governo brasileiro na decisão de qual padrão seria adotado pelo País. Em 1999, foi estabelecido um termo de colaboração entre a Anatel e o CPqD e foi iniciada uma avaliação técnica e econômica que decidiria qual padrão de transmissão digital seria utilizado no projeto brasileiro de radiodifusão de sons e imagens (ALENCAR, 2007).

Então as concessionárias de radiodifusão foram autorizadas pela Anatel a realizarem testes laboratoriais com sistemas de transmissão digital, objetivando a avaliação das técnicas concorrentes à melhora do padrão de serviço (ALENCAR, 2007).

Inicio-se em maio de 2000, tendo fim em novembro de 2003, o planejamento dos princípios da televisão digital, realizado pela Anatel, com ajuda técnica do CPqD e das emissoras (SET/Abert). Dentre esses princípios estavam (ALENCAR, 2007):

1 – O mantimento da largura de banda (sendo de 6 MHz) e da cobertura dos canais analógicos;

2 – Locais com população superior a 100 mil habitantes devem ser atendidos por pelo menos uma estação geradora, ou unicamente por estações retransmissoras, isso também vale para locais com população inferior a 100 mil habitantes, mas situados a até 3 km de distancia dos locais dos casos anteriores;

3 – O padrão de modulação escolhido foi aquele que exige maior intensidade de sinal no receptor, mas que prioriza a recepção interna nas áreas urbanas (ALENCAR, 2007).

O Ministério das Comunicações começou a desenvolver o SBTVD (Sistema Brasileiro de Televisão Digital), que estaria em funcionamento até 2006. Aproveitando a relevância, a Sociedade Brasileira de Telecomunicações organizaria o primeiro workshop abordando o desenvolvimento do SBTVD. Como resultados imediatos deste workshop foram organizadas equipes de trabalho a fim de levantar as competências para a mineração de projetos (ALENCAR, 2007).

O Governo Federal publicou o Decreto número 4.901, objetivando a democratização da informação por meio do acesso à tecnologia digital, no qual definiria o papel da comunidade científica na criação do padrão de televisão digital. Ficando definido que na primeira parte do projeto a dedicação seria toda voltada à análise das possibilidades em relação ao padrão brasileiro de televisão digital (ALENCAR, 2007).

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definidos, incluindo a realização de pesquisas elaboradas por diversas instituições, entre elas o CPqD. Essas pesquisas continham as referentes propostas (ALENCAR, 2007):

Definir o modelo de referência do Sistema Brasileiro de Televisão Digital, o padrão de televisão digital a ser adotado no País, a forma de exploração do serviço de televisão digital e o período e modelo de transição do sistema analógico para digital (ALENCAR, 2007).

Por fim, ficaram definidos os sete princípios para a televisão digital brasileira: a) A proporção de aspecto deve assemelhar-se ao padrão em uso (9 x 16), a fim de manter-se compatível com os demais sistemas adotados;

b) As faixas de frequência devem seguir os padrões adotados pelo Brasil para as de frequências muito altas e ultra-altas;

c) A programação deve ser transmitida nos sistemas SDTV e HDTV por um determinado período de tempo;

d) Deve-se compensar através de equalização e modulação em subfaixas as ações de multipercurso, com a seletividade em frequência, filtragem do canal e Doppler;

e) A interatividade é requisito das operadoras, a fim de utilizar a mídia no comércio eletrônico;

f) Os conteúdos ficam por conta das geradoras. O governo deve interferir minimamente;

g) Não se deve utilizar um grande número de circuitos integrados, mas buscar a aceleração da obtenção dos fatores de escala de produção (ALENCAR, 2007).

A evolução do projeto SBTVD foi satisfatória. Foram 105 instituições envolvidas, sendo divididas em 22 associações, e com as pesquisas técnicas coordenadas pelo CPqD. Foram desenvolvidos 147 relatórios com aproximadamente 15 mil páginas ao todo, retratando todos os setores da televisão digital (ALENCAR, 2007).

Em novembro de 2005, a SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) se reuniu com o ministro Hélio Costa com a intenção definir a segunda etapa do SBTVD. Ficou instaurado o Fórum do Sistema Brasileiro de Televisão Digital, que contou com a presença de instituições e empresas que desenvolveram o projeto brasileiro de televisão digital (ALENCAR, 2007).

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Em março de 2007, o Fórum de Televisão Digital, concluiu uma compilação com a primeira versão das normas técnicas do ISDTV (International System for Digital Television), que seria o novo nome do Sistema Brasileiro de Televisão Digital. Estas normas consistem em parâmetros técnicos que devem ser observados pelas indústrias no processo de fabricação de equipamentos de transmissão e recepção (ALENCAR, 2007).

