5
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mg'
UNIVERSIDADE FEDERQL QE SÊNTA CfiT&RIHA
CENTRU BIG-WÉDICG
ESTUDO DE CINCU CÂSGS DE PNEUÊÚNIH IMTERSTICIRL
Bongman Lee
Eneida Brandeburgo Hulse
maria de Fátima Nicolau
Curso de medicina
Disciplina de Pediatria
Iwõícã
Introdução ... Apresentação dos Casas ....
Comentários ... Conclusëes ... Resumo ... .IJ p. C1' ?‹-1 ¡.z.D (QH ms “b F. O GJ 0) Referências -O I O I O O IO' IC. Oil III 000 Q.. I 0 I O O O I O O O O I .OI oca 000 000 .IO ICC
...]__
lälâãâäãâã
U presente trabalho se propõe a uma revisão de cin-
co casos de Pneumonia Intersticial de pacientes internados no Hosp;
tal Infantil Edith Gama Ramos, no período de 21/O4f77 a l2fG5f77.
Observou-se que a incidência de Sneumonia intersti-
cial foi relativamente alta neste curto periodo.
a)§gQ5gi§g: Pneumonia Intersticial, também chamada Fneumonite, ê um
processo pulfonar agudo, que se instala no estroma pulmonar, causa-
do sobretudo por virus, primária ou secundáriamente a outras condi-
coes patolôgicas pré-existentes.
[C1 I-'
¡z» ¡U) U)
¡..|. “fi |~JóG 4
2
fm* ¡O .Ib)
*saw
Júlio Qolísuk classifica as pneumonias intersti--na
ciais em primárias (quando o agente provoca diretamente a lesao in-
tersticial, como USR, Nixovirus, Wycoplasma, Urnitose e Fsitacose)- e secundárias (quando na evolução de outra doença como sarampo, va-
ricela, mononucleose, hepatite, etc.).
c) fiisiopatglqgigz A infiltração celular intersticial provoca o
a--\
i-' §-lo CJ
fastamento das membranas alveolares e endote capilar, provocando
com isto, o chamado bloqueio alvêolo capilar. Este fenomeno leva a
duas alteragoes básicas que são a hipôxia e hipercapnia (3).
d) .av O _..- N.. z-_ G pode ser insidioso ou brusco, com comprometi--
|-' pu P' Il :J P' H' 0 n to Il |..z.3 pmO Pl:O
mento ial de vias aereas superiores e posteriormente sintomas -
pulmonares. Teriamos, portanto, um quadro semelhante ao resfriado -
comum, com anorexia, prostragäo, mal estar, cefaléia, coriza, oding
fagia e tosse ä principio seca e posteriormente produtiva. Ao lado
disto, há dores torácicas, febre, taquipnêia, cianose (1). É inte--
ressante notar que ao lado de uma clinica exuberante, o médico se -
depara com um exame fisico pobre em informaçoes, ou as vezes, intei ramente negativo. (1). flodem estar presentes o FTU aumentado, tempo
de expiração aumentado e raros estertores finos (3).
U |..n.
¡Q!
e) Q__gnôstico: Bados de uma doença anterior, como sarampo e coque-
luche, cultura de material nasofaringeo, hemocultura, são dados im-
portantes ao diagnôstico de Fneumonia Intersticial. O hemograma ê -
ínespecifico, pode sugerir coqueluches em leucocitoses exuberantes.
-2-
oicas para virus colhidas a cada 14 dias que demonstram um aumento -
|-1. :I ¡._v.U
de 4 vezes o titulo ial de anticorpos, poderiam sugerir uma flneu
monia Intereticial por vírus (3). Em nosso meio o grande método aux;
liar de diagnóstico e o mais usado, ê o RX que poderá ser normal em
fases iniciais. Qresença de infiltrações radiadas bilaterais perí- -
bronquicas e difusas. Trama vascular aumentada. Transparência pulmo-
nar diminuída. šroncograma aéreo pode aparecer. Imadêns micrnnodula-
res em pequenos segmentos, principalmente bases.
f) lratamgqtg: consiste em medidas gerais tais como repouso, alimen-
gp ri* §-Bs O Q) O
tação, hidratação e adequada terapêutica síntom Na presença de
dispnéia e cianose a oxigenioterapia poderá ser utilizada. `
miO
323 ri' P' (T |.-In o\ ri' IM
. - ^ - ~ .: '
coterapia ê utilizada na concomitancia de infecç secundária. Glicg
0 . U . . . ^ -
corticoides sao indicados na evidencia de um curso grave e prolonga-
do da enfermidade (6).
fiERãããÊlâ§ÃQ.Qãâi (Ú 32 U7 Q U7 u
IE O UJ 'U ¡-I. rf' Q) I--'
19 caso: - f Infantil Edith Gama Ramos - m.D.
