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Amamentação : o melhor começo para a vida

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(1)

cENTRo

DE

c|ÊNc|As

DA SAÚDE

cuRso

DE

GRADUAÇÃO

EM

ENFERMAGEM

AMAMENTAÇAO:

0 MELHOR

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TCC CB cc M ..- C/_ LL _*-' " EXU '

FLORIANÓPOLIS,

DEZEMBRO

DE

1994

CCSM TCC UFSC ENF 0235 E_ v¬ ><

(2)

CURSO

DE

GRADUAÇÃO

Eiiíi

ENFERMAGEM-

AMAMENTAÇÃO:

o MELHOR

coMEÇo

PARA

A

v|DA

Trabalho

de Conclusão de Curso

apresentado

a Universidade Fede-

ral

de Santa

Catarina, Disciplina

En

magem

Assistencial Aplicada,

Flo-

rianópolis

-

SC

Autoras:

Janaina

Gonçalves

Margarida

Fidélis

Mirela

Márcia

de

Azevedo

Nádia

Farias

Simon

Orientadora:

Evanguelia Kotzias Atherino

dos

Santos

Supervisoras: Eleusa

Ferreira

de

Souza

Leal

Odete

Back

'

(3)

À

Deus que

está

sempre

presente, nos transmitindo força e sabedoria durante a

nossa caminhada, iluminando nossos caminhos e

amenizando

nossas

dificuldades.~-.

Ao

binômio

mãe

e filho pela

compreensão

e paciência para conosco, pois

sem

os quais

não

teria sido possível a realização deste trabalho.

À

orientadora Evanguelia Kotzias Atherino dos Santos pelo incentivo, apoio e por

ter assumido o compromisso de nos

acompanhar

na realização deste trabalho.,

Às

supervisoras Eleusa F. de

Souza

,Leal, Odete Back, Rita de Cássia Heinzen de Almeida Coelho pela liberdade e confiança depositada

em

nós durante o período de

estágio.

À

Maternidade Carmela Dutra,

em

especial às funcionárias do Posto I,

Ambulatório, Berçário de Risco Normal e

Banco

de Leite

Humano

e CIAM..

Aos

nossos queridos Pais:

João

e Libera Gonçalves, Antônio e Maria Elza de Azevedo, José (ln memorian), e Juraci Fidélis, Danilo e Sonia Farias, pela nossa

existência e pelos ensinamentos

que

nos

deram

a grande oportunidade de

podermos

estar encerrando mais

uma

etapa importante de nossas vidas.

(4)
(5)

1 -

|NTRoDuÇÃo

... .. 2 -

oBJET|vos

... .. 3 -

REVISÃO

DE

LITERATURA

... .. 3.1 - Puerpério ... _. 3.2 -

Recém-Nascido

... .. 3.3 - Aleitamento Materno ... _. 4 -

REFERENCIAL TEÓRICO

... _. 4.1 - Pressupostos da teoria ... ._ 4.2 - Pressupostos pessoais ... ._ 4.3 - Conceitos ... ._ 4.4 - Processo de

Enfermagem

... .. 5 -

METODOLOGIA

... ..97 5.1 - Local de estágio ... ._ 5.2 - População Alvo ... .. 5.3 - Plano de ação ... .. 5.4 -

Cronograma

... .. 6 -

RESULTADOS

... ._

6.1 - Descrevendo o perfil das mulheres assistidas ... ..

6.2 - Relatando depoimento das pacientes sobre

amamentação

... ..

6.3 - Descrição

do

processo de

enfermagem

baseado no instrumento de

(6)

7 -

coNs|DERAÇÓEs

F|NAis ... .. 147

7.1 - Facilidades encontradas ... ._ 148

7.2 - Dificuldades encontradas ... .. 148

7.3 - Sugestões para a instituição ... .. 148

8 -

REFERÊNCIAS

BIBLIOGRÁFICAS

... .. 150

(7)

Este estudo consiste na implementação de

um

marco conceitual

em um

processo

de

enfermagem

fundamentados na Teoria do Auto Cuidado de Dorothea

Orem

e

adaptado por Santos (1991), tendo

como

foco central o binômio mãe/filho. Para colocar

em

prática este marco, foi utilizado a metodologia do processo de

enfermagem

fundamentado

na Teoria de Orem, que divide-se

em

três etapas: diagnóstico e

prescrição (levantamento de dados); projeção e planejamento de sistemas de assistência

de

enfermagem

e provisão (controle da assistência).

A

metodologia utilizada foi desenvolvida

com

60lpuérperas no período de 31 de

agosto a

28

de

novembro

de 1994, na

Matemidade

Carmela Dutra,

em

Florianópolis.

assistência

de enfermagem

foi planejada e desenvolvida a partir dos déficits de

competência para o autocuidado identificados nas gestantes e puérperas de acordo

com

o marco conceitual.

No

término deste trabalho as autoras consideram

que

o marco

conceitual, propiciou a participação destas mulheres no desenvolvimento do

(8)

The

study deals with the development and implentation of a conceptual framework

to a nursing process, having as its groudwork Dorothea Orem's Self-care Theory, such as

adapted by Santos (1991), and having as its central focus the mother/chil binomial.

To

give this framework a practical connotationa, the Nursing Process Methodology

was

utilized, founded also on Orem's theory, and divided into three stages: Diagnostic and

Prescription (data survey); extension

and

planning of the nursing assistance system; and

provision (assistance control). Assistance methodology

was

develloped havinh as

subjects

60

puerperal mothers, from August 31 to

November

28, 1994, at the Carmela

Dutra maternity hospital, in the city of Florianópolis. Nursing assistance

was

planned and developed from a starting point of self-care deficits identified as existing next to expectant

and puerperas within the guiding lines of the conceptual framework. ln closing their work, the authors believed the conceptual framework to have favored the participation of the studied

womem

in self-care and also in caring for their newborn children, rendering these

(9)

Nos

últimos

anos

muitos estudos realizados

em

várias partes

do

mundo

têm

evidenciado a importância e benefícios

do

aleitamento materno,

não

só para a

saúde

da

criança

como também

para a

saúde da mãe.

Mesmo

assim,

inúmeras

pesquisas

têm

revelado índices alarmantes

de

desmame

precoce, especialmente

nos

paises

de

Terceiro

Mundo,

devido a

uma

variedade

de

fatores.

Em

decorrência disto,

órgãos

como

a

Organização

Mundial

de

Saúde (OMS)

e

Fundo

das

Nações

Unidas

para a Infância

(UNICEF)

se uniram

na

luta

em

prol

do

aleitamento

materno

com

o objetivo

de

reverter este quadro.

Com

base

nisso foi idealizada a Iniciativa Hospital

Amigo

da

Criança

que

visa a

promoção,

proteção

e apoio

ao

aleitamento materno. Esta Iniciativa foi

compromissada

pelo Brasil na Declaração

do

Innocenti (ver

anexo

01) e elaborada durante o encontro realizado entre formuladores

de

políticas

de

Saúde

de governos

e

de

agências

internacionais

em

1990 na

Itália.

A

idéia

de

realizarmos o

nosso

Projeto

de Conclusão de Curso nessa

área

nasceu no

Encontro Estadual

Sobre

a Iniciativa Hospital

Amigo

da

Criança

realizado

em

Florianópolis,

em

abril

de

1994

(anexo 02).

