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Avaliação do estresse pré-competitivo em ginastas rítmicas da cidade do Natal/RN

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO - PPG

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CCS DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA – DEF

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOMOTRICIDADE CLÍNICA E ESCOLAR/ TURMA 1

Louise Karla do Nascimento Oliveira

AVALIAÇÃO DO ESTRESSE PRE-COMPETITIVO EM GINASTAS RÍTMICAS DA CIDADE DO NATAL/RN

NATAL 2018

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LOUISE KARLA DO NASCIMENTO OLIVEIRA

AVALIAÇÃO DO ESTRESSE PRE-COMPETITIVO EM GINASTAS RÍTMICAS DA CIDADE DO NATAL/RN

Projeto de Pesquisa apresentado a Universidade Federal do Rio Grande do Norte ao Departamento de Educação Física do Programa de Pós-Graduação em Educação Física – PPGEF para obtenção de Título de Especialista em psicomotricidade Clínica e Escolar.

Orientador: Prof. Dr. Carlos Alberto de Mattos Ferreira Doutor em Saúde Coletiva (IMS/UERJ)

NATAL 2018

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO... 4 1.1 O problema... 4 1.2 Justificativa... 4 2 OBJETIVOS………... 5 2.1 Objetivo geral………...………. 5 2.2 Objetivos específicos………...……… 5 3 REVISÃO DE LITERATURA... 6 3.1 Ginástica rítmica... 6 3.2 Estresse e ansiedade... 7 3.3 Competição e o estresse... 8 3.4 Psicomotricidade e ansiedade... 10 4 METODOLOGIA... 12 4.1 Caracterização da pesquisa... 12 4.2 População e amostra... 12 4.2.1 População... 12 4.2.2 Amostra... 12

4.3 Instrumento de coleta de dados... 12

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4.5 Critérios de inclusão e exclusão... 14

4.6 Definição das variáveis... 14

4.7 Análise dos dados... 14

5 CRONOGRAMA ... 15 6 RECURSOS 16 6.1 Recursos materiais... 16 6.2 Recursos financeiros ​... 16 6.3 Recursos humanos... 16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 17 ANEXOS... 1. INTRODUÇÃO 1.1 O Problema

A Ginástica Rítmica é um esporte olímpico, que exige alto grau de competência na execução de movimentos de dificuldades corporais e de aparelho, maestrias e riscos.

Nos últimos anos alguns autores vêm observando que muitos atletas, sejam eles de qualquer faixa etária, sexo ou modalidade esportiva, apresentam estresse pré-competitivo, alguns apresentam de forma mais aparente e outros de forma mais contida, alguns lidam melhor com esse estresse e outros não. Mas, no geral, esse estresse acaba interferindo no resultado do atleta ou de sua equipe. Na ginástica rítmica algumas atletas competem individualmente e em conjunto (grupo de cinco ginastas). Nas duas situações as atletas se cobram muito e de formas diferentes. No individual, por dependerem apenas de si próprias, elas tentam dar o seu melhor para atingir uma boa classificação, já no conjunto, por ser em grupo e haver a cobrança tanto por si mesmas quanto pelas outras, de não errar, por exemplo, acaba sendo um ponto significativo para não acabar prejudicando o grupo. Dependendo de como a treinadora lide com as situações, consideradas estressoras pelas atletas, o estresse pode ser minimizado ou agravado. Se agravado, pode acabar comprometendo toda a equipe.

Desta forma este projeto tem como meta principal investigar o seguinte questionamento: Quais os principais desencadeadores do estresse pré-competitivo das ginastas rítmicas da cidade de Natal?

1.2 Justificativa

Com esse estudo, queremos diagnosticar o nível de ansiedade pré-competitiva em atletas da Ginástica Rítmica, verificar quais os maiores queixas das alunas e contribuir para que o mesmo sirva de referência para futuras pesquisas e mudanças, caso o diagnóstico seja positivo, possibilitar modificações nos métodos de treinamento pré-competitivo aplicado às atletas, e ainda de conscientização das técnicas e atletas de que a ansiedade pode acarretar prejuízos para a ginasta individualmente e para a equipe da qual ela faz parte.