L., feminino, 4 anos, branca, SC. Internada no dia 21/D4/77, com -
diagnóstico de desnutrição, anemia e insuficiência cardíaca. No 89 -
zw
dia de internaçao, passou a apresentar quadro gripal caracterizado -
por coriza, tosse saca, anorexia e febre. z
¬`| |..:› U)
šâ
II§§ame_ tiragem intercoetal e subdiafiragmâtica
à ausculta pulmonar apresentava estertores subcrepitantes e raros Ui IM
bilos disseminados.
iš? Í-D _mg§_§omplÊmeQ§a¿e§: Parcial de urina, sem altera-
~ . 5 .
goes; Hemograoa: anemia(He 2.400.006/mm , Ht 19%), leve leucocitose-
( 9.800/mms).
Eiiäiléã
27/0 4/77
É
OI
-3..
Sinais sugestivos de estase pulmonar. âumento da área cardíaca.
Seios costofrënicos livres.
solos/77:
Sinais de traqueobronquíte. Aumento da área cardíaca. 9 Seios costofrënioos libras. Í
Circulação pulmonar normal
...A-
Lesão intersticial difusa, sugerindo
pneumonite a virus.
Seios costofrënicos livres.
"šš (0 G. . .n O k› '1 miO 09 antitêrmico, nebulização, e×pectorante,-
antibiótico, corticóide, broncodilatador.
A paciente evoluiu bem, sem complicaçóes e teve al-
ta no dia 31/D5/77, com ausência de sintomas clínicos e radiológiê-
cos.
'
29 - Hospital Infantil Edeth Gama Ramos - -
L-U-F-, masculino, 5 anos, branco, SC. Internado no dia 25/B4/77, -
com queixa de febre, cansaço e tosse produtiva. Iniciara com estes- Ú gm UI ¡O
ou
:T m\ *Jo Q) O
sintomas há 5 dias e á 4 dias, passara a apresentar disso Da -
Ei Qâ vs
história hida orsgressa foi relatado broncopneumonia há l ano e
sarampo há 10 dias.
¬ pu
(I) 1* o go Ô.
§§aqe_ M ___ Peso = l2.ÉUDg. T = 382€. Estado ge-~
ral regular, hidratado, nutrido. Apresentava batimento de asa de na
ríz, ooriza serosa, tiragem intercostal e a ausculta pulmonar, ron-
cos esparsos, estertores subcrepitantes em ambos os hemitórax.
§äa¶es_Qo¶Qls¶entares= Farasitológico de fezes: 8 -
Strongálóides etercoralis; Farcial de urina: normal; Hamograma: dia
26/G4f77 - leucocitose (lG.UUO/mmg), neutrofília (bastonados 10%, -
segmsntados 55%). O9/U5/77 laucocitose (9.5OU/mm3), neutrofilía (--
bastonados segmentados 55%). šiš<;.<1i¢.. U\ 3:21 M -I Os `H za ¡× DO 25/na/vvz
_5-
Sinais de traqueobronquite crónica.
Condensagóes inflamatórias em ambos os pulmóes.
Coração normal.
Seios costotrënicos livres. 15/os/77z
Regressão quase total das lesóes pulmonares. Coração normal.
Seios costofrenicos livres.