Considerando que a televisão ainda é um dos principais canais de comunicação disponível para todos os usuários, então o novo padrão de TV digital do Brasil deve suportar a interatividade. Portanto, a televisão digital, que é a evolução da televisão analógica, passa a ser considerada pelo governo brasileiro como uma ferramenta de inclusão digital (ALENCAR, 2007).

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2. O FUNCIONAMENTO DA TELEVISÃO DIGITAL

A televisão digital é uma tecnologia mais avançada do que a antiga analógica. Ao contrário da televisão analógica, que usa um sinal continuamente variável, uma transmissão digital converte a programação em um fluxo binário de bits, sequências de 0 e 1. Essa é a mesma maneira que os computadores utilizam para armazenar informações em arquivos de dados; cada bit representa uma pequena parte da imagem, e todos os bits se combinam para reproduzir a imagem original (MILLER, 2008).

A principal vantagem da transmissão digital é que esses bits binários se recombinam para reproduzir uma cópia exata do material original. A imagem e o som recebidos de uma transmissão digital são sempre idênticos à fonte original. Isso acontece porque os sinais digitais não enfraquecem a distância, como fazem os sinais analógicos. Enquanto o sinal pode ser recebido, a imagem será perfeita, sem degradação ou fantasma. Como os sinais digitais são compostos de bits binários, um 1 será sempre um 1 e um 0 será sempre um 0 (MILLER, 2008).

Além disso, a tecnologia digital é muito mais eficiente. Uma transmissão digital requer menos largura de banda do que uma transmissão analógica similar. Isso permite que as estações de televisão locais transmitam dois, três ou até quatro canais digitais no espaço de um único canal analógico. Essa tecnologia de multidifusão significa uma maior variedade na programação de suas estações locais, todas fornecidas com qualidade digital superior (MILLER, 2008).

Embora os sinais digitais sejam mais claros que os sinais analógicos, eles nem sempre são perfeitos. Enquanto um sinal analógico antigo pode desaparecer e ficar ruidoso à medida em que se afasta da torre transmissora, um sinal digital não desaparecerá. Ele permanecerá perfeito até aquele ponto onde é muito fraco para continuar. Nesse ponto, a imagem e o som simplesmente desaparecerão, muitas vezes sem aviso prévio. A televisão digital é uma proposição de tudo ou nada, ou se obtém uma ótima imagem ou não obtém imagem alguma (MILLER, 2008).

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2.1. A TELEVISÃO ANALÓGICA

A fim de compreender a televisão digital, é preciso compreender também a televisão analógica para que seja possível observar as diferenças. O padrão de televisão analógica utilizado há cerca de 50 anos possui alguns conceitos básicos de transmissão (FISCHER, 2004):

I - Uma câmera de vídeo tira uma foto de uma cena. Ela faz isso com uma taxa de quadros de 30 quadros por segundo.

II - A câmera então converte a imagem em linhas de pontos individuais denominados de pixels. Cada pixel recebe uma cor e intensidade.

III - As linhas de pixels são emparelhadas com sinais de sincronização horizontal e sincronização vertical, de maneira que a eletrônica dentro de um aparelho televisivo saberá como exibir as linhas de pixels.

Este sinal final, contendo a cor e intensidade de cada pixel em um conjunto de linhas, juntamente com sinais de sincronização horizontal e vertical, é conhecido como sinal de vídeo composto (FISCHER, 2004).

Os sinais de retração horizontal são pulsos de 5 microssegundos em zero volts. A eletrônica dentro da televisão pode detectar esses pulsos e usá-los para desencadear o retorno horizontal do feixe. Em uma televisão em preto e branco, este sinal pode consumir cerca de 3,5 MHz de largura de banda, enquanto que em um conjunto de cores o limite é de cerca de 3,0 MHz (FISCHER, 2004).

Um pulso de retorno vertical é semelhante a um pulso de retração horizontal, mas é de 400 a 500 microssegundos. O pulso de retorno vertical é serrilhado com pulsos de retorno horizontal para manter o circuito de retorno horizontal na televisão sincronizado (FISCHER, 2004).

O som é totalmente separado. Há muitas maneiras diferentes de se utilizar um sinal de vídeo composto e um sinal de som (FISCHER, 2004):

I – Pode-se transmiti-los através de ondas de rádio. Quando uma antena é anexada a um aparelho de televisão e recebe estações locais gratuitas, essa estará recebendo televisão transmitida de estações locais.

II – Pode-se gravá-los com um videocassete.

III – Pode-se transmiti-los através de um sistema de televisão a cabo juntamente com centenas de outros sinais compostos.

