Relatório
de
~I
¡ 5
I
UNIVERSIDADE
FEDERAL
DE
sANTA CATARINA
CENTRO
DE
CIÊNCIAS
AGRÁRIAS
DEPARTAMENTO
DE
ENGENHARIA
RURAL
RELATÓRIO DE
ESTÁGIO SUPERVISIONADO
ATUAÇÃO
DO
PROJETO MICROBACIAS
BIRD
E
O
REFLORESTAJWENT
O
COMO
UMA
ALTERNATIVA
PARA
A
-PEQUENA
PROPRIEDADE,
NA
MICROBACIA
DO
RIO
DO
BRAÇO
ORIENTADOR:
AN
TÔNIO
A.AUZANI
UBERTI
SUPERVISOR
:CLETO
VIEHKA
DE
SOUZA
ACADEMICO
:LEANDRO
DIMITRY
MIRANDA
1335134
|NTRoDuçÃo
5
1.
H|sTÓR|co
Do
MuN|cíP|o
DE
cAMBoR|ú
6
~ 1
2.
CARACTERIZACAO
DO
MUNICIPIO
7
2.2. Estrutura fundiária 7
2.3. Localizacão geográfica 7
2.5.
Área
das microbacias 82.6. Vegetação 8
2.7. Clima 8
2.8. Hidrografia 8
2.9. Aptidão agroclimática 9
3.
CONSIDERAÇÕES
SOBRE
O
RELEVO DAS
MICROBACIAS
11
3.1. Declividade das microbacias 12
3.2. Hipsometria 12
3.3. Geologia 12
3.4. Tipos de solos predominante
na
Microbacia do Rio do Braço 124.
AsPEcTos
sÓc|o
-EcoNóM|cos DA
M|cRoBAc|A
Do
R|o
Do
BRAÇO
13
4.1. Atividades Agrícolas 13
4.2. Atividade Pecuária e Suínos 14
4.3. 0utrasCriaçõcs 14
4.4. Industria Caseira 14
5.
PROBLEMAS
AMBIENTAIS
E
CONSERVACIONISTAS NA
MICROBACIA
DO
RIO
DO
BRAÇO
E
MANEJO
DO
SOLO
14
5.1. Desmatamento: 14
5.2. Queimadas: 14
5.4. Assoreamento de rios: 15 5.5. Exploração irracional do granito: 15
5.6. Plantio
em
áreas declivosas: 155.7. Poluição por agrotóxicos: 15
5.8. Poluição por dejetos
humanos
e animais: 165.9. Poluição por
fumaça
e lixo doméstico: 165.10.
Manejo
do solo /preparo: 165.1l.Vegetação ciliar: 16
6.
PRINCIPAIS
AÇÕES
DO
PROJETO
MICROBACIAS
BIRD
16
_ 6.l.Construção de Depósitos de Lixo Tóxico
: 16
6.2.Constn:ção de Esterqueiras: 17
6.3.Construção de Minhocários : 17
6.4.Construção de Caixas de Captação de
Água
: 176.5.Construção de fossas sépticas: 17
6.6.Práticas de
Adubação
Verde: 176.7.Reflorestamento: 18
7.
USO
ATUAL
DO
SOLO
18
8.
PLANO
DE
USO DO SOLO
19
8.1. Descrição da aptidão de uso das terras 19
8.2. Solos Dominantes 20
8.2.1. Solos
com
HorizonteB
Textural 218.2.2. Solos
com
Horizonte Glei 218.3. Descrição da aptidão de uso 22
8.3.1. Classe 1 22
8.3.2. Classe 2d 22
8.3.3. Classe 3d 22
8.3.4. Classe 4d 23
8.3.5. Classe 5d 23
9.
RECOMENDAÇÕES
DE
USO
E
MANEJO
23
~ A
10.
REFLORESTAMENTO
COMO
OPÇAO
ECONOMICA
26
10.2.
O
reflorestamentocomo
atividade econômica rentável 10.3. Vantagens 10.4. Desvantagens 10.5. Custo 10.5. 1. Cultura do Eucalipto 10.6.Manejo
.l0.6.l. Manejo do Eucalipto por Talhadia (
REBROTA)
10.6.2. Manejo do Eucalipto de Exploração
com
Remanescentes10.63. Manejo do Eucalipto para Usos Múltiplos
10_6.4. Manejo de Eucalipto: Toretes para Cavacos (venda)
10.6.5. Espécies de Eucalipto x Uso
1 1.
REFLORESTAMENTO
UMA
ALTERNATIVA AMBIENTAL
12.
ALTERNATIVAS DE
USO
DO
SOLO
COM
REFLORESTAMENTO
13-
PLANO
ESTADUAL DE DESENVOLVIMENTO FLORESTAL
CONCLUSAO
INTRODUÇÃO
Atualmente há
uma
preocupação
em
todo
mundo
com
osproblemas
ambientais,provenientes
da
agricultura .O
mau
uso dos
recursos naturais ( solo,água, plantas)acelerou
o processo de
degradação,ao longo dos
anos.Hoje
o
desequilíbrio ambiental évisível
em
áreassendo
desmatadas,na
poluiçãodo
ar ,da água
ena
erosãodos
solos esua
contaminação
pelo excessode
agrotóxicos.Com
intuitode
reverter estequadro
emelhorar a
situaçãodo meio
rural,o
Estado de Santa
Catarina atravésdo
ProjetoMicrobacias
BIRD
,mantém
um
programa
que
visa minimizaros problemas
ambientaisem
consequência
do
mau
uso dos
solosagrícolas,
propondo
melhorias nas atividades produtivasda pequena
propriedade.O
Projeto microbacias
BIRD
atuaem
áreasgeograficamente
delimitadaspor
divisores(talwegue)
de águas
eonde
existeum
sistema hidrofisico peculiar. Atua, prioritariamente,no
manejo,na
recuperação
ena conservação dos
solos utilizadosna
agricultura,procurando
adequa-losem
suas classesde
aptidão agrícola.Propõe
de
forma
educativa a conscientização ecológica dascomunidades
e, atravésde
técnicas especializadas, visaa
execução de ações que
vão
beneficiar os produtores .O
projeto é desenvolvidoem
um
trabalho
mútuo
com
prefeituras, Secretariasde
Agricultura ,Epagri
ecomunidades
rurais.
Este
trabalhode
estágio curricular objetiva relatar aspectos importantesinseridos dentro das linhas
de ações
do
Projeto ,na Microbacia
do
Rio
do
Braço,no
município
de Camboriú.