[3 (D Ú. ¡.|.Ú Q)T É:
|U
_ antitêrmico, expectorante, neoulizagóes,
antibiótico, broncodilatador. õurante a internação apresentou um 'D ¡H- co febril (SQQE), porém, nos demais dias a temperatura não excedeu-
s 379€. ãvoluiu bem e teve alta no dia 28/U5f77, sem nemhum sinal -
clinico e radiológico. zm
“o
§ _; - Hospital Infantil Edith Gama Ramos - C.-
F.B.V., masculino, o anos, branco, SC. Internado no dia O3/D5/77, -
com história de há 5 días ter iniciado com anorexia, febre alta,tos
se seca que posteriormente passou a ser produtiva, astenia e dor no
Q)\à
IH-
corpo. Da história mórbida pregressa, foi relatado bronquite asm
ca (aos 2 anos de idade), duas internaçoes por pneumonia (aos 2 a-
nos e 2 anos 9 meio do idade), e uma internação por desidratação.
gša §;§¿gQz P = 14 kg; T = 37,. Fc = 12a bpm;-
Hidratado, nutrido, estado geral regular. Ãpresentava
microeoliade-E ED «_1`\ no ("J
ÚI
:C
-.`__z-›
costal e subdiafragmática. Â ausculta pulmonar foi observado roncos
e estertores bolhoeos e suäcrepitanües disseminados e estertores -
crepitantes em hemitôrax esquerdo anteriormente.
šägggâwgoogiegegzâggg: Parasítolôçico de fezes: Ás-
caris lumbricôides; Parcial de urina sem elteraçëes; Hemograma: leg
cocitose (l1.58U/mma), eosínofilia (Efi) e neutrofilia (bastonados -
6%, segmentados 46%).
íš.><_..§.ê. 18fG4/77
'-*I U\ '1
¡Q! ¡)< .I
Pequena área de consolidação perenquimatosa no LS.
Coração normal.
Seios costofrëníoos livres.
04/os/77z
...'7-
U7 |_:. 3 ais de traoueohronquite. -
Sinais de lesão bilateral intersticial a virus.
Coração normal.
Seios costofrënicos livres. IÊÍOEÍ77:
f§'*¢`f-rfi.
Regressão quase total de lesëes pulmonares. Coração normal.
Seios costofrënicos livres.
medicagšo. antitêrmico, exoectorante, neoulizaçoes,
¡ I
antibiotico, corticóide, broncodilatador.
Qurante o tempo de internação, a temperatura não eš
cedeu a 779€, porém taouicaroia e taouionêia foram constantes.D pa-
ciente permaneceu estecionário até o dia 17/U5/77, quando então pas
sou a apresentar melhora e obteve alta curado, no dia 26/U5f77.
O Q] 0)O oo
“í§m_ - Hospital Infantil Edith Gama Ramos - C.-
O. C., masculino, E anos, branco, z~ Internado no dia U4ÍG5f77 com
história de tosse seca, febre, coríza, anorexia e oolidipsia há 3 - z.
'I Í?Q
dias. Foi encaminhado ao hospital por apresentar oiora do quadro, -
13 Q\H CI' |...›. Q.. Q!
passando a tosse a ser produtiva. Da história pregressa ñoi
relatado pneumonia aos 2 meses de idade. mãe cardíaca, 4 irmãos com
problemas pulmonares.
'T f-Ji U] l-Jó ()O Ou
§šame_;__~ Nutrido, hidratado, apático, estado -
geral regular. ao exame do tórax, apresentava tiragem supraesternal suofiiefragmâtica e intercostal. ä ausculta pulmonar apresentava ron
_5_
cos, sibilos e astertores subcrepitantes disseminados om ambos os -
hemitôrax. Ausculta cardíaca: taquicardia. rf' C»H ` (0 H ImO O Çäšnes ComplemÊQ_ chocephalus trichiurus, Ancilostom
-|
¡.m _.I.
Hemograma:linfocítose (55§),neutropeníâ (ÚESÍUUQÚUS 2%, Sešm- 35
RX dg_ ó
u hi? r@×=
ez/os/77;
aii.
Condensaçoes inflamatšrias no LSD, lobo médio
e língula. Êroncopnoumonia.
18/G5/77:
!""""'*°
Regressão parcial de lesoes pulmonares.
Parasítolôçico de ?ezss: Tri
`os.; Parcial de urina: normal;
Ê)-_g_
24/os/77:
Regressão quase total de lesšes pulmonares. Coração normal.
Seios costofrenícos livres.
(U K1 ¡.:.O (Dn (112D
IO
__ __ antitêrmico, expectorante, nebulizaçšes, Í Q '
antibiótico, broncodilatedor e oprtoco1de.»