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A transmissão de um sinal de vídeo composto pelas ondas de rádio, através de uma estação televisiva, acontece em uma frequência específica. O sinal de vídeo composto é transmitido na forma de um sinal AM e o som na forma de um sinal FM. Sendo o primeiro modulado em amplitude de frequência apropriada, e então o som é modulado em frequência (+/- 25 KHz) como um sinal separado. (FISCHER, 2004).

A principal diferença entre a televisão analógica e a digital é a resolução. A resolução da televisão controla a nitidez e os detalhes na imagem vista e é determinada através do número de pixels na tela. Um aparelho de televisão analógico poderá exibir até 525 linhas horizontais de resolução a cada 30 de segundos. Na realidade, uma televisão analógica exibe a metade dessas linhas em um 60º de segundo e, em seguida, mostra a outra metade no próximo 60º, de maneira que o quadro completo é atualizado a cada 30º de segundo. Esse processo é conhecido como entrelaçamento (FISCHER, 2004).

A televisão digital, no entanto, é inteiramente digital e utiliza câmeras digitais, que trabalham em uma resolução muito mais elevada que as câmeras analógicas, transmissão digital e display digital com muito mais resolução (FISCHER, 2004).

2.2. A TELEVISÃO DIGITAL

A televisão digital iniciou como uma forma de transmissão grátis. Portanto, até que a transição digital esteja completa, cada radiodifusora possui um canal de televisão analógica e um canal de televisão digital. O canal digital possui um fluxo de dados digitais de 19,39 Mbits por segundo que é recebido e decodificado por uma televisão digital (CIANCI, 2007).

Cada radiodifusora possui um canal de televisão digital, porém cada canal pode transportar vários sub-canais se a emissora optar por essa opção. Em um canal digital, cada transmissor envia um fluxo de dados digitais de 19,39 Mbits por segundo (Mbps). Os radiodifusores têm a capacidade de utilizar esse fluxo de inúmeras formas diferentes (CIANCI, 2007).

Por exemplo, um transmissor pode enviar um único programa a 19,39 Mbps. Esse transmissor também pode separar o canal em vários fluxos diferentes. Esses fluxos são chamados sub-canais, e esse tipo de transmissão é chamada de multidifusão. Cada sub-canal pode levar um programa diferente (CIANCI, 2007).

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A televisão digital utiliza uma codificação MPEG-2 (Moving Picture Experts Group), assim como os sistemas de satélite, mas a televisão digital permite uma variedade de novos formatos de tela, entre esses formatos estão (PITAS, 2013):

I - 480i - Uma imagem de 704x480 pixels, enviada em 60 molduras entrelaçadas por segundo (30 frames por segundo).

II - 480p - Uma imagem de 704x480 pixels, enviada em 60 frames por segundo.

III - 720p - Uma imagem de 1280x720 pixels, enviada em 60 frames por segundo.

IV - 1080i - Uma imagem de 1920x1080 pixels, enviada em 60 molduras entrelaçadas por segundo (30 frames por segundo).

V - 1080p - Uma imagem de 1920x1080 pixels, enviada em 60 frames por segundo.

As denominações "p" e "i" representam "progressivo" e "entrelaçado". No formato progressivo, a imagem inteira é atualizada a cada 60º de segundo. No formato entrelaçado, a metade da imagem é atualizada a cada 60º de segundo (PITAS, 2013).

Os formatos 480p e 480i são denominados de formatos SD (Standard Definition) e o formato 480i é aproximadamente compatível com uma imagem de televisão analógica comum. Quando ocorre a conversão e transmissão dos programas de televisão analógica para estações de televisão digital, eles são transmitidos em 480p ou 480i (PITAS, 2013).

Os formatos 720p, 1080i e 1080p são formatos em HD (High Definition). Quando se trata de HDTV, isso é o que está sendo discutido, um sinal digital no formato 720p, 1080i ou 1080p (PITAS, 2013).

Os formatos em alta definição da televisão digital têm uma proporção de tela diferente das televisões analógicas. Uma televisão analógica tem uma proporção de tela 4:3, significando que a tela possui 4 unidades de largura por 3 unidades de altura. Por exemplo, uma televisão analógica "25 polegadas de diagonal" é de 15 polegadas de altura e 20 polegadas de largura. O formato HD para televisão digital possui uma proporção de tela 16:9 (PITAS, 2013).

A possibilidade de enviar vários programas através de um fluxo de 19,39 Mbps é específica da televisão digital e é possível graças ao sistema de compressão digital que está sendo usado. Para compactar a imagem para transmissão, as

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emissoras usam a compressão MPEG-2, o que as permitem decidir o tamanho da tela e a taxa de bits ao codificar o show. Uma emissora pode escolher uma variedade de taxas de bits dentro de qualquer tipo de resolução (PITAS, 2013).