Em

seguida, a

(10)

em

prática, então

nos

unimos

à equipe desta, pois já

estavam engajados na

adoção

dos dez passos

para o

sucesso do

aleitamento materno.

O

título

do

nosso

Projeto é

“Amamentaçãoz

o melhor

começo

para vida”. .O

mesmo

foi

tema

da

semana

Mundial

de

Amamentação

de 1994

e foi desenvolvido

nas

unidades

de

internação Obstétrica

que

funcionam

como

Sistema

Alojamento Conjunto (unidades IV e VIII) e ambulatório, no período

de

31.08.94 à 28.11.94, tendo

como

componentes

as

acadêmicas

Janaina Gonçalves, Margarida Fidélis, Mirela

Márcia

de

Azevedo

e

Nádia

Farias Simon,

estando sob

orientação

da

professora

e enfermeira Evanguelia Kotzias Atherino

dos Santos

e Supervisão

das

Enfermeiras Eleuza Ferreira

de

Souza

leal,

Odete Back

e Rita

de

Cássia

Heinzen Almeida Coelho

Escolhemos

esta instituição para realizarmos o presente estudo devido

ao

fato

de

já conhecê-la através

de

estágios realizados anteriormente e

também

por esta estar ativamente

engajada

na

adoção

dos

Dez

Passos

para o

sucesso

do

Aleitamento Materno.

'

O

nosso

interesse

em

prestar assistência à puérpera e

ao recém

nascido

no

sistema alojamento conjunto adveio

de

ser este

um

sistema

que

oferece a

nosso

ver

grandes vantagens

para a

mãe

e o bebê,

como

por

exemplo ao

possibilitar

permanência do

bebê

junto à

mãe

24

horas por dia, privilegiar a

promoção,

proteção e apoio

ao

aleitamento materno, favorecer o contato intimo entre

mãe

e filho e permitir a prestação

de

todos os cuidados assistenciais,

bem como

a

orientação à

mãe

sobre a

saúde

do

binômio mãe/filho incluindo o autocuidado

MINISTÉRIO

DA

SAÚDE,

1992).

Tantas

e tão

acentuadas são

as

vantagens do

aleitamento

materno que

a primeira vista, poderia parecer desnecessário ser

esse

tema

tratado

com

tanto

(11)

ênfase. Observa-se,

no

entanto,

que apesar do reconhecimento

universal

da

superioridade

desse

alimento para o lactente, ainda

não

se conseguiu elevar satisfatoriamente o percentual

de

mulheres

que

amamentam

seus filhos por

prazo

adequado.

Até cerca

de 50

anos, praticamente todas as crianças

eram

amamentadas

pelas

mães.

A

partir

da

década

de

30, e principalmente

após

a

2a Guerra

Mundial, ocorreu

um

acentuado

declínio

dessa

prática ocasionado, entre outros

fatores, por

um

falso conceito

de “modernismo”

e

de

“praticidade”

do

aleitamento artificial.

A

plano tão secundário foi relegado o aleitamento

materno que

até hoje,

apesar de

todas as

campanhas desencadeadas

com

o intuito

de

incrementar

seu

emprego,

a maioria

das

mães

não

aleita, ou o faz por curto prazo.

Atualmente

o aleitamento

materno

é prática usual

apenas

em

população

rural,

de

hábitos

tradicionais, e

em

áreas pobres

de

paises

em

desenvolvimento.

Nas

áreas

urbanas

ainda é praxe o

desmame

precoce,

havendo

trabalhos

que mostram

ser

o

tempo

de

aleitamento médio,

em

São

Paulo, cerca

de

um

mês.(VlTlELLO,

1984, P. 712)

Sem

dúvida,

além de

fatores sociais,

como

o

modismo,

o trabalho

das

mães

fora

do

lar

também

contribue para o

desmame

precoce.

É

importante frisar

que

a

sociedade não tem

se

aparelhado

para favorecer a mulher no exercício

da

amamentação,

pelo contrário,

ao

mesmo

tempo

que

a culpabiliza por

não

amamentar,

interfere

bruscamente

sobre o parto

com

procedimentos ou

medicamentos,

cria estruturas hospitalares anti

aproximação mãe-bebê, não

cria

ou

não

respeita leis trabalhistas para o

amparo

à maternidade, libera as

companhias

produtoras

de

substitutos do leite

materno de

qualquer

compromisso

(12)

não

capacita

seus

profissionais para

darem

apoio e terem

conhecimentos

necessários para conciliar a

mãe

que

amamenta.

Apesar de formalmente

convencidos das vantagens

existentes

no

aleitamento materno,

poucos são

os

obstetras

que

se dedicam, durante o pré-natal

ou no

pós-parto imediato, a

esclarecer e informar gestantes e puérperas. Por outro lado, os pediatras

(com

raras e

honrosas

exceções)

não tem

a paciência e dedicação necessárias para

reforçar

esse

ideal e, às primeiras objeções da

mãe,

preferem por

comodismo

ceder e prescrever substitutos comercializados (VITIELLO, 1984, p. 713).

Procuraremos

aqui reforçar o conceito

de

ser o aleitamento

materno

a forma

ideal

de promover

o crescimento e desenvolvimento normais

da

criança.

Dentre as várias alternativas

optamos

em

realizar

nosso

trabalho

na

área

materno-infantil, visto

que

em

conjunto decidimos ser este o assunto

que

nos

interessa e

nos

incentiva a iniciar

essa caminhada,

pois a realidade

nos

mostra

um

índice bastante

preocupante

de

morbimortalidade

de

crianças

menores

de

um

ano

que

não foram

amamentadas,

tendo

em

vista a situação

econômica que

o

país atravessa.

É

de

grande

importância a prática

do

incentivo

ao

aleitamento

materno

devido às

vantagens

nutricionais e

econômicas que

o leite

humano

proporciona.

Para

reverter a situação (morbimortalidade)

nos

mobilizaremos junto

à equipe

da Maternidade Carmela

Dutra

na

iniciativa Hospital

Amigo

da

Criança

do

UNICEF

(Fundo das

Nações

Unidas para a Infância) e

OMS

(Organização Mundial

da Saúde) que

considera Hospital

Amigo

da

Criança aquela instituição

que

segue

os

dez passos

para o

sucesso do

aleitamento materno.

A

OMS

e o

UNICEF

acreditam que, entre os muitos fatores

que afetam

a

iniciação e o estabelecimento normal

do

aleitamento materno, as práticas

de

(13)

destacam-.qr

se

como

uma

das maneiras

mais promissoras

de aumentar

a prevalência e a

duração da

amamentação.

Os

motivos para isso incluem a predisposiçao

de agentes de

saúde, para

promoverem

comportamentos que favoreçam

a saúde, a própria natureza e

função

dos

estabelecimentos

de

saúde, e o fato

de que são

necessários

poucos

recursos adicionais,

além da

boa

vontade, para

manter

ou introduzir rotinas e

procedimentos

adequados,

como

pré-natais e peri-natais prestados

em

ambulatórios e enfermarias obstétricas, período crítico para o êxito

da

iniciação e

manutenção

do

aleitamento.

É

nele

que

a interação entre o pessoal

de saúde

e as

mulheres

é mais

próximo, e

quando

as rotinas

de

cuidadosde

saúde tem

a maior influência sobre as atitudes

das

mães

para

com

a

amamentação

e as

suas percepções

sobre as

próprias

capacidades de

amamentar.