O paciente apresentou melhora gradativa e teve alta I-' Q\ LF] |›-nzIl
no dia 25/U5/77 com ausência total de sinais clínicos e radio
cos.
~
Qi
caso: - Hospital Infantil Edith Qama Ramos -ñ.A.feminino, 10 anos, branca, Internada no dia l2fG5/77, com histá
ria de ter iado há 3 dias com tosse seca, cefaléia intensa, Fe»
U7 (Ú0
|..›. 3 |-a.Õ
bre e anorexia. Há 24 horas, passara a apresentar respiração ruido-
sa, prostraçëo, tosse produtiva, intensa dispnêia, cianose Derilabi al, e dor torácica. Negava antecedentes patológicos.
' ` : 9 = 2Z.7CC = " Q = lODrpm; FTX Q) E3 (D (D \I I _›J _z\ 'O ¬"I S3 ¿_*¿”“fisico z › fz T eo 8 C, to
FC = 130 bpm. meu estado geral, nutrido, hidratado, cianose perila-
bial (+++/4), tiragem supra-clavicular e subdiafragmática. À auscul
ta pulmonar apresentava raros estertores subcrepitantes de finas bo
lhes mais audiveis em hemitôrax esquerdo.
,§pmQl3meQta5g§: Parasitolôgico de fezes (Tri
'Ã'
É
gm (flchocephalus trichiurus); Parcial de urina, sem alteraçšes; Hemogra-
ma: leucocitose (l2.GGO/mma), neutrofilia (bastonados 8%, segmenta-
dos 49%), linfócitos atipícos 18%.
de Tôrax:
-1g-
13/oe/77:
/1F*??
Lesão intersticial e alveolar difusa, sendo
compativel com processo inflamatório. Coração dentro dos limites normais.
Ausência de derrame pleurel.
Presença de pneumotôrax ä direita.
Compatível com pneumopatia a virus.
24/U5/77:
›..›
l
Regressao parcial das lesoes pulmonares.
Coração normal. '- “-
Seios costofrënicos livres. }
-11_
medicagaoz Hidratação, antitêrmico, tenda de oxige-
nio (no dia da internação), nebulizaçao e antibiótico.
Durante a internação a temperatura não foi superior
a 37,598. Taquipnêia e taquicardia foram constantes. Permaneceu es-
tacionârio até o dia 15/ü5ƒ77. E partir de então, passou a apresen-
tar melhora e obteve alta em boas condições clinicas e radiológicos
CUWENTÃRIUS2
2) Broncopneumonia Banal ou F
Concordando com a literatura pesquisada, houve uma- acentuada incidência de Pneumonia Intersticíal durante um periodo - de transição climática, onde ocorre com frequencia epidemias de vi-
roses. Dos 5 casos estudados, 2 eram do sexo feminino e 3 do sexo -
masculino. Exceto 1 paciente de 18 anos, a incidência esteve na foi
I U1
C
xa etária compreendida entre 3 anos. A incidencia relatada por Hu
go Fortes mostra a faixa de l-4 anos, principalmente em lactentes -
distrõficos. P”
em nossa revisão bibliográfica, deparamos com as -
mais variadas_classificaçBes, demonstrando que ainda não existe uma
que preencha os requisitos satisfatôriamente. Destacamos 2 tipos -
principais: etiológico e anátomo-patológica.