Tentará,considerando
asobservações
feitas duranteo
estágio,propor
altemativasde uso
da
terra ,mediante
critériosde
área potencial para cultivo,aptidão agroclimática e possibilidade
de
retornoeconômico. Dentre
as alternativasde uso
da
terra, darei especialenfoque
ao reflorestamento
como
uma
dasopções
1.
|-usTÓR|co
Do
MuN|cíP|o
DE
cA¡\nBoR|ú
Sua
colonizacão deu-seno
séculoXVIII,
precisamenteem
1758
com
achegada
de
imigrantes açorianos.Entre eles ,Tomaz
Francisco Garciaque
foio
primeiro aestabelecer-se
com
a
família e escravos,dando
assimo
nome
que,por longos
anos, teveaatual cidade: "Garcia".
Quanto
a origem
do
nome
Camboriú há
divergências,há
quem
atribua auma
grande
curvado
rio ,onde
"camba"
o
rio , surgindo, assim,o
nome
"Camboriú". Para
outros historiadores
como
Norberto
Bachman
estenome
significaRIO
DO
CAMBUÍ
(Cambuí
- árvoreda
família das Mirtáceas).August
de
Saint-Hilaire, botânico francês,sugere para
o topônimo:
RIO
DAS
CAMBOAS.
A
história político-administrativavem
desde
o
períodomonárquico
quando
o
primeiro Presidente
da Câmara,
Manoel
Anastácio Pereira, períodode 1885-1887,
dirigiuos
destinosdo
município.Desde
esta data atéos
diasde
hoje, játivemos
à frentede
Camboriú
dois intendentes, treze superintendentes e dezesseis prefeitos.Camboriú,
atualmente, possui4
microbaciascom
predomínio
da
pequena
propriedade, tendo,
como
destaque ,as culturasdo
arroz irrigado, a olericulturaem
sistema
de
cultivo protegido eo
reflorestamento.Com
relação a fruticultura,tradicionalmente, cultiva-se
bananas
atividadeque
apresenta aptidão edafoclimática.Recentemente
a fiiiticulturavem
apresentandonovidades
como
as culturasde figo,
abacaxi e
pequenos
pomares
de
pêssego, acerola e outrosque
são destinadosà
indústriacaseira.
Ainda
faz parte das atividades desenvolvidaso
cultivode flores
eomamentais
.A
produção
animal,sem
muita
expressividade é representadapor pequenas
criaçõesde
bovino de
corte ede
leite, assimcomo
suínos ecodomas
destinado aprodução de ovos
em
conserva
etambém
frangos representada pela industriade
frangosCamboriú
.CÔRREA,
1.de
B. 1985.História
de
Camboriú
eBalneário
Camboriú.
136
p
.2.
CARACTERIZACÃO
DO
MUNICÍPIO
Quadro
2.1.-Informações
básicasdo
município
3.1.INEORMAÇÕES
GERAIS
1970
NÚMERO
1980 1991VARIAÇÃO
%
População residente total
População urbana
População rural
Número
de comunidadesNúmero
de famílias ruraisNúmero
de escolas ruraisDensidade demográfica (hab/Kmz)
10.050 2.120 7.930 17 14 70 14.034 9.877 4. 157 17 450 14 91 25.806 23.538 2.268 17 248 14 121 15.756 61 5.662 24.9 5.662 24,9 202 81 51 42 2.2.
Estrutura
fundiária
Quadro
2.2.1.Estabelecimentos
agrícolasGRUPO
DE
ÁREA
(ua) 1985Número
19..
Variação
%
1985 Área (ha) 19.. Variação%
0 a
menos
de 5 5 amenos
de 10 99 452 20 amenos
de 50 65 864 50 amenos
de 100 18 1.233 100 amenos
de 500 10 1.884 mais de 500 Total 248 5.989 2.3.Localizacão geográfica
Camboriú
está localizadona
micro-regiãodo
Vale
do
Itajai,ao
Lestedo
Estado
de
Santa Catarina,na Região
Suldo
Brasil,fazendo
divisascom
os municípios,a
lesteBalneário
Camboriú, ao
sul Tijucas,ao
none
Itajaí, e,ao
oeste,Brusque.
2.5.
Área
das
microbacias
O
município possuiuma
áreade 211,60
Kmz
divididoem
4
microbacias:Rio
do Braço
com
7130
ha,Rio Canoas
com
5600
ha,Rio
do meio
com
3025
ha
eRio
Pequeno
com
2185
ha.2.6.
Vegetação
A
vegetação
originalcorresponde
à FlorestaOmbrófila Densa
(Mata
Atlântica)correspondente à planícies e encostas (
morros
)no
litoraldo
estado.Suas condições
ambientais
permitem
o
desenvolvimento
de
uma
florestacom
fisionomia
e estruturapeculiares,
grande
variedadede formas
de
vida e elevado contingentede
espéciesendêmicas.
As
canelas, a bicuíba, a peróba-vermelha,o
cedro,a
figueira,o
palmiteiro ,o
jacatirão-açu e outras infinidade
de
árvores, arbustos, ervas, palmeirasresumindo-se
em
uma
infinidade bastantegrande
de
espécies vegetais.Dentre
as espécies nativas e tipos vegetaismais
comuns
atualmente estãoo
palrniteiro(Euterpe
edulis) e outras palmeiras, a canela preta (Ocotea
catharinensis) e outras Lauraceas,Guabiroba
(Campomunesia
sp ), Pitanga (Eugenia
umflora
),Araçá
(Eugenia
sp), Jacatirão (T
ibouchina
sp),Cedro
( Cedrellafissilis ),Embaúva
(
Cecropia
sp ),Guapuruvu
(Schizolobium
parahyba
),Peroba
(Aspidosperma
olivaceum
) etc...Muitas
delas estãoem
processo
de
crescimentonos
estágiossucessionais
do
processo
de
regeneração.2.7.
Clima
O
tipo climáticodo
município éo Cfa (mesotérmico
úmido
com
verão
quente)segundo
classificaçãode
Köppen
com
pouco
déficitde
água
(Thonthwaite).Segundo
Carpanezzi
et alii(1988)
&
Braga, et alii.(l986), a precipitação total anual estaem
tomo
de
160On1rn , atemperatura
média
anualem
tomo
de
20,4° C,média do
mês
mais
friol6,5°C,
média
do
mês
mais quente
23,8°C,minima
absoluta -2,6°Cumidade
relativa anualem
tomo
de
85%.
(SEPLAN
1991)
eEvapotranspiração
Potencial anualde
947mm.
2.8.
Hidrografia
Na
Microbacia
do
Rio
do Braço
os principais cursos diágua são,Rio do
Braço,Rio
do
Salto eRio Camboriú.
O
Rio
do Braço
faztoda
a extensãoda
microbaciadesenbocando
no
Rio
Camboriú
que
faz ligaçãocom
o
mar
no
municípiode
BalneárioCamboriú
eo
Rio
do
Saltosendo
um
afluente
do
Rio
do
Braço.A
disponibilidade hídricado
município é boa, apresentando potencial para culturas irrigadas , piscicultura earmazenamento
de
água
superficial.2.9.