Uma TV digital decodifica o sinal MPEG-2 e exibe-o como faz um monitor de computador, dando-lhe uma incrível resolução e estabilidade. Há também uma ampla gama de conversores que podem decodificar o sinal digital e convertê-lo em analógico para exibi-lo em uma TV normal (PITAS, 2013).

2.3. PADRÕES DE TELEVISÃO DIGITAL

Todas as variantes de televisão digital podem transportar tanto a televisão de definição padrão (SDTV), quanto a televisão de alta definição (HDTV). Os sistemas de televisão digital SDTV derivam muito sua estrutura da necessidade de serem compatíveis com a televisão analógica (TIMO, 2017).

Várias tentativas foram feitas durante o desenvolvimento da televisão digital para evitar uma repetição da fragmentação do mercado global em padrões diferentes. No entanto, mais uma vez, o mundo não conseguiu concordar com um único padrão e, portanto, existem três padrões principais: o sistema ATSC dos EUA, o sistema DVB europeu e o sistema ISDB japonês (TIMO, 2017).

2.3.1. O sistema ATSC

O ATSC (Advanced Television Systems Committee) é o grupo que desenvolveu o padrão de televisão digital ATSC para os Estados Unidos, sendo que alguns outros países também o adotaram. Os padrões ATSC destinam-se a substituir o sistema NTSC (National Television Systems Committee) utilizado principalmente na América do Norte (TIMO, 2017).

Muitos aspectos do ATSC são patenteados, incluindo elementos da codificação de vídeo MPEG, codificação de áudio AC-3 e modulação de amplitude 8-VSB. Assim como acontece com outros sistemas, o ATSC depende de vários padrões entrelaçados (TIMO, 2017).

Para o transporte, o ATSC usa a especificação MPEG-2, conhecida como fluxo de transporte, para encapsular dados, sujeito a determinadas restrições. O

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ATSC usa pacotes de fluxo de transporte MPEG de 188 bytes para transportar dados (DUDEK, 2008).

Antes da decodificação de áudio e vídeo, o receptor deve desmodular e aplicar correção de erro ao sinal. Então, o fluxo de transporte pode ser separado em suas correntes constituintes (DUDEK, 2008).

Para codificar o áudio, utiliza-se o Dolby Digital AC-3, embora tenha sido oficialmente padronizado como A/52 pelo ATSC. Isso permite o transporte de até cinco canais de som com um sexto canal para efeitos de baixa freqüência (chamada configuração 5.1) (DUDEK, 2008).

Os sinais ATSC são projetados para usar a mesma largura de banda de 6 MHz como os canais de televisão NTSC. Uma vez que os sinais de vídeo e áudio forem compactados e combinados, o fluxo de transporte pode ser modulado de maneiras diferentes, dependendo do método de transmissão (DUDEK, 2008).

Os operadores de radiodifusão terrestre utilizam modulação de amplitude de 8-VSB que pode se transferir a uma taxa máxima de 19,39 Mbits/seg, suficiente para transportar vários programas de áudio e vídeo e metadados (DUDEK, 2008).

As instalações de televisão por cabo geralmente operam com uma relação sinal-ruído mais alta e podem usar modulações de amplitude de 16-VSB ou 256-QAM para alcançar uma taxa de transferência de 38,78 Mbits/seg, usando o mesmo canal de 6 MHz (DUDEK, 2008).

2.3.2. O sistema DVB

DVB, abreviação de Digital Video Broadcasting, é uma série de padrões abertos internacionalmente aceitos para a televisão digital. Os padrões DVB são mantidos pelo DVB Project, um consórcio da indústria com mais de 270 membros, e são publicados por um comitê técnico, o JTC (Joint Technical Committee), do instituto ETSI (European Telecommunications Standards Institute), pelo CENELEC (European Committee for Electrotechnical Standardization) e pela EBU (European Broadcasting Union) (TIMO, 2017).

Os sistemas DVB distribuem dados usando uma variedade de abordagens, incluindo por satélite (DVB-S, DVB-S2), cabo (DVB-C), televisão terrestre (DVB-T) e televisão terrestre para dispositivos portáteis (DVB-H). Esses padrões definem a

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camada física e a camada de enlace de dados do sistema de distribuição (TIMO, 2017).

Os dispositivos interagem com a camada física através de uma interface paralela síncrona (SPI), uma interface serial síncrona (SSI) ou uma interface serial assíncrona (ASI). Todos os dados são transmitidos em fluxos de transporte MPEG-2 com algumas restrições adicionais (DUDEK, 2008).

Estes sistemas de distribuição diferem principalmente nos esquemas de modulação utilizados, devido às diferentes restrições técnicas (DUDEK, 2008).

I - DVB-S utiliza modulações por mudança de fase QPSK, 8PSK ou de amplitude 16-QAM.