Segundo

FRAGA

(1991, p. 15),“O leite

humano

é

sabidamente

o

melhor

alimento para o

recém

nascido.

Além

das vantagens

nutricionais, imunológicas,

enzimáticas e hormonais, proporciona ainda

um

fortalecimento

dos

laços afetivos

da

mãe com

seu

bebê".

Segundo

PIZZATO

(1985, p. 23),“O valor

do

leite

humano

na

alimentação

do

recém

nascido e lactente é

do conhecimento de

todas as

mães, de

leigos e

profissionais

da

saúde. Entretanto,

comumente

encontramos

crianças,

mesmo

recém-nascidos,

sendo

alimentados

com

leite

de

vaca e industrializado.

Em

contraste

com

o elevado

desenvolvimento

sócio-econômico cultural mundial, a alimentação

ao

seio

vem

declinando e as taxas

de

morbimortalidade infantis,

(14)

estão

assustadoramente aumentando,

principalmente

nos

países

em

desenvolvimento”. '

Segundo

SANTOS

(1989, p. 25) “As características bioquímicas e

imunológicas

de

espécie, especificidade próprias

do

leite

humano

conferem

uma

composição

ideal e

incomparável

a qualquer outro tipo

de

leite:

bacteriologicamente é

seguro

e

imunologicamente

apresenta fatores

de

proteção e

de

defesa contra infecções, especialmente as gastrointestinais.

Do

ponto de

vista nutricional, o leite

humano

é

capaz de

suprir todas

as necessidades

alimentares

da

criança durante os seis primeiros

meses

de

vida.

Os

beneficios psicológicos se

revestem

de

igual importância,

uma

vez

que

através

da

amamentação

se estabelece

uma

profunda relação entre o binômio

mãe

e filho,

determinada por

um

processo

de

interação e transação proporcionados

por

fortes

estímulos sensoriais, auditivos, táteis visuais e emocionais.

Além

desses

aspectos

a

amamentação como

método,

pode

ser considerada tecnicamente

natural,

de

fácil

aprendizagem,

higiênica e prática

economicamente

barata,

praticamente isenta

de

custos”.

O

nosso

trabalho estende-se

também

ao

ambulatório

quando

nos

comprometemos

em

orientar gestantes

de Zas

a

4aS

feiras

no

período

da

manhã

e às

ôas

feiras

no

período

da

tarde, para o cuidado

com

as

mamas,

para

que

depois

do nascimento

a criança

possa

ser

amamentada sem

maiores problemas. Para nortear este trabalho, utilizamos a declaração conjunta

OMSIUNICEF

“Proteção,

promoção

e apoio

ao

aleitamento materno:

O

papel especial

dos

serviços

materno

infantis” (1989), Declaração

de

Inocenti (1990)

Norma

Brasileira

para a Comercialização

de

Alimentos para Latentes (1992) e

escolhemos

os

(15)

Optamos

por esta teoria, pois durante as experiências vivenciadas no decorrer

do

curso

sempre

nos identificamos

com

a

mesma,

que tem

como

foco central o

auto-cuidado.

Acreditamos

ser este trabalho

de grande

importância para o

nosso

aprendizado

e

também

um

instrumento valioso para a

soma

de

esforços

na

promoção,

proteção e apoio

ao

aleitamento materno.

(16)

2.1 - Objetivo Geral:

Prestar assistência

de

enfermagem

ao

binômio mãe-filho, incentivando a

prática

do

aleitamento materno,

com

base na

teoria

do

auto cuidado

de Dorothea

Orem.

»

2.2 - Objetivos Específicos:

1 - Identificar os déficits

de competência

para o auto cuidado da puérpera e

gestante

no que

se refere à

amamentação

e aos cuidados

com

RN.

2 - Estabelecer

um

plano assistencial

de

enfermagem

juntamente

com

a

mulher,

com

base nos

déficits

de competência

identificados.

3 -

Implementar

um

plano assistencial respeitando aspectos éticos.

4 - Avaliar a assistência prestada.

5 -

Aprofundar conhecimentos

teóricos referentes a

saúde da

gestante,

da

(17)

6 - Realizar diariamente palestras às gestantes

que frequentam

o pré-natal

na Maternidade Carmela

Dutra,

abordando

o

tema

aleitamento materno,

conforme

roteiro elaborado pelo serviço

(Anexo

03).

7 - Incentivar às gestantes e puérperas a prática

do

aleitamento materno,

(18)

Serão abordados neste capítulo os temas referentes ao puerpério, recém-nascidos, aleitamento materno, alojamento conjunto.

3.1 - Puerpério

3.1.1 - Puerpério Normal:

Segundo

Ziegel (1985) o puerpério é o período

que

tem início após o parto e

termina

quando

a fisiologia materna volta ao estado anterior, ou seja, aproximadamente

seis

semanas

depois.

z.

O

puerpério é subdividido em:

- imediato do 1. ao 10 dia pós-parto

-tardio do 10 ao

45

dia pós-parto

- remoto do

45

dia após parto

em

diante.

3.1.2 - Pós-parto imediato;

_

Prevalecem os

fenômenos

catabólicos e involutivos das estruturas hipertrofiadas da

prenhez, notadamente das

que

obrigam o concepto, ao lado das alterações gerais e sobretudo endócrinas,

quase

todos atenuantes à regressão das modificações

(19)

3.1.3 - Pós-Parto tardio

É

o período de transição

onde toma

impulso a recuperação genital, e por último a

crise nos dias da fase anterior.

É

circuito biológico

onde

todos as funções

começam

ser

pela lactação

(REZENDE,

1993).

O

útero continua regredir,

porém

muito lentamente até seis semanas.

A

cavidade

uterina encontra-se inteiramente epitelizada ao cabo do 25. dia de pós parto.

O

corrimento loquial prossegue

comumente

até

meados

de pós parto tardio,

passando de serosanguinolento a seroso.

O

posterior comportamento do endométrio difere consoante a presença de lactação.

Nas

mulheres

que

não

amamentam,

apesar da regressão miometrial mais lenta, tende o miométrio a proliferar no término do pós parto tardio, estado semelhante a fase proliferativa do ciclo mestrual.

Nas

nutrizes tudo se passa

como

se os estímulos

reguladores endócrinos se encontrassem

em

recesso ocasional.

A

crise vaginal, objetivada pela decomposição do epitélio, reduzido às

camadas

profundas alcança sua regressão

máxima

em

tomo

de 15. dia pós parto; daí por diante

começam

a esboçar-se as primeiras manifestações regenarativas. Até acercar-se o 25.

dia,

embora

haja grandes variações individuais, é dificil a distinção entre casos

com

lactação ou

sem

ela, no envolver

da

recuperação vaginal.

O

comportamento no entanto,

vai seguir padrões e

rumos

diferentes haja ou não aleitamento.

Nas

mulheres que

amamentam

a citologia mostra aceleração do processo vaginal evolutivo, apreciado

em

relação as nutrizes.(REZENDE, 1993)

3.1.4 - Pós-Parto

Remoto

É

o período de duração imprecisa, a variar

com

a presença ou não

de

lactação.

Nas

(20)

ao contrário

do que

se pensava, precedida da ovulação.

Nas

lactentes os prazos

dependem

da duração do aleitamento.

(REZENDE,

1993).