Aptidão
agroclimática
O
zoneamento
agroclimáticopara
o
Estado.de Santa
Catarina (EMPASC,
1978
) e aRecomendação
de
Cultivares parao Estado de
Santa Catarina1995-1996
(EPAGRI,
1995) indicam
que
o
climada
região permite os seguintes cultivos:(1983):
Arroz
irrigado:Região de
cultivo preferencial-Sub região2
Banana
Região de
cultivo preferencialCitros
Região de
cultivo preferencialEssências florestaís:
Região
bioclimática 7para
plantios florestais,segundo
EMBRAPA
1. Espécies Nativas:Euterpe
edulis (palmiteiro)Enterolobium
contortisiliquum (Tirnbaúva)Mimosa
bimucronata
(Márica)Mimosa
bimucronata
( Bracatinga)Peltophorum
dubium
( canafistula)2. Eucalyptus: E. eitriodora E.
du
nniiE.
grandis
E.
maculata
E.
robusta
( preferencialmenteem
solos úmidos) E. salignaE.
urophyla
* Plantio preferencialmente
de
maio
atédezembro
3. Pinus: P.elliottii varelliottii
-›
A1
P.`caribaea
varcaríbaea
-› A2
P.
caribaea
var.hondurensis
-› A2
P.caribaea
varbahamensis -› A2
P.tecunumanii -›
A2
Al
- ( locaiscom
temperaturas médias inferior a 14°C
)A2
- ( locaiscom
temperaturas médias domês
de julho inferior a14° C)
4.
Outra
exóticas:Acacia
longifolia ( acácia-trinervis)Acacia
mearnsii
(acácia-negra)Casuarina
equisetlƒolia (casuarina)Hovenia
dulcis (uva-do-japão)Melia
azedarach
(cinamomo)
5. Feijão
Região de
cultivo tolerado,tendo
como
restriçãoo
elevadoconteúdo de
umidade do
ar,de setembro a
abril.Épocas
de semeadura:
. antecipada- O1 a 15/O8
. preferencial-15/O8 a 15/09
. prorrogada- 15 a
30/O9
.Safiinha
- 01 a28/O2
6. Forrageiras para
Região de Clima
SubtropicalÚmido
-Cfa
Anuais:
de verão
Szjvzolobium
aterrimum
(mucuna
)Zea mays
(milho)Manihot
esculenta (mandioca)
Perenes:
de verão
Axonopus
scorparius (Gramão
)Cajanus
cajan
(Guandu)
Cynodon
dactylon(bermuda)
Braquiaria brizantha
( biizantha)Braquiaria
decumbens
( Braquiáiia peluda )Pennisetum
purpureum
(Capim
elefante)Panicum
maximum
(Capim
colonião )Anuais:
de
invernoAvena
sativa ( aveia amarela)Avena
strigosa ( aveia preta)Lolium multiflorum
(azévem
anual )Ornithopus
sativus ( serradela)Raphanus
sativus (nabo
forrageiro )T
nfolium
sp ( trevos) Perenes:de
invemo
Lotus
comiculatus
(comichão
)Medicago
sativa ( alfafa)T
rifoliumrepens
( trevo )7.
Mandioca:
Região de
cultivo preferencial8. Milho:
Região de
cultivo preferencial9.
Morango:
Região
tolerada (junho, julho,agosto ) ,comunicação
pessoal.10. Olericultura:
A
A
região apresenta aptidãopara
diversas olerícolasA
EPAGRI
(1995)
fazrecomendações de
cultivaresde
alface, batata-doce, cenoura, ervilha, feijão-de-vagem,melancia, pepino, pimentão, repolho e tomate.
3.
CONSIDERAÇÕES
SOBRE O
RELEVO DAS
MICROBACIAS
A
formação da
superficiedo
terrenotem
participação significativa nas reações das microbacias e eventos climatológicos.3.1.
Declividade
das
microbacias
A
declividade éum
dos parâmetros
indicativosdo comportamento
da
microbacia.
Segundo
Pundek,
as declividades são classificadasem:
Plano
-O
a3%
de
decliveSuave
ondulado
- 3 a8%
de
decliveOndulado
- 8 a20%
de
decliveForte
ondulado
-20
a
45%
de
decliveMontanhoso
-45
a75%
de
decliveEscarpado
->
7
5%
de
decliveDeclividade
média
das microbacias
Rio
do Braço
-26%
Rio
do meio
-24%
Rio
Canoas
-23%
Rio
Pequeno
-21%
3.2.
Hipsometria
Com
relaçãoa
hipsometria , variade
altitudesmínimas de 9 metros
a altitudesmáximas
de
300
metros.Carpanezzi
et alii (1988).3.3.
Geologia
A
formação
geológica está relacionadaao
pré-cambriano,predominando
os
podzólicos
vermelho-
amarelo, argilosos,profundos
ebem
drenados,com
sequênciade
horizontes
A,
B
e C, derivadosde
migmatito, granito , gnaise e xisto,Uberti
.Ocorrem
Cambissolos
argilosos , profundos, derivados, principalmentede
filitos,sendo
algunsdeles ligeiramente
pedregosos
e,de
um
modo
geral,ocorrem
em
relevomontanhoso
eforte ondulado,
sob
mata
nativa.Nas
partesmais
baixas inferiores a10m,
ocorrem
solosmuito
arenosos, principalmente Podzóis, Areias Quartzozas.Ocorrem
ainda, nesse locaisbaixos, solos
Hidromórficos
Gleizados eCambissolos
derivadosde sedimentos
aluviaispróprios para
o
cultivodo
arroz irrigado, cana, milho-, Pinus e Eucalipto .Tanto osPodzólicos
como
os Cambissolos
são aptos a silvicultura.Carpanezzi
et al. (1988
).3.4.
Tipos
de
solos
predominante
na
Microbacia
do
Rio
do
Braço
Pva9
-Podzólico
vermelho amarelo
-Cambissolo
álicoCd3
-Cambissolo
distrófico - GleiPouco
Húmico
Obs: Esses
solossão correspondentes
a
microbacia
do Rio do Braço
a
qual
possuem
fertilidadebaixa
à
média.4.
ASPECTOS
SÓCIO
-ECONÔMICOS DA
MICROBACIA
DO
RIO
DO
BRAÇO
4. 1.