A justificativa pessoal, é que pelo fato de ser técnica da modalidade observei que durante este período as atletas apresentam diferentes formas de resposta a competição, sejam elas positivas ou negativas e algumas atletas apesar de demonstrarem emoções mais visíveis, na hora de competir não conseguem uma performance positiva. E para saber se o fato era generalizado decidi realizar a pesquisa.

2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral

Este estudo tem como objetivo identificar e analisar o estresse pré-competitivo em atletas de G.R. e elaborar um Manual de Atividades Psicomotoras que possam minimizar os efeitos do estresse e da ansiedade das atletas durante este período. 2.2 Objetivos Específicos

Traçar um perfil das atletas quanto às categorias, ao tempo de prática no esporte, à idade, aos dias de treinamento por semana, etc.;

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de prática da modalidade;

Comparar o nível da ansiedade das atletas entre as categorias mirim, infantil e juvenil.

3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1 Ginástica Rítmica

Viebig (2006) fala que a Ginástica Rítmica ou GR é uma modalidade olímpica que envolve movimentos de corpo e dança de variados tipos e dificuldades, realizados em harmonia com a música e combinadas com o manejo de aparelhos próprios: corda, arco, bola, maças e fita.

A modalidade hoje também praticada por homens,

geralmente, os treinamentos iniciam-se em média aos 6 anos de idade. Nessa idade, as crianças possuem um potencial desenvolvimentista para estar no estágio amadurecido da maior parte das habilidades motoras fundamentais. A introdução de aparelhos deve ser feita de forma lúdica para que a criança vá se adaptando às características de cada um. (VIEBIG, 2006, p.1)

Molinari apud

Viebig

(2006) afirma que a GR tem como objetivo principal o desenvolvimento do corpo como um todo e se baseia no aperfeiçoamento dos movimentos que são naturais ao ser humano, no aprimoramento das capacidades psicomotoras, no aumento das qualidades físicas e do ritmo, e pode ainda ser entendida como uma forma de trabalho físico, artístico e expressivo.

Para Viebig (2006) cada movimento em uma série de GR envolve um alto grau de habilidade atlética, e a ginasta rítmica deve possuir as seguintes habilidades: força, energia, flexibilidade, agilidade, destreza e resistência.

Para Miyashiro apud Viebig (2006) a GR é um desporto no qual há um elevado grau na dificuldade técnica, nesse esporte onde o elevado nível de performance é frequentemente adquirido em idade muito jovem, para isso as atletas geralmente iniciam, no treinamento, o mais cedo possível.

Os Elementos Corporais são a base dos exercícios individuais e conjuntos. Fazem parte dos elementos corporais obrigatórios: andar, correr, saltar, saltitar, balanceios, circunduções, girar, equilibrar, ondulações, acrobáticos, lançamentos e recuperações sendo que os exercícios devem ser acompanhados por estímulo musical e os exercícios são avaliados de acordo com o Código de Pontuação por árbitros. (MOLINARI apud VIEBIG, 2006, p.1)

O código de pontuação de GR (FIG, 2017-2020) traz ainda três grupos fundamentais (denominados dificuldades) à modalidade, são os saltos, as rotações e os equilíbrios e todos estes movimentos devem ser realizados com amplitude e forma definida e com elementos do aparelho. Nas competições existem as provas individuais, onde cada atleta apresenta quatro séries utilizando de aparelhos diferentes e em conjunto, onde cometem duas provas distintas, uma das provas é com um único tipo de aparelho e a outra é com dois tipos de aparelhos.

As exigências de rendimento são altas desde as categorias menores e há um elevado grau de exatidão na realização de elementos complexos, o que obriga a ginasta a treinamentos intensos e diários.