Neste período ocorrem os

fenômenos

puerperais

que

são subdivididos em: a -

Fenômenos

involutivos ou regressivos

a1 - involução uterina;

a2 - Ioqueação

b -

Fenômenos

evolutivos:

b1 - Lactação (ver capítulo aleitamento materno)

a1. - lnvolu@"o uterina

Imediatamente após a dequitação, o corpo uterino forma

um

tumor muscular duro,

que fica a meio caminho entre a cicatriz umbilical e a sínfese púbica.

O

útero involui

segundo

a bibliografia, 0,7 a 1,5

cm

por dia, apesar de, na prática, constatar-se ser esta involução mais rápida.

Nos

dias subsequentes ao parto, o útero diminui rapidamente de

tamanho

de

modo

que

no 10 dia, já não se palpa o

mesmo

acima da sínfese púbica, atingindo seu

tamanho

normal

em

5 ou 6 semanas.

O

peso uterino após o parto é de 1000mg,

uma

semana

de

500

mg. e, no fim do puerpério de 40 a 60 g.

A

involução uterina é devida a

um

processo de autólise do constituinte protéico

uterino,

que

é absorvido e eliminado pela urina.

A

separação da placenta ocorre na porção externa da

camada

decídua e a

involução na

zona

de inserção placentária ocorre pelo crescimento do tecido endometrial

vizinho, por baixo da zona de inserção.

Após

o parto, o local de implantação da placenta

(21)

Após

a

segunda

semana, essa área está reduzida a 3 ou 4

cm

de diâmetro, e no fim

do

puerpério, a 1 a 2 cm.

Os

transtornos do restabelecimento normal nessa regeneração conduzem, às vezes, a

uma

subinvolução uterina e a hemorragias puerperais tardias, constituindo patologias puerperais

(REZENDE,

1993).

a2 -

Logueago

A

produção e eliminação

de

considerável quantidade de exsudatos e transudatos,

misturados

com

elementos celulares

descamados

e sangue, e

que

o

escoam

pelo trato

genital dá-se o

nome

de lóquios.

Os

lóquios são sanguinolentos nos primeiros 3 a 4 dias pós parto, depois

tomam-se

serossanguinolentos até aproximadamente o 7. dia e por fim serosos.

A

quantidade de

fluído loquial eliminado

tem

sido objeto de numerosas

mensurações

de volume,

sem

que

se chegasse a

um

consenso.

Os

lóquios

possuem

odor característico. Qualquer

patologia

do

endométrio, colo e vagina altera as características dessa secreção na cor, quantidade e odor.

Processos infecciosos conferem-lhe caráter purulento

com

odor fétido.

A

loquimetria

(represamento de lóquio), é situação clinica temerosa, predispondo a infecção puerperal.

(REZENDE,

1993).

3.1.5 - Modificações

no

período pós-parto

Modificações locais:

- Vagina: a vagina requer algum

tempo

para se recuperar da distensão que sofreu,

raramente voltando a condição de nulipara.

As

rugas reaparecem ao fim da terceira

(22)

converte-se nas carúnculas mirtiformes, características de nulípara.

O

esfregaço vaginal

mostra-se atrófico.

- Cérvix: a cérvix é o

segmento

uterino inferior,

que

imediatamente após o parto

toma

a forma de

um

canal colabado e mole, contraindo-se lentamente.

O

espaço

existente no canal cervical, imediatamente após o parto, permite a introdução de

uma

mão

logo após o parto, de dois

dedos

após alguns dias e de

apenas

um

dedo

ao final

de

uma

semana.

As

pequenas

lacerações surgidas na cén/ix durante o trabalho de parto cicatrizam-

se no puerpério,

porém

a cén/ix

não

retornará-a situação de pré-parto .

O

orifício externo

passa

de

uma

abertura redonda e regular a

uma

fenda ligeiramente irregular e

transversa.

- Vulva e períneo 1

também

involuem rapidamente quase readquirindo as suas

características primitivas ,desde

que

eventuais lacerações do parto

tenham

sido

convenientemente suturados.

Assoalho pélvico:

embora

a musculatura dessa região readquira seu tônus normal,

quando

há lacerações, principalmente dos músculos elevadores do ânus, pode

permanecer frouxo,

podendo

predispor a ocorrência do prolápso uterino.(REZENDE,

1993).

Modificações Gerais

- Sistema sanguíneo:

Não

mudanças

da série vermelha próprias do puérperio e nota-se na branca,

após o parto, leucocitose de 10.000 a 20.000 glóbulos, à custa principalmente dos

(23)

metade

nas primeiras

48

horas,e ao cabo do 5. ou 6. dia o quadro retoma às taxas

habituais.

A

velocidade de eritrossedimentaçâo acelerada na gravidez, sofre novo incremento

no puerpério, regularizando-se

somente

entre a 5. e 7. semana. Está

aumentada

a tendência à coagulação no puerpério.

(REZENDE,

1993).

- Sistema Cardiovascular:

O

rendimento cardíaco está

aumentado

na primeira hora pós-parto (

10%)

, assim

permanecendo.

A

pressão venosa dos

membros

inferiores, elevada durante a gravidez normaliza-se imediatamente.

As

varizes caso presentes, atenuam-se e os

edemas

desaparecem

(REZENDE,

1993).

Sistema endócrino:

Vencido o parto, verifica-se o desaparecimento rápido dos teores

de

HCG

e de HPL, enquanto as gonadotropinas hipofisárias

ascendem

no plasma e excreta-se pela urina

em

níveis muito elevados, superiores as taxas normais para mulheres não-grávidas.

Os

estrogênios

mostram

queda

súbita ligada implicidamente ao desaparecimento da

atividade da placenta.

A

fisiologia da lactação e suas referências na

mudança

dos

componentes

dos hormônios influem diversamente na função ovariana.(REZENDE, 1993)

- Sistema urinário:

A

conta do acentuado relaxamento do diafragma urogenital, consignado após o

parto, a parede anterior da vagina tende a prolabar entre os grandes lábios, sobretudo

(24)

conservando ainda as faculdades de expansão estruturais

que

a embebição lhe

proporcionará ,

aumenta

muito sua capacidade .

A

diurerse, inicialmente é escassa ,

em

razão da desidratação no trabalho de parto.

Do

2. ao 6. dia estabelece-se abundante excreção urinária,

que

elimina a

água

acumulada

durante a gestação

(REZENDE,

1993)

Sistema digestivo:

Com

o esvaziamento uterino retornam as vísceras abdominais, vagarosamente, às disposições anatômicas.

redução da motilidade intestinal.

A

constipação da púerpera,

indefectivel nas pacientes

que

se

mantinham

no leito de

uma

a duas semanas, é hoje

excepcional

com

o levantar precoce, e observada unicamente nas

que

têm obstipação

crônica.

É

o funcionamento fisiológico dos intestinos habitualmente restaurado no 3. ou

4. dia

(REZENDE,

1993)

A

pele

As

estriações do

abdomem

e das

mamas, quando

presentes,

perdem

a cor

vermelho-arroxeada e ficam pálidas, transformando-se,

em

algumas semanas,nas

estrias branco-arroxeradas. Regridem as modificações

do

tipo de implantação dos pêlos

pubianos , as hiperpigmentações da pele do rosto, do

abdômem

e das

mamas

(REZENDE,

1993)

O

peso:

Habitualmente há perda acentuada nos primeiros dez dias, por motivo dá

transformação ovular, da maior diurese, da secreção Iactogênica e da eliminação loquial.