Atividades Agrícolas
Quadro
4.1.1.Principais
culturas
ha
Rend.(Kg/ha)
Produção
(t)Milho Feijão
Fumo
Mandioca Arroz Fruticultura - banana - maracuja Olericultura 60 2.100 30 720 15 1.725 90 15.000 597 5.500 90 8.000 1,5 25.200 ss - 126 21,6 25,8 1.350 3.283 720 37,8 (em
processo de erradicação) Total 968,5Quadro
4.1.2.Outro
usos
ha
Capineira 52 Pastagem cultivada 90 Pastagem naturalizada 247 Capoeiras 3.720
Mato
1.570 Reflorestamento 1 15 Área inaproveitável 350 Total 6.0774.2.
Atividade Pecuária e
Suínos
Quadro
4.2.1.Atividades
Animais
indicadoras
Bov. de
corteBov. de
leiteSuínos
Total
N
de cabeças 1.598 317 239 2154Litros vaca/ano 2.160
4.3.
Outra
Criações
4.3.1. Avicultura
Produção
de
frangosde
corte representada pela industriaFrangos
Camboriú
.Criação
de
codomas
destinadas principalmente paraprodução de ovos
em
conserva.4.4.
Industria
Caseira
A
indústria caseira éuma
atividade recenteno
municípiode Camboriú,
etem
setomado
ótima
fontede renda
paraos
produtores.Geralmente a
atividade é desenvolvidapelas
mulheres
dos
agricultorescom
apoioda
extensão rural local.A
atividade é,basicamente
artesanal, e ossubprodutos produzidos
vão
desde
géleias,compotas,
licoresprovenientes
de pequenos
pomares
Írutícolas, picles eprodutos de panificação
como
bolachas e
pão
caseiro.5.
PROBLEMAS
AMBIENTAIS
E
CONSERVACIONISTAS
NA
MICROBACIA
DO
RIO
DO BRAÇO
E
MANEJO DO
SOLO
5.1.
Desmatamento:
O
desmatamento
indiscriminado dasmatas
nativas ( capoeiras e capoeirões )para
obtenção de
lenha, a fabricaçãode carvão
vegetal, utilizaçãoda
área para plantio,extração
de
pedrasforam
os principaismotivos
destadegradação
ambiental.5.2.
Queimadas:
Conhecida
também
por
coivara , ainda é bastante utilizadacomo
sistemade
preparo
do
terreno para plantio.Os
prejuízoscausados
vão
desde o
empobrecimento do
solo
diminuindo
a atividade microbiana dascamadas
superficiais econsequentemente
suafertilidade ,causando erosão pela falta
de
cobertura vegetal e poluiçãodo
ar.5.3.
Erosão:
Geralmente
ocorreem
solosmuito
arenosos, descobertos eem
solos sujeitosao
revolvimento das
camadas
superficiais, pelouso de maquinário
agrícola.No
preparo
convencional
da
terra para plantioou quando
deseja-se incorporaralgum insumo
utilizan-se
equipamentos
como
arados, grades e rotativascausando
a intensamovimentação
e desestruturação dascamadas
superficiaisdo
solo.O
processo
erosivo édesencadeado
quando o
solosofie o
impacto
das gotasde chuva
e tantomaior
éo
processo quanto
maior
for a enxurrada.Geralmente
em
áreas erodidaspor muito
tempo
ocorreo
aparecimento de voçorocas( grandes
valas ) eo
desaparecimento da
camada
superficialdo
solo ( horizonteA).
Neste
caso procede-seo
cultivoem
horizonteB
ou
a áreatoma-
se imprópria para
o
cultivo.5.4.
Assoreamento
de
rios:A
ausênciade
coberturano
solo , a faltade vegetação
ciliar eos
desmatamentos
levam ao assoreamento dos
rios.O
processo
significaque grandes
quantidadesde
partículas
de
solo são levadas para dentrodo
leitodos
rios , córregos eaçudes
podendo,
com
isso, favorecer enchentesdiminuindo a
capacidadede armazenar
água.5.5.
Exploração
irracional
do
granito:
A
exploraçãodo
granito éuma
atividadeeconômica
bastante difundidaem
todo
município. Entretanto exerce papel importante
na degradação
ambiental,provocando
desmatamentos
em
áreasde
preservaçãopermanente
como
topo de
morros
e encostasde
declividade acentuada.
5.6.
Plantio
em
áreas
declivosas:
O
plantiode algumas
culturasem
áreasde
declividadeacentuada não
émuito
recomendado. Nestas
áreas é necessáriomanter
o
solo cobertoo
tempo
todo,no
objetivode
reduzir a velocidade das enxurradas.Recomenda-se
práticasde contenção da
erosão,cordão
vegetal , plantio diretoou
optarpor
outra altemativaeconômica
como
o
reflorestamento.
5.7.
Poluição
por
agrotóxicos:
Causado
pelomau
uso de produtos químicos
nas culturas, muitasvezes
colocados
em
excesso.Embalagens
jogadas nos
rios e córregosou
deixadas sobreo
5.8.
Poluição
por
dejetos
humanos
e
animais:
A
faltade saneamento
nas propriedades, ausênciade
fossa séptica esumidouro.
Fezes
e urinahumana
despejadasnos
rios e córregos.Os
dejetosde
animaisdeixados
acéu
abertoem
qualquer lugarda
propriedade,contaminando o
solo e os mananciais.5.9.
Poluição
por fumaça
e
lixodoméstico:
Fumaça
das olarias, das fornalhasde
carvão vegetal e dasqueimadas poluindo o
ar atmosférico.
Lixo doméstico
não
separado
( orgânico e inorgânico )jogado
no
terrenoou
enterrado.5.10.
Manejo
do
solo
/preparo:
Utilização
de máquinas
( arado, grade, rotativa ) parao
preparodo
soloem
sistema convencional.
Solo deixado
descobertopor muito
tempo
entreum
plantio e outro,
não
utilizaçãode
rotaçãode
culturas. Cultivomínimo
com
uso de
herbicidasdessecantes e abertura
de
sulcoscom
arado.Na
culturado
arroz irrigado utiliza-sesementes
pré-germinadas,água por
gravidade,contenção
de
inçoscom
herbicidas ecolheita mecanizada.
Nas
outras anuais,o
plantio é feitocom
saraquá, capina e colheitamanual.
Em
olerícolas existeo
processode semeadura
diretaem
canteiros (sementeiras)ou
em
embalagens
apropriadas(copos de jomal
, polietileno) e depois é feitoo
transplante, cultivo
em
estufasno
sistema anteriorde formação de
mudas
ea obtenção
de
mudas
em
bandeijas sob cultivo protegido e posteriorrepicagem
parao
localdefinitivo.
O
reflorestamento
com
eucalipto é feitosem
manejo
correto,reduzindo
o
potencial
de
mercado
da
cultura.5.11.Vegetação
ciliar:Falta
de vegetação
ciliar nas beiradasdos
rios e córregosprovocando
o
assorearnento. Plantio até as
margens do
rio.A
legislaçãodo
IBAMA
admite
um
minimo
de vegetação
ciliarcomo
indispensável parao
ecossistema,conforme
a largurado
rio.(ver figura I,em
anexo).6.