Adotando uma classificação de pneumonias em geral
podemos citar a do Prof. Nelson da Silva Porto:
1) Pneumonia Ãlveolar:
1'
A) Antecedentes de higidez:
a) Fneumococo 1, 2 e 3
b) Tuberculose
B) Antecedentes de condicionamento patogënico (agamaglobulinemia
radioterapia, tratamentos de supressão imunitária, uso de drg
gas antineoplásicas, corticôides etc. `
a) 8. Friedländer b) H. influenzae c) Enterobactërias (T1 Ú H.5 [DE "$ |_|. C0 09 a) Pneumococo grupos 8, 14, 19 (50%) ` b) Estafilococo nes c) Bacilo de Friedlander d) Estreptococo beta-hemolitico 'U |-Io D \ LC] (D 3) Pneumonia Intersticial:
a) Pneumocystis carinii (ou pneum. de células plasmáticas)
b) Doença de células gigantes
c) Doença de inclusão citomegâlica
4) Bronoopneumonia
trâveis):
A) Vírus:
-]_2-
intersticial (causada sobretudo por agentes fil-
a) Herpes vírus varicela
. ú
b) myxovirus c) Rdenovirus
(Influenza, Parainfluenza, Sarampo)
B) Rickettsias: Fsitacose C) micoplasmas D) Tomoplasmose o \ ~ 0 5) Broncopnsumonia Q) Especifica - Intersticial supurativa: g . › \ Â . z
e a banal ou, as vezes, a intersticial quando -
complicadas. São bactérias especificas:
a) Estafiloco b) Estreptoco c) B. Friedla d) e) Pneumococo Neissêria B) Inespecifica: a) Aspirativa b) Ubstrutiva Na na, os itens 1 e 2 ditas, enquanto os timento importante z '“ › signaçao de pneumon Qua
poderia ser citada
co (via hematógena ou broncógena)
co beta-hemolitico
nder
catarral
(supraglitica ou infraglitica)
literature médica, principalmente norte america-
são reservados para as Fneumonias própriamente -
I u
itens 3, á e 5 por reunirem os casos de compromg
do espaço intersticial, são agrupadas sob a de--
ites. (5)
nto a Pneumonia lntersticial própriamente dita,-
a classificação de Júlio Polisuk que divide as -
Pneumonias Intersticiais ea primária quando o agente etiológico tem
ação direta no pulmão e secundárias quando o agente aparece no cur-
so de outras afecçó
em ca não ê totalmente
Ê5u
fi) ri' |_v. O i-J Q\
LD |-1. I
nosso meio hospitalar, a classificação
satisfatória, frente as dificuldades de se idefl
0 c o P
tificor o agente et iolotico.
tm todos os casos a clinica inicial consistiu em fe
bre, tosse, anorexia, coriza, mal estar geral, com duração média de
z Q . Â z 1
3 - 5 dias. Â tosse , a principio seca, tornou~se produtiva com o e-
voluir da doenga. Em 1 caso, foi relatado intensa dispnêia, respira
ção ruidosa e cianose perilabial. Todos esses achados estao de aco;
do com o que encontramos na revisao bibliográfica (4) que cita o i-
nicio do quadro como resfriado comum, evoluindo para sintomas pulmo
nares. Um dos pacientes apresentava história prévia de sarampo. Nes
-13-
células gigantes na secreção traqueobronquica (7).
â |-hH im
Semiolôgicamente, os achados mais comuns foram
gem, roncos, estertores subcrepitantes. É interessante notar que -
discordando de vários autores, toram observados nos 5 casos, compro
metimento traqueobrõnouico e alveolar concomitantes. Com o uso de -
antibiótico, desapareceu a lesão alveolar, persistindo a lesão in-- P. ÚO
o ú 1 .‹\ › › , A _. ' '
tersticial. Isso foi verificado através de controle radiolog e -
melhora clínica dos sintomas.
U hemograma da Dneumonia Intersticial a virus, aprg
senta alteração quanto a leucócitos (leucocitose ou leucopenia).%os
casos, verificou-se leucocitose, linfocitose, neutropenia e
neutro-a .JoH |-lom com desvio para esquerda.
Em relação ao RX de tórax dos 5 casos estudados,hoE ve comprometimento alveolar decorrente de infecção secundária e
em-pD cl' CDH 0) Cí'
p. OH CD P'
0
todos, ouve comprometimento Nos casos em que a lesão-
alveolar foi mais intensa, o RX evolutivo mostrou posteriormente, o
desaparecimento da lesão alveolar e persistencia da intersticial -
que regrediu após 2 - 3 semanas. O que encontramos ê o grande núme-
ro de infecçëo secundária concomitante e a maioria com sinais de -
traoueobronquite, diferindo da literatura que descreve pneumonias -
intersticiais puras (Z)v
 tendencia natural do processo, ê sua evolução pa-
ra cura, sem comolícaçoes, porem pequena percentagem pode evoluir -
para fibrose pulmonar, derrame pleural, atelectasia, bronquiectasía
pneumotôrax (6). Nos pacientes estudados, não houve complicaçBes,a-
penas l deles apresentou pneumotôrax
E
direita.A literatura mostra que o tratamento ê apenas de ma
nutenção. D corticôide sô ê indicado apôs 2 - 3 semanas quando há -
sinais clínicos e radiológicos de fibrose pulmonar (3). Em nossa -
pesquisa o tratamento instituído foi: antitêrmicos, antioiôticos,nÊ
bulizaçëes e expectorante em todos os casos. Quatro pacientes fize-
ram uso de broncodilatador, sendo que a E destes, foi também admi--
nistredo cortic Q\ |..|. CL (D ä partir da 29 semana, com finalidade de dimi--
nuir o edema, diminuir o broncoespasmo e evitar fibrose pulmonar.