(25)

3.1.6. Assistência

de

Enfermagem

no

Puerpério

l - Assistência de

Enfermagem

durante o Puerpério Imediato;

1 -

Acompanhamento

da involução uterina medindo a altura uterina.

2 - Controlar lóquios, observando a cor, quantidade ,odor e aspecto dos

mesmos,

para diagnóstico de retenção de restos placentários ou endometrite e da subinvolução

uterina.

3 - Verificar a temperatura

de

6

em

6 horas, para diagnóstico de infecção puerperal.

4 - Controlar a frequência cardíaca

, verificando o pulso de 6

em

6 horas, pois

um

pulso elevado

pode

significar trombose profunda, principalmente se coincide

com

temperatura

pouco

elevada.

5 - Verificar a pressão arterial de 6

em

6 horas, para diagnóstico precoce

como

hipovolemia, hemorragia, choque, eclâmpsia pós-parto e outras.

6 - Estimular a

deambulaçäo

precoce nas primeiras 12 ou

24

horas, para profilaxia

de tromboses, embolias e da constipação intestinal.

7 - Realizar a lavagem externa asséptica e curativo perineal 3 vezes ao dia

com

antisséptico de

mucosa

( iodo aquoso) , para profilaxia de infecção

e

deiscência de

sutura.

8 - Controlar diurese, solicitando a micção precoce e espontânea , registrar

quantidade, cor, odor e aspecto da urina .Para evitar atonia vesical, profilaxia da

infecção urinária e controle do balanço hidroeletrolítico, função renal, diagnóstico precoce

da

lesão vesical.

9 - Controlar a função intestinal para avaliar tendência à constipação intestinal.

10 - Orientar a puérpera sobre cuidados

com

as

mamas

e

pega

correta durante a

amamentação,

para prevenir fissura mamilar, engurgitamento

mamário

e outras

(26)

11- Orientar a puérpera sobre o cuidado

com

o recém-nascido para promover a

saúde e

bem

estar da

mesma

(ZIEGEL, 1985)

Il - Assistência

de

Enfermagem

no

Puerpério Tardio

1 - Orientar para

que

a puérpera faça repouso relativo, evitando esforços intenso

para prevenção de distopias uterinas, deiscência de sutura.

2 - Falar à puérpera sobre a importância da dieta rica

em

proteínas,vitaminas e ferro

para profilaxia das anemias ferroprivas e deiscência de sutura.

3 - Orientar a puérpera sobre a abstinência sexual durante os primeiros 20 dias.

4 - Alertar a puérpera sobre a anticoncepçäo durante o período de

amamentação.

5 - Aconselhar a puérpera para fazer ginástica puerperal (principalmente abdominal

e perineal) , para profilaxia das diásteses dos músculos reto abdominais e da

incontinência urinária de esforço.Orientar a puérpera para executar 4 a 5 vezes ao dia,

20 vezes cada exercício de contratura do esfincter anal,para colocar

em

funcionamento os músculos elevadores do ânus, principalmente

em

casos de parto normal (ZIEGEL,

1985).

lll- Assistência

de

Enfermagem

no

Puerpério

Remoto

Durante o puerpério imediato , a puérpera deve ser orientada quanto aos seguintes cuidados

que

deverá ter no puerpério.

1 - Procurar

um

ginecologista para ser examinada verificando-se a integridade do

períneo e da musculatura perineal, a epitelização do colo uterino e outros

que

se fizerem

necessários .

2 - Orientar para

que

leve o recém-nascido ao pediatra para consulta de puericultura

(27)

3.1.7.

Exame

Físico

após o

parto

Segundo

Ziegel (1985), o propósito do

exame

físico após o parto é reunir

informações sobre alterações involutivas, sobre o conhecimento da

mãe

a respeito

dessas alterações e sobre a sua necessidade de educação e assistência de enfermagem.

Roteiro de

exame

físico:

- Observações gerais,durante o

exame,a

enfermeira

pode

obsen/ar discretamente a

postura da

mãe

na cama., a facilidade ou a dificuldade facial e a sua aparência.Todos

esses são fatores

que

indicam o nível de energia, de disposição e a de sensação de

bem

estar geral ou de doença.

- Sinais Vitais-

podem

ser verificados na ocasião do

exame

físico ou na rotina do dia

. -

Mamas- ambas devem

ser palpadas a partir das axilas

em

direção aos mamilos,

incluindo os quatro quadrantes.O volume ou grande ingurgitamento é determinado pela consistência das

mamas,bem como

pela presença de leite e outras informações

subjetivas da mãe. inspecionar

também

os mamilos para verificar a existência de

rachaduras.

-

Abdomem:

a palpação irá determinar qualquer área sensível ou a presença de

flatulência.

- Útero- o

tamanho

do útero

pode

ser facilmente determinado por palpação através

dos músculos

do

abdomem,

que

estarão moles e distendidos.Coloca-se a palma da

mão

ao nível

do

umbigo,movimentando-a lentamente para baixo.Pressiona-se gentilmente o

abdome

até

que

o fundo do útero seja percebido

como

uma

massa

muscular uniforme.O

tamanho

do útero é medido

em

relação ao umbigo;por exemplo: diz-se

que

o útero está

(28)

- Bexiga: a bexiga ,se cheia

,

pode

ser palpada e por algumas vezes percebida

visualmente, devido às condições de flacidez dos músculos abdominais.

É

muito importante avaliar a distensão da bexiga durante as primeiras 24 a 48 horas após o

parto,

quando

a vontade de urinar

pode

estar entorpecida.

- Períneo: Episiotomia manter a incisão limpa e seca

; verificar diariamente a cor,

odor aspecto e quantidade da Ioqueação.

- Lóquios- anotar a cor,odor e quantidade da perda vaginal (ZIEGEL, 1985)

3.1.8. - Orientações

de

Enfermagem

para Alta

da

Puérpera.

- Relembrar a puérpera para

que

procure

um

ginecologista cerca de 40 dias,para

revisão pós-parto.

- Alertar a puérpera para

que

ela utilize algum

método

contraceptivo que seja ideal

para o período

que

ela irá

amamentar

e depois deste.

- Orientar a paciente para

que

na medida do possível procure descansar nas três

semanas

após a alta.

- Relembrar a puérpera para

que

após a alta procure

um

posto de saúde para

iniciar o

esquema

de

vacinas

do

recém -nascido e

também

para fazer o teste do pezinho.

- Reforçar a importância e

vantagem

do leite materno para o recém-nascido e para

a puérpera e relembrar os cuidados

com

as

mamas

durante a

amamentação

.

- Orientar a paciente sobre a importância e valores nutritivos dos alimentos.

- reforçar os cuidados

com

o recém-nascido. (ZIEGEL, 1985).

3.1.9 -

Complicações

do

Puerpério

Puerpério patológico são alterações

que

ocorrem durante o periodo

de

regressão e

recuperação

do

organismo materno, impedindo que este período se dê fisiologicamente, dentro dos padrões normais

(REZENDE,

1993)

(29)

A

seguir citaremos duas complicações que mais incidem no puerpério:

- Infecção Purperal:

Segundo

Ziegel (1985) , a infecção puerperal decorre da entrada de bactérias patogênicas na trato genital antes ou durante o trabalho de parto e no puérperio. Para

caracterizar-lhe o quadro febril é indispensável que a temperatura atinja no mínimo

38.c , durante dois dias consecutivos,nos primeiros 10 dias de puérperio, excluídas as 24 horas iniciais.