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3.2 Estresse e Ansiedade

Myers apud Hirota et al (2008) afirma que o estresse é um conceito sem definição, pois segundo a autora a palavra, por diversas vezes, é utilizada para se referir a ameaças ou provocações e em outra situações é utilizada para descrever a forma como reagimos a algum estímulo, entretanto, o estresse tido “um estimulo ou uma resposta”, se refere a um processo pelo qual podemos aferir e suportar “situações e desafios” provocados pelo ambiente. A autora afirma que o nosso corpo ter três fases de reação para tentar se adaptar ao estresse:

A primeira fase é onde o indivíduo experimenta “uma reação de alarme pela ativação do sistema nervoso simpático”;

Na segunda, há a resistência do corpo que cria formas de tentar “combater o desafio”.

A terceira fase é a da exaustão, ocorre apenas quando o estresse persiste e as reservas do corpo se esgotam, causando assim a ansiedade.

Para Samulski (2002) a ansiedade pode ser compreendida como uma reação de âmbito emocional que é resultado da interpretação cognitiva, que tanto pode ser negativa ou positiva e que acaba por relacionar-se com uma alguma situação de estresse; que pode ser principiada por situações, conhecidas como estressoras, que são entendidas ou analisadas como ameaçadoras, frustrantes ou potencialmente prejudiciais a pessoa com a qual ela ocorrer.

Desta forma pode-se afirmar que a diferença entre o stress e a ansiedade é que a primeira é uma resposta a alguma situação considerada ameaçadora, enquanto que a ansiedade é uma reação ao stress. Sendo assim a ansiedade poderia ser definida com o estresse crônico, e o estresse seria uma resposta a algo considerado perturbador.

3.3 A Competição e o Estresse

Para Junior (2002), competir é encarar desafios e questões que podem, dependendo dos aspectos “individuais e situacionais, representar uma considerável fonte de estresse para os atletas, dependendo de seus atributos físicos, técnicos e psicológicos.”

Weis (2011) diz em seus estudos que a competição infanto-juvenil compreende o período a partir dos sete anos de idade até os 17 ou 18 anos de idade. Para o autor, a competição pode ser entendida como um evento preparado, “controlada por adultos”, onde são constituídas diversas equipes para participar de torneios e campeonatos que tem como finalidade estabelecer os vencedores e os perdedores. Weis (2011) afirma ainda que a palavra “competição” faz referência à ocasião onde o atleta tem a oportunidade de evidenciar suas qualidades, o que pode ocorrer em um jogo ou prova, seja em um confronto individual ou em equipe e que através das diversas competições das quais o atleta participe, ele pode aprender a lidar com as situações que possam gerar estresse e desta forma tentar conservar os níveis apropriados desse estresse que possibilite ao atleta ter um desempenho a adequado ao seu treinamento e às suas expectativas, e ainda permita que ele faça julgamentos acertados nas mais diversas ocasiões do jogo.

Não se pode negar que para a prática esportiva é necessário que os aletas tenham preparo físico. Vilarino (2017) afirma que esse preparo “envolve diversos recursos corporais para fazer suas tarefas, capacidades motoras como força, resistência, agilidade, flexibilidade são fundamentais no esporte competitivo”. Em seus estudos o autor afirma que, embora os aspectos físicos sejam a principal característica do treinamento esportivo, ele assegura que o preparo psicológico dos atletas pode fazer a diferença. Claudino (2008) afirma que, tanto o estresse, quanto a ansiedade são fatores que possuem lugar de evidência nas pesquisas na área da psicologia do esporte pelo fato ocasionarem interferência no rendimento esportivo de um atleta ou mesmo de uma equipe.