PRINCIPAIS
AÇOES DO
PROJETO
IVIICROBACIAS
BIRD
6.1.Construção
de
Depósitos
de
Lixo Tóxico
:Foram
construídos6
depósitosde
lixo tóxico comunitário,sendo
3na
Microbacia
do
Rio
do
Braço.A
estrutura éde
alvenariacom
coberturade
telha.Esta
prática é
de fundamental
importância,proporcionando
um
localadequado
paracolocação
6.2.
Construção
de
Esterqueiras:
Foram
construídas23
esterqueiras individuais,sendo
13na
Microbacia
do
Rio
do
Braço.O
tipode
esterqueira éde
alvenariacom
cobertura para impedira
entradade
água de chuva
ea exposição
aos raios solares,proporcionando
um
curtimento ideal.No
sistema
de
esterqueirarecomendado,
Úigura 2), deve-seprimeiramente
encherum
ladoda
esterqueira, após,
começa-se
enchero
outro lado,quando
estesegundo compartimento
estiver cheio
o
estercodo
primeiro estará curtido.Com
a construçãode
esterqueirasaumentou o
uso de
adubação
orgânica nas culturas.6.3.Construção
de
Minhocários
:É
recomendado
aos agricultores a construçãode minhocários
paraobtenção de
húmus
(vennicomposto),
que
poderá
ser utilizadocomo
adubação
nas culturas.Geralmente,
o
agricultor utiliza-seda
improvisação na
escolhado
tipode
estrutura para aprodução de húmus.
O
modelo recomendado
pelo projeto éde
alvenaria,conforme,
(Verfigura
3,em
anexo).6.4.Construção
de
Caixas
de Captação de
Água
:Segundo
algumas
análisesde água
bruta e filtrada (Ver anexa), colhidasem
propriedades mrais, constatou-se a necessidade
de
melhoriano
sistemade
captação. Foirecomendado
aos agricultores, para a melhoriada
qualidadeda
água, a construçãode
caixas
de
captaçãode
água
e a limpeza destas anualmente.O
modelo
preconizado
(Verfigura 4,
em
anexa. ), construídasnos
locaisde
captação.6.5.
Construção de
fossas
sépticas:
Muitas
propriedades aindanão
tem
fossa séptica para recolhimentodos
dejetoshumanos.
No
projeto érecomendado
a construçãode
fossa sépticade
alvenariacom
filtro.
6.
6.Práticas
de
Adubação
Verde:
Os
tiposde adubação verde
recomendadas
e implantadasno
município foram, aMucuna
branca
( stilozobiumniveum
),o
Nabo
forrageiro (Raplumus
sativus ), aGorga
(Spergula
avensi ),o
Triticale (T
riticum secale ) e a ervilhaca ( Vicia sp).As
adubações verde
são utilizadasem
sucessão as culturas servindode
coberturado
solo,diminuindo
aação
erosivada chuva
sobreo
solo eo
contato diretodos
raios solaresintensos.
Segundo
BucKman,
Brady
citadopor
Pons,tem
importânciano
balançoda
atividade microbiana
do
solo,na
reposiçãode
nitrogênio,carbono
e outros nutrientescomo
o
cálcio,o
enxofre,o
fósforo eo
potássio.Favorecem
o
aumento da
CTC
efetivado
solo, diminuiçãonos
teoresde
alumínio trocável ena
relaçãoC/N
etc...Melhoram
aestrutura fisica
do
solo , a capacidadede
retençãode
água, a densidade, a infiltração, aporosidade, a aeração e a condutividade elétrica
Calegari
(1993),Monegat
(1991).objetivo
de obtenção de
sementes, facilitandopara
o
agricultorque
não
necessitacompra-la
num
próximo
plantio.Após
a coleta deixa-seos
restosda
cultura sobreo
soloou
faz-seo
enterrio. Inicialmente, nas práticasde adubação,
efetuava-seo
enterrioda
cultura
quando
estasestavam
ainda verdes, entretanto, esta práticavem
sendo
criticadapor
adeptosao
plantio direto ,devido
ao
fatode
promover
o
revolvimento dascamadas
superficiais
do
soloque
anteriormenteforam
estruturadas pelas raízesde leguminosas
eou
gramíneas ao longo
do
processo
de
rotaçãode
culturasComunicação
pessoal.6.
7.RefIorestamento:
O
reflorestamento
com
Eucalipto, incentivado pelo ProjetoMicrobacias
BIRD,
tem
sido a práticamais
bem
aceita pelos agricultores.Foram
plantadasem
áreasdesmatadas
ou
abandonadas
( classe 3 e4 de
declividade ) eem
algumas
áreas planas esuavemente onduladas aproximadamente
1.000.000de
mudas
nas4
microbacias.A
atividade
tem
despertado interessedo
ponto de
vistaeconômico
além de
ser altamenteimportante
ecologicamente favorecendo
a estabilidade ambiental .As
espéciesmais
utilizadas são
o Eucaliptos grandis
, E. salignae
E. citriodora e estas sãodoadas aos
agricultores via prefeitura.
Quadro
6.1.Atividade
Meta
totalMeta
atingida
%
do
total Agricultores assistidos
130
95
73PIP
80
52
65
Esterqueiras05
13260
Adubo
verde
ha
30
30
100
Adubação
c/ Estercoha
30
05
10Área
c/ praticas vegetativasha
05
0,5 10Àrea
reflorestada(comercial)ha
30
87,2290
Estradas retificadas/Recuperadas 6,1 6,1100
Excursões
a outros municípios- excursões
03
02
66
-No
de
produtores70
40
57
EPAGRI/
czmboúú
7.
USO
ATUAL
DO
SOLO
A
área totalda
microbacia(7130ha)
possuiuma
boa
cobertura vegetal,sendo
que
as áreas utilizadascom
culturas anuais e perenesrepresentam apenas
13,53%
da
áreaquintal , olericultura ,
pequenas
áreascom
banana
ereflorestamento
com
Eucalyptus
sp.Nas
áreasde
encostas, são geralmente cultivadascom
milho, feijão ,mandioca
efumo
(atualmente
sendo
erradicado)merecendo
atençãocom
relação a práticasconservacionistas.
O
clima (Cfa) permite asegunda
safra (safrinha).As
capoeiras e capoeirõesrepresentam
o
maior
percentualde
áreada
Microbacia,
52%
e22%,
respectivamente.As capoeirascorrespondem
avegetação
nativanos
primeiros estágiosde
regeneração natural e os capoeirõesem
estágiomais avançado
onde
ja se observa árvoresde
2,5 a 3,0metros
de
altura e diametrode
7cm
, situadas nasáreas
de
encostas ede maior
declividade.Os
campos
4,72%
fazem
parte das áreasde
pastagens naturalizadas e cultivadas, situadas
em
áreas planas ede
relevosuave
ondulado.