A

infecção durante o puerpério localiza-se mais frequentemente no útero e ,

quando

leve,é

uma

endometrite ou inflamação do revestimento uterino.Ela causa calafrios leves

seguidos de febre e pulso rápido .O útero pode estar

um

tanto relaxado e sensível.

A

infecção

pode

se manter limitada ao útero.

Hemorragia Pós-parto :

O

termo hemorragia pós-parto inclui todo sangramento excessivo

que

ocorre desde

o

momento

do nascimento da criança até o final do puerpério,seis

semanas

depois.Diz respeito

em

primeiro lugar a hemorragia que ocorre imediatamente após a separação da

placenta ou durante as primeiras duas horas do pós-parto.

Mulheres saudáveis geralmente

perdem

cerca

de 300

ml de

sangue

durante

um

parto normal.Se é feita

uma

episiotomia,ou se ocorre

uma

laceração perineaI,a perda

pode

ser acrescida de 100 a 150

ml.Uma

perda maior

que

500 ml de

sangue

é

considerada hemorragia. Aflperda de

sangue

antes da separação da placenta deve ser

minima,

com

um

pequeno

jato durante a separação.Seguindo-se a eliminação da

placenta,a contração uterina deve ser imediata,com o fluxo sanguíneo diminuindo para

uma

quantidade aproximadamente igual a de

um

grande fluxo mestrual durante as

(30)

Segundo

REZENDE

(1993), as hemorragias que ocorrem no puerpério

podem

ser

precoces

quando

incidem nas primeiras 24 horas , e tardias,apÓs esse período.

Hemorragias precoces

Em

90%

das vezes,a causa imediata da hemorragia no pós-parto é a hipotonia

uterina.

O

restante é representado pelas Iacerações do trajeto: vulva, vagina, colo,

incisão de episiotomia.

A

hipotonia uterina

pode

ser consequente à anestesia gerai,parto prolongado,útero sobredistendido ( polidramnia, gemeiaridade) infecção urinária anterparto e

choque

hipovoiêmico.

Hemorragias tardias

Ocasionalmente,apÓs as primeiras 24 horas do parto,ou decorridos alguns dias,

pode-se observar perdas sanguíneas que,por vezes se tornam graves.São as hemorragias puerperais tardias,tendo

como

causas mais importantes:

-Restos Ovulares- os remanescentes da placenta e de

membranas

que

podem

permanecer após a dequitação,representam a causa mais

comum

das hemorragias puerperais,impedindo a involuçâo uterina normal.

- infecção Puerperai- configuram a forma hemorrágica da infecção puerperal,onde

surgem

perdas sanguíneas e febre entre o oitavo e o vigésimo dia do

sobreparto,habitualmente

sem

arestos piacentários.

- Sobredistensão uterina - é decorrente de polidramnia e de prenhez múltipla torna

mais

demorada

a involuçâo normal

do

útero determinando, ocasionalmente, perdas

sanguíneas acentuadas e lóquios hemorrágicos,que persistem até vários dias após o

(31)

- Subinvolução uterina- constitui outra causa de hemorragia.O orgão conserva

volume superior ao esperado, os Ióquios se

mantém

vermelhos,

com

o canal cervical

entreaberto.

-

Hematoma

Puerperal - mais

comuns

os vulvoperineais,vaginais,pós-episiotomia e

subperitonais.Ocasionalmente,o

hematoma

pode se infectar surgindo febre

(REZENDE,

1993).

3.1.10 -

Fases

Psicológicas

do

Puerpério:

Enquanto o puerpério é definido fisiologicamente

como

as seis primeiras

semanas

após o parto,o desenvolvimento e ajustamento psicossocial necessitam de 3 a 4

meses

após o nascimento.AIguns autores

chamam

essa época de quarto trimestre. Durante

esta fase, a mulher passa por

uma

adaptação gradual da situação de grávida para a de não grávida e

mâe.O

bebê

continua a crescer e faz suas adaptações físicas e de

comportamento à vida de famíIia.Toda família responde às expectativas,

responsabilidade e rotinas (ZIEGEL, 1985).

A

mãe, devido ao seu envolvimento biológico

em

gerar

uma

criança e sua

interdependência física subsequente

com

o filho durante a lactação, experimenta esse

período de

uma

forma

sem

paralelos.Essa vivência varia

em

cada mulher conforme o

número

de filhos

que

tenha tido,sua própria infância,sua relação

com

seus pais, a

experiência da gravidez,o nível de relacionamento

com

o pai da criança,seu conceito próprio,os padrões gerais e muitos outros fatores.As enfermeiras estão familiarizadas

com

esses padrões gerais e

podem

fazer uso deles

como

diretrizes para a avaliação,da

(32)

No momento

do nascimento,surge

um

alívio imediato da dor, e a maioria das mulheres experimenta

uma

sensação de paz e excitamento.A alegria é grande,porque

ambos,mãe

e filho,sobreviveram à longa espera de

medo

e trabalho.

Habitualmente,existe

uma

urgência

em

ver e tocar o

bebê

,e o desejo de estar junto

com

alguém

significativo e de dividir a alegria do momento.Durante as primeiras horas

após o parto,a mulher que foi

pouco

medicada tende a falar muito.Quase sempre,revê os

eventos recentes do parto.Se surge

uma

oportunidade, inspeciona e acaricia a criança ,e

poderá dar início à

amamentação.Mãe

e filho

podem

juntar-se

ao

pai para telefonemas

de participação do nascimento a seus parentes e amigos (ZIEGEL, 1985).

Tarefas

de

desenvolvimento:

Entre os primeiros 5 e 7 dias do pós-parto, a mulher defronta-se

com

varias tarefas

que

terão continuidade e deverão ser trabalhadas durante os próximos quatro trimestres.

Para

algumas

mulheres, determinadas tarefas poderão ir além desse período. Essas

tarefas incluem;:

. Obter alguma resolução ou conclusão sobre gravidez, trabalho de parto e parto; _ Reconciliar o verdadeiro

bebê

com

a

imagem que

dele se fazia durante a

gravidez;

_ Continuar o processo

de

conhecimento e de ligação afetiva ao filho; . Recuperar as energias físicas e psíquicas;

_ Aprender a cuidar da criança

. Restabelecer a vida e o relacionamento familiar, incluindo o novo filho

como

(33)

O

puerpério

compreende

duas fases pisicológicas: (ZIEGEL, 1985)

Fase de Reabastecimento

Os

primeiros dias após o parto são caracterizados por

uma

possessividade e dependência

em

nada

diferentes da

do

último trimestre de gravidez.

As

mulheres

recebem

alimentação, atenção e cuidados físicos

com

evidente alegria.

Elas

absorvem

cada detalhe do seu filho e do ambiente

em

torno.

É

como

se após as

esgotantes experiências

do

trabalho de parto, houvesse a necessidade de

reabastecimento para terem condições' de "dar" ao filho dependente.

Os

elementos para

essa necessidade de atenção e educação continuam através

do

puerpério e,

provalmente, por toda a maternidade.

A

literatura sobre "maus-tratos ã criança"sugere claramente

que

as

mães

que

não

recebem

apoio afetivo de outras pessoas estão mais

sujeitas à inadaptação à

matemidade

(ZIEGEL, 1985)

Fase de

Participação

Gradualmente, a mulher passa de

um

estado de predominante dependência para

um

de predominante independência.