Dias apud Gonçalves & Belo (2007), analisou em sua pesquisa, as relações entre ansiedade, estresse, emoções e confronto no âmbito esportivo, o estudo contou com participação de 550 atletas portugueses de diferentes modalidades esportivas e de ambos os sexos, de categorias juvenil, júnior e sênior de 46 clubes diferentes. Os resultados evidenciaram que, as atletas do sexo feminino, quando comparadas aos atletas do sexo masculino, demonstravam níveis expressivamente mais elevados relacionados à ansiedade e a percepção de intimidação, as atletas também pareciam apelar a táticas de confronto de menor eficácia. Com relação à modalidade esportiva, os atletas das modalidades individuais exibiram níveis mais altos de ansiedade e percepção de ameaça do que os atletas das modalidades coletivas, e os atletas mais jovens demonstraram aplicar táticas menos eficazes de combate do que os da categoria com atletas mais velhos.

Para Weis (2011), o “estresse competitivo” acontece quando há uma falta de equilíbrio entre a “exigência do rendimento na competição e a capacidade do executante em atender satisfatoriamente às exigências requeridas”. Em contrapartida, o autor constata a importância do estresse para a vida e a atividade física, contudo, o seu “nível” é que vai definir se ele é positivo ou negativo.

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Nos mais diversos esportes esse estresse pode ser percebido, e na Ginástica Rítmica não seria diferente. Cavalcanti (2017, p.177) afirma que:

Na GR apresentar-se sob o crivo de diferentes olhares é um ato de coragem da ginasta. A professora/técnica cúmplice se liga à ginasta e se apresenta junto, o público torcedor silencia e vibra a cada acerto de movimentos, assim como as árbitras o exercício ginástico que apreciam cuidadosamente. Na fluidez dos olhares de quem aprecia e de quem os enfrenta, a comunicação sensível se consuma. Assim, além da ginasta não está só, a compreensão desse imbricamento de energias é importante para minimizar a ansiedade, pois erros e sofrimentos podem se dar em decorrência dessa relação.

Segundo Bicalho et al (2016), os atletas que conseguem se sentir aptos a afrontar a ocasião estressora e de alcançar seu objetivo, propendem a definir a circunstância como facilitadora da performance. Enquanto que os atletas que não se veem tendo esse controle sobre a situação estressora, propendem a definir a circunstância como enfraquecedora.

Mas apesar de ter esses efeitos em atletas de competição, a atividade física também colabora para prevenir e minimizar quadros de estresse e ansiedade nas pessoas. Nabkasorn, Deslandes et al apud Vilarino (2017), afirmam que afora o esporte profissional, a atividade física tem sido empregada como forma de prevenir e tratar as mais variadas doenças, como depressão, estresse e ansiedade, e essa prática apresenta-se efetiva para a melhora da saúde tanto física, quanto mental daqueles que praticam.

3.4 Psicomotricidade e Ansiedade

Para Coste apud Aguiar (2007), a psicomotricidade se dedica a compreender a forma com a qual o ser humano se relaciona com o seu próprio corpo e se utiliza da gesticulação como um elemento de se comunicar e leva em consideração esses movimentos como indícios de sociabilidade e de ajustamento do sujeito ao mundo no qual ele está inserido.

Wallon apud Aguiar (2007), afirma que o sentimento e o ato motor operam juntos no que diz respeito ao desenvolvimento do indivíduo. Segundo o autor, é a emoção que produz cor ao movimento que o corpo realiza, e a cada novo sentimento o corpo do indivíduo vai reagir de acordo com o “temperamento emocional do ser humano”, e esse fato é consequência do diálogo entre a motricidade e a intensidade emocional que o indivíduo apresenta no momento em que o estímulo ocorre.

Segundo Aguiar (2007), “a inteligência, a emoção e o corpo manifestam-se de maneira interdependente, pois o ser humano necessita dessa relação recíproca para evoluir, sendo que ela auxilia a aprendizagem humana e a relação do ser com a sociedade.” Neste caso para o autor, a relação de interdependência entre os três fatores é essencial para que o ser humano obtenha os subsídios imprescindíveis para que haja a evolução da espécie, onde o envolvimento motor torna-se imperativo para que se possa haver uma adequada ação da inteligência e da emoção.