As
áreas inaproveitáveis,correspondendo
a4,9%
,fazem
parte as terrasimprodutivas, várzeas e
pousio
situadasem
terrenos planos esuave
ondulados.O
menor
percentual
0,72%
ficam
as capineiras destinadas para alimentaçãodo gado no
estábulo.7.1.
Quadro
da
distribuiçãodo
uso
da
terrana
microbacia
Uso
Área(ha)
%
Culturas anuais877
12,23 Culturas perenes 91,5 1,3 Capineira52
0,7Capoeira
3720
52, 17 FlorestaNativa
1570
22,01Campos(cult
+
nat. )337
4,7Reflorestamento
1 15 2,8Área
inaproveitável350
3,67o97,5
10,08.
PLANO
DE
USO DO
SOLO
8.1.
Descrição
da
aptidão
de
uso
das
terras
Para
adefinição da
aptidão agrícola das terras utilizou-se ametodologia de
Uberti et al. (1991).
Essa
classificaçãofundamenta-se
nas propriedadesmais
evidentes,adequadas
ou
não,dos
solosde Santa
Catarina.Com
isso, estabelece-seum
diagnósticomais
coerentecom
a realidadede
recursode
solo.A
esse fatosoma-se o uso de
aerofotoscom
escala compatível (1 :25.000).Foram
estabelecidas cinco classesde
aptidãode uso
das terras.O
quadro-guia
de
avaliaçãotem
uma
hierarquia descendente,onde
as classes inferiorestêm
uso
menos
Classe l-
APTIDAO
BOA
para culturas anuais climaticarnente adaptadasClasse 2-
APTIDAO
REGULAR
para culturas anuais climaticamcnte adaptadaClasse 3-
APTIDAO
COM
RESTRIÇÕES
para culturas anuais climaticamente adaptadas ecom
Aptidão Regular para fruticultura eAPTIDAO
BOA
para pastagem ereflorestamento.
classe 4-
A1>T1DÃo
COM
RESTRIÇÕES
para fmúeulmra eAPTn:›Ão
REGULAR
parapastagem e reflorestamento.
Classe 5-
PRESERVAÇÃO
PERMANENTE
Quadro
8.1.1. -Guia
para
avaliação
da
aptidão
agricoladas
terras.“asse
_
1(z) ' 0-s ` ' ~ ' ` ` 2 8-20 3(b) 20-45 4(c) 45-75 5 > 75 >100 50-100<50
qualquer qualquernao pedregosa nula a ligeira 0-6
moderada pedregosa a muito pedregosa muito pedregosa extremamente pedregosa
FONTE;
Ubeúi,
AAA.
et al. (1991).moderada 6-12
forte
>
12muito forte qualquer
qualquer qualquer
(d) declividade (e) suscetibilidade a erosão (pr) profundidade (
NC)
necessidade de calagem(p) pedregosidade (h) drenagem
h
bem
drenadobem
a imperfeitamente qualquer qualquer qualquerl(a) -
Os
solos Glei e partedos
solosOrgânicos enquadran-se
na
classe 1,quando
com
aptidão para arroz irrigado, satisfeitos os
demais
critériosda
classe.3 _ ,
_ ~
(b)
Nessa
classetambem
enquadran
se as AreiasQuartzosas de
granulaçaomuito
fina,como
asdo
litoral sul.4(c) -
Nessa
classe incluem-se as AreiasQuartzosas de
granulação média,como
asdo
litoral norte,
bem como
as AreiasQuartzosas
mal
drenadas.8.2.
Solos
Dominantes
Predominam
soloscom
horizonte Glei(696 ha
), seguidosde
soloscom
horizonteB
Textural (6401
ha).8.2.1. Solos
com
Horizonte
B
Textural
Correspondem
aosperfis
de
soloPodzólico Vermelho-Amarelo.
Na
microbaciadistribui-se
por toda
a área,com
exceção
àsub-paisagem
fimdo
de
vale aberto.São
soloscom
seqüênciacompleta de
horizontes, geralmenteprofundos
emoderadamente ou
não
pedregosos.
A
texturapredominante
é argilosa (35-60%) no
horizonteA
emuito
argilosa(>
60%)
no
horizonte Bt.O
grau de
estrutura evoluide
fracoa
moderado no
horizonteA
para forte amuito
forteno
horizonte Bt, sinalizandouma
estruturacom
baixaestabilidade
de agregados
no
horizonteA
e alta estabilidadeno
horizonte Bt.A
consistência
úmida
é friávelno
horizonteA
efinne
amuito
firme
no
horizonte Bt.O
matiz varia
de
IOYR
aSYR,
levando
a classificaçãode Podzólico
Vennelho Amarelo
(detalhe
meramente
taxonômico, que não deve
interferirno manejo do
solo ).A
matériaorgânica
normalmente
é média.Nem
sempre
foi possível identificar a cerosidademas,
quando
presente, varioude
forte ecomun
a fraca e pouca.O
gradiente textural,indicando
que
houve o
processo
de
eluviação-iluviaçãoda
argila, geralmente éacentuado,
o que
toma
esses solosmais
suscetíveis à erosão.Há
predominância
do
horizonte
A
Moderado.
Quimicamente,
osperfis apresentam desde
alta saturaçãode
bases (eutróficos)até álicos e, geralmente,
com
altaCTC,
dominada
ora pelo cálcio emagnésio,
ora peloalumínio.
Os
teoresde
fósforo emagnésio
podem
ser baixosou
médios.A
necessidadede calagem
parapH
5,5 variade
0,6 a 10,9 toneladas.A
grande
variaçãode
fertilidadedos perfis
coletadosdeve
estar relacionada, principahnente,com
aação
antrópica sobreo
solo.Características selecionadas para
reconhecimento
acampo,
em
ordem
de maior
clareza: cerosidade e estrutura forte
no
Bt, e gradiente .8.2.2. Solos
com
Horizonte
GleiEncontrados
nas microbaciasna subpaisagem fundo de
vale aberto,em
relevopalno
ou
suavemente
ondulado, os soloscom
horizonte Gleiapresentam
sequência incompletade
horizontes,A-Cg
( ausênciade
horizonteB
).Podem
se apresentar drenados.Predomina
a
textrua argilosano
Cg.Não
apresentam
estruturadefinida
e sãopouco
suscetíveisà
erosão.O
matiz variade
SYR
a
2,5Y, indicando coresde
redução.Os
teoresde
matéria orgânica são altos parao
GleiHúmico
e baixos parao
GleiPouco
Húmico.
Possuem
horizonteA
Moderado.
Quimicamente,
possuem
altaCTC,
com
predomínio de
Ca”
,Mg”
eIT
.A
saturação
de
bases é alta,chegando aos
lirnitesdo
eutrofismo,
no
GleiPouco
Húmico,
ebaixa
no
GleiHúmico.