A

duração dessa transição

depende

de cada mulher,

bem

como

de suas vivências.

A

mulher cuja gravidez é clinicamente complicada,

cujo parto é particularmente longo,

que

tenha sido submetida a

uma

cesariana ou

procedimento pós-operatório geralmente

aumenta

suas necessidades de dependência

por

um

período maior.

As

multíparas

que

gozam

boa

saúde

e

que

vêem

suas gestações

como

experiências positivas

tendem

a tornarem-se independentes rapidamente.

Em

média, isso acontece de 2 a 3 dias após o parto, e coincide

com

o

aumento

do

bem-

estar físico.

Nessa

ocasião, os traumatismos musculares resultantes do trabalho de parto

já desapareceram.

As

funções da bexiga e do intestino já estão restabelecidas, o

ingugirtamento das

mamas

regrediu, a fadiga é discreta, e

em

geral a recuperação física

(34)

tornando familiar, e a mulherjá

começa

a fazer planos para retomar ao lar e a reassumir

suas responsabilidades.

Assistência

de

Enfermagem

na

Promoção

do

Afeto

Mãe

e Filho.

As

rotinas de hospitais ,

que

visavam

em

primeiro lugar à eficácia e à conveniência

de médicos e enfermeiras,durante muitos anos prejudicaram as famílias.Os pais têm

sido separados

um

do

outro durante o trabalho de parto,na ocasião do nascimento, e

em

grande parte do puerpério.Os

bebês eram

tradicionalmente isolados nos berçários,para

serem

vistos por suas

mães

somente

durante a alimentação,e por seus pais através de

uma

janela envidraçada.Com as reformas atuais,como o alojamento conjunto,espera-se

que

os pais

possam

permanecerjuntos

quando

desejarem,e

que possam

ter livre acesso

a seus filhos a qualquer hora.As informações resultantes da prática

de

saúde tem sido

uma

força de valor na

promoção

de modificações tão necessárias à assistência prestada

à famílias de recém-nascidos.Muitos profissionais experientes estão , ultimamente,

trabalhando de forma sensível e criativa no sentido

de

promover afeto e proteção ao ambiente familiar,além de tecnologias médicas modernas.

O

relacionamento saudável entre pais e filhos deve ser incentivado na assistência

pré-natal ou

mesmo

antes, e terá continuidade através dos profissionais de saúde

que

acompanham

a mulher no pré-parto e no parto.

A

parturiente estará

bem

preparada para dedicar-se

ao

filho se procurarmos aumentar a sua auto-estima.

É

preferível

que

a

mãe

esteja acordada durante o parto,e

que

ela e o pai participem

ativamente no nascimento

da

criança.É importante ,em qualquer circunstância,que os

pais

tenham

a oportunidade

de

ver ou tocar o filho o mais cedo possível após o nascimento.

(35)

Nos

animais, existe

um

período crítico e sensitivo para a afeição materna; é curto

período

de

tempo,

quase sempre

menos

de

uma

hora imediatamente após o parto,

durante a qual o animal

tem que

ter contato

com

a cria, senão a abandonará.

Obviamente, o ser

humano com

a sua capacidade de racionalizar, fecundar e pensar

não

abandonará

seu filho se não estiver

em

contato

com

ele nas primeiras horas de vida.

Contudo, há evidência de

que

a separação nessa fase inicial contribui para a

adaptação à paternidade

em

indivíduos que estão

em

risco devido a outros fatores.IguaImente importante é o fato de que a

mãe

e filho estejam psicológica e

fisiológicamente

em

ótima disposição de iniciar

uma

ligação afetiva,logo após o parto .Só

em

circunstâncias extremamente raras e especiais será necessária a separação,que deve ser efetivada para

que

seja facilitado o desenvolvimento da relação pais e filho.

Segundo

CHODOROW

( 1990) , os analistas

em

geral

acham

que

as mulheres

obtêm

satisfação

em

cuidar do filho porque elas vivenciam

uma

identidade

com

seu filho

ou porque o sentem

como

uma

extensão de si

mesmas.A

base para a maternidade

ótima é a "empatia maternal"

com

seu filho, advinda da total identificação

com

eIe,e não (

mais intelectual) "compreensäo do

que

é ou devia ser verbalmente expresso "sobre

necessidades infantis.

O

importante é

que

a

mãe

saiba,através da identificação de si

mesma

com

o filho,o

que

este deve sentir e ,portanto,esteja apta a dar quase exatamente o

que

o filho precise

no referente ao

amparo

e oferecimento de

um

ambiente

em

geraI.Sem essa identificação

acho

que

ela

não

é capaz de suprir o que a criança precisa no começo,

que

é

uma

adaptação viva às necessidades

da

criança _

(36)

3.2 -

Recém-Nascido

3.2.1-

Considerações

gerais

A

gestação

humana

dura

em

média

40 semanas,embora tenhamos

casos de pré e

pós-maturidade,com duração de

28

a

46

semanas,respectivamente.

Ao

nascer,o

pequeno

ser se encontra

em

um

meio totalmente novo. Ele troca de

ambiente,tipo de -

respiração,circulação e ocorrem até alterações anatômicas e

funcionais.

Todo

recém-nascido normal tem capacidade de funcionar independentemente e de

denunciar suas necessidades aos outros.Estâo preparados para vir

ao mundo,embora

necessitem de cuidados e proteção.

Segundo

PIZZATO

( 1985), "Recém-nascido a termo é toda criança nascida

viva,independente do peso ao nascer,com idade gestacional de 37 a 42

semanas

e que possua as características anátomo-fisiológicas

que

permitam sua perfeita adaptação ao meio intra-uterino.

3.2.2 - Classificação

do

recém-nascido:

LUBCHENCO

citado por Pizzato ( 1985) classifica os recém-nascido de duas

formas:

Quanto

à idade gestacional:

Recém-nascido pré-termo :

com menos

de 37 semanas.

Recém-nascido a termo: entre 37 e 42 semanas. Recém-nascido pós-termo: mais de 42 semanas.

Quanto ao

peso:

(37)

AIG

:

adequado

para idade gestacional GIG: grande para idade gestacional

3.2.3. - Características

do

Recém

nascido a termo.

- Características anatômicas:

As

particularidades anatômicas do recém nascido representam especificamente,

processos intra-uterinos,

bem

como

os de adaptação à vida extra-uterina.

Na

exploração destas particularidades, didaticamente, procura-se seguir

uma

ordem

sequêncial no

sentido céfalo-padálico, a fim

de

se obter

uma

sistematização de avaliação e descrição, evitando-se omissão.

Aspecto geral e atitude são as primeiras características a serem observadas e dão

uma

impressão geral sobre vitalidade, normalidade, morfologia e postura.

O

recém

nascido apresenta

uma

mobilidade incoordenada:

move

os braços e

pernas, vira-se, torce-se e treme.

No

sono,

cessam

todos esses movimentos. Chora

ativamente

quando

está

com

fome

e na presença de estímulos externos.

Atitude

A

atitude

do

recém nascido lembra a posição fetal intra-uterina

Cabeça:

-

Volume

- do crânio se destaca por suas proporções

em

relação ao restante do

corpo.

O

perímetro cefálico

mede

mais ou

menos 35cm

e é

2cm

maior do

que

o

perímetro torácico.