O tempo médio de internação dos pacientes foi de 27
di3So
I-' Os
LG ga. FJO
U controle radio revelou melhora progressiva- do quadro em todos os casos estudados.
_14_
§QE§LQâʧâ=
l) Nos períodos de maior incidência de virose e de
transição de temperatura, houve maior incidencia de Qneumonia Intl- Intersticial.
2) Todos os casos evoluíram para cura sem reliquat-
concordando com a boa evolução que consta em literatura.
3) Índices de complicação baixo nos casos apresentâ
dos. Em todos, o motivo de internação foi Pneudonia alveolar, com ~
excessão de l caso que adquiriu na própria enfermaria, mostrando o
grande número de infecção secundária. '
4) Na grande maioria das vezes houve comprometimen-
to traqueobronquico acentuado e comprometimento intersticial, dis--
cordando da literatura onde o comprometimento traoueobronquico ê -
discreto ou ausente e o intersticial acentuado.
5) Na revisão da literatura não houve concordância-
na forma de classificar as Pneumonias Intersticiais.
í§âä@Q=
U presente trabalho analisa a evolução clinica de
cinco casos de Pneumonia lntersticial, onde Foi verificado compromg
timento traqueobrõnquico e alveolar concomitante.
Enfatizou-se principalmente a clinica e radiologia,
pelo fato de que, em nosso meio hospitalar, são os métodos mais uti
lizados para o diagnóstico das Pneumonias Intersticiais.
f:.â1fR;Ew;ifàâi_=âel1c@fâer,i¢.ââ=
1) BETHLEN, N. - Pneumonias. ln: Egeumologia. Rio de Janeiro, Ed. -
ätheneu 5-3., 1973. Cap» 15, p. 159 - 184.
2) FORTES, H. ~ moléstias do Aparelho Respiratório. In: lgrgpšutica
infantil. Rio de Janeiro, Ed. Atheneu S.â., 1954. p. 320 - -
322.
3) mARCOMDíS, E. *et alii* - Processos Pulmonares intersticiais.In:
g§g¿¿§¿;õ eââiqâ. são pavio, Ed. sârviez, 1975. volume 2, p. -
905 - 91o.
4) NELSON, vAuoHâm, v.c.; mc Kêv, R.3. *st alii" - Neumúnías-
de origem virico. In: l¿atadoáde1§¿i¿at¿ia. Barcelona, Salvat-
Editcires Sinto, TUÍUÚ I, po "'
EO f"1O .U
5) FALOWBINI, B. - Patogenia e tratamento das pneumonias. Revista - de Medicina ATW. Porto Alegre. V 6: 215 - 233, 1957.
-15-
5) PULISUK, 3. - Fneumonia por vírus. Jornal Brasileiro de medicina
Rio de Janeiro, p. 15 - 43, junho 1971.
7) VERGNESI, R. "et alii” - Pneumonia Primária atípica. In: Doengas
zlnfigggioaagÍâcfiagâeitágiae. Rio de Janeiro, Ed. Guanabara Koo-
gan, 1972. Cap. á, p. 34 - 42.
*¬*___;íaoDo”Af?Í_:?Í_
Nosso agradecimento ao Dr. Anísio
Ludwig, pela escolha do tema e o-
rientação recebida. Bo gman . , ÊÊëída`šfãFHeBbf§d¿fiEÍše i' À Florianópolis, junho-77. ICD maria d at ma , Ê4 «vazar olau
TCC N-Ch m TCC UFSC PE 0120
UFSC Autor: Lee, Bongman
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