Os
teoresde
fósforovariam de
baixoa médio,
eos de
potássio são considerados suficientes.A
necessidadede calagem
parapH
5,5 éde
2,3a
4,4 toneladasde
calcáriopor
hectare.Caracteristicas selecionadas para
reconhecimento
acampo,
em
ordem
de maior
clareza: relevo estável;
má
drenagem;
sequência incompletade
horizontes (A-
Cg
).8.3.
Descrição
da
aptidão
de uso
8.3.1.
Classe
1Estabelecida para agrupar solos
com
APTIDÀO
BOA
para culturas anuais climaticamente adaptadas, essa classe representa763,4 ha
(l0,7%). Subdivide-seem
trêssub-classes: sub-classe ld,
que
atende todas as característicasda
classe; sub-classe lg,que
apesarde
mal
drenada, estáenglobada
na
classe 1por
possuir aptidãoboa
para arrozirrigado; sub-classe 1 (3h),
que
possui inclusõesde
regiõesmal
drenadassem
aptidãopara
o
cultivode
arroz irrigado.A
sub-classe lg
é a principal gleba.Os
perfis da
sub-classe
ld
e 1 (3h) são profundos,bem
drenados
enão
pedregosos,ocorrendo
em
fasesde
relevo plano
ou
suavemente ondulado
(O-8%
de
declividade).Os
perfis
da
sub-classelg
são rasos,
mal drenados
enão
pedregosos.Os
riscosde
erosão são nulosa
ligeiros paraas sub-classes.
Nas
áreasde
sub-classes ld e 1(3h)predominam
Podzólicos
Vermelho
Amarelo
.Nas
áreasde
sub-classeslg
predominam
o
GleiHúmico
e GleiPouco Húmico.
8.3.2.
Classe
2d
Reservada
às terrascom
APTIDÃO
REGULAR
para culturas anuais climaticamente adaptadas.De
acordo
com
a classetaxônomica,
osperfis
variam
de
medianamnete
profundos
a profundos, imperfeitarnentedrenados
abem
drenados,argilosos a
muito
argtilosos e, geralmente,sem
pedregosidade.Os
declives oscilam entre8-20%,
faseondulada de
relevo, excetuando-se a sub-classe 2pr,que
possui declividadeentre
0-8%
e cuja principal limitação é aprofundidade
efetiva (70cm).A
suscetibilidadeàerosão é
moderada,podendo
aumentar
em
solosmal
manejados.O
grau
de
limitaçãopor
fertilidadepode
sermoderado ou
nulo,quando
observada
a saturaçãode
bases, e nulo para fósforo, indicandouma
prováveladubação.
Sub-paisagem:
colinas erosionaisem
forrnade meia
laranja, encostas erosionaiscoluviais e
fundo de
vale aberto.Obs: Esta
classenão
se encontra presentena
Microbacia.8.3.3.
Classe
3d
Reúne
terrascom
APTIDAO
COM
RESTRIÇOES
para culturas anuais climaticamente adaptadas.Encontran-se
nasmais
variadas posiçõesda
paisagem,excetuando-se
o fundo de
vale aberto.Os
perfisnormalmente
são profundos,não
pedregosos
ebem
drenados,agrupando
classesde Podzólico
Vermelho
Amarelo.
A
fasede
relevo e' fortementeondulada
que, aliada à ocorrência
de
um
gradiente textural entreos horizontes
A
e Bt,tomam
essas regiõescom
forte suscetibilidade à erosão.A
texturados
horizontesA
eBt
é argilosa, respectivamente, indicandouma
alta retençãode
umidade.
Sub-paisagens: colinas e encostas.
8.3.4.
Classe
4d
Define
terrascom
APTH)AO
COM
RESTRIÇÕES
para fi'uticultura eAPTIDAO
REGULAR
parapastagem
e reflorestamento.Agrupam
áreasde
relevomontanhoso (45
-75
%
de
declividade).O
baixograu
de
consolidaçãoda rocha
permitea ocorrência
de
solos profundos,moderadamente
pedregosos
ebem
drenados,porém,
com
suscetibilidade à erosãomuito
forte.As
glebas localizan-seem
áreas isoladasde
colinas e encostas erosionais,
predominando no
divisorde águas
da
microbacia.Sub-paisagem:
colinas e encostas erosionais8.3.5.
Classe
5d
Agrupa
áreas destinadasà
PRESERVAÇÃO
PERMANENTE.
O
relevopredominante
éo escarpado
(>75%
de
declividade).9.
RECOÍVIENDAÇOES
DE
USO
E
MANEJO
Classe
1As
glebasde
aptidão lg,que
atualmente são utilizadascom
o
cultivodo
arrozirrigado
podem
ser exploradasem
sistemade
consórcio ( peixe+
arroz )ou
(peixetmarreco),
proporcionando
a diversificaçãoda renda na
mesma
área .Pode-se ainda substituira
culturado
arrozcom
pastagem
cultivada para pastoreio, utilizandoespécies
recomendadas
pelaEPAGRI.
Áreas
sem
problemas de
drenagem ou
inundação
Sub-classe ld
podem
ser exploradascom
outras culturas anuais já cultivadasno
município (milho, feijão e
mandioca
)em
caráterde
subsistência.Recomenda-se
a
rotação
com
leguminosas
ou
gramíneas
como
adubação verde
ecomo
forragem
parao
corte
ou
pastoreio,em
sistemade
plantio diretoou
cultivominimo. Pode-se
implantaro
Quintal
doméstico
com
frutíferas e hortaliçasabastecendo
a
propriedadeou
para indústriacaseira.
A
horticulturaem
cultivo protegido éuma
atividade bastante lucrativa,favorecida
com
o mercado
de temporada.
Em
glebascom
pastagem
naturalizada,recomenda-se
o
melhoramento
desta, introduzindo outras espécies,podendo
algumas
leguminosas
serem
inoculadascom
rizóbio e plantadasem
sobressemeadura.Recomenda-
se
o
incremento da
bovinoculturade
leite,na
forma de condomínios
leiteirosa base de
pasto
(PRV),
podendo
obter-se,com
isto,subprodutos
do
leite.Pode-se
fazerum
programa
de recomposição de matas
ciliar,dos
cursosdágua
principais
da
microbacia, objetivando-se evitaro assoreamento
destes eproblemas de
inundação
.Para
estefim
são estabelecidasalgumas normas, conforme
a largurados
rios (Verfigura 1,
em
anexo ).Áreas
que apresentam
limitaçãode
fertilidade,recomenda-se o uso
de adubação
verde,podendo
ser utilizada qualquer respeitando aépoca de
cultivo.(Recomendação
de
Cultivares,EPAGRI),
sendo que
é importanteque o
agricultor espereo
ciclo completo, para coletade
sementes.Na
impossibilidadede
utilização das culturasde
cobertura(AV)
ena
disponibilidadede adubação
orgânica, deve-se dar preferênciaa
esta última,
ao
invésde adubos químicos
.Quando
da
utilizaçãode adubos químicos
deve-se dar preferência a
formulações
simples , casonão
existano mercado
local,pode-
se aplicar
compostos
de
NPK.