Bueno (2015) afirma em seus estudos que, no instante em que o sujeito compreende que, apesar do ambiente ser diferente, ele pode ser capaz de organizar as impressões recebidas, e desta forma consegue perceber o movimento realizado por seu próprio corpo e compreender o movimento que está sendo realizado, e esses fatores colaboram para que haja uma melhor conexão sensorial, melhorando significativamente as habilidades motoras e seu desempenho.

Araújo (2016) confere ao psicomotricista a atuação em: “Áreas de Educação, Reeducação e Terapia Psicomotora, utilizando-se de recursos para o desenvolvimento, prevenção e reabilitação do ser humano”. Estando este, apto a trabalhar por meio de atividades corporais, as capacidades físicas e psíquicas do ser humano.

Falcão (2009) afirma que a Psicomotricidade é uma “ciência” que propõe transformar o corpo em uma ferramenta de se ligar e de se expressar para o outro, através do “movimento” apontado ao indivíduo em sua conjuntura, através de seus “aspectos motores, emocionais, afetivos, intelectuais e sociais.” Para Fonseca apud Falcão (2009) o movimento corporal abordado pela Psicomotricidade, que leva em consideração o indivíduo como um ser único e interativo, e que passa por processo evolucional ao longo de toda a sua vida, proporciona um melhor funcionamento psíquico desse indivíduo.

De acordo com Santos (2015), há dois métodos principais com relação à intervenção psicomotora, a Psicomotricidade Funcional e a Psicomotricidade Relacional. Martins apud Santos (2015) afirma que a Psicomotricidade Funcional, se utiliza do jogo dirigido para gerar uma afinidade entre o sujeito e a ação que faça com que ele melhore a sua autoestima e supere suas dificuldades e aversões, no entanto, embora o alvo deste tipo de intervenção ser a evolução global do sujeito, observa-se que há melhora significativa com relação aos aspectos motores e cognitivos. Segundo o autor, anteriormente citado, a sessão de Psicomotricidade Funcional deve ser planejada com antecipação pelo terapeuta e não deve haver abarcamento

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físico e afetivo que sugiro um vínculo como se daria na Psicomotricidade Relacional, significando que o psicomotricista deve adotar uma postura mais “diretiva”. Entretanto, a Psicomotricidade Relacional, segundo o autor, ao fazer uso do “jogo espontâneo” como procedimento a ser utilizado nas sessões, acaba valorizando o elemento psicoafetivo, que se manifesta através da comunicação tônico-emocional e desta forma tornar o indivíduo capaz de superar seus bloqueios.

Desta forma para esse estudo destacamos a Psicomotricidade Relacional, método criado por Anne e André Lapierre, que segundo Batista et al (2013, p.20),

Trata-se de um método que coloca o corpo como eixo central e como elemento fundamental para compreensão do comportamento humano. Enfatiza a compreensão de todas as formas de comunicação e vínculo, explorando, especialmente, a linguagem não verbal. Sobretudo em suas intervenções, exige leitura e decodificação do simbolismo contido no ato vivido pelo corpo sujeito por meio de jogos simbólicos espontâneos levando em consideração os pressupostos teóricos do referido método, de modo a valorizar os aspectos socioafetivos e relacionais.

Através da Psicomotricidade Relacional se pode interpretar as reações e vivências em grupo, para que intervenções de acordo com a demanda individual de cada pessoa sejam realizadas. Assim, é possível desenvolver também a capacidade de superação, entender o significado de perdas, privações e frustrações, além de fortalecer vínculos entre as crianças, contribuindo assim para que aconteça um ajuste positivo de limites, medos e ansiedades. 4 METODOLOGIA

4.1 Caracterização da Pesquisa

Com o objetivo de identificar o estresse pré-competitivo em atletas de Ginástica Rítmica, este estudo apresentará características da pesquisa descritiva, já que ela observará, analisará e correlacionará fatos ou fenômenos (variáveis) sem manipulá-los (CERVO; BERVIAN, 2004).