II - DVB-S2 utiliza modulações por mudança de fase QPSK, 8PSK, 16APSK ou 32APSK, sendo a critério das radiodifusoras. QPSK e 8PSK são as únicas versões regularmente usadas.

III - DVB-C (VHF / UHF) utiliza modulações de amplitude QAM: 16-QAM, 32-QAM, 64-32-QAM, 128-QAM ou 256-QAM.

IV - DVB-T (VHF / UHF) utiliza modulações de amplitude 16-QAM ou 64-QAM (ou de fase QPSK) em combinação com modulação por divisão de frequência COFDM e modulação hierárquica.

A DVB-MHP (DVB Multimedia Home Platform) define uma plataforma baseada em Java para o desenvolvimento de aplicativos de sistemas de vídeo para consumidores. Além de fornecer abstrações para muitos conceitos DVB e MPEG-2, ela fornece interfaces para outros recursos, como controle de cartão de rede, download de aplicativos e gráficos em camadas (DUDEK, 2008).

2.3.3. O sistema ISDB

O ISDB (Integrated Services Digital Broadcasting) é o formato de transmissão de televisão digital e áudio digital que o Japão criou para permitir a conversão das estações de rádio e televisão em digital. O ISDB é mantido pela organização japonesa ARIB (Association of Radio Industries and Businesses) (TIMO, 2017).

Os principais padrões do ISDB são a transmissão ISDB-S (televisão por satélite), ISDB-T (terrestre), ISDB-C (cabo) e banda móvel de 2,6 GHz, sendo todos baseados em codificação de vídeo e áudio MPEG-2, bem como o transporte fluxo

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descrito pelo padrão MPEG-2, e são capazes de transmitir televisão de alta definição (HDTV) (FISCHER, 2004).

O ISDB adotou o sistema de compressão de vídeo e áudio MPEG-2. Os vários padrões do ISDB diferem principalmente nas modulações utilizadas, devido aos requisitos de diferentes faixas de freqüência. A banda ISDB-S de 12 GHz utiliza modulação de fase PSK e a ISDB-T (em banda VHF e/ou UHF) utiliza modulação por divisão de frequência COFDM com modulação de amplitude PSK/QAM (FISCHER, 2004).

Quadro 1 – Algumas características dos três sistemas de DTV.

Sistemas ATSC 8-VSB DVB COFDM ISDB BST-COFDM

Vídeo Sintaxe do perfil principal da ISO/IEC 13818-2 (vídeo MPEG-2)

Áudio Padrão ATSC A/52

(Dolby AC-3)

ISO/IEC 13818-2 (áudio MPEG-2 camada II) e

Dolby AC-3 ISO/IEC 13818-7 (áudio MPEG-2-AAC) Sistema de Transmissão Codificação de canal Codificação externa R-S (207, 187, t = 10) R-S (204, 188, t = 8) Intercalador externo Intercalador de bloco

52 R-S Intercalador de bloco 12 R-S

Codificação interna Código em treliça de taxa 2/3

Código convolucional perfurado: taxas 1/2, 2/3, 3/4, 5/6, 7/8

Comprimento de restrição = 7, polinômios (octais) = 171, 133

Intercalador interno Intercalador de código em treliça de 12 para 1 Intercalação de bits e de frequência Intercalação de bits, de frequência e de tempo selecionável Aleatorização de dados Sequência binária pseudoaleatória de 16-bits

Modulação 8-VSB e 16-VSB COFDM QPSK, 16-QAM e 64-QAM. Modulação hierárquica: constelação de múltiplas resoluções (16-QAM e 64-QAM). Intervalo de guarda: 1/32, 1/16, 1/8 e 1/4 do OFDM. 2 modos: 2k e 8k FFT BST-COFDM com 13 parâmetros de frequência DQPSK, QPSK, 16-QAM e 64-QAM. Modulação hierárquica: três modulações diferentes em cada segmento. Intervalo de guarda: 1/32, 1/16, 1/8 e 1/4 do OFDM. 3 modos: 2k, 4k e 8k FFT Fonte: Timo (2017, p. 13)

O padrão utilizado e desenvolvido no Brasil é o ISDB-TB ou SBTVD (Sistema Brasileiro de Televisão Digital), com base no padrão japonês ISDB-T. O ISDB-TB basicamente se difere do ISDB-T original usando o H.264/MPEG-4 AVC como padrão de compressão de vídeo, e uma taxa de apresentação de 30 quadros por segundo, mesmo em dispositivos portáteis (MEGRICH, 2009).