No
entanto, antesde
qualquerprograma
de adubação
éimportante
que
se façaa
análisede
solo para saber se as necessidadesde
adubo
a seraplicado,
adequadamente ao
tipode
cultura.O
manejo
corretodo
solo eda
água
em
áreasde
cultivode
arroz irrigado éde
fundamental
importânciaquando
sepensa
obtermelhor
produtividade.Para
isso,a
sistematização
do
solo e a utilizaçãode sementes
pré-germinadasde
variedadesresistentes a bruzone, toxidez
por
ferro eadaptação
a elevaçãodo
níveldágua
(no
caso
do
consórcio peixelrarroz ),pode
ser obtidacom
a cultivarEPAGRI
109.Para
tanto é indicado a consultaao
engenheiroagrônomo
da
EPAGRI.
Embora
forada
classede
aptidão,o reflorestamento
comercialde
Eucalipto éuma
altemativaeconomicamente
sustentável parao
produtor, para isso é necessárioo
manejo adequado
da
cultura.Em
áreas sub-classe 1 (3h)recomenda-se
a espécieEucalyptus robusta
e ld E. cítríodora, E. grandis, E. salíg11a,e etc.A
atividadepode
ser consorciada
com
outras culturascomo
o
milho, feijãoou
outrasleguminosas
como,
por
exemplo
:guandú
e crotalaria.Também
pode-se
consorciaro
Eucaliptocom
Euterpe
edulis , palmeira real (ornamental
e
palmito),pupunha.
Apartirdo
terceiroano
no
reflorestamento
comercial,pode-se
deixaro gado
pastorear ( para isso éfundamental a
vistoria
na composição
botânica herbácea,tomando
cuidado
com
espécies toxicasaos
animais ).
Com
relação a estes diferenciados sistemas é imprescindívelum
planejamento
antes
do
plantio das árvores,bem como
de
manejo
das espécies.O
cultivode
ornamentais e plantas medicinais é outra altemativa para glebasde
sub-classe ld,
onde o
trabalho é facilitado pela declividade;no
caso das medicinaispode
ser incluído
ao
programa
de
indústria caseira.classe
3
O
uso de
glebascom
classe 3de
aptidão mostra-se bastante heterogêneo,com
culturas anuais, capoeiras, floresta nativa,
campo
e reflorestamento.Somente
a
utilizaçãocom
campo
ereflorestamento
ésem
restrições.Em
áreasem
que
setem
capoeirãoem
avançado processo de
regeneração,o que
épouco
comum
nesta classe,pode-se
efetuaro
plantio
de
enriquecimentocom
espécies nativas eo
manejo
sustentáveldo
palmiteiro(Euterpe
edulis) éuma
opção econômica
para a classe.Nas
áreas desta classe exploradascom
culturas anuais,na
microbacia, práticasconservacionistas
devem
ser feitas parao
menor
desgastedo
recurso solo.O
uso de
patamares vegetados
com
espécies já citadas é aconselhável para declividades entre 26-35%.
Com
isso, evita-seo
limite superiorda
classe (35-45%)
para
culturas anuais,objetivando-se diminuir a erosão. Práticas
de
coberturado
solo,adubação verde
erotação
de
culturastambém
são desejáveis,bem como
o
cultivomínimo
eo
plantiodireto.
No
entanto,não
écomun
com
exceção da
AV
aadoção
das técnicas citadas,peloagricultor local e nestas glebas
o reflorestamento
com
Eucaliptovem
substituindo asculturas anuais.
O
reflorestamento
comercialem
áreascom
vegetação nos
estágiosde
capoeirinha, capoeiras e
em
substituição as anuaisdevem
ser incentivados _Pode-se
adotar
o reflorestamento
consorciadoconforme
citadosna
classe 1.Os
reflorestamentos
devem
serbem
manejados
epreviamente
elaboradoconfonne
o uso
desejado para a matéria prima.Pode-se
adotaro
manejo por
talhadia,o
manejo
do
Eucaliptode
exploração
com
remanescentes
,o manejo
de usos
múltiplos e o»manejo
paraobtenção de
toretes.
Para
este último e paraobtenção de
toras (madeira
nobre) , é aconselhavel aorganização
dos
produtores.Os
reflorestamentos,além de
proporcionarretomo
econômico,
promove
a estabilidade ambientaldo
ecossistemaprotegendo
nascentes,oferecendo
coberturaao
solo,favorecendo
a irtfiltraçãode
água
através das raízes e a reciclagemde
nutrientes.Os
reflorestamentos
com
Pinus são praticamente inexistentesna
microbacia, entretanto
pode
ser feitocom
as espéciesrecomendadas
.(Recomendação
de
Cultivares
do
Estado de SC,
EPAGRI.
1996).Embora
o
município forneça asmudas
de
Eucalipto ,é
recomendado
ao
agricultorque
façaum
viveirode
mudas
exóticas e nativas,podendo
diversificar a botânicade
espécies florestais.Outra
culturaque
pode
serrecomendado o
cultivo éa
banana,contudo
devem
ser
adotadas
práticas conservacionistas, e aobtenção de
mudas
livresde doenças
podem
ser obtidas junto a
EPAGRI
de
Itajai.Classe 4
A
ocupação
das terrasde
classe4 de
aptidão agricola,sendo
utilizadascom
capoeiras , capoeirões e
reflorestamento
estão dentrodo
uso
tecnicamente indicado.Entretanto, devido
ao
desmatamento
indiscriminado os estágiosde
capoeirões sãopouco
frequentes. Atualmente, estes estão
sendo
substituídoscom
reflorestamento
de
Eucalipto,opção econômica
mais
adequada
para a classe,para
isso vale asrecomendações de
manejo
e altemativasde
consórcio citadas nasrecomendações
das classes 1 e 3 .Do
ponto de
vista ecológicopode-se
fazero
plantiode
enriquecimentocom
espécies nativas
em
manejo
sustentadoda
área.Para
isso ,recomenda-se
fazerum
viveirode
mudas
nativas preferencialmente.Classe 5
Como
são áreasde
preservaçãopermanente
efazem grande
extensãona
microbacia, é
recomendado o
plantiode
enriquecimentocom
espécies nativas,sendo
paratal imprescindível a implantação
de
um
viveirode mudas.
É
recomendado
a exploraçãodo
palmiteiroem
sistemade
Manejo
de
Rendimento
Sustentado, para issopode-se
procurar