4.2 População e Amostra

4.2.1 População

A população foi composta por atletas de Ginástica Rítmica da cidade de Natal/RN, onde é estimado pela Federação Norte Riograndense de Ginástica uma média de 80 atletas federadas.

4.2.2 Amostra

A amostra será do tipo não probabilística intencional e composta pelo maior número possível de atletas das categorias mirim, infantil e juvenil, com idade entre 11 e 18 anos, que representa 60% da população de atletas federadas que praticam ginástica rítmica na cidade de Natal/RN.

4.3 Instrumento de Coleta de Dados

O instrumento utilizado para a coleta dos dados será a escala LSSPCI - Lista de Sintomas de Estresse Pré-Competitivo (De Rose Jr., 1998), do tipo Likert, que foi desenvolvida para identificar nível de estresse que antecede as competições.

4.4 Procedimentos

Para atender os objetivos do estudo, inicialmente será estabelecido um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (ANEXO B), que esclarecerá sobre o estudo ao qual as atletas estão sendo convidadas a participar, na qual as atletas para estar de acordo em participar do estudo, as condições foram a devolução deste termo devidamente assinado pelos pais e/ou responsáveis. Assim sendo a escala LSSPCI - Lista de Sintomas de Estresse Pré-Competitivo (ANEXO A) será preenchido pelas atletas no dia predeterminado com as técnicas. Outro passo a ser levado em consideração para não haver interferências nas respostas e consequentemente nos resultados, é fazer com que as atletas respondam ao questionário individualmente. Para que não haja problema durante a coleta dos dados serão fornecidas a cada atleta, caneta, prancheta e uma folha contendo a cópia da escala LSSPCI.

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Jern´s na modalidade de G.R. Será marcado um horário com cada técnica e as atletas para que o questionário possa ser respondido.

4.5 Critérios de Inclusão e Exclusão

Os critérios de inclusão e exclusão serão os seguintes:

Inclusão - Atletas que tenham entre 11 e 18 anos, portanto que sejam das categorias mirim, infantil ou juvenil da cidade de natal, atletas que tenham cadastro na FNG e que se encontrem com a autorização devidamente assinada pelos pais ou responsáveis.

Exclusão - Atletas que não tenham a idade entre 11 e 18 anos, portanto que não sejam das categorias mirim, infantil ou juvenil, aquelas que faltarem aos dias marcados para a realização dos testes, aquelas que não tenham cadastro na FNG e aquelas que não se encontrem com a autorização devidamente assinada pelos pais ou responsáveis.

4.6 Definição das Variáveis

As variáveis independentes referentes à identificação foram as seguintes: Idade, classificada na faixa etária de 11 a 18 anos e por seguinte sendo agrupados de 11 a 13 anos (mirim), 14 e 15 anos (infantil) e 16 a 18 anos (juvenil) e a Idade da menarca.

A variável independente referente à atividade física será: O tempo de prática da modalidade.

E como variável dependente as respostas encontradas no questionário. 4.7 Análise dos Dados

A construção do banco de dados será realizada através de Análise Estatística Descritiva para traçar o perfil das atletas de Ginástica Rítmica da Cidade do Natal.

Sendo realizado também um teste de Correlação entre variáveis, e um teste “T” de Student através do software STATISTICA, à nível de 0,05 de significância, entre as respostas encontradas no questionário, e também entre as categorias (mirim-infantil, infantil-juvenil, juvenil-mirim), devendo der usada análise estatística e inferencial.

E ainda o cálculo do Coeficiente Alfa de Cronbach com o emprego do software SPSS - DATA EDITOR, versão 13.0 for Windows a fim de avaliar a consistência interna dos itens da escala. Outro calculo que será apresentado é o da contagem da média da escala, que identificará o nível do estresse pré-competitivo das atletas.

5. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO Atividade 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 Escolha do tema e problema de pesquisa Leitura bibliográfica Levantament o de hipóteses e escolha de instrumentos

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1ª versão de redação da pesquisa e apresentaçã o Coleta de dados no campo Análise dos dados 2ª versão de redação da pesquisa Revisão e versão final da redação Apresentaçã o 6. RECURSOS 6.1 Recursos materiais 02 Resma de papel A4 01 Impressora

02 Cartuchos de tinta para impressora 30 Canetas esferográficas

30 Pranchetas

01 Caixa de clipes para papel 6.2 Recursos financeiros

Para a compra do material necessário, será previsto um valor de R$1.000. 6.3 Recursos humanos

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ANEXOS

ANEXO I - LISTA DOS SINTOMAS DE “STRESS”

PRÉ-COMPETITIVO INFANTOJUVENIL (LSSPCI).

Caro atleta: Estamos interessados em conhecer algumas coisas

relacionadas à competição.

Tente se lembrar de tudo que acontece com você no período

de 24 horas antes de uma competição e marque com um X ou

um círculo o número que corresponde à sua escolha, de acordo

com a classificação apresentada abaixo. Não há respostas

certas ou erradas. Não deixe nenhuma resposta em branco.

Lista de sintomas de “stress” pré-competitivo infanto-juvenil

1 = Nunca 2 = Poucas vezes 3 = Algumas vezes 4 = Muitas

vezes 5 — Sempre

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ANEXO II – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E

ESCLARECIDO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE - UFRN PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO - PPG

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CCS DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA – DEF

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOMOTRICIDADE CLÍNICA E ESCOLAR/ TURMA 1

PESQUISA: “

AVALIAÇÃO DO ESTRESSE PRE-COMPETITIVO EM GINASTAS

RÍTMICAS DA CIDADE DO NATAL/RN

.”

INVESTIGADORES: Acd. Louise Karla do Nascimento

Oliveira – matricula nº

Prof.

(15)

Você está sendo convidado (a) a participar de um estudo

que tem como objetivo identificar e avaliar o estresse

pré-competitivo em atletas de G.R. e formular atividades que

possam minimizar os efeitos do estresse e da ansiedade das

atletas durante este período. A pesquisa fornecerá dados para

um projeto de conclusão de curso de Especialização em

Psicomotricidade Clínica e Escolar. É de grande valia a sua

contribuição neste estudo, mas sua participação é voluntária,

ou seja, você está livre para participar ou não, bem como a

retirar-se da pesquisa a qualquer momento se assim desejar.

​Caso aceite participar do estudo, será submetido a um

protocolo de avaliação contendo questões sobre identificação,

esporte praticado e tempo de prática, sendo o mesmo aplicado

no local de treinamento, não havendo despesa para as atletas e

explicado previamente; e uma Lista de sintomas de “stress”

pré-competitivo infanto-juvenil, para o qual deverá tentar se

lembrar de tudo que acontece com você no período de 24

horas antes de uma competição e marque com um X ou um

círculo o número que corresponde à sua escolha, de acordo

com a classificação apresentada de 1 a 5. Não haverá

comprometimento do estado de saúde das atletas, porém no

caso de ocorrer algum problema, a equipe de investigadores

do estudo arcará com a responsabilidade

​Os registros de sua participação serão mantidos

confidenciais, sendo guardados e somente analisados pelos

investigadores. E a publicação resultante deste estudo (oral e

escrita), apresentados em congressos e/ou publicados,

preservará a identificação dos sujeitos, não sendo revelada em

hipótese alguma.

​Li e reli as informações acima. Perguntei e discuti os

detalhes do estudo com uma pessoa da equipe. Concordo

em participar desse estudo baseado nas informações

fornecidas.

Natal, ___ de

___________ de 2018.

(16)

Assinatura do atleta

_______________________________

Assinatura do responsável

_______________________________

Assinatura do investigador 1

_______________________________

Assinatura do investigador 2

Referências

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