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3. O PADRÃO BRASILEIRO SBTVD

O Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD) foi instituído pelo decreto 4901 de 26 de novembro de 2003, cuja proposta foi o desenvolvimento de um sistema que culminasse num modelo genuinamente brasileiro. Esse decreto deixou claro que a TV Digital seria uma ferramenta de caráter social e não simplesmente evolução tecnológica (MONTEZ; BECKER, 2005).

Inicialmente o sistema de transmissão Brasileiro foi baseado no sistema japonês ISDB, pois em comparação com os outros dois sistemas, o ATSC e o DVB, esse se enquadrou melhor as necessidades socioeconômicas do país. Além das técnicas de transmissão do sistema do Japão, o brasileiro teve atualizações em relação à compressão de áudio e vídeo (MONTEZ; BECKER, 2005).

Em 2005, o governo brasileiro apoiou muitos consórcios de pesquisa para desenvolver um Sistema de televisão digital empregando as mais recentes tecnologias para transmissão multimídia. Como parte desse desenvolvimento, o MI-SBTVD (Sistema de Modulação Inovadora para o MI-SBTVD) propôs uma nova solução para a camada física de um novo padrão de televisão digital (MENDES et al., 2007).

Algumas diretrizes utilizadas no projeto MI-SBTVD foram (MENDES et al., 2007):

I - O SBTVD deve ter características que facilitam integração de serviços, como e-mail e serviços multimídia, a fim de diminuir o problema da exclusão digital no Brasil.

II - O sistema deve ter alta capacidade digital, permitindo a transmissão de HDTV ou vários programas em SDTV.

III - O sistema deve fornecer recepção móvel usando transmissão na banda. Os sinais para as recepções de dispositivos fixos e móveis devem coexistir na mesma largura de banda de 6 MHz. Este requisito é importante para oferecer novos modelos comerciais para as radiodifusoras.

IV - A capacidade e o desempenho do sistema devem ser melhores do que os padrões anteriores.

Para alcançar os objetivos definidos acima, o MI-SBTVD também usa uma transmissão hierárquica flexível com base na segmentação de frequência com 13 segmentos, como no padrão ISDB-T. Algumas inovações importantes em tecnologias de comunicação sem fio foram incorporadas no projeto MI-SBTVD. Por

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exemplo, o código interno foi alterado a partir de um código convolucional (usado em DVB-T e ISDB-T) para uma taxa de paridade de baixa densidade (LDPC). Além disso, foi usada uma codificação espacial e temporal (STC) para diversidade de transmissão. O LDPC é um código de correção de erros muito eficiente cujo desempenho é muito próximo ao limite de Shannon. O STC é uma técnica proposta por Alamouti em 1998 que usa até duas antenas transmissoras e uma ou várias antenas receptoras para obter diversidade espacial e temporal. O STC, associado ao divisor de frequência OFDM (Orthogonal Frequency Division Multiplexing), resulta em um sistema muito robusto para recepção móvel em canais seletivos (MENDES et al., 2007).

O código externo é o mesmo Reed Solomon (204,188,8) usado em DVB-T e ISDB-T. O código interno é um LDPC com comprimento de código igual a 9792 e taxas de código de 1/2, 2/3, 3/4, 5/6 e 7/8. As modulações de fase e amplitude são QPSK, 16-QAM e 64-QAM. Esse conjunto de modulações permite que os organismos de radiodifusão definam o melhor custo-benefício entre o rendimento do sistema e a robustez. O intercalador de matriz entre os códigos internos e externos melhora o desempenho do descodificador RS (MENDES et al., 2007).

Quadro 2 – Principais características do sistema MI-SBTVD.

Características

Multiplexação COFDM

Modulação DQPSK, QPSK, 16-QAM ou 64-QAM Código Interno LDPC 9792 – 1/2, 2/3, 3/4, 5/6 ou 7/8 Código Externo Reed Solomon (204, 188, 8)

Largura de Banda 6 MHz

Intervalo de Guarda 1/4, 1/8, 1/16 ou 1/32

Diversidade STC-OFDM

Taxa de Bits de Dados/Seg 0,28 – 1,79 Mbps

Fonte: Mendes et al. (2007, p. 59)

Outro aspecto importante encontrado no padrão brasileiro é a possibilidade de softwares de interatividade e mobilidade, onde se torna possível ao usuário assistir TV em alta resolução em dispositivos móveis. Quanto à interatividade, foi desenvolvida pela PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica) e pela UFPB (Universidade Federal da Paraíba) uma plataforma de middleware de código aberto denominada Ginga.

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As transmissões brasileiras no padrão digital iniciaram em dezembro de 2007 em São Paulo. Em seguida, cidades como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Fortaleza também adotaram o novo padrão de transmissão (MONDEZ; BECKER, 2005).