-

Forma

- é ovóide.

Sua

morfologia sofre alterações ao passar pelo canal cervical,

provocando acavalgamento. das tábuas ósseas.

São

observados três tipos de sutura na

(38)

pode-se contar a presença de bossa serossanguinolenta,

que

se forma sobre a parte

fetal vinda

em

primeiro lugar, durante o parto;

Fontanelas ou moleiras - são encontradas através de palpação, as principais são

em

número de

duas: anterior ou bregmática e posterior ou iambdóide. Representam espaços

cartilaginosos entre as tábuas ósseas, facilitando o trabalho de parto, permitindo o

amoldamento do

crânio, conforme o canal vaginal, protegendo o cérebro do recém-

nascido.

Além

desta,

uma

segunda

função destes espaços cartilagenosos relacionam-se

ao desenvolvimento acentuado do cérebro fetal e ainda na fase pós-natal.

Face:

É

pequena

em

relação ao crânio,

podendo

apresentar-se edemaciada,

com

marcas e

manchas

consequentes

do

parto, que regridem

em

poucos dias. Assimétrica -

apresentação desigual do rosto, ou seja,

um

lado da face maior do

que

o outro.

É

Permanecem

fechados, a maior parte do tempo.

Nos

primeiros dias, as

pálpebras apresentam-se frequentemente, edemaciadas.

As

conjuntivas

podem

apresentar

pequenos

pontos hemorrágicos,

sem

significado clínico

Os

supercílios e

cílios são

pouco

nítidos,

de

fios curtos e delgados.

O

estrabismo é

comum

e

pode

permanecer até o sexto

mês

de vida;

Orelhas -

São

móveis e moldáveis; sua inserção deve estar ao redor

da

linha

ocular.;

Nariz: Apresenta ponta arrendondada e a base achatada;

É

apresenta, normalmente, hipossalivação.. Tubérculo labial no meio do lábio

superior,

bem

desenvolvido.

As

gengivas são de coloração pálida e sua borda livre

pode

ser serrilhada.

O

palato duro

pode

apresentar lesões erosivas

com

halo avermelhado,

(39)

ao fazer higiene bucal. Junto ao rafê mediano, observa-se,

em

alguns casos, acúmulo

epitelial, designado pérolas de Epstein.

A

língua é lisa e as papiias filiformes estão

pouco

desenvolvidas. Dentes

podem,

estar presente ao nascer, geralmente mal

formados

com

tendência a caírem

em

pouco tempo.

Ee:

- Vérnix caseosa - produto

de

secreção

que

recobre a pele do recém-nascido,

protegendo-a contra

maceração

pelo líquido amniótico e favorecendo o deslizamento do

corpo no ato da parturição.

-

Cor

- a coloração da pele é variável. Logo ao nascer, geralmente o recém-nascido

apresenta

uma

cor avermelhada, constituindo a

chamada

eritrodermia neonatal,

provocada pela quantidade elevada de glóbulos vermelhos na circulação do neonato. Isto tende a diminuir nos dias seguintes, passando a pele a apresentar

uma

cor róseo-

pálida.

As

extremidades

do

recém-nascido, devido à

circulação periférica nos

primeiros

momentos

de vida, apresentam cianose, que desaparece

com

aquecimento.

-

Mancha

mongólica, de coloração azul-arroxeada,

que

se localiza, geralmente, na

região sacrolombar representando para alguns a mistura de raças;

- Millium sebáceo -

pequenos

pontos brancos, localizados

com

frequência nas asas

do nan'z.

Tende

a desaparecer dentro dos dois primeiros

meses

de vida;

-

Descamaçâo

fisiológica -

fenômeno

que ocorre nos primeiros quinze dias

de

vida,

podendo

estender-se até o final

do

primeiro mês. Consiste na

descamação

da pele. -

Lanugem

- consiste

numa

pelugem

fina e longa

que

aparece

com

frequência

em

recém-nascidos a termo e mais ainda

em

pré-termo. Localizada no dorso, face e orelhas,

(40)

Unhas

-

em

geral ultrapassam a ponta dos dedos.

Pescoço: Apresenta-se curto e .com mobilidade.

Tórax:

É

simétrico e de forma, aproximandamente clíndrica, largo na sua base.

O

perímetro torácico

mede

em

torno de 34 cm.

Abdomem

-

É

saliente e globoso

Coluna Vertebral:

É

reta,

com

discreta cifose dorsal.,

Genitais

Nos

meninos

pode

ocorrer

aumento

do escroto pela presença de líquido.

O

pênis,

em

geral, apresenta aderências entre a pele do prepúcio e a glande.

A

regressão

é espontânea,

em

poucos meses.

Nas

meninas, os lábios vaginais

podem

apresentar

edemas,

quando

se trata de parto pélvico.

Os

pequenos

lábios são proeminentes e

também

o clitóris.

Sangramento

ou secreção vaginal esbranquiçada e translúcida pode

ser observado,

cedendo

em

poucos dias.

Membros:

São

curtos

em

comparação

ao tronco.

Peso:

O

recém-nascido pesa,

em

geral, entre

3000

e 3.500 gr.

Comprimento:

Em

geral, o comprimento do recém-nascido se aproxima

de

48-50

cm. (PIZZATO, 1985).

3.2.4 - Assistência

de

Enfermagem

ao Recém-Nascido

a

tenno

em

Alojamento

Conjunto

A

partir do

momento

em

que

o recém-nascido é colocado ao lado da

mãe

inicia-se

de forma preponderante o trabalho de enfermagem. Inicia-se, então, os ensinamentos às

mães, orientado desde o cuidado

com

as

mamas,

até

como

trocar a roupa do recém-

(41)

cuidados"

em

que

gradativamente a

mãe

passa de

uma

participação passiva a agente

executante.

A

enfermagem

deve, porém, se manter alerta e à disposição

sempre

que

necessário,

de

tal

modo

que

o sistema de alojamento conjunto não se constitua apenas

em um

método

para economizar pessoal de enfermagem.

Cuidados

Pessoais: as

mãos

são as principais fontes de contaminação, por isso

devem

ser lavadas antes e após o manuseio de cada recém-nascido.

As

jóias e relógios

devem

ser retirados para possibilitar a

remoção

da flora bacteriana patológica.

As

unhas

devem

ser mantidas curtas e limpas.

Limpeza dos

berços: a limpeza dos berços deve ser feita diariamente e, após a alta da criança,

com

água

e sabão, ou desinfetante (conforme rotina da instituição), para

se evitar a proliferação de microorganimsos e infecção cruzada, já que a flora bacteriana

de

um nem

sempre

o é para outro.

Posicionamento no

leito: o recém-nascido deve ser mantido

em

decúbito lateral, para evitar aspiração de secreções de oro ou nasofaringe, ou

mesmo

vômito.

Cuidados de

Higiene: a primeira higiene é realizada

com

o intutito de remover as

sujidades e excesso de resíduos sanguíneos.

O

vérnix caseoso não deverá ser retirado,

pois será absorvido pela pele.

Normalmente

o

banho

de imersão não é utilizado nas instituições hospitalares.

Seu

uso

não

está contra-indicado,

desde que

se utilizem as precauções para evitar o risco de

contaminação do coto umbilical (bacia e

água

estéreis, precauções,

com

as mãos, etc.)

Cuidados

com

o

coto umbical: realizar diariamente o curativo

do

coto umbilical

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