3.1. O MIDDLEWARE GINGA

Em 2005, o Brasil lançou sua agenda de TV digital (DTV) tendo como premissa principal reduzir a exclusão digital presente no país, dando às classes sociais mais baixas o direito de acessar, produzir e distribuir informações. Como natural consequência, uma segunda premissa enfatizou a geração de empregos e empresas de TI locais para apoiar todo o esforço (SOARES et at., 2007).

Para trazer os benefícios da DTV para as massas, o Brasil decidiu desenvolver a DTV nipo-brasileira terrestre (ISDB-T - International Standard for Digital Broadcasting), usando o padrão japonês ISDB como base e com algumas atualizações de codificação de vídeo e áudio, mas principalmente a introdução da inovação brasileira, o middleware chamado Ginga. Desde então, Ginga foi adotado em 12 países latino-americanos (SOARES et at., 2007).

3.1.1. O que é o Ginga?

Um middleware situa-se entre o código do aplicativo e a infra-estrutura de tempo de execução para permitir o desenvolvimento rápido e fácil de aplicações de televisão. Em 2007, o padrão terrestre de DTV brasileiro adotou a NCL (Nested Context Language) como sua linguagem declarativa. No início de 2009, a NCL e seu agente usuário, Ginga-NCL, passaram a fazer parte dos padrões ISDB-T e da recomendação BT 1699 da ITU-R (International Telecommunication Union). Também em 2009, a NCL e o Ginga-NCL tornaram-se uma recomendação da ITU-T para serviços de IPTV. O Ginga foi o primeiro middleware gratuito para DTV. As especificações Ginga-NCL e NCL são de código aberto e isentas de royalties, independentemente da distribuição de rede utilizada (SOARES et al., 2010).

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3.1.2. O objetivo do Ginga

Com o objetivo de inclusão social, um middleware deve suportar aplicativos como T-learning, T-government e T-health. No entanto, a inclusão social é alcançada não somente oferecendo acesso à informação, mas também fornecendo conhecimento sobre como gerar informação. Portanto, um sistema DTV deve oferecer uma linguagem fácil de usar para projetar aplicações e serviços. Esta linguagem deve ser simples o suficiente para ser entendida e aprendida por aqueles que não são especialistas. Além disso, ela deve ser leve, porque seu intérprete deve ser executado em receptores de baixo custo com recursos limitados. No entanto, também deve ser suficientemente poderoso para suportar a criatividade (SOARES et al., 2010).

Essa necessidade de uma linguagem simples, leve e expressiva levou a uma linguagem declarativa específica de domínio (DSL) para aplicações de TV, em que os passos algorítmicos complexos para realizar uma tarefa são deixados para a máquina e não estão sob responsabilidade do usuário. O foco na sincronização de mídia em seu aspecto geral (tendo a interatividade como um caso particular), na adaptabilidade de conteúdo e apresentação, no suporte a exposições de dispositivos múltiplos e no suporte que também permitiria gerar aplicações ao vivo de DTV, foram os requisitos que orientaram o design NCL (SOARES et al., 2010).

3.1.3. A arquitetura do Ginga

O Ginga foi inicialmente proposto para sistemas de DTV terrestres, mas a mesma arquitetura e equipamentos foram aplicados posteriormente para IPTV. Além disso, a arquitetura modular do Ginga também permite sua utilização com outros sistemas de transporte (como TV por satélite e a cabo), dependendo apenas do seu subsistema o Ginga-CC (Ginga Common Core) (BAUM; SOARES, 2012).

O subsistema Ginga-CC fornece aplicativos para o Ginga-NCL. O mecanismo de apresentação Ginga-NCL é o subsistema lógico responsável pela execução de aplicações NCL. A arquitetura Ginga também oferece extensões opcionais, por exemplo, para sistemas DTV terrestres, o mecanismo de execução Ginga-J (necessário para receptores fixos e opcional para receptores portáteis no Brasil) é responsável por executar aplicações em Java. A TV conectada ou de banda larga

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também pode definir algumas extensões para implementar serviços, como guias de programas eletrônicos, widgets, entre outros. Os serviços específicos de IPTV, como vídeo a demanda e transmissão de dados, são exemplos de outras extensões possíveis. O Ginga oferece serviços de NCL a todas as extensões através de uma interface API bem definida (BAUM; SOARES, 2012).

O Ginga-NCL possui uma implementação de referência GPL de código aberto reconhecida por ITU-T. Alguns produtos de código aberto foram derivados dessa implementação, incluindo o middleware LIFIA para conversores e o Nokia para telefones celulares. Apesar de ter muitas aplicações, ainda há uma preocupação de que um monopólio possa ser criado para o mercado do Ginga, principalmente resultante de suas possíveis extensões (BAUM; SOARES, 2012).

3.1.4. O impacto do Ginga

O Ginga ajudou a criar muitos empregos e empresas de TI no Brasil, pelo menos 13 empresas de software de pequeno e médio porte e 60 prestadores de serviços. Os fabricantes de TV têm sido apenas montadoras de empresas multinacionais, que estão mais interessadas em vender seus próprios aplicativos de interatividade, como é o caso das Smart TVs. Quanto às emissoras de TV aberta brasileiras, elas não estão totalmente comprometidas com inclusão social, e temem a perda de audiência. Esse cenário trouxe algumas tensões que só poderiam ser superadas com uma força e política governamental responsável. No entanto, a implementação do Ginga teria sido adiada por conta da pressão exercida por essas empresas (GINDRE, 2017).

3.2. O FUTURO DA TELEVISÃO DIGITAL

O ritmo de mudança sem precedentes no âmbito da televisão digital está determinado a continuar. Com as resoluções aumentando à medida que a visualização se torna mais realista, isso em conjunto com a mudança nos hábitos de visualização movendo de horários de exibição fixos para horários flexíveis permitindo visualizar sempre e onde quer que esteja. Esses fatores estão mudando o rosto das DTV’s para o futuro (HONG, 2017).

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As resoluções continuaram a aumentar com codificações de alta eficiência HEVC (High Efficiency Video Coding) e a adoção de 4k2k, a transmissão 1080p baseada em HEVC traz vídeo de melhor qualidade para telas de 4k2k. As resoluções não podem ser totalmente vivenciadas sem corresponder as resoluções de conteúdo, permitindo que o telespectador se beneficie totalmente com o aumento da resolução da tela. A versão de transmissão de 2k4k, 8k4k, ainda está a alguns anos de distância, uma transmissão mais ampla é esperada para 2025 (HONG, 2017).

O hábito de assistir televisão mudou para sempre com o maior número de pessoas que possuem dispositivos móveis, não se trata apenas de ligar a TV para assistir a um programa específico. Esses hábitos estão agora sob demanda e espera-se que continuem a ser um foco para as gerações que cresceram com acesso imediato ao conteúdo que lhes interessa. As televisões não são apenas para assistir programas e filmes, mas também outra maneira de interagir com as redes sociais e de comprar e consumir uma maior diversidade de aplicações que estão sendo adaptadas para se beneficiar de uma tela maior e de interações mais intuitivas, como voz e gesto (HONG, 2017).

O conteúdo sozinho não mudará a experiência do usuário, mas sim como o usuário interage com o conteúdo. Reconhecimento de voz e gestos só criará uma experiência convincente quando estiver intimamente interligado com o conteúdo. Uma parte do espectro de radio atualmente usado para transmissão de televisão poderia ser usado para banda larga sem fio, o que traria dinheiro para os governos e um acesso mais fácil à Internet para o público. A própria Internet poderia fornecer programas de televisão como substituto da transmissão (ITU, 2017).

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao longo do trabalho foram abordados diferentes aspectos sobre a televisão, desde as origens de sua criação até o objetivo principal do trabalho, que foi de conhecer e descrever as técnicas utilizadas em diversos padrões de televisão digital de modo que foi possível apontar as vantagens dessa tecnologia em relação à analógica.

Foi abordado o desenvolvimento histórico da televisão desde os primeiros testes com o Selênio, passando pelas primeiras transmissões realizadas pela BBC, seu desenvolvimento e aprimoramento em diversas partes do mundo, até chegar à importação para o Brasil, através de Assis Chateaubriand. Também foi abordado o desenvolvimento da televisão em cores, e da televisão digital, assim como os processos realizados pela Anatel para implementá-la no país.

A fim de estabelecer uma melhor relação entre as diferenças entre a televisão analógica e a digital, foi realizado um estudo do funcionamento da ambos os tipos de televisão. Dando uma maior atenção para a tecnologia digital, foi realizado uma descrição dos principais padrões globais, sendo eles o ATSC (americano), o DVB (europeu), e o ISDB (japonês), demonstrando as principais características de cada um deles.

Por fim, foi analisado o padrão de televisão digital adotado pelo Brasil, o SBTVD. O sistema brasileiro que tem como base o sistema desenvolvido pelo Japão, e que utiliza uma tecnologia nacional em seu aplicativo de interatividade, o middleware Ginga. Apesar de possuir o objetivo de inclusão social, a inovação brasileira acabou enfrentando diversos problemas e obstáculos que ainda impedem sua implementação por completo.

Este trabalho ainda falou sobre as mudanças na maneira de ver televisão, onde a programação sob demanda está crescendo cada vez mais e substituindo aos poucos as transmissões programadas de conteúdos específicos. E ainda relatar como isso pode mudar nos próximos anos, fazendo uma tentativa de previsão para o futuro.

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REFERÊNCIAS

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